RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 1
DOCENTES E SAÚDE COLETIVA: PERCEPÇÕES, FORMAÇÃO E IMPACTO NA
PROFISSÃO DA SAÚDE
DOCENTES Y SALUD COLECTIVA: PERCEPCIONES, FORMACIÓN E IMPACTO
EN LA PROFESIÓN SANITARIA
TEACHERS AND COLLECTIVE HEALTH: PERCEPTIONS, TRAINING AND
IMPACT ON THE HEALTH PROFESSION
Viviany Caetano Freire AGUIAR1
e-mail: viviany.ead@uninta.edu.br
Stela Lopes SOARES2
e-mail: stela.soares@uninta.edu.br
Heraldo Simões FERREIRA3
e-mail: heraldo.simoes@uece.br
Como referenciar este artigo:
AGUIAR, V. C. F.; SOARES, S. L.; FERREIRA, H. S. Docentes e
saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da
saúde. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325
| Submetido em: 04/08/2023
| Revisões requeridas em: 18/08/2023
| Aprovado em: 17/12/2023
| Publicado em: 29/02/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Centro Universitário INTA (UNINTA EAD), Sobral CE Brasil. Professora do Curso de Educação Física. Integrante do
Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar (GEPEFE/UECE). Mestra em Ensino na Saúde pela Universidade
Estadual do Ceará CMEPES/UECE.
2
Centro Universitário INTA (UNINTA EAD), Sobral CE Brasil. Coordenadora do Curso de Educação Física.
Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Física Escolar (GEPEFE/UECE).
Pós-doutorado em andamento em Educação (PPGE/UECE). Doutora em Educação (PPGE/UECE).
3
Universidade Estadual do Cea (UECE), Fortaleza CE Brasil. Professor Adjunto do Curso de Educação Física.
Professor Permanente no Programa de Pós-Graduação em Educação (UECE). Doutor em Saúde Coletiva (UECE).
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 2
RESUMO: O texto em questão aborda as percepções e reflexões dos docentes sobre a Saúde
Coletiva na formação de profissionais de saúde. O objetivo consistiu em entender o ponto de
vista dos docentes que ministram disciplinas sobre Saúde Coletiva, suas percepções,
relevância, inserção e os impactos dos saberes dessa área para os profissionais de saúde. O
estudo foi realizado em um Centro Universitário, especificamente em dez cursos de graduação
na área da saúde. Os docentes foram questionados sobre a compreensão da Saúde Coletiva,
relevância, inserção, formação, possibilidades de desenvolvimento para as profissões de
saúde. Alguns professores compreendem a Saúde Coletiva em uma perspectiva ampliada,
reconhecem sua importância para a formação profissional, percebem fortemente em seu curso,
enquanto outros não a percebem tão claramente. As principais dificuldades envolvem a
resistência dos alunos em aprender sobre Saúde Coletiva e a falta de valorização entre os
colegas docentes. Além disso, foi ressaltado a importância da presença dessa área nas grades
curriculares. Este estudo busca contribuir para a reflexão sobre a incorporação da Saúde
Coletiva na formação e prática das profissões da área da saúde, identificando desafios e
possibilidades nesse processo.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde Coletiva. Formação de profissionais de saúde. Docentes.
Percepções. Reflexões.
RESUMEN: El texto en cuestión aborda las impresiones y reflexiones de los docentes sobre
Salud Colectiva en la formación de profesionales de la salud. El objetivo fundamentó en
comprender el punto de vista de los docentes que imparten asignaturas sobre Salud
Colectiva, sus percepciones, relevancia, integración y los impactos del conocimiento de esta
área en los profesionales de la salud. El estudio se llevó a cabo en un Centro Universitario,
específicamente en diez cursos de grado en el área de la salud. Se preguntó a los docentes
acerca de su comprensión de la Salud Colectiva, su importancia, integración, educación y
posibles oportunidades de desarrollo para las profesiones de la salud. Algunos profesores
comprenden la Salud Colectiva desde una perspectiva amplia, reconocen su importancia para
la formación profesional y la perciben con fuerza en sus cursos, mientras que otros no la
perciben con tanta claridad. Los principales desafíos involucran la resistencia de los
estudiantes a aprender sobre Salud Colectiva y la falta de reconocimiento entre los colegas
docentes. Además, se destacó la importancia de la presencia de esta área en los planes de
estudio. Este estudio tiene como objetivo contribuir a la reflexión sobre la incorporación de
la Salud Colectiva en la formación y práctica de las profesiones de la salud, identificando
desafíos y posibilidades en este proceso.
PALABRAS CLAVE: Salud Colectiva. Formación de profesionales de la salud. Docentes.
Percepciones. Reflexiones.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 3
ABSTRACT: The text in question addresses the perceptions and reflections of educators
regarding Collective Health in the education of healthcare professionals. The objective was
to understand the viewpoint of educators teaching subjects related to Collective Health, their
perceptions, relevance, integration, and the impacts of knowledge from this field on
healthcare professionals. The study was conducted at a University Center, specifically across
ten undergraduate courses in the healthcare field. Educators were questioned about their
understanding of Collective Health, its importance, integration, education, and potential
development opportunities for healthcare professions. Some teachers comprehend Collective
Health from an expansive perspective, recognizing its significance for professional education,
and perceiving its strong presence within their courses. However, others do not perceive it as
distinctly. The main challenges involve students' resistance to learning about Collective
Health and a lack of recognition among fellow educators. Furthermore, the importance of
incorporating this field into the curriculum was emphasized. This study aims to contribute to
the reflection on the integration of Collective Health into the education and practice of
healthcare professions, identifying challenges and possibilities within this process.
KEYWORDS: Collective Health. Health professional training. Teachers. Perceptions.
Reflections.
Introdução
A Saúde Coletiva é uma área da saúde que se destaca por sua abordagem ampliada,
apresentando os diversos aspectos relacionados à promoção da saúde e à manutenção do bem-
estar de todos. É um campo interdisciplinar que envolve ações e intervenções entre
profissionais, cujo objetivo está em melhorar as condições de saúde e prevenção de doenças
da comunidade.
Uma de suas principais propostas é resgatar o aspecto social da saúde. Autores como
Silva, Schraiber e Mota (2019) destacam que a Saúde Coletiva é o espaço em que se
concentram abordagens críticas e pesquisas sobre a questão da saúde, buscando tecer relações
entre saúde, sociedade e a construção biomédica.
Diante desse contexto, torna-se relevante que todas as profissões da área da saúde
incorporem, em sua formação e prática, elementos da Saúde Coletiva. No entanto, observa-se
que as universidades brasileiras, em sua maioria, possuem currículos fechados, menos
interdisciplinares e mais especializados, o que dificulta um trabalho em equipe eficiente e não
atenda plenamente às necessidades sociais de saúde (Osmo, Schraiber, 2015; Almeida Filho,
2013).
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 4
Considerando essas questões, surgiu o interesse em realizar um estudo que analisasse
os conteúdos relacionados à Saúde Coletiva nos cursos de ensino superior na área da saúde
oferecidos por uma IES em Sobral CE.
Para atender a problemática apresentada, este estudo tem-se como seguintes questões
norteadoras: Quais são os principais objetivos da Saúde Coletiva e como ela busca melhorar
as condições de saúde da comunidade? Como as instituições de ensino brasileiras têm
abordado a Saúde Coletiva em seus currículos de graduação na área da saúde? Quais são os
desafios enfrentados na incorporação de elementos da Saúde Coletiva na formação e prática
das profissões da área da saúde?
Com intuito de responder às questões norteadoras estabelecidas, tem-se como objetivo
geral entender o ponto de vista dos docentes que ministram disciplinas sobre Saúde Coletiva,
suas percepções, relevância, inserção e os impactos dos saberes dessa área para os
profissionais de saúde.
