RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 1
ESTRATÉGIAS DE ‘SOBRE-VIVÊNCIA’ METODOLÓGICA NA VIAGEM
INVESTIGATIVA PARA A CIÊNCIA NO MUNDO NOVO: DIMENSÃO TRAMA,
CARTOGRAFIA DOS SABERES E MATRIZES RIZOMÁTICAS
ESTRATEGIAS METODOLÓGICAS DE 'SOBRE-VIVIR' EN EL VIAJE
INVESTIGATIVO A LA CIENCIA EN EL NUEVO MUNDO: DIMENSIÓN DE LA
TRAMA, CARTOGRAFÍA DE LOS SABERES Y MATRICES RIZOMÁTICAS
METHODOLOGICAL 'SURVIVAL' STRATEGIES IN THE INVESTIGATIVE
JOURNEY TO SCIENCE IN THE NEW WORLD: WEAVE DIMENSION,
CARTOGRAPHY OF KNOWLEDGES AND RHIZOMATIC MATRICES
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA1
e-mail: malu@pazza.com.br
Jennifer Bauer EME2
e-mail: jbauer.eme@gmail.com
Como referenciar este artigo:
BAPTISTA, M. L. C.; EME, J. B. Estratégias de ‘sobre-vivência’
metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo
novo: Dimensão trama, cartografia dos saberes e matrizes
rizomáticas. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206
| Submetido em: 30/05/2023
| Revisões requeridas em: 15/06/2023
| Aprovado em: 29/06/2023
| Publicado em: 07/07/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brasil. Professora e pesquisadora do Programa de
Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade da Universidade de Caxias do Sul. Coordenadora do Amorcomtur!
Grupo de Estudos e Produção em Comunicação, Turismo, Amorosidade e Autopoiese (CNPq-UCS). Doutorado
em Ciências (ECA-USP). Estágio Pós-doutoral no Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura do
Amazonas (PPGSCA-UFAM).
2
Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brasil. Integrante do Amorcomtur! Grupo de Estudos
e Produção em Comunicação, Turismo, Amorosidade e Autopoiese (CNPq-UCS). Mestrado em Turismo e
Hospitalidade pelo Programa de Pós-Graduação em Turismo e Hospitalidade (PPGTURH-UCS).
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 2
RESUMO: Texto ensaístico sobre estratégias metodológicas qualitativas de ‘sobre-vivêncianas
‘viagens investigativas’. O pressuposto ‘viagem investigativa’ convida a refletir sobre o universo
investigativo do Turismo, como sinalizador potente para a compreensão da Ciência para o Mundo
Novo. Como substrato teórico: compreensão de Mutação da Ciência; alinhamento com Ecologia de
Saberes, Esquizoanálise, Ecologia Profunda, Visão Ecossistêmica e orientação Matrística. A
Cartografia dos Saberes é uma orientação estratégica para a produção investigativa,
plurimetodológica, processual e rizomática, composta pelas trilhas: Trama dos ‘Entrelaços Nós da
Pesquisa’, Saberes Pessoais ou Dimensão Subjetiva, Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica,
Usina de Produção ou Trama dos Fazeres e Dimensão Intuitiva da Pesquisa. A trama de fazeres e
saberes científicos deve estar a serviço da reinvenção da vida e, neste sentido, dos modos de ‘sobre-
vivência’, mais do que apenas de ‘vivência’. As Matrizes Rizomáticas demonstram a coerência da
trama e o refinamento da compreensão das conexões e derivações na Viagem Investigativa.
PALAVRAS-CHAVE: Ciência. Turismo. Metodologia. Cartografia dos Saberes. Matrizes
Rizomáticas.
RESUMEN: Texto ensayístico, sobre estrategias metodológicas qualitativas de "sobre-vivir" en
"viajes investigativos". El supuesto "viaje investigativo" invita a reflexionar sobre el universo
investigativo del Turismo, como signo poderoso para la comprensión de la Ciencia para el Mundo
Nuevo. Como sustrato teórico: comprensión de Mutación de la Ciencia; alineación con Ecología
del Conocimiento, Esquizoanálisis, Ecología Profunda, Visión Ecosistémica y orientación
Matrística. La Cartografía de los Saberes es orientación estratégica para la producción
investigativa, multimetodológica, procesal y rizomática, compuesta por pistas: 'Entretejemos la
Investigación', Saberes Personales o Dimensión Subjetiva, Teórico-Conceptual-Bibliográfica,
Trama de Producción o Trama de Hechos y Dimensión Intuitiva de la Investigación. La trama de
los Saberes y Conocimientos científicos debe estar al servicio de la reinvención de la vida y, en este
sentido, de las formas de "sobre-vivir", más que de "vivir". Las Matrices Rizomáticas demuestran
coherencia de la trama y refinamiento de comprensión de las conexiones y derivaciones en el Viaje
Investigativo.
PALABRAS CLAVE: Ciencia. Turismo. Metodología. Cartografía de los Saberes. Matrices
Rizomáticas.
ABSTRACT: Essayistic text, addressing qualitative methodological strategies of 'survival' in
'investigative travel'. The assumption 'investigative travel' invites to reflect on the investigative
universe of Tourism, as a powerful sign for the understanding of Science for the New World. As a
theoretical substratum: understanding of Science Mutation; alignment with Ecology of
Knowledges, Schizoanalysis, Deep Ecology, Ecosystem Vision and Matristic orientation. The
Cartography of Knowledges is a strategic orientation for the investigative production, composed
by the trails: the 'Research Weave', the Personal Knowledges or Subjective Dimension, Theoretical-
Conceptual-Bibliographical, the Production Plant or the Doing Trail and the Intuitive Research
Dimension. The weave of scientific knowledge and know-how must be at the service of the
reinvention of life and, in this sense, of the modes of 'survival', more than just 'living'. The
Rhizomatic Matrices demonstrate the coherence of the weave and the refinement of the
understanding of the connections and derivations in the Investigative Journey.
KEYWORDS: Science. Tourism. Methodology. Cartography of Knowledge. Rhizomatic Matrices.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 3
Confluências e Reflexões Iniciais Trilha de Saberes Pessoais
Ano de 2022. Inicio
3
este texto refletindo sobre a lógica recursiva do que tenho para
contar aqui e do quanto o texto é resultado do que ele conta, da compreensão de que os
fenômenos que estudamos são ‘tramas complexas’, de uma ampla Cartografia dos Saberes e da
realização (e criação/construção) de Matrizes Rizomáticas, para a sistematização e o
acionamento de estratégicas de ‘sobre-vivências’ nas muitas viagens investigativas.
Falo desde uma trajetória que, neste momento, acumula 60 anos de vida, mais de 50
anos como estudante, 35 anos como pesquisadora, 32 anos como docente de Metodologia da
Pesquisa em seis universidades brasileiras, com pesquisas apresentadas em eventos nacionais e
internacionais, como resultado de parcerias e relacionamentos com pesquisadores de mais 15
países. Foram centenas de trabalhos orientados diretamente nas áreas de Comunicação,
Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Design, Cinema, Turismo,
Educação, Psicologia, Medicina, Sociedade e Cultura da Amazônia e Serviço Social, como
professora de Metodologia, assim como outra centena de orientações em todos os níveis
acadêmicos doutorado, mestrado, especialização, graduação em praticamente todas as áreas
de saberes, como supervisora de textos e de processos de investigação, na direção e coordenação
de uma empresa especializada em supervisão de textos acadêmicos, sediada em Porto Alegre,
no Rio Grande do Sul, a Pazza Comunicazione. Supervisão do processo de escrita, que eu
também chamo de ‘acolhimento do sujeito da escrita’, e que contribuiu e resultou, também,
numa lógica recursiva, para a produção da Tese de Doutoramento em Ciências, na Escola de
Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, no ano de 2000, sobre processos de
escrita do jovem adulto como expressão da subjetividade e da relação com a trama
comunicacional (BAPTISTA, 2000).
Nesse longo percurso de vida, pesquisa e orientações, encontrei muitas pessoas que se
sentiam sem rumo, que se diziam perdidas na pesquisa e que se mostravam receosas diante dos
imensos desafios da viagem investigativa, especialmente no que eu chamo hoje de ‘arquitetura
e vislumbre da deriva’ das produções, buscando condições de compreender a dimensão trama,
a composição complexa, marcada por múltiplos feixes transversais potentes, que vão dando
3
A escrita em primeira pessoa do singular, ao longo do texto, corresponde à escrita de Maria Luiza Cardinale
Baptista, responsável pela abordagem ensaística propositiva e autora das estratégias metodológicas Cartografia
dos Saberes e Matrizes Rizomáticas. A outra autora, Jennifer Bauer Eme, responde, no texto, pelo
compartilhamento das Matrizes Rizomáticas de sua pesquisa, como exemplo das proposições metodológicas de
Baptista, amplamente conversadas no Amorcomtur! Grupo de Estudos em Comunicação, Turismo, Amorosidade
e Autopoiese.
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 4
singularidade para o fenômeno investigado. Quer dizer, eram pessoas que se sentiam perdendo
o ‘jogo da pesquisa’, sem se dar conta de que pesquisa é um jogo de escolha múltipla e que,
quando escolhemos algo para pesquisar, vamos compondo um foco de investigação, a partir de
uma trama de elementos constituintes que nos leva para uma viagem investigativa. Essa viagem
decorre de e, ao mesmo tempo, é uma viagem em busca de nós mesmos, em que resgatamos
nossos saberes e os colocamos em movimento, acionando nossos quereres, nossos desejos de
mais conhecimento.
Escolhemos foco de estudo, escolhemos autores, por vieses mais ou menos racionais,
mas estamos o tempo todo a fazer escolhas e, em muitos momentos, a compartilhar essas
escolhas com orientadores, parceiros de grupo de pesquisa e interlocutores os mais diversos,
em eventos, aulas, seminários, etc. Ao final, no entanto, assinamos os textos e as pesquisas que
produzimos e, nesse sentido, elas são antes de tudo resultado de nossas escolhas. Assim, no
caminho, se prestarmos atenção, descobrimos a nós mesmos. Claro, a pesquisa é também uma
viagem em direção ao mundo do Outro. Não pesquisamos apenas porque gostamos, mas porque
entendemos que o foco de estudo, na sua condição/dimensão trama, tem relevância para outras
pessoas, outros ecossistemas, outros universos existenciais, de preferência também para o
Planeta, como a nossa Grande Casa, Gaia.
Muito cedo, eu descobri, na vida, os encantos das viagens de conhecimento. Tenho, às
vezes, a impressão de que nasci com essa compreensão, porque desde sempre eu queria estudar,
queria aprender, aprender a aprender. Ainda no interior de São Paulo, tinha menos de cinco
anos e achava injusto que meus irmãos fossem à escola e eu não. Entendia que era algo
importante de se fazer. De tanto insistir, consegui a autorização da mãe para ir à escola da
fazenda onde morávamos, autorização para ir ‘naquele dia’. Sentia-me importante. Sentia-me
‘gente’. Nessas idas e vindas, tive o apoio do meu irmão mais velho, meu primeiro professor.
Ele entendeu que eu queria aprender a ler e escrever, mesmo antes de estar na escola, me ajudou
a começar, antes do período de início das aulas. Na prática, ainda não era tempo. Para mim, no
entanto, já parecia tarde.
Por isso mesmo, com três dias de primeira série, fiz o exame e passei direto para o
segundo ano. Desde sempre, eu estudava e me sentia transportada para outros mundos, outros
tempos, passando por portais de conhecimento, encontrando seres de outros lugares, de outros
mundos. Aprender me encantava e me fazia estabelecer relações e conexões de tudo com tudo.
Aprender a aprender foi sendo sentido como meu desafio existencial, sendo sentido e vivido
como a minha própria vida. Ainda hoje me lembro do espanto de olhar a água caindo da torneira
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 5
do bebedouro da escola, nos primeiros dias ‘oficiais’ de aula e o deslumbramento da questão
que brotou em mim: “como a gente enxerga?”. Enquanto olhava para as gotas d’água caindo
apressadas no ladrilho branco quadriculado do bebedouro do Grupo Escolar de Guarantã, eu
pensava: como estou vendo? Como meus olhos enxergam? O que acontece, dentro de mim, que
me faz ver? Anos mais tarde, me encontrei com a mesma pergunta, nos Seminários da Escola
Matrística, nas reflexões apresentadas por meu professor, falecido e ainda tão presente em
mim, Humberto Maturana. Fico refletindo que, em certo sentido, passei a vida tentando
entender como eu enxergo o que enxergo, que processos se desencadeiam para que eu e os
pesquisadores e clientes que eu oriento enxergue o que eu vejo do mundo, dos universos
investigados.
Foi assim que o processo de aprendizagem ocorreu em mim, de forma tão intensa que,
quando adulta, já no Curso de Jornalismo (1982-1986), na Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, me deparei com a possibilidade de pesquisar e senti que algo se compunha com minha
pulsação, com minha respiração, com meu jeito de ser e estar no mundo. Entendi que ser esse
sujeito que busca, que quer saber mais, quer saber profundo e quer entregar para o mundo era
o meu caminho de vida, minha lógica Cajuína, como eu costumo dizer, refletindo sobre o verso
do Caetano Veloso: “existirmos, a que será que se destina?”. Ainda é e penso que vai seguir
sendo meu sustento existencial, em sentidos vários. Naquele momento, sob a orientação da
pesquisadora e professora Maria Helena Weber, na Faculdade de Biblioteconomia e
Comunicação, em um percurso de aprendizagem chamado Comunicação Comparada, fiz minha
primeira pesquisa acadêmica, sobre as telenovelas e seus aspectos subjetivos, sociais e políticos.
Apaixonada pelas lidas do Jornalismo, da práxis de produção das redações, anos mais
tarde, me vi, no Mestrado, deliberadamente apaixonada pelas aulas de Metodologia, da
Professora Dra. Maria Immacolata Vassalo de Lopes, na Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo. Durante as tardes de suas aulas, ela ia abrindo um mundo de
reflexão sobre a relevância da Metodologia como dispositivo de realização dos desejos de
investigação. Explicou também sobre o caráter intrínseco do poder da Metodologia, com sua
história, contada entre outros autores que indicou, como Ramiro Beltrán (1981). Este autor
ensinou a pensar as fases de desenvolvimento da pesquisa, mostrando que a história da pesquisa
na América Latina é uma história também de luta para superar os paradigmas impostos pela
Norte-América, com ‘forte impacto’ funcionalista e de subordinação teórico-metodológica aos
modelos pré-fabricados em outros territórios, territórios não nossos, territórios sempre com sede
de dominação. As exigências, diante de financiamentos e oferecimentos de subsídios para as
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 6
investigações, eram, no sentido de que os dados fossem ‘entregues’ em primeiro lugar, o que
criava condições de uma lógica, que fui entendendo e questionando ao longo da vida: ‘conhecer
para dominar’.
Assim, os estudos e os métodos estatísticos e psicossociológicos ajudavam a entender o
Brasil e a América Latina como um todo, para depois ‘dominar’ o mercado de consumo
emergente e potente, pela grandiosidade numérica da nossa população e nossas riquezas
ambientes, econômicas, culturais, etc. Eu fui entendendo, então, que a Metodologia é a chave
do cofre, em muitos sentidos. É a chave do tesouro da pesquisa, em sentido material, simbólico,
emocional, de possibilidade de retorno dos investimentos desejantes realizados; por isso é
guardada como relíquia, em pesados compartimentos acadêmicos, visíveis apenas parcialmente
e invisíveis na sua amplitude, protegidos por nebulosas discursivas, que têm a função de
assustar os pesquisadores iniciantes e dizer-lhes: Não. Isso não é científico. Não, está incorreta
a Metodologia. Não, você não pode fazer isso. Não, isto não tem valor”. Em outras palavras, o
que está sendo dito, muitas vezes, para quem ousa tentar se iniciar na pesquisa é: “Você não
tem valor! Voainda não está pronto! Você não domina metodologia”. A boa notícia que trago
é: “Ninguém domina Metodologia!”. Sim, porque a Metodologia é ‘indominável’, não é
passível de ser dominada, porque Metodologia é estudo dos caminhos da viagem investigativa,
e os caminhos são inscrições de processos que se fazem em decorrência do acontecimento, em
um continuum caminhar na investigação, na ‘ação de investir em busca de conhecimento’, como
eu gosto de me referir. Assim como é inerente à viagem, temos saberes e vislumbres, quando
saímos de casa, mas não sabemos, ao certo, o resultado da viagem. E a graça está justamente
nessa processualidade, no caráter inusitado e envolvente do processo de desterritorialização
desejante, que é acionado no início de qualquer viagem, também das viagens acadêmicas. Os
caminhos são inscriacionais, usando um termo que criei no doutorado. Vão sendo inscritos,
criados, ao mesmo tempo em que acionam mundos de devires, do que deve vir a ser. Assim é
na viagem investigativa e na vida.
O contrário disso, a hiper proteção rígida e axiomática dos caminhos e descaminhos
possíveis da pesquisa é coerente com o paradigma científico decorrente do que se convencionou
chamar de Revolução Científica final do século XVI e início de século XVII. Há muitos anos
venho refletindo sobre os limites do caráter reducionista, mecanicista e cartesiano da Ciência
Clássica, também venho buscando abrir novas estradas, novas potencialidades de caminhares,
para tornar a viagem mais agradável, menos rígida, mais poética com potência autopoiética,
para sujeitos e lugares e desse modo, para envolver mais e mais pesquisadores no desejo e na
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 7
alegria que é ser pesquisador e na possibilidade de vir a ser cientista. Nesse mesmo sentido,
passei a minha vida lutando para desmitificar a Metodologia e desmistificar também, criando
acessos para pesquisadores iniciantes, desde a graduação, e auxiliando pesquisadores mais
experientes, ao nível da pós-graduação, a fazerem as pazes com os saberes metodológicos e a
construírem, assim, seus próprios caminhos e as possibilidades de relatos de suas viagens
investigativas.
Há muitas histórias, nesse sentido, que acumulei na caminhada. Pelas proporções deste
texto, não é possível contá-las. Sigo, então, para a segunda trilha da Cartografia dos Saberes,
uma das estratégias metodológicas que proponho e que, aqui neste texto, revisito e reviso. A
próxima trilha corresponde à abordagem das conversações com autores, com a sistematização
da confluência de linhas teórico-conceituais-bibliográficas, para a produção da viagem
investigativa.
Ressalto que este texto também é resultado de muitas ‘com-versações’ Amorcomtur!,
especialmente de nossos encontros semanais, denominados Encontros Caóticos, considerando
o caos em sua potência de agenciamento de criação. A revisão da Cartografia dos Saberes e das
Matrizes Rizomáticas foi levada para o encontro e refletida pelos pesquisadores. Assina comigo
este artigo uma pesquisadora Mestra em Turismo e Hospitalidade, que, entre tantos, vem
ajudando a consolidar os estudos Amorcomtur. Amorosa e cumplicemente, ela aceitou o desafio
de adaptar as matrizes rizomáticas anteriores de sua pesquisa, para as do momento atual. É esta
a sua contribuição no texto. O ensaio tem caráter autoral e é escrito em primeira pessoa do
singular, mas compreendo que minha fala é transversalizada pela fala de muitas pessoas,
especialmente de meus orientandos e de autores que também se tornaram ‘companheiros de
viagem investigativa’.
Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica da Pesquisa
Neste ponto, apresento a trilha trama de saberes teórico-conceituais-bibliográficos, no
reconhecimento de que meus saberes, minhas proposições, são derivações de muitas ‘com-
versações’ na vida, com seres outros, inscritos e muito vivos em mim, que produziram
transformações significativas, marcantes, com relação ao sentido da vida e da pesquisa. Não
como relatar todos os encontros, nem mesmo ‘abrir as trilhas’. Escolho, em coerência com o
foco do texto, alguns sinalizadores inerentes às trilhas que vão da abordagem epistemológica à
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 8
dimensão teórica, metódica e técnica, trazendo aqui algumas orientações dessa confluência
trama que dá sustentação ao texto.
Como substrato gerador das reflexões, em termos de trilhas teóricas, há a compreensão
de Mutação da Ciência, evidenciada desde o século passado (CAPRA, 1997; CAPRA; LUISI,
2014); a Visão Holística (CREMA, 1989); o alinhamento com Ecologia de Saberes, de Santos
(2019); de Complexidade e Religação de Saberes, de Morin (1991); de Esquizoanálise, de
Deleuze e Guattari (1995); Visão Ecossistêmica, de Monteiro e Colferai (2011); Saberes
Indígenas, de Krenak (2019) e Werá (1998); e Orientação Matrística da Biologia Amorosa
e Cultural de Maturana (1998), Maturana e Varela (1997), e D’Ávila e Maturana (2015), com
atenção para demandas e desafios na produção de conhecimento no Mundo Novo. Nesse
sentido, a produção ensaística orienta-se pela epistemologia ecossistêmica complexa, holística,
de religação de saberes, não apenas do universo científico tradicional, mas do grande universo
de saberes que se entrelaçam nos ecossistemas investigados, considerando também as
sabedorias ancestrais e de populações tradicionais.
Mais detidamente do Turismo, nesses mais de 10 anos, em conversações com autores,
pesquisadores, já uma série de diálogos, no sentido de aberturas para um novo turismo
possível (GASTAL; MOESCH, 2007), confluências de sensibilidades reflexivas, das quais
destaco, especialmente, o encontro com o pensamento de Moesch (2004), com quem percebo
transversalizações para a compreensão dos ecossistemas turístico-comunicacionais-subjetivos.
Trama de saberes. Este é o pressuposto da visão ecossistêmica complexa holística, que
orienta este trabalho e meus estudos como um todo, também como proposição para a Ciência
do Mundo Novo. Assim, neste ponto das considerações reflexivas, abordo a configuração da
trama teórico-bibliográfica das minhas pesquisas e as do grupo que coordeno, o Amorcomtur!,
com ênfase na configuração desta trilha, que diz respeito ao substrato teórico deste texto. Nesse
sentido, ressalto a dimensão trama, como sinalizadora de complexidade, que demanda a
criação de estratégias plurais, processuais e de esmero de sistematização, em termos de
orientações nos caminhos e descaminhos da pesquisa.
Outro pressuposto é o da ‘viagem investigativa’ que apresentei em meus estudos
muito tempo, envolvendo a dimensão intuitiva da pesquisa, quando, muito antes de conhecer
a Amazônia, já dizia aos estudantes de Comunicação Social da Universidade de Taubaté (anos
1990-1991) e da Universidade Luterana do Brasil (1992-2002) que fazer pesquisa é fazer uma
viagem na floresta. Mais tarde, em 2010, quando fui pela primeira vez para Manaus, para uma
palestra aos estudantes da Universidade Federal do Amazonas, a respeito de meus estudos sobre
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 9
metodologia, pude me questionar sobre como havia surgido essa ideia, se eu nunca tinha viajado
na floresta. A imensidão do encontro com a floresta, no entanto, as múltiplas confluências entre
sentires e saberes com o ecossistema todo, me fez entender que eu havia pressentido algo
potente sobre a relação entre a pesquisa e a viagem, entre os caminhos e descaminhos, entre o
enfrentamento de nós mesmos, o encontro com nossas feras, nossas flores e seres internos,
também sobre o risco dos despenhadeiros internos, os lamaçais, a areia movediça, o risco de
sermos engolidos por nossos próprios bichos ou por outros, na selva feroz do meio acadêmico.
Trata-se de algo que convida a refletir sobre o universo investigativo do Turismo, como
sinalizador potente para a compreensão da Ciência para o Mundo Novo, o que eu venho
tratando, em Língua Portuguesa, como Mundo N’Ovo, o Mundo no Ovo, o Mundo que está
sendo gerado por nós todos, também na Educação e na Ciência.
E a propósito do Mundo Novo, é importante compreender que os pressupostos aqui
envolvem as grandes transmutações, não somente da Ciência, mas da Episteme que torna (deve
vir a tornar, ao menos) a vida possível na terra. A primeira sinalização, nesse sentido, foi
possível, para mim, a partir do encontro com o pensamento de autores como Fritjof Capra
(1997), Capra e Luisi (2014), Roberto Crema (1989), James Lovelock (1991), incentivada pela
discussão da linha da pesquisa Epistemologia do Jornalismo, na Escola de Comunicações e
Artes, da USP, em percursos de aprendizagem e seminários com os professores Edvaldo Pereira
Lima e Cremilda Medina. A principal mutação, em mim, envolvia a compreensão amplificada
de Ciência, também com conexões com possibilidades de aberturas para a sensibilidade, a arte,
a poética, a subjetividade, a intuição, o que se mostrava, para mim, cada vez mais encantador.
É dessa época também o contato com a Física Quântica e o vislumbre das mutações da Ciência,
em reconexão com saberes arcaicos e com a Espiritualidade (CHOPRA, 1994; GOSWAMI,
1993). Em paralelo, vivi o encontro com Restrepo (1998), indicado pela professora Cremilda
Medina, com o convite à reconexão com ternura, na vida cotidiana, no trabalho e na Ciência; a
reconexão com os Fragmentos do Discurso Amoroso, de Roland Barthes (1977); assim como o
encontro com a noção de amor de Humberto Maturana, que ensina que o amor é o
reconhecimento do outro como legítimo outro na convivência.
Estratégias Metodológicas Cartografia dos Saberes e Matrizes Rizomáticas
Com o propósito de apresentar Estratégias de ‘Sobre-Vivência Metodológica na
Viagem Investigativa para a Ciência no Mundo Novo, foram apresentadas, até aqui, as
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 10
primeiras confluências, com a Trilha dos Saberes Pessoais ou Dimensão Subjetiva da Pesquisa,
seguida da Dimensão Trama, com as Trilhas Teórico-Conceituais-Bibliográficas, apenas
sinalizadas, pelas proporções deste texto. Seguimos, agora, para a apresentação da revisão da
Cartografia de Saberes e Matrizes Rizomáticas, como estratégias metodológicas autorais.
Ambas resultam da vida toda, mas sua expressão teve momentos especiais em alguns textos e
produções. Em 2014, publiquei o artigo Cartografia dos Saberes da Pesquisa em Turismo, na
Revista Rosa dos Ventos, em que apresentava uma associação da proposta estratégica
metodológica, aos estudos do Turismo (BAPTISTA, 2014). Depois disso, muitos artigos
trouxeram a Cartografia, seja como proposição acoplada à reflexão epistemológica, seja como
estratégia metodológica de escolha em pesquisas empíricas realizadas.
O que apresento abaixo é uma proposição que mantém o caráter de orientação subjetiva
plural, para a produção investigativa, com alguns detalhes alterados, em relação à proposição
original de quatro trilhas investigativas: Saberes Pessoais, Saberes Teóricos, Laboratório de
Pesquisa ou Usina de Produção, Pensamentos Picados ou Dimensão Intuitiva da Pesquisa.
Ressalto, aqui, que as denominações mais informais, inicialmente, estavam relacionadas ao
desejo de dialogar com estudantes de Graduação, com quem eu trabalhava mais diretamente,
no início da minha carreira como docente de Metodologia da Pesquisa. A seguir, a Nova
Cartografia dos Saberes, sempre em processo. Esta é datada de maio de 2022.
Cartografia dos Saberes
A Cartografia dos Saberes é uma orientação estratégica plurimetodológica para a
produção investigativa. A denominação Cartografia dos Saberes está inspirada na noção de
cartografia apresentada por Suely Rolnik, no livro Cartografia Sentimental, em que ela propõe
a cartografia como recurso para o estudo de processos psicológicos do universo feminino
(ROLNIK, 1989). Segundo ela, a cartografia é uma espécie de mapa que se faz acompanhando
a mudança da paisagem. Essa ideia, por si só, confere coerência entre o uso da cartografia como
estratégia metodológica, para pesquisas orientadas pela lógica processual, complexa e holística.
Trata-se de dispositivo interessante para estudar universos em transmutação, fenômenos em seu
processo natural de mudanças e alterações, em uma dinâmica contínua de autoprodução. A
criação da Cartografia dos Saberes teve como proposta orientar a operacionalidade do trabalho
em sistemas em caosmose (caos-osmose-no cosmo), o que caracteriza a maioria dos fenômenos
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 11
estudados. A composição da Cartografia como Cartografia dos Saberes remete à ideia de
multiplicidade de saberes transversais, entrelaçados na composição dos nós de pesquisa.
