RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023088, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18285 1
PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DE CONCEITOS TRIGONOMÉTRICOS
MEDIADO PELA ATIVIDADE ORIENTADORA DE ENSINO (AOE)
PROCESO DE APROPIACIÓN DE CONCEPTOS TRIGONOMÉTRICOS MEDIADO
POR LA ACTIVIDAD ORIENTADORA DE ENSEÑANZA (AOE)
PROCESS OF APPROPRIATION OF TRIGONOMETRIC CONCEPTS MEDIATED BY
THE TEACHING GUIDING ACTIVITY (AOE)
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA1
e-mail: andrevcb172@gmail.com
Neuton Alves de ARAÚJO2
e-mail: doutor.neuton@ufpi.edu.br
Valdirene Gomes de SOUSA3
e-mail: val_sousa@cceca.uespi.br
Como referenciar este artigo:
BEZERRA, A. V. R. C.; ARAÚJO, N. A.; SOUSA, V. G. Processo
de apropriação de conceitos trigonométricos mediado pela
Atividade Orientadora de Ensino (AOE). Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00,
e023088, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18285
| Submetido em: 25/04/2023
| Revisões requeridas em: 28/07/2023
| Aprovado em: 10/08/2023
| Publicado em: 30/09/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Secretaria de Educação do Estado do Maranhão (SEDUC), Caxias MA Brasil. Professor de Matemática do
Ensino Médio. Mestre em Matemática (PROFMAT/UESPI).
2
Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina PI Brasil. Professor do Magistério Superior (MS), Classe C
- Adjunto, Nível 003. Doutorado em Educação (USP).
3
Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Teresina PI Brasil. Professora Adjunta IV Dedicação Exclusiva
(CCECA/UESPI). Doutora em Educação (UFPI).
Processo de apropriação de conceitos trigonométricos mediado pela Atividade Orientadora de Ensino (AOE)
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RESUMO: A Matemática, historicamente, vem sendo significada como de difícil
compreensão. Delimitando à Geometria, esta tem sido calcada na memorização de definições e
fórmulas, o que nega aos alunos a possibilidade de aprendizagem do lógico histórico dos
conceitos. Este artigo tem o objetivo de analisar a Atividade Orientadora de Ensino (AOE)
enquanto princípio metodológico no processo de apropriação de conceitos trigonométricos.
Trata-se de um recorte dos dados de uma pesquisa de mestrado em Matemática (BEZERRA,
2019), ancorada na abordagem qualitativa, que se insere em um contexto de desenvolvimento
de AOE com alunos do Ensino Médio da rede pública estadual do Maranhão, Brasil. Foi
subsidiada pela Teoria da Atividade e pelo próprio conceito de AOE. Como resultados,
constatou-se que a AOE se apresenta como possibilidade de organização do ensino dos
conceitos trigonométricos. Nessas condições, parte-se do movimento lógico histórico do
conceito por possibilitar ao aluno a tomada de consciência da necessidade de encontrar uma
solução ao problema desencadeador, colocando-o em atividade de aprendizagem.
PALAVRAS-CHAVE: Atividade Orientadora de Ensino. Conceitos trigonométricos. Ensino
Médio.
RESUMEN: La Matemática, históricamente, han sido significadas como de difícil
comprensión. Delimitando a la Geometría, esta ha sido fundamentada en la memorización de
definiciones y fórmulas, negando a los alumnos la posibilidad de aprendizaje del lógico
histórico de los conceptos. Este artículo tiene el objetivo de analizar la Actividad Orientadora
de Enseñanza (AOE) como principio metodológico en el proceso de apropiación de conceptos
trigonométricos. Se trata de un recorte de los datos de una investigación de maestrazgo en
Matemática (BEZERRA, 2019), anclado en el abordaje cualitativa que se inserta en un contexto
de desarrollo de AOE con alumnos de la Enseñanza Secundaria de la red pública estatal de
Maranhão, Brasil. Fue subsidiada por la Teoría de la Actividad y por el propio concepto de
AOE. Como resultados, se constató que la AOE se presenta como posibilidad de organización
de la enseñanza de los conceptos trigonométricos. En esas condiciones, se parte del movimiento
lógico histórico del concepto por posibilitar al alumno la toma de conciencia de la necesidad
de encontrar una solución al problema desencadenador, poniéndolo en actividad de
aprendizaje.
PALABRAS CLAVE: Actividad Orientadora de Enseñanza. Conceptos trigonométricos.
Enseñanza Secundaria.
ABSTRACT: Mathematics has historically been perceived as difficult to understand. In
Geometry, it has been based on memorizing definitions and formulas, which denies students the
possibility of learning the historical logic of the concepts. The aim of this article is to analyze
the Teaching Orientation Activity (AOE) as a methodological principle in the process of
appropriating trigonometric concepts. It is a cross-section of data from a master’s research in
Mathematics (BEZERRA, 2019), anchored in the qualitative approach that is inserted in a
context of development of AOE with high school students form the state public network of
Maranhão, Brazil. It was supported by Activity Theory and the concept of AOE itself. The
results showed that AOE is a possibility for organizing the teaching of trigonometric concepts.
Under these conditions, it is based on the historical logical movement of the concept, as it
enables the student to become aware of the need to find a solution to the triggering problem,
placing them in a learning activity.
KEYWORDS: Guiding Teaching Activity. Trigonometric Concepts. High School.
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO e Valdirene Gomes de SOUSA
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Introdução
O baixo rendimento das avaliações internas e/ou externas contemplando a disciplina de
Matemática pode implicar indícios da não produção de sentidos e, consequentemente, da não
apropriação de seus conceitos. Delimitando à Geometria, da forma como vem sendo trabalhada
historicamente, esta é significada pelos alunos como de difícil compreensão, apropriação. Por
outro lado, calcada na memorização de definições, fórmulas e resolução de problemas, nega
aos discentes a possibilidade de aprendizagem do lógico histórico dos conceitos. Em
decorrência disso, conforme destaca Bezerra (2019), muitas são as perguntas que costumamos
ouvir, como por exemplo: professor, por que e para que estudar essa Matemática? Como surgiu
isso?
Diante do exposto, situamos o objeto de estudo desenvolvido por Bezerra (2019)
possibilidades de apropriação de conceitos trigonométricos por entendermos que é papel do
professor criar condições objetivas e subjetivas para que os alunos eduquem seus motivos na
busca de dar resposta a determinada situação desencadeadora de aprendizagem. Para isso, se
faz necessário que, intencionalmente, o professor organize o ensino a fim de que ocorra a
apropriação conceitual. Esclarecemos, ainda, que este estudo, ancorado na abordagem
qualitativa e explicativa, se inseriu em um contexto de vivência e desenvolvimento de AOE
com alunos do 2º ano do Ensino Médio de uma escola da rede pública estadual do Maranhão.
Isto posto, neste artigo, buscamos responder à questão problema: como a AOE,
enquanto princípio metodológico, possibilita a mediação no processo de apropriação de
conceitos trigonométricos? Com isso, objetivamos analisar as possibilidades da AOE enquanto
princípio metodológico no processo de apropriação de conceitos trigonométricos.
Tecidas as considerações, neste estudo a Teoria da Atividade (LEONTIEV, 1978, 2010)
e, de modo particular, a AOE (MOURA, 1996, 2016) se apresentam como bases teórico-
metodológicas que dão sustentação ao nosso processo investigativo e analítico. A AOE trata-se
de um princípio metodológico que emerge dos pressupostos da Teoria da Atividade. Neste
princípio, Bezerra (2019), fundamentado em Leontiev (1978, 2010) e Moura (2001),
compreende que a atividade de aprendizagem de conceitos matemáticos deve partir de uma
necessidade, movida por um motivo, ao contrário das listas de exercícios repetitivos, com
propostas de resolução de problemas de forma memorizada e mecânica.
Com esse fim, as seções foram organizadas atendendo a seguinte sequência: na
primeira, apresentamos as considerações introdutórias sobre o objeto do estudo que versa sobre
a apropriação de conceitos trigonométricos em um contexto de vivência e desenvolvimento de
Processo de apropriação de conceitos trigonométricos mediado pela Atividade Orientadora de Ensino (AOE)
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AOE. Na segunda seção, trazemos reflexões acerca da Teoria da Atividade e da AOE, alinhadas
à problemática da apropriação de conceitos trigonométricos. Por sua vez, na terceira seção,
explicitamos os procedimentos metodológicos que encaminharam o desenvolvimento deste
estudo. Dando sequência, reservamos, na quarta seção, a análise dos dados apreendidos e
apresentados no episódio de aprendizagem que emergiu do movimento da aplicação das AOE.
E, por fim, as considerações finais, em que apresentamos respostas ao problema de pesquisa.
Da Teoria da Atividade à Atividade Orientadora de Ensino: contribuições no processo de
apropriação de conceitos trigonométricos
A Teoria da Atividade se constitui como uma vertente dos estudos da Teoria Histórico-
Cultural, iniciada na década de 1930 pelo bielorusso Lev Vigotski. Suas pesquisas têm como
destaque a interação do homem com os signos e os instrumentos da comunicação, as vivências,
os aspectos biológicos, bem como as condições materiais e sociais. Como afirma Bezerra (2019,
p. 42), estas ancoram-se no “[...] pressuposto marxista de que ao transformar a natureza o
homem também se transforma, atingindo dentro das condições objetivas e subjetivas a sua
emancipação, o seu desenvolvimento psíquico”.
Nessa perspectiva, a atividade social e histórica dos homens é o que desencadeia o
desenvolvimento do seu psiquismo, o que se dá pela mediação de instrumentos e signos a partir
da apropriação das operações físicas e/ou mentais que neles estão incorporadas. Portanto, ao se
apropriar da cultura material e simbólica, legado produzido e acumulado objetivamente ao
longo da história, a exemplo dos conceitos matemáticos, o homem se desenvolve. Nesse
sentido, ao delimitar a atividade pedagógica, ou seja, a unidade atividade de ensino e atividade
de aprendizagem, Bezerra (2019) afirma que esse desenvolvimento é resultado das mediações
que a permeiam.
Dessa forma, o desenvolvimento de funções especificamente humanas, a exemplo da
reflexão, da criatividade, da imaginação, da atenção voluntária e do comportamento volitivo,
tem origem no processo de apropriação de conceitos, implicando na transformação da atividade
externa em atividade interna. Assim, se faz necessário que as funções psíquicas sejam
vivenciadas no coletivo, posto que tais funções [...] não existem no indivíduo como uma
potencialidade, mas são experimentadas inicialmente sob a forma de atividade interpsíquica
(entre pessoas) antes de assumirem a forma de atividade intrapsíquica (dentro da pessoa)”
(MELLO, 2004, p. 141).
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO e Valdirene Gomes de SOUSA
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Desse modo, fica evidenciado que os homens, em consequência de suas necessidades e
motivos, idealizam e criam objetos sociais, ou seja, “o produto do trabalho contém a atividade
humana nele fixada, ele é a objetivação do trabalho, é a atividade transformada em objeto [...]”
(SAVIANI; DUARTE, 2012, p. 23). No sentido referido, ao incidirmos o nosso olhar para a
atividade de ensino de matemática, o professor faz uso de instrumentos mediadores, criando
condições para que os alunos se apropriem dos conceitos matemáticos. Nisso está implicada a
necessidade de identificação, organização, sequenciação e dosagem dos conteúdos, bem como
os meios para validar a finalidade do trabalho educativo (SAVIANI, 2011).
Decorre dessa compreensão que é pela atividade que os homens tomam consciência de
suas ações. A exemplo da atividade pedagógica, no caso do professor de matemática, conforme
salienta Bezerra (2019), este produz significação de conceitos a partir de suas práticas.
Significação aqui entendida à luz da Teoria da Atividade como sendo “[...] a forma sob a qual
um homem assimila a experiência humana generalizada e refletida (LEONTIEV, 1978, p. 101).
Portanto, coerente com o pensamento de Leontiev (1978), entendemos que a atividade
pedagógica possibilita significações da realidade psicológica do sujeito que ensina e aprende.
Nessa perspectiva, o desenvolvimento dessa atividade gera uma alteração na realidade
mediadas por instrumentos simbólicos, implicando nas condições objetivas para a organização
do ensino e, consequentemente, na apropriação de conceitos teórico-científicos por parte dos
alunos. Aqui há, portanto, negociação de significações o que nos leva a compreender, como
defendido pelo autor em tela, que “[...] o conceito de atividade está necessariamente ligado ao
conceito de motivo(LEONTIEV, 2021, p. 123). Disso, depreendemos que toda e qualquer
atividade é orientada por um motivo, havendo, assim, a necessidade de educá-lo.
À luz dessas reflexões, salientamos que a Teoria da Atividade contribui no cenário
educativo e, especificamente, no caso deste estudo, na apropriação de conceitos matemáticos.
No entanto, faz-se oportuno ressaltar o papel do motivo enquanto elemento estruturante da
atividade, uma vez que este impulsiona as ações de alunos e professores, conscientizando-os
acerca do comprometimento com a atividade pedagógica e, por conseguinte, com a organização
do ensino. A esse respeito, afirmamos que as ações e operações determinantes da atividade são
impelidas pelo seu motivo. Além disso, estas encaminham-se para uma finalidade
(LEONTIEV, 1978).
Ainda a esse respeito, no que tange ao ensino de matemática, a apropriação conceitual
se mediada pelas relações pedagógicas que envolvem professor, aluno e colegas de turma.
Enfatizando a atividade pedagógica, como diz Vigotski (2007), mediante as condições criadas
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e mediações, é que se forma a Zona de Desenvolvimento Iminente (ZDI). Esta se constitui como
possibilidade de os alunos alcançarem níveis sofisticados de aprendizagem, ou seja, do
desenvolvimento potencial ao desenvolvimento real. Em outras palavras, a exemplo das
situações-problema propostas pelo professor, no primeiro caso, seria o que o aluno realiza,
porém, com a ajuda do professor ou de um colega que evidencia um nível psíquico mais
elaborado. no segundo caso, trata-se do nível de desenvolvimento em que ele consegue
realizar as situações propostas de forma autônoma e criativa.
Em vista dessa discussão teórica, surge o questionamento: considerando a ZDI no
contexto da aprendizagem conceitual matemática, que encaminhamentos teórico-
metodológicos podemos propor para a superação do nível de desenvolvimento potencial? Na
busca por respostas, Moura (1996, 2001), respaldado nos pressupostos da Teoria da Atividade,
idealiza e objetiva um princípio metodológico cunhado por este autor de Atividade Orientadora
de Ensino (AOE). Este “[...] se estrutura de modo a permitir que sujeitos interajam, mediados
por um conteúdo, negociando significados, com o objetivo de solucionar coletivamente uma
situação-problema” (MOURA, 2002, p. 155).
Nessa direção, tomando como base a perspectiva do lógico-histórico (KOPNIN, 1978),
tal princípio segue a estrutura: intencionalidade do professor; proposta de uma situação
desencadeadora de aprendizagem; momentos de interação entre os alunos e o professor;
indicação de fontes para consulta; possíveis formas de resolução do problema desencadeador;
e discussões coletivas que encaminham à síntese teórica das resoluções encontradas.
Nessas condições, na perspectiva teórica aqui defendida, entendemos que a
aprendizagem somente se configura como atividade quando a tríade professor, aluno e objeto
do conhecimento (neste estudo, são os conceitos trigonométricos) se estabelece a partir da
mediação. Tal entendimento pressupõe o papel fundamental do professor na orientação e
organização do ensino, sendo que a primeira ação é criar nos alunos a necessidade do conceito.
Intrínseca a essa ação, como comentado anteriormente, está a necessidade de identificar os
motivos dos alunos serem educados. Alinhado ao exposto, ressaltamos que na
operacionalização das ações, o professor designa princípios metodológicos, a exemplo da AOE,
onde “[...] professor e alunos são sujeitos em atividade e, dessa forma, se constituem como
indivíduos portadores de conhecimentos, valores e afetividade que estarão presentes no modo
como realizarão as ações que têm por objetivo um conhecimento de qualidade nova”
(BEZERRA, 2019, p. 36).
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO e Valdirene Gomes de SOUSA
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Observamos, portanto, que nessa proposta de organização do ensino estão presentes as
intencionalidades educativas, as quais, certamente, como tão bem enfatizado por Moura (2001,
p. 157), [...] proporcionarão mudanças em sujeitos que adquirem novas competências,
comportamentos e valores e, na realidade objetiva, como resultado das ações desses sujeitos”.
