RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 17
ENTRE RAZÕES E PERSPECTIVAS, CAMINHOS E INSPIRAÇÕES: ALGUNS
MOTIVOS PARA QUE A SAÚDE E A EDUCAÇÃO CAMINHEM JUNTAS
ENTRE RAZONES Y PERSPECTIVAS, CAMINOS E INSPIRACIÓN: ALGUNAS
RAZONES PARA QUE SALUD Y EDUCACIÓN CAMINEN JUNTAS
BETWEEN REASONS AND PERSPECTIVES, PATHWAYS AND INSPIRATION:
SOME REASONS FOR HEALTH AND EDUCATION TO WALK TOGETHER
Janine Marta Coelho RODRIGUES1
e-mail: janinecoelho68@gmail.com
Silvestre Coelho RODRIGUES2
e-mail: silvestrerodrigues@hotmail.com
Aureliana da Silva TAVARES3
e-mail: tavares.aureliana@gmail.com
Como referenciar este artigo:
RODRIGUES, J. M. C.; RODRIGUES, S. C.; TAVARES, A. S.
Entre razões e perspectivas, caminhos e inspirações: Alguns
motivos para que a saúde e a educação caminhem juntas. Revista
Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n.
00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324
| Submetido em: 13/09/2022
| Revisões requeridas em: 25/01/2023
| Aprovado em: 10/02/2023
| Publicado em: 11/08/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa PB Brasil. Professora Titular do Programa de Pós-
Graduação em Educação do Centro de Educação.
2
Universidade Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa PB Brasil. Professor Efetivo do Departamento de
Psicopedagogia do Centro de Educação.
3
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Amargosa BA Brasil. Professora Substituta do Centro
de Formação de Professores.
Entre razões e perspectivas, caminhos e inspirações: Alguns motivos para que a saúde e a educação caminhem juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 18
RESUMO: O estudo trata de uma pesquisa bibliográfica com ênfase nas discussões sobre a formação
de profissionais na ótica da diversidade, a partir da perspectiva das interfaces da saúde com a educação
como espaço de formação do ser humano. A reflexão permeia num olhar crítico em atuação conjunta e
intercomplementar da Saúde com a Educação, viabilizando os processos de inclusão social, cultural e
digital. Destacamos as atividades interdisciplinares que possuem como foco a minimização da
marginalização na sociedade informatizada e que apontam também para a formação de profissionais
com novos significados, novas exigências sociais. Concomitantemente, a pesquisa evidencia que a
interrelação entre o ensino formativo, técnico e profissional determina a prioridade dos cursos
formativos, levando em conta a ética, o rigor científico e intelectual e o enfoque multi e interdisciplinar,
especialmente na área da educação e saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Formação de Profissionais. Diversidade. Saúde. Educação.
RESUMEN: El estudio se basa en una investigación bibliográfica que enfatiza las discusiones sobre
la formación de profesionales en la ética de la diversidad en la perspectiva de las interfaces de la salud
con la educación, como espacio para la formación del ser humano. La reflexión permea una mirada
crítica a la acción conjunta e intercomplementaria de la Salud con la Educación, posibilitando los
procesos de inclusión social, cultural y digital. Destacamos la acción interdisciplinar enfocada a
minimizar la marginación en la sociedad informatizada, que también pretende formar profesionales
con nuevos significados, nuevas demandas sociales. Al mismo tiempo, la investigación muestra que la
interrelación entre formación, formación técnica y profesional, determina la prioridad de dos cursos
de formación, teniendo en cuenta la ética, el rigor científico e intelectual y el enfoque multi e
interdisciplinario, especialmente en el área de educación y salud.
PALABRAS CLAVE: Formación de Profesionales. Diversidad. Salud. Educación.
ABSTRACT: The study deals with bibliographical research with an emphasis on discussions about the
training of professionals from the perspective of diversity from the perspective of the interfaces between
health and education, as a space for the formation of human beings. The reflection permeates a critical
look at the joint and intercomplementary action of Health with Education, enabling the processes of
social, cultural and digital inclusion. We highlight interdisciplinary activities as a focus on minimizing
marginalization in the computerized society, which also points to the training of professionals with new
meanings, new social demands. Concomitantly, the research shows that the interrelation between
formative, technical and professional teaching determines the priority of formative courses, taking into
account ethics, scientific and intellectual rigor and a multi and interdisciplinary focus, especially in the
area of education and health.
KEYWORDS: Training of Professionals. Diversity. Health. Education.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES e Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 19
Introdução
O estudo objetiva estimular as discussões sobre a formação de profissionais na ótica da
diversidade, a partir da perspectiva das interfaces da saúde com a educação, como espaço de
formação do ser humano. Sabemos dos inúmeros entraves que a escola precisa superar para
concretizar uma prática pedagógica e social, democrática e inclusiva. São diversos fatores a
serem mobilizados: a qualidade e o compromisso sociopolítico e cultural de todos (as) que
fazem a escola, a acessibilidade para os deficientes em relação ao espaço sico, a remoção de
barreiras arquitetônicas, os materiais pedagógicos especializados e metodologias
diversificadas, e a garantia do acesso e da permanência das pessoas com deficiência a partir da
égide da Lei Brasileira de Inclusão/2015.
Importante lembrar a relevância do estabelecimento de parcerias e cooperações
interinstitucionais e, também, da formação dos profissionais, que nesta perspectiva constituem-
se em agentes de inclusão e nos fazem refletir sobre estas questões, que implicam numa
formação qualificada e competente. Tal condição se revela um primeiro passo para a
construção de uma escola que lida com a diversidade, onde a finalidade da educação seja a
formação do ser humano.
Alguns pontos iniciam nossa discussão: como desenvolver um processo formativo que
reconheça a educação como espaço de formação do humano? Que medidas de superação dos
entraves na escola oportunizam a concretização de uma prática profissional democrática e
inclusiva? Que elementos de influência dos modelos formativos favoreceriam a formação
continuada enquanto uma busca individual realizada no coletivo? Como a Saúde pode auxiliar
a Educação na construção de novas atitudes docentes éticas, sociais e pedagógicas?
Pensamos que essa atuação conjunta e intercomplementar da Saúde com a Educação
viabiliza os processos de inclusão social, cultural e digital. As atividades interdisciplinares
tendo como foco a minimização da marginalização na sociedade informatizada apontam
também para a formação de profissionais com novos significados, novas exigências sociais.
Parece-nos, e a sociedade vem nos mostrando, a necessidade do surgimento de novos saberes
para a prática educativa. Neste sentido, mobilizando esses saberes, a Educação, a escola e
aqueles que com elas colaboram serão capazes de trabalhar a favor da inclusão e da diversidade,
executando as políticas públicas para práticas educativas menos excludentes, reconhecendo as
diferenças sem inferiorizá-las e superando os preconceitos, entendendo e reconhecendo o outro,
partilhando e acolhendo sem nenhuma forma de discriminação.
Entre razões e perspectivas, caminhos e inspirações: Alguns motivos para que a saúde e a educação caminhem juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 20
Os profissionais que lidam com essa clientela tão especial, elementos de discussão deste
estudo, aprendem juntos a valorizar as identidades socioculturais e raciais; a enfrentar os
desafios de reunir e mediar as ações de ensino e aprendizagem para todos.
Um destaque importante no processo formativo desses profissionais, em particular,
deverá ser a manutenção de um enfoque integrado de investigação e pesquisa com articulação
imediata, teoria-prática nas ações no contexto da sala de aula, na escola e/ou em espaços não
formais de educação.
Caberia às agências de formação reforçar nos currículos dos cursos espaços para
estimular o estudo e a pesquisa, através das atividades planejadas com os alunos, oportunizando
a vivência em sala de aula e ações afirmativas de inclusão e respeito à diversidade nas
comunidades envolvidas.
Uma questão se coloca como norte de nosso estudo: como se capacita um profissional
dentro de uma dinâmica social que sabemos ser movida por fatores econômicos, sociais e
políticos e cuja meta é a formação do humano? É nosso interesse analisar a formação do humano
como um dos aspectos fundamentais da educação e diversidade, a partir do estudo dos processos
formativos dos profissionais que atuam na escola e a partir da constatação das várias direções
da trajetória formativa e profissional inclusiva.
Parece-nos que quanto mais clara for a visão, quanto mais definida for a compreensão
dos espaços profissionais que podem ocupar, mais há a necessidade de conhecer os Códigos de
Ética, sobretudo quando explica a área de estudo e os diversos espaços de atuação no contexto
de Saúde e Educação. É importante para o profissional da Educação e da Saúde compreender o
processo da aprendizagem humana; as condições normais e patológicas da aprendizagem, o
contexto familiar, a escola, além de transitarem nos espaços formais e não formais onde a
escolarização pode acontecer: tais elementos constituem-se nos procedimentos específicos que
podem ser analisados e discutidos como fenômenos da aprendizagem, à luz desses elementos e
considerando o desenvolvimento psicossocial-educacional e físico da criança e do adolescente;
estes profissionais, juntos, podem, sem sombra de dúvida, minimizar os problemas de
aprendizagem, tão comuns hoje em nossas escolas.
Nos processos formativos dos profissionais que lidam com o desenvolvimento humano
verificamos a existência de vários fatores intervenientes, entre eles, a influência de distintos
modelos formativos, das dificuldades dos mercados de trabalho, da (des)valorização
profissional e outros tópicos como gênero e classe. Tais questões têm influenciado, desde então,
os caminhos de uma educação mais tolerante e inclusiva.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES e Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 21
Todos os seres humanos constroem conhecimentos de várias maneiras e por diferentes
razões. As experiências cotidianas vivenciadas, criadas pelos indivíduos, constituem-se espaços
de aquisições de conhecimentos. Nessa perspectiva, a profissão docente tem um conhecimento
específico, que é utilizado e repassado no ato de ensinar e aprender, de uma geração para outra,
de transmitir o conhecimento produzido em diferentes manifestações e formas de expressão.
Pensamos que reconhecer nos alunos os saberes que trazem construídos em diferentes
espaços e nas suas relações cotidianas, é notar as aprendizagens e vivências sociais, e estimular
transformações desses saberes em conhecimentos, respeitando sobremaneira os níveis de
escolarização. Esse reconhecimento passa, também, por considerar as aquisições e habilidades
que os alunos dispõem, tal qual as relações entre os profissionais da educação, os aprendentes
e aprendizes que convivem em espaços não formais de educação e escolarização. Nesse sentido,
a atuação interdisciplinar e intercomplementar dos profissionais, assessorando e orientando um
trabalho coletivo, é fundamental para otimização da atividade educativa.
A profissionalização de profissionais para atuar na área da Educação e da Saúde é um
tema de fácil trato discursivo, posto que atualmente vem sendo incorporado nos discursos
formativos, mas de difícil operacionalização, sobretudo no momento da formação
(RODRIGUES, 2003).
O que deve ser modificado ou reorganizado na formação dos profissionais para
lograrmos uma aproximação da profissionalização, que seja capaz de trabalhar a diversidade
com tolerância e respeito às diferenças?
São inúmeros os fatores a serem mobilizados, controlados, definidos, mas dentre eles
um se destaca, a visão fragmentada das teorias psicopedagógicas que impedem o profissional
de argumentar e explicar com segurança suas ações pedagógicas.
A profissionalização é uma busca difícil, complexa mas possível, se perseguida através
de atitudes de valorização da pesquisa no processo formativo, da socialização de resultados e
de estudos e pesquisas, que consolidam um modelo, um caminho de profissionalização que se
espera obter, uma profissionalização capaz de preparar o profissional para conviver e trabalhar
com a diversidade nos diversos espaços sociais, que o instrumentalize para o exercício de uma
prática profissional responsável e inclusiva.
O reconhecimento do trabalho democrático e inclusivo é redimensionado em parcerias
institucionais que acenam para a construção de um status profissional distinto, que é construído
no individual e no social, que se articulam e se complementam, sobretudo quando pensamos
em atividades integradoras e interdisciplinares entre a escola e a comunidade.
Entre razões e perspectivas, caminhos e inspirações: Alguns motivos para que a saúde e a educação caminhem juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 22
A construção de uma nova atitude ética, pedagógica, a escolha de ser um profissional
com fazeres, dizeres, contradições e compromissos profissionais e uma maior mobilização do
pensamento crítico sinalizam as oportunidades de refletir sobre as práticas, do que fazem e
porque fazem o trabalho educativo dentro de uma realidade social posta. Saviani (2003, p. 21)
diz: se para formar homens, é necessário um profundo conhecimento da realidade humana e se
a realidade humana é essencialmente histórica, então o educador precisa conhecer a história e
a diversidade.
Daí, pensamos que a ênfase na compreensão e aceitação dos diferentes contextos sócio-
históricos e econômicos dos alunos e suas famílias podem significar as primeiras iniciativas
para reconhecimento das diferenças e da diversidade. Por outro lado, o desenvolvimento e
cultivo de sentimentos de responsabilidade e pertencimento concretizam a necessidade de
formar profissionais na ótica do ser humano.
