RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 1
PRESENCIALIDADE EM AMBIENTE ON-LINE: IMPLICAÇÕES DE UM
CONCEITO EM CONSTRUÇÃO NA EAD BRASILEIRA
PRESENCIALIDAD EN EL ENTORNO ONLINE: IMPLICACIONES DE UN
CONCEPTO EN CONSTRUCCIÓN EN EL EAD BRASILEÑO
PRESENTIALITY IN ONLINE ENVIRONMENT: IMPLICATIONS OF A CONCEPT
UNDER CONSTRUCTION IN BRAZILIAN DISTANCE LEARNING
Elizabeth Matos ROCHA1
e-mail: elizabethrocha@ufgd.edu.br
Hermínio BORGES NETO2
e-mail: herminio@multimeios.ufc.br
Como referenciar este artigo:
ROCHA, E. M.; BORGES NETO, H. Presencialidade em ambiente
on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD
brasileira. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212
| Submetido em: 30/06/2023
| Revisões requeridas em: 24/07/2023
| Aprovado em: 15/08/2023
| Publicado em: 12/09/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados – MS – Brasil. Professora Associada 3 lotada na
Faculdade de Educação a Distância da UFGD. Realiza Estágio Pós-doutoral em Educação (UFC).
2
Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza – CE Brasil. Professor titular aposentado pela UFC. Professor
permanente do Programa de Pós-graduação em Educação da UFC.
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 2
RESUMO: O trabalho discute se a concepção da presencialidade em ambiente on-line é real para
interações síncronas entre professores e estudantes, configurando mais realidade e proximidade no
momento dos estudos. Objetivou-se investigar se o estado da arte sobre o conceito de
presencialidade em ambiente on-line apresenta literatura que aponte para o redimensionamento do
conceito de presencialidade em cursos de graduação ofertados na modalidade a distância. A
pesquisa, enquanto revisão bibliográfica, narrativa, do tipo exploratória, foi feita em quatro sites,
utilizando-se palavras-chave, no recorte temporal de 2020.1 a 2023.1, sobre o conceito de
presencialidade em ambiente on-line, dos quais apenas o Google Acadêmico retornou resultados
que se coadunam com a ressignificação da presencialidade on-line tendo como base o
fortalecimento da interação síncrona em webconferências. Conclui-se que, apesar do aumento
expressivo de cursos de graduação em EaD no Brasil, na última década, necessidade de pesquisas
que fortaleçam o conceito de presencialidade on-line e que possam reverberar, inclusive, na
atualização do conjunto normativo que trata dessa modalidade educacional.
PALAVRAS-CHAVE: Presencialidade. Virtual. On-line. Webconferência. Educação a distância.
RESUMEN: Este trabajo discute si el concepto de presencia en un entorno en línea (online) es
real para las interacciones sincrónicas entre profesores y estudiantes, configurando más realidad
y proximidad en el momento de los estudios. El objetivo fue investigar si el estado del arte sobre el
concepto de presencia en un ambiente en línea presenta literatura que apunta al
redimensionamiento del concepto de presencia en los cursos de graduación ofrecidos en la
modalidad a distancia. La investigación, como revisión bibliográfica, narrativa, exploratoria, se
realizó en cuatro sitios, utilizando palabras clave, en el marco temporal de 2020.1 a 2023.1, sobre
el concepto de presencia en un entorno en línea, de los cuales solo Google Académico arrojó
resultados que fueron en línea con la redefinición de la presencia online basada en el
fortalecimiento de la interacción sincrónica en las webconferencias. Se concluye que, a pesar del
aumento significativo de los cursos de graduación de educación a distancia en Brasil en la última
década, existe la necesidad de investigaciones que fortalezcan el concepto de presencia en línea y
que incluso pueden repercutir en la actualización del conjunto normativo que trata de esta
modalidad educativa.
PALABRAS CLAVE: Presencialidad. Virtual. En línea. Conferencia web. Educación a distancia.
ABSTRACT: The work discusses whether the concept of presence in an online environment is real
for synchronous interactions between teachers and students, configuring more reality and proximity
at the time of studies. The objective was to investigate whether the state of the art on the concept of
presence in an online environment presents literature that points to the resizing of the concept of
presence in undergraduate courses offered in the distance modality. The research, as a
bibliographical, narrative, exploratory review, was carried out on four sites, using keywords, in the
time frame from 2020.1 to 2023.1, on the concept of presence in an online environment, from which
only Google Scholar returned results that were in line with the redefinition of online presence based
on the strengthening of synchronous interaction in web conferences. It is concluded that, despite
the significant increase in distance education undergraduate courses in Brazil in the last decade,
there is a need for research that strengthens the concept of online presence and that can even
reverberate in the updating of the normative set that deals with this educational modality.
KEYWORDS: Presence. Virtual. Online. Web conference. Distance education.
Elizabeth Matos ROCHA e Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 3
Introdução
A presencialidade em ambiente on-line é real? Sem dúvida essa é uma pergunta retórica,
sobretudo quando lemos o capítulo 10 - Realidade Virtual - de Tori (2010, p. 151-152), em que
o autor, na primeira cada do século XXI, apontava as possibilidades educacionais da
“interação em tempo real, em um ambiente educacional tridimensional”. Não era voz isolada.
O matemático Borges Neto, desde 1999, vem avançando no TeleMeios, “enquanto Tele-
Ambiente de aprendizagem consistindo em uma estrutura de telemática multimeios
incorporando, som, imagem, texto, correio e uma interface compartilhada entre professor e
aluno”, de acordo com Silva (2022, p. 60).
No entanto, se o uso computacional, sob o viés pedagógico, no suporte ao ensino ainda
não encontrou satisfatoriamente seu papel na educação básica brasileira, o mesmo não se pode
dizer da Educação a Distância (EaD) no ensino superior do nosso país (VALENTE, 2014). De
acordo com dados extraídos do INEP
3
, a EaD, em cursos de graduação, cresceu 474% em uma
década, de 2011 a 2021. Esse salto quantitativo decorre da busca de milhares de pessoas pela
continuidade dos seus estudos pela EaD. Tal fato pode ser analisado sob, pelo menos, três
aspectos. O primeiro se reporta ao conjunto normativo para abertura e funcionamento de cursos
de graduação na modalidade a distância. O segundo se vincula ao rápido e consistente avanço
das tecnologias da informação e comunicação no formato digital, e o terceiro vincula a EaD ao
universo business e, por isso, tem despertado o interesse de diversos grupos educacionais da
iniciativa privada.
Para entender o primeiro aspecto, temos que o cenário e a base legal atual que regem a
EaD no ensino superior brasileiro se apoiam na Constituição Federal de 1988 e na Lei 9394, de
1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e em seu Art. 80 incentiva, por
parte do Poder Público, o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância
em todos os níveis e modalidades de ensino.
Essa base legal sustentou ações como a criação do consórcio CEDERJ, em 2000, e a
criação do Sistema Universidade Aberta do Brasil, em 2005 (ALVES, 2011). A criação e oferta
de cursos de graduação na modalidade a distância exigiu a regulamentação do Art. 80 da LDB
9394/96, tendo no Decreto n. 5622/2005 esse papel inicial. Nesse Decreto, embora estivesse
3
INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - Dados do Censo de 2021.
Pesquisa disponível em https://www.gov.br/inep/pt-br/assuntos/noticias/censo-da-educacao-superior/ensino-a-
distancia-cresce-474-em-uma-
decada#:~:text=Em%202021%2C%20foram%20mais%20de,queda%20de%208%2C3%25. Acesso em: 10 dez.
2022.
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 4
defendida a mediação didático-pedagógica entre professores e estudantes por meio das
tecnologias de informação e comunicação, havia não só a obrigatoriedade de que as avaliações
fossem presenciais, mas que os resultados obtidos nessas avaliações prevalecessem sobre os
demais resultados extraídos nas demais formas de avaliação realizadas, notadamente, de forma
on-line, durante a realização de uma disciplina.
O Decreto n. 5622/2005 foi revogado pelo Decreto n. 9057/2017, que está em vigor, e
que tem na Portaria Normativa n. 11/2017 as normas para o credenciamento de instituições e a
oferta de cursos superiores a distância. O Decreto n. 9057/2017, por sua vez, fortalece a
concepção de desenvolvimento de educação a distância para além do uso dos meios e das
tecnologias da informação e comunicação, pois agrega pessoal qualificado, políticas de acesso,
acompanhamento e avaliações compatíveis com vistas a fortalecer a interação e o momento
didático-pedagógico dos atores educacionais, profissionais da educação e estudantes, situados
em lugares e tempos diversos.
O texto do Decreto n. 9057/2017 indica, sem o quesito da obrigatoriedade, que as
atividades presenciais, dentre elas as avaliações previstas nos projetos pedagógicos, sejam
realizadas na sede da instituição de ensino ou nos polos de apoio presencial e, também, deixa
livre para que os resultados dessas avaliações sejam considerados em conformidade com a
diferenciação pedagógica e diversificação institucional.
Vemos, portanto, que o entendimento da presencialidade do estudante no momento da
realização da sua avaliação sofre alteração significativa do Decreto n. 5622/2005 para o Decreto
n. 9057/2017, o que nos leva a conjecturar, inclusive, que seja possível o desenvolvimento
de cursos de graduação totalmente on-line. No entanto, isso ainda não é realidade em solo
brasileiro, uma vez que fica condicionada à autorização prévia da Secretaria de Regulação e
Supervisão da Educação Superior (SERES) para que haja oferta de cursos superiores na
modalidade EaD sem a previsão de atividades presenciais, quer por Instituição de Ensino
Superior (IES) pública, que é detentora de autonomia, quer por IES particular, conforme aponta
o parágrafo primeiro do Art. da Portaria Normativa n. 11/2017. Desta feita, para que
tenhamos cursos de graduação totalmente on-line a exigência da mudança de documento
normativo a esse fim.
O segundo aspecto é discutido neste texto no sentido de compreender o potencial
tecnológico digital para interações síncronas e suas contribuições para a ressignificação do
conceito de presencialidade sob a perspectiva virtual. O terceiro aspecto do avanço da EaD não
Elizabeth Matos ROCHA e Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 5
é palco de discussão deste artigo, sendo, contudo, tema importante de ser estudado em
abordagem específica que se alinhe com esse tema.
Assim, para fortalecimento da compreensão do que vem a ser presencialidade virtual, é
importante o levantamento de alguns questionamentos, que, sem a pretensão de esgotá-los,
torna-se fundamental considerá-los no âmbito educacional, sobretudo em momento pós-
pandemia decorrente da COVID-19. De março de 2020 ao primeiro semestre de 2022, fomos,
por assim dizer, catapultados, forçosamente, para o ensino remoto, em decorrência de um
conjunto normativo elaborado de forma aligeirada, que buscou dar conta da supressão dos
momentos presenciais nas aulas, a fim de evitar o fluxo social para lidar com os impactos da
pandemia.
Com base no contexto exposto, portanto, este artigo investiga o estado da arte sobre o
conceito de presencialidade virtual, tomando como base o potencial tecnológico para interação
síncrona sob a perspectiva de lives, de modo a extrair desse escopo elementos que apontem para
o redimensionamento do conceito de presencialidade em cursos de graduação ofertados na
modalidade a distância. Algumas indagações sobre essa questão são inerentes. É preciso estar
junto, fisicamente, em uma sala de aula convencional, para se estar presente na aula? A
existência e interação dos sujeitos, sob a perspectiva da presencialidade, é válida igualmente
em uma webconferência, hoje tão comumente chamada de live? Há aspectos que maximizem a
perspectiva da presencialidade física em detrimento da presencialidade virtual nas aulas?
Essa realidade aponta para a necessidade de investigar se o conceito de presencialidade,
sob a perspectiva virtual, para quem estuda em cursos de graduação pela modalidade de
Educação a Distância, sofreu alguma transformação, desde 2020. As lives, em momentos
previamente acordados entre professores e estudantes, substituem satisfatoriamente os
momentos presenciais? literatura sobre essa temática? As tecnologias de salas de
conferência hoje atendem satisfatoriamente o que chamamos de conceito de presencialidade,
ou seja, garantem a fidedignidade da produção intelectual de quem está sendo avaliado?
A fim de compreender melhor essas questões, buscou-se identificar as modificações
tecnológicas ocorridas nas ferramentas que favorecem o ensino simultâneo entre professor e
estudantes, com destaque para a ferramenta de webconferência desenvolvida pela Rede
Nacional de Pesquisa (RNP), tendo em vista que o campo de análise se vincula ao espaço da
rede federal de ensino superior. É o que veremos nos próximos tópicos.
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 6
Concepção de presencialidade virtual
Na leitura de Axt (2006, p. 257), a autora nos mostra que que a discussão em torno da
“necessidade ou não de encontros presenciais, da frequência deles ou dos períodos em que
devem se realizar”, notadamente, em cursos de graduação na modalidade EaD, integrava o
conjunto das preocupações de quem ofertava esses cursos. Como visto na introdução deste
trabalho, de 2000 a 2006 houve as primeiras iniciativas reais da oferta de cursos de graduação
em EaD, e a preocupação com a presença dos estudantes nas atividades avaliativas, nas IES ou
polos, por exemplo, visava responder à “pretensa qualidade do ensino”, como aponta Axt (2006,
p. 257).
Sabemos que a forma como a aula se desenvolve na EaD é completamente diferente da
aula do ensino presencial, mas nem por isso é menos qualificada ou importante. A imposição
da presença física, para aulas e momentos avaliativos nas IES ou polos, de professores e
estudantes de cursos na modalidade EaD, pela suposição de que isso gera mais credibilidade às
ações pedagógicas, configura uma transposição equivocada do modelo de ensino presencial
para o modelo de ensino da EaD.
A perspectiva de presencialidade não deve refletir na EaD a mesma concepção de
presença que se traduz no ensino presencial. São formatos de ensino diferentes e devem ser
respeitados nas suas diferenças. Embora a EaD no Brasil surja efetivamente na primeira década
do século XX, é certo que a roupagem pedagógica é diferente. Dessa feita, o método de ensino,
de aprendizagem e de avaliação desenvolvidos nos cursos EaD também tendem a se
ressignificar. Se no ensino presencial fica imanente a interação pela presença do corpo orgânico
do docente e do discente, na EaD fica imanente a interação virtual do docente e do discente, na
perspectiva defendida por Axt (2006, p. 260):
Sem dúvida, a linguagem verbal incrementa a interação entre humanos, mais
uma vez transfigurando a noção de interação. Com a linguagem verbal, a
interação pelo diálogo (dia-através/entre; logós discurso) sofre um
importante descolamento em relação ao corpo orgânico stricto sensu,
transmutando em uma interação “através dos discursos ou entre os discursos”,
constituindo um novo plano de consistência para a interação. como que
um abandono de um território, o território corporal orgânico, mas
simultaneamente, para poder existir, a interação alcança uma nova
consistência.
Essa nova consciência adquire o entendimento de que as relações interacionais entre
sujeitos mediados pelas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC), em
formatos síncronos ou assíncronos, acontecem em espaços/territórios notadamente virtuais,
Elizabeth Matos ROCHA e Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 7
ressignificando e transformando, portanto, o conceito da ocupação do território, em que “a
materialidade deixa de ser corporal orgânica, para se tornar uma materialidade discursiva ou do
discurso”, como aponta Axt (2006, p. 261). Nesse sentido, os espaços virtuais em que
acontecem as interações discursivas permitem a “reterritorialização”, como o “movimento de
construção do território”, de acordo com Deleuze e Guattari (1997, p. 224 apud HAESBAERT;
BRUCE, 2010, p. 8), pensamento presente, também, na leitura de Enes e Bicalho (2014, p. 199).
Essa ressignificação da presencialidade humana nos espaços virtuais ficou evidenciada
com a condição emergencial imposta pela COVID-19, em que vimos o Brasil e o mundo
trancados dentro de casa, do primeiro semestre de 2020 ao segundo semestre de 2021, tendo o
distanciamento social, paulatinamente, voltado à normalidade a partir do primeiro semestre de
2022. Nesse período, em relação à educação, constatamos e vivenciamos a publicação de
diversos documentos normativos do governo federal e demais governos estaduais e municipais
validando o ensino remoto.
Vimos a luta para que o ensino presencial, superior e/ou da educação sica, se
adequassem à proposta de ensino mediada pelas TDIC. Essas dificuldades perpassaram pela
pouca intimidade dos professores e estudantes com plataformas digitais para veiculação de
materiais das aulas, no formato assíncrono, como o MOODLE, e/ou o Google Classroom e,
também, pelo caráter diferente de realizar as interações síncronas, por meio das
lives/webconferências viabilizadas pelas plataformas disponíveis, como a Rede Nacional de
Pesquisa (RNP), Google Meet, Zoom, Microsoft Teams, YouTube, Facebook, Instagram e
TikTok. Seja, ainda, pela fragilidade tecnológica de computadores ligados à internet nas
residências dos docentes e dos discentes.
No entanto, quem estudava, nesse recorte temporal, em cursos de graduação e de pós-
graduação pela EaD, não sentiu absolutamente nenhuma dificuldade na continuidade dos seus
estudos. Pelo contrário, percebeu mais conforto e comodidade, pois professores e estudantes
não precisaram se deslocar para realizar as atividades avaliativas, ou parte delas, em
conformidade com o modelo de curso desenvolvido por cada IES. Essa facilidade decorreu da
lógica de estudo já desenvolvida.