Expostos os comentários, sintetizamos as compreensões da AOE ao apresentarmos a
figura 1.
Figura 1 Estrutura da Atividade Orientadora de Ensino
Fonte: Moura (2016 apud BEZERRA, 2019)
Na descrição da figura 1, evidenciamos que a AOE se constitui como eixo mediador na
atividade pedagógica. Nela, estão presentes seus elementos característicos: conteúdo, sujeito,
necessidade, motivos, ações e operações. A título de ilustração, ressaltamos que no contexto da
atividade pedagógica, o professor de Matemática tem como necessidade ensinar um conteúdo,
a exemplo dos conceitos trigonométricos, aos alunos que objetivam a aprendizagem desse
conteúdo. Portanto, eis o que justifica a máxima defendida por Moura (2001) de que a AOE se
constitui como modo geral de organização do ensino, cujo conteúdo principal é o conhecimento
teórico-científico matemático e, por extensão, o desenvolvimento do pensamento teórico. Dito
isso, na perspectiva da AOE, temos um processo de ensino e aprendizagem que, em síntese, se
constitui pela unidade formativa professor e aluno.
Tecidas essas considerações, é salutar ressaltarmos que no processo de elaboração e
desenvolvimento da AOE, três etapas se fazem presentes. Na primeira, o professor dedica-se a
estudos e planejamento do lógico histórico do conceito central (que no caso deste estudo
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envolve a trigonometria). Na segunda etapa, elabora-se a situação desencadeadora de
aprendizagem (SDA), e nela deve estar explicitado o problema desencadeador. Para tanto, como
sugestão, o ponto de partida da SDA pode ser uma história virtual (situações-problema que
envolvem personagens de histórias imaginadas, como lendas e contos infantis, bem como
histórias que trazem em si conceitos matemáticos), um jogo ou situações emergentes do
cotidiano dos alunos (MOURA, 1996). Finalmente, na terceira etapa, propõe-se o momento da
síntese coletiva. Aqui, sob a mediação do professor, ocorre a negociação de significados
buscando encontrar respostas matematicamente corretas em que estas coincidam com aquelas
que a humanidade, movida por suas necessidades e motivos, historicamente, elaborou e instituiu
resultados como corretos (ARAÚJO, 2020).
Em vista dessa reflexão teórica, destacamos no contexto da AOE a situação
desencadeadora de aprendizagem história virtual , intitulada Verdim e seus amigos (ROSA
et al., 2013), desenvolvida por Araújo (2020) ao nos apresentar um processo formativo com
professores do Ensino Fundamental, como exposto na figura 2.
Figura 2 Verdim e seus Amigos
Era uma vez Verdim, um ser encantado que vivia em uma floresta de outro mundo.
Verdim tinha muitos amigos e juntos brincavam todos os dias na clareira dessa floresta.
Quase todos viviam próximos à casa de Verdim, menos três deles: o Gigante chamado
Tililim e os dois anões, Edim e Enim.
Certo dia Verdim convidou a todos para brincarem em sua casa. Como Tililim,
Edim e Enim moravam muito longe, Verdim explicou como chegar até sua casa. Assim,
saindo da clareira, do lado que o sol se põe, deveriam dar cinquenta passos para frente,
depois trinta passos à direita e mais quarenta passos até a grande árvore e, então,
continuariam em frente e sua casa estaria apenas dez passos dali.
Com a explicação de Verdim, os três amigos anotaram todas as orientações para
não esquecerem nada. No dia seguinte, logo pela manhã, seguiram na direção correta.
Mas, apesar disso, não conseguiram chegar à casa de Verdim.
O que pode ter acontecido? Por que eles não chegaram? Como podemos ajudar
Verdim a entender o que aconteceu para buscar outro modo de explicar como chegar até
sua casa?
Fonte: Rosa et al. (2013)
A proposta objetivou atingir a essência do conceito de medida, posto que, para Davydov
(1982), este constitui-se fundamento geral no desenvolvimento do conceito de número. Para
tanto, no primeiro momento, foram propostos encontros numa perspectiva dialógica balizada
pela compreensão do lógico histórico de medida.
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No segundo momento, o professor apresentou a história virtual, como evidenciada na
figura 2, envolvendo o conceito de medida e seus nexos conceituais, com destaque para o
problema desencadeador de aprendizagem.
Finalmente, o terceiro momento da AOE se deu com a negociação de significações, a
fim de que as respostas apresentadas pelos professores participantes do estudo formativo
atendessem a perspectiva do lógico histórico do conceito de medida, coincidindo ou, de algum
modo, se aproximando daquelas significações instituídas como corretas pela humanidade no
processo histórico-cultural de desenvolvimento da matemática.
Destarte, com base na ilustração, fica evidenciado que a AOE se pauta na
intencionalidade dos sujeitos que, mediados pela negociação de significações, possibilitam a
objetivação e apropriação de conhecimentos teórico-científicos e, por conseguinte, do
desenvolvimento do pensamento teórico.
Procedimentos metodológicos
Para o desenvolvimento deste estudo, na busca de apreendermos o fenômeno
investigado, qual seja, possibilidades de apropriação de conceitos trigonométricos, nos
fundamentamos teórico-metodologicamente na Teoria da Atividade e no conceito de AOE. Para
isso, em conformidade com Rodrigues e Sforni (2010), de forma intencional e no coletivo,
criamos as condições para que os alunos se sentissem motivados na participação de situações
compartilhadas. Em decorrência disso, foi possível acompanharmos mais de perto as
manifestações explicitadas verbalmente de seu pensamento e, por extensão, de suas ações.
Assim, este estudo se configura como explicativo, haja vista que recorremos ao método
investigativo de Vigotski (2007), ancorado no Materialismo Histórico e Dialético.
Esclarecemos que o referido método apresenta três princípios: 1) não nos limitarmos às
descrições do fenômeno investigado e, sim, explicarmos tal fenômeno, de modo a atingirmos
sua essência; 2) recorrermos à análise do processo, do movimento de constituição do fenômeno,
ou seja, de sua historicidade; 3) ao nos depararmos com o fenômeno investigado, não devemos
desprezar comportamentos que se manifestam em sua aparência cristalizados, fossilizados, o
que nos leva à necessidade de retornarmos à gênese desse fenômeno.
Nessa lógica de pensamento, inicialmente, a fim de explicarmos o fenômeno em sua
essência, elaboramos e apresentamos a AOE enquanto princípio metodológico. Por
conseguinte, analisamos o movimento lógico histórico dos conceitos trigonométricos e, sob a
intervenção do pesquisador, foram propostas duas situações desencadeadoras da aprendizagem.
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Por fim, considerando o processo de apropriação dos conceitos, no coletivo, buscamos
reconhecer as significações desenvolvidas pelos alunos.
Diante do exposto, tais pressupostos sinalizaram elementos que nos permitiram
evidenciar o movimento da AOE na objetivação e apropriação de conceitos trigonométricos por
alunos do Ensino Médio. Vale destacarmos que tal movimento se apresentou dinâmico,
histórico, constituindo-se em atividade, tanto para os alunos quanto para os investigadores.
Ademais, observamos que tal objetivação e apropriação, conforme Araújo (2020 apud
BEZERRA, 2019, p. 121), “[...] não se encontra posta no meio social, na escola ou em qualquer
outro espaço de formação, portanto, não basta apenas descrevermos o processo de apropriação
de conceitos matemáticos [...]”.
Os participantes foram 15 (quinze) alunos regularmente matriculados no ano do
Ensino Médio. Esclarecemos que, a fim de preservarmos suas identidades, foi acordado que
resguardássemos seus nomes. Dessa forma, ao longo do texto, adotamos codinomes: Aluno 1,
Aluno 2, Aluno 3, Aluno 4, ...
Especificamente sobre o processo de produção dos dados, em conformidade com
Oliveira (2016), entendemos que a definição dos instrumentos e técnicas de pesquisa devem
coadunar com o problema, o objetivo do estudo e o marco teórico-metodológico, de modo que
possibilitem o desvelamento do fenômeno investigado. Assim compreendido, priorizamos a
observação participante e a própria AOE.
Quanto à relevância da observação participante para este estudo, a escolha se deu por
ser uma técnica que possibilita ao pesquisador maior envolvimento nas ações da pesquisa.
Como salientam Marconi e Lakatos (2017 apud BEZERRA, 2019, p. 48), o pesquisador ao se
ver também na condição de pesquisado, “[...] confunde-se com ele. Fica tão próximo à
comunidade quanto um membro do grupo que está estudando e participa das atividades normais
deste”. Isso ficou evidente, de modo particular, na aplicação das AOE, com as constantes
intervenções do pesquisador, implicando, desse modo, no envolvimento dos alunos.
Por fim, esclarecemos que a AOE, neste estudo, além de um princípio metodológico,
também se apresentou como procedimento de apreensão de dados. Com isso, observamos suas
possibilidades de mediação no processo de apropriação de conceitos trigonométricos ao se
considerar a relação alunos e pesquisador, na perspectiva coletiva, sobretudo, nos momentos de
reflexão, de levantamento de hipóteses e na busca de solução das atividades desencadeadoras
de aprendizagem propostas.
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No que diz respeito ao procedimento analítico, alinhado à perspectiva teórico-
metodológica abraçada, partimos da máxima marxista de que a realidade objetiva existe
independentemente da nossa consciência, ou seja, não é algo dado a priori. Na verdade, a
realidade “[...] não é, portanto, um mundo de objetos ‘real’, fixados, que sob o seu aspecto
fetichizado levem uma existência transcendente como uma variante naturalisticamente
entendida das idéias platônicas [...]” (KOSIK, 2011, p. 23, grifo do autor).
Em coerência com tal procedimento analítico, nos apoiamos em Moura (2004) ao propor
a construção de episódios de aprendizagem, compreendidos como “[...] frases escritas ou
faladas, gestos e ações que constituem cenas que podem revelar interdependência entre os
elementos de uma ação formadora” (MOURA, 2004, p. 276). Estes não se constituem,
necessariamente, numa sequência lógica de ações lineares.
Com esse entendimento, na organização e seleção dos dados empíricos deste estudo,
identificamos o episódio de aprendizagem Envolvimento dos alunos na aplicação de AOE ,
cujos resultados passamos a discutir na seção seguinte.
Resultados e discussão do episódio de aprendizagem
Dedicamos esta seção aos resultados da discussão produzidos por meio de análise e
interpretação do episódio de aprendizagem que emergiu do movimento da aplicação das AOE
e da produção de significações dos alunos sobre as potencialidades destas no processo de
apropriação conceitual.
Encontros formativos: o foco na AOE
O presente episódio, constituído por quatro encontros, refere-se ao cenário formativo
em que contemplamos os pressupostos teórico-metodológicos da AOE e, por conseguinte, os
da Teoria da Atividade: lógico-histórico, necessidade do conceito e interação entre os alunos e
mediação pesquisadores e alunos. Na ocasião, aplicamos duas AOE. Especificamente sobre as
SDA, estas foram expressas a partir de situações do cotidiano dos alunos, assim intituladas:
Cálculo da altura de grandes estruturas e Descobrindo a distância usando os conceitos
trigonométricos (BEZERRA, 2019).
Ademais, nos encontros formativos, as SDA foram compartilhadas pelo coletivo, por
meio da orientação do pesquisador, posto que na atividade pedagógica, como esclarece Moura
(2004, p. 257), “[...] o professor como profissional que lida fundamentalmente com trocas de
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significados passou a ser visto como aprendiz que carrega os elementos que constituem a sua
individualidade construída em determinada cultura”.
Feito isso, deu-se início à aplicação da primeira AOE (Figura 4), em que a situação do
cotidiano teve como problema desencadeador descobrir, a partir de conceitos trigonométricos,
a altura de uma grande chaminé (Figura 3). Para isso, indagamos aos alunos sobre como eles
poderiam chegar à resposta, matematicamente correta, do referido problema.
Figura 3 Chaminé - único resquício da monumental fábrica União
Fonte: Bezerra (2019)
A mencionada chaminé, localizada nas dependências da escola campo de pesquisa, hoje
desativada, foi inicialmente observada pelos alunos, passando a compor a situação do cotidiano
em tela. A necessidade conceitual apresentada consistiu na compreensão do lógico histórico
dos conceitos trigonométricos. Isso, a partir da objetivação e apropriação de estratégias na busca
de respostas aos problemas desencadeadores de aprendizagem, foi o que possibilitou
encontrarmos o valor da distância e da altura de lugares inacessíveis.
Neste processo, no desenvolvimento da atividade de estudo, o aluno “[...] se faz ao
produzir os seus objetos e que, ao produzir os seus objetos, ele produz também as suas
significações cuja expressão máxima é a palavra” (MOURA, 2004, p. 260). Na verdade, desde
os primórdios, dentre os problemas vivenciados pela humanidade, como pode ser constatado na
AOE Cálculo da altura de grandes estruturas (Figura 4), ao definir a sua moradia e condições
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para produzir, o homem se deparou com diferentes necessidades de controle (LANNER DE
MOURA, 1995).
Figura 4 AOE Cálculo da altura de grandes estruturas
Fonte: Bezerra (2019)
Na situação desencadeadora em análise, fica evidenciado que, diante da necessidade de
responder ao problema desencadeador da aprendizagem, qual seja: como usar os conceitos
trigonométricos para descobrir a altura da chaminé, inicialmente, os personagens Carlos,
Débora e Wenderson, possivelmente, nas primeiras tentativas, recorreram à grandeza de
natureza discreta. No entanto, perceberam que quando se trata de grandes valores a contagem
um a um torna-se insuficiente e, no geral, trabalhosa. Nesse contexto, há indícios de elementos
de caráter imaginativo e criativo que possibilitaram o desenvolvimento de seu psiquismo e, por
extensão, distintos níveis de significação.
Assim, considerando que na proposição desta primeira AOE as ações voltam-se para
atender a necessidade de calcular a altura de grandes estruturas, Carlos sugere que seja
empregada na medição a fita métrica. Contudo, essa possibilidade é descartada por Débora por
observar o perigo de um acidente devido à altura da chaminé. É oportuno ressaltarmos ainda
que, no processo de medição, embora os alunos adotassem como instrumento de medida o rolo
de fita métrica, somente um rolo não seria suficiente, quando novamente se deparariam com a
grandeza discreta e, consequentemente, isso se constituiria em um obstáculo.
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Enquanto isso, a personagem Débora propôs que utilizassem uma pipa, prendendo-a no
topo da chaminé. Assim, de posse do registro da medida do comprimento da linha empregada,
chegariam à altura correspondente à chaminé. No entanto, as normas estabelecidas pelo
regimento interno da escola tolheram tal estratégia. Com isso, ao levantarem novas
possibilidades, o personagem Wenderson, movido pela curiosidade para saber como medir a
altura da chaminé, recorreu à consulta em sites da internet. Nesta ação, ao se deparar com os
conceitos trigonométricos e, na ocasião, por ainda não ter se apropriado desses conceitos,
surgiram dúvidas que não soube interpretá-las.
Ainda sobre a análise desta SDA, diante das estratégias explicitadas pelos alunos na
busca por respostas ao problema desencadeador da aprendizagem, estes tiveram seus motivos
educados face à necessidade de calcular a altura da chaminé. Na sequência, para o
desenvolvimento dos cálculos, o pesquisador passou a problematizar conceitos trigonométricos,
com destaque no controle de variações da altura de objetos, o que se apresentou como
possibilidade de os alunos significarem, culturalmente, ações de medir. A esse respeito, como
dito por Moura (2016, p. 116), nesse modo de organização do ensino da matemática, a SDA
tem como objetivo fulcral [...] proporcionar a necessidade de apropriação do conceito pelo
estudante, de modo que suas ações sejam realizadas em busca de solução de um problema que
o mobilize para a atividade de aprendizagem a apropriação dos conhecimentos”.
Nessa perspectiva, sob a intervenção do professor/pesquisador, as primeiras ações
desenvolvidas, conforme descrito na SDA por Carlos, Débora e Wenderson, foram essenciais
ao encaminhamento para elaboração de estratégias que possibilitaram, assim, aos alunos que
observassem a variação na elevação do Sol. Isso trouxe implicações na mudança do ângulo em
decorrência de os raios solares formarem, juntamente com a vara posta na horizontal, alteração
na medida da sombra. Nesse movimento de pensamento, foi possível pensarem no conceito da
tangente.