Boff (1996, p. 33) nos inspira quando, em seus artigos, diz que
[...] cuidar é mais que um ato; é uma atitude ... abrange mais que um momento
de atenção [...] representa ocupação, preocupação, responsabilização e
envolvimento afetivo com o outro[...].
Pelas práticas do cotidiano vivenciado, percebemos que a partir da constatação das
várias direções e espaços da trajetória dos profissionais inclusivos, estes caminhos teórico-
metodológicos e as posturas profissionais assumidas sofrem a influência de vários modelos
formativos, da (des)valorização profissional, dentre outros, e que tais questões m
determinado, desde então, os caminhos da profissionalização, sobretudo numa perspectiva mais
crítica. Logo, são essas questões pensadas e contextualizadas que se constituem hoje no norte
de nossas buscas.
A inclusão socioeducacional, que expressa a pluralidade e a diversidade, no âmbito da
escola, passa por vários segmentos, dentre eles, a inclusão digital, que visa evitar que pessoas
e países fiquem à margem da sociedade informatizada. À exemplo disso, a ONU passa a exigir
que os países abram suas atividades econômicas à tecnologia. Isto significa considerar o
ciberespaço como uma rede comunicacional global. Neste sentido, os espaços virtuais encurtam
as distâncias do desconhecimento e da desinformação.
Situações como o uso de cartões eletrônicos, robôs, aparelhos eletrodomésticos,
fotocopiadoras, fax, celulares, TVs, DVDs, iPods, tablets e computadores, representam a
captura e apresentação de informações que os sujeitos sociais precisam dominar. Assim, com o
fito de inserir os estudantes na sociedade informatizada. cabe à escola passar aos seus alunos
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES e Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 23
todas as funções da informática, que, para Vigotski (2000, p. 46), constituem-se em: captura,
digitalização, memória, tratamento e apresentação. São funções que, na perspectiva geral de
uma educação tecnológica, darão a oportunidade da inclusão dos alunos e da escola no mundo
virtual. Para tanto, a formação do profissional, na sociedade do conhecimento, implica numa
relação entre os processos formativos e os novos significados trazidos à sociedade pela
informatização e novas tecnologias.
A sociedade da informação, também chamada de sociedade do conhecimento, utiliza
uma intensa rede de informática e telecomunicações, que disponibiliza com mais eficiência os
saberes, ignorando fronteiras geográficas ou limites espaciais, tornando a educação mais que
um processo de ensino e de aprendizagem. O profissional, como mediador das informações
tecnológicas, precisa desenvolver suas próprias competências para lidar com o avanço das
tecnologias.
O uso de TVs, videoconferências, retroprojetor, lives, Google Meet e da pesquisa
através das infovias propicia, nos cursos de formação desses profissionais, a aprendizagem de
uma atitude investigativa, construindo, entre os alunos, perfis de pesquisadores. Tais ações
didático-pedagógicas inovam os contextos educacionais, renovam antigas práticas e permitem
o acesso mais imediato às informações e à produção e disseminação do conhecimento.
Compreendemos que os computadores e os softwares educacionais trazem em si duas
faces em relação à democratização de sua utilização. A tecnologia não escapa do bem ou do
mal historicamente percebido nas mudanças sociais. Contudo, o uso de um simples computador
na escola torna-se fator de diferenças, realçando as desigualdades sociais e de ações educativas,
dentro de uma perspectiva de avanços e superação.
Os desafios desta era tecnológica para as escolas e seus profissionais são inúmeros. Esse
período de pandemia, principalmente 2020 e 2021, demonstrou como a escola estava distante
das tecnologias; as aulas on-line foram aprendidas a serem elaboradas no processo, assim como
os softwares e as aulas remotas. Por outro lado, pensamos que é preciso rever os conteúdos dos
cursos de formação de profissionais que lidam com a formação do Outro. A formação dos
professores que atuam nas escolas, e daqueles que os assessoram, precisa passar por mudanças
que implicam na formação do próprio homem. Freire (1997), em Pedagogia da Autonomia,
apresenta o que ele considera serem os saberes necessários à prática educativa. Tais saberes,
que aglutinam aspectos da docência enquanto especificidade da atividade humana, exigem
rigorosidade, método, respeito, criticidade, ética, alegria, esperança e disponibilidade para o
Entre razões e perspectivas, caminhos e inspirações: Alguns motivos para que a saúde e a educação caminhem juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 24
diálogo; tais questões representam uma prática pedagógica responsável pela formação de um(a)
profissional comprometido com a mudança que a educação é capaz de promover.
Freire (1997) já refletia sobre a necessidade da educação e conscientização do homem,
enquanto sujeito social, inserido numa realidade que ele deveria compreender e transformar.
Cabe à escola e aos que nela atuam desempenhar este papel transformador, evitando
uma prática bancária e assumindo uma prática pedagógico-social que tem como suporte uma
pedagogia da esperança, que liberta e faz pensar.
O profissional à luz das ideias freireanas é outro, é aquele que entende a importância do
ato de ler, como uma leitura da vida como prática de uma liberdade de pensamento que liberta
da opressão, descortinando o entendimento do mundo, das coisas e das pessoas, sem medo e
com a ousadia que a educação inspira. Assim, educação é mudança, é viver e aprender a cada
dia, através das ações de cultura e educação que podem ser desenvolvidas na escola da vila, na
escola da vida.
Uma escola considerada inclusiva, na ótica da diversidade, parte da revisão e instalação
de papéis deste novo ou renovado profissional, que deve ser acompanhado e assessorado,
desenvolvendo o papel de facilitador e mediador de aprendizagens e de desenvolvimento dos
alunos nas ações educativas integradoras.
Desafios, dificuldades e perspectivas de uma educação democrática e inclusiva na ótica da
diversidade
Os termos inclusão, exclusão e diversidade expressam uma abordagem educacional que
vem se mostrando benéfica para os (as) que devem ser considerados cidadãos aceitos como
iguais, e também benéfica para os considerados normais, que conseguem exercitar a
estruturação de suas personalidades, convivendo com as diferenças.
No século XX, os processos de reabilitação, socialização e integração das minorias
excluídas na rede regular de ensino era norteado pelo conceito de normalização. Tal expressão
era usada para identificar necessidades de atenção específica, com recursos diferenciados:
materiais, supressão de barreiras arquitetônicas, adaptação de prédios públicos e edifícios,
formação de professores, (re) elaboração de processos de avaliação, adaptação dos currículos a
novas metodologias.
A educação inclusiva, a partir dos anos 90, da Assembleia Geral da ONU, sob o lema
“Sociedade para Todos”, influenciou o Brasil na criação da proposta educacional do plano
decenal de educação. Essa proposta objetiva a inclusão educacional e social de grupos
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES e Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 25
marginalizados e minoritários como: crianças de rua, afrodescendentes, deficientes, ciganos,
indígenas e todos que sofrem exclusões parecidas nos processos educativos.
Na Assembleia da ONU na Tailândia (UNICEF, 1990) e na Assembleia da ONU na
Espanha (UNESCO, 1994), onde estavam presentes 155 governos, incluindo o do Brasil, surgiu
a Declaração de Salamanca documento que expressa a inserção e visão pedagógica do
desenvolvimento humano, respeitando os ritmos e as formas diferenciadas de aquisição de
aprendizagens.
A proposta inclusiva representa uma política pública na área da pesquisa e trabalho e de
práticas educativas com atividades que precisam sair do discurso, romper com o caráter
assistencialista e paternalista que sempre envolveu a educação para todos. A inclusão dos
excluídos em todos os níveis de ensino assume uma bandeira, acima de tudo, humanista e
democrática.
A prática da compreensão e aceitação das diferenças e o respeito às deficiências depende
muito da conscientização, da sensibilidade, do respeito, do conhecimento dos processos de
desenvolvimento, da aceitação, e muito menos da legislação. Acreditamos que signifique uma
atitude construída, um engajamento individual, social e coletivo de superação de preconceitos.
Entendemos a educação e a diversidade como pontos de partida para que se constitua
um processo dinâmico de muitas faces, desenvolvido através de um trabalho social e
pedagógico onde a atitude de aceitação das diferenças extrapola a simples colocação dos alunos
com algum tipo de deficiência na sala de aula ou se estabeleçam cotas de inserção de minorias
sociais nas Universidades.
Os princípios da diversidade e da inclusão podem ser compreendidos como a celebração
das diferenças, da liderança, do direito de pertencer, da valorização da diversidade humana, da
solidariedade, da importância das minorias, da cidadania e, enfim, da qualidade de vida, do
padrão de excelência dos resultados educacionais, da colaboração e cooperação com estratégias
de apoio com novos papéis e responsabilidades, envolvendo todos que fazem a escola e os
parceiros comunitários nos processos educativos.
Compreendemos, então, que o papel do profissional integrado com as ciências da
Educação e da Saúde, numa perspectiva inclusiva contribui para a melhoria dos processos de
ensino-aprendizagem e tem importância fundamental na qualidade das relações pessoais e
sociais que se estabelecem na escola.
Entre razões e perspectivas, caminhos e inspirações: Alguns motivos para que a saúde e a educação caminhem juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 26
O profissional interdisciplinar, que caminha junto com a Educação e a Saúde e a proposta
inclusiva: como lidar com as diferenças?
Uma ação educativa que se oriente pela diversidade reconhece o fazer e o saber
pedagógico, assumindo, explorando e estimulando as potencialidades do universo da escola.
Valoriza a identidade sociocultural e étnica, atende aos desafios de reunir alunos diferentes,
tornando-se aquele mediador que garante espaços de ensino e de aprendizagem para todos.
Um dos aspectos mais significativos desta escola inclusiva é a formação e capacitação
de seus professores, de modo que, a esses professores sejam dadas condições práticas
educacionais e pedagógicas de trabalhar com seus alunos com total participação na sala de aula.
Através da informação e reflexão a respeito das necessidades educacionais, de
atividades integradas orientadas por um profissional que invista nos processos inclusivos, da
reformulação de currículos, da articulação de conteúdos evitando a fragmentação teórica
descontextualizada da prática, do conhecimento dos processos diferenciados de ensino-
aprendizagem oferecidos ao professor, certamente os resultados dos processos de aprendizagem
dessa escola cidadã demonstrarão uma inclusão possível, como esperado pelos pais e pela
sociedade.
Diante das discussões postas até aqui, cabe indagar: o que é inclusão? Entendemos que,
antes de tudo, é atitude; assim sendo, não pode ser imposta. É construída a partir da
interiorização da aceitação, da ação colaborativa e da convivência com as diferenças, com a
diversidade dos seres humanos. É a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro,
partilhando e acolhendo todas as pessoas sem exceção. Inclusão no respeito à diversidade, para
inclusão das minorias: dos meninos de rua, dos afrodescendentes, dos homossexuais, das
pessoas com deficiência, dos ciganos, dos indígenas, dos idosos, das mulheres, enfim, dos que
representam um grupo considerado vulnerável, vítima de opressão ou discriminação por
qualquer motivo.
A escola deve ser o reflexo da vida da sociedade e, como tal, deve viver a experiência
de conviver com as diferenças. Um profissional engajado na luta pelos Direitos Humanos,
preocupado com a formação do humano, na perspectiva da inclusão, na aceitação e
reconhecimento da diversidade, precisa ser capacitado, mas não precisa ser especialista em
determinada deficiência.
A escola cumpre seu papel dando suporte pedagógico adequado ao professor, com
intérpretes de sinais, tradutores braile e através da construção de parcerias profissionais e
institucionais, que poderão ser muito produtivas para os alunos e para os seus professores.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES e Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 27
A inclusão, que havia conseguido espaço com a declaração de Salamanca em 1998,
ganha ainda mais destaque com a convenção da Guatemala, em 2004, cujo documento ali
formulado preconiza a proibição de qualquer tipo de discriminação, exclusão ou restrições
baseadas na deficiência das pessoas.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência de 2015, que traz consigo a Lei Brasileira de
Inclusão 13.146/2015, traz, em todos os seus artigos, fundamentação aos documentos
advindos dessas leis institucionais, que concretizam e indicam cada vez mais os espaços de
inclusão, desde a humanização das ruas, das cidades, à inclusão na escola e no mercado de
trabalho (BRASIL, 2015).
Isso dito, a escola precisa começar a atender aquele aluno que não é o ideal. Os alunos
e os professores não podem ser reféns de um currículo pedagógico mal organizado, incoerente,
que não abre espaço para o talento das crianças relega à exclusão e ao fracasso os indivíduos
que não acompanham o ritmo da turma.