As lógicas de ensino, por parte do professor, e da aprendizagem, por parte do estudante,
não sofreram alterações, pois a concepção da presença virtual não foi modificada em relação
ao que vinham realizando. As interações aconteciam em momentos simultâneos, em
atendimento ao calendário das lives, ou em momentos diversos, pelas comunicações via fórum,
mensageira, blog, wiki, dentre outras ferramentas virtuais. Enquanto o ensino presencial
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 8
desenvolvia, de forma claudicante, o ensino remoto, a EaD, sob a perspectiva virtual,
continuava sem alteração, mesmo porque “ensino remoto não é EAD e muito menos Ensino
On-line”, como aponta Santos (2020, p. 68). De 2020 a 2022 vimos o inquestionável avanço
das tecnologias digitais de suporte ao ensino on-line, com ênfase nas interações síncronas.
Foi, inclusive, nesse período que a produção de conteúdo em mídias digitais por parte
da sociedade brasileira aumentou significativamente. Se tomarmos, por exemplo, apenas a
plataforma YouTube, verificamos que durante o ponto crítico da pandemia houve aumento de
91% do tempo de uso dos brasileiros da plataforma em 2020 comparativamente a 2019, de
acordo com a pesquisa ComScore VideoMetrix
4
. Vemos dessa forma que, mesmo trancadas em
casa, as pessoas se deslocaram em massa para o espaço virtual e, de forma on-line, buscaram
novas formas de aglutinações, configurando a presencialidade virtual. Afinal, pessoas precisam
de pessoas, pois coexistimos umas nas outras. Só fazemos sentido de existência na presença do
outro, enquanto humanidade, na perspectiva de Heidegger, como discutem Braga e Farinha
(2017), e isso vale tanto para a presença física corpórea como a presença virtual, incorpórea.
Dessa feita, o suporte da tecnologia digital à comunicação humana, com ênfase no aspecto
educacional, será abordado no próximo tópico.
Potencial tecnológico digital para interações síncronas: ferramentas disponíveis
Para que as pessoas possam se encontrar virtualmente, de modo que se sintam presentes
e confortáveis nesse espaço, é preciso que sejam viabilizadas ferramentas capazes de dar
suporte à comunicação humana na perspectiva interacional e dialógica, de modo que contemple
as três formas básicas de comunicação: a primeira é a comunicação verbal, no formato da
linguagem escrita, falada ou sinalizada. A segunda é a comunicação não-verbal, que inclui as
múltiplas formas como o rosto e o corpo se comunicam. E a terceira é a comunicação visual,
que se utiliza de imagens, pinturas, gráficos, tabelas, dentre outros recursos.
Embora seja de amplo conhecimento social, sobretudo, no meio acadêmico e, também,
da área computacional, é importante lembrar que a internet chegou ao Brasil em 1988, por
iniciativa do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), quando, de forma
pioneira, ajudou, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
(FAPESP), na implantação de redes de comunicação de dados BITNET e RNP
5
. Esse marco
4
Informação disponível em https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/11/09/pandemia-aumenta-em-91-
tempo-de-usuario-brasileiro-no-youtube.htm. Acesso em: 10 dez. 2022.
5
Maiores informações são obtidas em https://www.lncc.br/historico. Acesso em: 10 dez. 2022.
Elizabeth Matos ROCHA e Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 9
temporal e tecnológico serve de baliza para que possamos refletir sobre a velocidade com que,
a partir de então, os sistemas de distribuição de veiculação comunicacional, em formato
analógico, foram dando espaço para opções tecnológicas que ampliam a comunicação humana
em escala global, como aponta Ito (2010).
Se a implantação da internet no Brasil, em 1988, foi um marco que avançou a passos
largos, a chegada do YouTube não fica atrás. Ferramenta criada em 2005, passou ao domínio
da Google em 2006 e se mostrou “um dos maiores cases de cultura participativa do mundo”,
como ressaltam Burgess e Green (2009, p. 9). E assim tem sido com outras mídias sociais que
têm tido a capacidade de reunir em território virtual milhares de pessoas, produzindo e/ou
consumindo conteúdo por vídeo, como o Facebook, o Instagram, o TikTok e o WhatsApp.
Paralelamente, no mundo da educação, as linhas de código se voltaram ao
desenvolvimento de ambientes virtuais de aprendizagem, como o MOODLE, por exemplo, em
que desenvolvedores, a partir do feedback dos espaços que ofertam cursos pela EaD, ao longo
das duas últimas décadas, têm buscado transformá-lo de simples gerenciador de aulas, enquanto
“ambiente instrucional fixo”, na reflexão oportuna de Mattar (2010, p. 63), para ambiente mais
interativo, capaz de incorporar outras mídias.
Mas não isso. Conversar com o professor ou colegas de classe em tempo real por chat
do AVA MOODLE já não se mostra suficiente. Se para o lazer e o entretenimento a interação
em tempo real é possível por meio do YouTube, do WhatsApp, por exemplo, por que não
reverter essa lógica para a educação? As duas últimas décadas mostraram a necessidade de
quem estuda em ambiente virtual de incorporar a interação face to face, ao vivo, em cores, em
tempo real. E já que uma tecnologia puxa a outra, então a sala virtual ganhou, também, espaços
mais elaborados, como o Google Meet, o Zoom, o Teams, a RNP e o TeleMeios, que favorecem
a presencialidade virtual em tempo real e foram amplamente disseminados no momento crucial
da pandemia de COVID-19.
No âmbito deste artigo, nos limitamos à abordagem das duas ferramentas desenvolvidas
com recursos públicos, no caso, a RNP e o TeleMeios. A primeira, criada em 1989, pelo
Ministério da Ciência e Tecnologia para suporte de infraestrutura de internet e apoio ao âmbito
acadêmico, atende, atualmente, de acordo com o site
6
, em torno de 600 organizações
conectadas, mais de 4 milhões de usuários, 50 redes comunitárias e oferece mais de 100 Gb/s
de velocidade de conexão. A RNP oferece uma plataforma de conferência on-line chamada de
Conferênciaweb, disponibilizada gratuitamente aos docentes da Comunidade Acadêmica
6
Acesso em: https://www.rnp.br/ Acesso em: 10 dez. 2022.
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 10
Federada (CAFe), e tem suporte para até 150 pessoas simultaneamente. É integrada com o
MOODLE e o Eduplay e conta com possibilidade de transmissão da sessão para o YouTube,
de modo que as lives ficam automaticamente gravadas, sendo possível que o estudante acesse
a aula em momento posterior. A Conferênciaweb permite a participação de todos os usuários
por compartilhamento de câmera e de microfone. O professor é o gerenciador da sala e pode
tornar apresentador qualquer participante. A ferramenta disponibiliza chat entre os usuários,
participação por quadro multiusuário, lista de presença, gerenciamento de apresentação, de
enquete, compartilhamento com o Google Drive e layouts personalizados. A cada dia a
Conferênciaweb da RNP está se tornando mais intuitiva, amigável e de fácil acesso para o
professor e para o estudante.
A ferramenta TeleMeios, como parte integrante do projeto Tele-Ambiente, “em parceria
entre o Laboratório Multimeios e o Mestrado em Informática Aplicada (MIA) da Universidade
de Fortaleza (UNIFOR)”, por sua vez, desde 1999, foi pensada com a perspectiva do
“compartilhamento da tela do computador” para viabilização do trabalho colaborativo entre
pessoas em situação de trabalho e/ou estudo, conforme aponta a pesquisa de Silva (2022, p. 47).
Uma proposta muito à frente do seu tempo, reconhece Silva (2022, p. 47-48), pelo subprojeto
CADI, enquanto “ferramenta computacional para aprendizagem cooperativa e adaptativa de
metodologia de ensino”, pelo subprojeto TeleCABRI, para uso de aplicativos de geometria e o
TeleVEH, ferramenta para “interatividade em tempo real entre os sistemas CADI e
TeleCABRI”. A ferramenta permite comunicação em tempo real por texto, câmera, voz,
compartilhamento de apresentação e integração com o MOODLE. É uma ferramenta que
favorece a comunicação em tempo real, como expressa Silva (2022, p. 65): “Essa situação pode
acontecer quando professor e aluno autenticam ao mesmo tempo e se encontram no AVE
(TeleMeios), sem que necessariamente se encontrem no mesmo espaço físico.”
Vemos, portanto, que tanto a RNP como a ferramenta Telemeios favorecem a
comunicação entre os usuários, de forma simultânea, em tempo real, configurando espaços
virtuais com condições para que professores e estudantes possam desenvolver-se enquanto
comunidades virtuais de aprendizagem, realizando nesses espaços todas as situações inerentes
ao movimento pedagógico, como a abordagem teórica conceitual, a discussão da atividade
avaliativa ou a própria atividade avaliativa acompanhada pelo professor, quando da sua
realização pelo estudante.
Elizabeth Matos ROCHA e Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 11
Delineamento metodológico
Para maior clareza acerca dos achados desta pesquisa de pós-doutorado, foi feita uma
busca, com quatro palavras-chave, com recorte temporal de 2020 ao primeiro semestre de 2023,
sobre o conceito de presencialidade em ambiente on-line. Foi feita uma revisão bibliográfica,
narrativa, do tipo exploratória (SOUSA et al., 2018). A pesquisa vinculou-se a uma questão
central: A presencialidade virtual em ambiente on-line é real? A partir disso, buscou-se mapear
a concepção de presencialidade em ambiente virtual, de modo que os dados quantitativos sobre
a temática pesquisada foram tabulados, conforme as Tabelas 01 e 02, e interpretados no tópico
de discussão deste trabalho.
A trajetória metodológica contribuiu para que os pesquisadores identificassem, de forma
consistente, o teor da produção sobre a compreensão de presencialidade on-line em cursos de
graduação na modalidade EaD, de 2020 a 2023, evidentemente, considerando a construção
histórica, tecnológica e normativa da EaD no Brasil, desde a publicação da LDB 9394/98.
Buscou-se, portanto, investigar proximidade com as produções acadêmicas no recorte
temporal de 2020 a 2023, tendo em vista o momento que o Brasil (e o mundo) viveram a
pandemia decorrente do COVID-19. Sabemos que o ensino da Educação Básica e Superior
funcionou no modelo remoto, de 2020 a 2022, e em seu momento atual, pós-pandemia,
notadamente em 2023, o ensino presencial voltou à normalidade, e os cursos de graduação pela
EaD continuam no seu formato híbrido em atendimento ao Decreto presidencial n. 9057/2017,
que regulamenta o Art. 80 da LDB 9394/96, e o Art. 8 da Portaria Normativa n. 11/2017,
emitida pelo Ministério da Educação (MEC).
A pesquisa utilizou os seguintes critérios para levantamento da literatura: utilização de
bases que liberem o texto em português e de forma gratuita; recorte temporal de 2020 a 2023,
por enfocar o período pandemia e pós pandemia COVID-19; utilização de 04 palavras-chaves
separadas por operador booleano AND: ressignificação AND presencialidade AND ensino
AND on-line. Os achados iniciais nas bases consultadas foram, quantitativamente: 1. Periódicos
CAPES: nenhum trabalho encontrado; 2. Google acadêmico, considerando a configuração da
ferramenta de acordo com os seguintes parâmetros: período específico: 2020 a 2023; ordenação
por relevância; pesquisa em páginas em Português e pesquisa em artigos de revisão: foram
encontrados 110 trabalhos, considerando-se apenas 108, ao final, visto que houve repetição de
02 trabalhos; 3. Scielo: nenhum trabalho encontrado e 4. Science Direct: nenhum trabalho
encontrado. Dos 110 trabalhos, 02, no formato artigo, se mostraram duplicados e 03 não abriram
o link, considerando-se, portanto, quantitativamente, 105 trabalhos para análise, dos quais
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 12
apenas 04, tabulados na Tabela 01, se inserem na questão e pergunta desta pesquisa, por
tratarem de algum modo sobre a presencialidade em ambiente on-line. Os demais 101 foram
tabulados na Tabela 02. Não foram considerados, nesta pesquisa, trabalhos apresentados em
Anais de congressos. Abaixo, segue a Tabela 01, que mostra os dados quantitativos dos achados
válidos desta pesquisa.
Tabela 01 Apenas trabalhos de Pesquisa que tratem da ressignificação da presencialidade
vinculada ao ensino on-line e que tratem do redimensionamento desse conceito
QUANTIDADE - PESQUISA FEITA DE 2020 A 2023
GOOGLE
ACADÊMICO
CAPES
SCIELO
SCIENCE
DIRECT
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
4
0
0
0
Fonte: Elaborada pelos próprios autores
Ao fazer a busca no Google Acadêmico, a pesquisa retornou 04 trabalhos: o primeiro,
artigo, de autoria de Darroz, Rosa e Santos (2023); o segundo, artigo, de autoria de Oliveira e
Alves (2022), e o terceiro, artigo, de Silva e Mori (2022); o quarto, no formato e-book, de
autoria de Santos (2022), em que se analisou um capítulo. Esses quatro trabalhos são abordados
nos resultados desta pesquisa. Abaixo, segue a Tabela 02, que traz os dados quantitativos dos
trabalhos que não foram validados para compor como resultado encontrado.
Elizabeth Matos ROCHA e Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 13
Tabela 02 Demais trabalhos de pesquisa que utilizam algumas das palavras-chave, mas que
não trabalham o conceito de presencialidade e se reportam a outros conceitos, situações e
aplicações
TIPO
QUANTIDADE - PESQUISA FEITA DE 2020 A 2023
GOOGLE ACADÊMICO
CAPES
SCIELO
SCIENCE
DIRECT
Artigo
63
0
0
0
TCC
16
0
0
0
Dissertação
16
0
0
0
Tese
2
0
0
0
E-book
4
0
0
0
TOTAL
101
0
0
0
Fonte: Elaborada pelos próprios autores
Dessa forma, sobre os achados quantitativos presentes na Tabela 02, também extraídos
do Google Acadêmico, dos 101 trabalhos analisados, verificou-se que não atentem à questão
da pesquisa, pois, apesar de utilizar, em cada texto, uma ou mais das palavras-chave encontradas
nos sites, elas se vinculam a contextos diferentes do conceito de presencialidade on-line e, por
isso, apesar de configurarem de forma tabulada, não servem como resultados desta pesquisa.
Discussão dos achados da pesquisa
A análise dos quatro trabalhos quantificados na Tabela 01, três artigos e um capítulo de
e-book, obtidos nesta pesquisa, sobre o conceito de presencialidade em ambiente virtual, é
melhor compreendida considerando a introdução e a concepção de presencialidade virtual
empreendidos neste artigo. Se no Decreto n. 5622/2005 a presencialidade física dos professores
e estudantes de cursos de graduação pela EaD eram obrigatórias e amplificadas, nos Polos e
Sedes de EaD, sobretudo para realização de avaliações, no Decreto n. 9057/2017, essa
obrigatoriedade diluiu-se para que outras atividades do curso fossem realizadas, e o quesito
avaliação passou a considerar ambas as atividades avaliativas, virtual e presencial, importantes
e presencialmente equitativas. O escopo teórico e tecnológico, de 1996 a 2017, em linhas gerais,
questionava a eficiência do uso do computador nas escolas, como aponta Neto (1999);
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 14
contestava se era, de fato, necessária a presença corpórea nos Polos e Sedes de EaD, na fala de
Axt (2006); estimulava a viabilização de uma EaD sem distância com Tori (2010), e trazia a
reflexão de Valente (2014) sobre as significativas mudanças do uso das tecnologias da
informação e comunicação na EaD.
Apesar dessas reflexões e de outras tantas vozes de pesquisadores sobre a temática do
uso da informática na educação, com ênfase nos cursos de graduação, na modalidade EaD, foi,
de fato, o contexto advindo do isolamento e distanciamento social impostos pela pandemia
COVID-19 que trouxe, para o campo educacional da EaD, mudanças que ajudaram a vivenciar
o que até então ficava no discurso: cursar todas as disciplinas de um semestre, por, praticamente,
dois anos, de forma totalmente on-line, de 2020 a 2022. Embora o conjunto normativo,
disponível no site do MEC
7
, tenha estabelecido o ensino, nesse período, como remoto, é
consenso, dentre os que desenvolvem cursos de graduação pela EaD virtual, que esse formato
de ensino não define EaD, pois, enquanto o momento remoto prevê uma transferência da agenda
semanal de aulas para o ambiente on-line, a EaD tem o tempo como ato contínuo movimentado
pelas comunicações assíncronas e, dentro desse crono, os prováveis momentos síncronos.
Nesse contexto, portanto, advindo do momento pandêmico e pós-pandêmico, em busca
de esclarecer como as pesquisas brasileiras têm tratado o conceito de presencialidade on-line,
temos no texto de Santos (2022) um pensamento similar e ousado, tal qual Axt (2006, p. 3),
quando esta indaga sobre “o que um encontro presencial garante que um encontro virtual não
possa garantir?”. Santos (2022, p. 58), em um texto leve e dialógico nos leva à reflexão em três
tempos distintos. O primeiro, em 2007, quando ela retrata que a EaD era uma “palavra proibida
na Faculdade de Educação” e que sua ação docente fez a diferença quando, nessa época, ela
assumiu uma disciplina totalmente on-line. Um marco incrível de autonomia didática e
pedagógica, por parte da professora Santos, sem dúvida! No segundo momento, a professora
nos leva a 2009, e nos mostra a frágil realidade didática e comunicacional de usar um blog como
suporte ao ensino on-line, em atendimento a 20% da carga horária de disciplinas a distância
para cursos presenciais. Finalmente, Santos (2022) retrata a EaD realizada na dura realidade
social imposta pela COVID-19, e a crítica que a autora faz é de que professores e estudantes do
ensino presencial que migraram para o ambiente on-line só encontram seus estudantes nos dias
e horas marcados e assim repetem modelos centrados no professor e sem aproveitamento do
7
Os pareceres e resoluções disponibilizados pelo MEC no momento da pandemia de COVID-19 encontram-se em
http://portal.mec.gov.br/pec-g/33371-cne-conselho-nacional-de-educacao/90771-covid-19. Acesso em: 10 dez.