A título de ilustração, ao levantarem possibilidades para a resolução do problema
desencadeador, a Aluna 7 e o Aluno 12 seguiram a mesma lógica de pensamento, conforme
analisado por Bezerra (2019, p. 59) e descrito na figura 5.
Eles pensaram na hipótese de sua distância, fazendo uma simulação, até a
chaminé como sendo um dos lados de um triângulo retângulo (cateto
adjacente) e a altura dessa chaminé (cateto oposto). Desse modo, chegaram ao
ângulo, ao olhar para o topo da chaminé. Aqui os alunos empregaram os
ângulos fundamentais (30º, 45º e 60º), apropriados por eles. Desse modo,
como resultado final do cálculo, adicionaram a altura do observador para
descobrirem uma possível resposta. Para isso, tiveram que adotar ângulos e
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distâncias diferentes. Dessa forma, tomando como base a aplicação do
conceito da tangente no triângulo retângulo, os alunos encontraram as
respostas [...].
Figura 5 Respostas, respectivamente, da Aluna 7 e do Aluno 12
Fonte: Bezerra (2019)
Das estratégias empregadas pelos alunos em referência, foi possível constatarmos
divergências nas respostas. Diante dessa constatação, o professor/pesquisador, valendo-se da
problematização e intervenção, levou-os a identificarem que, embora os procedimentos, usados
adequadamente, os valores correspondentes às medidas da distância e do ângulo não estavam
corretos, posto que para determinar tais medidas, necessariamente, deveriam contar com
recursos auxiliares, a exemplo da trena e do teodolito.
Nesse movimento de apropriação conceitual, a exemplo dos conceitos trigonométricos,
“[...] o modo de ir se aproximando do conceito também vai dotando o sujeito de uma qualidade
nova, ao ter que resolver problemas, pois, além de ter aprendido um conteúdo novo, também
adquiriu um modo de se apropriar de conteúdos de um modo geral” (MOURA, 2016, p. 118).
Quanto à aplicação da segunda AOE Descobrindo a distância usando os conceitos
trigonométricos também recorremos a uma situação vivenciada cotidianamente pelos alunos,
conforme explicitada na figura 6.
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Figura 6 AOE 2 Descobrindo a distância usando os conceitos trigonométricos
Fonte: Bezerra (2019)
Como visto, desta vez, o problema desencadeador da aprendizagem que tem como base
os conceitos trigonométricos trata-se da distância que contempla os três espaços na cidade de
Caxias onde foram realizados os jogos escolares do estado do Maranhão. A tulo de uma
melhor visualização, apresentamos a figura 7.
Figura 7 Distância entre os locais de jogos
Fonte: Bezerra (2019)
No desenvolvimento da AOE em análise, a partir das intervenções do professor/
pesquisador, os alunos apresentaram algumas interpretações ao proporem estratégias a fim de
encontrarem respostas que atendessem ao problema desencadeador. Entretanto, mesmo com o
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estudo acerca do lógico histórico dos conceitos trigonométricos e as intervenções feitas, foi
possível observarmos, por parte de alguns alunos, a tentativa de resolução do problema limitada
às definições trigonométricas no triângulo retângulo. Porém, nesse contexto de discussão, o
Aluno 8 e o Aluno 10, ao reconhecerem que o triângulo obtido a partir das distâncias entre os
três espaços onde foram realizados os jogos não se tratava de um triângulo retângulo, sentiram
a necessidade de ampliar seus conhecimentos, chegando aos conceitos trigonométricos em
triângulos quaisquer e, por extensão, às leis dos cossenos e dos senos.
Dessa forma, no coletivo, os alunos 8 e 10 chegaram ao entendimento de que para
responder ao problema desencadeador de aprendizagem, necessariamente, teriam que recorrer
à lei dos cossenos, conforme demonstrado na figura 8.
Figura 8 Respostas dos Alunos 8 e 10
Fonte: Bezerra (2019)
Em síntese, sobre as respostas apresentadas pelos Alunos 8 e 10, mesmo apresentando
estratégias convergentes, obtiveram resultados diferentes, embora aproximados. Certamente,
isso se deu em decorrência de algum equívoco cometido pelos alunos na realização dos
cálculos.
Diante dessa situação, por corroborarmos com as reflexões teóricas de Fraga et al.
(2012), ao discutirem acerca do conceito de AOE e, ainda, como orienta Moretti (2014, p. 33),
ao enfatizar que “[...] criar condições de aprendizagem para os sujeitos passa por propor-lhes
situações-problema que os coloquem diante da necessidade do conceito, abrimos espaço para
problematizações conceituais. Assim, direcionamos os alunos à obtenção de respostas que
viessem coincidir com aquelas que, histórica e socialmente, o homem determinou como
corretas.
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Feitas as considerações sobre as duas AOE analisadas, ficou evidente a necessidade de
uma primeira aproximação, por parte dos alunos, na perspectiva do lógico histórico dos
conceitos trigonométricos. Para tanto, condições de aprendizagem foram intencionalmente
criadas pelo professor/pesquisador, constituindo, desse modo, “[...] a situação proposta de fato
como problema e, portanto, como necessidade para o sujeito que aprende, sendo possível a
ele apropriar-se do produto da construção histórica da cultura humana (MORETTI, 2014, p.
34).
Nessa direção, como complementam Bezerra (2019) e Moura et al. (2010), na busca
pela solução de problemas, o homem desenvolve abstrações que o possibilitam sair do nível
caótico da aparência (concreto ponto de partida), para atingir o nível pensado da essência
(concreto ponto de chegada), garantindo, assim, a apropriação da experiência histórico-social
da humanidade.
Assim, esclarecemos que esse movimento de pensamento foi o que nos levou, a partir
da discussão sobre a semelhança de triângulos, a problematizarmos e demonstrarmos as
relações trigonométricas no triângulo retângulo. Para isso, utilizamos a trena e o teodolito como
instrumentos mediadores complementares no desenvolvimento das AOE, na busca da resolução
dos problemas desencadeadores.
Com base no exposto, fica evidenciada a necessidade de criarmos nos ambientes
escolares momentos em que os sujeitos envolvidos possam interagir e negociar significados,
configurando-se em uma condição para a tomada de reflexão da atividade pedagógica e,
logicamente, da organização do ensino.
Do exposto, podemos afirmar que as significações desenvolvidas pelos alunos sobre as
potencialidades da AOE vão ao encontro daquilo que propõem Moura et. al. (2016, p. 99), “para
a formação do pensamento teórico do estudante, faz-se necessário organizar o ensino de modo
que este realize atividades adequadas para a formação desse pensamento”. Em síntese, a AOE
se constitui como possibilidade de superação do nível de pensamento concreto caótico ao
concreto pensado, resultando no desenvolvimento do pensamento em nível teórico.
Enfim, as reflexões das significações desenvolvidas pelos alunos expressam a
necessidade de redimensionarmos as ações da atividade pedagógica. Eis, nessa perspectiva,
uma das características da AOE, além da reflexão como possibilitadora de método para a
apropriação de conhecimentos (RODRIGUES; SFORNI, 2010; SFORNI, 2004).
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Considerações finais
É chegado o momento de sintetizarmos nossas reflexões sobre as possibilidades da AOE
enquanto princípio metodológico no processo de apropriação de conceitos trigonométricos.
Para isso, fazemos a analogia ao pensamento de Araújo e Moura (2008), citado por Bezerra
(2019, p. 74), ao expressarem a completude do processo identitário do professor: [...] mestre
é aquele que de repente aprende, aquele que muito aprende, porque o de repente é quase
sempre. No nosso entender, coincide com o movimento realizado neste estudo, em que de
repente aprendemos... muito aprendemos.
Diante da necessidade de organização do ensino, buscamos respostas à questão deste
estudo, qual seja: como a AOE, enquanto princípio metodológico, possibilita a mediação no
processo de apropriação de conceitos trigonométricos? Para tanto, por compreendermos que
“uma pedagogia que se pretenda revolucionária deve, portanto, partir da própria história e das
produções do ser humano no campo educacional” (MARQUES; DUARTE, 2020, p. 2209),
inicialmente, ao propormos aos alunos o estudo do lógico histórico dos conceitos matemáticos,
criamos as primeiras condições para o seu envolvimento na aplicação das AOE.
Em linhas gerais, este estudo implicou na tomada de consciência, tanto por parte dos
alunos, participantes da pesquisa, quanto do pesquisador de que, ao organizar o ensino de
Matemática, se faz necessário considerar o movimento lógico histórico do conceito
compreendido como uma necessidade humana (KOPNIN, 1978). Compreendemos que isso
possibilita, sobretudo ao professor, se apropriar de conhecimentos teórico-científicos na
perspectiva da mediação, ao se considerar a AOE, máxima defendida por Moura et al. (2010).
Diante dos indícios reveladores das possibilidades de participantes, em situação de
vivência e desenvolvimento de AOE, se apropriarem de conceitos trigonométricos, é preciso
considerarmos, dentre outros fatores: o conceito matemático central envolvido; a SDA
apresenta questões que possibilitem a essência do conceito?; o contexto trabalhado se dá, por
exemplo, a partir de situações emergentes do cotidiano, sob a mediação de jogos orientados?;
o texto da SDA apresenta clareza a fim de que o aluno reconheça o problema desencadeador?
Nesse sentido, em outras palavras, entendemos que, o professor, ao adotar a AOE
enquanto princípio metodológico, com destaque para o problema desencadeador, este,
necessariamente, deve estar articulado ao seu nível de ensino. Para tanto, o ponto de partida
deve ser o do movimento lógico histórico dos conceitos matemáticos, pois, dessa forma, trará
implicações no sentido de que os motivos dos alunos sejam educados diante da necessidade de
encontrar uma solução ao problema desencadeador. Nessa perspectiva, cumpre ressaltarmos
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que, somente quando o motivo coincide com o objetivo da SDA é que podemos pontuar que o
aluno se encontra em atividade de aprendizagem. No caso deste estudo, essa possibilidade foi
efetivada mediante a elaboração e desenvolvimento de AOE, o que, certamente, implicou na
organização do ensino de conceitos trigonométricos. Esse pressuposto vai ao encontro do que
afirma Leontiev (1978) sobre a atividade enquanto promotora do desenvolvimento psíquico do
sujeito.
Diante do exposto, dentre as contribuições deste estudo, sem dúvida, tem-se a ampliação
dos estudos no campo da Educação Matemática, subsidiada pela Teoria da Atividade e pelos
pressupostos da AOE. Por outro lado, é um estudo com potencialidades enriquecedoras para o
desenvolvimento profissional (do docente e/ou do pesquisador). Isso levou alunos e professor
pesquisador a produzir significações sobre a atividade pedagógica, as quais vão na contramão
de perspectivas calcadas na racionalidade técnica, limitadas a definições e fórmulas,
desprovidas de significados. Portanto, que a proposta das AOE envolvendo os conceitos
trigonométricos no Ensino Médio possa gerar desenvolvimento face às inquietações e
problemas no âmbito da atividade pedagógica de professores que ensinam matemática. Eis o
que esperamos daqui para frente!
REFERÊNCIAS
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Agradecimento aos profissionais e alunos da escola, locus da pesquisa,
que contribuíram com o desenvolvimento deste estudo.
Financiamento: Financiamento próprio.
Conflitos de interesse: Não.
Aprovação ética: A pesquisa é parte de um projeto maior, cadastrado na Pró-Reitoria de
Pesquisa e Inovação (PROPESQI), da Universidade Federal do Piauí. Eis dados do projeto:
Formação de professores e atividade pedagógica na educação básica: teoria e método no
ensino de Matemática e Ciências/Física para o desenvolvimento de práticas educativas
humanizadoras; Coordenação: 3438829_NEUTON ALVES DE ARAUJO; Vinculação:
CENTRO DE CIENCIAS DA EDUCAÇÃO/DEPARTAMENTO DE MÉTODOS E
TÉCNICAS DE ENSINO; Autorização legal: CEP (CAAE:35371520.2.0000.5214);
Modalidade: Projeto interno/Pesquisa científica; Agência de fomento: n/a; Valor do
financiamento: n/a; Vigência: 01/08/2020 a 01/08/24; Situação: Em andamento Protocolo:
23111.031574/2020-98; Registro: CCE-140-2020.
Disponibilidade de dados e material: Não aplicável.
Contribuições dos autores: Autor 1: O texto inicial foi produzido para a conclusão do
Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT/UESPI). Autores 2
e 3: Professores da disciplina TCC (PROFMAT/UESPI), de forma coletiva, atuaram no
planejamento, revisão e edição do artigo.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023088, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18285 1
PROCESO DE APROPIACIÓN DE CONCEPTOS TRIGONOMÉTRICOS MEDIADO
POR LA ACTIVIDAD ORIENTADORA DE ENSEÑANZA (AOE)
PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DE CONCEITOS TRIGONOMÉTRICOS MEDIADO
PELA ATIVIDADE ORIENTADORA DE ENSINO (AOE)
PROCESS OF APPROPRIATION OF TRIGONOMETRIC CONCEPTS MEDIATED BY
THE TEACHING GUIDING ACTIVITY (AOE)
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA1
e-mail: andrevcb172@gmail.com
Neuton Alves de ARAÚJO2
e-mail: doutor.neuton@ufpi.edu.br
Valdirene Gomes de SOUSA3
e-mail: val_sousa@cceca.uespi.br
Cómo hacer referencia a este artículo:
BEZERRA, A. V. R. C.; ARAÚJO, N. A.; SOUSA, V. G. Proceso
de apropiación de conceptos trigonométricos mediado por la
Actividad Orientadora de Enseñanza (AOE). Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00,
e023088, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18285
| Presentado el: 25/04/2023
| Revisiones requeridas en: 28/07/2023
| Aprobado el: 10/08/2023
| Publicado el: 30/09/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Secretaría de Educación del Estado de Maranhão (SEDUC), Caxias MA Brasil. Profesor de Matemáticas de
Secundaria. Maestría en Matemáticas (PROFMAT/UESPI).
2
Universidad Federal de Piauí (UFPI), Teresina PI Brasil. Profesora de Enseñanza Superior (MS), Clase C
Adjunto, Nivel 003. Doctorado en Educación (USP).
3
Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Teresina PI Brasil. Profesora Adjunta IV Dedicación Exclusiva
(CCECA/UESPI). Doctorado en Educación (UFPI).
Proceso de apropiación de conceptos trigonométricos mediado por la Actividad Orientadora de Enseñanza (AOE)
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023088, 2023. e-ISSN: 1982-5587
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RESUMEN: La Matemática, históricamente, han sido significadas como de difícil
comprensión. Delimitando a la Geometría, esta ha sido fundamentada en la memorización de
definiciones y fórmulas, negando a los alumnos la posibilidad de aprendizaje del lógico
histórico de los conceptos. Este artículo tiene el objetivo de analizar la Actividad Orientadora
de Enseñanza (AOE) como principio metodológico en el proceso de apropiación de conceptos
trigonométricos. Se trata de un recorte de los datos de una investigación de maestrazgo en
Matemática (BEZERRA, 2019), anclado en el abordaje cualitativa que se inserta en un
contexto de desarrollo de AOE con alumnos de la Enseñanza Secundaria de la red pública
estatal de Maranhão, Brasil. Fue subsidiada por la Teoría de la Actividad y por el propio
concepto de AOE. Como resultados, se constató que la AOE se presenta como posibilidad de
organización de la enseñanza de los conceptos trigonométricos. En esas condiciones, se parte
del movimiento lógico histórico del concepto por posibilitar al alumno la toma de conciencia
de la necesidad de encontrar una solución al problema desencadenador, poniéndolo en
actividad de aprendizaje.
PALABRAS CLAVE: Actividad Orientadora de Enseñanza. Conceptos trigonométricos.
Enseñanza Secundaria.
RESUMO: A Matemática, historicamente, vem sendo significada como de difícil
compreensão. Delimitando à Geometria, esta tem sido calcada na memorização de definições
e fórmulas, o que nega aos alunos a possibilidade de aprendizagem do lógico histórico dos
conceitos. Este artigo tem o objetivo de analisar a Atividade Orientadora de Ensino (AOE)
enquanto princípio metodológico no processo de apropriação de conceitos trigonométricos.