A Cartografia se operacionaliza por trilhas simultâneas, consideradas em sua dinâmica
de produção em contínuo processo. uma trilha inicial, que se transforma em sinalizadora
para as outras, que são acionadas simultaneamente. Trata-se da Trilha Trama dos ‘Entrelaços
Nós da Pesquisa’, que identifica os ‘nós’ investigativos, os focos de trilhas investigativas a
serem perseguidas. A estratégia metodológica considera o caráter subjetivo e autoral do
pesquisador, sua história, suas inquietações e buscas, na Trilha dos Saberes Pessoais ou
Dimensão Subjetiva, em associação a vários outros saberes, em três outras trilhas. A Trilha
Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica é o phylum investigativo que possibilita realizar
encontros com os saberes dos outros, em coerência e alinhamento derivativo dos núcleos de
significação do foco de estudo, os ‘entrelaços nós da pesquisa’. Na Trilha Usina de Produção
ou Trama dos Fazeres, o universo dos fazeres investigativos, em aproximações e ações,
com seu caráter de inscriação inscrição, criação e acionamento de devires atendendo à
singularidade e à complexidade dos universos ecossistêmicos investigados. Em associação,
com caráter simultâneo, espontâneo e constante, há a Trilha Dimensão Intuitiva da Pesquisa,
reconhecendo que o conhecimento se produz no entrelaçamento de universos potentes,
envolvendo as dimensões materiais e imateriais, em coerência com o fato de que a pesquisa é,
ela mesma, um universo vivo e transmutante. Vamos, então, refletir um pouco a respeito de
cada uma delas.
Trama dos ‘Entrelaços Nós da Pesquisa’ que corresponde aos nós investigativos, às
trilhas investigativas que sintetizam o universo investigado. Eu estou pensando aqui em nós,
inspirada em Ilya Prigogine, na proposição da existência de nós de confluência e nós de
passagem. São ‘pontos que concentram’, no nosso caso, palavras ou expressões que sintetizam
trilhas investigativas, devires, sinalizadores de passagem para o que queremos dizer. Assim, o
reconhecimento da pesquisa passa pela identificação do que estamos entrelaçando, no
reconhecimento de uma problematização a ser investigada.
uma dinâmica para reconhecimento e tratamento reflexivo dos ‘entrelaços nós’ da
pesquisa. muitos anos, criei o Jogo dos Balões, em um exercício prático, que remete ao
lúdico do universo das crianças, mas também se associa às lógicas matemáticas da Teoria dos
Conjuntos e da fluência inerente à condição natural e espontânea de entrelaçar balões e fios e
reconhecer seus encantos e nossas preferências, em relação a eles. Na prática do jogo, pensamos
e desenhamos, quando possível, seis balões. Em cada balão escrevemos uma palavra
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 12
relacionada à pesquisa. Olhamos, refletimos. Podemos numerar os balões, pensando em
prioridades e sequência. Qual vem depois de qual? Qual é mais importante para nós? Então,
temos que escolher três balões para ‘jogar fora’. É com frequência uma decisão difícil, porque
escolher as seis palavras é um exercício de filtragem, no grande universo de palavras
disponíveis, para escrever a frase-síntese do foco da pesquisa. A dinâmica, no entanto, convida
a ficarmos com três palavras que representem a síntese da síntese, o essencial, o que não se
pode descartar, de modo algum, para garantir que permaneça o grande de significação da
pesquisa que estamos realizando.
Não sabemos que sabemos onde está o nó, mas, com frequência, vamos aos poucos
percebendo que a dinâmica, por mais singela que pareça, nos ajuda a trazer à tona a consciência
do saber, a grande pista, o grande sinalizador. Nesse sentido, temos que nos empenhar em
saber, até mesmo, qual seria ‘a palavra’, se tivéssemos que escolher apenas uma. Qual palavra
seria suficiente, para expressar nossa pesquisa? Eis a questão avassaladora. Na composição com
três palavras, o cerne do estudo tem que ser dito. Este exercício é didático-pedagógico, remexe
o pesquisador por dentro de seus desejos, seus pensamentos, seus saberes, suas reflexões prévias
e suas intuições de devires. É fundamental para o convite, na sequência, que é compreender que
as seis palavras vão coabitar uma frase de apresentação do Foco de Estudo geralmente
chamada pelos pesquisadores de objeto de estudo, mas que eu proponho chamar foco ou, ainda
mais apropriadamente, delineamento, porque percebi, nesses anos de pesquisa e orientação,
que, de fato, não se trata de ‘objeto’ e que a própria denominação de objeto está vinculada a
uma lógica paradigmática da Ciência resultante da Revolução Científica, final do século XVI e
início do século XVII. Diferentemente da orientação clássica, a pesquisa é viva, o universo
investigado é vivo, pulsante, mutante, autopoiético e gerador de novas brotações, assim como
agenciador de novos percursos investigativos. Isso é o mais desafiador e encantador dos
processos de investigação e que torna incoerente chamar a trilha principal escolhida para a
viagem investigativa de ‘objeto de estudo’.
Saberes Pessoais ou Dimensão Subjetiva aqui está em pauta o caráter subjetivo e
autoral do pesquisador, sua história, suas inquietações e buscas. Ninguém começa uma pesquisa
‘do nada’. Ao contrário, o que nos move são saberes acumulados em entrelaçamento com
sentires íntimos, que possibilitam responder à questão emblemática que faço reiteradamente a
todo pesquisador Amorcomtur! e que se consulta comigo na minha empresa Pazza
Comunicazione: “O que te importa? Como consequência: o que te importa nesse universo de
investigação? O que te interessa? Qual a relação que você tem com esse assunto? O exercício
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 13
de responder a essas perguntas e produzir textos ‘jorrados’, resultantes de escrita espontânea,
conforme as ideias vão brotando em nós, produz pistas essenciais para as escolhas no percurso.
O pesquisador precisa saber o que está buscando com essa viagem investigativa. Saber de
dentro de si mesmo, de suas derivas existenciais. E isso acontece com pesquisadores em todas
as dinâmicas e níveis acadêmicos da iniciação científica ao doutorado ou pós-doutorado.
A dinâmica desta trilha é se questionar, refletir, sentir, deixar vir a informação e
inscrever, escrever, sem julgar. O pesquisador deve ir escrevendo textos, sem questioná-los,
sem se preocupar com normas ou regras. O trabalho aqui é escrever para si mesmo, para saber
o que se sabe e se pensa sobre os focos sinalizados pelos ‘balões’, os ‘entrelaços nós’ da
pesquisa. Escrever e, depois, conversar com os colegas do grupo de pesquisa e com a
orientadora ou orientador.
Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica nesta trilha, a proposta é reconhecer que
o que sabemos resulta de entrelaçamentos com outros seres que sabem, pensam, sentem,
escrevem e, alguns deles, elaboraram teorias (explicações sobre o ‘teor’, o sentido das
confluências significações dos universos), seres que refletiram profundamente, investigaram e
chegaram a cristalizar expressões-síntese desses pensamentos, os fluxos teóricos, as trilhas
teóricas e os conceitos, que são essas cristalizações-síntese. Além disso, produções
bibliográficas que nos dão informações que, reunidas, ajudam a provocar as reflexões e
encontrar sinalizadores de pesquisa. Nem sempre essas informações são conceitos ou teorias,
mas, como dado, como registro bibliográfico, compõem a trama teia de informações que
obtemos a partir da ‘fala do outro’. São necessários registros e sistematizações dessas ‘com-
versações’ com seres outros.
Em termos operacionais, o pesquisador deve reconhecer a trama das trilhas teórico-
conceituais-bibliográficas e organizar sua sistematização. Isso passa por abrir pastas com uma
palavra-síntese da trilha, onde serão arquivados textos-base encontrados, textos produzidos a
partir das leituras destes textos-base, quadros demonstrativos que expõem a correlação entre as
teorias, os conceitos, os autores, os dados bibliográficos encontrados. O segredo é sempre o
cuidado com a sistematização. Não adianta ler muitos textos, apenas. É preciso refletir e
organizar o que está sendo lido e criar desenhos, matrizes cognitivas, que demonstrem a relação
entre eles. Estes desenhos podem ser quadros demonstrativos lineares (contanto que o
pesquisador entenda que tudo é fluido, transmutante, vivo e que, nesse sentido, pode ser
revisado a qualquer momento). Podem ser também desenhos mais criativos e complexos, como
expressões fractais, que demonstrem a coerência epistemológica entre o pressuposto de
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 14
complexidade, a dimensão trama e a expressividade. Depende da possibilidade de criação
dessas figuras e, também, do desejo de comunicar com públicos diversos. Não vejo problemas
em usar alguns elementos de linearidade para estabelecer ‘pontes de conversa’ com
pesquisadores de outras visões paradigmáticas.
Usina de Produção ou Trama dos Fazeres aqui temos a síntese da pulsação da
pesquisa, em produções resultantes de aproximações e ações investigativas. Em uma
aproximação com o linguajar tradicional, posso dizer que, na Usina de Produção, escolhemos
os procedimentos de pesquisa, decidimos como operacionalizar o uso desses procedimentos,
considerando estudos anteriores, a história desses próprios procedimentos e a coerência de
acoplamento com as demandas das trilhas investigativas resultantes dos ‘entrelaços nós’, os
‘subtemas’ da pesquisa, também aqui para usar um termo que dialogue com o linguajar
tradicional.
Tenho trabalhado com a divisão da Usina de Produção em aproximações e ações
investigativas. As aproximações são ações preliminares, de encontro com o universo
investigado ‘de peito aberto’, sem grandes pressuposições, a não ser o trabalho sensível,
constante de reconhecimento dos saberes pessoais subjetivos do pesquisador e seus
entrelaçamentos. Quer dizer, toda e qualquer aproximação vai sendo decidida ‘na lida’,
mesclando as pistas iniciais dos saberes dos pesquisadores, o entrelaçamento com os saberes
teórico-conceituais-bibliográficos e, claro, a dimensão intuitiva da pesquisa, que transversaliza
todas as trilhas.
A lógica aqui é que o pesquisador parte para o campo, para a dimensão operacional da
pesquisa, escolhendo alguns ‘fazeres possíveis’, mesmo que ainda esteja em uma fase inicial.
As aproximações, então, são fazeres da pesquisa, modos de aproximações do universo, para
ajudar a pensar, refletir, sentir, conhecer profundamente. Podem ser realizadas com
procedimentos tradicionais, qualquer um deles, quantitativo ou qualitativo, ou podem ser
acionadas a partir de procedimentos criados especialmente para a pesquisa em andamento, em
coerência às singularidades dos universos investigados. Já as ações investigativas também são
procedimentos, que seguem a mesma lógica de utilização de procedimentos tradicionais e
criados especialmente para a pesquisa, mas o decididas em um momento de certo
amadurecimento do percurso da investigação em que se vislumbra, mais claramente, o fluxo
das águas da pesquisa entre os objetivos específicos e as ações necessárias para que eles sejam
atingidos. Elas com frequência são decorrências das aproximações, de algumas delas ou de
confluência entre várias.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 15
Vale dizer que as aproximações investigativas, na Ciência Tradicional, vêm sendo
trabalhadas como algo próximo a sondagens ou pré-testes. A diferença é que, na visão
ecossistêmica complexa holística, essas aproximações não passam por planejamentos rigorosos,
mas atendem à lógica natural e espontânea da aproximação sensível, cuidadosa, reflexiva,
autorreflexiva, em busca das pistas sinalizadoras dos fios e amarras, que demonstram o fluir
natural da investigação.
Dimensão Intuitiva da Pesquisa considero que a intuição é uma espécie de fio
invisível que costura a vida e a pesquisa, orientando-nos para percursos mais relacionados com
nossos sentires íntimos e nossa visão do mundo, também dos fenômenos que investigamos. Na
sua condição de imaterialidade, de brotação espontânea, a intuição é sinalizador potente, que
demonstra a confluência da pesquisa, em direções que nem sempre percebemos com a mente
de superfície, com a consciência na sua movimentação de sistemas codificados, justamente
porque as configurações da consciência, também chamada mente de superfície, são produzidas
como resultante de um longo, profícuo e árduo trabalho de configuração do universo simbólico.
Esse universo, por sua vez, se produz nos múltiplos acoplamentos subjetivos e com os nichos
ecológicos, que vão configurando cristalizações de valores, critérios de validação, conceitos,
proibições, medos, limitações. O mundo da intuição é livremente conectado com os universos
potentes em transmutação, sem as amarras dos axiomas. Trata-se, portanto, de uma dimensão
de incrível potencialidade criativa e de conexões com informações ainda não acessadas pela
consciência. Por isso mesmo, toda vez que ela se manifesta, rapidamente o pesquisador deve
registrar a ideia e ou sentimento, escrever, sem julgar (até porque o julgamento seria feito por
instâncias doutrinadas na consciência, que tantas vezes nos impedem de ousar, de saltar, de
fazer mergulhos mais profundos no universo caosmótico da pesquisa).
Matrizes Rizomáticas
As Matrizes Rizomáticas são uma estratégia metodológica de sistematização e foram
criadas para ajudar o pesquisador a verificar a coerência interna da pesquisa e as inflexões, os
direcionamentos do processo durante e depois de concluída a investigação. A denominação
decorre do entendimento de ‘matriz’ como lugar gerador da vida, do que decorre a proposição
de que as matrizes expressam os lugares geradores da vida da pesquisa. A complementação
rizomática está associada ao conceito de rizoma, de Deleuze e Guattari (1995), que propõem o
rizoma, a partir da transposição da significação da Botânica, como uma espécie de raiz de
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 16
crescimento irregular e brotações espontâneas sem simetria e regularidade. Desse modo, as
Matrizes Rizomáticas são sistematizações dos ‘lugares geradores da pesquisa’, observando os
rumos, as inflexões em suas irregularidades e fluidez, em brotações que se formam, constituem
nós, que se desdobram em novos fluxos até a confluência e formação de novos nós, que dão
passar para novos fluxos... até chegar em novos nós, e assim sucessivamente. Essa ideia também
se alia ao pensamento de Ylia Prigogine, que, desde a Química, propôs o estudo de estrutura
dissipativas, com o reconhecimento de nós de confluência e nós de passagem.
O que eu percebo é que a pesquisa se faz também em nós de confluência e nós de
passagem. pontos a serem observados e reconhecidos de modo singular, assim como é
preciso observar, entre esses nós, a coerência e lógica, porque eles são sinalizadores do rumo
dos acontecimentos na investigação, às vezes surpreendendo até mesmo o pesquisador. A
seguir, apresento a imagem original das matrizes rizomáticas, cuja visualidade corresponde a
uma vista aérea dos rios amazônicos. Demorei bastante tempo buscando essa imagem, porque
queria algo que expressasse que a pesquisa é um percurso de viagem investigativa, que se
produz em dinâmicas de vida, assim como a viagem em si. Trata-se de um processo em que se
sobressai à lógica processual, complexa, de desdobramento de acontecimentos em uma
dinâmica contínua de acoplamentos e transversalizações. Diga-se de passagem, isso que acabei
de dizer é algo muito próximo da descrição de Humberto Maturana sobre os processos da vida
e da autoprodução dos organismos vivos, de autopoiese e não por acaso. Quer dizer, a pesquisa
é uma dinâmica viva! Por isso mesmo, muitas vezes os pesquisadores se perdem, especialmente
se tentarem aprisionar essa dinâmica em dogmas e axiomas.
A proposição das Matrizes Rizomáticas foi apresentada como uma primeira
sistematização de minhas reflexões e proposições estratégicas de sistematização, no Seminário
ANPTUR (BAPTISTA, 2017). Posteriormente, elas foram publicadas em capítulo de livro na
Índia (BAPTISTA, 2020) e vem fazendo parte de muitos estudos realizados pelo grupo de
pesquisa Amorcomtur! Grupo de Estudos em Comunicação, Turismo, Amorosidade e
Autopoiese, mas não só. Pesquisadores de diferentes áreas têm procurado as matrizes, para
organizar e sistematizar suas pesquisas, como dispositivo de produção e verificação da
coerência e lógica interna, simultaneamente. É o caso, por exemplo, de dissertação de Mestrado
em Letras, produzida para o Programa de Pós-Graduação em Letras e Cultura, da Universidade
de Caxias do Sul, para a qual dei supervisão de texto (STOCKMANS, 2022).
Na Figura a seguir, consta a expressão visual das Matrizes Rizomáticas, com a matriz
principal, que se desdobra nas outras, posteriormente.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 17
Figura 1 Matrizes originais são de 6 de junho de 2017 sempre em processo!
Fonte: Elaborado pelas autoras
A proposta original das Matrizes propunha uma composição com três matrizes,
conforme está expresso na próxima figura.
Figura 2 Matrizes Originais: os 3 grandes phylum
Fonte: Elaborada pelas autoras
Neste texto, apresento a revisão das matrizes, com o desdobramento em mais uma delas.
também um ajuste nos títulos, com vistas a ampliar a legibilidade de cada matriz e, assim,
contribuir para um número maior de pessoas, nas suas práticas operacionais da investigação, e
não apenas aos iniciados dos vieses epistemológico-teóricos do Amorcomtur!. A primeira
Matriz Rizomática passa a ser denominada: Tramas e Rizomas Verificação da Coerência da
Pesquisa. Esta Matriz está relacionada com a primeira trilha da Cartografia dos Saberes
diretamente, porque deriva dos ‘entrelaços nósda pesquisa, que são os núcleos de significação
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 18
para a composição de cada um dos itens apresentados, a começar pelo foco ou delineamento da
pesquisa, com a consequente deriva dos demais.
O foco de estudo é, em si, uma trama de significação e uma proposição narrativa
rizomática, já que propõe o conhecimento da complexidade de um fenômeno-trama e sinaliza
para a narrativa geral da investigação, que é rizomática, derivativa e dissipativa. Sua
identificação decorre de trajetória pessoal do pesquisador e se justifica pela importância para
outros sujeitos universos de investigação, grupos de sujeitos e organizações, lugares
localidades, cidades, regiões, países, planeta.
Quadro 1 Matriz 1: trama e rizomas. Verificação da coerência da pesquisa
Foco ou
Delineamento
de Estudo
Objetivo
Geral
Questão
de Pesquisa
Objetivos
Específicos
(4 a 5)
Capítulos
Inserir aqui a
frase-síntese,
que representa
o assunto a ser
pesquisado
(máximo 3
linhas).
Inserir aqui o
Objetivo
Geral, que
deve ser
escrito
iniciando
com um
verbo no
infinitivo
seguido do
foco de
estudo.
Atenção
máxima para
o verbo a ser
utilizado,
porque ele
sinaliza a
orientação
geral da
pesquisa e o
modo de
investigação.
Inserir aqui a
questão de
pesquisa,
composta de
‘engate de
pergunta+foco
de estudo’.
Atenção para o
fato de que esta
pergunta não
pode ser
respondida com
‘sim ou não’.
Ela é a grande
chave para as
considerações
finais
Inserir aqui os
objetivos
específicos.
Devem ser
apenas um
desdobramento
do objetivo geral
e da questão de
pesquisa.
Não confundir
objetivos
específicos com
procedimentos,
com o que
precisa ser feito
na pesquisa.
Lembre-se que
objetivos
específicos têm
peso de capítulo.
Eles têm
correspondência
direta com os
‘entrelaços nós’
da pesquisa.
Cada entrelaço
nó corresponde a
um objetivo
específico.
• xxxxxxx
• xxxxxxxxxxxx
1. INTRODUÇÃO
2. ESTRATÉGIAS
METODOLÓGICAS E
PERCURSO DA
INVESTIGAÇÃO
3. CAPÍTULO DE
DESENVOLVIMENTO
4. CAPÍTULO DE
DESENVOLVIMENTO
5. ......
6. CONSIDERAÇOES
FINAIS
[OBS: os capítulos
devem ser escritos
alinhados aos objetivos
específicos respectivos]
Fonte: Elaborado pelas autoras
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 19
A próxima Matriz propõe a verificação de correspondência entre os ‘nós’ da pesquisa,
os objetivos e os capítulos e subcapítulos.
Quadro 2 Matriz 2: detalhamento do rizoma. Relação ‘entrelaços nós’, objetivos,
capítulos e subcapítulos
‘Entrelaços Nós’
da Pesquisa
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Capítulos e Subcapítulos
Listar aqui as palavras ou
expressões que
correspondem aos ‘nós
da pesquisa’.
Escrever o
objetivo geral.
Escrever aqui os objetivos
específicos.
Cada ‘nó’ da pesquisa deve
corresponder a um objetivo
específico.
Escrever aqui, em
alinhamento aos objetivos
específicos, o sumário do
trabalho, com os capítulos e
subcapítulos.
Fonte: Elaborado pelas autoras
A próxima Matriz Rizomática aborda as trilhas teórico-conceituais-bibliográficas. As
trilhas teóricas são as abordagens gerais, que agrupam autores ou que sinalizam caminhos de
pensamento. Ex. Sociologia das ausências, Geografia Humana, Marxismo. Podem estar
associadas a conceitos, que são espécie de cristalizações, em uma palavra ou expressão, de
núcleos de significação da sua pesquisa, os também chamados ‘nós da pesquisa’, que, porque
não existem isoladamente, aqui são também chamados de ‘entrelaços nós’.
Quadro 3 Matriz 3: Composição. Trama teórico-conceitual-bibliográfica da pesquisa
[Trilha Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica da Cartografia dos Saberes]
Objetivo Geral
Objetivos
Específicos
Trilhas Teórico-
Conceituais-
Bibliográficas
Autores
Capítulos e
Subcapítulos
Escrever o
Objetivo Geral.
Escrever os
objetivos
específicos.
Escrever o nome das
teorias, conceitos ou
palavra-chave do
dado bibliográfico,
sempre alinhados aos
respectivos objetivos
específicos.
Nem todos os
objetivos são
teóricos.
Quando não for,
indique apenas com
traço.
[-----------]
Listar aqui, alinhados,
autores relativos às teorias
escolhidas ou autores de
algum texto que exista
sobre esta temática e que
compõem a trama
bibliográfica encontrada e
trabalhada.
Convém lembrar que
alguns objetivos, mesmo
não sendo teóricos, podem
ter autores de textos que
subsidiam a discussão.
Esses autores vão ser
listados aqui, para ajudar a
visualizar quem você tem
de parceria reflexiva.
Escrever aqui
capítulos e
subcapítulos
alinhados aos
demais itens.
Fonte: Elaborado pelas autoras
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 20
A próxima Matriz Rizomática é também fundamental. Trata-se da verificação de
coerência na dimensão operacional da investigação. Denomina-se Coerência Operacional e
Dinâmica da Pesquisa Capítulos. Corresponde à Trilha Usina de Produção ou Trama dos
Fazeres da Cartografia dos Saberes. Na operacionalização da pesquisa, vale lembrar que os
procedimentos de investigação são múltiplos sempre, podendo relacionar-se a elementos de
materialidade e imaterialidade. Considerando a abordagem complexa, interações processuais
que envolvem níveis sutis e complexos da interação com as fontes.
Quadro 4 Matriz 4: coerência operacional e dinâmica da pesquisa. Capítulos [Trilha Usina
de Produção ou Trama dos Fazeres da Cartografia dos Saberes]
Objetivos
Específicos
Lócus da
Pesquisa
[Ecossistema/
Universo
Investigado]
Fontes de Pesquisa
[Lugares, Sujeitos,
Materiais,
Documentos,
Bibliografia]
Aproximações
e Ações
Investigativas
[Procedimentos
de Pesquisa –
Coleta e
Processamento]
Recursos de
Apresentação/
Descrição e
Tratamento
Reflexivo/Análise
[Procedimentos e
Descrição e
Reflexão
Analítica]
Capítulos e
Subcapítulos
Apresentar em
Tópicos.
As Fontes Podem Ser
LUGARES
(cidades, praças,
florestas, rios,
montanhas, bairros,
organizações
públicas e privadas
etc.)
SUJEITOS
- sujeito pesquisador
- sujeitos da pesquisa
MATERIAIS
(fotos, vídeos, sites,
blogs, redes sociais,
objetos, cartas,
narrativas, objetos
etc.)
DOCUMENTOS
EVENTOS
BIBLIOGRAFIA
Apresentar em
Tópicos e em
alinhamento aos
tipos de fontes.
Listar, em
alinhamento aos
itens anteriores,
os recursos e
estratégias de
apresentação dos
dados, descrição,
narrativa etc., bem
como as
estratégias de
reflexão analítica
dos dados.
Listar, em
ordem e
alinhados, os
capítulos e
subcapítulos.
Fonte: Elaborado pelas autoras
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 21
Matrizes em Ação
Neste item, apresento um exemplo de Matrizes Rizomáticas preenchidas, como forma
de demonstrar o resultado de toda a operacionalização. O preenchimento das matrizes foi feito
pela Pesquisadora Mestra em Turismo e Hospitalidade. Para efeitos deste texto, foi feita uma
adaptação, com vistas ao caráter didático e para facilitar a visualização do resultado de
utilização das novas matrizes rizomáticas (sempre em processo, agora datadas em maio de
2022).
Quadro 5 Matriz 1: trama e rizomas. Verificação da coerência da pesquisa
Título
Foco ou
Delineamento
de Estudo
Objetivo
Geral
Questão
de Pesquisa
Objetivos
Específicos
(4 a 5)
Capítulos
‘QUEM
NÃO VIVE
DO MAR,
VIVE DE
QUÊ?’
Sinalizadores
de ‘Repuxo’
do Turismo
em
Torres/RS,
a partir de
‘com-
versações’
com
moradores.
Sinalizadores de
‘Repuxo’ do
Turismo em
Torres/RS, a
partir de ‘com-
versações’ com
moradores.
Propor
sinalizadores
de ‘Repuxo’
do Turismo
em
Torres/RS, a
partir de
‘com-
versações’
com
moradores.
Que
sinalizadores
de ‘Repuxo’
do Turismo
em
Torres/RS
podem ser
propostos, a
partir de
com-
versações’
com
moradores?
• Apresentar a
proposta
‘Repuxo’ do
Turismo, em
relação aos
saberes e fazeres
turísticos.
• Cartografar
Torres em sua
dimensão
ecossistêmica.
• Produzir
narrativas sobre
Torres,
construídas
artesanalmente,
nas ‘com-
versações’ com
moradores.
• Apresentar
sinalizadores de
‘Repuxo’ do
Turismo, a partir
das narrativas
construídas.
1 INTRODUÇÃO:
PRIMEIROS
REPUXOS
2 (DES)CAMINHOS
INVESTIGATIVOS
ENTRE A ONDA E
O REPUXO
3 'REPUXO' DO
TURISMO
4 EM DIREÇÃO A
TORRES/RS
5 NARRATIVAS E
COM-
VERSAÇÕES’
COM
MORADORES DE
TORRES/RS
6 'QUEM NÃO
VIVE DO MAR,
VIVE DE QUÊ?'
7 REFLEXÕES
DEPOIS DO
ENCONTRO
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 22
ENTRE O MAR E O
REPUXO
Fonte: Elaborado pelas autoras
Quadro 6 Matriz 2: detalhamento do rizoma. Relação ‘entrelaços nós’, objetivos, capítulos
e subcapítulos
‘Entrelaços
Nós’
da Pesquisa
Objetivo Geral
Objetivos Específicos
Capítulos e Subcapítulos
Turismo
‘Repuxo’
do Turismo
Torres/RS
Moradores
‘Com-
versações’
Propor sinalizadores
de ‘Repuxo’ do
Turismo em
Torres/RS, a partir
de ‘com-versações’
com moradores.
1 INTRODUÇÃO: PRIMEIROS
REPUXOS
2 (DES)CAMINHOS
INVESTIGATIVOS ENTRE A
ONDA E O REPUXO
2.1 CARTOGRAFIA DE SABERES
2.2 NARRATIVAS ARTESÃS
Apresentar a proposta
‘Repuxo’ do Turismo,
em relação aos saberes e
fazeres turísticos.