2022.
Elizabeth Matos ROCHA e Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 15
potencial da cibercultura, mas, em suma, defende a EaD no formato on-line e o on-line no
presencial, com ênfase para as IES públicas.
O artigo de Darroz, Rosa e Santos (2023, p. 2), traz um termo contemporâneo chamado
de OnLIFE, que, em linhas gerais, incorpora o pool de tecnologias que contribuem para a
realidade humana hiperconectada e “sugere uma educação a partir da concepção de que as
tecnologias digitais e as redes não podem mais ser encaradas como simples ferramentas, mas
sim como forças ambientais”. Os autores defendem que essa confluência de tecnologias
favorece, por meio de videochamadas, a “combinação/mistura do mundo físico, biológico e
digital, em que, ao mesmo tempo em que se está em casa, também é possível estar na casa de
outras pessoas, usando aplicativos de videochamada ou outras TD” (DARROZ; ROSA;
SANTOS, 2023, p. 3), passando a inexistir a diferenciação de uma pessoa que está conectada
ou não.
Os outros dois textos, em formato de artigo, abordam o campo de aplicação do uso das
tecnologias que subsidiam interações virtuais síncronas em tempo real para ressignificar o
conceito da presencialidade on-line. O artigo de Silva e Mori (2022) mostra que o processo
comunicacional entre psicoterapeuta e a pessoa em psicoterapia é fundamental para a defesa do
processo de reflexão que se concretiza por meio do diálogo. Os autores ressaltam que o
atendimento por meio de plataformas de webconferência favorecem ambos os lados, o
profissional e a pessoa atendida, pois se mostram como solução prática da vida moderna,
embora os desafios vinculados à segurança e falhas de internet precisam ser considerados.
O último artigo analisado, de Oliveira e Alves (2022), defende a visita das pessoas a
museus virtuais, visto que muitas delas não teriam oportunidade de locomoção pela limitação
geográfica e orçamentária individual. As autoras apontam pesquisas que indicam que uma
solução são as visitas aos museus digitais, que podem ser conhecidos de forma imersiva,
representados de forma realística, e que, sem desconsiderar os museus físicos, favorecem visitas
interativas, com economia de distância e de tempo.
Esses quatro textos apresentam em comum a ideia de que a presença virtual tende a ser
real para professores e estudantes, e que pode ser fortalecida por momentos síncronos, em
webconferências, amparados pela necessária base legal que venha a permitir cursos de
graduação totalmente on-line. Isso tenderá a gerar elementos de valoração às pessoas, do Brasil
e do mundo, sobretudo as que falem a língua portuguesa, que buscam a continuidade e
diversificação da sua formação e querem sua titulação vinculadas às IES públicas pela
qualidade e gratuidade a elas inerentes.
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 16
Essa oportunidade da realização de graduação em IES públicas, de forma totalmente on-
line, passa a ser mais alcançável, visto que, no modelo atual, as IES públicas ficam limitadas
ao espaço físico, alcançando um número mínimo de estudantes, dada à limitação orçamentária,
diferentemente das IES particulares, que têm tido mais condições financeiras de abrir polos de
apoio presencial em mais cidades brasileiras e até fora do Brasil. É realidade que poucos são os
estudantes que têm recursos financeiros para bancar passagens de ônibus ou de avião e
hospedagem, nem que seja uma vez por semestre, para realizar apenas atividades avaliativas
que são perfeitamente exequíveis em ambiente virtual.
A vivência do ensino remoto, não obstante todas as falhas pedagógicas que eclodiram
em diversos espaços educacionais, serviu para mostrar que é possível mudar o conjunto
normativo e, quando do interesse, com a celeridade necessária.
Considerações finais
Após as abordagens vinculadas ao conjunto normativo, Constituição Federal de 1988,
Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96, Decreto n. 5622/2005, Decreto n. 9057/2017 e
Portaria Normativa n. 11/2017, temos que, em 2023, no Brasil, qualquer curso de graduação na
modalidade EaD não pode funcionar totalmente on-line sem autorização da SERES.
Sobre o conceito de presencialidade na EaD, vemos que conta com 18 anos de
discussão, a partir do Decreto n. 5622/2005. Percebemos, ao longo dessa trajetória, que as
vivências e compreensões da presencialidade nos cursos de graduação em EaD têm sofrido
transformações, no sentido de que as interações síncronas on-line se tornam cada vez mais
confortáveis com as plataformas de conferência, como as abordadas neste artigo, RNP e
TeleMeios.
Sem dúvida, o momento da pandemia de COVID-19 ressignificou o conceito de
presencialidade, pois, como discutido neste artigo, as pessoas deram um jeito de que suas
mentes se encontrassem em um ponto de espaço virtual, território possível de aglomerar,
quando seus corpos estavam isolados, em casa. Se isso é possível nas lives do YouTube com os
produtores de conteúdo, porque não seria possível nas salas da RNP e do TeleMeios, para
discussões acaloradas em aulas virtuais?
Todavia, é preciso avançar nesse conceito e nessa luta e estimular novos e importantes
espaços para que sejam definidas políticas normalizadoras da EaD, de modo a dialogar com a
realidade contemporânea de 2023. Essa discussão é fundamental, pois as IES públicas, na oferta
Elizabeth Matos ROCHA e Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 17
dos seus cursos de graduação EaD, perdem espaço para as IES particulares, que conseguem
colocar diversos polos em muitas cidades brasileiras, aumentando sobremaneira suas ofertas e
esvaziando cada vez mais as salas de aula dos cursos presenciais e da EaD blica. É importante
ressaltar que os estudantes das IES públicas são penalizados, pois precisam se deslocar, muitas
vezes de um estado para outro, para a continuidade dos seus cursos de graduação pela
modalidade EaD. Resta, portanto, movimentar os espaços de discussão para balizar as políticas
públicas e atualizar, mais uma vez, o conjunto normativo para que os cursos possam acontecer
totalmente on-line, tal qual foi feito no momento da pandemia.
Finalmente, o aspecto que mais possa ser polêmico e estimule resistência e, porque não
dizer, desconfiança, para que cursos de graduação aconteçam totalmente on-line, se vincula ao
quesito fidedignidade da essência do ser. Quem está fazendo a atividade avaliativa, participando
das aulas é, de fato, o estudante que se matriculou no curso, empenhou seu CPF e recebeu seu
número de matrícula? O Brasil, em seus cursos de graduação on-line, dispõe de técnicas,
recursos humanos e tecnologias que validem e garantam que o estudante matriculado é o mesmo
que se debruça nos estudos, nas interações síncronas nos momentos das aulas e na realização
das avaliações on-line? O estudante conseguirá se manter ético e não pesquisar as respostas das
perguntas das avaliações finais de cada disciplina, por semestre, do seu curso? São mais
perguntas e que carecem de mais pesquisas. Fica, então, esse pano de fundo educacional para
que mais pesquisadores enveredem em busca de respostas, se é que elas já não existam.
REFERÊNCIAS
ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista
Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, São Paulo, v. 10, n. 01, p. 83-92, jan.
2011. Disponível em:
http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf. Acesso em
10 fev. 2023.
AXT, M. Comunidades virtuais de aprendizagem e interação dialógica: do corpo, do rosto e
do olhar. Filosofia Unisinos. São Leopoldo, v.7, n.03, p.256-268, set/dez.2006. Disponível
em: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/6104/3280. Acesso em: 28
abr. 2023.
BRAGA, T. B. M.; FARINHA, M. G. Heidegger: em busca de sentido para a existência.
Phenomenological Studies - Revista da Abordagem Gestáltica, Goiânia, v. XXIII. n. 01,
p.65-73, jan./abr. 2017. Disponível em:
humanahttp://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
68672017000100008. Acesso em: 21 maio 2023.
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 18
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 19 maio
2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n. 5622 de 19 de dezembro de 2005.
Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394/96. Brasília, DF: MEC, 2005. Disponível em
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2005/decreto-5622-19-dezembro-2005-539654-
publicacaooriginal-39018-pe.html. Acesso em: 19 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n. 9057 de 25 de maio de 2017. Regulamenta o
art. 80 da Lei nº 9.394/96. Brasília, DF: MEC, 2017. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9057.htm. Acesso em:
19 maio 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria Normativa n. 11 de 22 de junho de 2017.
Brasília, DF: MEC, 2002. PL 634/1975. Disponível em
https://abmes.org.br/legislacoes/detalhe/2178/portaria-normativa-n-11. Acesso em: 19 maio
2023.
BURGESS, J.; GREEN, J. YouTube e a Revolução Digital: como o maior fenômeno da
cultura participativa transformou a mídia e a sociedade. Tradução: Ricardo Giassetti. São
Paulo: Aleph, 2009. E-book. Disponível em
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2205278/mod_resource/content/1/Burgess%20et%20
al.%20-%202009%20-
%20YouTube%20e%20a%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Digital%20Como%20o%20ma
ior%20fen%C3%B4meno%20da%20cultura%20participativa%20transformou%20a%20m%C
3%ADdia%20e%20a%20socieda.pdf. Acesso em: 21 maio 2023.
DARROZ, L. M. C.; ROSA, T. W.; SANTOS, S. C. M. Educação digital OnLIFE: uma
revisão nos periódicos da área. Revista Cocar, Belém, v. 18, n. 36, p. 1-16, fev. 2023.
Disponível em: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/5382. Acesso em: 06
maio 2023.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. 34. ed. Rio de
Janeiro: [s. n.], 1997. v. 5.
ENES, E. N. S.; BICALHO, M. G. P. Desterritorialização/reterritorialização: processos
vivenciados por professoras de uma escola de educação especial no contexto da educação
inclusiva. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 30, n. 01, p. 189-214, mar. 2014.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/edur/a/s9hTrTjxknZLc9mKvFgH74x/?lang=pt.
Acesso em: 20 maio 2023.
HAESBAERT, R.; BRUCE, G. A Desterritorialização na obra de Deleuze e Guattari.
GEOgraphia, Niterói, v. 4, n. 07, p. 7-22, set. 2002. Disponível em:
https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13419/8619. Acesso em: 20 maio 2023.
ITO, L. L. Revolução do conhecimento. Revista Comunicação Midiática, Bauru (SP), v. 5,
n. 1, p. 164-167, set./dez. 2010. Disponível em:
Elizabeth Matos ROCHA e Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 19
https://www.academia.edu/12890020/Cultura_de_Converg%C3%AAncia_resenha. Acesso
em: 21 maio 2023.
NETO, H. B. Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. Educação em
Debate, Fortaleza, ano 21, n. 37, p. 135-138, 1999. Disponível em
https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/24440/1/1999_art_hborgesneto.pdf. Acesso em: 26
maio 2023.
OLIVEIRA, M. P. de.; ALVES, L. R. G. Museus digitais e ensino de ciências: uma revisão da
literatura. IENCI. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 27, n. 2, p. 197-
221. ago. 2022. Disponível em:
https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/2797/806https://publi.ludomedia.org/inde
x.php/ntqr/article/view/683/733. Acesso em: 06 maio 2023.
SANTOS, E. EaD, palavra proibida. Educação Online, pouca gente sabe o que é. Ensino
Remoto, o que temos para hoje. Mas qual é mesmo a diferença? #livesdejunho... Notícias,
Revista Docência e Cibercultura, [S. l.], ago. 2020. ISSN: 2594-9004. Disponível em:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119. Acesso em 28
abr. 2023.
SANTOS, E. Escrevivências, ciberfeminismo e ciberdocentes: narrativas de uma mulher
durante a pandemia Covid-19. p.57-74. São Carlos, SP: Pedro & João Editores, 2022. 192 p.
E-book. Disponível em: https://pedroejoaoeditores.com.br/2022/wp-
content/uploads/2022/01/Escrevivencias-Ebook-1.pdf. Acesso em: 28 abr. 2023.
SILVA, A. S. TeleMeios: uma proposta de virtualização do ensino ancorada na sequência
fedathi. 2022. 126 f. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Educação,
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponível em:
https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/69217?mode=full. Acesso em: 03 fev. 2023.
SILVA, D.; MORI, V. NTQR. New Trends In Qualitative Research, Aveiro, v. 13. p. 1-9.
jul. 2022. Disponível em: https://publi.ludomedia.org/index.php/ntqr/issue/view/13. Acesso
em: 06 maio 2023.
SOUSA, L. M. M. et al. Revisões da literatura científica: tipos, métodos e aplicações em
enfermagem. RPER Revista Portuguesa de Enfermagem, Silvalde, v. 1, n. 1, p. 45-54,
2018. Disponível em: https://rper.aper.pt/index.php/rper/article/view/20. Acesso em: 07 abr.
2023.
TORI, R. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em
ensino e aprendizagem. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2010. 258 p. E-book. Disponível em
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5147288/mod_resource/content/1/Educa%C3%A7%
C3%A3o%20Sem%20Dist%C3%A2ncia.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023.
Valente, J. A. Blended Learning e as Mudanças no Ensino Superior: a proposta da sala de aula
invertida. Educar em Revista, v. esp. 4, p. 79-97, 2014. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/er/a/GLd4P7sVN8McLBcbdQVyZyG/?format=pdf&lang=pt. Acesso
em: 26 maio 2023.
Presencialidade em ambiente on-line: Implicações de um conceito em construção na EaD brasileira
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 20
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Agradeço à EaD/UFGD pela autorização para realização desta pesquisa
e, também, ao PPGE/UFC pelo aceite desta pesquisa de Pós-Doutorado, de novembro/2022
a junho/2023.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Sem necessidade de aprovação no Comitê de Ética.
Disponibilidade de dados e material: Os dados desta pesquisa foram obtidos no site
Google Acadêmico.
Contribuições dos autores: A autora principal fez a pesquisa sobre o estado da arte, coleta,
análise, interpretação dos dados e redação do texto. O segundo autor fez a validação do
levantamento teórico, dos dados, bem como a revisão geral do texto da pesquisa.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 1
PRESENCIALIDAD EN EL ENTORNO ONLINE: IMPLICACIONES DE UN
CONCEPTO EN CONSTRUCCIÓN EN EL EAD BRASILEÑO
PRESENCIALIDADE EM AMBIENTE ON-LINE: IMPLICAÇÕES DE UM CONCEITO
EM CONSTRUÇÃO NA EAD BRASILEIRA
PRESENTIALITY IN ONLINE ENVIRONMENT: IMPLICATIONS OF A CONCEPT
UNDER CONSTRUCTION IN BRAZILIAN DISTANCE LEARNING
Elizabeth Matos ROCHA1
e-mail: elizabethrocha@ufgd.edu.br
Hermínio BORGES NETO2
e-mail: herminio@multimeios.ufc.br
Cómo hacer referencia a este artículo:
ROCHA, E. M.; BORGES NETO, H. Presencialidad en el entorno
online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD
brasileño. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212
| Presentado en: 30/06/2023
| Revisiones requeridas en: 24/07/2023
| Aprobado en: 15/08/2023
| Publicado en: 12/09/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados – MS – Brasil. Profesora Asociada 3 de la Facultad
de Educación a Distancia de la UFGD. Pasantía posdoctoral en Educación (UFC).
2
Universidad Federal do Ceará (UFC), Fortaleza – CE Brasil. Profesor titular jubilado de la UFC. Profesor titular
del Programa de Postgrado en Educación de la UFC.
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 2
RESUMEN: Este trabajo discute si el concepto de presencia en un entorno en línea (online) es real
para las interacciones sincrónicas entre profesores y estudiantes, configurando más realidad y
proximidad en el momento de los estudios. El objetivo fue investigar si el estado del arte sobre el
concepto de presencia en un ambiente en línea presenta literatura que apunta al redimensionamiento
del concepto de presencia en los cursos de graduación ofrecidos en la modalidad a distancia. La
investigación, como revisión bibliográfica, narrativa, exploratoria, se realizó en cuatro sitios,
utilizando palabras clave, en el marco temporal de 2020.1 a 2023.1, sobre el concepto de presencia
en un entorno en línea, de los cuales solo Google Académico arrojó resultados que fueron en línea
con la redefinición de la presencia online basada en el fortalecimiento de la interacción sincrónica
en las webconferencias. Se concluye que, a pesar del aumento significativo de los cursos de
graduación de educación a distancia en Brasil en la última década, existe la necesidad de
investigaciones que fortalezcan el concepto de presencia en línea y que incluso pueden repercutir
en la actualización del conjunto normativo que trata de esta modalidad educativa.
PALABRAS CLAVE: Presencialidad. Virtual. En línea. Conferencia web. Educación a distancia.
RESUMO: O trabalho discute se a concepção da presencialidade em ambiente on-line é real para
interações síncronas entre professores e estudantes, configurando mais realidade e proximidade
no momento dos estudos. Objetivou-se investigar se o estado da arte sobre o conceito de
presencialidade em ambiente on-line apresenta literatura que aponte para o redimensionamento
do conceito de presencialidade em cursos de graduação ofertados na modalidade a distância. A
pesquisa, enquanto revisão bibliográfica, narrativa, do tipo exploratória, foi feita em quatro sites,
utilizando-se palavras-chave, no recorte temporal de 2020.1 a 2023.1, sobre o conceito de
presencialidade em ambiente on-line, dos quais apenas o Google Acadêmico retornou resultados
que se coadunam com a ressignificação da presencialidade on-line tendo como base o
fortalecimento da interação síncrona em webconferências. Conclui-se que, apesar do aumento
expressivo de cursos de graduação em EaD no Brasil, na última década, necessidade de
pesquisas que fortaleçam o conceito de presencialidade on-line e que possam reverberar, inclusive,
na atualização do conjunto normativo que trata dessa modalidade educacional.