Trata-se de um recorte dos dados de uma pesquisa de mestrado em Matemática (BEZERRA,
2019), ancorada na abordagem qualitativa, que se insere em um contexto de desenvolvimento
de AOE com alunos do Ensino Médio da rede pública estadual do Maranhão, Brasil. Foi
subsidiada pela Teoria da Atividade e pelo próprio conceito de AOE. Como resultados,
constatou-se que a AOE se apresenta como possibilidade de organização do ensino dos
conceitos trigonométricos. Nessas condições, parte-se do movimento lógico histórico do
conceito por possibilitar ao aluno a tomada de consciência da necessidade de encontrar uma
solução ao problema desencadeador, colocando-o em atividade de aprendizagem.
PALAVRAS-CHAVE: Atividade Orientadora de Ensino. Conceitos trigonométricos. Ensino
Médio.
ABSTRACT: Mathematics has historicaly being perceived as difficult to understand. In
Geometry, it has been based on memorizing definitions and formulas, which denies students
the possibility of learning the historical logic of the concepts. The aim of this arcticle is to
analyze the Teaching Orientation Activity (AOE) as a methodological principle in the process
of appropriating trigonometric concepts. It is a cross-section of data from a master’s
research in Mathematics (BEZERRA, 2019), anchored in the qualitative approach that is
inserted in a context of development of AOE with high school students form the state public
network of Maranhão, Brazil. It was supported by Activity Theory and the concept of AOE
itself. The results showed that AOE is a possibility for organizing the teaching of
trigonometric concepts. Under these conditions, it is based on the historical logical movement
of the concept, as it enables the student to become aware of the need to find a solution to the
triggering problem, placing them in a learning activity.
KEYWORDS: Guiding Teaching Activity. Trigonometric Concepts. High School.
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO y Valdirene Gomes de SOUSA
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Introducción
El bajo rendimiento de las evaluaciones internas y/o externas que contempla la
disciplina Matemática puede implicar indicios de la no producción de significados y, en
consecuencia, de la no apropiación de sus conceptos. Delimitar la Geometría, la forma en que
se ha trabajado históricamente, esto ha sido significado por los estudiantes como difícil de
entender, apropiación. Por otro lado, basándose en la memorización de definiciones, fórmulas
y resolución de problemas, niega a los estudiantes la posibilidad de aprender la historia lógica
de los conceptos. Como resultado, como destaca Bezerra (2019), hay muchas preguntas que
solemos escuchar, como: maestro, ¿por qué y por qué estudiar esta Matemáticas? ¿Cómo
surgió esto?
Dado lo anterior, situamos el objeto de estudio desarrollado por Bezerra (2019)
posibilidades de apropiación de conceptos trigonométricos porque entendemos que es el
papel del profesor crear condiciones objetivas y subjetivas para que los estudiantes eduquen
sus motivos en la búsqueda de responder a una determinada situación que desencadena el
aprendizaje. Para ello, es necesario que, intencionalmente, el profesor organice la enseñanza
para que se produzca la apropiación conceptual. También aclaramos que este estudio, anclado
en el enfoque cualitativo y explicativo, fue insertado en un contexto de experiencia y
desarrollo de AOE con estudiantes del año de secundaria de una escuela pública en el
estado de Maranhão.
Dicho esto, en este artículo, buscamos responder al problema de la pregunta: ¿cómo
permite la AOE, como principio metodológico, la mediación en el proceso de apropiación de
conceptos trigonométricos? Por lo tanto, pretendemos analizar las posibilidades de AOE
como principio metodológico en el proceso de apropiación de conceptos trigonométricos.
Considerando las consideraciones, en este estudio se presentan la Teoría de la
Actividad (LEONTIEV, 1978, 2010) y, en particular, la AOE (MOURA, 1996, 2016) como
bases teórico-metodológicas que apoyan nuestro proceso investigativo y analítico. La AOE es
un principio metodológico que surge de los supuestos de la Teoría de la Actividad. En este
principio, Bezerra (2019), basado en Leontiev (1978, 2010) y Moura (2001), entiende que la
actividad de aprender conceptos matemáticos debe partir de una necesidad, impulsada por una
razón, a diferencia de las listas de ejercicios repetitivos, con propuestas para resolver
problemas de manera memorizada y mecánica.
Para ello, las secciones se organizaron según la siguiente secuencia: en la primera,
presentamos las consideraciones introductorias sobre el objeto del estudio que trata de la
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apropiación de conceptos trigonométricos en un contexto de experiencia y desarrollo de AOE.
En la segunda sección, traemos reflexiones sobre la Teoría de la Actividad y la AOE,
alineadas con la problemática de la apropiación de conceptos trigonométricos. A su vez, en la
tercera sección, explicamos los procedimientos metodológicos que guiaron el desarrollo de
este estudio. A continuación, reservamos en la cuarta sección, el análisis de los datos
aprehendidos y presentados en el episodio de aprendizaje que surgió del movimiento de la
aplicación de la AOE. Y, finalmente, las consideraciones finales, en las que presentamos
respuestas al problema de investigación.
De la teoría de la Actividad a la Actividad Docente Orientadora: Contribuciones en el
proceso de apropiación de conceptos trigonométricos
La Teoría de la Actividad se constituye como una rama de los estudios de la Teoría
Histórico-Cultural, iniciada en la década de 1930 por el bielorruso Lev Vygotsky. Su
investigación destaca la interacción del hombre con los signos e instrumentos de
comunicación, experiencias, aspectos biológicos, así como condiciones materiales y sociales.
Como afirma Bezerra (2019, p. 42, nuestra traducción), estos están anclados en el "[...]
Supuesto marxista de que transformando la naturaleza el hombre también se transforma a
mismo, alcanzando dentro de las condiciones objetivas y subjetivas su emancipación, su
desarrollo psíquico".
En esta perspectiva, la actividad social e histórica de los hombres es lo que
desencadena el desarrollo de su psique, que ocurre a través de la mediación de instrumentos y
signos a partir de la apropiación de las operaciones físicas y/o mentales que se incorporan en
ellos. Por lo tanto, al apropiarse de la cultura material y simbólica, se desarrolla un legado
producido y objetivamente acumulado a lo largo de la historia, como conceptos matemáticos.
En este sentido, al delimitar la actividad pedagógica, es decir, la unidad actividad docente y la
actividad de aprendizaje, Bezerra (2019) afirma que este desarrollo es el resultado de las
mediaciones que la impregnan.
Así, el desarrollo de funciones específicamente humanas, como la reflexión, la
creatividad, la imaginación, la atención voluntaria y el comportamiento volitivo, se origina en
el proceso de apropiación de conceptos, implicando la transformación de la actividad externa
en actividad interna. Por lo tanto, es necesario que las funciones psíquicas se experimenten en
el colectivo, ya que tales funciones "[...] No existen en el individuo como una potencialidad,
sino que se experimentan inicialmente en forma de actividad interpsíquica (entre personas)
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antes de asumir la forma de actividad intrapsíquica (dentro de la persona)" (MELLO, 2004, p.
141, nuestra traducción).
De esta manera, se evidencia que los hombres, como resultado de sus necesidades y
motivos, idealizan y crean objetos sociales, es decir, "el producto del trabajo contiene la
actividad humana fijada en él, es la objetivación del trabajo, es la actividad transformada en
un objeto [...]" (SAVIANI; DUARTE, 2012, p. 23, nuestra traducción). En el sentido
mencionado, cuando enfocamos nuestra mirada en la actividad de enseñar matemáticas, el
profesor hace uso de instrumentos mediadores, creando condiciones para que los estudiantes
se apropien de conceptos matemáticos. Esto implica la necesidad de identificación,
organización, secuenciación y dosificación de los contenidos, así como los medios para
validar el propósito del trabajo educativo (SAVIANI, 2011).
De este entendimiento se deduce que es por la actividad que los hombres toman
conciencia de sus acciones. Al igual que la actividad pedagógica, en el caso del profesor de
matemáticas, como señala Bezerra (2019), esto produce significado de conceptos a partir de
sus prácticas. El significado aquí entendido a la luz de la Teoría de la Actividad como "[...] la
forma en que un hombre asimila la experiencia humana generalizada y reflejada (LEONTIEV,
1978, p. 101, nuestra traducción).
Por lo tanto, de acuerdo con el pensamiento de Leontiev (1978), entendemos que la
actividad pedagógica permite significados de la realidad psicológica del sujeto que enseña y
aprende. En esta perspectiva, el desarrollo de esta actividad genera un cambio en la realidad
mediado por instrumentos simbólicos, implicando en las condiciones objetivas para la
organización de la enseñanza y, consecuentemente, en la apropiación de conceptos teórico-
científicos por parte de los estudiantes. Aquí hay, por tanto, una negociación de significados
que nos lleva a entender, como defiende el autor en pantalla, que "[...] el concepto de
actividad está necesariamente vinculado al concepto de motivo" (LEONTIEV, 2021, p. 123,
nuestra traducción). De esto, inferimos que todas y cada una de las actividades están
orientadas por una razón, y por lo tanto existe la necesidad de educarla.
A la luz de estas reflexiones, destacamos que la Teoría de la Actividad contribuye en
el escenario educativo y, específicamente, en el caso de este estudio, en la apropiación de
conceptos matemáticos. Sin embargo, es apropiado enfatizar el papel del motivo como
elemento estructurante de la actividad, ya que impulsa las acciones de estudiantes y
profesores, haciéndolos conscientes del compromiso con la actividad pedagógica y, por lo
tanto, con la organización de la enseñanza. En este sentido, afirmamos que las acciones y
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operaciones que determinan la actividad están impulsadas por su motivo. Además, están
dirigidos hacia un propósito (LEONTIEV, 1978).
Siempre en este sentido, con respecto a la enseñanza de las matemáticas, la
apropiación conceptual está mediada por las relaciones pedagógicas que involucran al
maestro, al estudiante y a los compañeros de clase. Enfatizando la actividad pedagógica,
como dice Vigotski (2007), a través de las condiciones creadas y mediaciones, es que se
forma la Zona de Desarrollo Inminente (ZDI). Esto se constituye como una posibilidad para
que los estudiantes alcancen niveles sofisticados de aprendizaje, es decir, desde el desarrollo
potencial hasta el desarrollo real. En otras palabras, al igual que las situaciones problemáticas
propuestas por el maestro, en el primer caso, sería lo que el estudiante logra, sin embargo, con
la ayuda del maestro o un colega que evidencia un nivel psíquico más elaborado. En el
segundo caso, es el nivel de desarrollo en el que puede realizar las situaciones propuestas de
forma autónoma y creativa.
En vista de esta discusión teórica, surge la pregunta: considerando el ZDI en el
contexto del aprendizaje conceptual matemático, ¿qué direcciones teórico-metodológicas
podemos proponer para superar el nivel de desarrollo potencial? En la búsqueda de
respuestas, Moura (1996, 2001), apoyado en los supuestos de la Teoría de la Actividad,
idealiza y apunta a un principio metodológico acuñado por este autor de Actividad
Orientadora de Enseño (AOE). Este "[...] está estructurado de tal manera que permite a los
sujetos interactuar, mediados por un contenido, negociando significados, con el objetivo de
resolver colectivamente una situación - problema" (MOURA, 2002, p. 155, nuestra
traducción).
En esta dirección, a partir de la perspectiva de lo lógico-histórico (KOPNIN, 1978),
este principio sigue la estructura: intencionalidad del profesor; propuesta de una situación
desencadenante del aprendizaje; momentos de interacción entre los estudiantes y el profesor;
indicación de las fuentes de consulta; posibles formas de resolver el problema
desencadenante; y discusiones colectivas que conducen a la síntesis teórica de las
resoluciones encontradas.
En estas condiciones, en la perspectiva teórica aquí defendida, entendemos que el
aprendizaje sólo se configura como actividad cuando la tríada profesor, alumno y objeto de
conocimiento (en este estudio, son los conceptos trigonométricos) se establece desde la
mediación. Tal comprensión presupone el papel fundamental del maestro en la orientación y
organización de la enseñanza, y la primera acción es crear en los estudiantes la necesidad del
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO y Valdirene Gomes de SOUSA
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concepto. Intrínseca a esta acción, como se comentó anteriormente, es la necesidad de
identificar las razones para que los estudiantes sean educados. En línea con lo anterior,
destacamos que en la operacionalización de las acciones, el docente designa principios
metodológicos, como la AOE, donde "[...] Profesor y alumnos son sujetos en actividad y, de
esta manera, se constituyen como individuos con conocimientos, valores y afectividad que
estarán presentes en la forma en que llevarán a cabo las acciones que apuntan a un nuevo
conocimiento de calidad" (BEZERRA, 2019, p. 36, nuestra traducción).
Observamos, por lo tanto, que en esta propuesta para la organización de la enseñanza
están presentes las intenciones educativas, que, ciertamente, como tan bien enfatizó Moura
(2001, p. 157, nuestra traducción), "[...] proporcionará cambios en los sujetos que adquieren
nuevas habilidades, comportamientos y valores y, en la realidad objetiva, como resultado de
las acciones de estos sujetos".
Después de exponer los comentarios, sintetizamos los entendimientos de la AOE
presentando la Figura 1.
Figura 1 Estructura de la actividad docente de orientación
Fuente: Moura (2016 apud BEZERRA, 2019)
En la descripción de la Figura 1, mostramos que el AOE es un eje mediador en la
actividad pedagógica. En ella están presentes sus elementos característicos: contenido, sujeto,
necesidad, motivos, acciones y operaciones. A modo de ilustración, enfatizamos que en el
contexto de la actividad pedagógica, el profesor de Matemáticas tiene la necesidad de enseñar
un contenido, como conceptos trigonométricos, a los estudiantes que pretenden aprender este
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contenido. Por tanto, esto es lo que justifica la máxima defendida por Moura (2001) de que la
AOE se constituye como una forma general de organizar la docencia, cuyo contenido
principal es el conocimiento matemático teórico-científico y, por extensión, el desarrollo del
pensamiento teórico. Dicho esto, desde la perspectiva de la AOE, tenemos un proceso de
enseñanza y aprendizaje que, en resumen, está constituido por la unidad formativa docente y
alumno.
Dadas estas consideraciones, es saludable destacar que, en el proceso de elaboración y
desarrollo de la AOE, están presentes tres etapas. En la primera, el profesor se dedica al
estudio y planificación de la lógica histórica del concepto central (que en el caso de este
estudio involucra trigonometría). En la segunda etapa, se elabora la situación desencadenante
del aprendizaje (SDA), y en ella se debe explicar el problema desencadenante. Por lo tanto,
como sugerencia, el punto de partida de la SDA puede ser un cuento virtual (situaciones
problemáticas que involucran personajes de historias imaginadas, como leyendas y cuentos
infantiles, así como historias que traen en mismos conceptos matemáticos), un juego o
situaciones que surgen de la vida cotidiana de los estudiantes (MOURA, 1996). Finalmente,
en la tercera etapa, se propone el momento de la síntesis colectiva. Aquí, bajo la mediación
del maestro, se produce la negociación de significados buscando encontrar respuestas
matemáticamente correctas en las que estas coincidan con aquellas que la humanidad, movida
por sus necesidades y motivos, históricamente, elaboró e instituyó resultados como correctos.
(ARAÚJO, 2020).
A la vista de esta reflexión teórica, destacamos en el contexto de la AOE la situación
desencadenante del aprendizaje historia virtual , titulada Verdim y sus amigos (ROSA et
al., 2013), desarrollado por Araújo (2020) al presentarnos un proceso formativo con maestros
de primaria, como se muestra en la figura 2.
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Figura 2 Verdim y sus amigos
Érase una vez Verdim, un ser encantado que vivía en un bosque de otro mundo.
Verdim tenía muchos amigos y juntos jugaban todos los días en el claro de este bosque.
Casi todos vivían cerca de la casa de Verdim, excepto tres de ellos: el gigante llamado
Tililim y los dos enanos, Edim y Enim.
Un día Verdim invitó a todos a jugar en su casa. Como Tililim, Edim y Enim
vivían lejos, Verdim explicó cómo llegar a su casa. Entonces, saliendo del claro, en el
lado donde se pone el sol, debían dar cincuenta pasos hacia adelante, luego treinta pasos
a la derecha y otros cuarenta pasos hacia el gran árbol, y luego continuarían recto y su
casa estaría a solo diez pasos de distancia.