A figura do profissional democrático e inclusivo passa a ser entendida como aquele
profissional atuante, que coordena as atividades educacionais otimizadoras, quando aliadas ao
conhecimento proporcionado pela saúde e pelas ciências da educação, que trazem como
consequência imediata o sucesso do desempenho acadêmico do aluno, especialmente aquele
que apresenta alguma dificuldade de aprendizagem, facilitando sua inserção na comunidade em
que vive.
As dificuldades de aprendizagem são questões vivenciadas diariamente nas escolas,
despertando o interesse dos educadores e chamando a atenção para um grande número de
crianças que frequentam a escola e são traídas por suas dificuldades de adaptação, de
metodologia ou de desenvolvimento desarmônico.
Por muitos anos, estas crianças foram mal diagnosticadas, maltratadas ou ignoradas.
Muitas são negras ou vindas das camadas sociais mais comprometidas economicamente,
rotuladas como lentas, preguiçosas, até deficientes: estes adjetivos escondem uma prática
docente ineficiente ou desinteressada e uma escola que não atende às necessidades dos alunos
ou ainda demonstra falta de conhecimento dos que atuam na escola sobre a questão.
Muitos professores ainda ignoram que crianças, adolescentes e adultos podem
apresentar algum problema de aprendizagem de ordem orgânica, psicológica ou social/cultural.
Assim, a presença de um profissional diferente, articulado e comprometido com as
questões da inclusão na escola, nesses contextos de discriminação e preconceito, permite que o
Entre razões e perspectivas, caminhos e inspirações: Alguns motivos para que a saúde e a educação caminhem juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 28
professor amplie sua reflexão sobre o que está acontecendo com seu aluno, como e porque ele
apresenta dificuldades para aprender.
Se admitirmos que a base para a aprendizagem são as necessidades individuais e que a
força motriz da conduta humana são os motivos, as aspirações, os desejos e os interesses que
se organizam em aprendizagens, estamos aceitando a ideia de que o conhecimento aprendido
advém de uma diversidade de necessidades que a maioria dos autores dividem em: materiais,
espirituais, biológicas e culturais. De tais necessidades derivam-se muitas outras, que implicam
nas diversas formas de organização da sociedade, das questões da cultura e religião, das
identidades dos grupos sociais e, sobretudo, nos sentidos de classe e raça entre os indivíduos.
Podemos constatar que o processo de aprendizagem agrupa as necessidades do homem
em biológicas: sono, conforto, alimentação, de defesa, sobrevivência; e sociais: interação, afeto,
carinho, aprovação, justiça, ideais. Como percebemos, em se tratando de necessidades, somos
todos iguais; precisamos, então, reconhecer as diferenças dentro da igualdade na condição de
seres humanos.
O desenvolvimento sociocultural leva o ser humano a outras necessidades. Vigotski
(2000, p. 85) diz que “a ação do homem surge no processo de desenvolvimento cultural e
histórico através de uma ação dirigida ao futuro”.
A forma de ensinar extrapola a sala de aula; a observação do aluno para verificar suas
aprendizagens envolve brincar, ouvir, observar como se organizam diante do mundo, das coisas
e das pessoas, demonstra a importância do trabalho especializado, que se evidencia no processo
de observação, avaliação e intervenção, para minimizar as dificuldades dos alunos.
O professor, a família e a escola envolvem aspectos socioculturais importantes para a
aprendizagem. Ensinar e aprender são questões complexas, exigem a participação da família e
dos técnicos da escola e necessita de muita reflexão, além de configurar-se como um
compromisso social e político e, como anteriormente colocamos, implica em um conhecimento
específico sobre as teorias e processos de aprendizagem.
São inúmeras as contribuições do trabalho competente, coletivo e especializado no
sentido de estruturar a construção ou reconstrução da aprendizagem dos alunos, compensando
ou minimizando as limitações, ajudando o aluno a dirimir ou conviver com suas dificuldades,
reavaliando ou redirecionando suas necessidades.
Com objetivos multidimensionais, este profissional adota enfoques integrados de
investigação científica e vivências de práticas integradoras em suas atividades, trabalhando os
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES e Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 29
aspectos preventivos e atuando como agente facilitador dos processos cognitivos, beneficiando
os alunos, sejam quais forem suas dificuldades.
Considerações finais
As diretrizes para atualização profissional passam pela teoria, pela prática e pela busca
do conhecimento. Nesta perspectiva, percebemos que a pesquisa, enquanto procedimento
acadêmico e profissional, se apresenta como um espaço em que teoria e prática se encontram,
resultando em conhecimentos produzidos a partir das constatações dos dados avaliados e
analisados no percurso metodológico da pesquisa. Tais achados sugerem novos rumos, novas
alternativas para os problemas estudados, fazendo surgir, então, um profissional com
conhecimento mais amplo, com uma formação de bases mais sólidas tanto do ponto de vista
científico quanto com uma visão mais humanista de si e do outro.
Percebemos que é preciso observar a proposta pedagógica dos cursos de formação
enquanto discurso e enquanto prática, e indagar se os desdobramentos dos cursos atendem as
necessidades básicas da profissão. A atenção à pesquisa dentro do percurso teórico-
metodológicos dos cursos estreita os vínculos com o núcleo formativo e o núcleo
profissionalizante, aliando a teoria à prática.
A interrelação entre o ensino formativo, técnico e profissional determina a prioridade
dos cursos formativos, levando em conta a ética, o rigor científico e intelectual e o enfoque
multi e interdisciplinar, especialmente nas áreas da educação e da saúde.
O compromisso com a competência da ação profissional implica no conhecimento de
questões sociais fundamentais, como a eliminação da pobreza, a preservação do diálogo
cultural, a consciência clara da relevância social de suas funções, onde quer que as
desempenhem, aplicando os princípios da ética humana em todos os seus campos de ação.
Promover e desenvolver a pesquisa nas ações, tanto formativas dos profissionais da
saúde e da educação como em suas práticas no exercício profissional são passos necessários
na trajetória formativa e profissional, dada sua relevância para o desenvolvimento de estudos,
objetivos e oportunidades que garantam um processo contínuo em busca do acesso aos bens
culturais, à saúde e à educação como direitos assegurados constitucionalmente, para todos.
Ao longo do estudo, percebemos que a pesquisa como instrumento de busca e produção
do conhecimento favorece o reconhecimento do ensino e aprendizagem em diferentes
contextos. A divulgação de resultados de pesquisas mundiais cria oportunidades de diminuição
Entre razões e perspectivas, caminhos e inspirações: Alguns motivos para que a saúde e a educação caminhem juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 30
da distância entre países considerados desenvolvidos e aqueles tidos como emergentes ou
menos desenvolvidos, no âmbito da produção do conhecimento.
As ações cooperativas e os grupos integrados de pesquisadores são uma realidade.
Integrados e interligados, através das redes, dos sites da Internet, conversando por e-mail,
navegando nos espaços pelo mundo da tecnologia, virtualmente ou não, os pesquisadores do
mundo inteiro hoje dialogam, desenvolvem ações colaborativas, e os resultados positivos das
pesquisas são socializados, continuados, havendo uma cooperação internacional visando a
melhoria da qualidade de vida dos povos.
Faz parte hoje dos planos da Organização das Nações Unidas, da Organização Mundial
da Saúde e do Fórum Internacional de Educação, informes atualizados sobre a situação dos
conhecimentos relativos a estas áreas, em relação ao ensino superior, em todas as regiões do
mundo, promovendo projetos inovadores de formação e pesquisa, destinados à valorização da
educação cívica e ao desenvolvimento sustentável para a paz, intensificando, inclusive, os
esforços institucionais para pesquisa, para a liberdade acadêmica e para o exercício da
responsabilidade social.
O mundo psíquico dos seres humanos está estreitamente ligado ao contexto em que ele
está inserido e à forma com que ele vive no decorrer da sua história. Frente a isso, cabe lembrar
que Vigotski (2000) destacava em seus estudos a importância de considerar, nos processos
de aprendizagem, a origem e os contextos socioculturais dos alunos. Nesse sentido, discutimos
aqui a importância do estudo das concepções e visões do conhecimento, cujo objetivo é capturar
como se dão as interações num contexto social escolar e os significados, mediados por
procedimentos psicopedagógicos, capazes de perceber e atuar como facilitadores das análises
das diferenças humanas enquanto configuração de uma intervenção psicopedagógica, política
e sócio-histórica.
Os estudos, pesquisas e aplicações práticas e teórico-metodológicas dos aportes
psicopedagógicos oferecem um espaço de discussão sobre um leque de ideias até então
estabelecidas sobre aprendizagens, sobre a participação dos pais, sobre o envolvimento da
equipe escolar e atendimento psicopedagógico, consolidando, assim, o trabalho coletivo de
profissionais dentro do ambiente escolar.
Evidenciamos ao longo do estudo que durante muito tempo qualquer pessoa diferente
das consideradas normais as pessoas com espectro autista; os considerados hiperativos; as
pessoas com deficiência; aqueles com dificuldades de aprendizagem tiveram o acesso à
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES e Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 31
educação negado, sendo estas, muitas vezes, consideradas incapazes de assimilar
conhecimento.
Contudo, é sabido, por fim, que nos últimos anos, aprofundaram-se as discussões sobre
a inclusão e sobre os processos psicopedagógicos que permitem o acesso dessas pessoas à
educação, através da elaboração de políticas de ações inclusivas, do uso de metodologias
alternativas e mobilizando suportes e medidas inter e multidisciplinares, no contexto social e
profissional, que estimulam o desenvolvimento integral do Humano.
REFERÊNCIAS
BOFF, C. A Teologia da Libertação e a crise de nossa época. São Paulo: Ed. Ática, 1996.
BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência. Brasília, DF: Presidência da República, 2015. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 25
maio 2023.
FREIRE. P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF). Declaração Mundial
sobre Educação para Todos. Plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de
aprendizagem. Jomtien, Tailândia: UNICEF, 1990. Disponível em:
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos-conferencia-de-
jomtien-1990. Acesso em: 25 maio 2023.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A
Cultura (UNESCO). Declaração de Salamanca. Sobre os princípios, políticas e práticas na
área das necessidades educativas especiais. Salamanca, Espanha: UNESCO, 1994. Disponível
em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139394. Acesso em: 25 maio 2023.
RODRIGUES, J. M. C. Construindo a profissionalização docente. João Pessoa: Ed.
Universitária, 2003.
SAVIANI, D. Educação e História no Brasil contemporâneo. João Pessoa: Ed.
Universitária, 2003
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Entre razões e perspectivas, caminhos e inspirações: Alguns motivos para que a saúde e a educação caminhem juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 32
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Não aplicável.
Disponibilidade de dados e material: Os materiais e dados estão disponíveis nas
referências bibliográficas.
Contribuições dos autores: As autoras participaram igualmente da concepção do estudo,
realização da revisão de literatura e escrita do texto.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 17
ENTRE RAZONES Y PERSPECTIVAS, CAMINOS E INSPIRACIÓN: ALGUNAS
RAZONES PARA QUE SALUD Y EDUCACIÓN CAMINEN JUNTAS
ENTRE RAZÕES E PERSPECTIVAS, CAMINHOS E INSPIRAÇÕES: ALGUNS
MOTIVOS PARA QUE A SAÚDE E A EDUCAÇÃO CAMINHEM JUNTAS
BETWEEN REASONS AND PERSPECTIVES, PATHWAYS AND INSPIRATION:
SOME REASONS FOR HEALTH AND EDUCATION TO WALK TOGETHER
Janine Marta Coelho RODRIGUES1
e-mail: janinecoelho68@gmail.com
Silvestre Coelho RODRIGUES2
e-mail: silvestrerodrigues@hotmail.com
Aureliana da Silva TAVARES3
e-mail: tavares.aureliana@gmail.com
Cómo hacer referencia a este artículo:
RODRIGUES, J. M. C.; RODRIGUES, S. C.; TAVARES, A. S.
Entre razones y perspectivas, caminos e inspiración: Algunas
razones para que salud y educación caminen juntas. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00,
e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324
| Presentado el: 13/09/2022
| Revisiones requeridas el: 25/01/2023
| Aprobado el: 02/10/2023
| Publicado el: 11/08/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad Federal de Paraíba (UFPB), João Pessoa PB Brasil. Profesora Titular del Programa de Posgrado
en Educación del Centro de Educación.
2
Universidad Federal da Paraíba (UFPB), João Pessoa PB Brasil. Profesor Efectivo del Departamento de
Psicopedagogía del Centro de Educación.
3
Universidad Federal de Recôncavo da Bahia (UFRB), Amargosa BA Brasil. Profesora sustituta del Centro
de Formación de Maestros.