PALAVRAS-CHAVE: Presencialidade. Virtual. On-line. Webconferência. Educação a distância.
ABSTRACT: The work discusses whether the concept of presence in an online environment is real
for synchronous interactions between teachers and students, configuring more reality and proximity
at the time of studies. The objective was to investigate whether the state of the art on the concept of
presence in an online environment presents literature that points to the resizing of the concept of
presence in undergraduate courses offered in the distance modality. The research, as a
bibliographical, narrative, exploratory review, was carried out on four sites, using keywords, in the
time frame from 2020.1 to 2023.1, on the concept of presence in an online environment, from which
only Google Scholar returned results that were in line with the redefinition of online presence based
on the strengthening of synchronous interaction in web conferences. It is concluded that, despite
the significant increase in distance education undergraduate courses in Brazil in the last decade,
there is a need for research that strengthens the concept of online presence and that can even
reverberate in the updating of the normative set that deals with this educational modality.
KEYWORDS: Presence. Virtual. Online. Web conference. Distance education.
Elizabeth Matos ROCHA y Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 3
Introdução
¿Es real la presencia en un entorno online ? Sin duda, esta es una pregunta retórica,
especialmente cuando leemos el capítulo 10 - Realidad virtual - de Tori (2010, p. 151-152,
nuestra traducción), en el que el autor, en la primera década del siglo XXI, señaló las
posibilidades educativas de "interacción en tiempo real, en un entorno educativo
tridimensional". No era una voz aislada. El matemático Borges Neto, desde 1999, ha estado
avanzando en TeleMeios, "mientras que el entorno de teleaprendizaje consiste en una estructura
telemática multimedia que incorpora, sonido, imagen, texto, correo y una interfaz compartida
entre profesor y alumno", según Silva (2022, p. 60, nuestra traducción).
Sin embargo, si el uso computacional, bajo el sesgo pedagógico, en el apoyo a la
enseñanza aún no ha encontrado satisfactoriamente su papel en la educación básica brasileña,
no se puede decir lo mismo de la Educación a Distancia (EaD) en la educación superior en
nuestro país (VALENTE, 2014). Según datos extraídos del INEP
3
, el EaD, en los cursos de
pregrado, creció un 474% en una década, de 2011 a 2021. Este salto cuantitativo nace de la
búsqueda de miles de personas para la continuidad de sus estudios por parte de EaD. Este hecho
puede ser analizado bajo al menos tres aspectos. El primero se refiere al conjunto normativo
para la apertura y operación de cursos de pregrado en la modalidad a distancia. El segundo está
vinculado al avance rápido y consistente de las tecnologías de la información y la comunicación
en formato digital, y el tercero vincula la educación a distancia con el universo empresarial y,
por lo tanto, ha despertado el interés de varios grupos educativos de la iniciativa privada.
Para entender el primer aspecto, tenemos que el escenario y la base legal actual que
rigen el EaD en la educación superior brasileña se basan en la Constitución Federal de 1988 y
la Ley 9394, de 1996, que trata de las Directrices y Bases de la Educación Nacional, y en su
Art. 80 fomenta, por parte del Gobierno, el desarrollo y la difusión de programas de educación
a distancia en todos los niveles y modalidades de educación.
Esta base legal apoyó acciones como la creación del consorcio CEDERJ en 2000 y la
creación del Sistema de Universidad Abierta de Brasil en 2005 (ALVES, 2011). La creación y
oferta de cursos de pregrado en la modalidad a distancia requirió la regulación del Art. 80 de la
LDB 9394/96, teniendo en el Decreto n. 5622/2005 esta función inicial. En este Decreto, si bien
3
INEP - Instituto Nacional de Estudios e Investigaciones Educativas Anísio Teixeira - Datos del Censo 2021.
Búsqueda disponible en https://www.gov.br/inep/pt-br/assuntos/noticias/censo-da-educacao-superior/ensino-a-
distancia-cresce-474-em-uma-
decada#:~:text=Em%202021%2C%20foram%20mais%20de,queda%20de%208%2C3%25. Acceso en: 10 dic.
2022.
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 4
se defendía la mediación didáctico-pedagógica entre docentes y alumnos a través de las
tecnologías de la información y la comunicación, no solo existía la obligación de que las
evaluaciones fueran presenciales, sino que los resultados obtenidos en estas evaluaciones
prevalecieran sobre los demás resultados extraídos en las otras formas de evaluación realizadas,
en particular, en línea, durante el desempeño de una disciplina.
El Decreto 5622/2005 fue derogado por el Decreto nº 9057/2017, que está en vigor,
y que tiene en la Ordenanza Normativa n.º 11/2017 las normas para la acreditación de
instituciones y la oferta de cursos de educación superior a distancia. El Decreto 9057/2017,
a su vez, fortalece la concepción del desarrollo de la educación a distancia más allá del uso de
medios y tecnologías de la información y la comunicación, ya que agrega personal calificado,
políticas de acceso, monitoreo y evaluaciones compatibles con miras a fortalecer la interacción
y el momento didáctico-pedagógico de los actores educativos, profesionales de la educación y
estudiantes, situados en diferentes lugares y épocas.
El texto del Decreto 9057/2017 indica, sin requisito de obligación, que las actividades
presenciales, entre ellas las evaluaciones previstas en los proyectos pedagógicos, se realicen en
la sede de la institución educativa o en los polos de apoyo presencial y, además, deja libre para
que los resultados de estas evaluaciones sean considerados de acuerdo con la diferenciación
pedagógica y diversificación institucional.
Vemos, por lo tanto, que la comprensión de la presencia del estudiante en el momento
de su evaluación sufre un cambio significativo del Decreto 5622/2005 al Decreto
9057/2017, lo que nos lleva a conjeturas, incluso, que ya es posible desarrollar cursos de
pregrado totalmente en línea. Sin embargo, esto aún no es una realidad en suelo brasileño, ya
que está condicionado a la autorización previa de la Secretaría de Regulación y Supervisión de
la Educación Superior (SERES) para la oferta de cursos de educación superior en la modalidad
de educación a distancia sin la provisión de actividades presenciales, ya sea por una Institución
de Educación Superior pública (IES), que tiene autonomía, o por las IES privadas, como se
señala en el artículo 8, párrafo primero, de la Ordenanza Normativa n.º 11/2017. Esta vez, para
que podamos tener cursos de pregrado completamente en línea, existe el requisito de cambiar
el documento normativo para este propósito.
El segundo aspecto se discute en este texto para comprender el potencial tecnológico
digital para las interacciones sincrónicas y sus contribuciones a la resignificación del concepto
de presencialidad desde la perspectiva virtual. El tercer aspecto del avance del EaD no es el
Elizabeth Matos ROCHA y Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 5
tema de discusión en este artículo, pero es un tema importante para ser estudiado en un enfoque
específico que se alinee con este tema.
Esta vez, para fortalecer la comprensión de lo que es el presencial virtual, es importante
plantear algunas preguntas, que, sin la pretensión de agotarlas, se vuelve fundamental
considerarlas en el contexto educativo, especialmente en el momento postpandemia por
COVID-19. Desde marzo de 2020 hasta la primera mitad de 2022, fuimos, por así decirlo,
catapultados por la fuerza al aprendizaje remoto, como resultado de un conjunto de regulaciones
ligeramente redactadas que buscaban dar cuenta de la supresión de los momentos presenciales
en las clases para evitar el flujo social para hacer frente a los impactos de la pandemia.
A partir del contexto expuesto, por lo tanto, este artículo investiga el estado del arte
sobre el concepto de presencialidad virtual, a partir del potencial tecnológico para la interacción
sincrónica desde la perspectiva de las vidas, con el fin de extraer de este alcance elementos que
apuntan al redimensionamiento del concepto de presencialidad en los cursos de pregrado
ofrecidos en la modalidad a distancia. Algunas preguntas sobre esta pregunta son inherentes.
¿Tienes que estar juntos, físicamente, en un aula convencional, para estar presentes en clase?
¿Es igualmente válida la existencia e interacción de los sujetos, desde la perspectiva del cara a
cara, en una conferencia web, hoy tan comúnmente llamada en vivo? ¿Hay aspectos que
maximicen la perspectiva de la presencia física a expensas de la presencia virtual en las clases?
Esta realidad apunta a la necesidad de investigar si el concepto de presencial, desde la
perspectiva virtual, para quienes estudian en cursos de pregrado a través de la modalidad de
Educación a Distancia, ha sufrido alguna transformación desde 2020. ¿Las vidas, en momentos
previamente acordados entre profesores y alumnos, reemplazan satisfactoriamente los
momentos presenciales? ¿Hay literatura sobre este tema? Las tecnologías de las salas de
conferencias hoy en día cumplen satisfactoriamente lo que llamamos el concepto de cara a cara,
es decir, ¿garantizan la fiabilidad de la producción intelectual de quienes están siendo
evaluados?
Para comprender mejor estas cuestiones, se buscó identificar los cambios tecnológicos
que ocurrieron en las herramientas que favorecen la enseñanza simultánea entre profesor y
estudiantes, con énfasis en la herramienta de conferencia web desarrollada por la Red Nacional
de Investigación (RNP), considerando que el campo de análisis está vinculado al espacio de la
red federal de educación superior. Eso es lo que veremos en los próximos temas.
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 6
Concepción de la presencia virtual
En la lectura de Axt (2006, p. 257, nuestra traducción), el autor nos muestra que la
discusión en torno a la "necesidad o no de reuniones presenciales, la frecuencia de las mismas
o los períodos en que deben realizarse", en particular, en los cursos de pregrado en la modalidad
EaD, ya formaba parte del conjunto de preocupaciones de quienes ofrecían estos cursos. Como
se ve en la introducción de este trabajo, de 2000 a 2006 se produjeron las primeras iniciativas
reales de la oferta de cursos de grado en EaD, y la preocupación por la presencia de estudiantes
en las actividades evaluativas, en las IES o polos, por ejemplo, destinadas a responder a la
"supuesta calidad de la enseñanza", como señala Axt (2006, p. 257, nuestra traducción).
Sabemos que la forma en que la clase se desarrolla en la EaD es completamente diferente
de la clase en el aula, pero no es menos calificada o importante. La imposición de la presencia
física, para clases y momentos evaluativos en las IES o polos, de profesores y estudiantes de
cursos en la modalidad de EaD, por el supuesto de que esto genera más credibilidad a las
acciones pedagógicas, configura una transposición errónea del modelo de enseñanza presencial
al modelo de enseñanza de EaD.
La perspectiva del cara a cara no debe reflejar en la educación a distancia la misma
concepción de presencia que se traduce en enseñanza presencial. Son formatos de enseñanza
diferentes y deben ser respetados en sus diferencias. Aunque el EaD en Brasil surge
efectivamente en la primera década del siglo XX, es cierto que la vestimenta pedagógica es
diferente. Por lo tanto, el método de enseñanza, aprendizaje y evaluación desarrollado en los
cursos de educación a distancia también tiende a ser resignificado. Si en la enseñanza presencial
la interacción es inmanente por la presencia del cuerpo orgánico del profesor y del alumno, en
el EaD la interacción virtual del profesor y el alumno es inmanente, en la perspectiva defendida
por Axt (2006, p. 260, nuestra traducción):
Sin duda, el lenguaje verbal aumenta la interacción entre los humanos,
transfigurando una vez más la noción de interacción. Con el lenguaje verbal,
la interacción a través del diálogo (día a través de/entre; logos discurso) sufre
un importante desapego en relación con el cuerpo orgánico stricto sensu,
transmutándose en una interacción "a través de los discursos o entre los
discursos", constituyendo un nuevo plan de consistencia para la interacción.
Hay como si fuera un abandono de un territorio, el territorio corporal orgánico,
pero simultáneamente, para existir, la interacción alcanza una nueva
consistencia.
Esta nueva conciencia adquiere la comprensión de que las relaciones de interacción
entre sujetos mediadas por las Tecnologías Digitales de la Información y la Comunicación
Elizabeth Matos ROCHA y Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 7
(TDIC), en formatos síncronos o asíncronos, ocurren en espacios / territorios notablemente
virtuales, resignificando y transformando así el concepto de ocupación del territorio, en el que
"la materialidad deja de ser un cuerpo orgánico, para convertirse en una materialidad discursiva
o discursiva", como señala Axt (2006, p. 261, nuestra traducción). En este sentido, los espacios
virtuales en los que tienen lugar las interacciones discursivas permiten la "reterritorialización",
como el "movimiento de construcción del territorio", según Deleuze y Guattari (1997, p. 224
apud HAESBAERT; BRUCE, 2010, p. 8), un pensamiento también presente en la lectura de
Enes y Bicalho (2014, p. 199).
Esta resignificación de la presencia humana en espacios virtuales se evidenció con la
condición de emergencia impuesta por COVID-19, en la que vimos a Brasil y al mundo
encerrados en el interior, desde la primera mitad de 2020 hasta la segunda mitad de 2021, con
el distanciamiento social volviendo gradualmente a la normalidad a partir de la primera mitad
de 2022. En este período, en relación con la educación, encontramos y experimentamos la
publicación de varios documentos normativos del gobierno federal y otros gobiernos estatales
y municipales que validan la enseñanza remota.
Vimos la lucha por la enseñanza presencial, la educación superior y/o la educación
básica, para adaptarse a la propuesta de enseñanza mediada por el TDIC. Estas dificultades
permearon la falta de intimidad de profesores y estudiantes con plataformas digitales para la
difusión de materiales de clase, en formato asíncrono, como MOODLE, y/o Google Classroom,
y también por el carácter diferente de realizar interacciones sincrónicas, a través de las
conferencias en vivo/web conferencias por las plataformas disponibles, como la Red Nacional
de Investigación (RNP), Google Meet, Zoom, Microsoft Teams, YouTube, Facebook,
Instagram y TikTok. También se debe a la fragilidad tecnológica de los ordenadores conectados
a Internet en los hogares de profesores y alumnos.
Sin embargo, aquellos que estudiaron, en este período de tiempo, en cursos de pregrado
y posgrado por EaD, no sintieron absolutamente ninguna dificultad en la continuidad de sus
estudios. Por el contrario, percibieron más comodidad y conveniencia, porque los profesores y
estudiantes no necesitaban viajar para realizar las actividades evaluativas, o parte de ellas, de
acuerdo con el modelo de curso desarrollado por cada IES. Esta facilidad surgió de la lógica de
estudio ya desarrollada.
La lógica de la enseñanza, por parte del profesor, y del aprendizaje, por parte del
estudiante, no cambió, porque la concepción de la presencia virtual no se modificó en relación
con lo que ya había estado haciendo. Las interacciones ocurrieron en momentos simultáneos,
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 8
de conformidad con el calendario de vidas, o en varios momentos, a través de comunicaciones
a través de foro, mensajería, blog, wiki, entre otras herramientas virtuales. Mientras que la
enseñanza presencial se desarrolló, de manera cojeante, la enseñanza remota, EaD, desde la
perspectiva virtual, continuó sin cambios, incluso porque "la enseñanza remota no es educación
a distancia y mucho menos Enseñanza en línea", como señala Santos (2020, p. 68, nuestra
traducción). De 2020 a 2022 vimos el avance incuestionable de las tecnologías digitales para
apoyar el aprendizaje en línea, con énfasis en las interacciones sincrónicas.
Fue incluso durante este período que la producción de contenido en medios digitales por
parte de la sociedad brasileña aumentó significativamente. Si tomamos, por ejemplo, solo la
plataforma YouTube, encontramos que durante el punto crítico de la pandemia hubo un
aumento del 91% en el tiempo de uso de los brasileños de la plataforma en 2020 en comparación
con 2019, según la encuesta ComScore VideoMetrix
4
. Vemos de esta manera que, incluso
encerradas en casa, las personas se trasladaban en masa al espacio virtual y, en línea, buscaban
nuevas formas de aglutinación, configurando la presencia virtual. Después de todo, la gente
necesita a la gente porque coexistimos unos en otros. Solo damos sentido a la existencia en
presencia del otro, como humanidad, desde la perspectiva de Heidegger, como Braga y Farinha
(2017) discuten, y esto se aplica tanto a la presencia física corporal como a la presencia virtual
e incorpórea. Esta vez, el apoyo de la tecnología digital a la comunicación humana, con énfasis
en el aspecto educativo, se abordará en el próximo tema.
Potencial tecnológico digital para interacciones sincrónicas: herramientas disponibles
Para que las personas se encuentren virtualmente, para que se sientan presentes y
cómodas en este espacio, es necesario que se viabilicen herramientas capaces de apoyar la
comunicación humana en la perspectiva interaccional y dialógica, de modo que contemple las
tres formas básicas de comunicación: la primera es la comunicación verbal, en el formato del
lenguaje escrito, hablado o señalado. El segundo es la comunicación no verbal, que incluye las
múltiples formas en que la cara y el cuerpo se comunican. Y el tercero es la comunicación
visual, que utiliza imágenes, pinturas, gráficos, tablas, entre otros recursos.
Aunque es ampliamente conocido socialmente, especialmente en la academia y también
en el área computacional, es importante recordar que internet llegó a Brasil en 1988, por
4
Información disponible en https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/11/09/pandemia-aumenta-em-91-
tempo-de-usuario-brasileiro-no-youtube.htm. Acceso en: 10 dic. 2022.
Elizabeth Matos ROCHA y Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 9
iniciativa del Laboratorio Nacional de Computación Científica (LNCC), cuando, de manera
pionera, ayudó, con el apoyo de la Fundación de Investigación de São Paulo (FAPESP), en la
implementación de redes de comunicación de datos BITNET y RNP
5
. Este marco temporal y
tecnológico nos sirve de faro para reflexionar sobre la velocidad con la que, a partir de entonces,
los sistemas de distribución de transmisión de comunicación, en formato analógico, fueron
dando espacio a opciones tecnológicas que expanden la comunicación humana a escala global,
como señala Ito (2010).