Con la explicación de Verdim, los tres amigos anotaron todas las pautas para no
olvidar nada. Al día siguiente, a primera hora de la mañana, se dirigieron en la dirección
correcta. Pero a pesar de esto, no pudieron llegar a la casa de Verdim.
¿Qué podría haber pasado? ¿Por qué no llegaron? ¿Cómo podemos ayudar a
Verdim a entender lo que sucedió para encontrar otra manera de explicar cómo llegar
a su casa?
Fuente: Rosa et al. (2013)
La propuesta pretendía alcanzar la esencia del concepto de medida, ya que, para
Davydov (1982), esto constituye un fundamento general en el desarrollo del concepto de
número. Por lo tanto, en el primer momento, las reuniones se propusieron en una perspectiva
dialógica guiada por la comprensión de la lógica histórica de la medición.
En el segundo momento, el profesor presentó la historia virtual, como se evidencia en
la figura 2, involucrando el concepto de medida y sus nexos conceptuales, con énfasis en el
problema que desencadena el aprendizaje.
Finalmente, el tercer momento de la AOE ocurrió con la negociación de significados,
de modo que las respuestas presentadas por los profesores participantes en el estudio
formativo se encontraran con la perspectiva de la lógica histórica del concepto de medida,
coincidiendo o, de alguna manera, acercándose a aquellos significados instituidos como
correctos por la humanidad en el proceso histórico-cultural de desarrollo de las matemáticas.
Así, a partir de la ilustración, es evidente que el AOE se basa en la intencionalidad de
los sujetos que, mediados por la negociación de significados, posibilitan la objetivación y
apropiación del conocimiento teórico-científico y, por tanto, el desarrollo del pensamiento
teórico.
Proceso de apropiación de conceptos trigonométricos mediado por la Actividad Orientadora de Enseñanza (AOE)
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Procedimientos metodológicos
Para el desarrollo de este estudio, en la búsqueda de aprehender el fenómeno
investigado, es decir, posibilidades de apropiación de conceptos trigonométricos, nos basamos
teórica y metodológicamente en la Teoría de la Actividad y el concepto de AOE. Para ello, de
acuerdo con Rodrigues y Sforni (2010), intencional y colectivamente, creamos las
condiciones para que los estudiantes se sientan motivados a participar en situaciones
compartidas. Como resultado, fue posible seguir más de cerca las manifestaciones
verbalmente explícitas de su pensamiento y, por extensión, de sus acciones.
Así, este estudio se configura como explicativo, ya que recurrimos al método
investigativo de Vygotsky (2007), anclado en el materialismo histórico y dialéctico.
Aclaramos que este método tiene tres principios: 1) no nos limitamos a las descripciones del
fenómeno investigado, sino que explicamos este fenómeno, para llegar a su esencia; 2)
recurrir al análisis del proceso, del movimiento de constitución del fenómeno, es decir, de su
historicidad; 3) Ante el fenómeno investigado, no debemos despreciar comportamientos que
se manifiestan en su aspecto cristalizado, fosilizado, lo que nos lleva a la necesidad de volver
a la génesis de este fenómeno.
En esta lógica de pensamiento, inicialmente, para explicar el fenómeno en su esencia,
elaboramos y presentamos el AOE como principio metodológico. Por lo tanto, analizamos el
movimiento lógico histórico de los conceptos trigonométricos y, bajo la intervención del
investigador, se propusieron dos situaciones que desencadenan el aprendizaje. Finalmente,
considerando el proceso de apropiación de conceptos, en el colectivo, buscamos reconocer los
significados desarrollados por los estudiantes.
En vista de lo anterior, estos supuestos señalaron elementos que permitieron
evidenciar el movimiento de la AOE en la objetivación y apropiación de conceptos
trigonométricos por parte de estudiantes de secundaria. Cabe mencionar que este movimiento
fue dinámico, histórico, constituyendo una actividad, tanto para estudiantes como para
investigadores. Además, observamos que tal objetivación y apropiación, según Araújo (2020
apud BEZERRA, 2019, p. 121, nuestra traducción), "[...] no se coloca en el ambiente social,
en la escuela o en cualquier otro espacio de formación, por lo tanto, no es suficiente describir
el proceso de apropiación de conceptos matemáticos [...]".
Los participantes fueron 15 (quince) estudiantes matriculados regularmente en el
año de la escuela secundaria. Para aclarar que para preservar sus identidades, se acordó que
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO y Valdirene Gomes de SOUSA
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salvaguardaríamos sus nombres. Así, a lo largo del texto, adoptamos nombres en clave:
Estudiante 1, Estudiante 2, Estudiante 3, Estudiante 4, ...
Específicamente sobre el proceso de producción de datos, de acuerdo con Oliveira
(2016), entendemos que la definición de instrumentos y técnicas de investigación debe ser
consistente con el problema, el objetivo del estudio y el marco teórico-metodológico, de modo
que permitan develar el fenómeno investigado. Así entendido, priorizamos la observación
participante y la propia AOE.
En cuanto a la relevancia de la observación participante para este estudio, la elección
se hizo porque es una técnica que permite al investigador estar más involucrado en las
acciones de investigación. Como señalan Marconi y Lakatos (2017 apud BEZERRA, 2019, p.
48, nuestra traducción), el investigador, cuando se ve también en la condición de ser
investigado, "[...] se confunde con él. Es tan cercano a la comunidad como un miembro del
grupo que está estudiando y participa en las actividades normales de la comunidad". Esto fue
evidente, en particular, en la aplicación de la AOE, con las constantes intervenciones del
investigador, implicando, de esta manera, en la participación de los estudiantes.
Finalmente, aclaramos que la AOE, en este estudio, además de ser un principio
metodológico, también se presentó como un procedimiento de aprehensión de datos. Con
esto, observamos sus posibilidades de mediación en el proceso de apropiación de conceptos
trigonométricos al considerar la relación entre estudiantes e investigador, en la perspectiva
colectiva, especialmente en momentos de reflexión, levantamiento de hipótesis y en la
búsqueda de una solución a las actividades desencadenantes de aprendizaje propuestas.
Con respecto al procedimiento analítico, alineado con la perspectiva teórico-
metodológica abrazada, partimos de la máxima marxista de que la realidad objetiva existe
independientemente de nuestra conciencia, es decir, no es algo dado a priori. De hecho, la
realidad "[...] no es, por lo tanto, un mundo de objetos 'reales', fijos, que bajo su aspecto
fetichizado llevan una existencia trascendente como una variante naturalistamente entendida
de las ideas platónicas [...]" (KOSIK, 2011, p. 23, énfasis añadido, nuestra traducción).
En coherencia con este procedimiento analítico, nos basamos en Moura (2004) al
proponer la construcción de episodios de aprendizaje, entendidos como "[...] frases escritas o
habladas, gestos y acciones que constituyen escenas que pueden revelar la interdependencia
entre los elementos de una acción formativa" (MOURA, 2004, p. 276, nuestra traducción).
Estos no constituyen necesariamente una secuencia lógica de acciones lineales.
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Con este entendimiento, en la organización y selección de los datos empíricos de este
estudio, identificamos el episodio de aprendizaje Implicación de los estudiantes en la
aplicación de AOE , cuyos resultados discutimos en la siguiente sección.
Resultados y discusión del episodio de aprendizaje
Dedicamos esta sección a los resultados de la discusión producida a través del análisis
e interpretación del episodio de aprendizaje que surgió del movimiento de la aplicación de la
AOE y la producción de significados de los estudiantes sobre sus potencialidades en el
proceso de apropiación conceptual.
Reuniones formativas: el enfoque en AOE
El presente episodio se refiere al escenario formativo, compuesto por cuatro
encuentros, en los que contemplamos los supuestos teórico-metodológicos de la AOE y, en
consecuencia, los de la Teoría de la Actividad: lógico-histórico, necesidad del concepto e
interacción entre los estudiantes y los investigadores y estudiantes de mediación. En
ocasiones, aplicamos dos AOE. Específicamente sobre la SDA, estos se expresaron a partir de
situaciones cotidianas de los estudiantes, titulados: Cálculo de la altura de grandes
estructuras y Descubriendo la distancia utilizando conceptos trigonométricos (BEZERRA,
2019).
Además, en los encuentros formativos, los SDA fueron compartidos por el colectivo, a
través de la guía del investigador, ya que en la actividad pedagógica, como aclara Moura
(2004, p. 257, nuestra traducción), "[...] El profesor como profesional que se ocupa
fundamentalmente de los intercambios de significados llegó a ser visto como un aprendiz que
lleva los elementos que constituyen su individualidad construida en una determinada cultura".
Una vez hecho esto, se inició la aplicación del primer AOE (Figura 4), en el que la
situación cotidiana tuvo como problema desencadenante descubrir, a partir de conceptos
trigonométricos, la altura de una gran chimenea (Figura 3). Con este fin, preguntamos a los
estudiantes cómo podían llegar a la respuesta matemáticamente correcta a este problema.
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Figura 3 Chimenea - único remanente de la monumental fábrica de la Unión
Fuente: Bezerra (2019)
La mencionada chimenea, ubicada en las instalaciones de la escuela de campo de
investigación, ahora desactivada, fue observada inicialmente por los estudiantes, comenzando
a componer la situación de la vida cotidiana en pantalla. La necesidad conceptual presentada
consistió en comprender la lógica histórica de los conceptos trigonométricos. Esto, a partir de
la objetivación y apropiación de estrategias en la búsqueda de respuestas a los problemas que
desencadenan el aprendizaje, fue lo que permitió encontrar el valor de la distancia y la altura
de los lugares inaccesibles.
En este proceso, en el desarrollo de la actividad de estudio, el alumno "[...] se hace
produciendo sus objetos, y que al producir sus objetos, también produce sus significados,
cuya máxima expresión es la palabra" (MOURA, 2004, p. 260, nuestra traducción). De hecho,
desde el principio, entre los problemas experimentados por la humanidad, como se puede ver
en el AOE Cálculo de la altura de grandes estructuras (Figura 4), al definir su vivienda y
condiciones para producir, el hombre se enfrentó a diferentes necesidades de control
(LANNER DE MOURA, 1995).
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Figura 4 AOE Cálculo de la altura de grandes estructuras
Durante un trabajo, aplicado por la profesora Joana, sobre la historia del campo de
investigación escolar, se despertó la curiosidad de los estudiantes Carlos, Débora y
Wenderson. Estos estudiantes observaron que, en sus instalaciones, había una gran chimenea
(Figura 5), que estaba abandonada en la parte posterior de la parcela y se preguntaron cuál
sería su altura. Se reunieron para tratar de encontrar una manera de hacer los cálculos y luego
pensaron en algunas posibilidades para averiguar la altura, pero no tuvieron éxito. Charles
pensó en medir con una cinta métrica, mientras que Deborah lo encontpeligroso, debido a
la altura. Deborah tuvo la idea de volar una cometa y tenerla pegada en la parte superior de la
chimenea, y luego medir la longitud de la línea utilizada. Sin embargo, el uso de este
procedimiento no está permitido en las instalaciones de la escuela. Wenderson, bastante
curioso, recurrió a internet para investigar sobre cómo medir la altura de grandes estructuras
y, con ello, tuvo el primer contacto con conceptos trigonométricos. Sin embargo, no pudo
interpretar estos conceptos. Con el resultado de esta investigación, los tres estudiantes
decidieron hacer un estudio sobre cómo calcular grandes alturas y, así, surgieron varias
preguntas, entre las cuales, se configuró como un problema que desencadena el aprendizaje:
¿Cómo podemos usar conceptos trigonométricos para descubrir la altura?
Fuente: Bezerra (2019)
Se evidencia en la situación desencadenante bajo análisis que, ante la necesidad de
responder al problema que desencadena el aprendizaje, a saber: cómo usar conceptos
trigonométricos para descubrir la altura de la chimenea, inicialmente, los personajes Carlos,
Débora y Wenderson, posiblemente, en los primeros intentos, recurrieron a la grandeza de una
naturaleza discreta. Sin embargo, se dieron cuenta de que cuando se trata de grandes valores,
el conteo uno a uno se vuelve insuficiente y, en general, laborioso. En este contexto, hay
indicios de elementos de carácter imaginativo y creativo que permitieron el desarrollo de su
psique y, por extensión, diferentes niveles de significado.
Así, considerando que en la proposición de este primer AOE las acciones giran para
satisfacer la necesidad de calcular la altura de grandes estructuras, Carlos sugiere que se
utilice la cinta métrica en la medición. Sin embargo, esta posibilidad es descartada por
Deborah por observar el peligro de un accidente debido a la altura de la chimenea. También
vale la pena mencionar que, en el proceso de medición, aunque los estudiantes adoptaron la
cinta métrica como instrumento de medición, solo un rollo no sería suficiente, cuando
nuevamente se enfrentarían a la cantidad discreta y, en consecuencia, esto constituiría un
obstáculo.
Mientras tanto, el personaje Deborah propuso que usaran una cometa, fijándola a la
parte superior de la chimenea. Así, en posesión del registro de la medición de la longitud de la
línea empleada, alcanzarían la altura correspondiente a la chimenea. Sin embargo, las normas
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establecidas por los estatutos de la escuela obstaculizaron tal estrategia. Con ello, a la hora de
plantear nuevas posibilidades, el personaje Wenderson, movido por la curiosidad de saber
medir la altura de la chimenea, recurrió a la consulta en sitios de Internet. En esta acción, se
topó con los conceptos trigonométricos y, en ese momento, debido a que aún no se había
apropiado de estos conceptos, surgieron dudas que no sabía interpretar.
Aún en el análisis de esta SDA, en vista de las estrategias explicadas por los
estudiantes en la búsqueda de respuestas al problema que desencadena el aprendizaje, tenían
sus razones educadas en vista de la necesidad de calcular la altura de la chimenea.
Posteriormente, para el desarrollo de los cálculos, el investigador comenzó a problematizar
conceptos trigonométricos, con énfasis en el control de variaciones en la altura de los objetos,
lo que se presentó como una posibilidad para que los estudiantes significaran, culturalmente,
acciones a medir. En este sentido, como afirma Moura (2016, p. 116, nuestra traducción), en
esta forma de organizar la enseñanza de las matemáticas, la SDA tiene como objetivo central
"[...] proporcionar la necesidad de apropiación del concepto por parte del estudiante, para que
sus acciones se lleven a cabo en busca de una solución a un problema que lo movilice para la
actividad de aprendizaje: la apropiación del conocimiento".
En esta perspectiva, las primeras acciones desarrolladas, descritas en la APS por
Carlos, Débora y Wenderson, fueron esenciales para la referencia para la elaboración de
estrategias que lo hicieran posible, así, bajo la intervención del profesor/investigador, los
estudiantes observaron la variación en la elevación del Sol. Esto tuvo implicaciones para el
cambio en el ángulo debido a que los rayos del sol formaron, junto con el palo colocado
horizontalmente, un cambio en la medida de esta sombra. En este movimiento de
pensamiento, era posible pensar en el concepto de la tangente.
A modo de ilustración, al plantear posibilidades para la resolución del problema
desencadenante, el Estudiante 7 y el Estudiante 12 siguieron la misma lógica de pensamiento,
analizada por Bezerra (2019, p. 59, nuestra traducción) y descrita en la figura 5.
Pensaron en la hipótesis de su distancia, haciendo una simulación, hasta la
chimenea como uno de los lados de un triángulo rectángulo (cateto
adyacente) y la altura de esa chimenea (cateto opuesto). De esta manera,
alcanzaron el ángulo, mirando la parte superior de la chimenea. Aquí los
estudiantes emplearon los ángulos fundamentales (30º, 45º y 60º), ya
apropiados por ellos. Así, como resultado final del cálculo, sumaron la altura
del observador para descubrir una posible respuesta. Para ello, tuvieron que
adoptar diferentes ángulos y distancias. Así, a partir de la aplicación del
concepto de tangente en el triángulo rectángulo, los estudiantes encontraron
las respuestas [...].
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Figura 5 Respuestas, respectivamente, del estudiante 7 y del estudiante 12
Fuente: Bezerra (2019)
A partir de las estrategias empleadas por los estudiantes en referencia, fue posible
observar divergencias en las respuestas. Ante este hallazgo, el profesor/investigador, haciendo
uso de la problematización y la intervención, los llevó a identificar que, aunque los
procedimientos habían sido utilizados adecuadamente, los valores correspondientes a las
mediciones de distancia y ángulo no eran correctos, ya que, para determinar tales medidas,
necesariamente, debían contar con recursos auxiliares, como la cinta y el teodolito.