Metodologia
Foi conduzida uma pesquisa que utilizou um estudo de caso com características de
abordagem qualitativa. Neste tipo de pesquisa, são utilizados métodos de investigação
holística, etnográfica, fenomenológica e biográfica.
Yin (2015) apoia essa abordagem, destacando o objetivo de descrever o projeto e os
métodos de estudo de caso, e defendendo-o como uma metodologia legítima nas ciências
sociais, capaz de conduzir investigações sobre uma proposição teórica.
O estudo ocorreu no Centro Universitário INTA - UNINTA, mais especificamente em
dez cursos de graduação da área da saúde, em que foram analisados os Projetos Pedagógicos
dos Cursos (PPC) com o intuito de investigar a presença de disciplinas para o campo da Saúde
Coletiva ou as que mais se aproximam por meio da verificação do ementário e bibliografias.
Como critérios de inclusão, os coordenadores tiveram de aceitar a participação de seus
cursos na pesquisa e os docentes deveriam estar ministrando a disciplina de Saúde Coletiva ou
que ministram as disciplinas que mais se aproximam, para tanto, assinando o Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido- TCLE. A proposta foi submetida ao Comitê de Ética em
Pesquisas sob o CAAE de número: 31346920.3.0000.8133 e sendo aprovado sob o número do
parecer: 4.085.735.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 5
Dessa forma, participaram quinze docentes, cuja técnica para coleta de dados foi a
entrevista com um roteiro semiestruturado com perguntas que abordaram a percepção dos
docentes sobre o conteúdo da Saúde Coletiva na formação dos profissionais de saúde. As
respostas das entrevistas foram analisadas qualitativamente por meio da Análise Temática de
Minayo et al. (2014). A coleta de dados desta pesquisa aconteceu durante o período de agosto
a dezembro de 2022.
Resultados e Discussões
A seguir, serão apresentados os resultados e discussões que foram caracterizados em
categorias criadas a partir dos principais resultados que surgirão por meio das entrevistas
realizadas com os docentes, são elas: Percepção dos docentes sobre a Saúde Coletiva; A
relevância da Saúde Coletiva para a formação dos profissionais de saúde; Inserção da Saúde
Coletiva no curso; Desafios da implantação e/ou desenvolvimento de saberes da Saúde
Coletiva no seu curso; As DCN dos Cursos da área da Saúde e a Saúde Coletiva.
Percepção dos docentes sobre a Saúde Coletiva
Um dos primeiros questionamentos foi realizado acerca da compreensão dos docentes
sobre a Saúde Coletiva. Deste modo, as respostas foram organizadas em duas categorias
temáticas: A Saúde Coletiva em seu aspecto integral para atenção da saúde de forma
ampliada; e b) A Saúde coletiva diante de suas áreas de conhecimento.
A Saúde Coletiva em seu aspecto integral para atenção da saúde de forma ampliada
Alguns professores tiveram longos discursos, assim como outros foram objetivos em
suas respostas e, na maioria das vezes, compactuam com essa categoria. Vale destacar que,
embora chegassem a essas conclusões, grande parte dos docentes relata, no início das
respostas, o termo saúde pública e, em algumas das falas, nota-se certa confusão no momento
da definição.
O tema “Saúde Coletiva e a atenção da saúde de forma ampliada”, pode ser
representado pelas falas de P1, que a como um campo interdisciplinar, com o
envolvimento multiprofissional, em que se aborda a subjetividade, as afetividades entre
médico, paciente, profissional, saúde e comunidade. P5 o entende como a saúde voltada para
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 6
todos. P7 apontou que o indivíduo deveria ser visto de forma integral, em que a saúde
coletiva deve estar inserida desde o primeiro olhar do indivíduo. Já P13 aponta que falar sobre
Saúde Coletiva é olhar a completude do ser e P15 apresenta, em sua fala, compreensão com
base nos estudos de Campos Gastão, como um campo ampliado, interdisciplinar,
multiprofissional.
Segundo Campos (2015), a Saúde Coletiva apresenta marcos conceituais fundamentais
que promovem a interseção de diversos saberes e práticas, além de enfatizar a integralidade e
equidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Também valoriza o aspecto social, a
subjetividade e o cuidado, ao mesmo tempo que estabelece conexões significativas entre a
população e os profissionais de saúde. Esses elementos contribuem para a evolução do
conhecimento e para a melhoria das condições de vida das pessoas e comunidades, com foco
na promoção e atenção à saúde do indivíduo.
Em uma perspectiva reflexiva sobre a Saúde Coletiva, Osmo e Schraiber (2015)
enfatiza sua natureza interdisciplinar, destacando a importância de uma visão ampliada da
saúde e da abordagem multiprofissional para lidar com a diversidade presente nas práticas
sanitárias.
Ao observarmos as concepções apresentadas pelos autores, percebe-se que a Saúde
Coletiva, em meio as percepções dos docentes entrevistados, interagem de forma significativa
no contexto da determinação social do processo saúde-doença, alicerçada em uma base teórica
de integralização no cuidado à saúde.
Nesse sentido, as descobertas ressaltam que o docente, por meio de sua prática
pedagógica, permite uma compreensão aprofundada desse campo do conhecimento, de modo
a desenvolver um olhar crítico e reflexivo para suas futuras práticas profissionais. Essa
abordagem multidimensional da Saúde Coletiva favorece a ampliação do horizonte de
possibilidades e a preparação dos profissionais para enfrentar os desafios complexos da área
da saúde de maneira mais eficaz.
A Saúde Coletiva diante de suas áreas do conhecimento
Dois professores mencionaram que para compreender a saúde coletiva, faz-se
necessário pensar diante das suas áreas do conhecimento. De acordo com P9, deve-se
entender a saúde coletiva juntamente com os campos de atuação a ela vinculados, como a
epidemiologia, as Ciências Sociais Humanas, a política e o planejamento. E P14, por sua vez,
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 7
menciona ser um campo de conquista, onde possuem as configurações epistemológicas, das
políticas de saúde, das ciências sociais e humanas como um direito.
Nas análises dos docentes, fica evidente que seu conhecimento acerca da Saúde
Coletiva está profundamente vinculado às suas respectivas áreas de expertise, abrangendo a
epidemiologia, as ciências sociais e humanas, a política e o planejamento. Essa abordagem
nos permite compreender que o entendimento dos docentes sobre a Saúde Coletiva se
fundamenta e se estrutura nessas disciplinas precursoras. Com isso, ressalta-se a importância
de consolidar um conhecimento sobre a saúde coletiva, pois a formação profissional deve ser
fundamentada nos campos de atuação que sustentam essa área.
Dessa forma, ao destacar a relevância dessas disciplinas estruturantes da Saúde
Coletiva, torna-se evidente a relevância para que se possa consolidar o entendimento sobre a
saúde coletiva, uma vez que a formação profissional deve estar embasada nos campos de
atuação estruturantes da saúde coletiva reforçados pelos autores citados acima.
A relevância da Saúde Coletiva para a formação dos profissionais de saúde
No questionamento relacionado à importância que o docente atribui, diante das
possibilidades dos saberes do campo da saúde coletiva para a formação do profissional de
saúde, todos os docentes consideraram positivamente o grau de importância, contudo,
algumas justificativas tomaram diferentes caminhos. As respostas foram categorizadas em três
temáticas: a) A Saúde Coletiva e suas contribuições para o desenvolvimento de um
profissional crítico e humanista; b) O destaque da Saúde Coletiva para o trabalho
multiprofissional e a quebra de paradigmas da formação; c) A importância de a saúde coletiva
ser introduzida na matriz curricular.
A Saúde Coletiva e suas contribuições para o desenvolvimento de um profissional crítico e
humanista
Nas entrevistas realizadas, alguns dos docentes (P1, P7, P9 e P13) enfatizaram a
relevância da relação entre teoria e prática na formação de profissionais de saúde coletiva.