3 'REPUXO' DO TURISMO
3.1 METÁFORA REFLEXIVA
‘REPUXO’ DO TURISMO
3.2 RESGATE HISTÓRICO SOBRE
TURISMO
3.3 TURISMO-TRAMA-
ECOSSISTÊMICA
Cartografar Torres em
sua dimensão
ecossistêmica.
4 EM DIREÇÃO A TORRES/RS
4.1 FESTIVAL INTERNACIONAL
DE BALONISMO
Produzir narrativas sobre
Torres, construídas
artesanalmente, nas
‘com-versações’ com
moradores.
5 NARRATIVAS E ‘COM-
VERSAÇÕES’ COM MORADORES
DE TORRES/RS
5.1 AMÉLIA - ‘NO VAI E VEM DAS
MARÉS’
5.2 JOSEFA - ‘ENTRE O REPUXO E
A ONDA’
5.3 JOÃO - ‘APAIXONADO POR
TORRES’
5.4 CARLOS - ‘MORADOR
PASSARINHO’
5.5 ERNESTO - ‘HOMEM DA ROÇA’
5.6 DALVA - ‘NA TRANQUILIDADE
DO REPUXO’
5.7 LURDES - ‘MORADORA DAS
BEIRADAS’
5.8 MARIA - ‘RECONHECER OS
MORADORES’
5.9 RITA - ‘MORADORA DO
PARAÍSO’
5.10 GERALDO - ‘ACOLHIDO PELO
MAR’
Apresentar sinalizadores
de ‘Repuxo’ do Turismo,
a partir das narrativas
construídas.
6 'QUEM NÃO VIVE DO MAR,
VIVE DE QUÊ?'
6.1 SINALIZADOR 1:
PLANEJAMENTO ECOSSISTÊMICO
DO TURISMO
6.2 SINALIZADOR 2: CULTURA DE
INTERIOR COMO POTÊNCIA
TURÍSTICA DO LUGAR
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 23
6.3 SINALIZADOR 3:
CONSTRUÇÕES E
(DES)CONSTRUÇÕES HISTÓRICA
ARQUITETÔNICA DO LUGAR
6.4 SINALIZADOR 4: CONEXÕES
ECOSSISTÊMICAS COM MEIO
AMBIENTE
6.5 SINALIZADOR 5: ENTRELAÇOS
DE AMOROSIDADE DE LUGAR,
MORADORES E TURISTAS
6.6 ‘RESPINGOS’ DA ONDA
PANDEMIA COVID-19
7 REFLEXÕES DEPOIS DO
ENCONTRO ENTRE O MAR E O
REPUXO
Fonte: Elaborado pelas autoras
Quadro 7 Matriz 3: Composição. Trama teórico-conceitual-bibliográfica da pesquisa
[Trilha Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica da Cartografia dos Saberes]
Objetivo
Geral
Objetivos
Específicos
Trilhas
Teórico-
Conceituais-
Bibliográficas
Autores
Capítulos e Subcapítulos
Propor
sinalizadores
de ‘Repuxo
do Turismo
em Torres/RS,
a partir de
com-
versações’
com
moradores.
--------------
--------------
--------------
1 INTRODUÇÃO: PRIMEIROS
REPUXOS
--------------
Ciência
- Fritjof Capra
- Edgar Morin
- Roberto Crema
- Boaventura de
Sousa Santos
2 (DES)CAMINHOS
INVESTIGATIVOS ENTRE A
ONDA E O REPUXO
2.1 CARTOGRAFIA DE
SABERES
2.2 NARRATIVAS ARTESÃS
2.2.1 Dimensão Narrativa
2.2.2 Dimensão Artesania
Pesquisa
Qualitativa
- Maria Cecília de
Souza Minayo
- Mirian
Goldenberg
- Uwe Flick
Cartografia de
Saberes
- Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Suely Rolnik
Narrativas
Artesãs
- Jennifer Bauer
Eme
- Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Cremilda
Medina
- Ciro Marcondes
Filho
- Muniz Sodré
- Edvaldo Pereira
Lima
- Boaventura de
Sousa Santos
- Michel de
Certeau
- Humberto
Maturana
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 24
Apresentar a
proposta
‘Repuxo’ do
Turismo, em
relação aos
saberes e
fazeres
turísticos.
‘Repuxo’ do
Turismo
- Daniel Brandt
Galvão
- Gilles Deleuze
- Félix Guattari
- Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Fritjof Capra
- Boaventura de
Sousa Santos
- Alberto Acosta
- Davd Harvey
- Eduardo Yázigi
3 'REPUXO' DO TURISMO
3.1 METÁFORA REFLEXIVA
‘REPUXO’ DO TURISMO
3.2 RESGATE HISTÓRICO
SOBRE TURISMO
3.3 TURISMO-TRAMA-
ECOSSISTÊMICA
Resgate
Histórico sobre
Turismo
- Charlene Del
Puerto
- José Vicente de
Andrade
- Mirian
Rejowski
- Marutschka
Martini Moesch
- Mara Thomazi
- Marc Boyer
- Margarita
Barretto
Turismo-Trama-
Ecossistêmica
- Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Marutschka
Martini Moesch
- Mario Beni
- Susana Gastal
Cartografar
Torres em sua
dimensão
ecossistêmica.
Torres/RS
- Camila
Eberhardt
- Miriam Falcão
- Leonardo
Gedeon Flores
- Caroline
Lumertz da Luz
- Ruy Ruben
Ruschel
4 EM DIREÇÃO A
TORRES/RS
4.1 FESTIVAL
INTERNACIONAL DE
BALONISMO
Produzir
narrativas
sobre Torres,
construídas
artesanalmente,
nas ‘com-
versações’ com
moradores.
--------------
--------------
5 NARRATIVAS E ‘COM-
VERSAÇÕES’ COM
MORADORES DE
TORRES/RS
5.1 AMÉLIA - ‘NO VAI E VEM
DAS MARÉS’
5.2 JOSEFA - ‘ENTRE O
REPUXO E A ONDA’
5.3 JOÃO - ‘APAIXONADO
POR TORRES’
5.4 CARLOS - MORADOR
PASSARINHO’
5.5 ERNESTO - ‘HOMEM DA
ROÇA’
5.6 DALVA - ‘NA
TRANQUILIDADE DO
REPUXO’
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 25
5.7 LURDES - ‘MORADORA
DAS BEIRADAS’
5.8 MARIA - ‘RECONHECER
OS MORADORES’
5.9 RITA - ‘MORADORA DO
PARAÍSO’
5.10 GERALDO - ‘ACOLHIDO
PELO MAR’
Apresentar
sinalizadores
de ‘Repuxo’ do
Turismo, a
partir das
narrativas
construídas.
--------------
--------------
6 'QUEM NÃO VIVE DO
MAR, VIVE DE QUÊ?'
6.1 SINALIZADOR 1:
PLANEJAMENTO
ECOSSISTÊMICO DO
TURISMO
6.2 SINALIZADOR 2:
CULTURA DE INTERIOR
COMO POTÊNCIA
TURÍSTICA DO LUGAR
6.3 SINALIZADOR 3:
CONSTRUÇÕES E
(DES)CONSTRUÇÕES
HISTÓRICA
ARQUITETÔNICA DO LUGAR
6.4 SINALIZADOR 4:
CONEXÕES
ECOSSISTÊMICAS COM
MEIO AMBIENTE
6.5 SINALIZADOR 5:
ENTRELAÇOS DE
AMOROSIDADE DE LUGAR,
MORADORES E TURISTAS
6.6 ‘RESPINGOS’ DA ONDA
PANDEMIA COVID-19
--------------
--------------
--------------
7 REFLEXÕES DEPOIS DO
ENCONTRO ENTRE O MAR
E O REPUXO
Fonte: Elaborado pelas autoras
Quadro 8 Matriz 4: coerência operacional e dinâmica da pesquisa. Capítulos [Trilha Usina
de Produção ou Trama dos Fazeres da Cartografia dos Saberes]
Objetivos
Específicos
Lócus da
Pesquisa
[Ecossiste
ma/
Universo
Investigado
]
Fontes de
Pesquisa
[Lugares,
Sujeitos,
Materiais,
Documentos,
Bibliografia]
Aproximaçõ
es e Ações
Investigativa
s:
[Procediment
os de
Pesquisa –
Coleta e
Processament
o]
Recursos de
Apresentação/Descr
ição e Tratamento
Reflexivo/Análise
[Procedimentos e
Descrição e Reflexão
Analítica]
Capítulos
e Subcapítulos
--------------
Torres/RS
--------------
--------------
--------------
1 INTRODUÇÃO:
PRIMEIROS
REPUXOS
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 26
Apresentar a
proposta
‘Repuxo’ do
Turismo, em
relação aos
saberes e
fazeres
turísticos
- Repositórios
de teses e
dissertações.
- Organização
Mundial do
Turismo.
- Ministério do
Turismo.
- Indexadores
de periódicos
científicos:
Scopus,
Periódicos
Capes, Scielo.
- Bibliotecas
virtuais.
Aproximaçõ
es: leitura e
fichamento
de textos com
posterior
‘com-
versações’
nas reuniões
com a
orientadora e
nos
Encontros
Caóticos do
Amorcomtur!
Ações:
cartografia
bibliográfica
de material
alinhado à
pesquisa com
análise de
título,
palavras-
chave e
resumo,
como critério
de seleção.
Produção de texto
dissertativo sobre a
temática.
3 'REPUXO' DO
TURISMO
3.1 METÁFORA
REFLEXIVA
‘REPUXO’ DO
TURISMO
3.2 RESGATE
HISTÓRICO
SOBRE TURISMO
3.3 TURISMO-
TRAMA-
ECOSSISTÊMICA
Cartografar
Torres/RS
em sua
dimensão
ecossistêmic
a
- Sujeitos
participantes
das ‘com-
versações’ da
pesquisa.
- Repositórios
de teses e
dissertações.
- Instituto
Brasileiro de
Geografia e
Estatística.
- Ministério do
Turismo.
- Prefeitura
Municipal de
Torres/RS
- Secretarias
Municipais de
Torres/RS
- Governo do
Estado do Rio
Grande do Sul
- Secretarias
Estaduais do
Rio Grande do
Sul
- Fundação de
Economia e
Estatística do
Aproximaçõ
es: leitura e
fichamento
de textos com
posterior
‘com-
versações’
nas reuniões
com a
orientadora e
nos
Encontros
Caóticos do
Amorcomtur!
. Análise de
dados,
documentos e
informações
disponibiliza
das por
órgãos
públicos
sobre Torres.
Ações:
revisitação ao
município,
observação
sistêmica
com registro
em diário de
Textos dissertativos
associados a fotos e
mapas, com inserção
de narrativas,
resultantes das ‘com-
versações.
4 EM DIREÇÃO A
TORRES/RS
4.1 FESTIVAL
INTERNACIONAL
DE BALONISMO
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 27
Rio Grande do
Sul
- Conselho
Regional de
Desenvolvime
nto Litoral
Norte
- Serviço de
Apoio às
Micro e
Pequenas
Empresas do
Rio Grande do
Sul.
- Indexadores
de periódicos
científicos:
Scopus,
Periódicos
Capes, Scielo.
- Bibliotecas
virtuais.
pesquisa,
produção de
mapas e
fotografias,
resgate de
lembranças e
produção de
texto
dissertativo.
Produzir
narrativas
sobre
Torres/RS,
construídas
artesanalmen
te, das ‘com-
versações’
com
moradores
- Sujeitos
participantes
das ‘com-
versações’ da
pesquisa.
Aproximaçõ
es: conversas
informais
com
moradores e
turistas com
produção de
diário de
pesquisa e
produção de
fotografias
sobre o lugar.
Ações:
realização de
‘com-
versações’
com
moradores da
cidade.
Produção das
narrativas, a
partir das
‘com-
versações’.
Texto dissertativo
com inserções das
‘narrativas artesãs’,
resultantes das ‘com-
versações’.
5 NARRATIVAS E
‘COM-
VERSAÇÕES’
COM
MORADORES DE
TORRES/RS
5.1 AMÉLIA - ‘NO
VAI E VEM DAS
MARÉS’
5.2 JOSEFA -
‘ENTRE O
REPUXO E A
ONDA’
5.3 JOÃO -
‘APAIXONADO
POR TORRES’
5.4 CARLOS -
‘MORADOR
PASSARINHO’
5.5 ERNESTO -
‘HOMEM DA
ROÇA’
5.6 DALVA - ‘NA
TRANQUILIDADE
DO REPUXO’
5.7 LURDES -
‘MORADORA
DAS BEIRADAS’
5.8 MARIA -
‘RECONHECER
OS MORADORES’
5.9 RITA -
‘MORADORA DO
PARAÍSO’
5.10 GERALDO -
‘ACOLHIDO PELO
MAR’
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 28
Apresentar
sinalizadores
de ‘Repuxo’
do Turismo,
a partir das
narrativas
construídas.
- Sujeitos
participantes
das ‘com-
versações’ da
pesquisa.
- Repositórios
de teses e
dissertações.
- Indexadores
de periódicos
científicos:
Scopus,
Periódicos
Capes, Scielo.
- Bibliotecas
virtuais.
- Organização
Mundial da
Saúde.
Ações:
Sistematizaçã
o dos dados
coletados,
descrição,
produção de
texto
dissertativo,
apresentando
‘com-
versações’
entre dados
de campo e
referencial
teórico.
Produção de quadros-
sínteses com falas
dos moradores e
reflexão com as
trilhas teórico-
conceituais.
6 'QUEM NÃO
VIVE DO MAR,
VIVE DE QUÊ?'
6.1 SINALIZADOR
1:
PLANEJAMENTO
ECOSSISTÊMICO
DO TURISMO
6.2 SINALIZADOR
2: CULTURA DE
INTERIOR COMO
POTÊNCIA
TURÍSTICA DO
LUGAR
6.3 SINALIZADOR
3: CONSTRUÇÕES
E
(DES)CONSTRUÇ
ÕES HISTÓRICA
ARQUITETÔNICA
DO LUGAR
6.4 SINALIZADOR
4: CONEXÕES
ECOSSISTÊMICA
S COM MEIO
AMBIENTE
6.5 SINALIZADOR
5: ENTRELAÇOS
DE
AMOROSIDADE
DE LUGAR,
MORADORES E
TURISTAS
6.6 ‘RESPINGOS’
DA ONDA
PANDEMIA
COVID-19
--------------
--------------
--------------
--------------
7 REFLEXÕES
DEPOIS DO
ENCONTRO
ENTRE O MAR E
O REPUXO
Fonte: Elaborado pelas autoras
Devires Rizomáticos Inconclusivos
Espero ter ficado claro, neste texto, que a lógica que orienta a produção da Ciência em
que acredito é processual, dinâmica, derivativa, dissipativa, rizomática, caosmótica, constante,
de produção em um presente contínuo, em acoplamento com os múltiplos ecossistemas
existenciais de pesquisadores e demais sujeitos envolvidos. Assim, e por isso mesmo, não
desfechos peremptórios, apenas reflexões recursivas, em relação ao que se produziu, com a
intenção de sinalizar, em síntese, o percurso até aqui.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 29
Depois de tudo (da vida!) e depois do texto, reitero a intenção de contribuir com
pesquisadores, iniciantes ou experientes, no sentido de oferecer aberturas para a imersão poética
e técnico-operacional, nas viagens investigativas de seus sonhos, de seus desejos, com a
Cartografia dos Saberes. O convite é reconhecer-se como sujeito da pesquisa, autorizar-se a ser
autor do próprio texto na vida e na investigação e, ao mesmo tempo, percorrer os caminhos
sempre em amorosidade, ou seja, pautado pela ética da relação e do cuidado, com os parceiros
de pesquisa, com os lugares e sujeitos todos, o ecossistema e as múltiplas formas de vida, em
uma lógica de coexistência multiespécie.
Com as Matrizes Rizomáticas, procuro oferecer recursos para ‘não se perder’, ao menos
não mais do que a dimensão natural e construtiva das imersões espontâneas, criativas, em que
nos soltamos nos novos percursos, para descobri-los. Chega um momento, no entanto, em que
precisamos olhar o trajeto, reconhecer e separar pertences e preciosidades encontradas e
construir uma narrativa de viagem que seja uma espécie de ‘síntese encantada de universos em
transmutação’, ou seja, o conhecimento produzido na pesquisa. Varela (1992), parceiro de
Maturana, nos ensina que conhecimento é ‘enação’, que eu sempre traduzo para conhecimento
o que nos põe em ação’. Assim, penso que Cartografia dos Saberes e Matrizes Rizomáticas
podem ajudar pesquisadores a estarem ‘em ação’ de novos conhecimentos, de produção de uma
Ciência Amorosamente ética para o Novo Mundo, aprendendo, portanto, e auxiliando seres
outros a agenciarem também novos modos de ‘sobre-vivência’. Assim, sigo cajuinamente,
compreendendo que é possível responder com força, firmeza, poesia e alegria ao
questionamento que tem me orientado a vida: “Existirmos, a que será que se destina?”.
Sobre os devires rizomáticos, de vir o que está sendo gestado: uma brotação de
sequências de detalhamento dos rizomas das matrizes e da operacionalização da Cartografia
dos Saberes. Então... até a próxima ‘curva dos rios amazônicos das Matrizes Rizomáticas e da
Cartografia dos Saberes’!
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 30
REFERÊNCIAS
BAPTISTA, M. L. C. Cartografia de saberes na pesquisa em Turismo: proposições
metodológicas para uma Ciência em Mutação. Rosa dos Ventos, Caxias do Sul, v. 6, n. 3, p.
342-355, 2014. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4735/473547041003.pdf. Acesso
em: 27 abr. 2023.
BAPTISTA, M. L. C. Rhizomatic Matrices: Proposition of Signals for Transdisciplinary
Research in Tourism. In: SINGH, V.; AGNIHOTRI, A. (org.). New Radical Approach in
Interdisciplinary Research. 1. ed. Delhi, India: Akshita Publishers and Distributors, 2020.
BAPTISTA, M. L. C. Matrizes rizomáticas: proposição de sinalizadores para a pesquisa em
turismo. In: SEMINÁRIO ANPTUR, 14., 2017, Balneário Camboriú. Anais [...]. Balneário
Camboriú, SC: ANPTUR, 2017.
BAPTISTA, M. L. C. O Sujeito da Escrita e a Trama Comunicacional: um estudo sobre os
processos de escrita do jovem adulto, como expressão da trama comunicacional e da
subjetividade contemporâneas. Orientador: Mauro Wilton de Sousa. 2000. 600 f. Tese
(Doutorado em Ciências da Comunicação) Escola de Comunicação e Artes, Universidade de
São Paulo, São Paulo, SP, 2000.
BARTHES, R. Fragmentos de um discurso amoroso. São Paulo: Editora UNESP, 1977.
BELTRÁN, L. R. Estado y Perspectivas de la Investigación en Comunicación en America
Latina. Bogotá: Pontifícia Universidad Javeriana de la Facultad de Comunicación Social,
1981.
CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo:
Cultrix, 1997.
CAPRA, F.; LUISI, P. L. A visão sistêmica da vida. Uma concepção unificada e suas
implicações políticas, sociais e econômicas. São Paulo: Cultrix, 2014.
CHOPRA, D. As Sete Leis Espirituais do Sucesso. São Paulo: BestSeller, 1994.
CREMA, R. Introdução à visão holística. 5. ed. São Paulo: Summus, 1989.
D’ÁVILA, X.; MATURANA, H. El árbol del vivir. Santiago: MPV Editores, 2015.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed.
34, 1995.
GASTAL, S.; MOESCH, M. Turismo, políticas públicas e cidadania. São Paulo: Editora
Aleph, 2007.
GOSWAMI, A. O Universo Autoconsciente. São Paulo: Editora Aleph, 1993.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA e Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 31
LOVELOCK, J. As Eras de Gaia. A Biografia da Nossa Terra Viva. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 1991.
MATURANA, R. H.; VARELA, F. J. De máquinas e seres vivos: autopoiese e a organização
do vivo. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
MATURANA, R. H. Emoções e Linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte:
UFMG, 1998.
MOESCH, M. M. Epistemologia social do turismo. Orientador: Mário Carlos Beni. 2004.
504 f. Tese (Doutorado em Relações Públicas, Propaganda e Turismo) Escola de
Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
MONTEIRO, G. V.; COLFERAI, S. A. Por uma pesquisa amazônida em Comunicação:
provocações para novos olhares. In: MALCHER, M.; SEIXAS, N.; LIMA, R.; AMARAL
FILHO, O. (ed.). Comunicação midiatizada na e da Amazônia. Belém, PA: FADESP,
2011.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. São Paulo: Instituto Piaget, 1991.
RESTREPO, L. C. Direito à ternura. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
ROLNIK, S. Cartografia Sentimental. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.
SANTOS, B. S. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. São
Paulo: Autêntica, 2019.
STOCKMANS, I. Muros ou Pontes? Políticas Públicas e Arte na Periferia. Orientador:
Douglas Ceccagno. 2022. 209 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Cultura) Programa de
Pós-Graduação em Letras e Cultura, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, 2022.
VARELA, F. J. De Cuerpo Presente. Las Ciencias Cognitivas y la Experiencia Humana.
Barcelona: Editorial Gedisa, 1992.
WERÁ, K. A terra dos mil povos. Petrópolis, RJ: Editora Petrópolis, 1998.
Estratégias de ‘sobre-vivência’ metodológica na viagem investigativa para a ciência no mundo novo: Dimensão trama, cartografia dos
saberes e matrizes rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 32
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Integrantes do Amorcomtur! Grupo de Estudos em Comunicação,
Turismo, Amorosidade e Autopoiese (UCS-CNPq). As estratégias metodológicas propostas
por Maria Luiza Cardinale Baptista vêm sendo amplamente discutidas e utilizadas no grupo
de pesquisa que ela lidera no CNPQ.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Trata-se de um ensaio científico. Não passou por comitê de ética.
Disponibilidade de dados e material: Dissertação de Jennifer Bauer Eme, apresentada
sinteticamente nas Matrizes Rizomáticas preenchidas, está disponível no site do
PPGTURH-UCS, no link https://repositorio.ucs.br/xmlui/handle/11338/9986.
Contribuições dos autores: Dra. Maria Luiza Cardinale Baptista é autora do ensaio e das
proposições estratégicas metodológicas Cartografia dos Saberes e Matrizes Rizomáticas.
Ma. Jennifer Bauer Eme contribui com o artigo com as Matrizes Rizomáticas preenchidas,
desenvolvidas durante a sua pesquisa de Mestrado em Turismo e Hospitalidade da
Universidade de Caxias do Sul.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 1
ESTRATEGIAS METODOLÓGICAS DE 'SOBRE-VIVIR' EN EL VIAJE
INVESTIGATIVO A LA CIENCIA EN EL NUEVO MUNDO: DIMENSIÓN DE LA
TRAMA, CARTOGRAFÍA DE LOS SABERES Y MATRICES RIZOMÁTICAS
ESTRATÉGIAS DE ‘SOBRE-VIVÊNCIA’ METODOLÓGICA NA VIAGEM
INVESTIGATIVA PARA A CIÊNCIA NO MUNDO NOVO: DIMENSÃO TRAMA,
CARTOGRAFIA DOS SABERES E MATRIZES RIZOMÁTICAS
METHODOLOGICAL 'SUR-VIVAL' STRATEGIES IN THE INVESTIGATIVE
JOURNEY TO SCIENCE IN THE NEW WORLD: WEAVE DIMENSION,
CARTOGRAPHY OF KNOWLEDGES AND RHIZOMATIC MATRICES
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA1
e-mail: malu@pazza.com.br
Jennifer Bauer EME2
e-mail: jbauer.eme@gmail.com
Cómo hacer referencia a este artículo:
BAPTISTA, M. L. C.; EME, J. B. Estrategias metodológicas de
'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo:
Dimensión de la trama, cartografía de los saberes y matrices
rizomáticas. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206
| Presentado en: 30/05/2023
| Revisiones requeridas en: 15/06/2023
| Aprobado en: 29/06/2023
| Publicado en: 07/07/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brasil. Profesora e investigadora del Programa de
Posgrado en Turismo y Hotelería de la Universidad de Caxias do Sul. Coordinadora del Amorcomtur! Grupo de
Estudios y Producción en Comunicación, Turismo, Langosta y Autopoiesis (CNPq-UCS). Doctorado en Ciencias
(ECA-USP). Pasantía Postdoctoral en el Programa de Posgrado en Sociedad y Cultura de Amazonas (PPGSCA-
UFAM).
2
Universidad de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brasil. Miembro del Amorcomtur! Grupo de Estudios
y Producción en Comunicación, Turismo, Langosta y Autopoiesis (CNPq-UCS). Máster en Turismo y Hotelería
por el Programa de Posgrado en Turismo y Hotelería (PPGTURH-UCS).
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 2
RESUMEN: Texto ensayístico, sobre estrategias metodológicas qualitativas de "sobre-vivir" en
"viajes investigativos". El supuesto "viaje investigativo" invita a reflexionar sobre el universo
investigativo del Turismo, como signo poderoso para la comprensión de la Ciencia para el Mundo
Nuevo. Como sustrato teórico: comprensión de Mutación de la Ciencia; alineación con Ecología
del Conocimiento, Esquizoanálisis, Ecología Profunda, Visión Ecosistémica y orientación
Matrística. La Cartografía de los Saberes es orientación estratégica para la producción investigativa,
multimetodológica, procesal y rizomática, compuesta por pistas: 'Entretejemos la Investigación',
Saberes Personales o Dimensión Subjetiva, Teórico-Conceptual-Bibliográfica, Trama de
Producción o Trama de Hechos y Dimensión Intuitiva de la Investigación. La trama de los Saberes
y Conocimientos científicos debe estar al servicio de la reinvención de la vida y, en este sentido, de
las formas de "sobre-vivir", más que de "vivir". Las Matrices Rizomáticas demuestran coherencia
de la trama y refinamiento de comprensión de las conexiones y derivaciones en el Viaje
Investigativo.
PALABRAS CLAVE: Ciencia. Turismo. Metodología. Cartografía de los Saberes. Matrices
Rizomáticas.
RESUMO: Texto ensaístico sobre estratégias metodológicas qualitativas de ‘sobre-vivêncianas
‘viagens investigativas’. O pressuposto ‘viagem investigativa’ convida a refletir sobre o universo
investigativo do Turismo, como sinalizador potente para a compreensão da Ciência para o Mundo
Novo. Como substrato teórico: compreensão de Mutação da Ciência; alinhamento com Ecologia
de Saberes, Esquizoanálise, Ecologia Profunda, Visão Ecossistêmica e orientação Matrística. A
Cartografia dos Saberes é uma orientação estratégica para a produção investigativa,
plurimetodológica, processual e rizomática, composta pelas trilhas: Trama dos ‘Entrelaços Nós da
Pesquisa’, Saberes Pessoais ou Dimensão Subjetiva, Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica,
Usina de Produção ou Trama dos Fazeres e Dimensão Intuitiva da Pesquisa. A trama de fazeres e
saberes científicos deve estar a serviço da reinvenção da vida e, neste sentido, dos modos de ‘sobre-
vivência’, mais do que apenas de ‘vivência’. As Matrizes Rizomáticas demonstram a coerência da
trama e o refinamento da compreensão das conexões e derivações na Viagem Investigativa.
PALAVRAS-CHAVE: Ciência. Turismo. Metodologia. Cartografia dos Saberes. Matrizes
Rizomáticas.
ABSTRACT: Essayistic text, addressing qualitative methodological strategies of 'survival' in
'investigative travel'. The assumption 'investigative travel' invites to reflect on the investigative
universe of Tourism, as a powerful sign for the understanding of Science for the New World. As a
theoretical substratum: understanding of Science Mutation; alignment with Ecology of
Knowledges, Schizoanalysis, Deep Ecology, Ecosystem Vision and Matristic orientation. The
Cartography of Knowledges is a strategic orientation for the investigative production, composed
by the trails: the 'Research Weave', the Personal Knowledges or Subjective Dimension, Theoretical-
Conceptual-Bibliographical, the Production Plant or the Doing Trail and the Intuitive Research
Dimension. The weave of scientific knowledge and know-how must be at the service of the
reinvention of life and, in this sense, of the modes of 'survival', more than just 'living'. The
Rhizomatic Matrices demonstrate the coherence of the weave and the refinement of the
understanding of the connections and derivations in the Investigative Journey.