Si la implementación de internet en Brasil, en 1988, fue un hito que avanzó a pasos
agigantados, la llegada de YouTube no se queda atrás. Herramienta creada en 2005, pasó al
dominio de Google en 2006 y demostró ser "uno de los mayores casos de cultura participativa
del mundo", como señalan Burgess y Green (2009, p. 9, nuestra traducción). Y así ha sido con
otras redes sociales que han tenido la capacidad de reunir en territorio virtual a miles de
personas, produciendo y/o consumiendo contenido por video, como Facebook, Instagram,
TikTok y WhatsApp.
Al mismo tiempo, en el mundo de la educación, las líneas de código se han volcado
hacia el desarrollo de entornos virtuales de aprendizaje, como MOODLE, por ejemplo, en el
que los desarrolladores, a partir del feedback de los espacios que ofrecen cursos por EaD, a lo
largo de las últimas dos décadas, han buscado transformarlo de un simple gestor de clases, como
un "entorno instruccional fijo", en la oportuna reflexión de Mattar (2010, p. 63), para un entorno
más interactivo, capaz de incorporar otros medios.
Pero no sólo eso. Chatear con el profesor o compañeros de clase en tiempo real a través
del chat MOODLE VLE ya no es suficiente. Si para el ocio y el entretenimiento la interacción
en tiempo real es posible a través de YouTube, WhatsApp, por ejemplo, ¿por qué no revertir
esta lógica a la educación? Las últimas dos décadas han demostrado la necesidad de quienes
estudian en un entorno virtual de incorporar la interacción cara a cara, en vivo, en color, en
tiempo real. Y como una tecnología tira de la otra, entonces la sala virtual también ha ganado
espacios más elaborados, como Google Meet, Zoom, Teams, RNP y TeleMeios, que favorecen
el presencial virtual en tiempo real y fueron ampliamente difundidos en el momento crucial de
la pandemia de COVID-19.
En el alcance de este artículo, nos limitamos al enfoque de las dos herramientas
desarrolladas con recursos públicos, en este caso, RNP y TeleMeios. El primero, creado en
1989 por el Ministerio de Ciencia y Tecnología para apoyar la infraestructura de internet y
5
Se obtiene más información en https://www.lncc.br/historico. Acceso en: 10 dic. 2022.
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 10
apoyar al entorno académico, actualmente sirve, según el sitio web
6
, alrededor de 600
organizaciones conectadas, más de 4 millones de usuarios, 50 redes comunitarias y ofrece más
de 100 Gb/s de velocidad de conexión. RNP ofrece una plataforma de conferencias en línea
llamada Conferenceweb, disponible gratuitamente para profesores de la Comunidad Académica
Federada (CAFe), y tiene soporte para hasta 150 personas simultáneamente. Está integrado con
MOODLE y Eduplay y tiene la posibilidad de transmitir la sesión a YouTube, de forma que las
vidas se graban automáticamente, siendo posible que el alumno acceda a la clase en un
momento posterior. La conferencia web permite a todos los usuarios participar compartiendo
una cámara y un micrófono. El profesor es el gestor de la sala y puede hacer presente a cualquier
participante. La herramienta proporciona chat entre usuarios, participación por tablero
multiusuario, lista de asistencia, gestión de presentaciones, encuesta, uso compartido con
Google Drive y diseños personalizados. Cada día, la Conferencia Web de RNP se está
volviendo más intuitiva, amigable y de fácil acceso para el profesor y el estudiante.
La herramienta TeleMeios, como parte integral del proyecto Tele-Ambiente, "en
asociación entre el Laboratorio Multimedia y la Maestría en Informática Aplicada (MIA) de la
Universidad de Fortaleza (UNIFOR)", a su vez, desde 1999, fue diseñada con la perspectiva de
"compartir la pantalla de la computadora" para permitir el trabajo colaborativo entre personas
en una situación de trabajo y / o estudio, como señala la investigación de Silva (2022, p. 47).
Una propuesta muy adelantada a su tiempo reconoce Silva (2022, p. 47-48, nuestra traducción),
por el subproyecto CADI, como una "herramienta computacional para el aprendizaje
cooperativo y adaptativo de la metodología de enseñanza", por el subproyecto TeleCABRI,
para el uso de aplicaciones de geometría y TeleVEH, una herramienta para "interactividad en
tiempo real entre los sistemas CADI y TeleCABRI". La herramienta permite la comunicación
en tiempo real por texto, cámara, voz, intercambio de presentaciones e integración con
MOODLE. Es una herramienta que favorece la comunicación en tiempo real, como expresa
Silva (2022, p. 65, nuestra traducción): "Esta situación puede ocurrir cuando profesor y alumno
se autentican al mismo tiempo y se encuentran en el AVE (TeleMeios), sin estar necesariamente
en el mismo espacio físico".
Vemos, por lo tanto, que tanto RNP como la herramienta Telemeios favorecen la
comunicación entre usuarios, simultáneamente, en tiempo real, configurando espacios virtuales
con condiciones para que profesores y estudiantes se desarrollen como comunidades virtuales
de aprendizaje, realizando en esos espacios todas las situaciones inherentes al movimiento
6
Acceso en: https://www.rnp.br/ Acceso en: 10 dic. 2022.
Elizabeth Matos ROCHA y Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 11
pedagógico, como el enfoque teórico conceptual, la discusión de la actividad evaluativa o la
propia actividad evaluativa acompañada de la profesor, cuando es realizado por el alumno.
Contorno metodológico
Para una mayor claridad sobre los hallazgos de esta investigación postdoctoral, se
realizó una búsqueda, con cuatro palabras clave, con un marco de tiempo desde 2020 hasta el
primer semestre de 2023, sobre el concepto de cara a cara en un entorno en nea. Se realizó una
revisión bibliográfica, narrativa y exploratoria (SOUSA et al., 2018). La investigación se
vinculó a una pregunta central: ¿Es real el cara a cara virtual en un entorno en línea? A partir
de esto, se buscó mapear la concepción de la presencialidad en un entorno virtual, de modo que
los datos cuantitativos sobre el tema investigado fueran tabulados, de acuerdo con las Tablas
01 y 02, e interpretados en el tema de discusión de este trabajo.
La trayectoria metodológica contribuyó para que los investigadores identificaran, de
manera consistente, el contenido de la producción sobre la comprensión de la presencia en línea
en los cursos de graduación en la modalidad de EaD, de 2020 a 2023, evidentemente,
considerando la construcción histórica, tecnológica y normativa de la Educación a Distancia en
Brasil, desde la publicación del LDB 9394/98.
Por lo tanto, buscamos investigar la proximidad a las producciones académicas en el
marco temporal de 2020 a 2023, en vista del momento en que Brasil (y el mundo)
experimentaron la pandemia resultante de COVID-19. Sabemos que la enseñanza de la
Educación Básica y Superior funcionó en el modelo remoto, de 2020 a 2022, y en su momento
actual, postpandemia, especialmente en 2023, la enseñanza presencial volvió a la normalidad,
y los cursos de pregrado de EaD continúan en su formato híbrido en cumplimiento del Decreto
Presidencial Nº 9057/2017, que regula el Art. 80 de la LDB 9394/96, y Art. 8 de la Ordenanza
Normativa no. 11/2017, emitida por el Ministerio de Educación (MEC).
La investigación utilizó los siguientes criterios para encuestar la literatura: uso de bases
de datos que publican el texto en portugués y de forma gratuita; marco temporal de 2020 a 2023,
centrándose en la pandemia y el período posterior a la pandemia de COVID-19; uso de 04
palabras clave separadas por operador booleano AND: resignificación AND presencialidad
AND enseñanza AND en nea. Los hallazgos iniciales en las bases de datos consultadas fueron,
cuantitativamente: 1. Revistas CAPES: no se encontraron estudios; 2. Google académico,
considerando la configuración de la herramienta de acuerdo con los siguientes parámetros:
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 12
período específico: 2020 a 2023; clasificación por relevancia; búsqueda en páginas en portugués
y búsqueda en artículos de revisión: se encontraron 110 obras, considerando sólo 108, al final,
ya que hubo repetición de 02 obras; 3. Scielo: no se encontró trabajo y 4. Science Direct: no se
encontró ningún trabajo. De los 110 estudios, 02, en formato de artículo, fueron duplicados y
03 no abrieron el enlace, considerando, por lo tanto, cuantitativamente, 105 trabajos para
análisis, de los cuales sólo 04, tabulados en la Tabla 01, están incluidos en la pregunta y
pregunta de esta investigación, porque tratan de alguna manera con la presencia en un entorno
en línea. Los 101 restantes fueron tabulados en la Tabla 02. En esta investigación, los trabajos
presentados en los Anales de congresos no fueron considerados. A continuación, se muestra la
Tabla 01, que muestra los datos cuantitativos de los hallazgos válidos de esta investigación.
Tabla 01 Sólo trabajos de investigación que versen sobre la resignificación del presencial
vinculado a la docencia online y que versen sobre el redimensionamiento de este concepto
CANTIDAD - INVESTIGACIÓN REALIZADA DE 2020 A 2023
GOOGLE
ACADÉMICO
CAPAS
SCIELO
CIENCIA
DIRECTA
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
4
0
0
0
Fuente: Elaborado por los propios autores
Al hacer la búsqueda en Google Académico, la búsqueda arrojó 04 trabajos: el primero,
artículo, escrito por Darroz, Rosa y Santos (2023); el segundo, un artículo, escrito por Oliveira
y Alves (2022), y el tercero, un artículo, de Silva y Mori (2022); el cuarto, en formato e-book,
escrito por Santos (2022), en el que se analizó un capítulo. Estos cuatro estudios se abordan en
los resultados de esta investigación. A continuación, se muestra la Tabla 02, que muestra los
Elizabeth Matos ROCHA y Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 13
datos cuantitativos de los estudios que no fueron validados para componer como resultado
encontrado.
Tabla 02 Otros trabajos de investigación que utilizan algunas de las palabras clave, pero
que no trabajan el concepto de presencial y se refieren a otros conceptos, situaciones y
aplicaciones
TIPO
CANTIDAD - INVESTIGACIÓN REALIZADA DE 2020 A 2023
GOOGLE ACADÉMICO
CAPAS
SCIELO
CIENCIA
DIRECTA
Artículo
63
0
0
0
TCC
16
0
0
0
Disertación
16
0
0
0
Tesis
2
0
0
0
E-book
4
0
0
0
TOTAL
101
0
0
0
Fuente: Elaborado por los propios autores
Así, en cuanto a los hallazgos cuantitativos presentes en la Tabla 02, también extraída
de Google Académico, de los 101 estudios analizados, se encontró que no prestan atención a la
pregunta de investigación, porque, a pesar de utilizar, en cada texto, una o más de las palabras
clave encontradas en los sitios, están vinculadas a diferentes contextos del concepto de
presencia en línea y, por lo tanto, Aunque están tabulados, no sirven como resultados de esta
investigación.
Discusión de los resultados de la investigación
El análisis de los cuatro estudios cuantificados en la Tabla 01, tres artículos y un capítulo
de libro electrónico, obtenidos en esta investigación, sobre el concepto de presencialidad en un
entorno virtual, se comprende mejor considerando la introducción y concepción de la presencia
virtual realizada en este artículo. Si en el Decreto n. 5622/2005 la presencia física de profesores
y estudiantes de cursos de pregrado por EaD era obligatoria y amplificada, en los Polos y Sedes
de EaD, especialmente para la realización de evaluaciones, en el Decreto n. 9057/2017, esta
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 14
obligación se diluyó para que se realizaran otras actividades del curso, y el ítem de evaluación
comenzó a considerar ambas actividades evaluativas, virtual y presencial, importante y
presencial equitativo. El alcance teórico y tecnológico, de 1996 a 2017, en general, cuestionó
la eficiencia del uso de la computadora en las escuelas, como señala Neto (1999); discutió si
era, de hecho, necesaria la presencia corporal en los Polos y Sedes de EaD, en el discurso de
Axt (2006); estimuló la viabilidad de una educación a distancia con Tori (2010), y trajo la
reflexión de Valente (2014) sobre los cambios significativos en el uso de las tecnologías de la
información y la comunicación en EaD.
A pesar de estas reflexiones y muchas otras voces de investigadores sobre el tema del
uso de las tecnologías de la información en la educación, con énfasis en los cursos de pregrado,
en la modalidad de EaD, fue, de hecho, el contexto derivado del aislamiento y distanciamiento
social impuesto por la pandemia de COVID-19 que trajo, al ámbito educativo de EaD, cambios
que ayudaron a experimentar lo que hasta entonces permanecía en el discurso: Tome todas las
asignaturas de un semestre, durante prácticamente dos años, completamente en línea, de 2020
a 2022. Aunque el conjunto normativo, disponible en el sitio web del MEC
7
, ha establecido la
docencia, en este periodo, como remota, es un consenso, entre quienes desarrollan cursos de
grado por EaD virtual, que este formato de enseñanza no define EaD, porque, mientras que el
momento remoto prevé un traslado del horario semanal de clases al entorno online, EaD tiene
tiempo como un acto continúo movido por comunicaciones asíncronas y, Dentro de ese crono,
los probables momentos sincrónicos.
En este contexto, por lo tanto, viniendo del momento de pandemia y postpandemia, en
busca de aclarar cómo la investigación brasileña ha tratado el concepto de presencia en línea,
tenemos en el texto de Santos (2022) un pensamiento similar y audaz, como Axt (2006, p. 3,
nuestra traducción), cuando pregunta sobre "¿qué garantiza una reunión cara a cara que una
reunión virtual no puede garantizar?". Santos (2022, p. 58), en un texto ligero y dialógico nos
lleva a la reflexión en tres tiempos distintos. La primera, en 2007, cuando retrata que la
educación a distancia era una "palabra prohibida en la Facultad de Educación" y que su acción
docente marcó la diferencia cuando, en ese momento, tomó una disciplina completamente en
línea. ¡Un increíble hito de autonomía didáctica y pedagógica, por parte del profesor Santos,
sin duda! En el segundo momento, el profesor nos traslada al 2009, y nos muestra la frágil
7
Los dictámenes y resoluciones facilitados por el MEC en el momento de la pandemia de COVID-19 están en
http://portal.mec.gov.br/pec-g/33371-cne-conselho-nacional-de-educacao/90771-covid-19. Acceso en: 10 dic.
2022.
Elizabeth Matos ROCHA y Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 15
realidad didáctica y comunicacional de utilizar un blog como soporte para la enseñanza online,
atendiendo al 20% de la carga de trabajo de los cursos a distancia para cursos presenciales.
Finalmente, Santos (2022) retrata el EaD llevada a cabo en la dura realidad social impuesta por
el COVID-19, y la crítica que hace el autor es que los profesores y estudiantes de enseñanza
presencial que han migrado al entorno en línea solo encuentran a sus estudiantes en los días y
horas marcados y así repiten modelos centrados en el profesor y sin aprovechar el potencial de
la cibercultura, pero, en definitiva, defiende la educación a distancia en formato online y online
en formato presencial, con énfasis en las IES públicas.
El artículo de Darroz, Rosa y Santos (2023, p. 2, nuestra traducción), trae un término
contemporáneo llamado OnLIFE, que, en líneas generales, incorpora el conjunto de tecnologías
que contribuyen a la realidad humana hiperconectada y "sugiere una educación desde la
concepción de que las tecnologías y redes digitales ya no pueden verse como simples
herramientas, sino más bien como fuerzas ambientales". Los autores argumentan que esta
confluencia de tecnologías favorece, a través de videollamadas, la "combinación/mezcla del
mundo físico, biológico y digital, en el que, al mismo tiempo que se está en casa, también es
posible estar en los hogares de otras personas, utilizando aplicaciones de videollamadas u otros
TD" (DARROZ; ROSA; SANTOS, 2023, p. 3, nuestra traducción), y no hay diferenciación de
una persona que está conectada o no.
Los otros dos textos, en formato de artículo, abordan el campo de aplicación del uso de
tecnologías que subvencionan las interacciones virtuales síncronas en tiempo real para
resignificar el concepto de presencia online. El artículo de Silva y Mori (2022) muestra que el
proceso comunicacional entre el psicoterapeuta y la persona en psicoterapia es fundamental
para la defensa del proceso de reflexión que se concreta a través del diálogo. Los autores señalan
que el servicio a través de plataformas de conferencia web favorece a ambas partes, el
profesional y la persona atendida, ya que se muestran como una solución práctica de la vida
moderna, aunque los desafíos vinculados a la seguridad y las fallas de Internet deben ser
considerados.
El último artículo analizado, de Oliveira y Alves (2022), defiende las visitas de las
personas a los museos virtuales, ya que muchos de ellos no tendrían la oportunidad de moverse
debido a la limitación geográfica y presupuestaria individual. Los autores apuntan a
investigaciones que indican que una solución son las visitas a museos digitales, que se pueden
visitar de forma inmersiva, representada de forma realista, y que, sin descuidar los museos
físicos, favorecen las visitas interactivas, ahorrando distancia y tiempo.
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 16
Estos cuatro textos tienen en común la idea de que la presencia virtual tiende a ser real
para profesores y estudiantes, y que puede ser fortalecida por momentos sincrónicos, en
conferencias web, apoyados en la base legal necesaria que permitirá cursos de pregrado
totalmente online. Esto tenderá a generar elementos de aprecio a las personas, de Brasil y del
mundo, especialmente aquellos que hablan el idioma portugués, que buscan la continuidad y
diversificación de su educación y quieren que su título esté vinculado a las IES públicas por la
calidad y gratuidad inherentes a ellas.