Eles ressaltaram a necessidade de desmistificar disciplinas como saúde pública e saúde
coletiva, tornando-as mais acessíveis e interessantes para os estudantes.
Além disso, destacaram ainda a importância de enxergar o paciente de forma integral,
considerando seu contexto socioeconômico e emocional. Salientaram, também, a importância
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 8
de proporcionar vivências práticas durante a graduação, por meio de workshops e eventos,
para que os estudantes compreendam a importância da saúde coletiva na sua atuação
profissional.
A busca por profissionais humanizados, empáticos e preparados para enfrentar os
desafios na área da saúde tem sido impulsionada pela valorização da vivência direta e do
conhecimento prático. A formação nesse campo passou por significativas transformações,
destacando-se a aproximação entre o processo formativo e o serviço.
Pereira et al. (2016) apontam a necessidade de profissionalização, qualificação e
formação de novas gerações de trabalhadores, bem como a crítica ao conteudismo
educacional tradicional presente em muitos processos formativos na área. Além disso, a
discussão sobre a aproximação entre a escola e o mundo do trabalho tem sido um ponto
marcante no debate sobre a relação entre trabalho e educação.
Essa abordagem enfatiza a importância da aplicação da teoria em conjunto com a
prática durante a formação. Tal aproximação possibilita a geração de profissionais mais
críticos, preparados para enfrentar situações complexas em suas futuras práticas.
Segundo Souza et al. (2017), o Sistema Único de Saúde (SUS) tem permitido uma
ampliação do olhar sobre o processo saúde-doença, favorecendo a integração de práticas e
saberes na saúde coletiva. Nesse campo transdisciplinar, a complexidade do sujeito e de seu
contexto de vida exige que os profissionais de saúde desenvolvam um pensamento crítico-
reflexivo sobre os determinantes sociais da saúde.
No entanto, a prática revela que muitos profissionais carecem das competências
necessárias para enfrentar adequadamente os desafios da consolidação do SUS (Souza et al.,
2017).
A perspectiva humanizada, destacada pelas falas dos docentes, enfatiza a importância
dos saberes da saúde coletiva para os profissionais de saúde. Essa abordagem ressalta a
necessidade de transformar as práticas e a qualidade do cuidado, considerando a integralidade
do atendimento ao usuário. A construção desse cuidado e a atuação para a promoção da saúde
do indivíduo coletivo demandam profissionais de saúde críticos e reflexivos, em uma
perspectiva mais humanista, dada a complexidade envolvida na área (Ferreira; Artmann,
2018).
Essas discussões reforçam as falas dos docentes nessa categoria, tendo em vista a
importância da relação entre teoria e prática na formação profissional, bem como a exigência
de um olhar crítico e reflexivo dos profissionais de saúde em meio aos desafios enfrentados
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 9
no campo da saúde. O desenvolvimento de competências humanísticas e a abordagem integral
no cuidado são fundamentais para a construção de um sistema de saúde mais efetivo e
centrado no indivíduo.
O destaque da Saúde Coletiva para o trabalho multiprofissional e a quebra de paradigmas da
formação
Os docentes entrevistados destacaram a importância dos saberes da Saúde Coletiva no
estímulo ao trabalho multidisciplinar e multiprofissional.
P3 e P11 ressaltaram a necessidade de uma visão ampla e da troca de conhecimentos
entre profissionais de diferentes áreas. Além disso, enfatizaram a importância de discutir a
complementaridade dos saberes e sua aplicação na prática profissional, para superar uma
visão limitada e efetivamente promover o conceito biopsicossocial em todas as dimensões.
As informações apresentadas ressaltam a importância dos saberes da saúde coletiva
para os profissionais atuantes nessa área, e os docentes conseguem destacar essa relevância ao
relacioná-la com a aplicabilidade dos conhecimentos sob uma perspectiva multiprofissional.
Roquete et al. (2012) enfatizam que, no contexto da saúde coletiva, a combinação de
conhecimentos provenientes de diversas áreas é cada vez mais necessária para lidar com a
complexidade desse campo. Os autores destacam que a abordagem multidisciplinar tem sido
amplamente aplicada tanto nas universidades quanto na prática dos profissionais.
A relevância atribuída pelos docentes, corroborando as reflexões dos autores
mencionados, está relacionada com suas experiências práticas durante a educação continuada.
Vale ressaltar que muitos desses docentes participaram de programas de Residência
Multiprofissional, reconhecendo o valor de incorporar essa reflexão desde a formação inicial
dos profissionais. Esse enfoque possibilita um melhor entendimento do papel de cada
profissional, qualificando-os de maneira mais abrangente e consistente ao longo do processo
formativo.
Essa abordagem multiprofissional e a aplicação prática dos conhecimentos da saúde
coletiva contribuem para a formação de profissionais mais preparados e capacitados para
enfrentar os desafios complexos da área da saúde. A junção de diferentes saberes proporciona
uma visão holística e integrada dos problemas de saúde, possibilitando intervenções mais
efetivas e abrangentes em benefício da população.
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 10
Além dessa visão multiprofissional atribuída nas falas de alguns docentes, dois
professores abordaram em sua fala sobre a importância da quebra de paradigmas existentes na
formação para esse campo de conhecimento. Dois professores, P4 e P14, destacaram a
importância de romper com os paradigmas existentes na formação para o campo da Saúde
Coletiva. Eles enfatizaram a necessidade de desenvolver um pensamento crítico e uma visão
ampliada, que vá além do tratamento individual e considere a história e as possibilidades antes
de lidar com o paciente.
Os resultados destacam a importância de integrar diferentes conhecimentos e superar a
cultura que valoriza apenas o conhecimento cnico mais atualizado, em detrimento da
capacidade de escuta, compartilhamento e trabalho em equipe. Os pesquisadores ressaltaram a
necessidade de ressignificar a Saúde Coletiva nos cursos da área da saúde e nas Ciências
Sociais, enfatizando que todos desempenham um papel crucial nesse campo.
A análise nos permite compreender que, para incorporar tais conteúdos, é necessário
romper com paradigmas na formação profissional. Cada profissional que estuda a saúde
coletiva deve compreender o papel dos demais e suas contribuições nesse formato ampliado
de atuação. O campo da saúde coletiva é complexo e entrelaçado, apresentando inúmeras
variáveis que influenciam o processo saúde-doença e uma evolução de paradigmas
epistemológicos marcados por mudanças expressivas.
De acordo com Roquete et al. (2012), se a aplicação dos paradigmas na saúde coletiva
está ocorrendo de forma inadequada, isso pode ser atribuído, em parte, ao desconhecimento e,
em parte, ao fracasso humano de pensar de forma disciplinar e fragmentada.
Essa afirmação reforça as falas apresentadas e destaca o valor da ressignificação da
saúde coletiva e a urgência de romper com os paradigmas existentes nesse campo do
conhecimento. Essa transformação é fundamental para estimular o desenvolvimento dos
saberes da saúde coletiva na formação dos profissionais de saúde.
Portanto, é essencial que a formação profissional adote uma abordagem integrada e
colaborativa, valorizando a diversidade de conhecimentos e habilidades dos diversos
profissionais envolvidos na Saúde Coletiva. A mudança de perspectiva e a quebra de
paradigmas podem potencializar a atuação conjunta e a busca por soluções mais eficazes e
abrangentes para os desafios na área da saúde.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 11
A importância da Saúde Coletiva na matriz curricular
Entre os entrevistados, outra parte enfatizou a importância de incluir os temas da
Saúde Coletiva como conteúdos obrigatórios nos cursos de graduação. Eles ressaltaram a
necessidade de uma abordagem mais abrangente e constante ao longo da formação,
integrando esses temas de forma transversal em diferentes disciplinas.
Refletindo sobre o que foi afirmado por P10, ele aponta que a falta de interesse dos
alunos pode estar relacionada à pouca ênfase dada à disciplina, geralmente abordada de forma
pontual e isolada. Para despertar o interesse dos estudantes, ele defende que a Saúde Coletiva
deve ser explorada de maneira mais ampla e constante.