KEYWORDS: Science. Tourism. Methodology. Cartography of Knowledge. Rhizomatic Matrices.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 3
Confluencias y Reflexiones Iniciales Ruta de Conocimientos Personales
Año 2022. Inicio
3
este texto reflexionando sobre la lógica recursiva de lo que tengo que
decir aquí y cuánto es, el texto, es el resultado de lo que cuenta, de la comprensión de que los
fenómenos que estudiamos son "tramas complejas", de una amplia Cartografía de los Saberes
y de la realización (¡y creación/construcción!) de Matrices Rizomáticas, para la sistematización
y activación de estrategias de ‘sobre-viviren los muchos, tantas, viajes investigativos.
Hablo desde una trayectoria que, en este momento, acumula 60 años de vida, más de 50
años como estudiante, 35 años como investigador, 32 años como profesor de Metodología de
la Investigación en seis universidades brasileñas, con investigaciones presentadas en eventos
nacionales e internacionales, como resultado de asociaciones y relaciones con investigadores
de más de 15 países. Hubo cientos de trabajos orientados directamente en las áreas de
Comunicación, Periodismo, Publicidad y Publicidad, Relaciones Públicas, Diseño, Cine,
Turismo, Educación, Psicología, Medicina, Sociedad y Cultura de la Amazonía y Trabajo
Social, como profesora de Metodología, así como otro centenar de orientaciones en todos los
niveles académicos doctorado, maestría, especialización, pregrado en prácticamente todas
las áreas del conocimiento, como supervisor de textos y procesos de investigación, en la
dirección y coordinación de una empresa especializada en supervisión de textos académicos,
con sede en Porto Alegre, en el sur de Brasil, Pazza Comunicazione. La supervisión del proceso
de escritura, que también llamo la "acogida del tema de la escritura", y que también contribuyó
y resultó en una lógica recursiva, para la producción de la Tesis Doctoral en Ciencias, en la
Facultad de Comunicación y Artes de la Universidad de São Paulo, en 2000, sobre los procesos
de escritura del joven adulto como expresión de la subjetividad y la relación con la trama
comunicacional (BAPTISTA, 2000).
En este largo viaje de vida, investigación y orientación, conocí a muchas personas que
se sentían perdidas, que decían estar perdidas en la investigación y que tenían miedo de los
inmensos desafíos del viaje de investigación, especialmente en lo que hoy llamo "arquitectura
y vislumbre de la deriva" de las producciones, buscando condiciones para comprender la
dimensión de la trama, la composición compleja, marcado por múltiples y potentes haces
3
La escritura en primera persona singular, a lo largo del texto, corresponde a la escritura de Maria Luiza Cardinale
Baptista, responsable del enfoque ensayístico proposicional y autora de las estrategias metodológicas Cartografía
del Conocimiento y Matrices Rizomáticas. La otra autora, Jennifer Bauer Eme, responde, en el texto, por compartir
las Matrices Rizomáticas de su investigación, como un ejemplo de las proposiciones metodológicas de Baptista,
¡ampliamente discutidas en Amorcomtur! Grupo de Estudio en Comunicación, Turismo, Amabilidad Amorosa y
Autopoiesis.
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 4
transversales, que dan singularidad al fenómeno investigado. Es decir, eran personas que
sentían que estaban perdiendo el 'juego de la investigación', sin darse cuenta de que la
investigación es un juego de opción múltiple y que, cuando elegimos algo para investigar,
componemos un foco de investigación, a partir de una trama de elementos constitutivos que nos
lleva a un viaje investigativo. Este viaje se deriva y, al mismo tiempo, es un viaje en busca de
nosotros mismos, en el que rescatamos nuestro conocimiento y lo ponemos en movimiento,
desencadenando nuestros deseos, nuestros deseos de más y más conocimiento.
Elegimos el foco de estudio, elegimos autores, por sesgos más o menos racionales, pero
estamos todo el tiempo tomando decisiones y, en muchos momentos, compartiendo estas
elecciones con asesores, socios de grupos de investigación y los interlocutores más diversos, en
eventos, clases, seminarios, etc. Al final, sin embargo, firmamos los textos y la investigación
que producimos y, en este sentido, son ante todo el resultado de nuestras elecciones. Así que,
en el camino, si prestamos atención, nos descubrimos a nosotros mismos. Por supuesto, la
investigación es también un viaje al mundo del Otro. No investigamos solo porque nos gusta,
sino porque entendemos que el foco de estudio, en su dimensión condición/trama, tiene
relevancia para otras personas, otros ecosistemas, otros universos existenciales, preferiblemente
también para el Planeta, como nuestra Gran Casa, Gaia.
Muy pronto, descubrí, en la vida, los encantos del viaje del conocimiento. A veces tengo
la impresión de que nací con este entendimiento, porque siempre he querido estudiar, quería
aprender, aprender a aprender. Todavía en el interior de São Paulo, tenía menos de cinco años
y pensaba que era injusto que mis hermanos fueran a la escuela y yo no. Entendí que era
importante ir a la escuela. Después de tanta insistencia, obtuvo permiso de su madre para ir a la
escuela en la granja donde vivíamos, permiso para ir "ese día". Me sentí importante. Me sentí
como 'gente'. En estas idas y venidas, tuve el apoyo de mi hermano mayor, mi primer maestro.
Entendió que quería aprender a leer y escribir, incluso antes de estar en la escuela, me ayudó a
comenzar, antes del comienzo de las clases para mí. En la práctica, todavía no era el momento.
A mí, sin embargo, ya me parecía tarde.
Por eso, con tres días de primer grado, tomé el examen y pasé directamente al segundo
año. Desde siempre, estudié y me sentí transportado a otros mundos, otros tiempos, pasando
por portales de conocimiento, encontrándome con seres de otros lugares, de otros mundos.
Aprender más siempre me encantó y me hizo establecer relaciones y conexiones de todo con
todo. Aprender a aprender era sentir como mi desafío existencial, ser sentido y vivido como mi
propia vida. Incluso hoy recuerdo el asombro de ver caer el agua del grifo de la fuente de la
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 5
escuela en los primeros días "oficiales" de escuela y la maravilla de la pregunta que surgió en
mí: "¿cómo vemos?". Mientras miraba las gotas de agua que caían apresuradamente sobre el
azulejo blanco a cuadros de la fuente de agua del Grupo Escolar Guarantã, pensé: ¿cómo estoy
viendo? ¿Cómo ven mis ojos? ¿Qué sucede dentro de mí que me hace ver? Años más tarde, me
encontré con la misma pregunta, en los Seminarios de la Escuela Matrística, en las reflexiones
presentadas por mi maestro, ya fallecido y aún tan presente en mí, Humberto Maturana. Sigo
reflexionando que, en cierto sentido, he pasado mi vida tratando de entender cómo veo lo que
veo, qué procesos se desencadenan para mí, ¡y para los investigadores y clientes que asesoro!
ver lo que veo del mundo, de los universos investigados.
Así ocurrió en el proceso de aprendizaje, tan intensamente que, como adulto, ya en
el Curso de Periodismo (1982-1986), en la Universidad Federal de Rio Grande do Sul, encontré
la posibilidad de investigar y sentí que algo estaba compuesto con mi pulso, con mi respiración,
con mi forma de ser y estar en el mundo. Entendí que ser este sujeto que busca, que quiere saber
más, quiere saber profundamente y quiere entregar al mundo era mi forma de vida, mi lógica
Cajuína, como suelo decir, reflexionando sobre el verso de Caetano Veloso: "existir, ¿para qué
sirve?". Todavía lo es y creo que seguirá siendo mi sustento existencial, en sentidos varios. En
ese momento, bajo la guía de la investigadora y profesora Maria Helena Weber, de la Facultad
de Biblioteconomía y Comunicación, en un camino de aprendizaje llamado Comunicación
Comparada, realicé mi primera investigación académica, sobre telenovelas, aspectos subjetivos,
sociales y políticos.
Apasionado por las lecturas de Periodismo, la praxis de producción de las redacciones,
años más tarde, me encontré, en la Maestría, deliberadamente enamorado de las clases de
Metodología, de la profesora Dra. Maria Immacolata Vassalo de Lopes, en la Facultad de
Comunicación y Artes de la Universidad de São Paulo. Durante las tardes de sus clases, abrió
un mundo de reflexión sobre la relevancia de la Metodología como dispositivo para el
cumplimiento de los deseos de investigación. También explicó sobre el carácter intrínseco del
poder de la Metodología, con su historia, contada entre otros autores que indicó, como Ramiro
Beltrán (1981). Este autor enseñó a pensar en las fases del desarrollo de la investigación,
mostrando que la historia de la investigación en América Latina es también una historia de
lucha para superar los paradigmas impuestos por América del Norte, con un 'fuerte impacto'
funcionalista y de subordinación teórico-metodológica a modelos prefabricados en otros
territorios, territorios no nuestros, territorios siempre sedientos de dominación. Las demandas,
frente a la financiación y las ofertas de subsidios para las investigaciones, fueron, en el sentido
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 6
de que los datos fueron "entregados" en primer lugar, lo que creó condiciones de una lógica,
que entendí y cuestioné a lo largo de mi vida: "conocer para dominar".
Así, los estudios y los métodos estadísticos y psicosociológicos ayudaron a comprender
Brasil y América Latina en su conjunto, para luego "dominar" el emergente y poderoso mercado
de consumo, por la grandeza numérica de nuestra población y nuestras riquezas ambientales,
económicas, culturales, etc. Llegué a entender, entonces, que la Metodología es la clave de la
bóveda, en muchos sentidos. Es la clave del tesoro de la investigación, en un sentido material,
simbólico, emocional, de la posibilidad de retorno de las inversiones deseadas realizadas; Es
por eso por lo que se mantiene como una reliquia, en pesados compartimentos académicos,
visible solo parcialmente e invisible en su amplitud, protegida por nebulosas discursivas, que
tienen la función de asustar a los investigadores novatos y decirles: "No. Eso no es científico.
No, la metodología es incorrecta. No, no puedes hacer eso. No, eso no vale nada". En otras
palabras, lo que a menudo se dice a aquellos que se atreven a intentar iniciarse en la
investigación es: "¡No tienes ningún valor! ¡Aún no estás listo! No dominas la metodología".
La buena noticia que traigo es: "¡Nadie ha dominado la Metodología!" Sí, porque la
Metodología es 'indominable', no es capaz de ser dominada, porque la Metodología es el estudio
de los caminos del viaje investigativo, y los caminos son inscripciones de procesos que se hacen
como resultado del evento, en un continuum caminar en la investigación, en la 'acción de
invertir en busca de conocimiento', como me gusta referirme. Así como es inherente al viaje,
tenemos conocimientos y vislumbres cuando salimos de casa, pero no sabemos, con certeza, el
resultado del viaje. Y la gracia reside precisamente en esta procesualidad, en el carácter inusual
y atractivo del proceso de desterritorialización deseante, que se desencadena al comienzo de
cualquier viaje, también de viajes académicos. Las vías son informativas, usando un término
que acuñé en mi doctorado. Están siendo inscritos, creados, al mismo tiempo que desencadenan
mundos de devenir, de lo que debería llegar a ser. Así es en los viajes de investigación y en la
vida.
Por el contrario, la hiperprotección rígida y axiomática de los posibles caminos y
caminos indiferentes de la investigación es consistente con el paradigma científico que surge
de lo que convencionalmente se llama la Revolución Científica: finales del siglo XVI y
principios del XVII. Durante muchos años he estado reflexionando sobre los límites del carácter
reduccionista, mecanicista y cartesiano de la Ciencia Clásica, también he estado buscando abrir
nuevos caminos, nuevas potencialidades de caminar, para hacer el viaje más agradable, menos
rígido, más poético con poder autopoiético, para sujetos y lugares y de esta manera,
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 7
involucrar a más y más investigadores en el deseo y la alegría que es ser investigador y en la
posibilidad de convertirse en científico. En este mismo sentido, he pasado mi vida luchando por
desmitificar la Metodología y también desmitificar, creando accesos para investigadores
principiantes, desde la graduación, y ayudando a investigadores más experimentados, a nivel
de posgrado, a hacer las paces con el conocimiento metodológico y a construir, así, sus propios
caminos y las posibilidades de informes de sus viajes de investigación.
Son muchas las historias, en este sentido, que he acumulado en la caminata. Por las
proporciones de este texto, no es posible contarlos. Sigo, pues, a la segunda vía de la Cartografía
de los Saberes, una de las estrategias metodológicas que propongo y que, aquí en este texto,
reviso y reviso. La siguiente vía corresponde al enfoque de conversaciones con autores, con la
sistematización de la confluencia de líneas teórico-conceptuales-bibliográficas, para la
producción del viaje investigativo.
¡Hago hincapié en que este texto es también el resultado de muchas ‘con-versaciones’
Amorcomtur!, especialmente de nuestras reuniones semanales, llamadas Encuentros Caóticos,
considerando el caos en su poder de agencia de la creación. La revisión de la Cartografía de los
Saberes y Matrices Rizomáticas fue llevada a la reunión y reflejada por los investigadores. Un
investigador Máster en Turismo y Hotelería firma conmigo este artículo, quien, entre muchos,
ha estado ayudando a consolidar los estudios de Amorcomtur. Con amor y complicidad, aceptó
el reto de adaptar las matrices rizomáticas anteriores de su investigación a las del momento
presente. Esta es su contribución en el texto. El ensayo tiene un carácter autoral y está escrito
en primera persona del singular, pero entiendo que mi discurso está transversalizado por el
discurso de muchas personas, especialmente mis aprendices y autores que también se han
convertido en 'compañeros de viaje de investigación'.
Trama Teórico-Conceptual-Bibliográfico de la Investigación
En este punto, presento la trama del conocimiento teórico-conceptual-bibliográfico, en
el reconocimiento de que mi conocimiento, mis proposiciones, son derivaciones de muchas
'con-versaciones en la vida, con otros seres, inscritos y muy vivos en mí, que produjeron
transformaciones significativas y sorprendentes en relación con el sentido de la vida y la
investigación. No hay forma de reportar cada encuentro, ni siquiera 'abrir las pistas'. Elijo, en
coherencia con el enfoque del texto, algunos signos inherentes a las tramas que van desde el
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 8
enfoque epistemológico hasta la dimensión teórica, metódica y técnica, trayendo aquí algunas
orientaciones de esta confluencia de la trama que soporta el texto.
Como sustrato que genera las reflexiones, en términos de pistas teóricas, está la
comprensión de la Mutación de la Ciencia, evidenciada desde el siglo pasado. (CAPRA, 1997;
CAPRA; LUISI, 2014); la visión holística (CREMA, 1989); alineación con la Ecología del
Conocimiento de Santos (2019); Complejidad y reconexión del conocimiento de Morin
(1991); Esquizoanálisis de Deleuze y Guattari (1995); Visión del ecosistema, de Monteiro e
Colferai (2011); Saberes Indígenas, de Krenak (2019) e Werá (1998); y Orientación
Matrística de la Biología Amorosa y Cultural de Maturana (1998), Maturana y Varela
(1997), y D'Ávila y Maturana (2015), con atención a las demandas y desafíos en la producción
de conocimiento en el Nuevo Mundo. En este sentido, la producción del ensayo está guiada por
la epistemología compleja y holística de los ecosistemas, de reconexión del conocimiento, no
solo del universo científico tradicional, sino del gran universo de conocimientos que se
entrelazan en los ecosistemas investigados, considerando también las sabidurías ancestrales y
las poblaciones tradicionales.
Más de cerca en Turismo, en estos más de 10 años, en conversaciones con autores,
investigadores, ya hay una serie de diálogos, en el sentido de aperturas para un nuevo turismo
posible (GASTAL; MOESCH, 2007), confluencias de sensibilidades reflexivas, de las que
destaco, especialmente, el encuentro con el pensamiento de Moesch (2004), con quien percibo
transversalizaciones para la comprensión de los ecosistemas turístico-comunicacionales-
subjetivos.
Trama de los Saberes. Esta es la presuposición de la visión holística compleja del
ecosistema, que guía este trabajo y mis estudios en su conjunto, también como una propuesta
para la Ciencia del Nuevo Mundo. Así, en este punto de consideraciones reflexivas, abordo la
configuración de la trama teórico-bibliográfica de mi investigación y las del grupo que
coordino, Amorcomtur!, con énfasis en la configuración de esta pista, que concierne al sustrato
teórico de este texto. En este sentido, destaco la dimensión de la trama, como signo de
complejidad, que exige la creación de estrategias plurales, procedimentales y cuidadosas de
sistematización, en términos de orientaciones en los caminos y descaminos de la investigación.
Otro supuesto es el del "viaje investigativo” que presenté en mis estudios hace mucho
tiempo, involucrando la dimensión intuitiva de la investigación, cuando, mucho antes de
conocer la Amazonía, ya les estaba diciendo a los estudiantes de Comunicación Social de la
Universidad de Taubaté (años 1990-1991) y de la Universidad Luterana de Brasil (1992-2002)
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 9
que investigar es hacer un viaje en el bosque. Más tarde, en 2010, cuando fui por primera vez a
Manaus, para una conferencia a los estudiantes de la Universidad Federal de Amazonas, sobre
mis estudios sobre metodología, pude cuestionarme sobre cómo se me había ocurrido esta idea,
si nunca había viajado en el bosque. La inmensidad del encuentro con el bosque, sin embargo,
las múltiples confluencias entre sentimientos y conocimientos con todo el ecosistema, me
hicieron comprender que había sentido algo potente en la relación entre investigación y viaje,
entre caminos y descaminos, entre la confrontación de nosotros mismos, el encuentro con
nuestras bestias, nuestras flores y seres internos, También sobre el riesgo de los acantilados
internos, las marismas, las arenas movedizas, el riesgo de ser tragados por nuestros propios
animales o por otros, en la feroz jungla de la academia. Es algo que nos invita a reflexionar
sobre el universo investigativo del Turismo, como una poderosa señal para la comprensión de
la Ciencia para el Nuevo Mundo, que he estado tratando, en portugués, como Mundo N'Ovo, el
Mundo en el Huevo, el Mundo que está siendo generado por todos nosotros, también en
Educación y Ciencia.
Y sobre el Nuevo Mundo, es importante entender que los supuestos aquí involucran las
grandes transmutaciones, no solo de la Ciencia, sino de la Episteme que hace (debe llegar a ser,
al menos) posible la vida en la tierra. La primera señalización, en este sentido, fue posible, para
mí, a partir del encuentro con el pensamiento de autores como Fritjof Capra (1997), Capra y
Luisi (2014), Roberto Crema (1989), James Lovelock (1991), animados por la discusión de la
línea de investigación Epistemología del Periodismo, en la Facultad de Comunicación y Artes,
de la USP, en itinerarios de aprendizaje y seminarios con los profesores Edvaldo Pereira Lima
y Cremilda Medina. La principal mutación en involucró la comprensión amplificada de la
Ciencia, también con conexiones con posibilidades de apertura a la sensibilidad, el arte, la
poética, la subjetividad, la intuición, que era, para mí, cada vez más encantadora. Es a partir de
este momento también el contacto con la Física Cuántica y la visión de las mutaciones de la
Ciencia, en reconexión con el conocimiento arcaico y con la Espiritualidad (CHOPRA, 1994;
GOSWAMI, 1993). Paralelamente, viví el encuentro con Restrepo (1998), indicado por la
profesora Cremilda Medina, con la invitación a reconectar con la ternura, en la vida cotidiana,
en el trabajo y en la ciencia; la reconexión con Fragmentos del discurso del amor (1977) de
Roland Barthes; así como el encuentro con la noción de amor de Humberto Maturana, que
enseña que el amor es el reconocimiento del otro como otro legítimo en convivencia.
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 10
Estrategias Metodológicas Cartografía de los Saberes y Matrices Rizomáticas
Con el propósito de presentar Estrategias de ‘Sobre-VivirMetodológicas en el Viaje
Investigativo a la Ciencia en el Nuevo Mundo, las primeras confluencias se presentaron, hasta
el momento, con el Rastro de los Saberes Personal o Dimensión Subjetiva de la Investigación,
seguido de la Dimensión Argumental, con las Pistas Teórico-Conceptuales-Bibliográficas, sólo
señaladas por las proporciones de este texto. Se procede ahora a la presentación de la revisión
de la Cartografía de los Saberes y Matrices Rizomáticas, como estrategias metodológicas
autorales. Ambos son el resultado de toda una vida, pero su expresión tuvo momentos especiales
en algunos textos y producciones. En 2014, publiqué el artículo Cartografía de los Saberes de
la Investigación Turística, en la Revista Rosa dos Ventos, en el que presenté una asociación de
la propuesta metodológica estratégica con los estudios de Turismo (BAPTISTA, 2014).
Después de eso, muchos artículos trajeron la Cartografía, ya sea como una propuesta acoplada
a la reflexión epistemológica o como una estrategia metodológica de elección, en la
investigación empírica llevada a cabo.
Lo que presento a continuación es una proposición que mantiene el carácter de
orientación subjetiva plural, para la producción investigativa, con algunos detalles alterados, en
relación con la proposición original de cuatro vías de investigación: Saberes Personales,
Saberes Teóricos, Laboratorio de Investigación o Trama de producción, Pensamientos Picados
o Dimensión Intuitiva de la investigación. Destaco aquí que las denominaciones más
informales, inicialmente, estaban relacionadas con el deseo de dialogar con estudiantes de
pregrado, con quienes trabajé más directamente, al comienzo de mi carrera como profesor de
Metodología de la Investigación. Luego la Nueva Cartografía de los Saberes, siempre en
proceso. Esto está fechado en mayo de 2022.
Cartografía de los Saberes
La Cartografía de los Saberes es una orientación estratégica plurimetodológica para la
producción investigativa. El nombre Cartografía de los Saberes está inspirado en la noción de
cartografía presentada por Suely Rolnik, en el libro Cartografía Sentimental, en el que propone
la cartografía como recurso para el estudio de los procesos psicológicos del universo femenino
(ROLNIK, 1989). Según ella, la cartografía es una especie de mapa que se hace siguiendo el
cambio del paisaje. Esta idea, por misma, confiere coherencia entre el uso de la cartografía
como estrategia metodológica, para la investigación guiada por la lógica procesual, compleja y
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 11
holística. Es un dispositivo interesante para estudiar universos en transmutación, fenómenos en
su proceso natural de cambios y alteraciones, en una dinámica continua de autoproducción. La
creación de la Cartografía de los Saberes tuvo como propuesta orientar la operatividad del
trabajo en sistemas en chaosmosis (caos-ósmosis-en el cosmos), que caracteriza a la mayoría
de los fenómenos estudiados. La composición de Cartografía como Cartografía de los Saberes
se refiere a la idea de multiplicidad de conocimientos transversales, entrelazados en la
composición de los nudos de investigación.
La Cartografía se operacionaliza mediante pistas simultáneas, consideradas en su
dinámica de producción en proceso continuo. Hay una pista inicial, que se convierte en una
señal para las demás, que se activan simultáneamente. Este es el Rastro de la Trama de los
'Nudos de Entrelazamiento de la Investigación', que identifica los "nudos" de investigación,
los focos de rastros de investigación a seguir. La estrategia metodológica considera el carácter
subjetivo y autoral del investigador, su historia, sus inquietudes y búsquedas, en la Trama de
los Saberes Personales o Dimensión Subjetiva, en asociación con varios otros conocimientos,
en otras tres pistas. La Trama Teórico-Conceptual-Bibliográfica es el phylum investigativo
que permite realizar encuentros con el conocimiento de los demás, en coherencia y alineación
derivada de los núcleos de significado del foco de estudio, los 'nudos entrelazados de
investigación'. En la Trama de Producción o Trama de Hechos, existe el universo de los hechos
investigativos, en aproximaciones y acciones, con su carácter de increación inscripción,
creación y activación de devenires teniendo en cuenta la singularidad y complejidad de los
universos ecosistémicos investigados. En asociación, con un carácter simultáneo, espontáneo y
constante, existe la Trama de la Dimensión Intuitiva de la Pista de Investigación,
reconociendo que el conocimiento se produce en el entrelazamiento de universos potentes, que
involucran las dimensiones material e inmaterial, en coherencia con el hecho de que la
investigación es en misma un universo vivo y transmutado. Así que reflexionemos un poco
sobre cada uno de ellos.
Trama de los 'Entrelazos de la Investigación' que corresponde a los nudos
investigativos, a las pistas de investigación que sintetizan el universo investigado. Pienso aquí
en nosotros, inspirados por Ilya Prigogine, en la proposición de la existencia de nudos de
confluencia y nudos de paso. Son 'puntos que concentran', en nuestro caso, palabras o
expresiones que sintetizan rastros investigativos, devenires, signos de paso por lo que queremos
decir. Así, el reconocimiento de la investigación pasa por la identificación de lo que estamos
entrelazando, en el reconocimiento de una problematización a investigar.
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 12
Existe una dinámica para el reconocimiento y el tratamiento reflexivo de los "nudos" de
la investigación. Hace muchos años, creé el Juego de Globos, en un ejercicio práctico, que se
refiere a la alegría del universo de los niños, pero también se asocia con las lógicas matemáticas
de la Teoría de Conjuntos y la fluidez inherente a la condición natural y espontánea de entrelazar
globos y cables y reconocer sus encantos y nuestras preferencias, en relación con ellos. En la
práctica del juego, pensamos y dibujamos, cuando es posible, seis globos. En cada globo
escribimos una palabra relacionada con la búsqueda. Miramos, reflexionamos. Podemos
numerar los globos, pensando en prioridades y secuencia. ¿Qué viene después de cuál? ¿Qué
es más importante para nosotros? Así que tenemos que elegir tres globos para 'tirar'. A menudo
es una decisión difícil, porque elegir las seis palabras ya es un mega ejercicio de filtrado, en el
gran universo de palabras disponibles, para escribir la síntesis de oraciones del enfoque de la
investigación. La dinámica, sin embargo, nos invita a quedarnos con tres palabras que
representan la síntesis de la síntesis, lo esencial, que no se puede descartar, de ninguna manera,
para asegurar que el gran nudo de sentido de la investigación que estamos llevando a cabo
permanezca.
No sabemos que sabemos dónde está el nudo, pero a menudo nos damos cuenta
gradualmente de que la dinámica, por simple que parezca, nos ayuda a sacar a la superficie la
conciencia del conocimiento, la gran pista, el gran nudo de señalización. En este sentido,
tenemos que esforzarnos por saber, incluso, cuál sería "la palabra", si tuviéramos que elegir
solo una. ¿Qué palabra sería suficiente para expresar nuestra investigación? Esa es la pregunta
abrumadora. En la composición de tres palabras, hay que decir el núcleo del estudio. Este
ejercicio es didáctico-pedagógico, mueve al investigador dentro de sus deseos, sus
pensamientos, sus conocimientos, sus reflexiones previas y sus intuiciones de devenir. Es
fundamental para la invitación, en la secuencia, que es entender que las seis palabras
cohabitarán una oración de presentación del Foco de Estudio generalmente llamado por los
investigadores el objeto de estudio, pero que propongo llamar enfoque o, aún más
apropiadamente, delineación, porque me di cuenta, en estos años de investigación y orientación,
que, de hecho, no se trata de "objeto" y que la denominación misma de objeto está vinculada a
una lógica paradigmática de la Ciencia resultante. de la Revolución Científica, finales del siglo
XVI y principios del XVII. A diferencia de la orientación clásica, la investigación está viva, el
universo investigado está vivo, pulsante, mutante, autopoiético y generador de nuevos brotes,
así como agente de nuevos caminos de investigación. Este es el más desafiante y encantador de
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 13
los procesos de investigación y hace que sea incoherente llamar a la pista principal elegida para
el viaje de investigación un "objeto de estudio".