Esta oportunidad de realizar la graduación en IES públicas, de manera totalmente online,
se vuelve más alcanzable, ya que, en el modelo actual, las IES públicas se limitan al espacio
físico, llegando a un número mínimo de estudiantes, dada la limitación presupuestaria, a
diferencia de las IES privadas, que han tenido más condiciones financieras para abrir polos de
apoyo presencial en más ciudades brasileñas e incluso fuera de Brasil. Es una realidad que
pocos estudiantes tienen los recursos financieros para pagar boletos de autobús o avión y
alojamiento, incluso una vez al semestre, para realizar solo actividades evaluativas que son
perfectamente factibles en un entorno virtual.
La experiencia de la enseñanza a distancia, a pesar de todos los fracasos pedagógicos
que han estallado en diversos espacios educativos, sirvió para mostrar que es posible cambiar
el conjunto normativo y, cuando es de interés, con la velocidad necesaria.
Consideraciones finales
Después de los enfoques vinculados al conjunto normativo, CF de 1988, LDB 9394/96,
Decreto n. 5622/2005, Decreto n. 9057/2017 y Ordenanza Normativa n. 11/2017, tenemos que,
en 2023, en Brasil, cualquier curso de pregrado en la modalidad de EaD no puede funcionar
totalmente en línea sin autorización de SERES.
Sobre el concepto de presencia en EaD, vemos que ya tiene 18 años de discusión, a
partir del Decreto nº 5622/2005. Notamos a lo largo de esta trayectoria que las experiencias y
entendimientos del presencial en los cursos de graduación en EaD han sufrido
transformaciones, en el sentido de que las interacciones sincrónicas en línea se vuelven cada
vez más cómodas con las plataformas de conferencias, como las discutidas en este artículo,
RNP y TeleMeios.
Sin duda, el momento de la pandemia de COVID-19 ha resignificado el concepto de
cara a cara porque, como se discutió en este artículo, las personas han dispuesto que sus mentes
Elizabeth Matos ROCHA y Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 17
se encuentren en un punto de espacio virtual, territorio que puede estar abarrotado, cuando sus
cuerpos estaban aislados, en casa. Si eso es posible en YouTube vive con productores de
contenido, ¿por qué no sería posible en las salas de RNP y TeleMeios, para discusiones
acaloradas en clases virtuales?
Sin embargo, es necesario avanzar en este concepto y en esta lucha y estimular nuevos
e importantes espacios para la definición de políticas normalizadoras de EaD, con el fin de
dialogar con la realidad contemporánea de 2023. Esta discusión es fundamental, porque las IES
públicas, en la oferta de sus cursos de graduación EaD, pierden espacio frente a las IES privadas,
que logran colocar varios polos en muchas ciudades brasileñas, aumentando enormemente sus
ofertas y vaciando cada vez más las aulas de cursos presenciales y educación pública EaD. Es
importante destacar que los estudiantes de las IES públicas son penalizados, porque necesitan
moverse, muchas veces de un estado a otro, para la continuidad de sus cursos de pregrado por
la modalidad de EaD. Queda, por lo tanto, trasladar los espacios de discusión para orientar las
políticas públicas y actualizar, una vez más, el conjunto normativo para que los cursos puedan
realizarse íntegramente en línea, como se hizo en el momento de la pandemia.
Finalmente, el aspecto que puede ser más controvertido y estimular la resistencia y, por
qué no decir, la desconfianza, para que los cursos de pregrado sucedan totalmente en nea, está
vinculado a la cuestión de la confiabilidad de la esencia del ser. ¿Quién está haciendo la
actividad evaluativa, participando en las clases es, de hecho, el estudiante que se inscribió en el
curso comprometió su CPF y recibió su número de registro? ¿Brasil, en sus cursos de pregrado
en línea, tiene técnicas, recursos humanos y tecnologías que validan y garantizan que el
estudiante matriculado es el mismo que se enfoca en estudios, interacciones sincrónicas en el
momento de las clases y evaluaciones en línea? ¿Podrá el estudiante permanecer ético y no
investigar las respuestas a las preguntas de las evaluaciones finales de cada disciplina, por
semestre, de su curso? Estas son más preguntas y necesitan más investigación. Por lo tanto, este
fondo educativo sigue siendo más para que más investigadores se embarquen en la búsqueda
de respuestas, si es que aún no existen.
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 18
REFERENCIAS
ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista
Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, São Paulo, v. 10, n. 01, p. 83-92, jan.
2011. Disponible en:
http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf. Acceso: 10
feb. 2023.
AXT, M. Comunidades virtuais de aprendizagem e interação dialógica: do corpo, do rosto e
do olhar. Filosofia Unisinos. São Leopoldo, v.7, n.03, p.256-268, set/dez.2006. Disponible
en: https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/6104/3280. Acceso: 28 abr.
2023.
BRAGA, T. B. M.; FARINHA, M. G. Heidegger: em busca de sentido para a existência.
Phenomenological Studies - Revista da Abordagem Gestáltica, Goiânia, v. XXIII. n. 01,
p.65-73, jan./abr. 2017. Disponible en:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672017000100008
humanos. Acceso: 21 mayo 2023.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acceso: 19 mayo 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n. 5622 de 19 de dezembro de 2005.
Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394/96. Brasília, DF: MEC, 2005. Disponible en
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2005/decreto-5622-19-dezembro-2005-539654-
publicacaooriginal-39018-pe.html. Acceso: 19 mayo 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n. 9057 de 25 de maio de 2017. Regulamenta o
art. 80 da Lei nº 9.394/96. Brasília, DF: MEC, 2017. Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9057.htm. Acceso: 19
mayo 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria Normativa n. 11 de 22 de junho de 2017.
Brasília, DF: MEC, 2002. PL 634/1975. Disponible en
https://abmes.org.br/legislacoes/detalhe/2178/portaria-normativa-n-11. Acceso: 19 mayo
2023.
BURGESS, J.; GREEN, J. YouTube e a Revolução Digital: como o maior fenômeno da
cultura participativa transformou a mídia e a sociedade. Tradução: Ricardo Giassetti. São
Paulo: Aleph, 2009. E-book. Disponible en
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2205278/mod_resource/content/1/Burgess%20et%20
al.%20-%202009%20-
%20YouTube%20e%20a%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Digital%20Como%20o%20ma
ior%20fen%C3%B4meno%20da%20cultura%20participativa%20transformou%20a%20m%C
3%ADdia%20e%20a%20socieda.pdf. Acceso: 21 mayo 2023.
DARROZ, L. M. C.; ROSA, T. W.; SANTOS, S. C. M. Educação digital OnLIFE: uma
revisão nos periódicos da área. Revista Cocar, Belém, v. 18, n. 36, p. 1-16, fev. 2023.
Elizabeth Matos ROCHA y Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 19
Disponible en: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/5382. Acceso: 06 mayo
2023.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. 34. ed. Rio de
Janeiro: [s. n.], 1997. v. 5.
ENES, E. N. S.; BICALHO, M. G. P. Desterritorialização/reterritorialização: processos
vivenciados por professoras de uma escola de educação especial no contexto da educação
inclusiva. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 30, n. 01, p. 189-214, mar. 2014.
Disponible en: https://www.scielo.br/j/edur/a/s9hTrTjxknZLc9mKvFgH74x/?lang=pt.
Acceso: 20 mayo 2023.
HAESBAERT, R.; BRUCE, G. A Desterritorialização na obra de Deleuze e Guattari.
GEOgraphia, Niterói, v. 4, n. 07, p. 7-22, set. 2002. Disponible en:
https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13419/8619. Acceso: 20 mayo 2023.
ITO, L. L. Revolução do conhecimento. Revista Comunicação Midiática, Bauru (SP), v. 5,
n. 1, p. 164-167, set./dez. 2010. Disponível em:
https://www.academia.edu/12890020/Cultura_de_Converg%C3%AAncia_resenha. Acceso:
21 mayo 2023.
NETO, H. B. Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. Educação em
Debate, Fortaleza, ano 21, n. 37, p. 135-138, 1999. Disponible en
https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/24440/1/1999_art_hborgesneto.pdf. Acceso: 26 mayo
2023.
OLIVEIRA, M. P. de.; ALVES, L. R. G. Museus digitais e ensino de ciências: uma revisão da
literatura. IENCI. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 27, n. 2, p. 197-
221. ago. 2022. Disponible en:
https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/2797/806https://publi.ludomedia.org/inde
x.php/ntqr/article/view/683/733. Acceso: 06 mayo 2023.
SANTOS, E. EaD, palavra proibida. Educação Online, pouca gente sabe o que é. Ensino
Remoto, o que temos para hoje. Mas qual é mesmo a diferença? #livesdejunho... Notícias,
Revista Docência e Cibercultura, [S. l.], ago. 2020. ISSN: 2594-9004. Disponible en:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119. Acceso: 28
abr. 2023.
SANTOS, E. Escrevivências, ciberfeminismo e ciberdocentes: narrativas de uma mulher
durante a pandemia Covid-19. p.57-74. São Carlos, SP: Pedro & João Editores, 2022. 192 p.
E-book. Disponible en: https://pedroejoaoeditores.com.br/2022/wp-
content/uploads/2022/01/Escrevivencias-Ebook-1.pdf. Acceso: 28 abr. 2023.
SILVA, A. S. TeleMeios: uma proposta de virtualização do ensino ancorada na sequência
fedathi. 2022. 126 f. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Educação,
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Disponible en: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119. Acceso: 28 abr. 2023.
Presencialidad en el entorno online: Implicaciones de un concepto en construcción en el EaD brasileño
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 20
SILVA, D.; MORI, V. NTQR. New Trends In Qualitative Research, Aveiro, v. 13. p. 1-9.
jul. 2022. Disponible en: https://publi.ludomedia.org/index.php/ntqr/issue/view/13. Acceso:
06 mayo 2023.
SOUSA, L. M. M. et al. Revisões da literatura científica: tipos, métodos e aplicações em
enfermagem. RPER Revista Portuguesa de Enfermagem, Silvalde, v. 1, n. 1, p. 45-54,
2018. Disponible en: https://rper.aper.pt/index.php/rper/article/view/20. Acceso: 07 abr. 2023.
TORI, R. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em
ensino e aprendizagem. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2010. 258 p. E-book. Disponible en
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5147288/mod_resource/content/1/Educa%C3%A7%
C3%A3o%20Sem%20Dist%C3%A2ncia.pdf. Acceso: 10 feb. 2023.
Valente, J. A. Blended Learning e as Mudanças no Ensino Superior: a proposta da sala de aula
invertida. Educar em Revista, v. esp. 4, p. 79-97, 2014. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/er/a/GLd4P7sVN8McLBcbdQVyZyG/?format=pdf&lang=pt. Acceso:
26 mayo 2023.
CRediT Author Statement
Reconocimientos: Agradezco a la EaD/UFGD por la autorización para realizar esta
investigación y también al PPGE/UFC por la aceptación de esta investigación postdoctoral,
de noviembre/2022 a junio/2023.
Financiación: No aplicable.
Conflictos de intereses: Sin conflictos de intereses.
Aprobación ética: No hay necesidad de aprobación por parte del Comité de Ética.
Disponibilidad de datos y material: Los datos para esta encuesta se obtuvieron del sitio
web de Google Académico
Contribuciones de los autores: El autor principal realizó la investigación sobre el estado
del arte, la recopilación, el análisis, la interpretación de los datos y la redacción del texto.
El segundo autor validó la encuesta teórica, los datos, así como la revisión general del texto
de investigación.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 1
PRESENTIALITY IN ONLINE ENVIRONMENT: IMPLICATIONS OF A CONCEPT
UNDER CONSTRUCTION IN BRAZILIAN DISTANCE LEARNING
PRESENCIALIDADE EM AMBIENTE ON-LINE: IMPLICAÇÕES DE UM CONCEITO
EM CONSTRUÇÃO NA EAD BRASILEIRA
PRESENCIALIDAD EN EL ENTORNO ONLINE: IMPLICACIONES DE UN
CONCEPTO EN CONSTRUCCIÓN EN EL EAD BRASILEÑO
Elizabeth Matos ROCHA1
e-mail: elizabethrocha@ufgd.edu.br
Hermínio BORGES NETO2
e-mail: herminio@multimeios.ufc.br
How to reference this article:
ROCHA, E. M.; BORGES NETO, H. Presentiality in online
environment: Implications of a concept under construction in
Brazilian Distance Learning. Revista Ibero-Americana de
Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-
ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212
| Submitted: 30/06/2023
| Revisions required: 24/07/2023
| Approved: 15/08/2023
| Published: 12/09/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Federal University of Grande Dourados (UFGD), Dourados MS Brazil. Associate Professor 3 based at the
Faculty of Distance Education at UFGD. Undertakes Postdoctoral Internship in Education (UFC).
2
Federal University of Ceará (UFC), Fortaleza – CE – Brazil. Retired full professor at UFC. Permanent professor
of the Postgraduate Program in Education at UFC.
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 2
ABSTRACT: The work discusses whether the concept of presence in an online environment is real
for synchronous interactions between teachers and students, configuring more reality and proximity
at the time of studies. The objective was to investigate whether the state of the art on the concept of
presence in an online environment presents literature that points to the resizing of the concept of
presence in undergraduate courses offered in the distance modality. The research, as a
bibliographical, narrative, exploratory review, was carried out on four sites, using keywords, in the
time frame from 2020.1 to 2023.1, on the concept of presence in an online environment, from which
only Google Scholar returned results that were in line with the redefinition of online presence based
on the strengthening of synchronous interaction in web conferences. It is concluded that, despite
the significant increase in distance education undergraduate courses in Brazil in the last decade,
there is a need for research that strengthens the concept of online presence and that can even
reverberate in the updating of the normative set that deals with this educational modality.
KEYWORDS: Presence. Virtual. Online. Web conference. Distance education.
RESUMO: O trabalho discute se a concepção da presencialidade em ambiente on-line é real para
interações síncronas entre professores e estudantes, configurando mais realidade e proximidade
no momento dos estudos. Objetivou-se investigar se o estado da arte sobre o conceito de
presencialidade em ambiente on-line apresenta literatura que aponte para o redimensionamento
do conceito de presencialidade em cursos de graduação ofertados na modalidade a distância. A
pesquisa, enquanto revisão bibliográfica, narrativa, do tipo exploratória, foi feita em quatro sites,
utilizando-se palavras-chave, no recorte temporal de 2020.1 a 2023.1, sobre o conceito de
presencialidade em ambiente on-line, dos quais apenas o Google Acadêmico retornou resultados
que se coadunam com a ressignificação da presencialidade on-line tendo como base o
fortalecimento da interação síncrona em webconferências. Conclui-se que, apesar do aumento
expressivo de cursos de graduação em EaD no Brasil, na última década, necessidade de
pesquisas que fortaleçam o conceito de presencialidade on-line e que possam reverberar, inclusive,
na atualização do conjunto normativo que trata dessa modalidade educacional.
PALAVRAS-CHAVE: Presencialidade. Virtual. On-line. Webconferência. Educação a distância.
RESUMEN: Este trabajo discute si el concepto de presencia en un entorno en línea (online) es
real para las interacciones sincrónicas entre profesores y estudiantes, configurando más realidad
y proximidad en el momento de los estudios. El objetivo fue investigar si el estado del arte sobre el
concepto de presencia en un ambiente en línea presenta literatura que apunta al
redimensionamiento del concepto de presencia en los cursos de graduación ofrecidos en la
modalidad a distancia. La investigación, como revisión bibliográfica, narrativa, exploratoria, se
realizó en cuatro sitios, utilizando palabras clave, en el marco temporal de 2020.1 a 2023.1, sobre
el concepto de presencia en un entorno en nea, de los cuales solo Google Académico arrojó
resultados que fueron en línea con la redefinición de la presencia online basada en el
fortalecimiento de la interacción sincrónica en las webconferencias. Se concluye que, a pesar del
aumento significativo de los cursos de graduación de educación a distancia en Brasil en la última
década, existe la necesidad de investigaciones que fortalezcan el concepto de presencia en línea y
que incluso pueden repercutir en la actualización del conjunto normativo que trata de esta
modalidad educativa.
PALABRAS CLAVE: Presencialidad. Virtual. En línea. Conferencia Web. Educación a distancia.
Elizabeth Matos ROCHA and Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 3
Introduction
The presence in an online environment is it real? This is undoubtedly a rhetorical
question, especially when we read chapter 10 - Virtual Reality - by Tori (2010, p. 151-152, our
translation), in which the author, in the first decade of the 21st century, pointed out the
educational possibilities of “interaction in real time, in a three-dimensional educational
environment”. It was not an isolated voice. Mathematician Borges Neto, since 1999, has been
advancing TeleMeios, “as a Learning Tele-Environment consisting of a multimedia telematics
structure incorporating sound, image, text, mail and a shared interface between teacher and
student”, according to Silva (2022, p. 60, our translation).
However, if the use of computers, from a pedagogical perspective, in supporting
teaching has not yet found its role satisfactorily in Brazilian basic education, the same cannot
be said about Distance Education (EaD) in higher education in our country (VALENTE, 2014).
According to data extracted from INEP
3
, EaD, in undergraduate courses, grew 474% in a
decade, from 2011 to 2021. This quantitative leap results from the search of thousands of people
to continue their studies through EaD. This fact can be analyzed from at least three aspects. The
first refers to the set of regulations for opening and operating distance learning undergraduate
courses. The second is linked to the rapid and consistent advancement of information and
communication technologies in digital format, and the third links distance learning to the
business universe and, therefore, has aroused the interest of several educational groups in the
private sector.