Por sua vez, P15 enfatizou que a Saúde Coletiva não deve ser tratada como uma
disciplina isolada, mas sim permear toda a formação, integrando-se de forma transversal às
outras matérias. Ele argumenta que a abordagem fragmentada não é efetiva e defende a
necessidade de uma perspectiva mais abrangente e integrada.
Embora a inserção de conteúdos da Saúde Coletiva tenha avançado em alguns cursos,
ainda se percebe que em outros a introdução é bastante tímida, limitando-se a uma única
disciplina. Conforme Leal e Camargo Junior (2012) destaca, a característica inovadora desse
campo está na possibilidade de interconexões entre diferentes áreas, abrangendo a vida em
suas diversas dimensões de existência. Além disso, atua de forma transversal entre as
disciplinas, constituindo-se como um campo político de ação para a produção de saberes e
práticas comprometidos com a realidade brasileira.
Os resultados indicam uma concepção alinhada com as falas dos entrevistados,
sugerindo que a Saúde Coletiva deve ser trabalhada de forma contínua nas matrizes
curriculares, considerando a perspectiva coletiva presente em todas as áreas em que os
profissionais de saúde pretendem atuar.
No entanto, vale ressaltar que a análise também aponta dificuldades em encontrar
produções científicas sobre o processo de transversalidade na formação, o que sugere que esse
tema é emergente e ainda enfrenta desafios em sua aplicação no currículo formativo. Essa
lacuna pode ser uma oportunidade para futuras pesquisas e reflexões no campo da Saúde
Coletiva.
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 12
A inserção da Saúde Coletiva no curso
com relação ao questionamento se os docentes percebem a inserção no campo da
Saúde Coletiva em seu curso. Se sim, que fosse apontado de que maneira. A partir disso,
formulou-se três categorias temáticas: a) A Saúde Coletiva bastante percebida nas disciplinas
e nos eixos de extensão e pesquisa do curso; b) Não percepção da saúde coletiva; c) O
desconhecimento de sua inserção.
A Saúde Coletiva percebida nas disciplinas e nos eixos de extensão e pesquisa do curso
A maioria dos docentes expressou uma visão positiva sobre a integração da Saúde
Coletiva nos cursos em que atuam. Eles mencionaram diferentes abordagens, como a inclusão
da temática em disciplinas, cursos de extensão e pesquisa. Os primeiros trechos das falas
destacam a percepção dos docentes em relação às disciplinas do curso:
Alguns docentes enfatizaram a importância das disciplinas de Ações Integrais em
Saúde (AIS), nas quais os estudantes têm contato com comunidades e profissionais de
diferentes áreas desde os primeiros semestres. Essas disciplinas abordam conceitos relevantes
da saúde coletiva e proporcionam experiências práticas para os alunos (P1).
Outros ressaltaram a inserção dos alunos no campo da saúde coletiva por meio dos
módulos de AIS, que ocorrem desde o início do curso até os semestres finais. Esses módulos
exploram contextos diversos relacionados à saúde coletiva e também são contemplados pelas
ligas acadêmicas voltadas para a saúde da família, mulheres e outras áreas (P2).
A percepção de que os estágios proporcionam uma cobertura parcial do conteúdo de
saúde coletiva foi mencionada por um entrevistado. Apesar de ser abordada em apenas um
semestre, a prática durante os estágios permite que os estudantes compreendam as ações e
intervenções voltadas para a promoção da saúde e para o tratamento de doenças na população
(P10). Além disso, P14 relatou sua experiência em trazer a discussão da saúde coletiva para a
sua disciplina e convidar colegas a fazerem o mesmo, promovendo uma abordagem integrada.
É notória, nas falas, a visão dos docentes quanto à percepção da inserção em
disciplinas, haja vista que, em alguns cursos, está inserida ao longo dos semestres e da prática
docente, da mesma maneira que é evidente o entendimento da carência para outros, é
perceptível principalmente, nos estágios como compreensão de amparar algo que ainda esteja
insuficiente.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 13
Segundo Correia, Telles e Araújo (2018), os cursos de graduação em saúde têm
passado por mudanças curriculares com o objetivo de proporcionar uma formação mais
alinhada com as necessidades sociais da população e com a realidade do Sistema Único de
Saúde (SUS). Essas alterações têm surgido como resposta à constatação de que os projetos
pedagógicos e as matrizes curriculares desses cursos ainda estão permeados pela perspectiva
tecnicista, fragmentando os conteúdos e seguindo modelos hegemônicos, predominantemente
biomédicos e sanitaristas.
As profissões na área da saúde exigem uma atenção especial, pois a formação de
profissionais com uma visão voltada para o SUS representa um desafio importante para
melhorar a qualidade de vida das pessoas. Essa formação deve buscar ampliar as alternativas
adequadas às mudanças da realidade e colaborar com o desenvolvimento dos trabalhadores da
saúde, conforme defendido por Castro, Cardoso e Penna (2019).
Nesse contexto, as transformações curriculares nos cursos de graduação em saúde
têm um papel fundamental na preparação dos profissionais para enfrentar os desafios do
sistema de saúde brasileiro. A busca por uma formação mais humanizada, integral e alinhada
às necessidades da população é essencial para contribuir com a melhoria da assistência à
saúde e promover o avanço do SUS. Afinal, é por meio da capacitação adequada dos futuros
profissionais que será possível impulsionar mudanças significativas e positivas no campo da
saúde pública. Além da inserção nas disciplinas, os docentes também destacaram a
importância dos cursos de extensão e pesquisa. Veja as seguintes falas:
P8 mencionou a presença da saúde coletiva nas atividades de extensão e pesquisa da
instituição. Ele observou que tanto os professores quanto os alunos demonstram interesse e
desejo de atuar nessa área, reconhecendo a importância da saúde coletiva em suas vidas. O
UNINTA desenvolve amplamente a saúde coletiva, tanto em discussões quanto em ações
práticas realizadas pelos acadêmicos.
P13 destacou projetos específicos da instituição, como o "UNINTA na Comunidade".
Esses projetos buscam difundir a prática e o conhecimento da saúde coletiva, tanto
internamente, envolvendo a comunidade acadêmica e os funcionários, quanto
externamente, atingindo a sociedade em geral. O objetivo é promover a disseminação dos
conceitos e ideias da saúde coletiva (P13).
Percebe-se que a inserção da saúde coletiva nos projetos de extensão, pesquisa, ligas
acadêmicas é um ponto positivo no que tange à aplicação na prática no processo ensino-
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 14
aprendizagem perante uma associação de conteúdos teóricos por meio das vivências
práticas, fator preponderante na formação de futuros profissionais na saúde. Todavia, vale
destacar que embora os cursos promovam a inserção da saúde coletiva nesses meios, não
se pode esquecer o valor de sua inserção principalmente nos componentes curriculares
obrigatórios nos cursos em destaque relacionado às profissões de saúde, de maneira geral.
Visto que, de acordo com Palácio (2017), a participação dos alunos em projetos de
extensão pode representar uma atividade positiva para os discentes no que se refere à
apropriação teórica sobre Saúde Coletiva no entanto, a participação não possui caráter
obrigatório, não podendo ser considerada um componente fixo na formação inicial dos
alunos.
Além disso, alguns docentes ressaltaram um aspecto relacionado à percepção nas
disciplinas do curso, mencionando a desvalorização tanto por parte dos professores quanto
dos alunos. Veja as seguintes falas:
Um dos docentes enfatizou a necessidade de valorizar mais a saúde coletiva, tanto na
aplicação prática quanto na percepção dos alunos. Ele destacou que a valorização não deve
partir apenas dos alunos, mas também dos próprios professores. Para ele, é importante ter a
presença e a valorização da saúde coletiva em todos os semestres, com um peso maior
atribuído a ela. Ele acredita que os professores devem mostrar a importância e o valor da
disciplina, transmitindo aos alunos a relevância daquilo que estão ensinando (P4).