Entre razones y perspectivas, caminos e inspiración: Algunas razones para que salud y educación caminen juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 18
RESUMEN: El estudio se basa en una investigación bibliográfica que enfatiza las discusiones sobre la
formación de profesionales en la ética de la diversidad en la perspectiva de las interfaces de la salud con
la educación, como espacio para la formación del ser humano. La reflexión permea una mirada crítica a
la acción conjunta e intercomplementaria de la Salud con la Educación, posibilitando los procesos de
inclusión social, cultural y digital. Destacamos la acción interdisciplinar enfocada a minimizar la
marginación en la sociedad informatizada, que también pretende formar profesionales con nuevos
significados, nuevas demandas sociales. Al mismo tiempo, la investigación muestra que la interrelación
entre formación, formación técnica y profesional, determina la prioridad de dos cursos de formación,
teniendo en cuenta la ética, el rigor científico e intelectual y el enfoque multi e interdisciplinario,
especialmente en el área de educación y salud.
PALABRAS CLAVE: Formación de Profesionales. Diversidad. Salud. Educación.
RESUMO: O estudo trata de uma pesquisa bibliográfica com ênfase nas discussões sobre a formação
de profissionais na ótica da diversidade, a partir da perspectiva das interfaces da saúde com a educação
como espaço de formação do ser humano. A reflexão permeia num olhar crítico em atuação conjunta e
intercomplementar da Saúde com a Educação, viabilizando os processos de inclusão social, cultural e
digital. Destacamos as atividades interdisciplinares que possuem como foco a minimização da
marginalização na sociedade informatizada e que apontam também para a formação de profissionais
com novos significados, novas exigências sociais. Concomitantemente, a pesquisa evidencia que a
interrelação entre o ensino formativo, técnico e profissional determina a prioridade dos cursos
formativos, levando em conta a ética, o rigor científico e intelectual e o enfoque multi e interdisciplinar,
especialmente na área da educação e saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Formação de Profissionais. Diversidade. Saúde. Educação.
ABSTRACT: The study deals with bibliographical research with an emphasis on discussions about the
training of professionals from the perspective of diversity from the perspective of the interfaces between
health and education, as a space for the formation of human beings. The reflection permeates a critical
look at the joint and intercomplementary action of Health with Education, enabling the processes of
social, cultural and digital inclusion. We highlight interdisciplinary activities as a focus on minimizing
marginalization in the computerized society, which also points to the training of professionals with new
meanings, new social demands. Concomitantly, the research shows that the interrelation between
formative, technical and professional teaching determines the priority of formative courses, taking into
account ethics, scientific and intellectual rigor and a multi and interdisciplinary focus, especially in the
area of education and health.
KEYWORDS: Training of Professionals. Diversity. Health. Education.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES y Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 19
Introducción
El estudio tiene como objetivo estimular discusiones sobre la formación de
profesionales desde la perspectiva de la diversidad, desde la perspectiva de las interfaces de la
salud con la educación, como un espacio para la formación del ser humano. Conocemos los
numerosos obstáculos que la escuela necesita superar para concretar una práctica pedagógica y
social, democrática e inclusiva. Hay varios factores a movilizar: la calidad y el compromiso
sociopolítico y cultural de todos los que componen la escuela, la accesibilidad para los
discapacitados en relación con el espacio físico, la eliminación de barreras arquitectónicas, los
materiales pedagógicos especializados y metodologías diversificadas, la garantía de acceso y
permanencia de las personas con discapacidad desde la égida de la Ley Brasileña de
Inclusión/2015.
Es importante recordar la importancia de establecer alianzas y cooperación
interinstitucional y, finalmente, la formación de profesionales, que en esta perspectiva
constituyen agentes de inclusión y nos hacen reflexionar sobre estos temas, que implican una
formación calificada y competente. Esta condición ya se revela como un primer paso hacia la
construcción de una escuela que se ocupe de la diversidad, donde el propósito de la educación
es la formación del ser humano.
Algunos puntos comienzan nuestra discusión: ¿cómo desarrollar un proceso formativo
que reconozca la educación como un espacio para la formación de lo humano? ¿Qué medidas
para superar los obstáculos en la escuela brindan la oportunidad de lograr una práctica
profesional democrática e inclusiva? ¿Qué elementos de influencia de los modelos formativos
favorecerían la educación continua como búsqueda individual realizada en el colectivo? ¿Cómo
puede ayudar la Salud a la Educación en la construcción de nuevas actitudes éticas, sociales y
pedagógicas de enseñanza?
Creemos que esta acción conjunta e intercomplementaria de Salud y Educación
posibilita procesos de inclusión social, cultural y digital. Las actividades interdisciplinarias
enfocadas en minimizar la marginación en la sociedad informatizada también apuntan a la
formación de profesionales con nuevos significados, nuevas demandas sociales. Nos parece, y
la sociedad nos ha ido mostrando, la necesidad de la aparición de nuevos conocimientos para
la práctica educativa. En este sentido, movilizando este conocimiento, la Educación, la escuela
y quienes colaboran con ellos podrán trabajar a favor de la inclusión y la diversidad, ejecutando
políticas públicas para prácticas educativas menos excluyentes, reconociendo las diferencias
Entre razones y perspectivas, caminos e inspiración: Algunas razones para que salud y educación caminen juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 20
sin inferiorizarlas y superando prejuicios, entendiendo y reconociendo al otro, compartiendo y
acogiendo sin ningún tipo de discriminación.
Los profesionales que tratan con esta clientela tan especial, elementos de discusión de
este estudio, aprenden juntos a valorar las identidades socioculturales y raciales; Afrontar los
retos de aglutinar y mediar acciones de enseñanza y aprendizaje para todos.
Un destaque importante en el proceso formativo de estos profesionales, en particular,
debe ser mantener un enfoque integrado de investigación e investigación con articulación
inmediata, teoría-práctica en las acciones en el contexto del aula, en la escuela y/o en espacios
no formales de educación.
Correspondería a las agencias de capacitación reforzar en los planes de estudio de los
cursos espacios para estimular el estudio y la investigación, a través de las actividades
planificadas con los estudiantes, brindando la oportunidad de experimentar en el aula y en las
comunidades involucradas acciones afirmativas de inclusión y respeto a la diversidad.
Una pregunta surge al norte de nuestro estudio: ¿cómo se forma a un profesional dentro
de una dinámica social que sabemos que está impulsada por factores económicos, sociales y
políticos y cuyo objetivo es la formación de lo humano? Es nuestro interés analizar la formación
del ser humano como uno de los aspectos fundamentales de la educación y la diversidad, desde
el estudio de los procesos formativos de los profesionales que trabajan en la escuela y desde la
observación de las diversas direcciones de la trayectoria profesional formativa e inclusiva.
Nos parece que cuanto más clara es la visión, más definida es la comprensión de los
espacios profesionales que pueden ocupar, más se necesita conocer los Códigos de Ética,
especialmente cuando se explica el área de estudio y los diversos espacios de acción en el
contexto de la Salud y la Educación. Es importante que el profesional de la educación y la salud
comprenda el proceso de aprendizaje humano; las condiciones normales y patológicas de
aprendizaje, el contexto familiar, la escuela, el tránsito en los espacios formales y no formales
donde la escolarización puede tener lugar: tales elementos constituyen los procedimientos
específicos que pueden ser analizados y discutidos como fenómenos de aprendizaje, a la luz de
estos elementos y considerando el desarrollo psicosocial-educativo y físico del niño y
adolescente; Estos profesionales, juntos, sin duda pueden minimizar los problemas de
aprendizaje tan comunes hoy en día en nuestras escuelas.
En los procesos formativos de los profesionales que se ocupan del desarrollo humano
se verificó la existencia de varios factores intervinientes, entre ellos, la influencia de diversos
modelos de formación, las dificultades de los mercados laborales, la (d)valorización profesional
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES y Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 21
y otras cuestiones como el género y la clase. Desde entonces, estas cuestiones han influido en
los caminos de una educación más tolerante e inclusiva.
Todos los seres humanos construyen conocimiento de varias maneras y por diferentes
razones. Las experiencias cotidianas experimentadas, creadas por individuos, constituyen
espacios para la adquisición de conocimientos. En esta perspectiva, la profesión docente tiene
un conocimiento específico, que se utiliza y transmite en el acto de enseñar y aprender, de una
generación a otra, de transmitir el conocimiento producido en diferentes manifestaciones y
formas de expresión.
Pensamos que reconocer en los estudiantes el conocimiento que aportan ya construidos
en diferentes espacios y en sus relaciones cotidianas, es reconocer el aprendizaje, la experiencia
social, estimular transformaciones de este conocimiento en conocimiento, respetando los
niveles que escolarizan y considerando las adquisiciones y habilidades que los estudiantes ya
tienen, considerando las relaciones entre profesionales de la educación, los educandos y
educandos que viven juntos en espacios no formales de educación y escolarización. En este
sentido, el desempeño interdisciplinario e intercomplementario de los profesionales, asesorando
y orientando un trabajo colectivo, es fundamental para la optimización de la actividad
educativa.
La profesionalización de los profesionales para trabajar en el área de Educación y Salud
es un tema fácil de hablar, que actualmente se está incorporando a los discursos formativos,
pero difícil de operacionalizar, especialmente en el momento de la formación (RODRIGUES,
2003).
¿Qué se debe modificar o reorganizar en la formación de profesionales para lograr un
enfoque de profesionalización, que sea capaz de trabajar con diversidad con tolerancia y respeto
a las diferencias?
Existen numerosos factores a movilizar, controlar, definir, pero entre ellos se destaca la
visión fragmentada de las teorías psicopedagógicas que impiden a los profesionales argumentar
y explicar con seguridad sus acciones pedagógicas.
La profesionalización es una búsqueda difícil, compleja pero posible, si se persigue a
través de actitudes de valoración de la investigación en el proceso formativo, la socialización
de resultados y estudios e investigación, que consolidan un modelo, un camino de
profesionalización que se espera obtener, una profesionalización capaz de preparar al
profesional para vivir y trabajar con diversidad en los diversos espacios sociales, equiparlos
para el ejercicio de una práctica profesional responsable e inclusiva.
Entre razones y perspectivas, caminos e inspiración: Algunas razones para que salud y educación caminen juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 22
El reconocimiento del trabajo democrático e inclusivo se redimensiona en alianzas
institucionales que apuntan a la construcción de un estatus profesional distinto, que se construye
sobre lo individual y lo social, que se articulan y complementan entre sí, especialmente cuando
pensamos en actividades integradoras e interdisciplinarias entre la escuela y la comunidad.
La construcción de una nueva actitud ética, pedagógica, la elección de ser un profesional
con acciones, dichos, contradicciones y compromisos profesionales, una mayor movilización
del pensamiento crítico, señalan las oportunidades para reflexionar sobre las prácticas, lo que
hacen y por qué hacen el trabajo educativo dentro de una realidad social planteada. Saviani
(2003, p. 21) dice: si para formar a los hombres, es necesario un conocimiento profundo de la
realidad humana y si la realidad humana es esencialmente histórica, entonces el educador
necesita dominar, necesita conocer la historia, la diversidad.
Por lo tanto, pensamos que el énfasis en la comprensión y aceptación de los diferentes
contextos sociohistóricos y económicos de los estudiantes y sus familias puede significar las
primeras iniciativas para reconocer las diferencias y la diversidad.
Por otro lado, el desarrollo y cultivo de sentimientos de responsabilidad y pertenencia
concretan la necesidad de formar profesionales desde la perspectiva del ser humano.
Boff (1996, p. 33, nuestra traducción) nos inspira cuando en sus artículos,
[...] la necesidad de cuidar y cuidar a nuestros niños y adolescentes y presenta
la idea de que cuidar es más que un acto; Es una actitud... Abarca más que un
momento de atención [...] representa ocupación, preocupación,
responsabilidad y participación afectiva con el otro [...].
A través de las prácticas cotidianas experimentadas, nos damos cuenta de que a partir
de la observación de las diversas direcciones y espacios de la trayectoria profesional de los
profesionales inclusivos, estos caminos metodológicos teóricos, las posturas profesionales
asumidas sufren la influencia de diversos modelos formativos, de (des)valorización profesional
y otras cuestiones, como el género y la clase, y que tales cuestiones han determinado, desde
entonces, los caminos de la profesionalización, especialmente en la perspectiva de una
educación más tolerante e inclusiva.
Son estas preguntas reflexivas y contextualizadas las que constituyen hoy en el norte de
nuestras búsquedas.
La inclusión socioeducativa, que expresa pluralidad y diversidad, en el ámbito de la
escuela, pasa por varios segmentos: inclusión digital, que hoy define un marco internacional de
conexión con la información y el conocimiento, con el objetivo de evitar que las personas y los
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES y Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 23
países estén al margen de la sociedad informatizada, por ejemplo, la ONU comienza a exigir
que los países abran sus actividades económicas, el mercado, a la tecnología. Esto significa
considerar el ciberespacio como una red de comunicación global. En este sentido, los espacios
virtuales acortan las distancias de la ignorancia y la desinformación.