En este movimiento de apropiación conceptual, como conceptos trigonométricos, "[...]
la forma de abordar el concepto también dota al sujeto de una nueva cualidad, al tener que
resolver problemas, porque, además de haber aprendido un nuevo contenido, también adquirió
una forma de apropiarse del contenido en general" (MOURA, 2016, p. 118, nuestra
traducción).
En cuanto a la aplicación del segundo AOE Descubriendo la distancia utilizando
conceptos trigonométricos también recurrimos a una situación vivida diariamente por los
estudiantes, como se explica en la Figura 6.
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Figura 6 AOE 2 Descubriendo la distancia usando conceptos trigonométricos
La ciudad de Caxias MA fue elegida por el Departamento de Educación del Estado
de Maranhão para albergar los juegos escolares. Como anfitrión de los juegos, el equipo de
fútbol sala Caxiense ya está calificado automáticamente. Los juegos tendrán lugar del 3 de
junio al 3 de julio de 2019. El partido inaugural tendrá lugar en el Gimnasio Multideportivo
Mauro Sérgio Costa, ubicado en el barrio Seriema, mientras que el partido final se llevará a
cabo en el Centro de Actividades Físicas y Ocio, ubicado en el barrio de Nova Caxias.
Luciana vive en el barrio Ponte y planea ir en bicicleta para ver el partido inaugural,
ver otro partido en la Academia Biotipo, ubicada en el mismo barrio, e ir al partido final.
Como a menudo anda en bicicleta en la ciudad, conoce la distancia entre algunos vecindarios.
Entre Ponte y Nova Caxias hay 2100 metros; entre Nova Caxias y Seriema hay 500 metros.
Ante esta situación, planteamos el problema desencadenante: ¿Cuál es la distancia entre los
barrios de Ponte y Seriema, teniendo en cuenta que el ángulo formado por los barrios de Ponte
Nova Caxias Seriema es de 30º?
Fuente: Bezerra (2019)
Como se ve, esta vez, el problema que desencadena el aprendizaje que se basa en
conceptos trigonométricos es la distancia que contempla los tres espacios en la ciudad de
Caxias donde se realizaron los juegos escolares del estado de Maranhão. Para una mejor vista,
presentamos la Figura 7.
Figura 7 Distancia entre los lugares de juego
Fuente: Bezerra (2019)
En el desarrollo del AOE bajo análisis, a partir de las intervenciones del
profesor/investigador, los estudiantes presentaron algunas interpretaciones al proponer
estrategias para encontrar respuestas que respondieran al problema desencadenante. Sin
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embargo, incluso con el estudio sobre la lógica histórica de los conceptos trigonométricos y
las intervenciones realizadas, fue posible observar, por parte de algunos estudiantes, el intento
de resolver el problema limitado a definiciones trigonométricas en el triángulo rectángulo. Sin
embargo, en este contexto de discusión, el Estudiante 8 y el Estudiante 10, reconociendo que
el triángulo obtenido de las distancias entre los tres espacios donde se jugaban los juegos no
era un triángulo rectángulo, sintieron la necesidad de ampliar sus conocimientos, alcanzando
los conceptos trigonométricos en cualquier triángulo y, por extensión, las leyes de los cosenos
y los senos.
Así, colectivamente, los estudiantes 8 y 10 llegaron a la comprensión de que para
responder al problema que desencadena el aprendizaje, necesariamente tendrían que recurrir a
la ley de los cosenos, como se muestra en la Figura 8.
Figura 8 Respuestas de los estudiantes 8 y 10
Fuente: Bezerra (2019)
En resumen, sobre las respuestas presentadas por los estudiantes 8 y 10, incluso
presentando estrategias convergentes, obtuvieron resultados diferentes, aunque aproximados.
Ciertamente, esto se debió a algún error cometido por los estudiantes al realizar los cálculos.
Ante esta situación, corroboramos con las reflexiones teóricas de Fraga et al. (2012),
al discutir el concepto de AOE y, también, como aconseja Moretti (2014, p. 33, nuestra
traducción), al enfatizar que "[...] Crear condiciones de aprendizaje para las asignaturas
implica proponerles situaciones problemáticas que las antepongan a la necesidad del
concepto", abrimos espacio para las problematizaciones conceptuales, dirigiendo, de esta
manera, a los estudiantes a obtener respuestas que coincidan con aquellas que, histórica y
socialmente, el hombre determinó como correctas.
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Después de considerar las dos AOE analizados, se evidenció la necesidad de una
primera aproximación por parte de los estudiantes, desde la perspectiva de la lógica histórica
de los conceptos trigonométricos. Por lo tanto, las condiciones de aprendizaje fueron creadas
intencionalmente por el profesor/investigador, constituyendo así "[...] la situación propuesta
de hecho como un problema y, por lo tanto, como una necesidad para el sujeto que
aprende, siendo posible para él apropiarse del producto de la construcción histórica de la
cultura humana" (MORETTI, 2014, p. 34, nuestra traducción).
En esta dirección, complementado por Bezerra (2019) y Moura et al. (2010), en la
búsqueda de la solución de los problemas, el hombre desarrolla abstracciones que le permiten
salir del nivel caótico de la apariencia (punto de partida concreto), para alcanzar el nivel
pensamiento de la esencia (punto concreto de llegada), garantizando así la apropiación de la
experiencia histórico-social de la humanidad.
Así, aclaramos que este movimiento de pensamiento fue lo que nos llevó, a partir de la
discusión sobre la similitud de los triángulos, a problematizar y demostrar las relaciones
trigonométricas en el triángulo rectángulo. Para ello, utilizamos la cinta y el teodolito como
instrumentos mediadores complementarios en el desarrollo de la AOE, en la búsqueda de la
resolución de los problemas desencadenantes.
Con base en lo anterior, es evidente la necesidad de crear, en ambientes escolares,
momentos en los que los sujetos involucrados puedan interactuar y negociar significados,
configurándose en una condición para la reflexión de la actividad pedagógica y, lógicamente,
de la organización de la enseñanza.
De lo anterior, podemos afirmar que los significados desarrollados por los estudiantes
sobre las potencialidades del AOE cumplen con lo que Moura et. al. proponen. (2016, p. 99),
"Para la formación del pensamiento teórico del estudiante, es necesario organizar la
enseñanza para que realice actividades adecuadas para la formación de este pensamiento". En
resumen, el AOE se constituye como una posibilidad de superar el nivel de pensamiento
concreto caótico al pensamiento concreto, dando como resultado el desarrollo del
pensamiento a nivel teórico.
Finalmente, las reflexiones de los significados desarrollados por los estudiantes
expresan la necesidad de redimensionar las acciones de la actividad pedagógica. Esta es, en
esta perspectiva, una de las características de la AOE, además de la reflexión como método
habilitador para la apropiación del conocimiento (RODRIGUES; Sforni, 2010; Sforni, 2004).
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Consideraciones finales
Ha llegado el momento de sintetizar nuestras reflexiones sobre las posibilidades de
AOE como principio metodológico en el proceso de apropiación de conceptos
trigonométricos. Para esto, hacemos la analogía con el pensamiento de Araújo y Moura
(2008), citado por Bezerra (2019, p. 74), al expresar la integridad del proceso de identidad del
maestro: "[...] El Maestro es el que de repente aprende, el que aprende mucho, porque de
repente es casi siempre". En nuestra opinión, coincide con el movimiento llevado a cabo en
este estudio, en el que de repente aprendimos ... Hemos aprendido mucho.
Dada la necesidad de organización de la enseñanza, buscamos respuestas a la pregunta
problemática de este estudio, a saber: ¿cómo permite la AOE, como principio metodológico,
la mediación en el proceso de apropiación de conceptos trigonométricos? Con este fin, porque
entendemos que "una pedagogía que pretende ser revolucionaria debe, por lo tanto, partir de
la historia misma y de las producciones del ser humano en el campo educativo" (MARQUES;
DUARTE, 2020, p. 2209, nuestra traducción), inicialmente, al proponer a los estudiantes el
estudio de la historia lógica de los conceptos matemáticos, creamos las primeras condiciones
para su participación en la aplicación de AOE.
En general, este estudio implicó la conciencia, tanto por parte de los estudiantes,
participantes de la investigación y el investigador de que, al organizar la enseñanza de las
Matemáticas, es necesario considerar el movimiento lógico histórico del concepto entendido
como una necesidad humana (KOPNIN, 1978). Entendemos, en esta lógica, que esto permite,
especialmente al profesor, apropiarse del conocimiento teórico-científico desde la perspectiva
de la mediación, al considerar la AOE, máxima defendida por Moura et al. (2010).
En vista de la evidencia reveladora de las posibilidades de los participantes, en una
situación de experiencia y desarrollo de AOE, para apropiarse de conceptos trigonométricos,
es necesario considerar, entre otros factores: el concepto matemático central involucrado; el
SDA presenta preguntas que permiten la esencia del concepto?; el contexto funcionó, por
ejemplo, a partir de situaciones emergentes de la vida cotidiana, bajo la mediación de juegos
orientados?; ¿El texto SDA presenta claridad para que el estudiante reconozca el problema
desencadenante?
En este sentido, en otras palabras, entendemos que el profesor, al adoptar el AOE
como principio metodológico, con énfasis en el problema desencadenante, este
necesariamente debe articularse a su nivel de educación. Por lo tanto, el punto de partida debe
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ser el movimiento lógico histórico de los conceptos matemáticos, porque, de esta manera,
traerá implicaciones en el sentido de que los motivos de los estudiantes se educan frente a la
necesidad de encontrar una solución al problema desencadenante. En esta perspectiva, se debe
enfatizar que solo cuando la razón coincide con el objetivo de la SDA podemos señalar que el
estudiante está en una actividad de aprendizaje. En el caso de este estudio, esta posibilidad se
realizó a través de la elaboración y desarrollo de AOE, lo que ciertamente implicó en la
organización de la enseñanza de conceptos trigonométricos. Esta suposición está en línea con
lo que Leontiev (1978) afirma sobre la actividad como promotor del desarrollo psíquico del
sujeto.
En vista de lo anterior, entre las aportaciones de este estudio, sin duda, se encuentra la
ampliación de los estudios en el campo de la Educación Matemática, subvencionados por la
Teoría de la Actividad y los supuestos de la AOE. Por otro lado, se trata de un estudio con
potencialidades enriquecedoras tanto para el desarrollo profesional (docente y/o investigador).
Esto llevó a estudiantes y profesores investigadores a producir significados sobre la actividad
pedagógica, que van en contra de perspectivas basadas en la racionalidad técnica, limitadas a
definiciones y fórmulas, carentes de significados. Por lo tanto, la propuesta de la AOE que
involucra conceptos trigonométricos en la escuela secundaria puede generar cambios en el
pensamiento y las acciones frente a las preocupaciones y problemas en el ámbito de la
actividad pedagógica de los maestros que enseñan matemáticas. ¡Esto es lo que esperamos en
el futuro!
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CRediT Author Statement
Reconocimientos: Gracias a los profesionales y estudiantes de la escuela, locus de la
investigación, que contribuyeron al desarrollo de este estudio.
Financiación: Financiación propia.
Conflictos de intereses: No.
Aprobación ética: La investigación es parte de un proyecto más amplio, registrado en la
Pro-Rectoría de Investigación e Innovación (PROPESQI), de la Universidad Federal de
Piauí. Aquí están los datos del proyecto: Formación docente y actividad pedagógica en
educación básica: teoría y método en la enseñanza de Matemáticas y Ciencias/Física para
el desarrollo de prácticas educativas humanizadoras; Coordinación: 3438829_NEUTON
ALVES DE ARAUJO; Vinculación: CENTRO DE CIENCIAS DE LA
EDUCACIÓN/DEPARTAMENTO DE MÉTODOS Y TÉCNICAS DE ENSEÑANZA;
Autorización legal: CEP (CAAE:35371520.2.0000.5214); Modalidad: Proyecto
interno/Investigación científica; Agencia de desarrollo: n/a; Monto de la financiación: n/a;
Plazo: 08/01/2020 al 08/01/24; Estado: Protocolo en curso: 23111.031574/2020-98;
Matrícula: CCE-140-2020.
Disponibilidad de datos y material: No aplicable.
Contribuciones de los autores: Autor 1: El texto inicial fue producido para la conclusión
de la Maestría Profesional en Matemática en Red Nacional (PROFMAT/UESPI). Autores
2 y 3: Profesores de la disciplina TCC (PROFMAT/UESPI), colectivamente, actuaron en
la planificación, revisión y edición del artículo.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023088, 2023. e-ISSN: 1982-5587
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PROCESS OF APPROPRIATION OF TRIGONOMETRIC CONCEPTS MEDIATED
BY THE TEACHING GUIDING ACTIVITY (AOE)
PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DE CONCEITOS TRIGONOMÉTRICOS MEDIADO
PELA ATIVIDADE ORIENTADORA DE ENSINO (AOE)
PROCESO DE APROPIACIÓN DE CONCEPTOS TRIGONOMÉTRICOS MEDIADO
POR LA ACTIVIDAD ORIENTADORA DE ENSEÑANZA (AOE)
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA1
e-mail: andrevcb172@gmail.com
Neuton Alves de ARAÚJO2
e-mail: doutor.neuton@ufpi.edu.br
Valdirene Gomes de SOUSA3
e-mail: val_sousa@cceca.uespi.br
How to reference this article:
BEZERRA, A. V. R. C.; ARAÚJO, N. A.; SOUSA, V. G. Process
of appropriation of trigonometric concepts mediated by the
Teaching Guiding Activity (AOE). Revista Ibero-Americana de
Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023088, 2023. e-
ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18285
| Submitted: 25/04/2023
| Revisions required: 28/07/2023
| Approved: 10/08/2023
| Published: 30/09/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Department of Education of the State of Maranhão (SEDUC), Caxias MA Brazil. High School Mathematics
Teacher. Master in Mathematics (PROFMAT/UESPI).
2
Federal University of Piauí (UFPI), Teresina PI Brazil. Professor of Higher Education (MS), Class C -
Adjunct, Level 003. Doctorate in Education (USP).
3
State University of Piauí (UESPI), Teresina PI Brazil. Adjunct Professor IV Exclusive Dedication
(CCECA/UESPI). Doctorate in Education (UFPI).
Process of appropriation of trigonometric concepts mediated by the Teaching Guiding Activity (AOE)
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023088, 2023. e-ISSN: 1982-5587
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ABSTRACT: Mathematics has historically been perceived as difficult to understand. In
Geometry, it has been based on memorizing definitions and formulas, which denies students
the possibility of learning the historical logic of the concepts. The aim of this article is to analyze
the Teaching Orientation Activity (AOE) as a methodological principle in the process of
appropriating trigonometric concepts. It is a cross-section of data from a master’s research in
Mathematics (BEZERRA, 2019), anchored in the qualitative approach that is inserted in a
context of development of AOE with high school students form the state public network of
Maranhão, Brazil. It was supported by Activity Theory and the concept of AOE itself. The
results showed that AOE is a possibility for organizing the teaching of trigonometric concepts.
Under these conditions, it is based on the historical logical movement of the concept, as it
enables the student to become aware of the need to find a solution to the triggering problem,
placing them in a learning activity.
KEYWORDS: Guiding Teaching Activity. Trigonometric Concepts. High School.
RESUMO: A Matemática, historicamente, vem sendo significada como de difícil compreensão.
Delimitando à Geometria, esta tem sido calcada na memorização de definições e fórmulas, o
que nega aos alunos a possibilidade de aprendizagem do lógico histórico dos conceitos. Este
artigo tem o objetivo de analisar a Atividade Orientadora de Ensino (AOE) enquanto princípio
metodológico no processo de apropriação de conceitos trigonométricos. Trata-se de um
recorte dos dados de uma pesquisa de mestrado em Matemática (BEZERRA, 2019), ancorada
na abordagem qualitativa, que se insere em um contexto de desenvolvimento de AOE com
alunos do Ensino Médio da rede pública estadual do Maranhão, Brasil. Foi subsidiada pela
Teoria da Atividade e pelo próprio conceito de AOE. Como resultados, constatou-se que a AOE
se apresenta como possibilidade de organização do ensino dos conceitos trigonométricos.