Outro docente mencionou que percebe uma forte resistência e desvalorização por parte
dos alunos em relação à saúde coletiva. Ele reconheceu que a formação de médicos
generalistas com atuação no sistema público de saúde (SUS) é um propósito fundamental,
mas lamentou a resistência dos alunos em valorizar esse conteúdo, considerando-o como
inferior em relação a outras disciplinas. Ele ressaltou, porém, que a presença da saúde
coletiva nas grades curriculares é significativa e importante (P5).
As falas dos docentes permitem compreender que o professor não se define apenas
pelo domínio de conteúdo. Exige do docente reflexão e valorização sobre a prática
pedagógica no sentido de possibilitar uma aprendizagem significativa.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 15
O processo de formação docente exige tempo e espaço e indica que o professor é o
grande responsável pela sua própria formação contínua, cujo conhecimento construído se a
partir da reflexão e compreensão da prática docente (Soares; et al., 2022)
Vale destacar que esse processo de valorização também deve partir do estudante, pois
exige uma reflexão sobre como aquele conhecimento poderá impactar na futura formação,
para que essa visão não seja percebida já no campo de atuação.
Não percepção da saúde coletiva
Por outro lado, alguns docentes entrevistados não percebem uma forte inserção da
Saúde Coletiva no curso, como pode ser observado nas seguintes falas:
Um dos docentes, o P9, expressou que não percebe muito o olhar da saúde coletiva no
curso. Ele acredita que falta uma maior compreensão não apenas por parte dos alunos, mas
também do coletivo como um todo. Ele enfatizou a importância de estudar mais sobre a saúde
coletiva e não focar apenas nas disciplinas específicas, que muitas vezes estão mais
relacionadas à Clínica.
Outro docente, P15, menciona que a saúde coletiva começou como uma disciplina
optativa e não tinha uma oferta regular. Foi somente durante o processo de reforma da matriz
curricular que ele sugeriu torná-la obrigatória, mas ainda é apenas uma disciplina oferecida na
metade do curso.
Nas falas apresentadas, podemos reconhecer duas perspectivas as quais os docentes
não consideram perceptíveis à inserção da saúde coletiva em seu curso. A primeira envolve,
de certa forma, uma desarticulação por parte dos docentes com o ensino da saúde coletiva em
sua própria disciplina. no outro ponto de vista, consiste na inserção defasada por se tratar
de apenas uma disciplina resultando em pouquíssimos impactos na formação.
Aguiar, Silva Júnior e Soares (2018) afirma que, para o alcance da
interdisciplinaridade na formação, os docentes precisam trabalhar juntos e articular seus
conhecimentos de forma complementar e organizada, de modo a buscar a participação ativa
dos discentes no processo de ensino.
Neste intento, corroborando com a fala dos docentes entrevistados, o trabalho de
inserção da saúde coletiva requer uma atuação conjunta no sentido de articulação dos
conhecimentos para que possa auxiliar no processo de ensino.
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 16
O desconhecimento de sua inserção
Durante as entrevistas, apenas um docente abordou sua falta de conhecimento sobre a
inserção da saúde coletiva no curso (P6). Ele mencionou que, devido à ausência de contato
com outras disciplinas do curso, não poderia fornecer informações detalhadas. No entanto, ele
destacou que a disciplina de Saúde Coletiva I abrange amplamente as políticas públicas,
fornecendo uma base sobre como eram, como são e como poderiam ser. Ele também
mencionou que no curso que ela faz parte, o tópico continua com disciplinas específicas, mas
não tinha informações sobre a continuidade da saúde coletiva em outros cursos.
Como a última categoria temática relaciona-se ao desconhecimento sobre a inserção
da saúde coletiva, a partir da fala do docente entrevistado, é evidente que o docente não
conhece a estrutura curricular do curso em si, considerando-se que está mais vinculada no
processo de ministrar a disciplina de Saúde Coletiva ofertada no curso, que pode ser um ponto
negativo quando se pensa em uma perspectiva integralizada, transversal e interdisciplinar.
O discurso apresentado pelo participante reforça a discussão anterior sobre o trabalho
interdisciplinar, destacando a importância de um diálogo complementar com outras
disciplinas e colegas do curso para oferecer uma assistência integral aos alunos, indo além de
uma abordagem isolada de cada matéria.
À luz desse assunto, Aguiar, Silva Júnior e Soares (2018) afirmam que a
interdisciplinaridade na área da saúde coletiva é um requisito crucial no sistema de saúde, e
sua efetividade ocorre quando os profissionais são preparados desde a fase de estudantes para
suprir as demandas impostas.
Além disso, Moura et al. (2021) destacam que a interdisciplinaridade está ganhando
força em resposta à necessidade de modernização e diversificação dos processos de
aprendizagem. A abordagem segmentada do ensino não é suficiente para proporcionar uma
compreensão completa dos conteúdos, tornando-se essencial a troca de conhecimentos entre
as disciplinas.
Esses aspectos ressaltam a importância do aprofundamento dos docentes em conhecer
a estrutura curricular do curso e promover a articulação com os colegas, a fim de desenvolver
de forma integrada as competências e habilidades propostas no perfil do profissional egresso.
A colaboração e o trabalho conjunto entre os docentes são fundamentais para uma formação
mais completa e alinhada com as necessidades dos alunos e do mercado de trabalho.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 17
Ao priorizar o trabalho interdisciplinar e fortalecer a troca de saberes entre as diversas
disciplinas, a formação acadêmica ganha em riqueza, promovendo uma visão mais ampla e
integrada das questões de saúde. Isso prepara os futuros profissionais para enfrentar os
desafios complexos da área, contribuindo para uma atuação mais eficaz e abrangente em
benefício da população.
Desafios da implantação e/ou desenvolvimento de saberes da Saúde Coletiva no seu
curso
Foi perguntado aos envolvidos acerca das dificuldades percebidas diante da inserção
ou desenvolvimento dos saberes da saúde coletiva. Alguns docentes relataram não sentir
dificuldades, outros acabaram distanciando-se do questionamento apresentado; a maioria,
por sua vez, respondeu que sim. As respostas foram categorizadas em dois temas: a) A Saúde
Coletiva como um campo de resistência pelos discentes; b) O processo de valorização dos
saberes da saúde coletiva pelos docentes.
A Saúde Coletiva como um campo de resistência
Alguns docentes, como P1, P2, P6, P8 e P13, relatam a resistência dos alunos em
relação à saúde coletiva no curso. Os estudantes tendem a priorizar outras disciplinas,
desconsiderando a importância da saúde coletiva. No entanto, alunos que se dedicam e
apreciam a disciplina.
A dificuldade também está na recepção imatura dos alunos em relação aos conceitos
da saúde coletiva. Alguns docentes buscam tornar a disciplina mais interessante, incentivando
os alunos a pensar além do habitual.
Com relação às dificuldades de inserção dos saberes da saúde coletiva nos cursos, os
docentes conseguem pontuar certa resistência por parte dos alunos em receber os conteúdos
de Saúde Coletiva, pois alguns insistem em uma visão de formação centrada no modelo
biomédico.
De acordo com Vasconcelos e Gouveia (2011), o campo teórico da Saúde Coletiva
configura-se não como um campo único, mas como um espaço interdisciplinar, que possibilita
o estudo da relação saúde-doença como um processo social, possibilitando uma compreensão
dos meios utilizados pela comunidade para se organizar e solucionar seus problemas de saúde.
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 18
Nesse intento, faz-se necessário refletir quanto à quebra de paradigmas no processo de
formação desses discentes para que possam incorporar os conteúdos da saúde coletiva ao
desenvolvimento de sua prática profissional de maneira integralizada, interdisciplinar para
que se possa alcançar os objetivos de uma formação mais generalizada.