Saberes Personales o Dimensión Subjetiva Aquí está en la agenda el carácter
subjetivo y autoral del investigador, su historia, sus inquietudes y búsquedas. Nadie comienza
una búsqueda "de la nada". Por el contrario, ¡lo que nos mueve son los conocimientos
acumulados en entrelazamiento con sentimientos íntimos, que permiten responder a la pregunta
emblemática que repetidamente hago a cada investigador de Amorcomtur!. y que me consultes
en mi empresa Pazza Comunicazione (www.pazza.com.br): "¿Qué te importa? Como
consecuencia: ¿qué te importa en este universo de investigación? ¿Qué te interesa? ¿Qué
relación tienes con este tema? El ejercicio de responder a estas preguntas y producir textos
"efusivos", resultantes de la escritura espontánea, a medida que las ideas brotan en nosotros,
produce pistas esenciales para las elecciones en el camino. El investigador necesita saber lo que
está buscando con este viaje de investigación. Conocer desde dentro de uno mismo, desde las
derivas existenciales. Y esto sucede con los investigadores en todas las dinámicas y niveles
académicos, desde la iniciación científica hasta los estudios de doctorado o postdoctorado.
La dinámica de esta trama es cuestionar, reflexionar, sentir, dejar que la información
venga e inscribir, escribir, sin juzgar. El investigador debe escribir textos, sin cuestionarlos, sin
preocuparse por normas o reglas. El trabajo aquí es escribir para ti mismo, saber lo que sabes y
pensar sobre los focos señalados por los "globos", los "nudos enredados" de la investigación.
Escriba y luego hable con colegas en el grupo de investigación y el asesor.
Trama Teórico-Conceptual-Bibliográfico En esta pista la propuesta es reconocer
que lo que sabemos resulta de enredos con otros seres que conocen, piensan, sienten, escriben
y, algunos de ellos, han elaborado teorías (explicaciones sobre el ‘teor-ia’, el significado de las
confluencias significaciones de los universos), seres que reflexionaron profundamente,
investigaron y llegaron a cristalizar expresiones-síntesis de estos pensamientos, los flujos
teóricos, las pistas teóricas y los conceptos, que son estas cristalizaciones-síntesis. Además,
existen producciones bibliográficas que nos dan información que, al ser recogida, ayudan a
provocar reflexiones y encontrar banderas de investigación. Esta información no siempre son
conceptos o teorías, sino que, como un hecho, como registro bibliográfico, conforman la red de
información que obtenemos del 'discurso del otro'. Los registros y sistematizaciones de estas
"con-versaciones" con otros seres son necesarios.
En términos operativos, el investigador debe reconocer la trama de las pistas teórico-
conceptuales-bibliográficas y organizar su sistematización. Esto implica abrir carpetas con una
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 14
síntesis de palabras del rastro, donde se archivarán los textos-base encontrados, los textos
producidos a partir de las lecturas de estos textos-base, tablas demostrativas que demuestran la
correlación entre las teorías, los conceptos, los autores, los datos bibliográficos encontrados. El
secreto es siempre el cuidado con la sistematización. No sirve de nada leer muchos textos,
solamente. Es necesario reflexionar y organizar lo que se está leyendo y crear dibujos, matrices
cognitivas, que demuestren la relación entre ellas. Estos dibujos pueden ser marcos
demostrativos lineales (siempre y cuando el investigador entienda que todo es fluido,
transmutante, vivo y que, en este sentido, puede ser revisado en cualquier momento). También
pueden ser diseños más creativos y complejos, como las expresiones fractales, que demuestran
la coherencia epistemológica entre la asunción de complejidad, la dimensión de la trama y la
expresividad. Depende de la posibilidad de crear estas figuras y también del deseo de
comunicarse con públicos diversos. No veo ningún problema en utilizar algunos elementos de
linealidad para establecer "puentes de conversación" con investigadores de otros puntos de vista
paradigmáticos.
Trama de Producción o Trama de Hechos – Aquí tenemos la síntesis de la pulsación
de la investigación, en producciones resultantes de aproximaciones y acciones de investigación.
En una aproximación al lenguaje tradicional, puedo decir que, en la Trama de Producción,
elegimos los procedimientos de investigación, decidimos cómo operacionalizar el uso de estos
procedimientos, considerando estudios previos, la historia de estos procedimientos en
mismos y la coherencia del acoplamiento con las demandas de las pistas de investigación
resultantes de los "nudos de enredos", los "subtemas" de la investigación, también aquí para
usar un término que dialoga con el lenguaje tradicional.
He estado trabajando con la división de la Trama de Producción en planteamientos y
acciones investigativas. Las aproximaciones son acciones preliminares, de encuentro con el
universo investigado 'con el pecho abierto', sin grandes presuposiciones, salvo el trabajo
sensible, constante, de reconocimiento del conocimiento personal subjetivo del investigador y
sus enredos. Es decir, todos y cada uno de los enfoques se están decidiendo 'en el trato',
fusionando las pistas iniciales del conocimiento de los investigadores, el entrelazamiento con
el conocimiento teórico-conceptual-bibliográfico y, por supuesto, la dimensión intuitiva de la
investigación, que transversaliza todas las pistas.
La lógica aquí es que el investigador se va al campo, a la dimensión operativa de la
investigación, eligiendo algunos "posibles hechos", incluso si todavía está en una fase
temprana. Las aproximaciones, entonces, son acciones de investigación, formas de aproximarse
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 15
al universo, para ayudar a pensar, reflexionar, sentir, conocer profundamente. Se pueden realizar
con procedimientos tradicionales, cualquiera de ellos, cuantitativos o cualitativos, o pueden
desencadenarse a partir de procedimientos creados especialmente para la investigación en
curso, en coherencia con las singularidades de los universos investigados. Las acciones de
investigación, por otro lado, también son procedimientos, que siguen la misma lógica de utilizar
procedimientos tradicionales y creados especialmente para la investigación, pero se deciden ya
en un momento de cierta maduración del curso de la investigación en el que se vislumbra más
claramente el flujo de las aguas de investigación entre los objetivos específicos y las acciones
necesarias para que se logren. A menudo son el resultado de aproximaciones, algunas de ellas,
o confluencia entre varias.
Vale la pena mencionar que los enfoques de investigación, en Ciencia Tradicional, se
han trabajado como algo cercano a las sondas o pruebas previas. La diferencia es que, en la
visión holística compleja del ecosistema, estos enfoques no se someten a una planificación
rigurosa, sino que cumplen con la lógica natural y espontánea del enfoque sensible, cuidadoso,
reflexivo y autorreflexivo, en busca de las pistas de señalización de los cables y lazos, que
demuestran el flujo natural de la investigación.
Dimensión intuitiva de Investigación Considero que la intuición es una especie de
hilo invisible que cose vida e investigación, guiándonos por caminos más relacionados con
nuestros sentimientos íntimos y nuestra visión del mundo, también de los fenómenos que
investigamos. En su condición de inmaterialidad, de gemación espontánea, la intuición es una
señal potente, que demuestra la confluencia de la investigación, en direcciones que no siempre
percibimos con la mente superficial, con la conciencia en su movimiento de sistemas
codificados, precisamente porque las configuraciones de la conciencia, también llamada mente
superficial, se producen como resultado de un largo fructífero y duro trabajo de configuración
del universo simbólico. Este universo, a su vez, se produce en los múltiples acoplamientos
subjetivos y con los nichos ecológicos, que configuran cristalizaciones de valores, criterios de
validación, conceptos, prohibiciones, miedos, limitaciones. El mundo de la intuición está
libremente conectado con los potentes universos en transmutación, sin los grilletes de los
axiomas. Es, por lo tanto, una dimensión de increíble potencialidad creativa y conexiones con
información a la que aún no ha accedido la conciencia. Por esta misma razón, cada vez que se
manifiesta, el investigador debe registrar rápidamente la idea y/o el sentimiento, escribir, sin
juzgar (porque el juicio sería hecho por instancias adoctrinadas en la conciencia, que tan a
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 16
menudo nos impiden atrevernos, saltar, hacer inmersiones más profundas en el universo
caosmótico de la investigación).
Matrices Rizomáticas
Las Matrices Rizomáticas son una estrategia metodológica de sistematización. Fueron
creados para ayudar al investigador a verificar la coherencia interna de la investigación y las
inflexiones, las direcciones del proceso durante y después de que se complete la investigación.
La denominación se deriva de la comprensión de 'matriz' como un lugar que genera vida, de lo
cual se desprende la proposición de que las matrices expresan los lugares generadores de la vida
de la investigación. La complementación rizomática se asocia con el concepto de rizoma, de
Deleuze y Guattari (1995), quienes proponen el rizoma, a partir de la transposición del
significado de Botánica, como una especie de raíz de crecimiento irregular y brotes espontáneos
sin simetría y regularidad. De esta manera, las Matrices Rizomáticas son sistematizaciones de
los 'lugares generadores de la investigación', observando las direcciones, las inflexiones en sus
irregularidades y fluidez, en brotes que se forman, constituyen nudos, que se despliegan en
nuevos flujos hasta la confluencia y formación de nuevos nudos, que dan paso a nuevos flujos...
hasta que llegues a nuevos nudos, y así sucesivamente. Esta idea también está aliada al
pensamiento de Ylia Prigogine, quien, desde Química, propuso el estudio de la estructura
disipativa, con el reconocimiento de nudos de confluencia y nudos de paso.
De lo que me doy cuenta es que la investigación también se realiza en nudos de
confluencia y nudos de paso. Hay puntos que deben observarse y reconocerse de una manera
única, así como es necesario observar, entre estos nudos, la coherencia y la lógica, porque son
signos del curso de los acontecimientos en la investigación, a veces sorprendiendo incluso al
investigador. A continuación, presento la imagen original de las matrices rizomáticas, cuya
visualidad corresponde a una vista aérea de los ríos amazónicos. Me tomó mucho tiempo buscar
esta imagen, porque quería algo que expresara que la investigación es un camino de viaje de
investigación, que se produce en la dinámica de la vida, así como el viaje en sí. Es un proceso
en el que destaca la compleja lógica procedimental de desplegar eventos en una dinámica
continua de acoplamientos y transversalizaciones. Por cierto, lo que acabo de decir es algo muy
cercano a la descripción de Humberto Maturana de los procesos de vida y autoproducción de
organismos vivos, de autopoiesis y no por casualidad. Quiero decir, ¡la investigación es una
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 17
dinámica viva! Por esta misma razón, los investigadores a menudo se pierden, especialmente si
intentan encarcelar esta dinámica en dogmas y axiomas.
La propuesta de las Matrices Rizomáticas fue presentada, como primera sistematización
de mis reflexiones y proposiciones estratégicas de sistematización, en el Seminario ANPTUR
(BAPTISTA, 2017). Posteriormente, se publicaron en capítulo de libro en India (BAPTISTA,
¡2020) y han formado parte de muchos estudios realizados por el grupo de investigación
Amorcomtur! Grupo de Estudio en Comunicación, Turismo, Amabilidad Amorosa y
Autopoiesis, pero no sólo. Investigadores de diferentes áreas han buscado las matrices, para
organizar y sistematizar su investigación, como un dispositivo de producción y verificación de
coherencia y lógica interna, simultáneamente. Este es el caso, por ejemplo, de una tesis de
maestría en Letras, realizada para el Programa de Posgrado en Letras y Cultura, de la
Universidad de Caxias do Sul, para la cual supervisé el texto, por Pazza Comunicazione
(STOCKMANS, 2022).
En la siguiente figura, la expresión visual de las Matrices Rizomáticas, con la matriz
principal, que se despliega en las otras, posteriormente.
Figura 1 Las matrices originales son del 6 de junio de 2017 ¡siempre en proceso!
Matriz 1: Verificación del 'Equilibrio Fluido' de la Narrativa de la Investigación
Título
Objeto de
estudio
Objetivo general
Objetivos
específicos
Cuestión –
¿Problema?
Matriz 2: Diagrama de Tramas Tricas – Equilibrio Fluido de las Teorías de
Investigación
Objetivo
general
Objetivos
específicos
Pistas teóricas
Autores para
cada pista
Capítulos de
disertación/tesis
Matriz 3: Pistas de 'Viaje en Acción' Equilibrio Fluido de Acciones de Investigación
Objetivo
general
Objetivos
específicos
Enfoques y
acciones de
investigación
Capítulos de disertación/tesis
Fuente: Elaboración propia
La propuesta original de las Matrices proponía una composición con tres matrices, como
se expresa en la siguiente figura.
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 18
Figura 2 Matrices originales: los 3 grandes phylum
Fuente: Elaboración propia
En este texto, presento la revisión de las matrices, con el desdoblamiento en una más de
ellas. También hay un ajuste en los títulos, con miras a ampliar la legibilidad de cada matriz y,
así, contribuir a un mayor número de personas, en sus prácticas de investigación operativa, ¡y
no solo a los iniciados de los sesgos epistemológico-teóricos de Amorcomtur!. La primera
matriz rizomática ahora se llama: Tramas y rizomas Verificación de la Coherencia de la
Investigación. Esta Matriz está relacionada directamente con la primera pista de la Cartografía
de los Saberes, porque deriva de los 'nudos de enredos' de la investigación, que son los núcleos
de significado para la composición de cada uno de los ítems presentados, comenzando por el
enfoque o diseño de la investigación, con la consecuente deriva de los demás.
El foco de estudio es, en mismo, una trama de significación y una proposición
narrativa rizomática, ya que propone el conocimiento de la complejidad de un fenómeno-trama
y señala a la narrativa general de la investigación, que es rizomático, derivado y disipativo. Su
identificación se deriva de la trayectoria personal del investigador y se justifica por la
importancia para otros sujetos universos de investigación, grupos de sujetos y organizaciones,
lugares localidades, ciudades, regiones, países, planeta.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 19
Cuadro 1 Matriz 1: Trama y Rizomas. Verificación de la coherencia de la investigación
Título
Diseño de
enfoque o
estudio
Objetivo
General
Cuestión de
Investigación
Objetivos
específicos
(4 a 5)
Capítulos
Insertar
el título
Inserte aquí la
frase resumen,
que representa
el tema a
investigar
(máximo 3
líneas).
Inserte aquí
el Objetivo
General, que
debe
escribirse
comenzando
con un verbo
en el
infinitivo
seguido del
foco de
estudio.
Máxima
atención al
verbo a
utilizar,
porque señala
la orientación
general de la
investigación
y el modo de
investigación.
Inserte aquí la
pregunta de
investigación,
compuesta por
'enganche de
pregunta +
enfoque de
estudio'.
Atención al
hecho de que
esta pregunta
no se puede
responder con
"sí o no".
Ella es la gran
clave de las
consideraciones
finales
Inserte aquí los
objetivos
específicos.
Solo deben ser
una rama del
objetivo general
y la pregunta de
investigación.
No confundir
objetivos
específicos con
procedimientos,
con lo que hay
que hacer en la
investigación.
Recuerde que las
metas específicas
tienen peso de
capítulo.
Tienen
correspondencia
directa con los
"nudos de
enredos" de la
investigación.
Cada enredo de
nudo
corresponde a un
objetivo
específico.
• xxxxxxx
• xxxxxxxxxxxx
1 INTRODUCCIÓN
2 ESTRATEGIAS
METODOLÓGICAS Y
TRAYECTORIA
INVESTIGADORA
3. CAPÍTULO DE
DESARROLLO
4 CAPÍTULO DE
DESARROLLO
5. ......
7
CONSIDERACIONES
FINALES
[NOTA: los capítulos
deben estar escritos de
acuerdo con los
respectivos objetivos
específicos]
Fuente: Elaboración propia
La siguiente Matriz propone la verificación de la correspondencia entre los "nudos" de
la investigación, los objetivos y los capítulos y subcapítulos.
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 20
Cuadro 2 Matriz 2: detalle del rizoma. Relación nudos de entrelazamientos, objetivos,
capítulos y subcapítulos
‘Nudos de
entrelazamientos’ de la
Investigación
Objetivo
general
Objetivos específicos
Capítulos y subcapítulos
Enumere aquí las
palabras o frases que
corresponden a los
'nudos de búsqueda'.
Escribe el
objetivo general.
Escribe aquí los objetivos
específicos.
Cada 'nudo' de la búsqueda
debe corresponder a un
objetivo específico.
Escribe aquí, alineado con los
objetivos específicos, el
resumen del trabajo, con los
capítulos y subcapítulos.
Fuente: Elaboración propia
La siguiente Matriz Rizomática aborda las pistas teórico-conceptuales-bibliográficas.
Las pistas teóricas son los enfoques generales, que agrupan a los autores o que señalan caminos
de pensamiento. Por ejemplo, sociología de las ausencias, geografía humana, marxismo.
Pueden asociarse a conceptos, que son una especie de cristalizaciones, en una palabra, o
expresión, de núcleos de significado de su investigación, los también llamados 'nudos de
investigación', que, debido a que no existen de forma aislada, aquí también se llaman 'nudos de
entrelazamientos'.
Cuadro 3 Matriz 3: Composición. Trama teórico-conceptual-bibliográfica de la
investigación [Pista Trama Teórico-Conceptual-Bibliográfico de la Cartografía de los
Saberes]
Objetivo general
Objetivos
específicos
Tramas Teórico-
Conceptuales-
Bibliográficas
Autores
Capítulos y
subcapítulos
Escribe el
objetivo general.
Anota las
metas
específicas.
Escribir el nombre de
las teorías, conceptos
o palabra clave de los
datos bibliográficos,
siempre alineados
con los respectivos
objetivos específicos.
No todos los
objetivos son
teóricos.
Cuando no lo sea,
indíquelo solo con
guión.
[-----------]
Enumere aquí, alineados,
autores relacionados con
las teorías elegidas o
autores de algún texto que
exista sobre este tema y
que conforman la trama
bibliográfica encontrada y
trabajada.
Debe recordarse que
algunos objetivos, aunque
no sean teóricos, pueden
tener autores de textos que
subsidien la discusión.
Estos autores se
enumerarán aquí, para
ayudar a visualizar quién
tiene de asociación
reflexiva.
Escribe aquí
capítulos y
subcapítulos
alineados con los
otros elementos.
Fuente: Elaboración propia
La próxima Matriz Rizomática también es clave. Esta es la verificación de la coherencia
en la dimensión operativa de la investigación. Se llama Coherencia Operacional y Dinámica de
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 21
Investigación Capítulos. Corresponde a la Pista Fábrica de Producción o Trama de los Hechos
de la Cartografía de los Saberes. En la operacionalización de la investigación, vale la pena
recordar que los procedimientos de investigación son siempre múltiples, y pueden relacionarse
con elementos de materialidad e inmaterialidad. Teniendo en cuenta el enfoque complejo, hay
interacciones de procedimiento que implican niveles sutiles y complejos de interacción con las
fuentes.
Cuadro 4 Matriz 4: Coherencia operativa y dinámica de la investigación. Capítulos [Pista
Fábrica de Producción o Trama de Hechos de la Cartografía de los Saberes]
Objetivos
específicos
Lugar de
investigación
[Ecosistema/
Universo
Investigado]
Fuentes de
investigación
[Lugares, temas,
materiales,
documentos,
bibliografía]
Aproximaciones
y acciones de
investigación
[Procedimientos
de investigación
– Recopilación y
procesamiento]
Características de
Presentación/
Descripción y
tratamiento/análisis
reflexivo
[Procedimientos y
descripción y
reflexión analítica]
Capítulos y
subcapítulos
Presente en Temas.
Las fuentes pueden
ser
LUGARES
(ciudades, plazas,
bosques, ríos,
montañas, barrios,
organizaciones
públicas y
privadas, etc.)
ASUNTO
- Tema de
investigación
- Temas de
investigación
MATERIALES
(fotos, vídeos,
sítios web, blogs,
redes sociales,
objetos, cartas,
narrativas, objetos
etc.)
DOCUMENTOS
EVENTOS
BIBLIOGRAFÍA
Presente en
Temas y en
alineación con
los tipos de
fuente.
Enumerar, en
alineación con los
ítems anteriores, los
recursos y
estrategias de
presentación de
datos, descripción,
narrativa, etc., así
como las estrategias
de reflexión analítica
de los datos.
Enumerar, en
orden y
alineados, los
capítulos y
subcapítulos.
Fuente: Elaboración propia
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 22
Matrices en Acción
En este artículo, presento un ejemplo de Matrices Rizomáticas rellenas, como una forma
de demostrar el resultado de toda operacionalización. La realización de las matrices fue
realizada por el Máster Investigador en Turismo y Hotelería. A los efectos de este texto, se
realizó una adaptación, con vistas al carácter didáctico y para facilitar la visualización del
resultado del uso de las nuevas Matrices Rizomáticas (siempre en proceso, ahora fechadas en
mayo de 2022).
Cuadro 5 Matriz 1: trama y rizomas. Verificación de la coherencia de la búsqueda
Título
Diseño de
enfoque o
estudio
Objetivo
general
Pregunta
Investigación
Objetivos
específicos
(4 a 5)
Capítulos
"¿QUIÉN
NO VIVE
DEL MAR,
VIVE DE
QUÉ?"
Banderas de
'Reflujo' de
Turismo en
Torres/RS,
de "con-
versaciones"
con los
residentes.
Banderas de
Reflujode
Turismo en
Torres/RS, de
'con-
versaciones' con
residentes.
Proponer
banderas de
' Reflujo ' de
Turismo en
Torres/RS,
de 'con-
versaciones'
con
residentes.
¿Qué signos
de ' Reflujo '
de Turismo
en Torres/RS
se pueden
proponer, a
partir de 'con-
versaciones'
con los
residentes?
• Presentar la
propuesta '
Reflujo ' de
Turismo, en
relación con los
conocimientos y
prácticas
turísticas.
• Mapear Torres
en su dimensión
ecosistémica.
• Producir
narrativas sobre
Torres, hechas a
mano, en las
"conversaciones"
con los
residentes.
• Presentar
signos de '
Reflujo ' del
Turismo, a partir
de las narrativas
construidas.
1 INTRODUCCIÓN:
PRIMEROS
BORRADORES
2 (DES)CAMINOS
INVESTIGATIVOS
ENTRE LA OLA Y
LA RETIRADA
3 'REFLUXO' DEL
TURISMO
4 HACIA
TORRES/RS
5 NARRATIVAS Y
'CON-
VERSACIONES'
CON RESIDENTES
DE TORRES/RS
6 '¿QUIÉN NO VIVE
JUNTO AL MAR,
VIVE JUNTO A
QUÉ?'
7 REFLEXIONES
TRAS EL
ENCUENTRO
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 23
ENTRE EL MAR Y
LA FUENTE
Fuente: Elaboración propia
Cuadro 6 Matriz 2: detalle del rizoma. Relación ‘nudos entrelazados’, objetivos, capítulos y
subcapítulos
'Nudos
entrelazados' de
la
Investigación
Objetivo general
Objetivos específicos
Capítulos y subcapítulos
Turismo
' Reflujo ' del
turismo
Torres/RS -
Brasil
Residentes
«con-
versaciones»
Proponer banderas
de ' Reflujo ' de
Turismo en
Torres/RS, de 'con-
versaciones' con
residentes.
1 INTRODUCCIÓN: PRIMEROS
BORRADORES
2 (DES)CAMINOS
INVESTIGATIVOS ENTRE LA
OLA Y LA RETIRADA
2.1 CARTOGRAFÍA DE LOS
SABERES
2.2 NARRATIVAS INGENIOSAS
Presentar la propuesta '
Reflujo ' de Turismo, en
relación con el
conocimiento y las
prácticas turísticas.
3 'REFLUJO' DEL TURISMO
3.1 METÁFORA REFLEXIVA
'REFLUJO' DEL TURISMO
3.2 RESCATE HISTÓRICO EN
TURISMO
3.3 TURISMO-PARCELA-
ECOSISTEMA
Mapa de Torres en su
dimensión ecosistémica.
4 HACIA TORRES/RS
4.1 FESTIVAL INTERNACIONAL
DE GLOBOS AEROSTÁTICOS
Producir narrativas
sobre Torres, hechas a
mano, en las
"conversaciones" con
los residentes.
5 NARRATIVAS Y 'CON-
VERSACIONES' CON
RESIDENTES DE TORRES/RS
5.1 AMELIA - 'EN EL IR Y VENIR
DE LAS MAREAS'
5.2 JOSEFA - 'ENTRE EL TIRÓN Y
LA OLA'
5.3 JOHN - 'ENAMORADO DE LAS
TORRES'
5.4 CARLOS - 'HABITANTE DE
PÁJAROS'
5.5 ERNESTO - 'HOMBRE DEL
JARDÍN'
5.6 DALVA - 'EN LA
TRANQUILIDAD DEL ‘REPUJO'
5.7 LURDES - 'RESIDENTE DE LOS
BORDES'
5.8 MARÍA - 'RECONOCER A LOS
RESIDENTES'
5.9 RITA - 'MORADOR DEL
PARAÍSO'
5.10 GERALDO - "BIENVENIDO
POR EL MAR"
Signos actuales de '
Reflujo ' del Turismo, a
partir de las narrativas
construidas.
6 '¿QUIÉN NO VIVE JUNTO AL
MAR, VIVE JUNTO A QUÉ?'
6.1 BANDERA 1: PLANIFICACIÓN
DEL ECOSISTEMA TURÍSTICO
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 24
6.2 BANDERA 2: LA CULTURA
INTERIOR COMO POTENCIA
TURÍSTICA DEL LUGAR
6.3 BANDERA 3:
CONSTRUCCIONES Y
(DE)CONSTRUCCIONES HISTORIA
ARQUITECTÓNICA DEL LUGAR
6.4 BANDERA 4: CONEXIONES DE
LOS ECOSISTEMAS CON EL
MEDIO AMBIENTE
6.5 BANDERA 5:
ENTRELAZAMIENTO DE LA
BONDAD AMOROSA DEL LUGAR,
LOS LUGAREÑOS Y LOS
TURISTAS
- 6.6 'SALPICADURAS' DE LA OLA
DE LA PANDEMIA DE COVID-19
7 REFLEXIONES TRAS EL
ENCUENTRO ENTRE EL MAR Y
LA FUENTE
Fonte: Elaborado pelas autoras
Cuadro 7 Matriz 3: Composición. Trama Investigación teórico-conceptual-bibliográfica
[Pista Trama Teórico-Conceptual-Bibliográfico de la Cartografía de los Saberes]
Objetivo
general
Objetivos
Específicos
Pistas Teórico-
Conceptual-
Bibliográfico
Autores
Capítulos y subcapítulos
Proponer
banderas de '
Reflujo ' de
Turismo en
Torres/RS, de
'con-
versaciones'
con residentes.
--------------
--------------
--------------
1 INTRODUCCIÓN:
PRIMEROS REFLUJOS
--------------
Ciencia
- Fritjof Capra
- Edgar Morin
- Roberto Crema
- Boaventura de
Sousa Santos
2 (DES)CAMINOS
INVESTIGATIVOS ENTRE
LA OLA Y LA RETIRADA
2.1 CARTOGRAFÍA DE LOS
SABERES
2.2 NARRATIVAS
INGENIOSAS
2.2.1 Dimensión Narrativa
2.2.2 Dimensión Artesanal
Investigación
cualitativa
- Maria Cecília de
Souza Minayo
- Mirian
Goldenberg
- Uwe Flick
Cartografía de
los Saberes
- Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Suely Rolnik
Narrativas
Ingeniosas
- Jennifer Bauer
Eme
- Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Cremilda
Medina
- Ciro Marcondes
Filho
- Muniz Sodré
- Edvaldo Pereira
Lima
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 25
- Boaventura de
Sousa Santos
- Michel de
Certeau
- Humberto
Maturana
Presentar la
propuesta
'Repujo' de
Turismo, en
relación con el
conocimiento y
las prácticas
turísticas.
'Repujo' del
turismo
- Daniel Brandt
Galvão
- Gilles Deleuze
- Félix Guattari
- Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Fritjof Capra
- Boaventura de
Sousa Santos
- Alberto Acosta
- Davd Harvey
- Eduardo Yázigi
3 'REFLUJO' DEL TURISMO
3.1 METÁFORA REFLEXIVA '
‘REFLUJO ' DEL TURISMO
3.2 RESCATE HISTÓRICO EN
TURISMO
3.3 TURISMO-TRAMA-
ECOSSISTÉMICA
Rescate
histórico en
turismo
- Charlene Del
Puerto
- José Vicente de
Andrade
- Mirian
Rejowski
- Marutschka
Martini Moesch
- Mara Thomazi
- Marc Boyer
- Margarita
Barretto
Turismo-Trama-
Ecosistémica
- Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Marutschka
Martini Moesch
- Mario Beni
- Susana Gastal
Mapa de
Torres en su
dimensión
ecosistémica.