Nessas condições, parte-se do movimento lógico histórico do conceito por possibilitar ao aluno
a tomada de consciência da necessidade de encontrar uma solução ao problema
desencadeador, colocando-o em atividade de aprendizagem.
PALAVRAS-CHAVE: Atividade Orientadora de Ensino. Conceitos trigonométricos. Ensino
Médio.
RESUMEN: La Matemática, históricamente, han sido significadas como de difícil
comprensión. Delimitando a la Geometría, esta ha sido fundamentada en la memorización de
definiciones y fórmulas, negando a los alumnos la posibilidad de aprendizaje del lógico
histórico de los conceptos. Este artículo tiene el objetivo de analizar la Actividad Orientadora
de Enseñanza (AOE) como principio metodológico en el proceso de apropiación de conceptos
trigonométricos. Se trata de un recorte de los datos de una investigación de maestrazgo en
Matemática (BEZERRA, 2019), anclado en el abordaje cualitativa que se inserta en un contexto
de desarrollo de AOE con alumnos de la Enseñanza Secundaria de la red pública estatal de
Maranhão, Brasil. Fue subsidiada por la Teoría de la Actividad y por el propio concepto de
AOE. Como resultados, se constató que la AOE se presenta como posibilidad de organización
de la enseñanza de los conceptos trigonométricos. En esas condiciones, se parte del movimiento
lógico histórico del concepto por posibilitar al alumno la toma de conciencia de la necesidad
de encontrar una solución al problema desencadenador, poniéndolo en actividad de
aprendizaje.
PALABRAS CLAVE: Actividad Orientadora de Enseñanza. Conceptos trigonométricos.
Enseñanza Secundaria.
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO and Valdirene Gomes de SOUSA
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Introduction
The low performance of internal and/or external assessments covering the mathematics
discipline may imply evidence of the non-production of meanings and, consequently, the non-
appropriation of its concepts. Delimiting it to Geometry, in the way it has been worked
historically, this is seen by students as difficult to understand and appropriate. On the other
hand, based on memorizing definitions, formulas and problem solving, it denies students the
possibility of learning the historical logic of concepts. As a result, as Bezerra (2019) highlights,
there are many questions we often hear, such as: teacher, why and why study this Mathematics?
How did this come about?
In view of the above, we situate the object of study developed by Bezerra (2019)
possibilities of appropriating trigonometric concepts as we understand that it is the teacher’s
role to create objective and subjective conditions for students to educate their motives in the
search for responding to a given learning trigger situation. To achieve this, it is necessary for
the teacher to intentionally organize teaching so that conceptual appropriation occurs. We also
clarify that this study, anchored in a qualitative and explanatory approach, was inserted in a
context of experience and development of AOE with students in the 2nd year of high school at
a state public school in Maranhão.
That said, in this article, we seek to answer the problem question: how does AOE, as a
methodological principle, enable mediation in the process of appropriating trigonometric
concepts? With this, we aim to analyze the possibilities of AOE as a methodological principle
in the process of appropriating trigonometric concepts.
Having made the considerations, in this study the Activity Theory (LEONTIEV, 1978,
2010) and, in particular, the AOE (MOURA, 1996, 2016) present themselves as theoretical-
methodological bases that support our investigative and analytical process. AOE is a
methodological principle that emerges from the assumptions of Activity Theory. In this
principle, Bezerra (2019), based on Leontiev (1978, 2010) and Moura (2001), understands that
the activity of learning mathematical concepts must start from a need, driven by a reason, unlike
lists of repetitive exercises, with proposals for solving problems in a memorized and mechanical
way.
To this end, the sections were organized in the following sequence: in the first, we
present introductory considerations about the object of the study, which deals with the
appropriation of trigonometric concepts in a context of experience and development of AOE.
In the second section, we bring reflections on Activity Theory and AOE, aligned with the issue
Process of appropriation of trigonometric concepts mediated by the Teaching Guiding Activity (AOE)
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of appropriating trigonometric concepts. In turn, in the third section, we explain the
methodological procedures that guided the development of this study. Continuing, in the fourth
section, we reserve the analysis of the data captured and presented in the learning episode that
emerged from the movement of applying the AOE. And, finally, the final remarks, in which we
present answers to the research problem.
From Activity Theory to Teaching Guiding Activity: contributions to the process of
appropriating trigonometric concepts
Activity Theory constitutes an aspect of Historical-Cultural Theory studies, initiated in
the 1930s by the Belarusian Lev Vygotski. His research highlights the interaction of man with
signs and instruments of communication, experiences, biological aspects, as well as material
and social conditions. As Bezerra (2019, p. 42, our translation) states, these are anchored in the
“[...] Marxist assumption that by transforming nature, man also transforms, achieving within
objective and subjective conditions his emancipation, his development psychic".
From this perspective, the social and historical activity of men is what triggers the
development of their psyche, which occurs through the mediation of instruments and signs
based on the appropriation of the physical and/or mental operations that are incorporated in
them. Therefore, by appropriating material and symbolic culture, a legacy objectively produced
and accumulated throughout history, such as mathematical concepts, man develops. In this
sense, when delimiting the pedagogical activity, that is, the unity of teaching activity and
learning activity, Bezerra (2019) states that this development is the result of the mediations that
permeate it.
In this way, the development of specifically human functions, such as reflection,
creativity, imagination, voluntary attention and volitional behavior, originates in the process of
appropriating concepts, implying the transformation of external activity into internal activity.
Thus, it is necessary for psychic functions to be experienced in the collective, since such
functions “[...] do not exist in the individual as a potentiality, but are initially experienced in
the form of interpsychic activity (between people) before assuming the form of intrapsychic
activity (within the person)” (MELLO, 2004, p. 141, our translation).
In this way, it is evident that men, as a result of their needs and motives, idealize and
create social objects, that is, “the product of work contains the human activity fixed in it, it is
the objectification of work, it is the activity transformed into an object [...]” (SAVIANI;
DUARTE, 2012, p. 23, our translation). In the aforementioned sense, when we focus our
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attention on the activity of teaching mathematics, the teacher makes use of mediating
instruments, creating conditions for students to grasp mathematical concepts. This involves the
need to identify, organize, sequence and measure content, as well as the means to validate the
purpose of educational work (SAVIANI, 2011).
It follows from this understanding that it is through activity that men become aware of
their actions. Like pedagogical activity, in the case of mathematics teachers, as Bezerra (2019)
highlights, they produce meaning of concepts based on their practices. Meaning understood
here in the light of Activity Theory as being “[...] the way in which a man assimilates
generalized and reflected human experience (LEONTIEV, 1978, p. 101, our translation).
Therefore, consistent with the thoughts of Leontiev (1978), we understand that
pedagogical activity enables meanings of the psychological reality of the subject who teaches
and learns. From this perspective, the development of this activity generates a change in reality
mediated by symbolic instruments, implying objective conditions for the organization of
teaching and, consequently, the appropriation of theoretical-scientific concepts by students.
Here, therefore, there is a negotiation of meanings, which leads us to understand, as defended
by the author in question, that “[...] the concept of activity is necessarily linked to the concept
of motive” (LEONTIEV, 2021, p. 123, our translation). From this, we infer that each and every
activity is guided by a reason, thus there is a need to educate it.
In light of these reflections, we emphasize that Activity Theory contributes to the
educational scenario and, specifically, in the case of this study, to the appropriation of
mathematical concepts. However, it is appropriate to highlight the role of the motif as a
structuring element of the activity, since it drives the actions of students and teachers, making
them aware of their commitment to the pedagogical activity and, consequently, to the
organization of teaching. In this regard, we affirm that the actions and operations that determine
the activity are impelled by its motive. Furthermore, these are directed towards a purpose
(LEONTIEV, 1978).
Still in this regard, with regard to mathematics teaching, conceptual appropriation is
mediated by pedagogical relationships involving teacher, student and classmates. Emphasizing
pedagogical activity, as Vigotski (2007) says, through the conditions created and mediations,
is how the Zone of Imminent Development (ZDI) is formed. This constitutes the possibility for
students to reach sophisticated levels of learning, that is, from potential development to real
development. In other words, like the problem situations proposed by the teacher, in the first
case, it would be what the student carries out, however, with the help of the teacher or a
Process of appropriation of trigonometric concepts mediated by the Teaching Guiding Activity (AOE)
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colleague who demonstrates a more elaborate psychic level. In the second case, it is the level
of development at which he can carry out the proposed situations autonomously and creatively.
In view of this theoretical discussion, the question arises: considering the ZDI in the
context of mathematical conceptual learning, what theoretical-methodological approaches can
we propose to overcome the level of potential development? In the search for answers, Moura
(1996, 2001), supported by the assumptions of Activity Theory, idealizes and aims at a
methodological principle coined by this author of Teaching Guiding Activity (AOE). This “[...]
is structured to allow subjects to interact, mediated by content, negotiating meanings, with the
aim of collectively solving a problem situation” (MOURA, 2002, p. 155, our translation).
In this direction, based on the logical-historical perspective (KOPNIN, 1978), this
principle follows the structure: teacher intentionality; proposal of a situation that triggers
learning; moments of interaction between students and the teacher; indication of sources for
consultation; possible ways to resolve the triggering problem; and collective discussions that
lead to the theoretical synthesis of the resolutions found.
Under these conditions, in the theoretical perspective defended here, we understand that
learning only takes shape as an activity when the triad of teacher, student and object of
knowledge (in this study, trigonometric concepts) is established through mediation. This
understanding presupposes the fundamental role of the teacher in guiding and organizing
teaching, with the first action being to create in students the need for the concept. Intrinsic to
this action, as previously mentioned, is the need to identify the reasons why students are
educated. In line with the above, we emphasize that in the operationalization of actions, the
teacher designates methodological principles, such as the AOE, where “[...] teacher and
students are active subjects and, in this way, constitute themselves as individuals carrying
knowledge, values and affection that will be present in the way they carry out the actions that
aim to obtain knowledge of a new quality” (BEZERRA, 2019, p. 36, our translation).
We observe, therefore, that in this proposal for organizing teaching, educational
intentions are present, which, certainly, as so well emphasized by Moura (2001, p. 157, our
translation), [...] will provide changes in subjects who acquire new skills, behaviors and values
and, in objective reality, as a result of the actions of these subjects”.
Having exposed the comments, we summarize the understandings of the AOE by
presenting figure 1.
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO and Valdirene Gomes de SOUSA
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Figure 1 Structure of the Teaching Guidance Activity
Source: Moura (2016 apud BEZERRA, 2019)
In the description of figure 1, we show that AOE constitutes a mediating axis in
pedagogical activity. It contains its characteristic elements: content, subject, need, motives,
actions and operations. By way of illustration, we emphasize that in the context of pedagogical
activity, the mathematics teacher needs to teach content, such as trigonometric concepts, to
students who aim to learn that content. Therefore, this is what justifies the maxim defended by
Moura (2001) that AOE constitutes a general way of organizing teaching, whose main content
is mathematical theoretical-scientific knowledge and, by extension, the development of
theoretical thinking. That said, from the AOE perspective, we have a teaching and learning
process that, in short, is constituted by the teacher and student training unit.
Having made these considerations, it is worth highlighting that in the process of
elaboration and development of the AOE, three stages are present. In the first, the teacher
dedicates himself to studies and planning the historical logic of the central concept (which in
the case of this study involves trigonometry). In the second stage, the learning triggering
situation (SDA) is created, and the triggering problem must be explained in it. To this end, as a
suggestion, the starting point of SDA can be a virtual story (problem situations that involve
characters from imagined stories, such as legends and children's stories, as well as stories that
contain mathematical concepts), a game or emergent situations of students’ daily lives
(MOURA, 1996). Finally, in the third stage, the moment of collective synthesis is proposed.
Here, under the mediation of the teacher, the negotiation of meanings takes place, seeking to
Process of appropriation of trigonometric concepts mediated by the Teaching Guiding Activity (AOE)
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find mathematically correct answers that coincide with those that humanity, driven by its needs
and motives, has historically elaborated and established results as correct (ARAÚJO, 2020).
In view of this theoretical reflection, we highlight in the context of AOE the situation
that triggers learning virtual history , entitled Verdim and his friends (ROSA et al., 2013),
developed by Araújo (2020) when presenting us with a training process with teachers from the
Elementary Education, as shown in figure 2.
Figure 2 Verdim and his Friends
Once upon a time there was Verdim, an enchanted being who lived in a forest from
another world. Verdim had many friends and together they played every day in the forest
clearing. Almost everyone lived close to Verdim's house, except three of them: the Giant
called Tililim and the two dwarves, Edim and Enim.
One day Verdim invited everyone to play at his house. As Tililim, Edim and Enim
lived very far away, Verdim explained how to get to their house. So, leaving the clearing,
on the side where the sun sets, they should take fifty steps forward, then thirty steps to
the right and another forty steps to the big tree and then they would continue straight
ahead and their house would be just ten steps away.
With Verdim's explanation, the three friends wrote down all the instructions so as
not to forget anything. The next day, early in the morning, they headed in the right
direction. But despite this, they were unable to reach Verdim's house.
What could have happened? Why didn't they arrive? How can we help Verdim
understand what happened and find another way to explain how to get to his house?
Source: Rosa et al. (2013)
The proposal aimed to reach the essence of the concept of measurement, since, for
Davydov (1982), this constitutes a general foundation in the development of the concept of
number. To this end, initially, meetings were proposed in a dialogical perspective guided by the
understanding of the historical logic of measurement.
In the second moment, the teacher presented the virtual story, as shown in figure 2,
involving the concept of measurement and its conceptual links, with emphasis on the problem
that triggers learning.
Finally, the third moment of the AOE occurred with the negotiation of meanings, so that
the answers presented by the teachers participating in the formative study met the perspective
of the historical logician of the concept of measurement, coinciding with or, in some way,
approaching those meanings established as correct by humanity in the historical-cultural
process of development of mathematics.
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO and Valdirene Gomes de SOUSA
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Therefore, based on the illustration, it is evident that AOE is based on the intentionality
of the subjects who, mediated by the negotiation of meanings, enable the objectification and
appropriation of theoretical-scientific knowledge and, consequently, the development of
theoretical thinking.
Methodological procedures
For the development of this study, in the search to understand the phenomenon
investigated, that is, possibilities of appropriating trigonometric concepts, we based ourselves
theoretically-methodologically on the Activity Theory and the concept of AOE. To this end, in
accordance with Rodrigues and Sforni (2010), we intentionally and collectively created the
conditions so that students felt motivated to participate in shared situations. As a result, it was
possible for us to follow more closely the verbal manifestations of his thoughts and, by
extension, his actions.
Thus, this study is configured as explanatory, given that we resorted to Vygotski's
(2007) investigative method, anchored in Historical and Dialectical Materialism. We clarify
that the aforementioned method presents three principles: 1) we do not limit ourselves to
descriptions of the phenomenon investigated, but rather, we explain this phenomenon, in order
to reach its essence; 2) we resort to analyzing the process, the movement of constitution of the
phenomenon, that is, its historicity; 3) when faced with the phenomenon being investigated, we
must not disregard behaviors that manifest themselves in their crystallized, fossilized
appearance, which leads us to the need to return to the genesis of this phenomenon.
In this logic of thought, initially, in order to explain the phenomenon in its essence, we
elaborate and present the AOE as a methodological principle. Therefore, we analyzed the
historical logical movement of trigonometric concepts and, under the intervention of the
researcher, two situations that trigger learning were proposed. Finally, considering the process
of appropriating concepts, collectively, we seek to recognize the meanings developed by
students.
Given the above, these assumptions signaled elements that allowed us to highlight the
movement of the AOE in the objectification and appropriation of trigonometric concepts by
high school students. It is worth highlighting that this movement appeared dynamic, historical,
constituting an activity, both for students and researchers. Furthermore, we observe that such
objectification and appropriation, according to Araújo (2020 apud BEZERRA, 2019, p. 121,
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our translation), “[...] is not placed in the social environment, at school or in any other training
space, therefore, it is not we just need to describe the process of appropriating mathematical
concepts [...]”.
The participants were 15 (fifteen) students regularly enrolled in the 2nd year of high
school. We clarify that, in order to preserve their identities, it was agreed that we protect their
names. Therefore, throughout the text, we adopted code names: Student 1, Student 2, Student
3, Student 4, ...
Specifically, regarding the data production process, in accordance with Oliveira (2016),
we understand that the definition of research instruments and techniques must be in line with
the problem, the objective of the study and the theoretical-methodological framework, so that
they enable the unveiling of the phenomenon investigated. Thus understood, we prioritize
participant observation and AOE itself.