Situaciones como el uso de tarjetas electrónicas, robots, electrodomésticos,
fotocopiadoras, fax, celulares, tv, dvd, ipod, tablet y computadoras, representan la captura y
presentación de información que los sujetos sociales necesitan dominar. Por lo tanto,
corresponde a la escuela transmitir a sus estudiantes todas las funciones de la informática,
insertándolas en la sociedad computarizada, que para Vigotski (2000, p. 46) consisten en:
captura, digitalización, memoria, tratamiento y presentación. Estas son funciones que en la
perspectiva general de una educación tecnológica brindarán la oportunidad para la inclusión de
los estudiantes y la escuela en el mundo virtual. Por lo tanto, la formación del profesional, en
la sociedad del conocimiento, implica una relación entre los procesos formativos y los nuevos
significados aportados a la sociedad por la informatización y las nuevas tecnologías.
La sociedad de la información, la sociedad del conocimiento utiliza una intensa red
informática y de telecomunicaciones, que hace que el conocimiento esté disponible de manera
más eficiente, ignorando las fronteras geográficas o los límites espaciales, haciendo de la
educación algo más que un proceso de enseñanza y aprendizaje. El profesional, como mediador
de la información tecnológica, necesita desarrollar sus propias habilidades para hacer frente al
avance de las tecnologías.
El uso de televisores, videoconferencias, retroproyector, lives, google meets,
investigación a través de infovias, proporciona en los cursos de formación de estos
profesionales inclusivos el aprendizaje de una actitud investigativa, construyendo, entre los
estudiantes, perfiles de investigadores. Estas acciones didácticas pedagógicas innovan
contextos educativos, renuevan viejas prácticas y permiten un acceso más inmediato a la
información y la producción y difusión del conocimiento.
Entendemos que las computadoras y el software educativo traen en sí mismos dos caras
en relación con la democratización de su uso. La tecnología no escapa al bien o al mal percibido
históricamente en el cambio social. Sin embargo, el uso de una computadora simple en la
escuela se convierte en un factor de diferencias, destacando las desigualdades sociales y las
acciones educativas, dentro de una perspectiva de avances y superación.
Los retos de esta eran tecnológicos para las escuelas y sus profesionales son numerosos.
Este período de pandemia, especialmente 2020 y 2021, demostró cómo la escuela estaba lejos
Entre razones y perspectivas, caminos e inspiración: Algunas razones para que salud y educación caminen juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 24
de las tecnologías, las clases en línea se aprendieron a diseñarse en el proceso, así como el
software y las clases remotas. Por otro lado, pensamos que es necesario revisar los contenidos
de los cursos de formación para profesionales que se ocupan de la formación del Otro. La
formación de los maestros que trabajan en las escuelas, y de quienes las asesoran, necesita sufrir
cambios que impliquen la formación del hombre mismo. Freire (1997), en Pedagogía de la
autonomía, presenta lo que considera el conocimiento necesario para la práctica educativa. Tal
conocimiento, que reúne aspectos de la enseñanza como una especificidad de la actividad
humana, requiere rigor, método, respeto, criticidad, ética, alegría y esperanza, disponibilidad
para el diálogo; Tales preguntas representan, sin duda, una práctica pedagógica responsable de
la formación de un profesional comprometido con el cambio que la educación es capaz de
promover.
Freire (1997) ya reflejaba la necesidad de educación y conciencia del hombre, como
sujeto social, insertado en una realidad que debía comprender y transformar.
Corresponde a la escuela y a quienes trabajan en ella desempeñar este papel
transformador, evitando una práctica bancaria y asumiendo una práctica pedagógico-social que
se apoye en una pedagogía de la esperanza, que nos libere y nos haga pensar.
El profesional a la luz de las ideas freireanas es el otro, es el que entiende la importancia
del acto de leer, como lectura de la vida como práctica de una libertad de pensamiento que
libera de la opresión, develando la comprensión del mundo, de las cosas y de las personas, sin
miedo y con la audacia que inspira la educación como práctica de libertad.
La educación es cambio, es vivir y aprender todos los días, a través de las acciones de
cultura y educación que se pueden desarrollar en la escuela del pueblo, en la escuela de la vida.
Una escuela considerada inclusiva, desde la perspectiva de la diversidad, parte de la
revisión e instalación de roles de este nuevo o renovado profesional, que debe ser acompañado
y asesorado, desarrollando en las acciones educativas integradoras el rol de facilitador y
mediador del aprendizaje y desarrollo de los estudiantes.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES y Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 25
Retos, dificultades y perspectivas de una educación democrática e inclusiva desde la
perspectiva de la diversidad
Los términos inclusión, exclusión y diversidad expresan un enfoque educativo que ha
demostrado ser beneficioso para aquellos que deben ser considerados ciudadanos aceptados
como iguales, y también beneficioso para aquellos considerados normales, que pueden ejercer
la estructuración de sus personalidades, viviendo con diferencias.
En el siglo. XX, los procesos de rehabilitación, socialización e integración de las
minorías excluidas en la red de educación ordinaria se guiaron por el concepto de
normalización. Esta expresión fue utilizada para identificar necesidades específicas de atención,
con recursos diferenciados: materiales, supresión de barreras arquitectónicas, adecuación de
edificios y edificios públicos, formación docente, (re)elaboración de procesos de evaluación,
adaptación de currículos a nuevas metodologías.
La educación inclusiva, desde los años 90, de la Asamblea General de la ONU, bajo el
lema "Sociedad para todos", influyó en Brasil en la creación de la propuesta educativa del plan
decenal de educación. Esta propuesta tiene como objetivo la inclusión educativa y social de
grupos marginados y minoritarios como: niños de la calle, afrodescendientes, discapacitados,
gitanos, indígenas y todos aquellos que sufren exclusiones similares en los procesos educativos.
En la asamblea de la ONU en Tailandia (UNICEF, 1990) y en la asamblea de la ONU
en España (UNESCO, 1994), donde estuvieron presentes 155 gobiernos, incluido Brasil, surgió
la Declaración de Salamanca, un documento que expresa la inserción y la visión pedagógica
del desarrollo humano, respetando los ritmos y formas diferenciadas de adquisición de
aprendizaje.
La propuesta inclusiva representa una política pública en el área de investigación y
trabajo y prácticas educativas con actividades que necesitan salir del discurso, romper con el
carácter asistencialista y paternalista que siempre ha implicado la educación para todos. La
inclusión de los excluidos en todos los niveles educativos adquiere una bandera sobre todo
humanista y democrática.
La práctica de comprender y aceptar las diferencias y respetar las discapacidades
depende en gran medida de la conciencia, la sensibilidad, el respeto, el conocimiento de los
procesos de desarrollo, la aceptación, y mucho menos la legislación. Creemos que significa una
actitud construida, un compromiso individual, social y colectivo para superar los prejuicios.
Entendemos la educación y la diversidad como puntos de partida para constituir un
proceso dinámico de muchas caras, desarrollado a través de un trabajo social y pedagógico
Entre razones y perspectivas, caminos e inspiración: Algunas razones para que salud y educación caminen juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 26
donde la actitud de aceptación de las diferencias va más allá de la simple colocación de
estudiantes con algún tipo de discapacidad en el aula o establecer cuotas para la inserción de
minorías sociales en las universidades.
Los principios de diversidad e inclusión pueden entenderse como la celebración de las
diferencias, el liderazgo, el derecho a pertenecer, la apreciación de la diversidad humana, la
solidaridad, la importancia de las minorías, la ciudadanía y, finalmente, la calidad de vida, el
estándar de excelencia de los resultados educativos, la colaboración y la cooperación con
estrategias de apoyo con nuevos roles y responsabilidades, Involucrando a todos los que hacen
que la escuela y la comunidad sean socios en los procesos educativos.
Entendemos, entonces, que el papel del profesional integrado con las ciencias de la
Educación y la Salud, en una perspectiva inclusiva, que aborda la diversidad, contribuye a la
mejora de los procesos de enseñanza-aprendizaje y tiene una importancia fundamental en la
calidad de las relaciones personales y sociales que se establecen en la escuela.
El profesional interdisciplinario, que camina junto con Educación y Salud y la propuesta
inclusiva: ¿cómo lidiar con las diferencias?
Una acción educativa que tiene como norte la diversidad reconoce el hacer y el
conocimiento pedagógico, asumiendo, explorando y estimulando las potencialidades del
universo escolar. Valora la identidad sociocultural y étnica, cumple con los retos de reunir a
diferentes estudiantes, convirtiéndose en ese mediador que garantiza espacios de enseñanza y
aprendizaje para todos.
Uno de los aspectos más significativos de esta escuela inclusiva es la formación y
cualificación de sus profesores, para que estos profesores tengan condiciones educativas y
pedagógicas prácticas para trabajar con sus alumnos con plena participación en el aula.
A través de la información y reflexión sobre las necesidades educativas, actividades
integradas guiadas por un profesional que invierte en procesos inclusivos, la reformulación de
los planes de estudio, la articulación de contenidos evitando la fragmentación teórica
descontextualizada de la práctica, el conocimiento de los procesos diferenciados de enseñanza-
aprendizaje ofrecidos al maestro, ciertamente los resultados de los procesos de aprendizaje, de
esta escuela ciudadana, Esperados por los padres y la sociedad en general, demostrarán una
posible inclusión.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES y Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 27
Dadas las discusiones hasta ahora, ¿qué es la inclusión? Entendemos que ante todo es
actitud, por lo que no se puede imponer. Se construye desde la interiorización de la aceptación,
la acción colaborativa y la convivencia con las diferencias, con la diversidad de los seres
humanos. Es nuestra capacidad de comprender y reconocer al otro, compartiendo y acogiendo
a todas las personas sin excepción. Inclusión en el respeto a la diversidad, por la inclusión de
las minorías: niños de la calle, afrodescendientes, homosexuales, personas con discapacidad,
gitanos, indios, ancianos, mujeres, en definitiva, aquellos que representan a un colectivo
considerado vulnerable, víctimas de opresión o discriminación por cualquier motivo.
La escuela debe ser el reflejo de la vida de la sociedad y, como tal, debe vivir la
experiencia de vivir con las diferencias. Un profesional comprometido en la lucha por los
Derechos Humanos, preocupado por la formación de lo humano, en la perspectiva de la
inclusión, en la aceptación y el reconocimiento de la diversidad, necesita ser formado, pero no
necesita ser un especialista en una determinada discapacidad.
La escuela cumple su función al brindar al maestro un apoyo pedagógico adecuado, con
intérpretes de señas, traductores de braille y mediante la construcción de asociaciones
profesionales e institucionales, que pueden ser muy productivas para los estudiantes y sus
maestros.
La inclusión que había ganado espacio con la declaración de Salamanca en 1998 gana
aún más protagonismo con la convención de Guatemala en 2004, donde el documento generado
en esta reunión aboga por la prohibición de cualquier tipo de discriminación, exclusión o
restricciones basadas en la discapacidad de las personas.
El Estatuto de la Persona con Discapacidad de 2015, que trae consigo la Ley Brasileña
de Inclusión 13.146/2015, en todos sus artículos fundamentó los documentos derivados de
estas leyes institucionales, que concretan e indican cada vez más los espacios de inclusión,
desde la humanización de las calles, de las ciudades, hasta la inclusión en la escuela y en el
mercado laboral (BRASIL, 2015).
La escuela necesita comenzar a servir a ese estudiante que no es ideal. Los estudiantes
y los maestros no pueden ser rehenes de un currículo pedagógico mal organizado e incoherente
que no deja espacio para el talento de los niños y donde aquellos que no siguen el contenido
están condenados a la exclusión y al fracaso.
La figura del profesional democrático e inclusivo viene a entenderse como aquel
profesional activo, que coordina las actividades educativas optimizadoras, cuando se alían a los
conocimientos proporcionados por la salud, por las ciencias de la educación, que traen como
Entre razones y perspectivas, caminos e inspiración: Algunas razones para que salud y educación caminen juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 28
consecuencia inmediata el éxito del rendimiento académico del estudiante, especialmente aquel
que presenta alguna dificultad de aprendizaje, facilitando su inserción en la comunidad en la
que vive.
Las dificultades de aprendizaje son cuestiones que se experimentan diariamente en las
escuelas, despiertan el interés de los educadores y llaman la atención sobre un gran número de
niños que asisten a la escuela y son traicionados por sus dificultades de adaptación, metodología
o desarrollo desarmónico.
Durante muchos años, estos niños fueron mal diagnosticados, maltratados o ignorados.
Muchos son negros o provienen de los estratos sociales más comprometidos económicamente,
etiquetados como lentos, perezosos, incluso discapacitados: estos adjetivos esconden una
práctica docente ineficiente o desinteresada y una escuela que no satisface las necesidades de
los estudiantes o incluso demuestra una falta de conocimiento de quienes hacen la escuela sobre
el tema.