Torres/RS
- Camila
Eberhardt
- Miriam Falcão
- Leonardo
Gedeon Flores
- Caroline
Lumertz da Luz
- Ruy Ruben
Ruschel
4 HACIA TORRES/RS
4.1 FESTIVAL
INTERNACIONAL DE
GLOBOS AEROSTÁTICOS
Producir
narrativas
sobre Torres,
hechas a mano,
en las "con-
versaciones"
con los
residentes.
--------------
--------------
5 NARRATIVAS Y 'CON-
VERSACIONES' CON
RESIDENTES DE
TORRES/RS
5.1 AMÉLIA - 'EN EL IR Y
VENIR DE LAS MAREAS'
5.2 JOSEFA - ENTRE EL
TIRÓN Y LA OLA'
5.3 JOÃO - ENAMORADO DE
TORRES’
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 26
5.4 CARLOS - «RESIDENTE
PAJARITO
5.5 ERNESTO - HOMBRE
DEL CAMPO’
5.6 DALVA - 'EN LA
TRANQUILIDAD DEL
REFLUJO'
5.7 LURDES - RESIDENTE DE
LOS BORDES'
5.8 MARIA - 'RECONOCER A
LOS RESIDENTES'
5.9 RITA - 'HABITANTE DEL
PARAÍSO'
5.10 GERALDO - ‘ACOGIDOS
POR EL MAR'
Mostrar
indicadores de
reflujodel
Turismo, a
partir de las
narrativas
construidas.
--------------
--------------
6 "¿QUIÉN NO VIVE DEL
MAR, VIVE DE QUÉ?"
6.1 BANDERA 1:
PLANIFICACIÓN
ECOSISTÉMICA DEL
TURISMO
6.2 BANDERA 2: LA
CULTURA INTERIOR COMO
POTENCIA TURÍSTICA DEL
LUGAR
6.3 BANDERA 3:
CONSTRUCCIONES Y
(DE)CONSTRUCCIONES
HISTORIA
ARQUITECTÓNICA DEL
LUGAR
6.4 BANDERA 4:
CONEXIONES DE LOS
ECOSISTEMAS CON EL
MEDIO AMBIENTE
6.5 BANDERA 5:
ENTRELAZAMIENTO DE LA
BONDAD AMOROSA DEL
LUGAR, LOS LUGAREÑOS Y
LOS TURISTAS
6.6 'SALPICADURAS' DE LA
OLA DE LA PANDEMIA DE
COVID-19
--------------
--------------
--------------
7 REFLEXIONES TRAS EL
ENCUENTRO ENTRE EL
MAR Y EL REFLUJO
Fuente: Elaboración propia
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 27
Cuadro 8 Matriz 4: coherencia operacional y dinámica de investigación. Capítulos [Pista
Planta de Producción o Trama de Hechos da Cartografía de los Saberes]
Objetivos
Específicos
Lugar de
investigaci
ón
[Ecosistem
a/
Universo
Investigado
]
Fuentes de
investigaci
ón
[Lugares,
Sujetos,
Materiales,
Documento
s,
Bibliografí
a]
Aproximacion
es y acciones
investigativas:
[Procedimient
os de
Investigación
– Recopilación
y
Procesamiento
]
Recursos de
Presentación/Descrip
ción y
Tratamiento/Análisis
Reflexivo
[Procedimientos y
Descripción y
Reflexión Analítica]
Capítulos
y Subcapítulos
--------------
Torres/RS
--------------
--------------
--------------
1 INTRODUCCIÓN:
PRIMEROS
REFLUJOS
Presentar la
propuesta
'Reflujo' de
Turismo, en
relación con
los
conocimien
tos y
prácticas
turísticas
-
Repositorio
s de tesis y
disertacion
es.
-
Organizaci
ón Mundial
del
Turismo.
-
Ministerio
de
Turismo.
-
Indexadore
s de
revistas
científicas:
Scopus,
Periódicos
Capes,
Scielo.
-
Bibliotecas
virtuales.
Aproximacion
es: ¡lectura y
archivo de
textos con
posteriores
‘con-
versaciones’
en las
reuniones con
el asesor y en
los Encuentros
caóticos de
Amorcomtur!.
Acciones:
cartografía
bibliográfica
de material
alineado con la
investigación
con análisis de
título, palabras
clave y
resumen, como
criterio de
selección.
Producción de un
texto de tesis sobre el
tema.
3 'REFLUJO' DEL
TURISMO
3.1 METÁFORA
REFLEXIVA
'REFLUJO' DEL
TURISMO
3.2 RESCATE
HISTÓRICO EN
TURISMO
3.3 TURISMO-
PARCELA-
ECOSISTEMA
Mapa
Torres/RS
en su
dimensión
ecosistémic
a
- Sujetos
que
participan
en las ‘con-
versaciones
de la
investigaci
ón.
-
Repositorio
s de tesis y
disertacion
es.
- Instituto
Brasileño
Aproximacion
es: ¡lectura y
archivo de
textos con
posteriores
‘con-
versaciones’
en las
reuniones con
el asesor y en
los Encuentros
caóticos de
Amorcomtur!.
Análisis de
datos,
Textos de tesis
asociados con fotos y
mapas, con inserción
de narrativas,
resultantes de las 'con-
versaciones.
4 HACIA
TORRES/RS
4.1 FESTIVAL
INTERNACIONAL
DE GLOBOS
AEROSTÁTICOS
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 28
de
Geografía
y
Estadística.
-
Ministerio
de
Turismo.
-
Ayuntamie
nto de
Torres/RS
-
Secretarías
Municipale
s de
Torres/RS
- Gobierno
del Estado
de Rio
Grande do
Sul
-
Secretarías
de Estado
de Rio
Grande do
Sul
-
Fundación
de
Economía
y
Estadística
de Rio
Grande do
Sul
- Consejo
de
Desarrollo
Regional
Costa
Norte
- Servicio
de Apoyo a
las Micro y
Pequeñas
Empresas
de Rio
Grande do
Sul.
-
Indexadore
s de
revistas
científicas:
Scopus,
Periódicos
documentos e
información
puestos a
disposición
por
organismos
públicos sobre
Torres.
Acciones:
revisita del
municipio,
observación
sistémica con
registro en un
diario de
investigación,
producción de
mapas y
fotografías,
rescate de
memorias y
producción de
texto de tesis.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 29
Capes,
Scielo.
-
Bibliotecas
virtuales.
Producir
narrativas
sobre
Torres/RS,
hechas a
mano, de
las "con-
versaciones
" con los
residentes
- Sujetos
que
participan
en las ‘con-
versaciones
de la
investigaci
ón.
Enfoques:
conversaciones
informales con
locales y
turistas con la
producción de
un diario de
investigación y
la producción
de fotografías
sobre el lugar.
Acciones:
realización de
'con-
versaciones'
con los
residentes de
la ciudad.
Producción de
narrativas, a
partir de las
'con-
versaciones'.
Texto de tesis con
inserciones de las
'narrativas
artesanales',
resultantes de las 'con-
versaciones'.
5 NARRATIVAS Y
'CON-
VERSACIONES'
CON RESIDENTES
DE TORRES/RS
5.1 AMELIA - 'EN EL
IR Y VENIR DE LAS
MAREAS'
5.2 JOSEFA -
'ENTRE EL TIRÓN Y
LA OLA'
5.3 JOÃO -
'ENAMORADO DE
TORRES'
5.4 CARLOS -
RESIDENTE
PAJARITO
5.5 ERNESTO -
'HOMBRE DEL
CAMPO'
5.6 DALVA - 'EN LA
TRANQUILIDAD
DEL REPUJO'
5.7 LURDES -
'RESIDENTE DE
LOS BORDES'
5.8 MARIA -
'RECONOCER A
LOS RESIDENTES'
5.9 RITA -
'RESIDENTE DEL
PARAÍSO'
5.10 GERALDO -
'BIENVENIDOS POR
EL MAR'
Signos
actuales de
'Reflujo' del
Turismo, a
partir de las
narrativas
construidas.
- Sujetos
que
participan
en las ‘con-
versaciones
de la
investigaci
ón.
-
Repositorio
s de tesis y
disertacion
es.
-
Indexadore
s de
revistas
científicas:
Scopus,
Acciones:
Sistematizació
n de los datos
recogidos,
descripción,
producción del
texto de la
tesis,
presentación
de "con-
versaciones"
entre los datos
de campo y el
marco teórico.
Producción de
marcos-síntesis con
discursos de los
residentes y reflexión
con las pistas teórico-
conceptuales.
6 '¿QUIÉN NO
VIVE JUNTO AL
MAR, VIVE JUNTO
A QUÉ?'
6.1 BANDERA 1:
PLANIFICACIÓN
ECOSISTÉMICA
DEL TURISMO
6.2 BANDERA 2: LA
CULTURA
INTERIOR COMO
POTENCIA
TURÍSTICA DEL
LUGAR
6.3 BANDERA 3:
CONSTRUCCIONES
Y
(DE)CONSTRUCCIO
NES HISTORIA
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 30
Periódicos
Capes,
Scielo.
-
Bibliotecas
virtuales.
-
Organizaci
ón Mundial
de la Salud.
ARQUITECTÓNICA
DEL LUGAR
6.4 BANDERA 4:
CONEXIONES DE
LOS ECOSISTEMAS
CON EL MEDIO
AMBIENTE
6.5 BANDERA 5:
ENTRELAZAMIENT
O DE LA BONDAD
AMOROSA DEL
LUGAR, LOS
LUGAREÑOS Y LOS
TURISTAS
6.6
'SALPICADURAS'
DE LA OLA DE LA
PANDEMIA DE
COVID-19
--------------
--------------
--------------
--------------
7 REFLEXIONES
TRAS EL
ENCUENTRO
ENTRE EL MAR Y
LA FUENTE
Fuente: Elaboración propia
Devenir Rizomático No Concluyente
Espero haber dejado claro, en este texto, que la lógica que guía la producción de Ciencia
en la que creo es procesual, dinámica, derivada, disipativa, rizomática, caosmótica, constante,
de producción en un presente continuo, en acoplamiento con los múltiples ecosistemas
existenciales de investigadores y otros sujetos involucrados. Así, y por esta misma razón, no
hay resultados perentorios, sólo reflexiones recursivas, en relación con lo que se produjo, con
la intención de señalar, en resumen, el camino hasta el momento.
Después de todo (¡de la vida!) y después del texto que titulé Estrategias de ‘Sobre-Vivir
Metodológico en el Viaje Investigativo a la Ciencia en el Nuevo Mundo. Dimensión de la
Trama, Cartografía de los Saberes y Matrices Rizomáticas, reitero la intención de contribuir
con investigadores, principiantes o experimentados, para ofrecer aperturas para la inmersión
poética y técnico-operativa, en los viajes de investigación de sus sueños, de sus deseos, con la
Cartografía de los Saberes. La invitación es a reconocerse como sujeto de investigación, a
autorizarse a ser autor de su propio texto en la vida y la investigación y, al mismo tiempo, a
seguir los caminos siempre en bondad amorosa, es decir, guiados por la ética de la relación y el
cuidado, con los socios de investigación, con todos los lugares y temas, el ecosistema y las
múltiples formas de vida, en una lógica de convivencia multiespecie.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 31
Con las Matrices Rizomáticas, trato de ofrecer recursos para "no perderse", al menos no
más que la dimensión natural y constructiva de las inmersiones espontáneas y creativas, en las
que dejamos ir los nuevos caminos, para descubrirlos. Llega un momento, sin embargo, en que
necesitamos mirar el camino, reconocer y separar pertenencias y tesoros encontrados y construir
una narrativa de viaje que sea una especie de "síntesis encantada de universos en
transmutación", es decir, el conocimiento producido en la investigación. Varela (1992),
compañera de Maturana, nos enseña que el conocimiento es 'enacción', que siempre traduzco
en conocimiento lo que nos pone 'en acción'. Por lo tanto, creo que la Cartografía de los Saberes
y las Matrices Rizomáticas pueden ayudar a los investigadores a estar "en acción" de nuevos
conocimientos, de producción de una Ciencia Amorosamente ética para el Nuevo Mundo,
aprendiendo, por lo tanto, y ayudando a otros seres a también agenciar nuevos modos de "sobre-
vivir". Así, continúo cajuinamente, entendiendo que es posible responder con fuerza, firmeza,
poesía y alegría a la pregunta que ha guiado mi vida: "Si existimos, ¿para qué sirve?"
Sobre los devenires rizomáticos, vendrá lo que ya se está gestando: un brote de
secuencias de detalle de los rizomas de las matrices y la operacionalización de la Cartografía
de los saberes. ¡Así que... hasta la próxima ‘curva de los ríos amazónicos de las Matrices
Rizomáticas y la Cartografía del Conocimiento’!
REFERENCIAS
BAPTISTA, M. L. C. Cartografia de saberes na pesquisa em Turismo: proposições
metodológicas para uma Ciência em Mutação. Rosa dos Ventos, Caxias do Sul, v. 6, n. 3, p.
342-355, 2014. Disponible en: https://www.redalyc.org/pdf/4735/473547041003.pdf. Acceso:
27 abr. 2023.
BAPTISTA, M. L. C. Rhizomatic Matrices: Proposition of Signals for Transdisciplinary
Research in Tourism. In: SINGH, V.; AGNIHOTRI, A. (org.). New Radical Approach in
Interdisciplinary Research. 1. ed. Delhi, India: Akshita Publishers and Distributors, 2020.
BAPTISTA, M. L. C. Matrizes rizomáticas: proposição de sinalizadores para a pesquisa em
turismo. In: SEMINÁRIO ANPTUR, 14., 2017, Balneário Camboriú. Anais [...]. Balneário
Camboriú, SC: ANPTUR, 2017.
BAPTISTA, M. L. C. O Sujeito da Escrita e a Trama Comunicacional: um estudo sobre os
processos de escrita do jovem adulto, como expressão da trama comunicacional e da
subjetividade contemporâneas. Orientador: Mauro Wilton de Sousa. 2000. 600 f. Tese
(Doutorado em Ciências da Comunicação) Escola de Comunicação e Artes, Universidade de
São Paulo, São Paulo, SP, 2000.
Estrategias metodológicas de 'sobre-vivir' en el viaje investigativo a la ciencia en el nuevo mundo: Dimensión de la trama, cartografía de
los saberes y matrices rizomáticas
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 32
BARTHES, R. Fragmentos de um discurso amoroso. São Paulo: Editora UNESP, 1977.
BELTRÁN, L. R. Estado y Perspectivas de la Investigación en Comunicación en America
Latina. Bogotá: Pontifícia Universidad Javeriana de la Facultad de Comunicación Social,
1981.
CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo:
Cultrix, 1997.
CAPRA, F.; LUISI, P. L. A visão sistêmica da vida. Uma concepção unificada e suas
implicações políticas, sociais e econômicas. São Paulo: Cultrix, 2014.
CHOPRA, D. As Sete Leis Espirituais do Sucesso. São Paulo: BestSeller, 1994.
CREMA, R. Introdução à visão holística. 5. ed. São Paulo: Summus, 1989.
D’ÁVILA, X.; MATURANA, H. El árbol del vivir. Santiago: MPV Editores, 2015.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed.
34, 1995.
GASTAL, S.; MOESCH, M. Turismo, políticas públicas e cidadania. São Paulo: Editora
Aleph, 2007.
GOSWAMI, A. O Universo Autoconsciente. São Paulo: Editora Aleph, 1993.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
LOVELOCK, J. As Eras de Gaia. A Biografia da Nossa Terra Viva. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 1991.
MATURANA, R. H.; VARELA, F. J. De máquinas e seres vivos: autopoiese e a organização
do vivo. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
MATURANA, R. H. Emoções e Linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte:
UFMG, 1998.
MOESCH, M. M. Epistemologia social do turismo. Orientador: Mário Carlos Beni. 2004.
504 f. Tese (Doutorado em Relações Públicas, Propaganda e Turismo) Escola de
Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
MONTEIRO, G. V.; COLFERAI, S. A. Por uma pesquisa amazônida em Comunicação:
provocações para novos olhares. In: MALCHER, M.; SEIXAS, N.; LIMA, R.; AMARAL
FILHO, O. (ed.). Comunicação midiatizada na e da Amazônia. Belém, PA: FADESP,
2011.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. São Paulo: Instituto Piaget, 1991.
RESTREPO, L. C. Direito à ternura. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA y Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 33
ROLNIK, S. Cartografia Sentimental. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.
SANTOS, B. S. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. São
Paulo: Autêntica, 2019.
STOCKMANS, I. Muros ou Pontes? Políticas Públicas e Arte na Periferia. Orientador:
Douglas Ceccagno. 2022. 209 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Cultura) Programa de
Pós-Graduação em Letras e Cultura, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, 2022.
VARELA, F. J. De Cuerpo Presente. Las Ciencias Cognitivas y la Experiencia Humana.
Barcelona: Editorial Gedisa, 1992.
WERÁ, K. A terra dos mil povos. Petrópolis, RJ: Editora Petrópolis, 1998.
CRediT Author Statement (Declaración de Crédito del autor)
Reconocimientos: Miembros de Amorcomtur!. Grupo de Estudio en Comunicación,
Turismo, Amabilidad Amorosa y Autopoiesis (UCS-CNPq). Las estrategias metodológicas
propuestas por Maria Luiza Cardinale Baptista han sido ampliamente discutidas y utilizadas
en el grupo de investigación que dirige en el CNPQ.
Financiación: No aplicable.
Conflictos de intereses: Sin conflictos de intereses.
Aprobación ética: Este es un ensayo científico. No pasó por el comité de ética.
Disponibilidad de datos y material: La disertación de Jennifer Bauer Eme, presentada
sintéticamente en las Matrices Rizomáticas completadas, está disponible en el sitio web del
PPGTURH-UCS, no link https://repositorio.ucs.br/xmlui/handle/11338/9986.
Contribuciones de los autores: Dra. Maria Luiza Cardinale Baptista es autora del ensayo
y proposiciones metodológicas estratégicas Cartografía de los Saberes y Matrices
Rizomáticas. Ma. Jennifer Bauer Eme contribuye al artículo con las Matrices Rizomáticas
completadas, desarrolladas durante su investigación de Maestría en Turismo y Hospitalidad
en la Universidad de Caxias do Sul.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 1
METHODOLOGICAL 'SURVIVAL' STRATEGIES IN THE INVESTIGATIVE
JOURNEY TO SCIENCE IN THE NEW WORLD: WEAVE DIMENSION,
CARTOGRAPHY OF KNOWLEDGES AND RHIZOMATIC MATRICES
ESTRATÉGIAS DE ‘SOBRE-VIVÊNCIA’ METODOLÓGICA NA VIAGEM
INVESTIGATIVA PARA A CIÊNCIA NO MUNDO NOVO: DIMENSÃO TRAMA,
CARTOGRAFIA DOS SABERES E MATRIZES RIZOMÁTICAS
ESTRATEGIAS METODOLÓGICAS DE 'SOBRE-VIVIR' EN EL VIAJE
INVESTIGATIVO A LA CIENCIA EN EL NUEVO MUNDO: DIMENSIÓN DE LA
TRAMA, CARTOGRAFÍA DE LOS SABERES Y MATRICES RIZOMÁTICAS
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA1
e-mail: malu@pazza.com.br
Jennifer Bauer EME2
e-mail: jbauer.eme@gmail.com
How to reference this article:
BAPTISTA, M. L. C.; EME, J. B. Methodological 'survival'
strategies in the investigative journey to science in the new world:
Weave dimension, cartography of knowledges and rhizomatic
matrices. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206
| Submitted: 30/05/2023
| Revisions required: 15/06/2023
| Approved: 29/06/2023
| Published: 07/07/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
University of Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brazil. Professor and researcher at the Graduate
Program in Tourism and Hospitality at the University of Caxias do Sul. Coordinator of Amorcomtur! Study and
Production Group in Communication, Tourism, Love and Autopoiesis (CNPq-UCS). PhD in Sciences (ECA-
USP). Post-doctoral internship at the Graduate Program in Society and Culture of Amazonas (PPGSCA-UFAM).
2
University of Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul RS Brazil. Member of Amorcomtur! Study and Production
Group in Communication, Tourism, Love and Autopoiesis (CNPq-UCS). Master in Tourism and Hospitality by
the Graduate Program in Tourism and Hospitality (PPGTURH-UCS).
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 2
ABSTRACT: Essayistic text, addressing qualitative methodological strategies of 'survival' in
'investigative travel'. The assumption 'investigative travel' invites to reflect on the investigative
universe of Tourism, as a powerful sign for the understanding of Science for the New World. As a
theoretical substratum: understanding of Science Mutation; alignment with Ecology of
Knowledges, Schizoanalysis, Deep Ecology, Ecosystem Vision and Matristic orientation. The
Cartography of Knowledges is a strategic orientation for the investigative production, composed by
the trails: the 'Research Weave', the Personal Knowledges or Subjective Dimension, Theoretical-
Conceptual-Bibliographical, the Production Plant or the Doing Trail and the Intuitive Research
Dimension. The weave of scientific knowledge and know-how must be at the service of the
reinvention of life and, in this sense, of the modes of 'survival', more than just 'living'. The
Rhizomatic Matrices demonstrate the coherence of the weave and the refinement of the
understanding of the connections and derivations in the Investigative Journey.
KEYWORDS: Science. Tourism. Methodology. Cartography of Knowledge. Rhizomatic Matrices.
RESUMO: Texto ensaístico sobre estratégias metodológicas qualitativas de ‘sobre-vivência’ nas
‘viagens investigativas’. O pressuposto ‘viagem investigativa’ convida a refletir sobre o universo
investigativo do Turismo, como sinalizador potente para a compreensão da Ciência para o Mundo
Novo. Como substrato teórico: compreensão de Mutação da Ciência; alinhamento com Ecologia
de Saberes, Esquizoanálise, Ecologia Profunda, Visão Ecossistêmica e orientação Matrística. A
Cartografia dos Saberes é uma orientação estratégica para a produção investigativa,
plurimetodológica, processual e rizomática, composta pelas trilhas: Trama dos ‘Entrelaços Nós da
Pesquisa’, Saberes Pessoais ou Dimensão Subjetiva, Trama Teórico-Conceitual-Bibliográfica,
Usina de Produção ou Trama dos Fazeres e Dimensão Intuitiva da Pesquisa. A trama de fazeres e
saberes científicos deve estar a serviço da reinvenção da vida e, neste sentido, dos modos de ‘sobre-
vivência’, mais do que apenas de ‘vivência’. As Matrizes Rizomáticas demonstram a coerência da
trama e o refinamento da compreensão das conexões e derivações na Viagem Investigativa.
PALAVRAS-CHAVE: Ciência. Turismo. Metodologia. Cartografia dos Saberes. Matrizes
Rizomáticas.
RESUMEN: Texto ensayístico, sobre estrategias metodológicas qualitativas de "sobre-vivir" en
"viajes investigativos". El supuesto "viaje investigativo" invita a reflexionar sobre el universo
investigativo del Turismo, como signo poderoso para la comprensión de la Ciencia para el Mundo
Nuevo. Como sustrato teórico: comprensión de Mutación de la Ciencia; alineación con Ecología
del Conocimiento, Esquizoanálisis, Ecología Profunda, Visión Ecosistémica y orientación
Matrística. La Cartografía de los Saberes es orientación estratégica para la producción
investigativa, multimetodológica, procesal y rizomática, compuesta por pistas: 'Entretejemos la
Investigación', Saberes Personales o Dimensión Subjetiva, Teórico-Conceptual-Bibliográfica,
Trama de Producción o Trama de Hechos y Dimensión Intuitiva de la Investigación. La trama de
los Saberes y Conocimientos científicos debe estar al servicio de la reinvención de la vida y, en este
sentido, de las formas de "sobre-vivir", más que de "vivir". Las Matrices Rizomáticas demuestran
coherencia de la trama y refinamiento de comprensión de las conexiones y derivaciones en el Viaje
Investigativo.
PALABRAS CLAVE: Ciencia. Turismo. Metodología. Cartografía de los Saberes. Matrices
Rizomáticas.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 3
Confluences and Initial Reflections Personal Knowledge Trail
Year 2022. I begin
3
this text by reflecting on the recursive logic of what I have to tell
here and how much the text is the result of what it tells, from the understanding that the
phenomena we study are 'complex plots', from a broad Cartography of Knowledge and the
realization (and creation/construction) of Rhizomatic Matrices, for the systematization and
activation of ' survival ' strategies in the many investigative journeys.
I speak from a trajectory that, at this moment, accumulates 60 years of life, more than
50 years as a student, 35 years as a researcher, 32 years as a professor of Research Methodology
in six Brazilian universities, with research presented at national and international events, such
as result of partnerships and relationships with researchers from over 15 countries. There were
hundreds of works directly oriented in the areas of Communication, Journalism, Publicity and
Propaganda, Public Relations, Design, Cinema, Tourism, Education, Psychology, Medicine,
Society and Culture of the Amazon and Social Work, as a professor of Methodology, as well
as another hundred providing guidance at all academic levels doctoral, master's,
specialization, graduation in virtually all areas of knowledge, as a supervisor of texts and
research processes, in the direction and coordination of a company specialized in the
supervision of academic texts, headquartered in Porto Alegre, in Rio Grande do Sul, Pazza
Comunicazione. This supervision of the writing process is what I also call 'welcoming the
subject of writing', and which also contributed and resulted in a recursive logic, for the
production of the Doctoral Thesis in Sciences, at the School of Communications and Arts of
the University of São Paulo, in the year 2000, on young adult writing processes as an expression
of subjectivity and the relationship with the communicational fabric (BAPTISTA, 2000).
In this long journey of life, research and guidance, I met many people who felt aimless,
who said they were lost in research and who showed fear in the face of the immense challenges
of the investigative journey, especially in what I call today 'architecture and glimpse of derives'
from the productions, seeking conditions to understand the plot dimension, the complex
composition, marked by multiple powerful transverse beams, which give uniqueness to the
investigated phenomenon. I mean, they were people who felt like they were losing the 'research
game', without realizing that research is a multiple-choice game and that, when we choose
3
The writing in the first person singular, throughout the text, corresponds to the writing of Maria Luiza Cardinale
Baptista, responsible for the propositional essay approach and author of the methodological strategies Cartografia
dos Saberes and Matrizes Rizomáticas. The other author, Jennifer Bauer Eme, responds, in the text, by sharing the
Rhizomatic Matrices of her research, as an example of Baptista's methodological propositions, widely discussed
in Amorcomtur ! Study Group on Communication, Tourism, Love and Autopoiesis.
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 4
something to research, we compose a research focus, based on a plot of constituent elements
that takes us on an investigative journey. This journey stems from and, at the same time, is a
journey in search of ourselves, in which we rescue our knowledge and put it in motion,
triggering our wants, our desires for more knowledge.
We choose the focus of study, we choose authors, for more or less rational biases, but
we are constantly making choices and, in many moments, sharing these choices with advisors,
research group partners and the most diverse interlocutors, in events, classes, seminars, etc. In
the end, however, we sign the texts and research we produce and, in that sense, they are first
and foremost the result of our choices. So on the way, if we pay attention, we discover ourselves.
Of course, research is also a journey towards the world of the Other. We do not research just
because we like it, but because we understand that the focus of study, in its condition/weave
dimension, is relevant to other people, other ecosystems, other existential universes, preferably
also for the Planet, such as our Great House, Gaia.
Very early in life, I discovered the charms of knowledge journeys. Sometimes I have
the impression that I was born with this understanding, because I always wanted to study, I
wanted to learn, to learn to learn. Still in the countryside of São Paulo, I was less than five years
old and I thought it was unfair that my brothers went to school and I didn't. I understood that it
was an important thing to do. After insisting so much, I got permission from my mother to go
to the school on the farm where we lived, permission to go 'on that day'. I felt important. I felt
‘like a real person’. In these comings and goings, I had the support of my older brother, my first
teacher. He understood that I wanted to learn to read and write even before I was in school, he
helped me get started before the start of classes. In practice, it was not yet time. For me,
however, it seemed too late.