To understand the first aspect, we have to say that the scenario and the current legal
basis that governs EaD in Brazilian higher education are based on the Federal Constitution of
1988 and Law 9394, of 1996, which deals with the Guidelines and Bases of National Education,
and in its article 80 encourages, on the part of the Public Authorities, the development and
delivery of distance learning programs at all levels and teaching modalities.
This legal basis supported actions such as the creation of the CEDERJ consortium, in
2000, and the creation of the Open University System of Brazil, in 2005 (ALVES, 2011). The
creation and offering of distance learning undergraduate courses required the regulation of Art.
80 of LDB 9394/96, with Decree no. 5622/2005 this initial paper. In this Decree, although
didactic-pedagogical mediation between teachers and students was defended through
3
INEP - National Institute of Educational Studies and Research Anísio Teixeira - 2021 Census Data. Research
available at https://www.gov.br/inep/pt-br/assuntos/noticias/censo-da-educacao-superior/ensino -the-distance-
grows-474-in-a-decade#:~:text=In%202021%2C%20they were%20more%20than,fall%20than%208%2C3%25.
Accessed on: 10 Dec. 2022.
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 4
information and communication technologies, there was not only the obligation that the
evaluations be in person, but that the results obtained in these evaluations prevail over the other
results extracted in the other forms of assessment carried out, notably online, during the
completion of a subject.
Decree no. 5622/2005 was revoked by Decree no. 9057/2017, which is in force, and
which has Normative Ordinance no. 11/2017 the standards for the accreditation of institutions
and the offering of distance higher education courses. Decree no. 9057/2017, in turn,
strengthens the concept of developing distance education beyond the use of information and
communication media and technologies, as it brings together qualified personnel, access
policies, monitoring and evaluations compatible with a view to strengthening interaction and
the didactic-pedagogical moment of educational actors, education professionals and students,
located in different places and times.
The text of Decree no. 9057/2017 indicates, without the requirement of obligation, that
face-to-face activities, including assessments provided for in pedagogical projects, be carried
out at the headquarters of the educational institution or in face-to-face support centers and, also,
leaves freedom for the results of these assessments are considered in accordance with
pedagogical differentiation and institutional diversification.
We see, therefore, that the understanding of the student's presence when carrying out
their assessment undergoes a significant change from Decree no. 5622/2005 for Decree no.
9057/2017, which leads us to conjecture that it is already possible to develop fully online
undergraduate courses. However, this is not yet a reality on Brazilian soil, as it is subject to
prior authorization from the Secretariat for Regulation and Supervision of Higher Education
(SERES) for the provision of higher education courses in the distance learning modality without
the provision of face-to-face activities, whether by a public Higher Education Institution (HEI),
which has autonomy, or by a private HEI, as indicated in the first paragraph of Article 8 of
Normative Ordinance no. 11/2017. Therefore, in order for us to have undergraduate courses
completely online, there is a requirement to change the normative document for this purpose.
The second aspect is discussed in this text in order to understand the digital
technological potential for synchronous interactions and its contributions to the reframing of
the concept of in-person from a virtual perspective. The third aspect of the advancement of
distance learning is not the subject of discussion in this article, however, it is an important topic
to be studied in a specific approach that aligns with this theme.
Elizabeth Matos ROCHA and Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 5
Therefore, to strengthen the understanding of what virtual presence means, it is
important to raise some questions, which, without the intention of exhausting them, it is
essential to consider them in the educational context, especially in the post-pandemic period
resulting from of COVID-19. From March 2020 to the first semester of 2022, we were, so to
speak, forcibly catapulted into remote teaching, as a result of a set of regulations drawn up in a
relaxed manner, which sought to account for the suppression of face-to-face moments in classes,
in order to avoid social flow to deal with the impacts of the pandemic.
Based on the exposed context, therefore, this article investigates the state of the art on
the concept of virtual presence, taking as a basis the technological potential for synchronous
interaction from the perspective of lives, in order to extract from this scope elements that point
to the resizing of the concept of presence in undergraduate courses offered via distance learning.
Some questions about this issue are inherent. Is it necessary to be physically together in a
conventional classroom to be present in class? Is the existence and interaction of subjects, from
the perspective of in-person, equally valid in a web conference, now commonly called live? Are
there aspects that maximize the perspective of physical presence to the detriment of virtual
presence in classes?
This reality points to the need to investigate whether the concept of in-person presence,
from a virtual perspective, for those studying undergraduate courses in the Distance Education
modality, has undergone any transformation since 2020. The lives, at times previously agreed
between teachers and students, satisfactorily replace face-to-face moments? Is there literature
on this topic? Do conference room technologies today satisfactorily meet what we call the
concept of presence, that is, do they guarantee the reliability of the intellectual production of
those being evaluated?
In order to better understand these issues, we sought to identify the technological
changes that occurred in the tools that favor simultaneous teaching between teachers and
students, with emphasis on the web conferencing tool developed by the National Research
Network (RNP), considering that the The field of analysis is linked to the space of the federal
higher education network. This is what we will see in the next topics.
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 6
Virtual presence design
Reading Axt (2006, p. 257, our translation), the author shows us that the discussion
around the “need or not for face-to-face meetings, their frequency or the periods in which they
should take place”, notably, in undergraduate courses in the distance learning modality, it was
already part of the set of concerns of those who offered these courses. As seen in the
introduction to this work, from 2000 to 2006 there were the first real initiatives to offer
undergraduate courses in distance learning, and the concern with the presence of students in
assessment activities, in HEIs or centers, for example, aimed to respond to the “alleged quality
of teaching”, as Axt (2006, p. 257, our translation) points out.
We know that the way the class takes place in distance learning is completely different
from the classroom teaching, but that doesn't mean it is any less qualified or important. The
imposition of physical presence, for classes and evaluation moments in HEIs or centers, of
teachers and students of distance learning courses, based on the assumption that this generates
more credibility for pedagogical actions, constitutes a mistaken transposition of the face-to-face
teaching model to the of EaD teaching.
The perspective of presence should not reflect in EaD the same conception of presence
that is reflected in face-to-face teaching. They are different teaching formats and must be
respected in their differences. Although distance learning in Brazil actually emerged in the first
decade of the 20th century, it is certain that the pedagogical approach is different. This time,
the teaching, learning and assessment methods developed in distance learning courses also tend
to be redefined. If in face-to-face teaching the interaction through the presence of the organic
body of teachers and students is immanent, in EaD the virtual interaction of teachers and
students is immanent, in the perspective defended by Axt (2006, p. 260, our translation):
Without a doubt, verbal language increases interaction between humans, once
again transfiguring the notion of interaction. With verbal language, interaction
through dialogue (day-through/between; logos discourse) undergoes an
important detachment in relation to the organic body stricto sensu,
transmuting into an interaction “through discourses or between discourses”,
constituting a new plane consistency for the interaction. There is a sort of
abandonment of a territory, the organic bodily territory, but simultaneously,
in order to exist, the interaction reaches a new consistency.
This new awareness acquires the understanding that interactional relationships between
subjects mediated by Digital Information and Communication Technologies (DIT), in
synchronous or asynchronous formats, take place in notably virtual spaces/territories, giving
new meaning and transforming, therefore, the concept of occupation of the territory, in which
Elizabeth Matos ROCHA and Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 7
“materiality ceases to be organic bodily, to become a discursive or discourse materiality”, as
Axt (2006, p. 261, our translation) points out. In this sense, the virtual spaces in which
discursive interactions take place allow “reterritorialization”, such as the “territory construction
movement”, according to Deleuze and Guattari (1997, p. 224 apud HAESBAERT; BRUCE,
2010, p. 8), a thought also present in the reading of Enes and Bicalho (2014, p. 199).
This resignification of human presence in virtual spaces was evidenced by the
emergency condition imposed by COVID-19, in which we saw Brazil and the world locked
indoors, from the first half of 2020 to the second half of 2021, with social distancing, gradually,
returning to normality from the first half of 2022. During this period, in relation to education,
we saw and experienced the publication of several normative documents from the federal
government and other state and municipal governments validating remote teaching.
We saw the struggle for face-to-face teaching, higher education and/or basic education,
to adapt to the teaching proposal mediated by TDIC. These difficulties were due to the lack of
familiarity between teachers and students with digital platforms for transmitting class materials,
in an asynchronous format, such as MOODLE, and/or Google Classroom, and also due to the
different nature of carrying out synchronous interactions, through lives/ web conferences made
possible by available platforms, such as the National Research Network (RNP), Google Meet,
Zoom, Microsoft Teams, YouTube, Facebook, Instagram and TikTok. It is also due to the
technological fragility of computers connected to the internet in the homes of teachers and
students.
However, those who studied, in this period of time, in undergraduate and postgraduate
courses at EaD, felt absolutely no difficulty in continuing their studies. On the contrary, they
perceived more comfort and convenience, as teachers and students did not need to travel to
carry out assessment activities, or part of them, in accordance with the course model developed
by each HEI. This ease resulted from the study logic already developed.
The logic of teaching, on the part of the teacher, and learning, on the part of the student,
did not change, as the conception of virtual presence was not modified in relation to what they
had already been doing. Interactions took place at simultaneous moments, in compliance with
the live calendar, or at different times, through communications via forum, messenger, blog,
wiki, among other virtual tools. While face-to-face teaching was developing remote teaching,
EaD, from a virtual perspective, continued without change, even because “remote teaching is
not EAD, much less Online Teaching”, as Santos points out (2020, p. 68, our translation). From
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 8
2020 to 2022 we saw the unquestionable advancement of digital technologies to support online
teaching, with an emphasis on synchronous interactions.
It was also during this period that the production of content in digital media by Brazilian
society increased significantly. If we take, for example, just the YouTube platform, we see that
during the critical point of the pandemic there was a 91% increase in the time Brazilians used
the platform in 2020 compared to 2019, according to the ComScore survey VideoMetrix
4
. We
see in this way that, even when locked at home, people moved en masse to the virtual space
and, online, sought new forms of gathering, configuring virtual presence. After all, people need
people, because we coexist with each other. We only make sense of existence in the presence
of the other, as humanity, from Heidegger's perspective, as discussed by Braga and Farinha
(2017), and this applies to both the corporeal physical presence and the virtual, incorporeal
presence. Therefore, the support of digital technology for human communication, with an
emphasis on the educational aspect, will be addressed in the next topic.
Digital technological potential for synchronous interactions: available tools
In order for people to meet virtually, so that they feel present and comfortable in this
space, tools must be made available that are capable of supporting human communication from
an interactional and dialogic perspective, in a way that encompasses the three basic forms of
communication: The first is verbal communication, in the format of written, spoken or signed
language. The second is non-verbal communication, which includes the multiple ways in which
the face and body communicate. And the third is visual communication, which uses images,
paintings, graphs, tables, among other resources.
Although it has broad social knowledge, especially in the academic world and also in
the computational area, it is important to remember that the internet arrived in Brazil in 1988,
on the initiative of the National Scientific Computing Laboratory (LNCC), when, in a
pioneering way, helped, with the support of the São Paulo Research Foundation (FAPESP), in
the implementation of BITNET and RNP data communication networks
5
. This temporal and
technological framework serves as a guide so that we can reflect on the speed with which, from
then on, communication delivery distribution systems, in analog format, gave way to
4
Information available at https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/11/09/pandemia-aumenta-em-91-
tempo-de-usuario-brasileiro-no-youtube.htm. Accessed on: 10 Dec. 2022.
5
More information can be found at https://www.lncc.br/historico. Accessed on: 10 Dec. 2022.
Elizabeth Matos ROCHA and Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 9
technological options that expand human communication on a global scale, as Ito (2010) points
out.
If the implementation of the internet in Brazil, in 1988, was a milestone that took leaps
forward, the arrival of YouTube is not far behind. A tool created in 2005, it became the domain
of Google in 2006 and proved to be “one of the biggest cases of participatory culture in the
world”, as highlighted by Burgess and Green (2009, p. 9). And so it has been with other social
media that have had the capacity to bring together thousands of people in virtual territory,
producing and/or consuming video content, such as Facebook, Instagram, TikTok and
WhatsApp.
At the same time, in the world of education, lines of code turned to the development of
virtual learning environments, such as MOODLE, for example, in which developers, based on
feedback from spaces that offer distance learning courses, over the last two decades, have
sought to transform it from a simple class manager, as a “fixed instructional environment”, in
the timely reflection of Mattar (2010, p. 63), to a more interactive environment, capable of
incorporating other media.
But not only that. Chatting with the teacher or classmates in real time via AVA
MOODLE chat is no longer enough. If real-time interaction is possible for leisure and
entertainment through YouTube, WhatsApp, for example, why not reverse this logic for
education? The last two decades have shown the need for those who study in a virtual
environment to incorporate face -to- face interaction, live, in color, in real time. And since one
technology leads to another, the virtual room also gained more elaborate spaces, such as Google
Meet, Zoom, Teams, RNP and TeleMeios, which favor virtual presence in real time and were
widely disseminated at a crucial time of the COVID-19 pandemic.
Within the scope of this article, we limit ourselves to the approach of two tools
developed with public resources, in this case, RNP and TeleMeios. The first, created in 1989,
by the Ministry of Science and Technology to support internet infrastructure and academic
support, currently serves, according to the website, around 600
6
connected organizations, more
than 4 million users, 50 community networks and offers more than 100 Gb/s connection speed.
RNP offers an online conference platform called Conferenceweb, available free of charge to
professors in the Federated Academic Community (CAFe), and supports up to 150 people
simultaneously. It is integrated with MOODLE and Eduplay and has the possibility of
transmitting the session to YouTube, so that the lives are automatically recorded, making it
6
Accessed at: https://www.rnp.br/ Accessed on: 10 Dec. 2022.
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 10
possible for the student to access the class at a later time. The Web Conference allows all users
to participate by sharing a camera and microphone. The teacher is the room manager and can
make any participant the presenter. The tool provides chat between users, participation via
multi-user board, attendance list, presentation management, poll management, sharing with
Google Drive and personalized layouts. Every day the RNP Web Conference is becoming more
intuitive, friendly and easily accessible for teachers and students.
The TeleMeios tool, as an integral part of the Tele-Ambiente project, “in partnership
between the Multimeios Laboratory and the Masters in Applied Informatics (MIA) at the
University of Fortaleza (UNIFOR)”, in turn, since 1999, was designed with the perspective of
“computer screen sharing” to enable collaborative work between people in a work and/or study
situation, as shown by Silva’s research (2022, p. 47). A proposal far ahead of its time,
recognizes Silva (2022, p. 47-48, our translation), for the CADI subproject, as a “computational
tool for cooperative and adaptive learning of teaching methodology”, for the TeleCABRI
subproject, for the use of geometry applications and TeleVEH, a tool for “real-time interactivity
between CADI and TeleCABRI systems”. The tool allows real-time communication via text,
camera, voice, presentation sharing and integration with MOODLE. It is a tool that favors real-
time communication, as expressed by Silva (2022, p. 65, our translation): “This situation can
happen when teacher and student authenticate at the same time and meet on AVE (TeleMeios),
without necessarily meeting on the same physical space.”
We see, therefore, that both RNP and the Telemeios tool favor communication between
users, simultaneously, in real time, configuring virtual spaces with conditions so that teachers
and students can develop as virtual learning communities, performing in these spaces all
situations inherent to the pedagogical movement, such as the conceptual theoretical approach,
the discussion of the assessment activity or the assessment activity itself accompanied by the
teacher, when carried out by the student.
Elizabeth Matos ROCHA and Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 11
Methodological design
For greater clarity regarding the findings of this post-doctoral research, a search was
carried out, with four keywords, with a time frame from 2020 to the first half of 2023, on the
concept of face-to-face in an online environment. An exploratory, narrative, bibliographical
review was carried out (SOUSA et al., 2018). The research was linked to a central question: Is
virtual presence in an online environment real? From this, we sought to map the concept of in-
person presence in a virtual environment, so that the quantitative data on the researched topic
were tabulated, according to Tables 01 and 02, and interpreted in the discussion topic of this
work.
The methodological trajectory contributed to researchers consistently identifying the
content of production on the understanding of online presence in undergraduate courses in the
distance learning modality, from 2020 to 2023, evidently considering the historical,
technological and normative construction of EaD in Brazil, since the publication of LDB
9394/98.
We sought to investigate proximity to academic productions in the time frame from
2020 to 2023, given the moment that Brazil (and the world) experienced the pandemic resulting
from COVID-19. We know that Basic and Higher Education teaching worked in the remote
model, from 2020 to 2022, and in its current moment, post - pandemic, notably in 2023, in-
person teaching returned to normal, and distance learning undergraduate courses continue in
their hybrid format in compliance with Presidential Decree no. 9057/2017, which regulates Art.
80 of LDB 9394/96, and Art. 8 of Normative Ordinance no. 11/2017, issued by the Ministry of
Education (MEC).
The research used the following criteria to survey the literature: use of databases that
release the text in Portuguese and free of charge; time frame from 2020 to 2023, as it focuses
on the COVID-19 pandemic and post-pandemic period; use of 04 keywords separated by a
Boolean operator AND: resignification AND in-person AND teaching AND online. The initial
findings in the databases consulted were, quantitatively: 1. CAPES periodicals: no work found;
2. Google Scholar, considering the configuration of the tool according to the following
parameters: specific period: 2020 to 2023; ordering by relevance; search on pages in Portuguese
and search on review articles: 110 works were found, considering only 108, in the end, as there
was a repetition of 02 works; 3. Scielo: no work found and 4. Science Direct: no work found.
Of the 110 works, 02, in article format, proved to be duplicates and 03 did not open the link,
therefore considering, quantitatively, 105 works for analysis, of which only 04, tabulated in
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 12
Table 01, fall within the question and question of this research, as they deal in some way with
face-to-face presence in an online environment. The remaining 101 were tabulated in Table 02.