Muchos maestros aún ignoran que los niños, adolescentes y adultos pueden presentar
algún problema de aprendizaje de orden orgánico, psicológico o social/cultural.
La presencia de un profesional diferente, articulado y comprometido con los temas de
inclusión en la escuela, en estos contextos de discriminación y prejuicio, permite al docente
ampliar su reflexión sobre lo que le está sucediendo a su alumno, cómo y por qué presenta
dificultades para aprender.
Si admitimos que la base para el aprendizaje son las necesidades individuales y que la
fuerza motriz de la conducta humana son los motivos, aspiraciones, deseos e intereses que se
organizan en el aprendizaje, estamos aceptando la idea de que el conocimiento aprendido
proviene de una diversidad de necesidades que la mayoría de los autores dividen en: material,
espiritual, biológico y cultural. De estas necesidades se derivan muchas otras, que implican en
las diversas formas de organización de la sociedad, en cuestiones de cultura y religión, en las
identidades de los grupos sociales y sobre todo en los sentidos de clase y raza entre los
individuos.
Podemos ver que el proceso de aprendizaje agrupa las necesidades del hombre en las
biológicas: sueño, comodidad, alimentación, defensa, supervivencia y sociales: interacción,
afecto, afecto, aprobación, justicia, ideales. Como nos damos cuenta, cuando se trata de
necesidades todos somos iguales, necesitamos reconocer las diferencias dentro de la igualdad
en la condición de los seres humanos.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES y Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 29
El desarrollo sociocultural lleva al ser humano a otras necesidades. Vygotsky (2000, p.
85) dice que "la acción del hombre surge en el proceso de desarrollo cultural e histórico a través
de una acción dirigida al futuro".
La forma de enseñar va más allá del aula, la observación del alumno para verificar su
aprendizaje implica jugar, escuchar, observar cómo se organizan ante el mundo, las cosas y las
personas, demuestra la importancia del trabajo especializado, que se evidencia en el proceso de
observación, evaluación e intervención, para minimizar las dificultades de los estudiantes.
El profesor, la familia y la escuela implican importantes aspectos socioculturales para
el aprendizaje. La enseñanza y el aprendizaje son temas complejos, requieren la participación
de la familia y de los técnicos escolares, requiere mucha reflexión, además de configurarse
como un compromiso social y político y, como hemos dicho anteriormente, implica un
conocimiento específico sobre las teorías y los procesos de aprendizaje.
Existen innumerables aportes de trabajo competente, colectivo y especializado en el
sentido de estructurar la construcción o reconstrucción del aprendizaje estudiantil, compensar
o minimizar limitaciones, ayudar a los estudiantes a resolver o vivir con sus dificultades,
reevaluar o redirigir sus necesidades.
Con objetivos multidimensionales, este profesional adopta enfoques integrados de
investigación científica y experiencias de prácticas integradoras en sus actividades, trabajando
en los aspectos preventivos y actuando como facilitador de procesos cognitivos, beneficiando
a los estudiantes, cualesquiera que sean sus dificultades.
Consideraciones finales
Las pautas para la actualización profesional pasan por la teoría, la práctica y la búsqueda
del conocimiento. En esta perspectiva, percibimos que la investigación, como procedimiento
académico y profesional, se ha ido revelando como un espacio donde la teoría y la práctica se
encuentran, resultando en el conocimiento producido a partir de los hallazgos de los datos
evaluados y analizados en el curso metodológico de la investigación. Estos hallazgos sugieren
nuevas direcciones, nuevas alternativas para los problemas estudiados, dando lugar así a un
profesional con conocimientos más amplios, con una formación de bases más sólidas tanto
desde el punto de vista científico como con una visión más humanista de uno mismo y del otro.
Nos damos cuenta de que es necesario observar la propuesta pedagógica de los cursos
de formación como discurso y como práctica, si el desarrollo de los cursos satisface las
Entre razones y perspectivas, caminos e inspiración: Algunas razones para que salud y educación caminen juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 30
necesidades básicas de la profesión. La atención a la investigación dentro del curso teórico-
metodológico de los cursos fortalece los vínculos con el núcleo formativo y el núcleo
profesionalizador, combinando la teoría con la práctica.
La interrelación entre la educación formativa, técnica y profesional determina la
prioridad de los cursos de formación, teniendo en cuenta la ética, el rigor científico e intelectual
y el enfoque multi e interdisciplinario, especialmente en el área de la educación y la salud.
El compromiso con la competencia de la acción profesional implica el conocimiento de
cuestiones sociales fundamentales, como la eliminación de la pobreza, la preservación del
diálogo cultural, la clara conciencia de la relevancia social de sus funciones, dondequiera que
las desempeñen, aplicando los principios de la ética humana en todos sus campos de acción.
Promover y desarrollar investigaciones en las acciones formativas de los profesionales
de la salud y la educación, así como en sus prácticas en la práctica profesional, son pasos
necesarios en la trayectoria formativa y profesional, dada su relevancia para el desarrollo de
estudios, objetivos y oportunidades que garanticen un proceso continuo en busca del acceso a
los bienes culturales, la salud y la educación como derechos constitucionalmente garantizados,
para todos.
A lo largo del estudio, nos dimos cuenta de que la investigación como instrumento de
búsqueda y producción de conocimiento favorece el reconocimiento de la enseñanza y el
aprendizaje en diferentes contextos. La difusión de los resultados de la investigación mundial
ha creado oportunidades para reducir la distancia entre los países considerados s
desarrollados y los países considerados emergentes o menos desarrollados, en el ámbito de la
producción de conocimiento.
Las acciones cooperativas, los grupos integrados de investigadores, son una realidad.
Integrados e interconectados, a través de redes, sitios de Internet, hablando por correo
electrónico, navegando por los espacios a través del mundo de la tecnología, vía virtual o no,
investigadores de todo el mundo hoy dialogan, desarrollan acciones colaborativas, y los
resultados positivos de la investigación se socializan, continúan, con cooperación internacional
dirigida a mejorar la calidad de vida de los pueblos.
Hoy forma parte de los planes de las Naciones Unidas, la Organización Mundial de la
Salud y el Foro Internacional de Educación, informes actualizados sobre la situación del
conocimiento relacionado con estas áreas, en relación con la educación superior, en todas las
regiones del mundo, promoviendo proyectos innovadores de capacitación e investigación,
dirigidos a la valorización de la educación cívica y el desarrollo sostenible para la paz,
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES y Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 31
intensificar los esfuerzos institucionales para la investigación, la libertad académica y el
ejercicio de la responsabilidad social.
El mundo psíquico del ser humano está estrechamente ligado al contexto en el que se
inserta y a la forma en que vive a lo largo de su historia.
Vigotski (2000) ya destacó en sus estudios la importancia de considerar, en los procesos
de aprendizaje, el origen y los contextos socioculturales de los estudiantes. En este sentido,
discutimos aquí la importancia del estudio de las concepciones y visiones del conocimiento,
cuyo objetivo es capturar cómo ocurren las interacciones en un contexto social escolar y los
significados, mediados por procedimientos psicopedagógicos, capaces de percibir y actuar
como facilitadores del análisis de las diferencias humanas como una configuración de una
intervención psicopedagógica, política y sociohistórica.
Los estudios, investigaciones y aplicaciones metodológicas prácticas y teóricas de las
contribuciones psicopedagógicas ofrecen un espacio para la discusión sobre una serie de ideas
hasta ahora establecidas sobre el aprendizaje, sobre la participación de los padres, sobre la
participación del equipo escolar y la atención psicopedagógica, consolidando así el trabajo
colectivo de los profesionales dentro del entorno escolar.
Evidenciamos a lo largo del estudio que durante mucho tiempo a cualquier persona
diferente a las consideradas normales, a las personas con espectro autista, a las consideradas
hiperactivas y a las personas con discapacidad, aquellas con dificultades de aprendizaje, se les
negaba el acceso a la educación, siendo incluso a menudo consideradas incapaces de asimilar
conocimientos.
Sin embargo, también se sabe que, en los últimos años, se han profundizado las
discusiones sobre la inclusión, sobre los procesos psicopedagógicos que permiten el acceso de
estas personas a la educación, a través de la elaboración de políticas de acciones inclusivas, el
uso de metodologías alternativas y la movilización en el contexto social y profesional, apoyos
y medidas inter y multidisciplinar, que estimulan el desarrollo integral de lo humano.
Entre razones y perspectivas, caminos e inspiración: Algunas razones para que salud y educación caminen juntas
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 32
REFERENCIAS
BOFF, C. A Teologia da Libertação e a crise de nossa época. São Paulo: Ed. Ática, 1996.
BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência. Brasília, DF: Presidência da República, 2015. Disponible en:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Consultado el: 25
mayo 2023.
FREIRE. P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF). Declaração Mundial
sobre Educação para Todos. Plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de
aprendizagem. Jomtien, Tailândia: UNICEF, 1990. Disponible en:
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos-conferencia-de-
jomtien-1990. Consultado el: 25 mayo 2023.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A
Cultura (UNESCO). Declaração de Salamanca. Sobre os princípios, políticas e práticas na
área das necessidades educativas especiais. Salamanca, Espanha: UNESCO, 1994. Disponible
en: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139394. Consultado el: 25 mayo 2023.
RODRIGUES, J. M. C. Construindo a profissionalização docente. João Pessoa: Ed.
Universitária, 2003.
SAVIANI, D. Educação e História no Brasil contemporâneo. João Pessoa: Ed.
Universitária, 2003
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES y Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 33
CRediT Author Statement
Reconocimientos: No aplicable.
Financiación: No aplicable.
Conflictos de intereses: No hay conflictos de intereses.
Aprobación ética: No aplicable.
Disponibilidad de datos y material: Los materiales y datos están disponibles en las
referencias.
Contribuciones de los autores: Las autoras participaron a partes iguales en el diseño del
estudio, la realización de la revisión bibliográfica y la redacción del texto.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 17
BETWEEN REASONS AND PERSPECTIVES, PATHWAYS AND INSPIRATION:
SOME REASONS FOR HEALTH AND EDUCATION TO WALK TOGETHER
ENTRE RAZÕES E PERSPECTIVAS, CAMINHOS E INSPIRAÇÕES: ALGUNS
MOTIVOS PARA QUE A SAÚDE E A EDUCAÇÃO CAMINHEM JUNTAS
ENTRE RAZONES Y PERSPECTIVAS, CAMINOS E INSPIRACIÓN: ALGUNAS
RAZONES PARA QUE SALUD Y EDUCACIÓN CAMINEN JUNTAS
Janine Marta Coelho RODRIGUES1
e-mail: janinecoelho68@gmail.com
Silvestre Coelho RODRIGUES2
e-mail: silvestrerodrigues@hotmail.com
Aureliana da Silva TAVARES3
e-mail: tavares.aureliana@gmail.com
How to reference this paper:
RODRIGUES, J. M. C.; RODRIGUES, S. C.; TAVARES, A. S.
Between reasons and perspectives, pathways and inspiration: Some
reasons for health and education to walk together. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00,
e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324
| Submitted: 13/09/2022
| Revisions required: 25/01/2023
| Approved: 10/02/2023
| Published: 11/07/2023
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Federal University of Paraíba (UFPB), João Pessoa PB Brazil. Full Professor of the Graduate Program in
Education at the Education Center.
2
Federal University of Paraíba (UFPB), João Pessoa PB Brazil. Effective Professor at the Education Center's
Department of Psychopedagogy.
3
Federal University of Recôncavo da Bahia (UFRB), Amargosa BA Brazil. Substitute Professor at the Teacher
Training Center.
Between reasons and perspectives, pathways and inspiration: Some reasons for health and education to walk together
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 18
ABSTRACT: The study deals with bibliographical research with an emphasis on discussions about the
training of professionals from the perspective of diversity from the perspective of the interfaces between
health and education, as a space for the formation of human beings. The reflection permeates a critical
look at the joint and intercomplementary action of Health with Education, enabling the processes of
social, cultural and digital inclusion. We highlight interdisciplinary activities as a focus on minimizing
marginalization in the computerized society, which also points to the training of professionals with new
meanings, new social demands. Concomitantly, the research shows that the interrelation between
formative, technical and professional teaching determines the priority of formative courses, taking into
account ethics, scientific and intellectual rigor and a multi and interdisciplinary focus, especially in the
area of education and health.
KEYWORDS: Training of Professionals. Diversity. Health. Education.