O processo de valorização dos saberes da saúde coletiva pelos docentes
P4, P9 e P14 mencionam dificuldades na inserção e no desenvolvimento dos saberes
da saúde coletiva entre seus colegas. Há a necessidade de conscientizar os professores sobre a
importância de incorporar esse conhecimento em suas disciplinas de forma transversal. É
necessário um aprofundamento do entendimento da saúde coletiva pelos docentes para que
possam promover uma visão abrangente em todo o curso. A valorização do conhecimento em
saúde coletiva também é destacada como fundamental para incentivar os alunos a se
interessarem pela área.
Para Vasconcelos e Gouveia (2011), ainda é compreendido uma resistência, por parte
dos próprios docentes, a permitir que suas “convicções” anteriores sejam de fato modificadas.
Ainda, os mesmos autores afirmam que as reformas no formato dos cursos acontecem de fato,
no entanto, na maioria das vezes, tornam-se limitadas, por não serem incorporadas pelos
docentes e, consequentemente, pelos estudantes.
Tais concepções levam a refletir que ambas as dificuldades percebidas pelos
entrevistados acabam refletindo mutuamente, haja vista que para que o aluno possa valorizar é
imprescindível a valorização e incentivo pelo docente.
As DCN dos Cursos da área da Saúde e a Saúde Coletiva
No seguinte questionamento, foi perguntado aos envolvidos como eles têm observado
a relação das DCN dos cursos da área da saúde e a Saúde Coletiva sobre o atual cenário de
saúde mundial. As respostas foram diversificadas e, frente a isso, estas foram organizadas em
duas categorias temáticas para análise: a) Os avanços da saúde coletiva na formação dos
profissionais de saúde com base nas DCN; b) A Saúde Coletiva como um campo desafiador
de inserção na formação.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 19
Os avanços da saúde coletiva na formação dos profissionais de saúde com base nas DCN
P2, P4 e P6, destacam uma aproximação dos conteúdos da Saúde Coletiva nas
Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), que estão se tornando mais abrangentes e
generalistas. Essa mudança reflete uma tendência de incorporar a saúde coletiva nos cursos de
forma mais ampla e global. Os docentes percebem que as DCN exploram a prática e vivência
no contexto da saúde coletiva, levando em consideração a integração entre ensino e serviço.
Ao longo dos últimos anos, a saúde coletiva ganhou mais espaço e visibilidade nas grades
curriculares, refletindo uma mudança significativa na forma como é abordada.
Para Funghetto et al. (2015), um perfil profissional comum descrito nas diretrizes da
área da saúde corresponde a uma formação vinculada às necessidades da população ancorados
nos princípios do SUS, com base em uma formação generalista, crítica, humanista e reflexiva
de trabalho em equipe.
Com as falas, percebe-se que alguns docentes compreendem a visualização deste
avanço favorável aos conteúdos que envolvem os aspectos da saúde coletiva por meio das
diretrizes curriculares.
Todavia, pode-se compreender, a partir da fala dos entrevistados, pontos de vista
contraditórios, embora alguns percebam avanços, outros visualizam grandes distanciamentos
sobre a inserção de tais conteúdos na formação dos profissionais de saúde, aos quais podemos
visualizar na seguinte categoria temática.
A Saúde Coletiva como um campo desafiador de inserção na formação
Uma parcela dos docentes entrevistados destaca que, apesar de as Diretrizes
Curriculares Nacionais (DCN) contemplarem atualmente a relação entre as disciplinas e a
saúde coletiva, ainda existe um distanciamento significativo para sua efetiva inserção no
processo de formação dos futuros profissionais de saúde como é o caso de P8 e P15.
Eles observam que, mesmo com avanços, ainda persiste uma visão cartesiana e uma
compartimentalização do conhecimento, em que a saúde coletiva é tratada como uma
disciplina isolada em vez de permear todas as áreas de estudo. Esses docentes consideram que
as DCN poderiam ser mais bem reformuladas em alguns pontos, a fim de promover uma
abordagem mais integrada da saúde coletiva em todas as disciplinas. Além disso, eles
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 20
enfatizam a necessidade de maior proximidade entre as DCN e o campo da saúde coletiva em
alguns cursos, destacando a falta de discussões e produção científica significativa nessa área.
A fala dos participantes corrobora para o entendimento de que ainda fragilidade na
inserção da Saúde Coletiva nos cursos. Consideram que ainda existe uma
compartimentalização dos saberes e que ainda é perceptível uma formação voltada para o
modelo biomédico, cartesiano, segregado para um aparecimento ainda muito tímido.
Para Lima et al. (2018), o desafio ainda presente sobre a transformação do SUS para a
formação de generalistas para atuarem embasados na Saúde Coletiva sinaliza para a
necessidade de reorientar a formação superior em todos os cursos da área da saúde no Brasil,
a fim de extrapolar o paradigma assistencial biologicista, voltando-se às tecnologias
relacionais, características do cuidado preconizado pelo SUS. Tal processo de reorientação
envolve um trabalho de grandes desafios no processo de estruturação curricular. Pois nada
adianta se as mudanças não saírem do papel.
Considerando as informações apresentadas, podemos observar um certo
distanciamento de alguns cursos em relação aos desafios de um currículo voltado para a
formação do profissional de saúde, especialmente para atuação na saúde coletiva. Embora
existam avanços perceptíveis, fica evidente que ainda há muito a ser conquistado e trabalhado
de forma mais ativa nos cursos, visando uma formação mais integralizada dos profissionais de
saúde.
Considerações finais
A pesquisa realizada alcançou resultados que estão alinhados aos objetivos
estabelecidos para analisar a saúde coletiva na formação de profissionais da saúde em uma
Instituição de Ensino Superior no Ceará. O percurso metodológico seguido foi considerado
satisfatório, utilizando as entrevistas com os docentes.
Com isso, a análise dos resultados nos leva a refletir sobre a importância de uma
abordagem mais enfática da saúde coletiva na formação dos futuros profissionais. É
fundamental que os cursos promovam uma maior integração dos conhecimentos relacionados
à saúde coletiva, de modo a preparar os estudantes para enfrentar os desafios complexos da
área e atuar de forma mais efetiva na promoção da saúde da população.
Essa constatação também abre espaço para discussões acerca das estratégias que
podem ser adotadas para fortalecer a presença da saúde coletiva nos currículos acadêmicos. A
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 21
formação integralizada do profissional de saúde exige uma visão ampla e interdisciplinar,
além de uma maior ênfase nas práticas e abordagens voltadas para o coletivo.
Assim, é essencial que as instituições de ensino se empenhem em revisitar seus
currículos, considerando a inclusão de conteúdos e atividades que enfoquem a saúde coletiva
de maneira mais abrangente. Somente com essa abordagem mais ativa e integrada se
possível formar profissionais mais preparados para enfrentar os desafios da saúde em seu
aspecto coletivo e contribuir para uma sociedade mais saudável e equitativa.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, V. C. F; DA SILVA JUNIOR, L. C.; SOARES, S. L. A interdisciplinaridade como
essência na promoção da saúde das participantes do Projeto Idade Ativa. Revista on line de
Política e Gestão Educacional, Araraquara, p. 469–481, 2018. DOI:
10.22633/rpge.v22.n2.maio/ago.2018.10851. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/10851. Acesso em: 19 ago. 2023.
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Formação de Professores de Língua Estrangeira: Alguns
Alinhamentos para Apoiar o Processo. Universidade de Brasília. Mimeo, 2013.
CASTRO, F. S.; CARDOSO, A. M.; PENNA, K. G. B. D. As diretrizes curriculares nacionais
dos cursos de graduação da área da saúde abordam as políticas públicas e o sistema único de
saúde?. Revista Brasileira Militar de Ciências, [S. l.], v. 5, n. 12, 2019. DOI:
10.36414/rbmc.v5i12.11. Disponível em: https://rbmc.emnuvens.com.br/rbmc/article/view/11.