That's why, after three days on the first grade, I took the exam and went straight to the
second year. I had always studied and felt transported to other worlds, other times, going
through portals of knowledge, meeting beings from other places, from other worlds. Learning
enchanted me and made me establish relationships and connections. Learning to learn was felt
as my existential challenge. Even today I remember the astonishment of looking at the water
falling from the school's water fountain tap, on the first 'official' days of school and the wonder
of the question that arose in me: “how do we see?”. As I looked at the drops of water hurriedly
falling on the checkered white tile of the water fountain at Grupo Escolar de Guarantã, I thought:
how can I see? How do my eyes see? What happens inside me that makes me see? Years later,
I found myself with the same question, in the Seminars of the Matristic School, in the reflections
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 5
presented by my teacher, now deceased and still very present in me, Humberto Maturana. I keep
reflecting that, in a certain sense, I spent my life trying to understand how I see what I see, what
processes are triggered so that I and the researchers and clients I advise see what I see of
the world, of the investigated universes.
This is how the learning process took place in me, so intensely that, as an adult, already
in the Journalism Course (1982-1986), at the Federal University of Rio Grande do Sul, I was
faced with the possibility of researching and I felt that something was composed with my pulse,
with my breathing, with my way of being and being in the world. I understood that being this
person who seeks, who wants to know more, wants to know more deeply and wants to give it
to the world was my way of life, my Cajuína logic, as I usually say, reflecting on Caetano
Veloso’s verse: “existing, what is it for?”. It still is and I think it will continue to be my
existential sustenance, in many ways. At that moment, under the guidance of researcher and
professor Maria Helena Weber, at the Faculty of Library Science and Communication, in a
learning path called Comparative Communication, I did my first academic research on
telenovelas and their subjective, social and political aspects.
Passionate about the tasks of Journalism, years later, I found myself in the Master's
deliberately in love with the Methodology classes, given by Professor Dr. Maria Immacolata
Vassalo de Lopes, at the School of Communications and Arts at the University of São Paulo.
During the afternoons of her classes, she would open up a world of reflection on the relevance
of Methodology as a device for realizing research desires. He also explained the intrinsic
character of the power of the Methodology, with its history, told among other authors he
indicated, such as Ramiro Beltrán (1981). This author taught how to think about the stages of
research development, showing that the history of research in Latin America is also a history
of the struggle to overcome the paradigms imposed by North America, with a 'strong impact'
of functionalism and theoretical-methodological subordination to the prefabricated models in
other territories, territories always thirsting for domination. The demands, in the face of funding
and offers of subsidies for the investigations, were what created conditions of a logic, which I
understood and questioned throughout my life: 'knowing in order to dominate'.
So, psychosociological studies and methods helped me to understand Brazil and Latin
America as a whole, in order to later 'dominate' the emerging and powerful consumer market,
due to the numerical grandeur of our population and our environmental, economic, cultural
wealth. I came to understand, then, that the Methodology is the key to the vault, in many senses.
It is the key to the treasure of the research, in a material, symbolic, emotional sense, of the
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 6
possibility of returning the desired investments made; that is why it is kept as a relic, in heavy
academic compartments, visible only partially and invisible in its amplitude, protected by
discursive nebulae, whose function is to frighten beginning researchers and tell them: “No. This
is not scientific. No, the Methodology is incorrect. No, you cannot do that. No, this has no
value”. In other words, what is often being said to anyone who dares to try to start research is:
“You are worthless! You are not ready yet! You don't master methodology”. The good news I
bring is: “Nobody masters Methodology!”. Yes, because Methodology is 'indominable', it
cannot be dominated, because Methodology is the study of the paths of the investigative
journey, and the paths are inscriptions of processes that are made as a result of the event, in a
continuum walking in the investigation, in the 'action of investing in search of knowledge', as I
like to refer to it. Just as it is inherent to travel, we have knowledge and glimpses when we leave
home, but we do not know, for sure, the result of the trip. And the grace is precisely in this
process, in the unusual and involving character of the process of desiring deterritorialization,
which is triggered at the beginning of any trip, including academic trips. Pathways are
inscriacionais, using a term I created in my PhD. They are being inscribed, created, at the same
time that worlds of becomings are activated, of what must become. So it is in the investigative
journey and in life.
On the contrary, the rigid and axiomatic hyper protection of the possible paths and
detours of research is consistent with the scientific paradigm resulting from what is
conventionally called the Scientific Revolution the end of the 16th century and the beginning
of the 17th century. For many years I have been reflecting on the limits of the reductionist,
mechanistic and Cartesian character of Classical Science, I have also been trying to open new
roads, new possibilities for walking, to make the journey more pleasant, less rigid, more poetic
with autopoietic power, for subjects and places and in this way, to involve more and more
researchers in the desire and joy that is to be a researcher and in the possibility of becoming a
scientist. In the same sense, I spent my life fighting to demystify Methodology to create access
for beginning researchers, and helping more experienced researchers, at postgraduate level, to
fully understand methodological knowledge, so they could build their own paths and
possibilities of their investigative journeys.
There are many stories, in this sense, that I accumulated on the walk. Due to the
proportions of this text, it is not possible to count them. I then proceed to the second track of
the Cartography of Knowledge, one of the methodological strategies I propose and which, here
in this text, I revisit and revise. The next trail corresponds to the approach of conversations with
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 7
authors, with the systematization of the confluence of theoretical-conceptual-bibliographical
lines, for the production of the investigative journey.
I emphasize that this text is also the result of many conversations in Amorcomtur!,
especially of our weekly meetings, called Chaotic Meetings, considering chaos in its power of
agency of creation. The review of Cartography of Knowledge and Rhizomatic Matrices was
taken to the meeting and reflected on by the researchers. This article is signed by a researcher
with a Masters in Tourism and Hospitality, who, among many others, has been helping to
consolidate Amorcomtur studies. Lovingly and complicitly, she accepted the challenge of
adapting the previous rhizomatic matrices of her research to those of the current moment. This
is her contribution to the text. The essay is written in the first-person singular subject, but I
understand that my speech is transversal to the speech of many people, especially my advisees
and authors who also became 'companions on an investigative journey'.
Theoretical-Conceptual-Bibliographic Weave of Research
At this point, I present the trail of theoretical-conceptual-bibliographical knowledge, in
recognition that my knowledge, my propositions, are derivations of many conversations in life,
with other beings, inscribed and very alive in me, which produced significant, remarkable
transformations in relation to the meaning of life and research. There is no way to report all
encounters, or even 'open the trails'. I choose, in coherence with the focus of the text, some
signs inherent to the trails that go from the epistemological approach to the theoretical,
methodical and technical dimension, bringing here some guidelines of this confluence plot that
supports the text.
As a substrate that generates reflections, in terms of theoretical paths, there is the
understanding of Mutation of Science, evidenced since the last century (CAPRA, 1997;
CAPRA; LUISI, 2014); the Holistic Vision (CREMA, 1989); the alignment with Ecology of
Knowledge, by Santos (2019); of Complexity and Reconnection of Knowledges, by Morin
(1991); of Esquizoanálise, by Deleuze and Guattari (1995); Ecosystemic Vision, by Monteiro
and Colferai (2011); Indigenous Knowledge, by Krenak (2019) and Werá (1998); and
Matristic Guidance of Love and Cultural Biology by Maturana (1998), Maturana and Varela
(1997), and D'Ávila and Maturana (2015), with attention to demands and challenges in the
production of knowledge in the New World. In this sense, the essay production is guided by the
complex, holistic ecosystem epistemology, of knowledge reconnection, not only from the
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 8
traditional scientific universe, but from the great universe of knowledge that intertwine in the
investigated ecosystems, also considering the ancestral wisdom and traditional populations.
More closely on Tourism, in these more than 10 years, in conversations with authors,
researchers, there is already a series of dialogues, in the sense of openings for a new possible
tourism (GASTAL; MOESCH, 2007), confluences of reflective sensibilities, of which I
highlight, especially, the encounter with the thought of Moesch (2004), with whom I perceive
transversalities for the understanding of the touristic-communicational-subjective ecosystems.
Weave of knowledge. This is the presupposition of the holistic complex ecosystemic
vision, which guides this work and my studies as a whole, also as a proposition for the Science
of the New World. Thus, at this point of reflective considerations, I approach the configuration
of the theoretical-bibliographical plot of my research and that of the group I coordinate,
Amorcomtur!, with emphasis on the configuration of this trail, which concerns the theoretical
substrate of this text. In this sense, I emphasize the plot dimension, as an indicator of
complexity, which demands the creation of plural, procedural and careful systematization
strategies , in terms of guidelines in the paths and detours of the research.
The other assumption is that of 'investigative trip' that I presented in my studies a long
time ago, involving the intuitive dimension of research, when, long before getting to know
the Amazon, I already told Social Communication students at the University of Taubaté (years
1990-1991) and at the Lutheran University of Brazil (1992 -2002) that doing research is like
taking a trip into the forest. Later, in 2010, when I went to Manaus for the first time, to give a
lecture to students at the Federal University of Amazonas, about my studies on methodology, I
was able to question myself on how this idea had arisen, if I had never traveled in the forest.
The immensity of the encounter with the forest, however, the multiple confluences between
feelings and knowledge with the entire ecosystem, made me understand that I had sensed
something powerful about the relationship between research and travel, between paths and
detours, between the facing ourselves, the encounter with our beasts, our flowers and inner
beings, also on the risk of internal cliffs, the mud, the risk of being swallowed by our own
animals or by others, in the ferocious jungle of the environment academic. This is something
that invites us to reflect on the investigative universe of Tourism, as a powerful signal for
understanding Science for the New World, which I have been treating, in Portuguese, as Mundo
N'Ovo, the World in the Egg, the World that is being generated by all of us, also in Education
and Science.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 9
And regarding the New World, it is important to understand that the presuppositions
here involve the great transmutations, not only of science, but of the Episteme that makes
(should make, at least) life possible on earth. The first indication, in this sense, was possible,
for me, from the encounter with the thought of authors such as Fritjof Capra (1997), Capra and
Luisi (2014), Roberto Crema (1989), James Lovelock (1991), encouraged by discussion of the
research line Epistemology of Journalism, at the USP School of Communications and Arts, in
learning paths and seminars with professors Edvaldo Pereira Lima and Cremilda Medina. The
main mutation, in me, involved an amplified understanding of science, also with connections
with possibilities for openings to sensitivity, art, poetics, subjectivity, intuition, which was, for
me, increasingly charming. The contact with Quantum Physics and the glimpse of the mutations
of science, in reconnection with archaic knowledge and with Spirituality, also dates from this
period (CHOPRA, 1994; GOSWAMI, 1993). At the same time, I experienced the meeting with
Restrepo (1998), recommended by Professor Cremilda Medina, with an invitation to reconnect
with tenderness, in everyday life, at work and in science; the reconnection with A Lover’s
Discourse: Fragments, by Roland Barthes (1977); as well as the encounter with the notion of
love by Humberto Maturana, who teaches that love is the recognition of the other as a legitimate
other in coexistence.
Methodological Strategies Cartography of Knowledge and Rhizomatic Matrices
With the purpose of presenting Methodological ' Survival ' Strategies in the Investigative
Journey to Science in the New World, the first confluences have been presented so far, with the
Trail of Personal Knowledge or Subjective Dimension of Research, followed by the Plot
Dimension, with the Theoretical-Conceptual-Bibliographic Trails, just indicated, due to the
proportions of this text. We now move on to the presentation of the review of Cartography of
Knowledge and Rhizomatic Matrices, as authorial methodological strategies. Both stem from a
lifetime, but their expression had special moments in some texts and productions. In 2014, I
published the article Cartography of the Knowledge of Research in Tourism, in the Rosa dos
Ventos Magazine, in which I presented an association of the methodological strategic proposal
with Tourism studies (BAPTISTA, 2014). After that, many articles brought Cartography, either
as a proposition coupled with epistemological reflection, or as a methodological strategy of
choice in empirical research carried out.
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 10
What I present below is a proposition that maintains the character of a plural subjective
orientation, for investigative production, with some details changed, in relation to the original
proposition of four investigative tracks: Personal Knowledge, Theoretical Knowledge,
Research Laboratory or Production Plant, Chopped Thoughts or the Intuitive Dimension of
Research. I emphasize here that the more informal denominations were initially related to the
desire to dialogue with undergraduate students, with whom I worked more directly, at the
beginning of my career as a Research Methodology professor. Next, the New Cartography of
Knowledge, always in process. This is dated May 2022.
Cartography of Knowledge
The Cartography of Knowledge is a multi-methodological strategic orientation for
investigative production. The name Cartography of Knowledge is inspired by the notion of
cartography presented by Suely Rolnik, in the book Cartografia Sentimental, in which she
proposes cartography as a resource for the study of psychological processes in the female
universe (ROLNIK, 1989). According to her, cartography is a kind of map that is made
following the change in the landscape. This idea, by itself, confers coherence between the use
of cartography as a methodological strategy, for research guided by procedural, complex and
holistic logic. It is an interesting device for studying universes in transmutation, phenomena in
their natural process of changes and alterations, in a continuous dynamic of self-production.
The creation of the Cartography of Knowledge aimed to guide the operation of work on systems
in chaos (chaos-osmosis-in the cosmos), which characterizes most of the studied phenomena.
The composition of Cartography as Cartography of Knowledge refers to the idea of multiplicity
of transversal knowledge, intertwined in the composition of research nodes.
Cartography is operationalized by simultaneous trails, considered in its production
dynamics in a continuous process. There is an initial track, which becomes a signal for the
others, which are activated simultaneously. This is the Trail of Research Nodes, which
identifies the investigative 'nodes', the focuses of investigative trails to be pursued. The
methodological strategy considers the subjective and authorial character of the researcher, his
history, his concerns and searches, in the Trail of Personal Knowledge or Subjective
Dimension, in association with several other types of knowledge, in three other trails. The
Theoretical-Conceptual-Bibliographic Plot Trail is the investigative phylum that makes it
possible to carry out encounters with the knowledge of others, in coherence and derivative
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 11
alignment of the core meanings of the study focus, the 'research nodes'. In the Production Plant
Trail, there is the universe of investigative actions, in approximations and actions, with its
character of inscription inscription, creation and activation of becomings taking into account
the uniqueness and complexity of the investigated ecosystemic universes. In association, with
a simultaneous, spontaneous and constant character, there is the Intuitive Dimension of
Research Trail, recognizing that knowledge is produced in the interweaving of powerful
universes, involving material and immaterial dimensions, in line with the fact that research is,
it itself, a living and changing universe. So, let's take a moment to reflect on each one of them.
Trail of the ' Intertwining Research Nodes' which corresponds to the investigative
nodes, to the investigative trails that synthesize the investigated universe. I am thinking here of
us, inspired by Ilya Prigogine, in the proposition of the existence of confluence nodes and
passing nodes. They are 'concentrating points', in our case, words or expressions that synthesize
investigative trails, becomings, signposts of passage to what we want to say. Thus, the
recognition of the research goes through the identification of what we are intertwining, in the
recognition of a problematization to be investigated.
There is a dynamic for recognition and reflective treatment of the research's ' intertwined
nodes. Many years ago, I created the Balloon Game, in a practical exercise, which refers to the
playful world of children, but is also associated with the mathematical logic of Set Theory and
the fluency inherent in the natural and spontaneous condition of intertwining balloons and wires
and recognize their charms and our preferences for them. In the practice of the game, we think
and draw, when possible, six balloons. In each balloon we write a word related to the research.
We look, we reflect. We can number the balloons, thinking about priorities and sequence.
Which comes after which? Which is more important to us? So, we have to choose three balloons
to 'throw away'. It is often a difficult decision, because choosing the six words is already a
filtering exercise, in the large universe of available words, to write the summary phrase of the
research focus. The dynamics, however, invites us to stick with three words that represent the
synthesis of the synthesis, the essential, which cannot be discarded, in any way, to guarantee
that the great node of meaning of the research we are carrying out remains.
We don't know that we know where the knot is, but often we gradually realize that the
dynamic, however simple it may seem, helps us to bring to light the awareness of knowledge,
the great clue, the great signaling knot. In this sense, we have to make an effort to even know
what 'the word' would be, if we had to choose just one. What word would suffice to express our
research? Here is the overwhelming question. In the three-word composition, the core of the
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 12
study has to be said. This exercise is didactic-pedagogical, it stirs the researcher inside his
desires, his thoughts, his knowledge, his previous reflections and his intuitions of becomings.
It is fundamental for the invitation, in the sequence, which is to understand that the six words
will cohabit a phrase of presentation of the Focus of Study generally called by the researchers
of object of study, but that I propose to call focus or, even more appropriately, outline, because
I realized, in these years of research and guidance, that, in fact, it is not about 'object' and that
the very denomination of object is linked to a paradigmatic logic of Science resulting from the
Scientific Revolution, at the end of the 16th century and beginning of the 17th century. Unlike
the classical orientation, research is alive, the investigated universe is alive, pulsating, mutant,
autopoietic and generator of new shoots, as well as an agent of new investigative paths. This is
the most challenging and enchanting of the research processes and what makes it incoherent to
call the main path chosen for the investigative journey an 'object of study'.
Personal Knowledge or Subjective Dimension here it is on the agenda the subjective
and authorial nature of the researcher, his/her history, concerns and searches. No one starts a
survey 'out of the blue'. On the contrary, what moves us is accumulated knowledge intertwined
with intimate feelings, which make it possible to answer the emblematic question that I
repeatedly ask every Amorcomtur researcher! and who consults with me at my company Pazza
Comunicazione: “What do you care about? As a consequence: what matters to you in this
universe of investigation? What interests you? What relationship do you have with this
subject?” The exercise of answering these questions and producing 'gushing' texts, resulting
from spontaneous writing, as ideas spring up in us, produces essential clues for choices along
the way. The researcher needs to know what he is looking for with this investigative journey.
Knowing from within yourself, from your existential drifts. And this happens with researchers
in all academic dynamics and levels from scientific initiation to doctorate or postdoctoral
studies.
The dynamic of this track is to question yourself, reflect, feel, let the information come
and inscribe, write, without judging. The researcher must write texts, without questioning them,
without worrying about norms or rules. The job here is to write for yourself, to find out what
you know and think about the focuses signaled by the 'balloons', the intertwined nodes' of the
research. Write and then talk with colleagues in the research group and with the supervisor.
Theoretical-Conceptual-Bibliographic Plot in this trail, the proposal is recognize
that what we know results from intertwining with other beings who know, think, feel, write and,
some of them, elaborated theories (explanations about the 'content', the sense of confluence
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 13
meanings of the universes), beings who deeply reflected, investigated and they managed to
crystallize synthesis-expressions of these thoughts, the theoretical flows, theoretical paths and
concepts, which are these synthesis-crystallizations. In addition, there are bibliographic
productions that give us information that, when gathered, help to provoke reflections and find
research signals. This information is not always concepts or theories, but as data, as a
bibliographic record, it makes up the web of information that we obtain from the 'speech of the
other'. Records and systematization of these conversations with other beings are necessary.
In operational terms, the researcher must recognize the plot of the theoretical-
conceptual-bibliographic tracks and organize their systematization. This involves opening
folders with a summary word of the track, where base texts found will be archived, texts
produced from the readings of these base texts, demonstrative tables that expose the correlation
between theories, concepts, authors, data bibliographies found. The secret is always care with
systematization. It's no use reading a lot of texts, just. It is necessary to reflect and organize
what is being read and create drawings, cognitive matrices that demonstrate the relationship
between them. These drawings can be linear demonstrative pictures (as long as the researcher
understands that everything is fluid, transmuting, alive and that, in this sense, it can be revised
at any time). They can also be more creative and complex designs, such as fractal expressions,
which demonstrate the epistemological coherence between the assumption of complexity, the
plot dimension and expressiveness. It depends on the possibility of creating these figures and
also on the desire to communicate with different audiences. I see no problem using some
elements of linearity to establish 'conversation bridges' with researchers from other
paradigmatic views.
Production Plant Trail here we have the synthesis of the pulse of research, in
productions resulting from approximations and investigative actions. In an approximation with
traditional language, I can say that, at the Production Plant, we chose the research procedures,
decided how to operationalize the use of these procedures, considering previous studies, the
history of these procedures themselves and the coherence of coupling with the demands of the
trails investigations resulting from the ' intertwined nodes ', the 'sub-themes' of the research,
also here to use a term that dialogues with the traditional language.
I have been working with the Production Plant division on approaches and investigative
actions. Approaches are preliminary actions, meeting the investigated universe 'with an open
heart', without major assumptions, except for the sensitive work, constant recognition of the
researcher's subjective personal knowledge and their interweavings. In other words, each and
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 14
every approximation is decided 'in the process', mixing the initial clues of the researchers'
knowledge, the interweaving with the theoretical-conceptual-bibliographical knowledge and,
of course, the intuitive dimension of the research, which cuts across all tracks.
The logic here is that the researcher goes in locus, for the operational dimension of the
research, choosing some 'possible actions', even if it is still in an initial phase. Approaches, then,
are research activities, ways of approaching the universe, to help think, reflect, feel, know
deeply. They can be carried out with traditional procedures, any of them, quantitative or
qualitative, or they can be triggered from procedures created especially for ongoing research,
consistent with the singularities of the investigated universes. In Investigative actions, on the
other hand, are also procedures, which follow the same logic of using traditional procedures
and created especially for research, but are decided already at a moment of certain maturation
of the course of the investigation in which the flow of the research waters between the specific
objectives and the actions necessary for them to be achieved is more clearly glimpsed. They are
often the result of approximations, some of them or the confluence of several.
It is worth mentioning that investigative approaches, in Traditional Science, have been
worked on as something close to surveys or pre-tests. The difference is that, in the holistic
complex ecosystem view, these approximations do not go through rigorous planning, but meet
the natural and spontaneous logic of a sensitive, careful, reflective, self-reflective approach, in
search of the signaling clues of the threads and moorings, which demonstrate the flow nature
of the investigation.
Intuitive Dimension of Research – I believe that intuition is a kind of invisible thread
that sews life and research together, guiding us towards paths more related to our intimate
feelings and our view of the world, as well as the phenomena we investigate. In its condition of
immateriality, of spontaneous sprouting, intuition is a powerful signal, which demonstrates the
confluence of research, in directions that we do not always perceive with the surface mind, with
consciousness in its movement of codified systems, precisely because the configurations of
consciousness, also called surface mind, are produced as a result of a long, fruitful and hard
work of configuring the symbolic universe. This universe, in turn, is produced in multiple
subjective couplings and with ecological niches, which configure crystallizations of values,
validation criteria, concepts, prohibitions, fears, limitations. The world of intuition is freely
connected with the potent universes in transmutation, without the shackles of axioms. It is,
therefore, a dimension of incredible creative potential and connections with information not yet
accessed by consciousness. For this very reason, every time it manifests itself, the researcher
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 15
must quickly register the idea and/or feeling, write it down, without judging (also because the
judgment would be made by instances indoctrinated in the conscience, which so often prevent
us from daring, from jumping, to delve deeper into the chaotic universe of research).
Rhizomatic Matrices
The Rhizomatic Matrices are a methodological systematization strategy and were
created to help the researcher verify the internal coherence of the research and the inflections,
the directions of the process during and after the investigation is concluded. The denomination
stems from the understanding of 'matrix' as a place that generates life, which results from the
proposition that matrices express the places that generate the life of the research. The rhizomatic
complementation is associated with the concept of rhizome, by Deleuze and Guattari (1995),
who propose the rhizome, from the transposition of the meaning of Botany, as a kind of root
with irregular growth and spontaneous shoots without symmetry and regularity. In this way, the
Rhizomatic Matrices are systematizations of the 'research generating places', observing the
directions, the inflections in their irregularities and fluidity, in sprouts that form, constitute
knots, that unfold in new flows until the confluence and formation of new nodes, which lead to
new flows... until you reach new nodes, and so on. This idea is also linked to the thinking of
Ylia Prigogine, who, from Chemistry, proposed the study of dissipative structures, with the
recognition of confluence nodes and passing nodes.
What I perceive is that the research is also carried out at confluence nodes and passage
nodes. There are points to be observed and recognized in a singular way, just as it is necessary
to observe, among these nodes, coherence and logic, because they are indicators of the course
of events in the investigation, sometimes surprising even the researcher. Next, I present the
original image of the rhizomatic matrices, whose visuality corresponds to an aerial view of the
Amazonian rivers. It took me a long time looking for this image, because I wanted something
that would express that research is an investigative journey, which takes place in life dynamics,
as well as the journey itself. It is a process in which the procedural, complex logic of unfolding
events in a continuous dynamic of couplings and transversalization stands out. By the way, what
I just said is something very close to Humberto Maturana's description of the processes of life
and the self-production of living organisms, of autopoiesis and not by chance. I mean, research
is a living dynamic! For this very reason, researchers often get lost, especially if they try to
imprison this dynamic in dogmas and axioms.
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 16
Rhizomatic Matrices was presented as a first systematization of my reflections and
strategic propositions of systematization, at the ANPTUR Seminar (BAPTISTA, 2017). Later,
they were published in a book chapter in India (BAPTISTA, 2020) and have been part of many
studies carried out by the research group Amorcomtur! Study Group on Communication,
Tourism, Love and Autopoiesis, but not only. Researchers from different areas have sought
matrices to organize and systematize their research, as a device for simultaneously producing
and verifying coherence and internal logic. This is the case, for example, of a Master's thesis in
Letters, produced for the Graduate Program in Letters and Culture, at the University of Caxias
do Sul, for which I supervised the text (STOCKMANS, 2022).
In the Figure below, there is the visual expression of the Rhizomatic Matrices, with the
main matrix, which later unfolds in the others.
Figure 1 Original matrices are from June 6, 2017 always in process!
4
Source: Prepared by the authors
The original proposal for Matrices proposed a composition with three matrices, as
shown in the next figure.
4
Translation:
Matrix 1 Verification of the Fluent Balane of the Research Narrative
Categories: Title; Study object; Main goal; Specific objectives; Problem
Matrix 2 Theoretical Trails: Fluent equilibrium of research theories
Categories: Main goal; Specific objectives; Theoretical trails; Authors; Chapters
Matrix 3 Trails of the Travel in Action Fluent Equilibrium of Investigative Actions
Categories: Main goal; Specific objectives; Approaches and investigative actions; Chapters.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 17
Figure 2 Original Matrices: the 3 great phylum
5
Source: Prepared by the authors
In this text, I present the revision of the matrices, with the unfolding in one more of
them. There is also an adjustment in the titles, with a view to increasing the readability of each
matrix and, thus, contributing to a greater number of people, in their operational research
practices, and not just to those initiated into the epistemological-theoretical biases of
Amorcomtur!. The first Rhizomatic Matrix is now called: Weaves and Rhizomes Research
Coherence Verification. This Matrix is directly related to the first track of the Cartography of
Knowledge, because it derives from the research's 'intertwining knots', which are the core
meanings for the composition of each of the items presented, starting with the focus or design
of the research, with the consequent drift of the others.
The focus of study is, in itself, a web of meaning and a rhizomatic narrative proposition,
as it proposes knowledge of the complexity of a web-phenomenon and signals the general
narrative of the investigation, which is rhizomatic, derivative and dissipative. Its identification
stems from the researcher's personal trajectory and is justified by the importance for other
subjects universes of investigation, groups of subjects and organizations, places localities,
cities, regions, countries, planet.
5
Translation (from left to right): Study object; Main goal; Specific objectives; Problem;
Approaches/Investigative Actions; Theoretical Tracks; Chapters; Dissertation or Thesis.
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 18
Chart 1 Matrix 1: weaves and rhizomes. Verification of research coherence
Focus or
Study
Outline
Main goal
Question
of research
Specific
objectives
(4 to 5)
Chapters
Insert here the
summary
phrase, which
represents the
subject to be
researched
(maximum 3
lines).
Insert the
General
Objective
here, which
must be
written
starting with
a verb in the
infinitive
followed by
the focus of
study.