RESUMO: O estudo trata de uma pesquisa bibliográfica com ênfase nas discussões sobre a formação
de profissionais na ótica da diversidade, a partir da perspectiva das interfaces da saúde com a educação
como espaço de formação do ser humano. A reflexão permeia num olhar crítico em atuação conjunta e
intercomplementar da Saúde com a Educação, viabilizando os processos de inclusão social, cultural e
digital. Destacamos as atividades interdisciplinares que possuem como foco a minimização da
marginalização na sociedade informatizada e que apontam também para a formação de profissionais
com novos significados, novas exigências sociais. Concomitantemente, a pesquisa evidencia que a
interrelação entre o ensino formativo, técnico e profissional determina a prioridade dos cursos
formativos, levando em conta a ética, o rigor científico e intelectual e o enfoque multi e interdisciplinar,
especialmente na área da educação e saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Formação de Profissionais. Diversidade. Saúde. Educação.
RESUMEN: El estudio se basa en una investigación bibliográfica que enfatiza las discusiones sobre
la formación de profesionales en la ética de la diversidad en la perspectiva de las interfaces de la salud
con la educación, como espacio para la formación del ser humano. La reflexión permea una mirada
crítica a la acción conjunta e intercomplementaria de la Salud con la Educación, posibilitando los
procesos de inclusión social, cultural y digital. Destacamos la acción interdisciplinar enfocada a
minimizar la marginación en la sociedad informatizada, que también pretende formar profesionales
con nuevos significados, nuevas demandas sociales. Al mismo tiempo, la investigación muestra que la
interrelación entre formación, formación técnica y profesional, determina la prioridad de dos cursos
de formación, teniendo en cuenta la ética, el rigor científico e intelectual y el enfoque multi e
interdisciplinario, especialmente en el área de educación y salud.
PALABRAS CLAVE: Formación de Profesionales. Diversidad. Salud. Educación.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES and Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 19
Introduction
The study aims to stimulate discussions on the training of professionals from the
perspective of diversity, from the perspective of the interfaces between health and education,
as a space for the formation of human beings. We are aware of the countless obstacles that the
school needs to overcome in order to implement a pedagogical and social, democratic and
inclusive practice. There are several factors to be mobilized: the quality and socio-political and
cultural commitment of everyone who makes the school, accessibility for the disabled in
relation to physical space, the removal of architectural barriers, specialized teaching materials
and diversified methodologies, and the guarantee of access and permanence for people with
disabilities based on the aegis of the Brazilian Inclusion Law/2015.
It is important to remember the relevance of establishing partnerships and inter-
institutional cooperation, and also the training of professionals, who in this perspective
constitute agents of inclusion and make us reflect on these issues, which imply a qualified and
competent training. This condition is already a first step towards building a school that deals
with diversity, where the purpose of education is the formation of human beings.
Some points begin our discussion: how to develop a training process that recognizes
education as a space for human development? What measures to overcome barriers at school
provide opportunities for the implementation of a democratic and inclusive professional
practice? Which elements of influence of the formative models would favor the continuous
formation as an individual search carried out in the collective? How can Health help Education
in the construction of new ethical, social and pedagogical teaching attitudes?
We believe that this joint and (inter)complementary action between Health and
Education enables the processes of social, cultural and digital inclusion. Interdisciplinary
activities focusing on minimizing marginalization in the computerized society also point to the
training of professionals with new meanings, new social demands. It seems to us, and society
has been showing us, the need for the emergence of new knowledge for educational practice.
In this sense, by mobilizing this knowledge, Education, the school and those who collaborate
with them will be able to work in favor of inclusion and diversity, implementing public policies
for less exclusionary educational practices, recognizing differences without diminishing them
and overcoming the prejudices, understanding and recognizing the other, sharing and
welcoming without any form of discrimination.
Between reasons and perspectives, pathways and inspiration: Some reasons for health and education to walk together
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 20
The professionals who deal with this very special clientele, elements of this study's
discussion, learn together to value sociocultural and racial identities; to face the challenges of
bringing together and mediating teaching and learning actions for all.
An important highlight in the training process of these professionals, in particular,
should be the maintenance of an integrated focus of investigation and research with immediate
articulation, theory-practice in actions in the context of the classroom, at school and/or in non-
formal spaces of education.
It would be up to the training agencies to reinforce spaces in the curricula of courses to
encourage study and research, through activities planned with students, providing opportunities
for classroom experience and affirmative actions of inclusion and respect for diversity in the
communities involved.
A question arises at the heart of our study: how does one train a professional within a
social dynamic that we know is driven by economic, social and political factors and whose goal
is human development? It is our interest to analyze the formation of the human as one of the
fundamental aspects of education and diversity, based on the study of the training processes of
professionals who work in the school and based on the observation of the various directions of
the inclusive training and professional trajectory.
It seems to us that the clearer the vision, the more defined the understanding of the
professional spaces they may occupy, the more there is a need to know the Codes of Ethics,
especially when explaining the area of study and the various spaces of activity in the context of
Health and Education. It is important for Education and Health professionals to understand the
human learning process; the normal and pathological conditions of learning, the family context,
the school, in addition to transiting in the formal and non-formal spaces where schooling can
take place: such elements constitute the specific procedures that can be analyzed and discussed
as learning phenomena; so, in the light of these elements and considering the psychosocial-
educational and physical development of children and adolescents, these professionals can,
without a doubt, minimize learning problems, so common in our schools nowadays.
In the training processes of professionals who deal with human development, we
verified the existence of several intervening factors, among them, the influence of different
training models, the difficulties of the labor markets, professional (de)valuation and other topics
such as gender and social class. Such questions have influenced, since then, the paths of a more
tolerant and inclusive education.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES and Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 21
All human beings construct knowledge in different ways and for different reasons. The
daily experiences, created by individuals, constitute spaces for acquiring knowledge. In this
perspective, the teaching profession has specific knowledge, which is used and passed on in the
act of teaching and learning, from one generation to another, of transmitting the knowledge
produced in different manifestations and forms of expression.
We believe that to recognize in students the knowledge they bring already built in
different spaces and in their daily relationships, is to notice the learning and social experiences,
and to stimulate the transformation of this knowledge into knowledge, respecting the levels of
schooling. This recognition also involves considering the acquisitions and skills that students
already have, as well as the relationships between education professionals, learners and
apprentices who live in non-formal spaces of education and schooling. In this sense, the
interdisciplinary and (inter)complementary work of professionals, advising and guiding a
collective work, is fundamental for optimizing educational activities.
The professionalization of professionals to work in the area of Education and Health is
an easy-to-discursive theme, since it is currently being incorporated into training discourses,
but difficult to operationalize, especially at the time of training (RODRIGUES, 2003).
What should be modified or reorganized in the training of professionals in order to
achieve an approach to professionalization that is capable of working with diversity with
tolerance and respect for differences?
There are countless factors to be mobilized, controlled, defined, but one of them stands
out, the fragmented view of psychopedagogical theories that prevent professionals from safely
arguing and explaining their pedagogical actions.
Professionalization is difficult, complex. It should be pursued through attitudes that
value research in the training process, sharing results and studies and research, which
consolidate a model, a path of professionalization that is expected to be obtained, a
professionalization able to prepare the professional to live and work with diversity in the
different social spaces, which equips the professional to exercise a responsible and inclusive
professional practice.
The recognition of democratic and inclusive work is re-dimensioned in institutional
partnerships that point to the construction of a distinct professional status, which is built in the
individual and in the social, which are articulated and complement each other, especially when
we think of integrative and interdisciplinary activities between the school and the community.
Between reasons and perspectives, pathways and inspiration: Some reasons for health and education to walk together
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 22
The construction of a new ethical, pedagogical attitude, the choice to be a professional
with professional doings, sayings, contradictions and commitments and a greater mobilization
of critical thinking, give signals to the opportunities to reflect on practices, what they do and
why they do educational work within a given social reality. Saviani (2003, p. 21) says: if to
form humans, a deep knowledge of human reality is necessary and if human reality is essentially
historical, then the educator needs to know history and diversity.
Hence, we think that the emphasis on the understanding and acceptance of the different
socio-historical and economic contexts of the students and their families can mean the first
initiatives for the recognition of differences and diversity. On the other hand, the development
and cultivation of feelings of responsibility and belonging materialize the need to train
professionals from a human perspective.
Boff (1996, p. 33, our translation) inspires us when, in his articles, he says that
[...] caring is more than an act; it is an attitude... it encompasses more than a
moment of attention [...] it represents occupation, concern, responsibility and
affective involvement with the other [...].
Through the practices of everyday life, we realize that from the observation of the
various directions and spaces of the trajectory of inclusive professionals, these theoretical-
methodological paths and the professional postures assumed are influenced by various training
models, professional (de)valuation, among others, and that such questions have determined,
since then, the paths of professionalization, especially in a more critical perspective. Therefore,
it is these thoughtful and contextualized questions that constitute today the north of our
searches.
Socio-educational inclusion, which expresses plurality and diversity, within the scope
of the school, goes through several segments, among them, digital inclusion, which aims to
prevent people and countries from being left out of the computerized society. As an example,
the UN starts demanding that countries open their economic activities to technology. This
means considering cyberspace as a global communication network. In this sense, virtual spaces
shorten the distances of lack of knowledge and misinformation.
Situations such as the use of electronic cards, robots, household appliances,
photocopiers, fax machines, cell phones, TVs, DVDs, iPods, tablets and computers represent
the capture and presentation of information that social subjects need to master. Thus, with the
aim of inserting students in the computerized society, it is up to the school to pass on to its
students all the computer functions, which, for Vigotski (2000, p. 46), consist of: capture,
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES and Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 23
digitization, memory, treatment and presentation. These are functions that, in the general
perspective of a technological education, will provide the opportunity to include students and
the school in the virtual world. Therefore, professional training in the knowledge society
implies a relationship between training processes and the new meanings brought to society by
computerization and new technologies.
The information society, also called the knowledge society, uses an intense computer
and telecommunications network, which makes knowledge available more efficiently, ignoring
geographic boundaries or spatial limits, making education more than a teaching and learning
process. The professional, as a mediator of technological information, needs to develop his own
skills to deal with the advancement of technologies.
The use of TVs, videoconferences, overhead projector, lives, Google Meet and research
through infovias provides, in the training courses for these professionals, the learning of an
investigative attitude, building, among students, profiles of researchers. Such didactic-
pedagogical actions innovate educational contexts, renew old practices and allow more
immediate access to information and the production and dissemination of knowledge.
We understand that computers and educational software have two faces in relation to
the democratization of their use. Technology does not escape the good or evil historically
perceived in social changes. However, the use of a simple computer at school becomes a factor
of differences, highlighting social inequalities and educational actions, within a perspective of
progress and overcoming.
The challenges of this technological era for schools and their professionals are
numerous. This pandemic period, especially 2020 and 2021, demonstrated how far the school
was from technologies; online classes were learned to be elaborated in the process, as well as
software and remote classes. On the other hand, we think that it is necessary to review the
contents of training courses for professionals who deal with the formation of the Other. The
training of teachers who work in schools, and those who advise them, needs to undergo changes
that imply the training of the man himself. Freire (1997), in Pedagogy of Autonomy, presents
what he considers to be the necessary knowledge for educational practice. Such knowledge,
which brings together aspects of teaching as a specificity of human activity, requires rigor,
method, respect, criticality, ethics, joy, hope and availability for dialogue; such questions
represent a pedagogical practice responsible for the formation of a professional committed to
the change that education is capable of promoting.
Between reasons and perspectives, pathways and inspiration: Some reasons for health and education to walk together
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 24
Freire (1997) already reflected on the need for education and awareness of human, as a
social subject, inserted in a reality that he should understand and transform.
It is up to the school and those who work in it to play this transforming role, avoiding a
banking practice and assuming a pedagogical and social practice that is supported by a
pedagogy of hope, which liberates and makes one think.
The professional in the light of Freire's ideas is another, he is the one who understands
the importance of the act of reading, as a reading of life as a practice of freedom of thought that
frees from oppression, revealing the understanding of the world, of things and of people,
without fear and with the boldness that education inspires. Thus, education is change, it is living
and learning every day, through culture and education actions that can be developed in the
village school, in the school of life.
An inclusive school, from the perspective of diversity, starts with reviewing and
installing the roles of this new or renewed professional, who must be accompanied and advised,
developing the role of facilitator and mediator of learning and development of students in
integrative educational actions.
Challenges, difficulties and perspectives of a democratic and inclusive education from the
perspective of diversity
The terms inclusion, exclusion and diversity express an educational approach that has
been proving to be beneficial for those who should be considered citizens accepted as equals,
and also beneficial for those considered normal, who manage to exercise the structuring of their
personalities, living with the differences.
In the 20th century, the processes of rehabilitation, socialization and integration of
excluded minorities in the regular education network were guided by the concept of
normalization. This expression was used to identify needs for specific attention, with different
resources: materials, removal of architectural barriers, adaptation of public buildings and
buildings, teacher training, (re) elaboration of evaluation processes, adaptation of curricula to
new methodologies.