Acesso em: 19 ago. 2023.
CAMPOS, G. W. S. Entrevista com o Professor Gastão Wagner de Sousa Campos. Saúde em
debate, Rio de Janeiro, v. 39, n. 2, p. 338-339, 2015. DOI: 10.5935/0103-
1104.2015S0050003. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/QqBgZnzWy9gLRgvLdgLR9Gc/. Acesso em: 15 jul. 2023.
CORREIA, T. M.; TELLES, M. W.; ARAÚJO, M. V. R. A. A formação em saúde coletiva na
visão de estudantes de Graduação em fonoaudiologia da UFBA. Distúrbios da
Comunicação, [S. l.], v. 30, n. 4, p. 679–687, 2018. DOI: 10.23925/2176-
2724.2018v30i4p679-687. Disponível em:
https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/36448. Acesso em: 19 ago. 2023.
FERREIRA, L. R.; ARTMANN, E. Discursos sobre humanização: profissionais e usuários
em uma instituição complexa de saúde. Ciência & Saúde Coletiva [online], [S. l.], v. 23, n.
5, pp. 1437-1450, 2018. DOI: 10.1590/1413-81232018235.14162016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/csc/a/T7kRmxV7k8xCP4CgHMyxCDr/?lang=pt. Acesso em: 10 jul.
2022.
FUNGHETTO, S. S.; SILVEIRA, S. M.; SILVINO, A. M.; KARNIKOWSKI, M. G. O. Perfil
profissional tendo o sus como base das diretrizes curriculares da área da saúde no processo
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 22
avaliativo. Revista Saúde em Redes, [S. l.], v. 1, n. 3. 2015. DOI: 10.18310/2446-
4813.2015v1n3p103-120. Disponível em: http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/rede-
unida/article/view/606. Acesso em: 20 ago. 2022.
LEAL, M. B.; CAMARGO JUNIOR, K. R. Saúde coletiva em debate: reflexões acerca de um
campo em construção. Interface, Botucatu, v.16, n.40, p.53-65, 2012. DOI: 10.1590/S1414-
32832012005000022. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/icse/a/jfMpnfNFpGPnf5h79dww4DJ/abstract/?lang=pt. Acesso em: 15
jul. 2023.
LIMA, V. V.; RIBEIRO, E. C. O.; PADILHA, R. Q.;MOURTHE JUNIOR, C. A. Desafios na
educação de profissionais de Saúde: uma abordagem interdisciplinar e interprofissional.
Interface, Botucatu, v. 22, supl. 2, p. 1549-1562, 2018. DOI: 10.1590/1807-57622017.0722.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/icse/a/HcKDyxGDbbtHpj8nphcZ5nv/abstract/?lang=pt. Acesso em:
15 jul. 2023.
MOURA, J. B. F.; MENINO, F. A.; FERREIRA, C. S.; SANTOS, B. K. V.; CARNEIRO, D.
L. M.; SOUZA, D. G.; PINTO, E. P. R.; SOARES, S. L. A utilização de testes psicomotores
nas aulas de educação física na educação infantil: uma experiencia em Sobral-Ce. Brazilian
Journal of Development, [S.I], v. 7, p. 10294-10301, 2021. DOI: 10.34117/bjdv7n1-698.
Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/23850.
Acesso em: 20 ago. 2022.
MINAYO, M; DESLANDES, S; NETO, O, GOMES, R. Pesquisa Social. Rio de Janeiro:
Editora Vozes, 2014.
OSMO, A.; SCHRAIBER, L. B. O campo da Saúde Coletiva no Brasil: definições e debates
em sua constituição. Saúde soc., São Paulo, v. 24, supl. 1, p. 205-218, 2015. DOI:
10.1590/S0104-12902015S01018. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12902015000500205&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 23 jan. 2023.
PALÁCIO, D. Q. A. O campo da saúde coletiva em um curso de graduação em educação
física no município de Fortaleza-Ceará. 2017. Dissertação (mestrado profissional)
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde, Mestrado Profissional em
Ensino na Saúde, Fortaleza, 2017.
PEREIRA, I. D. F.; LOPES, M. R.; NOGUEIRA, M. L.; RUELA, H. C. G. Princípios
pedagógicos e relações entre teoria e prática na formação de agentes comunitários de saúde.
Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 14 n. 2, p. 377-397, 2016. DOI: 10.1590/1981-7746-
sol00010. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/tes/a/GcsNyq78FgkFxSwjxxvxJfb/?lang=pt&format=pdf. Acesso em:
08 jul. 2022.
ROQUETE, F; F.; AMORIM, M. M. A.; BARBOSA, S. P.; SOUZA, D. C. M.
Multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade: em busca de diálogo entre
saberes no campo da saúde coletiva. R. Enferm. Cent. O. Min, [S.I], n. 2, v. 3, p. 463-474,
2012. Disponível em: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/245/360.
Acesso em: 10 jan. 2023.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES e Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 23
SILVA, M. J. S.; SCHRAIBER, L. B.; MOTA, A. O conceito de saúde na Saúde Coletiva:
contribuições a partir da crítica social e histórica da produção científica. Physis, Rio de
Janeiro, v. 29, n. 1, e 290102, 2019. DOI: 10.1590/S0103-73312019290102. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/physis/a/7jH6HgCBkrmFm7RdwkNRHfm/?lang=pt. Acesso em: 15
jul. 2023.
SOUZA, K. M. J; SEIXAS, C. T.; DAVID, H. M. S. L.; COSTA, A. Q. Contribuições da
Saúde Coletiva para o trabalho de enfermeiros. Rev Bras Enferm, Brasilia, n. 70, n. 3, p.
569-76. 2017. DOI: 10.1590/0034-7167-2016-0401. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/reben/a/g84jNj5jyNHqP9swPhjgpBL/?lang=pt. Acesso 11 maio 2023.
SOARES, S. L.; AGUIAR, V. C. F.; SHIOSAKI, R. K.; SCHWINGEL, P. A.; FERREIRA, H.
S. Formação continuada em educação física e práticas de promoção de saúde: Estudos
relacionados. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3,
p. 1958–1976, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17i3.16399. Disponível em:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/16399. Acesso em: 19 ago. 2023.
VASCONCELOS, S. S; GOVEIA, G. P. M. Saúde coletiva e desafios para a formação
superior em saúde. Revista Baiana de Saúde Pública. [S.I], v. 35 n. 2. p. 498-5032011,
2011. Disponível em: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/321/pdf_130.
Acesso: 10 ago. 2022.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman; 2015.
Docentes e saúde coletiva: Percepções, formação e impacto na profissão da saúde
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 24
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Não houve fomento.
Conflitos de interesse: Não houve conflitos de interesse.
Aprovação ética: O estudo ocorreu no Centro Universitário INTA - UNINTA, mais
especificamente em dez cursos de graduação da área da saúde, em que foram analisados
os Projetos Pedagógicos dos Cursos (PPC) com o intuito de investigar a presença de
disciplinas para o campo da Saúde Coletiva ou as que mais se aproximam por meio da
verificação do ementário e bibliografias. Como critérios de inclusão, os coordenadores
tiveram de aceitar a participação de seus cursos na pesquisa e os docentes deveriam estar
ministrando a disciplina de Saúde Coletiva ou que ministram as disciplinas que mais se
aproximam, para tanto, assinando o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE.
A proposta foi submetida ao Comitê de Ética em Pesquisas sob o CAAE de número:
31346920.3.0000.8133 e sendo aprovado sob o número do parecer: 4.085.735.
Disponibilidade de dados e material: Os dados e todos os materiais da pesquisa estão
guardados.