Work presented in conference proceedings was not considered in this research. Below is Table
01, which shows the quantitative data of the valid findings of this research.
Table 01 Only research works that deal with the redefinition of face-to-face teaching linked
to online teaching and that deal with the resizing of this concept
QUANTITY - RESEARCH DONE FROM 2020 TO 2023
ACADEMIC
GOOGLE
CAPES
SCIELO
SCIENCE
DIRECT
3
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
1
0
0
0
4
0
0
0
Source: Prepared by the authors themselves
When searching on Google Scholar, the search returned 04 works: the first, an article,
authored by Darroz, Rosa and Santos (2023); the second, article, authored by Oliveira and Alves
(2022), and the third, article, by Silva and Mori (2022); the fourth, in e-book format, authored
by Santos (2022), in which a chapter was analyzed. These four works are addressed in the
results of this research. Below is Table 02, which shows the quantitative data of the works that
were not validated to compose the results found.
Elizabeth Matos ROCHA and Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 13
Table 02 Other research works that use some of the keywords, but do not work on the
concept of presence and refer to other concepts, situations and applications
TYPE
QUANTITY - RESEARCH DONE FROM 2020 TO 2023
ACADEMIC GOOGLE
CAPES
SCIELO
SCIENCE
DIRECT
Article
63
0
0
0
TCC
16
0
0
0
Dissertation
16
0
0
0
Thesis
2
0
0
0
Ebook
4
0
0
0
TOTAL
101
0
0
0
Source: Prepared by the authors themselves
Thus, regarding the quantitative findings present in Table 02, also extracted from
Google Scholar, of the 101 works analyzed, it was found that they do not meet the research
question, because, despite using, in each text, one or more of the words- key found on the
websites, they are linked to contexts different from the concept of online presence and,
therefore, despite being tabulated, they do not serve as results of this research.
Discussion of research findings
The analysis of the four works quantified in Table 01, three articles and one e-book
chapter, obtained in this research, on the concept of face-to-face in a virtual environment, is
better understood considering the introduction and conception of virtual face-to-face
undertaken in this article. If in Decree no. 5622/2005, the physical presence of teachers and
students on distance learning undergraduate courses was mandatory and amplified, at the
Distance Learning Centers and Headquarters, especially for carrying out assessments, in Decree
no. 9057/2017, this obligation was diluted so that other course activities could be carried out,
and the evaluation aspect started to consider both evaluation activities, virtual and in-person,
important and in-person equitable. The theoretical and technological scope, from 1996 to 2017,
in general terms, questioned the efficiency of computer use in schools, as Neto (1999) points
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 14
out; contested whether, in fact, a physical presence at the EaD Centers and Headquarters was
necessary, in the words of Axt (2006); it encouraged the feasibility of distance-free distance
learning with Tori (2010), and brought Valente's (2014) reflection on the significant changes in
the use of information and communication technologies in distance learning.
Despite these reflections and many other voices from researchers on the subject of the
use of information technology in education, with an emphasis on undergraduate courses, in the
distance learning modality, it was, in fact, the context arising from the isolation and social
distancing imposed by the COVID-19 pandemic, which brought, to the educational field of
distance learning, changes that helped to experience what until then remained in the discourse:
taking all subjects in one semester, for practically two years, completely online, from 2020 to
2022. Although the normative set, available on the MEC website
7
, has established teaching,
during this period, as remote, there is a consensus, among those who develop undergraduate
courses through virtual EaD, that this teaching format does not define EaD, because, while the
moment remote provides a transfer of the weekly class schedule to the online environment, EaD
has time as a continuous act moved by asynchronous communications and, within this chrono,
the probable synchronous moments.
In this context, therefore, arising from the pandemic and post-pandemic moment, in
search of clarifying how Brazilian research has treated the concept of online presence, we have
in the text by Santos (2022) a similar and bold thought, just like Axt (2006, p. 3, our translation),
when it asks “what does a face-to-face meeting guarantee that a virtual meeting cannot
guarantee?”. Santos (2022, p. 58, our translation), in a light and dialogical text, leads us to
reflect on three distinct times. The first, in 2007, when she portrayed that distance learning was
a “forbidden word at the Faculty of Education” and that her teaching action made a difference
when, at that time, she took on a completely online discipline. An incredible milestone of
didactic and pedagogical autonomy, on the part of Professor Santos, without a doubt! In the
second moment, the professor takes us to 2009, and shows us the fragile didactic and
communicational reality of using a blog to support online teaching, covering 20% of the
distance learning course load for in-person courses. Finally, Santos (2022) portrays EaD carried
out in the harsh social reality imposed by COVID-19, and the criticism that the author makes
is that teachers and students from face-to-face teaching who migrated to the online environment
7
The opinions and resolutions made available by the MEC at the time of the COVID-19 pandemic can be found at
http://portal.mec.gov.br/pec-g/33371-cne-conselho-nacional-de-educacao/90771-covid -19. Accessed on: 10 Dec.
2022.
Elizabeth Matos ROCHA and Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 15
only meet their students on the days and scheduled hours and thus repeat models centered on
the teacher and without taking advantage of the potential of cyberculture, but, in short, defends
distance learning in the online format and online in the face-to-face format, with an emphasis
on public HEIs.
The article by Darroz, Rosa and Santos (2023, p. 2, our translation), brings a
contemporary term called OnLIFE, which, in general terms, incorporates the pool of
technologies that contribute to the hyperconnected human reality and “suggests an education
based on conception that digital technologies and networks can no longer be seen as simple
tools, but rather as environmental forces”. The authors argue that this confluence of
technologies favors, through video calls, the “combination/mixture – of the physical, biological
and digital world, in which, at the same time as being at home, it is also possible to be in other
people’s homes people, using video calling applications or other DT” (DARROZ; ROSA;
SANTOS, 2023, p. 3, our translation), making it no longer possible to differentiate between a
person who is connected or not.
The other two texts, in article format, address the field of application of the use of
technologies that support synchronous virtual interactions in real time to give new meaning to
the concept of online presence. The article by Silva and Mori (2022) shows that the
communication process between psychotherapist and the person undergoing psychotherapy is
fundamental to defending the process of reflection that takes place through dialogue. The
authors emphasize that service through web conferencing platforms benefits both sides, the
professional and the person served, as they are a practical solution for modern life, although
challenges linked to security and internet failures need to be considered.
The last article analyzed, by Oliveira and Alves (2022), advocates people visiting virtual
museums, as many of them would not have the opportunity to travel due to geographic and
individual budget limitations. The authors point to research that indicates that a solution is visits
to digital museums, which can be explored in an immersive way, represented in a realistic way,
and which, without disregarding physical museums, encourage interactive visits, saving
distance and time.
These four texts have in common the idea that virtual presence tends to be real for
teachers and students, and that it can be strengthened by synchronous moments, in web
conferences, supported by the necessary legal basis that will allow fully online undergraduate
courses. This will tend to generate elements of appreciation for people, in Brazil and around the
world, especially those who speak the Portuguese language, who seek continuity and
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 16
diversification of their training and want their degrees linked to public HEIs due to the quality
and free of charge inherent to them.
This opportunity to complete a degree in public HEIs, completely online, becomes more
achievable, given that, in the current model, public HEIs are limited to physical space, reaching
a minimum number of students, given budgetary limitations, unlike private HEIs, which have
had better financial conditions to open face-to-face support centers in more Brazilian cities and
even outside Brazil. It is a reality that few students have the financial resources to pay for bus
or plane tickets and accommodation, even once a semester, to carry out only assessment
activities that are perfectly feasible in a virtual environment.
The experience of remote teaching, despite all the pedagogical failures that emerged in
different educational spaces, served to show that it is possible to change the set of regulations
and, when necessary, with the necessary speed.
Final remarks
After the approaches linked to the normative set, Federal Constitution of 1988,
Education Guidelines and Bases Law 9394/96, Decree no. 5622/2005, Decree no. 9057/2017
and Normative Ordinance no. 11/2017, we have that, in 2023, in Brazil, any undergraduate
course in the distance learning modality cannot operate entirely online without authorization
from SERES.
Regarding the concept of presence in distance learning, we see that it has already been
discussed for 18 years, starting with Decree no. 5622/2005. We have noticed, along this
trajectory, that the experiences and understandings of face-to-face interaction in distance
learning undergraduate courses have undergone transformations, in the sense that synchronous
online interactions have become increasingly comfortable with conference platforms, such as
those discussed in this article, RNP and TeleMeios.
Without a doubt, the moment of the COVID-19 pandemic gave new meaning to the
concept of in-person presence, because, as discussed in this article, people found a way for their
minds to meet in a point of virtual space, a territory possible to gather, when their bodies They
were isolated at home. If this is possible in YouTube lives with content producers, why wouldn't
it be possible in RNP and TeleMeios rooms, for heated discussions in virtual classes?
However, it is necessary to advance in this concept and in this struggle and to stimulate
new and important spaces for the definition of normalizing policies of EaD, in order to dialogue
Elizabeth Matos ROCHA and Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 17
with the contemporary reality of 2023. This discussion is fundamental, as public HEIs, in
offering their Distance learning undergraduate courses lose space to private HEIs, which
manage to place several centers in many Brazilian cities, greatly increasing their offerings and
increasingly emptying the classrooms for face-to-face courses and public distance learning. It
is important to highlight that students at public HEIs are penalized, as they need to travel, often
from one state to another, to continue their undergraduate courses through the distance learning
modality. It remains, therefore, to move the spaces for discussion to guide public policies and
update, once again, the set of regulations so that the courses can take place entirely online, as
was done during the pandemic.
Finally, the aspect that can be most controversial and encourages resistance and, why
not say, distrust, for undergraduate courses to take place entirely online, is linked to the issue
of reliability of the essence of being. Is the person doing the assessment activity, participating
in the classes, in fact, the student who enrolled in the course, pledged their identity documents
and received their registration number? Brazil, in its online undergraduate courses, has
techniques, human resources and technologies that validate and guarantee that the enrolled
student is the same one who focuses on studies, in synchronous interactions during classes and
in carrying out online assessments? Will the student be able to remain ethical and not research
the answers to the questions in the final assessments of each subject, per semester, of their
course? There are more questions that require more research. This remains, then, an educational
background for more researchers to pursue answers, if they do not already exist.
REFERENCES
ALVES, L. Educação a distância: conceitos e história no Brasil e no mundo. Revista
Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, São Paulo, v. 10, n. 01, p. 83-92, jan.
2011. Available at:
http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf. Access 10
Feb. 2023.
AXT, M. Comunidades virtuais de aprendizagem e interação dialógica: do corpo, do rosto e
do olhar. Filosofia Unisinos. São Leopoldo, v.7, n.03, p.256-268, set/dez.2006. Available at:
https://revistas.unisinos.br/index.php/filosofia/article/view/6104/3280. Access: 28 Apr. 2023.
BRAGA, T. B. M.; FARINHA, M. G. Heidegger: em busca de sentido para a existência.
Phenomenological Studies - Revista da Abordagem Gestáltica, Goiânia, v. XXIII. n. 01,
p.65-73, jan./abr. 2017. Available at:
humanahttp://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-
68672017000100008. Access: 21 May 2023.
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 18
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
Brasília, DF: Presidência da República, [2016]. Available at:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Access: 19 May 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n. 5622 de 19 de dezembro de 2005.
Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394/96. Brasília, DF: MEC, 2005. Available at
https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2005/decreto-5622-19-dezembro-2005-539654-
publicacaooriginal-39018-pe.html. Access: 19 May 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Decreto n. 9057 de 25 de maio de 2017. Regulamenta o
art. 80 da Lei nº 9.394/96. Brasília, DF: MEC, 2017. Available at:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9057.htm. Access: 19
May 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Portaria Normativa n. 11 de 22 de junho de 2017.
Brasília, DF: MEC, 2002. PL 634/1975. Available at
https://abmes.org.br/legislacoes/detalhe/2178/portaria-normativa-n-11. Access: 19 May 2023.
BURGESS, J.; GREEN, J. YouTube e a Revolução Digital: como o maior fenômeno da
cultura participativa transformou a mídia e a sociedade. Tradução: Ricardo Giassetti. São
Paulo: Aleph, 2009. E-book. Available at
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2205278/mod_resource/content/1/Burgess%20et%20
al.%20-%202009%20-
%20YouTube%20e%20a%20Revolu%C3%A7%C3%A3o%20Digital%20Como%20o%20ma
ior%20fen%C3%B4meno%20da%20cultura%20participativa%20transformou%20a%20m%C
3%ADdia%20e%20a%20socieda.pdf. Access: 21 May 2023.
DARROZ, L. M. C.; ROSA, T. W.; SANTOS, S. C. M. Educação digital OnLIFE: uma
revisão nos periódicos da área. Revista Cocar, Belém, v. 18, n. 36, p. 1-16, fev. 2023.
Available at: https://periodicos.uepa.br/index.php/cocar/article/view/5382. Access: 06 May
2023.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. 34. ed. Rio de
Janeiro: [s. n.], 1997. v. 5.
ENES, E. N. S.; BICALHO, M. G. P. Desterritorialização/reterritorialização: processos
vivenciados por professoras de uma escola de educação especial no contexto da educação
inclusiva. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 30, n. 01, p. 189-214, mar. 2014.
Available at: https://www.scielo.br/j/edur/a/s9hTrTjxknZLc9mKvFgH74x/?lang=pt. Access:
20 May 2023.
HAESBAERT, R.; BRUCE, G. A Desterritorialização na obra de Deleuze e Guattari.
GEOgraphia, Niterói, v. 4, n. 07, p. 7-22, set. 2002. Available at:
https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/13419/8619. Access: 20 May 2023.
ITO, L. L. Revolução do conhecimento. Revista Comunicação Midiática, Bauru (SP), v. 5,
n. 1, p. 164-167, set./dez. 2010. Available at:
Elizabeth Matos ROCHA and Hermínio BORGES NETO
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 19
https://www.academia.edu/12890020/Cultura_de_Converg%C3%AAncia_resenha. Access:
21 May 2023.
NETO, H. B. Uma classificação sobre a utilização do computador pela escola. Educação em
Debate, Fortaleza, ano 21, n. 37, p. 135-138, 1999. Available at
https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/24440/1/1999_art_hborgesneto.pdf. Access: 26 May
2023.
OLIVEIRA, M. P. de.; ALVES, L. R. G. Museus digitais e ensino de ciências: uma revisão da
literatura. IENCI. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, v. 27, n. 2, p. 197-
221. ago. 2022. Available at:
https://ienci.if.ufrgs.br/index.php/ienci/article/view/2797/806https://publi.ludomedia.org/inde
x.php/ntqr/article/view/683/733. Access: 06 May 2023.
SANTOS, E. EaD, palavra proibida. Educação Online, pouca gente sabe o que é. Ensino
Remoto, o que temos para hoje. Mas qual é mesmo a diferença? #livesdejunho... Notícias,
Revista Docência e Cibercultura, [S. l.], ago. 2020. ISSN: 2594-9004. Available at:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/re-doc/announcement/view/1119. Access 28
Apr. 2023.
SANTOS, E. Escrevivências, ciberfeminismo e ciberdocentes: narrativas de uma mulher
durante a pandemia Covid-19. p.57-74. São Carlos, SP: Pedro & João Editores, 2022. 192 p.
E-book. Available at: https://pedroejoaoeditores.com.br/2022/wp-
content/uploads/2022/01/Escrevivencias-Ebook-1.pdf. Access: 28 Apr. 2023.
SILVA, A. S. TeleMeios: uma proposta de virtualização do ensino ancorada na sequência
fedathi. 2022. 126 f. Dissertação (Mestrado em Educação) Faculdade de Educação,
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2022. Available at:
https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/69217?mode=full. Access: 03 Feb. 2023.
SILVA, D.; MORI, V. NTQR. New Trends In Qualitative Research, Aveiro, v. 13. p. 1-9.
jul. 2022. Available at: https://publi.ludomedia.org/index.php/ntqr/issue/view/13. Access: 06
May 2023.
SOUSA, L. M. M. et al. Revisões da literatura científica: tipos, métodos e aplicações em
enfermagem. RPER Revista Portuguesa de Enfermagem, Silvalde, v. 1, n. 1, p. 45-54,
2018. Available at: https://rper.aper.pt/index.php/rper/article/view/20. Access: 07 abr. 2023.
TORI, R. Educação sem distância: as tecnologias interativas na redução de distâncias em
ensino e aprendizagem. São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2010. 258 p. E-book. Available at
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5147288/mod_resource/content/1/Educa%C3%A7%
C3%A3o%20Sem%20Dist%C3%A2ncia.pdf. Access: 10 Feb. 2023.
Valente, J. A. Blended Learning e as Mudanças no Ensino Superior: a proposta da sala de aula
invertida. Educar em Revista, v. esp. 4, p. 79-97, 2014. Available at:
https://www.scielo.br/j/er/a/GLd4P7sVN8McLBcbdQVyZyG/?format=pdf&lang=pt. Access:
26 May 2023.
Presentiality in Online Environment: Implications of a Concept Under Construction in Brazilian Distance Learning
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023062, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18212 20
CRediT Author statement
Acknowledgments: I thank EaD /UFGD for authorization to carry out this research and
also PPGE/UFC for accepting this Post-Doctoral research, from November/2022 to
June/2023.
Financing: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: No need for approval by the Ethics Committee.
Availability of data and material: The data for this research were obtained from the
Google Scholar website.
Author contributions: The main author carried out research on the state of the art,
collection, analysis, interpretation of data and writing of the text. The second author
validated the theoretical survey, the data, as well as the general review of the research text.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Review, formatting, standardization and translation.