Inclusive education, from the 1990s, by the UN General Assembly, under the motto
“Society for All”, influenced Brazil in the creation of the educational proposal of the ten-year
education plan. This proposal aims at the educational and social inclusion of marginalized and
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES and Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 25
minority groups such as: street children, afro-descendants, the disabled, gypsies, indigenous
peoples and all who suffer similar exclusions in educational processes.
At the UN Assembly in Thailand (UNICEF, 1990) and at the UN Assembly in Spain
(UNESCO, 1994), where 155 governments were present, including Brazil, the Declaration of
Salamanca emerged a document that expresses the insertion and pedagogical vision of the
human development, respecting different rhythms and forms of learning acquisition.
The inclusive proposal represents a public policy in the area of research and work and
educational practices with activities that need to leave the discourse, break with the paternalistic
character that has always involved education for all. The inclusion of excluded people at all
levels of education assumes a flag, above all, humanist and democratic.
The practice of understanding and accepting differences and respecting deficiencies
depends a lot on awareness, sensitivity, respect, knowledge of development processes,
acceptance, and much less on legislation. We believe it means a built attitude, an individual,
social and collective engagement to overcome prejudices.
We understand education and diversity as starting points to constitute a dynamic process
with many faces, developed through social and pedagogical work where the attitude of
acceptance of differences goes beyond the simple placement of students with some type of
disability in the classroom or establish quotas for the inclusion of social minorities in
universities.
The principles of diversity and inclusion can be understood as celebrating differences,
leadership, the right to belong, valuing human diversity, solidarity, the importance of
minorities, citizenship and, finally, quality of life, standard of excellence in educational results,
collaboration and cooperation with support strategies with new roles and responsibilities,
involving everyone who makes up the school and community partners in educational processes.
We understand, then, that the role of the professional integrated with the Education and
Health Sciences, in an inclusive perspective, contributes to the improvement of the teaching-
learning processes and is of fundamental importance in the quality of the personal and social
relationships that are established at school.
Between reasons and perspectives, pathways and inspiration: Some reasons for health and education to walk together
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 26
The interdisciplinary professional, who combines Education and Health and the inclusive
proposal: how to deal with differences?
An educational action guided by diversity recognizes pedagogical practice and
knowledge, assuming, exploring and stimulating the potentialities of the school universe. It
values socio-cultural and ethnic identity, meets the challenges of bringing together different
students, becoming that mediator that guarantees teaching and learning spaces for all.
One of the most significant aspects of this inclusive school is the education and training
of its teachers, so that these teachers are given practical educational and pedagogical conditions
to work with their students with full participation in the classroom.
Through the following aspects, certainly, the school will demonstrate a possible
inclusion, as expected by parents and society: information and reflection on educational needs;
integrated activities guided by a professional who invests in inclusive processes; reformulation
of curricula; and articulation of contents, avoiding theoretical fragmentation out of context of
practice.
In view of the discussions presented so far, it is worth asking: what is inclusion? We
understand that, first of all, it is attitude; therefore, it cannot be imposed. It is built from the
internalization of acceptance, collaborative action and coexistence with differences, with the
diversity of human beings. It is our ability to understand and recognize the other, sharing and
welcoming all people without exception. Inclusion respecting diversity, for the inclusion of
minorities: street children, people of African descent, homosexuals, people with disabilities,
gypsies, indigenous people, the elderly, women, in short, those who represent a group
considered vulnerable, victims of oppression or discrimination on any grounds.
The school must be a reflection of the life of society and, as such, must live the
experience of living with differences. A professional engaged in the struggle for Human Rights,
concerned with human development, from the perspective of inclusion, acceptance and
recognition of diversity, needs to be trained, but does not need to be a specialist in a particular
disability.
The school fulfills its role by providing adequate pedagogical support to the teacher,
with sign interpreters, Braille translators and by building professional and institutional
partnerships, which can be very productive for students and their teachers.
Inclusion, which had achieved space with the Salamanca declaration in 1998, gained
even more prominence with the Guatemalan convention, in 2004, whose document formulated
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES and Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 27
there advocated the prohibition of any type of discrimination, exclusion or restrictions based on
people's disabilities.
The 2015 Statute for Persons with Disabilities, which brings with it the Brazilian Law
of Inclusion 13.146/2015, brings, in all its articles, grounds for the documents arising from
these institutional laws, which increasingly concretize and indicate the spaces of inclusion, from
the humanization of the streets, cities, to inclusion in school and in the labor market (BRASIL,
2015).
That said, the school needs to start serving that student who is not ideal. Students and
teachers cannot be hostages of a poorly organized, incoherent pedagogical curriculum that does
not make room for children's talent, relegating to exclusion and failure those individuals who
do not keep up with the pace of the class.
The figure of the democratic and inclusive professional comes to be understood as that
active professional, who coordinates the optimizing educational activities, when combined with
the knowledge provided by health and the educational sciences, which bring as an immediate
consequence the success of the student's academic performance, especially those who have
some learning difficulty, facilitating their insertion in the community in which they live.
Learning difficulties are daily experienced issues in schools, arousing the interest of
educators and drawing attention to a large number of children who attend school and are
betrayed by their difficulties in adapting, in methodology or inharmonious development.
For many years these children were misdiagnosed, mistreated or ignored. Many are
black or come from the most economically compromised social strata, labeled as slow, lazy,
even disabled: these adjectives hide an inefficient or disinterested teaching practice and a school
that does not meet the needs of students or even demonstrates a lack of knowledge of those who
work in the school on the issue.
Many teachers still ignore that children, adolescents and adults may have a learning
problem of an organic, psychological or social/cultural nature.
Thus, the presence of a different professional, articulated and committed to issues of
inclusion in the school, in these contexts of discrimination and prejudice, allows the teacher to
broaden his reflection on what is happening to his student, how and why he has difficulties to
learn.
If we admit that the basis for learning are individual needs and that the driving force of
human conduct are the motives, aspirations, desires and interests that are organized in learning,
we are accepting the idea that learned knowledge comes from a diversity of needs that most
Between reasons and perspectives, pathways and inspiration: Some reasons for health and education to walk together
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 28
authors divide into: material, spiritual, biological and cultural. From such needs derive many
others, which involve the various forms of organization of society, questions of culture and
religion, the identities of social groups and, above all, the sense of class and race among
individuals.
We can see that the learning process groups human needs into biological ones: sleep,
comfort, food, defense, survival; and social: interaction, affection, affection, approval, justice,
ideals. As we noticed, when it comes to needs, we are all the same; we need, then, to recognize
the differences within equality in the condition of human beings.
Sociocultural development leads human beings to other needs. Vigotski (2000, p. 85)
says that “man's action arises in the process of cultural and historical development through an
action directed towards the future”.
The way of teaching goes beyond the classroom; observation of students to verify their
learning involves playing, listening, observing how they organize themselves in the world,
things and people, demonstrating the importance of specialized work, which is evident in the
process of observation, evaluation and intervention, to minimize difficulties from the students.
The teacher, the family, and the school involve sociocultural aspects that are important
for learning. Teaching and learning are complex issues, require the participation of the family
and school technicians and need a lot of reflection, in addition to being configured as a social
and political commitment and, as previously stated, imply specific knowledge about the
theories and processes of learning.
There are countless contributions from competent, collective and specialized work in
the sense of structuring the construction or reconstruction of students' learning, compensating
or minimizing limitations, helping students to solve or live with their difficulties, reassessing
or redirecting their needs.
With multidimensional objectives, this professional adopts integrated approaches of
scientific investigation and experiences of integrative practices in his activities, working on
preventive aspects and acting as a facilitating agent of cognitive processes, benefiting students,
whatever their difficulties.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES and Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 29
Final remarks
The guidelines for professional updating go through theory, practice and the pursuit of
knowledge. In this perspective, we realize that research, as an academic and professional
procedure, presents itself as a space in which theory and practice meet, resulting in knowledge
produced from the findings of the data evaluated and analyzed in the methodological path of
the research. Such findings suggest new directions, new alternatives for the problems studied,
thus giving rise to a professional with broader knowledge, with a formation of more solid bases
both from the scientific point of view and with a more humanist view of himself and the other.
We realize that it is necessary to observe the pedagogical proposal of the training courses
as a discourse and as a practice, and to ask whether the developments of the courses meet the
basic needs of the profession. Attention to research within the theoretical-methodological
course of the courses strengthens the links with the training core and the professionalizing core,
combining theory with practice.
The interrelation between formative, technical and professional teaching determines the
priority of formative courses, taking into account ethics, scientific and intellectual rigor and a
multi and interdisciplinary approach, especially in the areas of education and health.
Commitment to the competence of professional action implies knowledge of
fundamental social issues, such as the elimination of poverty, preservation of cultural dialogue,
clear awareness of the social relevance of their functions, wherever they perform them, applying
the principles of human ethics in all its fields of action.
Promoting and developing research in professionals’ practices are necessary steps in the
training and professional trajectory, given their relevance for the development of studies,
objectives and opportunities that guarantee a continuous process in search of access to cultural
goods, health and education as constitutionally guaranteed rights for all.
Throughout the study, we realized that research as an instrument for the search and
production of knowledge favors the recognition of teaching and learning in different contexts.
The dissemination of worldwide research results creates opportunities to reduce the distance
between countries considered developed and those considered as emerging or less developed,
within the scope of knowledge production.
Cooperative actions and integrated groups of researchers are a reality. Integrated and
interconnected, through networks, Internet sites, chatting via e-mail, navigating spaces in the
world of technology, virtually or not, researchers from all over the world today dialogue,
Between reasons and perspectives, pathways and inspiration: Some reasons for health and education to walk together
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 30
develop collaborative actions, and the positive results of research are socialized, continued,
with international cooperation aimed at improving the quality of life of peoples.
It is now part of the plans of the United Nations Organization, the World Health
Organization and the International Education Forum, to update reports on the situation of
knowledge related to these areas, in relation to higher education, in all regions of the world,
promoting projects innovative training and research, aimed at valuing civic education and
sustainable development for peace, intensifying even institutional efforts for research, academic
freedom and the exercise of social responsibility.
The psychic world of human beings is closely linked to the context in which it is inserted
and the way in which it lives throughout its history. Faced with this, it is worth remembering
that Vigotski (2000) already highlighted in his studies the importance of considering, in the
learning processes, the origin and socio-cultural contexts of students. In this sense, we discuss
the importance of studying conceptions and visions of knowledge, whose objective is to capture
how interactions occur in a school social context and the meanings, mediated by
psychopedagogical procedures, capable of perceiving and acting as facilitators of the analysis
of human differences as a configuration of a psychopedagogical, political and socio-historical
intervention.
The studies, research and practical and theoretical-methodological applications of
psychopedagogical contributions offer a space for discussion on a range of ideas hitherto
established about learning, about parental participation, about the involvement of the school
team and psychopedagogical assistance, thus consolidating the collective work of professionals
within the school environment.
We evidenced throughout the study that for a long time any person different from those
considered normal people with autistic spectrum; those considered hyperactive; people with
disabilities; those with learning difficulties had access to education denied, and these are often
considered incapable of assimilating knowledge.
However, it is known, to summarize, that in recent years, discussions on inclusion and
on the psychopedagogical processes that allow these people's access to education have
deepened, through the elaboration of inclusive action policies, the use of alternative
methodologies and mobilizing inter and multidisciplinary supports and measures, in the social
and professional context, which stimulate the integral development of the Human.
Janine Marta Coelho RODRIGUES; Silvestre Coelho RODRIGUES and Aureliana da Silva TAVARES
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 31
REFERENCES
BOFF, C. A Teologia da Libertação e a crise de nossa época. São Paulo: Ed. Ática, 1996.
BRASIL. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência. Brasília, DF: Presidência da República, 2015. Available at:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Access: 25 May
2023.
FREIRE. P. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF). Declaração Mundial
sobre Educação para Todos. Plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de
aprendizagem. Jomtien, Tailândia: UNICEF, 1990. Available at:
https://www.unicef.org/brazil/declaracao-mundial-sobre-educacao-para-todos-conferencia-de-
jomtien-1990. Access: 25 May 2023.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A
Cultura (UNESCO). Declaração de Salamanca. Sobre os princípios, políticas e práticas na
área das necessidades educativas especiais. Salamanca, Espanha: UNESCO, 1994. Available
at: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000139394. Access: 25 May 2023.
RODRIGUES, J. M. C. Construindo a profissionalização docente. João Pessoa: Ed.
Universitária, 2003.
SAVIANI, D. Educação e História no Brasil contemporâneo. João Pessoa: Ed.
Universitária, 2003
VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Between reasons and perspectives, pathways and inspiration: Some reasons for health and education to walk together
RIAEE Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 18, n. 00, e023049, 2023. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v18i00.18324 32
CRediT Author Statement
Acknowledgments: Not applicable.
Financing: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: Not applicable.
Availability of data and material: Materials and data are available in the references.
Author Contributions: The authors participated equally in the design of the study,
conducting the literature review, and writing the text.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.