Regarding the relevance of participant observation for this study, the choice was made
because it is a technique that allows the researcher greater involvement in research actions. As
Marconi and Lakatos (2017 apud BEZERRA, 2019, p. 48, our translation) point out, the
researcher, when also seeing himself as being researched, “[...] becomes confused with him. It
is as close to the community as a member of the group that is studying and participates in its
normal activities”. This was evident, in particular, in the application of AOE, with the
researcher's constant interventions, thus implying the involvement of students.
Finally, we clarify that AOE, in this study, in addition to being a methodological
principle, was also presented as a data capture procedure. With this, we observe its possibilities
of mediation in the process of appropriating trigonometric concepts when considering the
relationship between students and researcher, from a collective perspective, especially in
moments of reflection, raising hypotheses and in the search for a solution to the proposed
learning-triggering activities.
With regard to the analytical procedure, aligned with the theoretical-methodological
perspective embraced, we start from the Marxist maxim that objective reality exists
independently of our consciousness, that is, it is not something given a priori. In fact, reality
“[...] is not, therefore, a world of 'real', fixed objects, which under their fetishized aspect lead a
transcendent existence as a naturalistically understood variant of Platonic ideas [...]” (KOSIK,
2011, p. 23, emphasis added, our translation).
In coherence with this analytical procedure, we rely on Moura (2004) when proposing
the construction of learning episodes, understood as “[...] written or spoken phrases, gestures
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO and Valdirene Gomes de SOUSA
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and actions that constitute scenes that can reveal interdependence between the elements of a
formative action” (MOURA, 2004, p. 276, our translation). These do not necessarily constitute
a logical sequence of linear actions.
With this understanding, in the organization and selection of empirical data for this
study, we identified the learning episode Student involvement in the application of AOE ,
the results of which we discuss in the following section.
Learning episode results and discussion
We dedicate this section to the results of the discussion produced through analysis and
interpretation of the learning episode that emerged from the movement of applying AOE and
the production of students' meanings about their potential in the process of conceptual
appropriation.
Training meetings: the focus on AOE
This episode refers to the training scenario, consisting of four meetings, in which we
contemplate the theoretical-methodological assumptions of AOE and, therefore, those of
Activity Theory: logical-historical, need for the concept and interaction between students and
mediation researchers and students. On that occasion, we applied two AOE. Specifically, about
SDA, these were expressed based on students' everyday situations, entitled: Calculating the
height of large structures and finding the distance using trigonometric concepts (BEZERRA,
2019).
Furthermore, in the training meetings, the SDA were shared by the collective, through
the guidance of the researcher, since in the pedagogical activity, as Moura (2004, p. 257, our
translation) explains, “[...] the teacher as a professional who deals with fundamentally with
exchanges of meanings, he began to be seen as a learner who carries the elements that constitute
his individuality constructed in a given culture”.
Once this was done, the application of the first AOE began (Figure 4), in which the
everyday situation had the triggering problem of discovering, based on trigonometric concepts,
the height of a large chimney (Figure 3). To do this, we asked students how they could arrive
at the mathematically correct answer to the problem.
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RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023088, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18285 12
Figure 3 Chimney - the only remnant of the monumental União factory
Source: Bezerra (2019)
The aforementioned chimney, located on the premises of the research field school, now
deactivated, was initially observed by the students, becoming part of the daily situation on
screen. The conceptual need presented consisted of understanding the historical logic of
trigonometric concepts. This, based on the objectification and appropriation of strategies in the
search for answers to problems that trigger learning, was what made it possible to find the value
of the distance and height of inaccessible places.
In this process, in the development of the study activity, the student “[...] makes himself
by producing his objects and that, by producing his objects, he also produces his meanings
whose maximum expression is the word” (MOURA, 2004, p. 260, our translation). In fact,
since the beginning, among the problems experienced by humanity, as can be seen in the AOE
Calculation of the height of large structures (Figure 4), when defining their housing and
conditions for production, man was faced with different needs for control (LANNER DE
MOURA, 1995).
André Viana Rodrigues Chaves BEZERRA; Neuton Alves de ARAÚJO and Valdirene Gomes de SOUSA
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Figure 4 AOE Calculation of the height of large structures
Source: Bezerra (2019)
It is evident in the triggering situation under analysis that, faced with the need to respond
to the problem that catalyzes learning, namely: how to use trigonometric concepts to discover
the height of the chimney, initially, the characters Carlos, Débora and Wenderson, possibly, in
the first attempts, resorted to greatness of a discreet nature. However, they realized that when
it comes to large values, counting one by one becomes insufficient and, in general, laborious.
In this context, there are signs of elements of an imaginative and creative nature that enabled
the development of his psyche and, by extension, different levels of meaning.
Thus, considering that in the proposition of this first AOE the actions are aimed at
meeting the need to calculate the height of large structures, Carlos suggests that a tape measure
be used for measurement. However, this possibility is ruled out by Débora as she observes the
danger of an accident due to the height of the chimney. It is also worth highlighting that, in the
measurement process, although the students adopted the measuring tape roll as a measuring
instrument, just one roll would not be enough, when again they would be faced with the discrete
magnitude and, consequently, this would constitute an obstacle.
Meanwhile, the character Débora proposed that they use a kite, attaching it to the top of
the chimney. Thus, with a record of the measurement of the length of the line used, they would
arrive at the height corresponding to the chimney. However, the rules established by the school's
internal regulations hindered this strategy. Therefore, when new possibilities were raised, the
character Wenderson, driven by curiosity to know how to measure the height of the chimney,
resorted to consulting internet sites. In this action, he came across trigonometric concepts and,
at the time, as he had not yet appropriated them, doubts arose that he was unable to interpret.
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Still on the analysis of this SDA, given the strategies explained by the students in the
search for answers to the problem that triggered learning, they had their reasons educated
regarding the need to calculate the height of the chimney. Subsequently, to develop the
calculations, the researcher began to problematize trigonometric concepts, with emphasis on
controlling variations in the height of objects, which presented itself as a possibility for students
to culturally signify measuring actions. In this regard, as said by Moura (2016, p. 116), in this
way of organizing mathematics teaching, SDA has as its central objective “[...] providing the
need for appropriation of the concept by the student, so that his actions are carried out in search
of a solution to a problem that mobilizes him for the learning activity the appropriation of
knowledge”.
From this perspective, the first actions developed, as described in the SDA by Carlos,
Débora and Wenderson, were essential for the development of strategies that, under the
intervention of the teacher/researcher, allowed the students to observe the variation in the
elevation of the Sun. This had implications for the change in angle as a result of the sun's rays
forming, together with the stick placed horizontally, a change in the size of this shadow. In this
movement of thought, it was possible to think about the concept of tangent.
By way of illustration, when raising possibilities for resolving the triggering problem,
Student 7 and Student 12 followed the same logic of thought, as analyzed by Bezerra (2019, p.
59, our translation) and described in figure 5.
They thought about the hypothesis of its distance, making a simulation, to the
chimney as being one of the sides of a right-angled triangle (adjacent side) and
the height of that chimney (opposite side). In this way they reached the angle,
looking at the top of the chimney. Here the students used the fundamental
angles (30º, 45º and 60º), already appropriated by them. Therefore, as a final
result of the calculation, they added the height of the observer to discover a
possible answer. To do this, they had to adopt different angles and distances.
In this way, based on the application of the concept of tangent in the right
triangle, the students found the answers [...].
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Figure 5 Responses, respectively, from Student 7 and Student 12
Source: Bezerra (2019)
From the strategies used by the students in question, it was possible to observe
divergences in the answers. Faced with this finding, the teacher/researcher, using
problematization and intervention, led them to identify that, although the procedures had been
used appropriately, the values corresponding to the distance and angle measurements were not
correct, since to determine such measures, necessarily, should have auxiliary resources, such as
the tape measure and the theodolite.
In this movement of conceptual appropriation, like trigonometric concepts, “[...] the way
of approaching the concept also endows the subject with a new quality, when having to solve
problems, because, in addition to having learned content new, it also acquired a way of
appropriating content in general” (MOURA, 2016, p. 118, our translation).
Regarding the application of the second AOE Discovering the distance using
trigonometric concepts we also used a situation experienced daily by students, as explained
in figure 6.
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Figure 6 AOE 2 Discovering the distance using trigonometric concepts
Source: Bezerra (2019)
As seen, this time, the problem that triggers learning based on trigonometric concepts is
the distance that covers the three spaces in the city of Caxias where the school games in the
state of Maranhão were held. For better visualization, we present figure 7.
Figure 7 Distance between gaming locations
Source: Bezerra (2019)
In the development of the AOE under analysis, based on the teacher/researcher's
interventions, the students presented some interpretations when proposing strategies in order to
find answers that would meet the triggering problem. However, even with the study of the
historical logic of trigonometric concepts and the interventions made, it was possible to observe,
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on the part of some students, the attempt to solve the problem limited to trigonometric
definitions in the right triangle. However, in this context of discussion, Student 8 and Student
10, upon recognizing that the triangle obtained from the distances between the three spaces
where the games were played was not a right triangle, felt the need to expand their knowledge,
reaching trigonometric concepts in any triangles and, by extension, the laws of cosines and
sines.
Thus, collectively, students 8 and 10 came to the understanding that to respond to the
problem that triggered learning, they would necessarily have to resort to the law of cosines, as
shown in figure 8.
Figure 8 Responses from Students 8 and 10
Source: Bezerra (2019)
In summary, regarding the answers presented by Students 8 and 10, despite presenting
convergent strategies, they obtained different, although approximate, results. Certainly, this was
due to some mistake made by the students when carrying out the calculations.
Given this situation, as we corroborate the theoretical reflections of Fraga et al. (2012),
when discussing the concept of AOE and, also, as Moretti (2014, p. 33, our translation) advises,
when emphasizing that “[...] creating learning conditions for subjects involves proposing
problem situations to them that put them in front of the need for the concept”, we opened space
for conceptual problematizations, thus directing students to obtain answers that would coincide
with those that, historically and socially, man determined as correct.
Having made considerations about the two AOE analyzed, it became evident the need
for a first approach, on the part of the students, from the perspective of the historical logic of
trigonometric concepts. To this end, learning conditions were intentionally created by the
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teacher/researcher, thus constituting “[...] the situation actually proposed as a problem and,
therefore, as a necessity for the subject who learns, making it possible for him appropriate the
product of the historical construction of human culture” (MORETTI, 2014, p. 34, our
translation).
In this direction, as complemented by Bezerra (2019) and Moura et al. (2010), in the
search for problem solving, man develops abstractions that enable him to leave the chaotic level
of appearance (concrete starting point), to reach the thought level of essence (concrete
arrival point), thus ensuring, the appropriation of humanity’s historical-social experience.
Thus, we clarify that this movement of thought was what led us, from the discussion on
the similarity of triangles, to problematize and demonstrate the trigonometric relations in the
right triangle. To do this, we use the tape measure and the theodolite as complementary
mediating instruments in the development of AOE, in the search for resolving the triggering
problems.
Based on the above, the need to create, in school environments, moments in which the
subjects involved can interact and negotiate meanings is evident, configuring a condition for
reflection on the pedagogical activity and, logically, the organization of teaching.
From the above, we can state that the meanings developed by students about the
potential of AOE are in line with what Moura et. al. (2016, p. 99, our translation), “in order to
form the student’s theoretical thinking, it is necessary to organize teaching so that they carry
out activities suitable for the formation of this thinking”. In summary, AOE constitutes a
possibility of overcoming the level of chaotic concrete thinking to the concrete thought,
resulting in the development of thinking at a theoretical level.
Finally, the reflections on the meanings developed by the students express the need to
resize the actions of the pedagogical activity. From this perspective, this is one of the
characteristics of AOE, in addition to reflection as an enabler of a method for appropriating
knowledge (RODRIGUES; SFORNI, 2010; SFORNI, 2004).
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Final remarks
The time has come to summarize our reflections on the possibilities of AOE as a
methodological principle in the process of appropriating trigonometric concepts. To do this, we
make an analogy to the thought of Araújo and Moura (2008), cited by Bezerra (2019, p. 74, our
translation), when expressing the completeness of the teacher's identity process: “[...] a master
is the one who suddenly learns, the one who learns a lot, because it’s almost always sudden.”
In our opinion, it coincides with the movement carried out in this study, in which we suddenly
learned... we learned a lot.
Given the need to organize teaching, we sought answers to the question of this study,
namely: how does AOE, as a methodological principle, enable mediation in the process of
appropriating trigonometric concepts? To this end, as we understand that “a pedagogy that aims
to be revolutionary must, therefore, start from the history itself and the productions of human
beings in the educational field” (MARQUES; DUARTE, 2020, p. 2209, our translation),
initially, by proposing to students the study of the historical logic of mathematical concepts, we
created the first conditions for their involvement in the application of AOE.
In general terms, this study involved raising awareness, both on the part of the students,
research participants, and the researcher that, when organizing Mathematics teaching, it is
necessary to consider the historical logical movement of the concept understood as a human
need (KOPNIN, 1978). We understand, in this logic, that this allows, above all, the teacher, to
appropriate theoretical-scientific knowledge from the perspective of mediation, when
considering AOE, a maxim defended by Moura et al. (2010).
Given the evidence revealing the possibilities of participants, in a situation of
experiencing and developing AOE, to appropriate trigonometric concepts, it is necessary to
consider, among other factors: the central mathematical concept involved; does the SDA
present questions that enable the essence of the concept?; Is the context worked on, for example,
based on emergent everyday situations, under the mediation of guided games?; Does the SDA
text provide clarity so that the student recognizes the triggering problem?
In this sense, in other words, we understand that, when the teacher adopts AOE as a
methodological principle, with emphasis on the triggering problem, this must necessarily be
linked to his/her teaching level. To this end, the starting point must be the historical logical
movement of mathematical concepts, as this will have implications in the sense that students'
motives are educated in the face of the need to find a solution to the triggering problem. From
this perspective, it is important to emphasize that only when the reason coincides with the
Process of appropriation of trigonometric concepts mediated by the Teaching Guiding Activity (AOE)
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objective of the SDA can we point out that the student is engaged in a learning activity. In the
case of this study, this possibility was realized through the elaboration and development of
AOE, which, certainly, implied in the organization of the teaching of trigonometric concepts.
This assumption is in line with what Leontiev (1978) states about activity as a promoter of the
subject's psychic development.
In view of the above, among the contributions of this study, there is undoubtedly the
expansion of studies in the field of Mathematics Education, subsidized by the Activity Theory
and the assumptions of AOE. On the other hand, it is a study with enriching potential for
professional development (teaching and/or researcher). This led students and research
professors to produce meanings about pedagogical activity, which go against perspectives
based on technical rationality, limited to definitions and formulas, devoid of meanings.
Therefore, the AOE proposal involving trigonometric concepts in high school can generate
changes in thinking and actions in the face of concerns and problems within the scope of the
pedagogical activity of teachers who teach mathematics. Here's what we expect from now on!
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CRediT Author Statement
Acknowledgments: Thanks to the professionals and students at the school, the locus of the
research, who contributed to the development of this study.
Financing: Own financing.
Conflicts of interest: No.
Ethical approval: The research is part of a larger project, registered with the Dean of
Research and Innovation (PROPESQI), at the Federal University of Piauí. Here are project
data: Teacher training and pedagogical activity in basic education: theory and method in
teaching Mathematics and Science/Physics for the development of humanizing educational
practices; Coordination: 3438829_NEUTON ALVES DE ARAUJO; Link: EDUCATION
SCIENCE CENTER/DEPARTMENT OF TEACHING METHODS AND TECHNIQUES;
Legal authorization: CEP (CAAE:35371520.2.0000.5214); Modality: Internal
project/Scientific research; Development agency: n/a; Financing amount: n/a; Validity:
08/01/2020 to 08/01/24; Status: In progress Protocol: 23111.031574/2020-98; Registration:
CCE-140-2020 .
Availability of data and material: Not applicable.
Author contributions: Author 1: The initial text was produced for the completion of the
Professional Master's Degree in Mathematics on a National Network (PROFMAT/UESPI).
Authors 2 and 3: Teachers of the TCC discipline (PROFMAT/UESPI), collectively, worked
on planning, reviewing and editing the article.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Review, formatting, standardization and translation.