Maximum
attention to
the verb to be
used, because
it signals the
general
orientation of
the research
and the mode
of
investigation.
Insert the
research
question here,
composed of '
question
coupling+
study focus'.
Please note that
this question
cannot be
answered with
'yes or no'.
It is the big key
to the final
remarks
Insert specific
objectives here.
They should only
be an unfolding
of the general
objective and the
research
question.
Do not confuse
specific
objectives with
procedures, with
what needs to be
done in the
research.
Remember that
specific
objectives carry
chapter weight.
They have a
direct
correspondence
with the
'intertwined
nodes' of the
search. Each
weaving node
corresponds to a
specific goal.
• xxxxxxx
• xxxxxxxxxxxx
1. INTRODUCTION
2.
METHODOLOGICAL
STRATEGIES AND
RESEARCH
PATHWAY
3. CHAPTER OF
DEVELOPMENT
4. CHAPTER OF
DEVELOPMENT
5. ......
6. FINAL REMARKS
[NOTE: the chapters
must be written in line
with the respective
specific objectives]
Source: Prepared by the authors
The next Matrix proposes the verification of correspondence between the 'nodes' of the
research, the objectives and the chapters and subchapters.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 19
Chart 2 Matrix 2: detailing of the rhizome. Relationship 'intertwining nodes’, objectives,
chapters and subchapters
'Intertwining Nodes’
of Research
Main goal
Specific objectives
Chapters and Subchapters
List here the words or
expressions that match
the 'search nodes'.
Write the
overall goal.
Write here the specific
objectives.
Each survey 'node' must
correspond to a specific
objective.
Write here, in line with the
specific objectives, the
summary of the work, with the
chapters and subchapters.
Source: Prepared by the authors
The next Rhizomatic Matrix addresses the theoretical-conceptual-bibliographical
tracks. Theoretical trails are the general approaches, which group authors or which signal paths
of thought. Examples: Sociology of absences, Human Geography, Marxism. They may be
associated with concepts, which are sort of crystallizations, in a word or expression, of core
meanings of your research, the so-called 'research nodes', which, because they do not exist in
isolation, are also called here 'intertwined nodes '.
Chart 3 Matrix 3: Composition. Theoretical-conceptual-bibliographic plot of the research
[Theoretical-Conceptual-Bibliographic Plot Trail of Cartography of Knowledge]
Main goal
Specific
objectives
Theoretical-
Conceptual-
Bibliographic Trails
Authors
Chapters and
Subchapters
Write the General
Purpose.
Write the
specific
goals.
Write the name of the
theories, concepts or
keywords of the
bibliographic data,
always in line with
the respective
specific objectives.
Not all goals are
theoretical.
When not, indicate
only with a dash.
[-------]
List here, aligned, authors
related to the chosen
theories or authors of some
text that exists on this
theme and that make up
the bibliographical plot
found and worked on.
It should be remembered
that some objectives, even
if they are not theoretical,
may have authors of texts
that subsidize the
discussion. These authors
will be listed here, to help
you visualize who you
have as a reflective partner.
Write here
chapters and
subchapters in
line with the other
items.
Source: Prepared by the authors
The next Rhizomatic Matrix is also fundamental. This is the verification of coherence
in the operational dimension of the investigation. It is called Operational Coherence and
Research Dynamics Chapters. Corresponds to the Trail Production Plant or Plot of Makings
of Cartography of Knowledge. When carrying out the research, it is worth remembering that
the investigation procedures are always multiple, and may be related to elements of materiality
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 20
and immateriality. Considering the complex approach, there are procedural interactions that
involve subtle and complex levels of interaction with sources.
Chart 4 Matrix 4: operational coherence and research dynamics. Chapters [Production Plant
Trail or Plot of the Making of Cartography of Knowledge]
Specific
objectives
Research
Locus
[Ecosystem/
Universe
Under study]
Search sources
[Places, Subjects,
Materials,
Documents,
Bibliography]
Approaches
and
Investigative
Actions
[Research
Procedures -
Collection and
Processing]
Resources of
Presentation/
Description and
Reflective
Treatment/Analysis
[Procedures and
Description and
Analytical
Reflection]
Chapters
and
Subchapters
Submit in Topics.
Sources can be
PLACES
(cities, squares,
forests, rivers,
mountains,
neighborhoods,
public and private
organizations, etc.)
SUBJECTS
- research subject
- research subjects
MATERIALS
(photos, videos,
websites, blogs,
social networks,
objects, letters,
narratives, objects,
etc.)
DOCUMENTS
EVENTS
BIBLIOGRAPHY
Present in
Topics and in
alignment with
font types.
List, in alignment
with the previous
items, the resources
and strategies for
data presentation,
description,
narrative, etc., as
well as the
analytical reflection
strategies for the
data.
List, in order
and aligned,
the chapters
and
subchapters.
Source: Prepared by the authors
Matrices in Action
In this item, I present an example of filled Rhizomatic Matrices, as a way to demonstrate
the result of the entire operation. The matrices were completed by the Master Researcher in
Tourism and Hospitality. For the purposes of this text, an adaptation was made, with a view to
the didactic character and to facilitate the visualization of the result of using the new rhizomatic
matrices (always in process, now dated in May 2022).
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 21
Chart 5 Matrix 1: Weaves and rhizomes. Verification of research coherence
Title
Focus or Study
Outline
Main goal
Question
of research
Specific
objectives
(4 to 5)
Chapters
‘WHAT DO
THOSE
WHO DO
NOT LIVE
FROM THE
SEA LIVE
ON?'
Tourism
'Repuxo'
flags in
Torres/RS,
from
conversations
with
residents.
Signals of
'Repuxo' of
Tourism in
Torres/RS,
from
conversations
with residents.
Propose
tourism
'Repuxo'
flags in
Torres/RS,
based on
conversations
with
residents.
What
'Repuxo'
indicators of
Tourism in
Torres/RS
can be
proposed,
based on
conversations
with
residents?
• Present the
'Repuxo'
Tourism
proposal, in
relation to tourist
knowledge and
activities.
• Mapping
Torres in its
ecosystemic
dimension.
Produce
narratives about
Towers, built by
hand, in ' con-
versations ' with
residents.
• Present
'Repuxo'
indicators of
Tourism, based
on the
constructed
narratives.
1
INTRODUCTION:
FIRST SPRINKLES
2 INVESTIGATIVE
(DIS)PATHS
BETWEEN THE
WAVE AND THE
REPUXO
3 TOURISM
REPUXO
4 TOWARDS
TORRES/RS
5 NARRATIVES
AND
CONVERSATIONS
WITH RESIDENTS
OF TORRES/RS
6 ‘WHAT DO
THOSE WHO DO
NOT LIVE FROM
THE SEA LIVE
ON?'
7 REFLECTIONS
AFTER THE
MEETING
BETWEEN THE
SEA AND THE
REPUXO
Source: Prepared by the authors
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 22
Chart 6 Matrix 2: detailing of the rhizome. Relationship ' we intertwine ', objectives,
chapters and subchapters
“Intertwining
nodes’
of Research
Main goal
Specific objectives
Chapters and Subchapters
Tourism
Repuxo of
Tourism
Torres/RS
Residents
Conversation'
Propose tourism
'Repuxo' flags in
Torres/RS, based
on conversations
with residents.
1 INTRODUCTION: FIRST
SPRINKLES
2 INVESTIGATIVE (DIS)PATHS
BETWEEN THE WAVE AND THE
REPUXO
2.1 CARTOGRAPHY OF
KNOWLEDGE
2.2 ARTISAN NARRATIVES
Present the proposal
'Repuxo' of Tourism, in
relation to tourist
knowledge and
practices.
3 TOURISM REPUXO
3.1 TOURISM REFLECTIVE
METAPHOR 'REPUBLIC'
3.2 HISTORICAL RESCUE ON
TOURISM
3.3 TOURISM-ECOSYSTEM
FRAME
Mapping Torres in its
ecosystemic dimension.
4 TOWARDS TORRES/RS
4.1 INTERNATIONAL BALLOON
FESTIVAL
Produce narratives
about Torres, built by
hand, in conversation
with residents
5 NARRATIVES AND
CONVERSATIONS WITH
RESIDENTS OF TORRES/RS
5.1 AMELIA - 'THE SIDE COMES
AND GOES’
5.2 JOSEFA - 'BETWEEN THE
REPUXO AND THE WAVE'
5.3 JOÃO - 'IN LOVE WITH
TORRES'
5.4 CARLOS - 'MORADOR
PASSARINHO'
5.5 ERNESTO - 'ROUND MAN'
5.6 DALVA - 'IN THE
TRANQUILITY OF THE SPOUT'
5.7 LURDES - 'RESIDENT OF
BEIRADAS'
5.8 MARIA - 'RECOGNIZING THE
RESIDENTS'
5.9 RITA - 'PARADISE DWELLER'
5.10 GERALDO - 'WELCOME BY
THE SEA'
Present 'Repuxo'
indicators of Tourism,
based on the constructed
narratives.
6 'WHO DOESN'T LIVE FROM
THE SEA, WHAT DOES IT LIVE
FROM?'
6.1 FLAG 1: TOURISM
ECOSYSTEM PLANNING
6.2 SIGNAL 2: INTERIOR
CULTURE AS A TOURIST POWER
OF THE PLACE
6.3 SIGN 3: CONSTRUCTIONS AND
(DE)CONSTRUCTIONS
ARCHITECTURAL HISTORY OF
THE PLACE
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 23
6.4 SIGNAL 4: ECOSYSTEM
CONNECTIONS WITH THE
ENVIRONMENT
6.5 SIGNAL 5: LOVING
INTERLACES OF PLACE,
RESIDENTS AND TOURISTS
6.6 CONSEQUENCES FROM THE
COVID-19 PANDEMIC WAVE
7 REFLECTIONS AFTER THE
MEETING BETWEEN THE SEA
AND THE REPUXO
Source: Prepared by the authors
Chart 7 Matrix 3: Composition. Theoretical-conceptual-bibliographic plot of the research
[Theoretical-Conceptual-Bibliographic Plot Trail of Cartography of Knowledge]
Main goal
Specific
objectives
Theoretical-
Conceptual-
Bibliographic
Trails
Authors
Chapters and Subchapters
Propose
tourism
'Repuxo' flags
in Torres/RS,
based on
conversations
with residents.
--------------
--------------
--------------
1 INTRODUCTION: FIRST
SPRINKLES
--------------
Science
- Fritjof Capra
- Edgar Morin
- Roberto Crema
- Boaventura de
Sousa Santos
2 INVESTIGATIVE
(DIS)PATHS BETWEEN THE
WAVE AND THE REPUXO
2.1 CARTOGRAPHY OF
KNOWLEDGE
2.2 ARTISAN NARRATIVES
2.2.1 Narrative Dimension
2.2.2 Craftsmanship Dimension
Qualitative
research
- Maria Cecilia de
Souza Minayo
-Mirian
Goldenberg
- Uwe Flick
Cartography of
Knowledge
-Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Suely Rolnik
Artisan
Narratives
-Jennifer Bauer
Eme
-Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Cremilda
Medina
- Ciro Marcondes
Filho
- Muniz Sodré
- Edvaldo Pereira
Lima
- Boaventura de
Sousa Santos
- Michel de
Certeau
- Humberto
Maturana
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 24
Present the
proposal
'Repuxo' of
Tourism, in
relation to
tourist
knowledge and
practices.
‘Repuxo’ of
Tourism
- Daniel Brandt
Galvao
- Gilles Deleuze
- Felix Guattari
-Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Fritjof Capra
- Boaventura de
Sousa Santos
- Alberto Acosta
- David Harvey
- Eduardo Yazigi
3 TOURISM REPUXO
3.1 TOURISM REFLECTIVE
METAPHOR 'REPUBLIC'
3.2 HISTORICAL RESCUE ON
TOURISM
3.3 TOURISM-ECOSYSTEM
FRAME
Historical
Rescue on
Tourism
-Charlene Del
Puerto
- Jose Vicente de
Andrade
-Mirian Rejowski
- Marutschka
Martini Moesch
- Mara Thomaz
-Marc Boyer
- Margarita
Barretto
Tourism-Weave-
Ecosystem
-Maria Luiza
Cardinale
Baptista
- Marutschka
Martini Moesch
- Mario Beni
- Susana Gastal
Mapping
Torres in its
ecosystemic
dimension.
Torres/RS
- Camila
Eberhardt
- Miriam Falcon
- Leonardo
Gedeon Flores
-Caroline
Lumertz da Luz
- Ruy Ruben
Ruschel
4 TOWARDS TORRES/RS
4.1 INTERNATIONAL
BALLOON FESTIVAL
Produce
narratives
about Towers,
built by hand,
in
conversations
with residents.
--------------
--------------
5 NARRATIVES AND
CONVERSATIONS WITH
RESIDENTS OF TORRES/RS
5.1 AMELIA - 'THE SIDE
COMES AND GOES'
5.2 JOSEFA - 'BETWEEN THE
REPUXOS AND THE WAVE'
5.3 JOÃO - 'IN LOVE WITH
TORRES'
5.4 CARLOS - 'MORADOR
PASSARINHO'
5.5 ERNESTO - 'ROUND MAN'
5.6 DALVA - 'IN THE
TRANQUILITY OF THE
SPOUT'
5.7 LURDES - 'RESIDENT OF
BEIRADAS'
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 25
5.8 MARIA - 'RECOGNIZING
THE RESIDENTS'
5.9 RITA - 'PARADISE
DWELLER'
5.10 GERALDO - 'WELCOME
BY THE SEA'
Present
'Repuxo'
indicators of
Tourism, based
on the
constructed
narratives.
--------------
--------------
6 'WHO DOESN'T LIVE
FROM THE SEA, WHAT
DOES IT LIVE FROM?'
6.1 FLAG 1: TOURISM
ECOSYSTEM PLANNING
6.2 SIGNAL 2: INTERIOR
CULTURE AS A TOURIST
POWER OF THE PLACE
6.3 SIGN 3: CONSTRUCTIONS
AND (DE)CONSTRUCTIONS
OF ARCHITECTURAL
HISTORY OF THE PLACE
6.4 SIGNAL 4: ECOSYSTEM
CONNECTIONS WITH THE
ENVIRONMENT
6.5 SIGNAL 5: LOVING
INTERLACES OF PLACE,
RESIDENTS AND TOURISTS
6.6 CONSEQUENCES FROM
THE COVID-19 PANDEMIC
WAVE
--------------
--------------
--------------
7 REFLECTIONS AFTER
THE MEETING BETWEEN
THE SEA AND THE REPUXO
Source: Prepared by the authors
Chart 8 Matrix 4: operational coherence and research dynamics. Chapters [Production Plant
Trail or Plot of the Making of Cartography of Knowledge]
Specific
objectives
Research
Locus
[Ecosyste
m/
Universe
Under
study]
Search
sources
[Places,
Subjects,
Materials,
Documents,
Bibliograph
y]
Approaches
and
Investigative
Actions:
[Research
Procedures -
Collection
and
Processing]
Resources of
Presentation/Descript
ion and Reflective
Treatment/Analysis
[Procedures and
Description and
Analytical Reflection]
Chapters
and Subchapters
--------------
Torres/RS
--------------
--------------
--------------
1 INTRODUCTION:
FIRST SPRINKLES
Present the
proposal
'Repuxo' of
Tourism, in
relation to
tourist
knowledge
and
practices
- Theses
and
dissertations
repositories.
- World
Tourism
Organizatio
n.
Approaches:
reading and
recording
texts with
subsequent
conversations
in meetings
with the
advisor and in
Production of
dissertation text on the
subject.
3 TOURISM
REPUXO
3.1 TOURISM
REFLECTIVE
METAPHOR
3.2 HISTORICAL
RESCUE ON
TOURISM
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 26
- Ministry
of Tourism.
- Indexers
of scientific
journals:
Scopus,
Periódicos
Capes,
Scielo .
- Virtual
libraries.
the Chaotic
Meetings of
Amorcomtur
!
Actions:
bibliographic
cartography
of material
aligned with
the research
with analysis
of title,
keywords and
abstract, as
selection
criteria.
3.3 TOURISM-
ECOSYSTEM
FRAME
Mapping
Torres/RS
in its
ecosystemic
dimension
- Subjects
participatin
g in the
conversatio
ns of the
research.
- Theses
and
dissertations
repositories.
- Brazilian
Institute of
Geography
and
Statistics.
- Ministry
of Tourism.
- City Hall
of
Torres/RS
- Municipal
Secretariats
of
Torres/RS
-
Government
of the State
of Rio
Grande do
Sul
- State
Secretariats
of Rio
Grande do
Sul
-
Foundation
for
Economics
and
Statistics of
Approaches:
reading and
recording
texts with
subsequent
conversations
in meetings
with the
advisor and in
the Chaotic
Meetings of
Amorcomtur
!. Analysis of
data,
documents
and
information
made
available by
public bodies
about Torres.
Actions:
revisiting the
municipality,
systemic
observation
with
recording in a
research
diary,
production of
maps and
photographs,
rescue of
memories and
production of
dissertation
text.
Dissertation texts
associated with photos
and maps, with the
insertion of narratives,
resulting from
'conversations'.
4 TOWARDS
TORRES/RS
4.1
INTERNATIONAL
BALLOON
FESTIVAL
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 27
Rio Grande
do Sul
- North
Coast
Regional
Developme
nt Council
- Support
Service for
Micro and
Small
Companies
in Rio
Grande do
Sul.
- Indexers
of scientific
journals:
Scopus,
Periódicos
Capes,
Scielo.
- Virtual
libraries.
Producing
handcrafted
narratives
about
Torres/RS
from
conversatio
ns with
residents
- Subjects
participatin
g in the
conversatio
ns of the
research.
Approaches:
informal
conversations
with residents
and tourists
with the
production of
a research
diary and
production of
photographs
about the
place.
Actions:
carrying out
conversations
with city
residents.
Production of
narratives,
based on
conversations
Essay text with
insertions of 'craftsman
narratives', resulting
from conversations.
5 NARRATIVES
AND
CONVERSATIONS
WITH RESIDENTS
OF TORRES/RS
5.1 AMELIA - 'THE
SIDE COMES AND
GOES’
5.2 JOSEFA -
'BETWEEN THE
REPUXO AND THE
WAVE'
5.3 JOÃO - 'IN LOVE
WITH TORRES'
5.4 CARLOS -
'MORADOR
PASSARINHO'
5.5 ERNESTO -
'ROUND MAN'
5.6 DALVA - 'IN
THE TRANQUILITY
OF THE SPOUT'
5.7 LURDES -
'RESIDENT OF
BEIRADAS'
5.8 MARIA -
'RECOGNIZING THE
RESIDENTS'
5.9 RITA -
'PARADISE
DWELLER'
5.10 GERALDO -
'WELCOME BY THE
SEA'
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 28
Present
'Repuxo'
indicators
of Tourism,
based on
the
constructed
narratives.
- Subjects
participatin
g in the
conversatio
ns of the
research.
- Theses
and
dissertations
repositories.
- Indexers
of scientific
journals:
Scopus,
Periódicos
Capes,
Scielo.
- Virtual
libraries.
- World
Health
Organizatio
n.
Actions:
Systematizati
on of
collected
data,
description,
production of
dissertation
text,
presenting
conversations
between field
data and
theoretical
framework.
Production of summary
tables with residents'
speeches and reflection
with the theoretical-
conceptual trails.
6 'WHO DOESN'T
LIVE FROM THE
SEA, WHAT DOES
IT LIVE FROM?'
6.1 FLAG 1:
TOURISM
ECOSYSTEM
PLANNING
6.2 SIGNAL 2:
INTERIOR
CULTURE AS A
TOURIST POWER
OF THE PLACE
6.3 SIGN 3:
CONSTRUCTIONS
AND
(DE)CONSTRUCTIO
NS OF
ARCHITECTURAL
HISTORY OF THE
PLACE
6.4 SIGNAL 4:
ECOSYSTEM
CONNECTIONS
WITH THE
ENVIRONMENT
6.5 SIGNAL 5:
LOVING
INTERLACES OF
PLACE, RESIDENTS
AND TOURISTS
6.6 'SPLASTERS'
FROM THE COVID-
19 PANDEMIC
WAVE
--------------
--------------
--------------
--------------
7 REFLECTIONS
AFTER THE
MEETING
BETWEEN THE
SEA AND THE
REPUXO
Source: Prepared by the authors
Inconclusive Rhizomatic Becomings
I hope it is clear in this text that the logic that guides the production of science in which
I believe is procedural, dynamic, derivative, dissipative, rhizomatic, chaosmotic, constant, of
production in a continuous present, in coupling with the multiple existential ecosystems of
researchers and other subjects involved. Thus, and for this very reason, there are no peremptory
outcomes, only recursive reflections, in relation to what has been produced, with the intention
of signaling, in short, the journey up to this point.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 29
After everything (of life!) and after the text, I reiterate the intention to contribute with
researchers, beginners or experienced, in the sense of offering openings for poetic and
technical-operational immersion, in the investigative journeys of their dreams, their desires,
with the Cartography of Knowledge. The invitation is to recognize oneself as a research subject,
authorize oneself to be the author of one's own text in life and in the investigation and, at the
same time, walk the paths always in love, that is, guided by the ethics of relationship and care,
with research partners, with all places and subjects, the ecosystem and the multiple forms of
life, in a logic of multispecies coexistence.
With Rhizomatic Matrices, I try to offer resources to 'not get lost', at least not more than
the natural and constructive dimension of spontaneous, creative immersions, in which we let
go in new paths, to discover them. There comes a time, however, when we need to look at the
path, recognize and separate belongings and treasures found and build a travel narrative that is
a kind of 'enchanted synthesis of universes in transmutation', that is, the knowledge produced
in the research. Varela (1992), Maturana's partner, teaches us that knowledge is 'enaction',
which I always translate into knowledge what puts us 'in action'. Thus, I think that Cartography
of Knowledge and Rhizomatic Matrices can help researchers to be 'in action' with new
knowledge, in the production of a Lovingly Ethical Science for the New World, therefore
learning and helping other beings to also manage new ways of ' survival '. So, understanding
that it is possible to respond with strength, firmness, poetry and joy to the question that has
guided my life: “what is the reason for our existence?”.
About the rhizomatic becomings, what is already being gestated will come: a sprouting
of sequences detailing the rhizomes of the matrices and the operationalization of the
Cartography of Knowledge. So... see you on the next 'curve of the Amazonian rivers of the
Rhizomatic Matrices and Cartography of Knowledge'!
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 30
REFERENCES
BAPTISTA, M. L. C. Cartografia de saberes na pesquisa em Turismo: proposições
metodológicas para uma Ciência em Mutação. Rosa dos Ventos, Caxias do Sul, v. 6, n. 3, p.
342-355, 2014. Available at: https://www.redalyc.org/pdf/4735/473547041003.pdf. Access:
27 Apr. 2023.
BAPTISTA, M. L. C. Rhizomatic Matrices: Proposition of Signals for Transdisciplinary
Research in Tourism. In: SINGH, V.; AGNIHOTRI, A. (org.). New Radical Approach in
Interdisciplinary Research. 1. ed. Delhi, India: Akshita Publishers and Distributors, 2020.
BAPTISTA, M. L. C. Matrizes rizomáticas: proposição de sinalizadores para a pesquisa em
turismo. In: SEMINÁRIO ANPTUR, 14., 2017, Balneário Camboriú. Anais [...]. Balneário
Camboriú, SC: ANPTUR, 2017.
BAPTISTA, M. L. C. O Sujeito da Escrita e a Trama Comunicacional: um estudo sobre os
processos de escrita do jovem adulto, como expressão da trama comunicacional e da
subjetividade contemporâneas. Orientador: Mauro Wilton de Sousa. 2000. 600 f. Tese
(Doutorado em Ciências da Comunicação) Escola de Comunicação e Artes, Universidade de
São Paulo, São Paulo, SP, 2000.
BARTHES, R. Fragmentos de um discurso amoroso. São Paulo: Editora UNESP, 1977.
BELTRÁN, L. R. Estado y Perspectivas de la Investigación en Comunicación en America
Latina. Bogotá: Pontifícia Universidad Javeriana de la Facultad de Comunicación Social,
1981.
CAPRA, F. A teia da vida: uma nova compreensão científica dos sistemas vivos. São Paulo:
Cultrix, 1997.
CAPRA, F.; LUISI, P. L. A visão sistêmica da vida. Uma concepção unificada e suas
implicações políticas, sociais e econômicas. São Paulo: Cultrix, 2014.
CHOPRA, D. As Sete Leis Espirituais do Sucesso. São Paulo: BestSeller, 1994.
CREMA, R. Introdução à visão holística. 5. ed. São Paulo: Summus, 1989.
D’ÁVILA, X.; MATURANA, H. El árbol del vivir. Santiago: MPV Editores, 2015.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed.
34, 1995.
GASTAL, S.; MOESCH, M. Turismo, políticas públicas e cidadania. São Paulo: Editora
Aleph, 2007.
GOSWAMI, A. O Universo Autoconsciente. São Paulo: Editora Aleph, 1993.
KRENAK, A. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
Maria Luiza Cardinale BAPTISTA and Jennifer Bauer EME
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 31
LOVELOCK, J. As Eras de Gaia. A Biografia da Nossa Terra Viva. Rio de Janeiro:
Editora Campus, 1991.
MATURANA, R. H.; VARELA, F. J. De máquinas e seres vivos: autopoiese e a organização
do vivo. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
MATURANA, R. H. Emoções e Linguagem na Educação e na Política. Belo Horizonte:
UFMG, 1998.
MOESCH, M. M. Epistemologia social do turismo. Orientador: Mário Carlos Beni. 2004.
504 f. Tese (Doutorado em Relações Públicas, Propaganda e Turismo) Escola de
Comunicação e Artes, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, 2004.
MONTEIRO, G. V.; COLFERAI, S. A. Por uma pesquisa amazônida em Comunicação:
provocações para novos olhares. In: MALCHER, M.; SEIXAS, N.; LIMA, R.; AMARAL
FILHO, O. (ed.). Comunicação midiatizada na e da Amazônia. Belém, PA: FADESP,
2011.
MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. São Paulo: Instituto Piaget, 1991.
RESTREPO, L. C. Direito à ternura. Petrópolis, RJ: Vozes, 1998.
ROLNIK, S. Cartografia Sentimental. São Paulo: Estação Liberdade, 1989.
SANTOS, B. S. O fim do império cognitivo: a afirmação das epistemologias do Sul. São
Paulo: Autêntica, 2019.
STOCKMANS, I. Muros ou Pontes? Políticas Públicas e Arte na Periferia. Orientador:
Douglas Ceccagno. 2022. 209 f. Dissertação (Mestrado em Letras e Cultura) Programa de
Pós-Graduação em Letras e Cultura, Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, RS, 2022.
VARELA, F. J. De Cuerpo Presente. Las Ciencias Cognitivas y la Experiencia Humana.
Barcelona: Editorial Gedisa, 1992.
WERÁ, K. A terra dos mil povos. Petrópolis, RJ: Editora Petrópolis, 1998.
Methodological 'survival' strategies in the investigative journey to science in the new world: Weave dimension, cartography of knowledges
and rhizomatic matrices
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023042, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18206 32
CRediT Author Statement
Acknowledgments: Members of Amorcomtur ! Study Group on Communication, Tourism,
Love and Autopoiesis (UCS-CNPq). The methodological strategies proposed by Maria
Luiza Cardinale Baptista have been widely discussed and used in the research group she
leads at CNPQ.
Financing: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: This is a scientific essay. It did not go through an ethics committee.
Availability of data and material: Dissertation by Jennifer Bauer Eme, presented
synthetically in the completed Rhizomatic Matrices, is available on the PPGTURH-UCS
website, at the link https://repositorio.ucs.br/xmlui/handle/11338/9986.
Author contributions: Dr. Maria Luiza Cardinale Baptista is the author of the essay and
strategic methodological propositions Cartography of Knowledge and Rizomatic Matrices.
MSc. Jennifer Bauer Eme contributes to the article with the completed Rhizomatic Matrices,
developed during her Master's research in Tourism and Hospitality at the University of
Caxias do Sul.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.