Contribuições dos autores: Viviany Caetano Freire Aguiar: Realizou desde o
planejamento da pesquisa e a coleta de dados no campo, bem como as análises e coleta
dos dados, assim como a redação do artigo. Stela Lopes Soares: Participou da análise dos
dados e redação do artigo. Heraldo Simões Ferreira: Orientou a coleta de dados no
campo, apoiou o planejamento do estudo e a redação do artigo.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 1
DOCENTES Y SALUD COLECTIVA: PERCEPCIONES, FORMACIÓN E IMPACTO
EN LA PROFESIÓN SANITARIA
DOCENTES E SAÚDE COLETIVA: PERCEPÇÕES, FORMAÇÃO E IMPACTO NA
PROFISSÃO DA SAÚDE
TEACHERS AND COLLECTIVE HEALTH: PERCEPTIONS, TRAINING AND
IMPACT ON THE HEALTH PROFESSION
Viviany Caetano Freire AGUIAR1
e-mail: viviany.ead@uninta.edu.br
Stela Lopes SOARES2
e-mail: stela.soares@uninta.edu.br
Heraldo Simões FERREIRA3
e-mail: heraldo.simoes@uece.br
Cómo hacer referencia a este artículo:
AGUIAR, V. C. F.; SOARES, S. L.; FERREIRA, H. S. Docentes y
salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión
sanitaria. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325
| Enviado en: 04/08/2023
| Revisiones requeridas en: 18/08/2023
| Aprobado el: 17/12/2023
| Publicado el: 29/02/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Centro Universitário INTA (UNINTA EAD), Sobral CE Brasil. Profesora del Curso de Educación Física. Miembro del
Grupo de Estudios e Investigación en Educación Física Escolar (GEPEFE/UECE). Maestría en Educación para la Salud por
la Universidad Estatal de Ceará CMEPES/UECE.
2
Centro Universitário INTA (UNINTA EAD), Sobral CE Brasil. Coordinadora del Curso de Educación Física.
Investigadora del Grupo de Estudio e Investigación en Educación Física Escolar (GEPEFE/UECE).
Posdoctorado en Curso en Educación (PPGE/UECE). Doctora en Educación (PPGE/UECE).
3
Universidad Estatal de Ceará (UECE), Fortaleza CE Brasil. Profesor Adjunto del Curso de Educación Física. Profesor
Titular en el Programa de Posgrado en Educación (UECE). Doctorado en Salud Pública (UECE).
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 2
RESUMEN: El texto en cuestión aborda las impresiones y reflexiones de los docentes sobre
Salud Colectiva en la formación de profesionales de la salud. El objetivo fundamentó en
comprender el punto de vista de los docentes que imparten asignaturas sobre Salud Colectiva,
sus percepciones, relevancia, integración y los impactos del conocimiento de esta área en los
profesionales de la salud. El estudio se llevó a cabo en un Centro Universitario,
específicamente en diez cursos de grado en el área de la salud. Se preguntó a los docentes
acerca de su comprensión de la Salud Colectiva, su importancia, integración, educación y
posibles oportunidades de desarrollo para las profesiones de la salud. Algunos profesores
comprenden la Salud Colectiva desde una perspectiva amplia, reconocen su importancia para
la formación profesional y la perciben con fuerza en sus cursos, mientras que otros no la
perciben con tanta claridad. Los principales desafíos involucran la resistencia de los
estudiantes a aprender sobre Salud Colectiva y la falta de reconocimiento entre los colegas
docentes. Además, se destacó la importancia de la presencia de esta área en los planes de
estudio. Este estudio tiene como objetivo contribuir a la reflexión sobre la incorporación de la
Salud Colectiva en la formación y práctica de las profesiones de la salud, identificando
desafíos y posibilidades en este proceso.
PALABRAS CLAVE: Salud Colectiva. Formación de profesionales de la salud. Docentes.
Percepciones. Reflexiones.
RESUMO: O texto em questão aborda as percepções e reflexões dos docentes sobre a Saúde
Coletiva na formação de profissionais de saúde. O objetivo consistiu em entender o ponto de
vista dos docentes que ministram disciplinas sobre Saúde Coletiva, suas percepções,
relevância, inserção e os impactos dos saberes dessa área para os profissionais de saúde. O
estudo foi realizado em um Centro Universitário, especificamente em dez cursos de
graduação na área da saúde. Os docentes foram questionados sobre a compreensão da Saúde
Coletiva, relevância, inserção, formação, possibilidades de desenvolvimento para as
profissões de saúde. Alguns professores compreendem a Saúde Coletiva em uma perspectiva
ampliada, reconhecem sua importância para a formação profissional, percebem fortemente
em seu curso, enquanto outros não a percebem tão claramente. As principais dificuldades
envolvem a resistência dos alunos em aprender sobre Saúde Coletiva e a falta de valorização
entre os colegas docentes. Além disso, foi ressaltado a importância da presença dessa área
nas grades curriculares. Este estudo busca contribuir para a reflexão sobre a incorporação
da Saúde Coletiva na formação e prática das profissões da área da saúde, identificando
desafios e possibilidades nesse processo.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde Coletiva. Formação de profissionais de saúde. Docentes.
Percepções. Reflexões.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 3
ABSTRACT: The text in question addresses the perceptions and reflections of educators
regarding Collective Health in the education of healthcare professionals. The objective was
to understand the viewpoint of educators teaching subjects related to Collective Health, their
perceptions, relevance, integration, and the impacts of knowledge from this field on
healthcare professionals. The study was conducted at a University Center, specifically across
ten undergraduate courses in the healthcare field. Educators were questioned about their
understanding of Collective Health, its importance, integration, education, and potential
development opportunities for healthcare professions. Some teachers comprehend Collective
Health from an expansive perspective, recognizing its significance for professional education,
and perceiving its strong presence within their courses. However, others do not perceive it as
distinctly. The main challenges involve students' resistance to learning about Collective
Health and a lack of recognition among fellow educators. Furthermore, the importance of
incorporating this field into the curriculum was emphasized. This study aims to contribute to
the reflection on the integration of Collective Health into the education and practice of
healthcare professions, identifying challenges and possibilities within this process.
KEYWORDS: Collective Health. Health professional training. Teachers. Perceptions.
Reflections.
Introducción
La Salud Colectiva es un área de la salud que se destaca por su enfoque ampliado,
presentando los diversos aspectos relacionados con la promoción de la salud y el
mantenimiento del bienestar de todos. Es un campo interdisciplinario que involucra acciones e
intervenciones entre profesionales, cuyo objetivo es mejorar las condiciones de salud y
prevención de enfermedades en la comunidad.
Una de sus principales propuestas es rescatar el aspecto social de la salud. Autores
como Silva, Schraiber y Mota (2019) destacan que la Salud Colectiva es el espacio en el que
se concentran los enfoques críticos y las investigaciones sobre el tema de la salud, buscando
tejer relaciones entre salud, sociedad y construcción biomédica.
En este contexto, es relevante que todas las profesiones de la salud incorporen
elementos de Salud Colectiva en su formación y práctica. Sin embargo, se observa que la
mayoría de las universidades brasileñas tienen planes de estudio cerrados, menos
interdisciplinarios y más especializados, lo que dificulta el trabajo en equipo eficiente y no
satisface plenamente las necesidades sociosanitarias (Osmo, Schraiber, 2015; Almeida Filho,
2013).
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 4
Teniendo en cuenta estas cuestiones, hubo interés en realizar un estudio que analizara
los contenidos relacionados a la Salud Colectiva en los cursos de educación superior en el
área de la salud ofrecidos por una IES en Sobral-CE.
Para abordar la problemática presentada, este estudio tiene las siguientes preguntas
orientadoras: ¿Cuáles son los principales objetivos de la Salud Colectiva y cómo busca
mejorar las condiciones de salud de la comunidad? ¿Cómo han abordado las instituciones
educativas brasileñas la Salud Colectiva en sus currículos de graduación en el área de salud?
¿Cuáles son los retos a los que se enfrenta la incorporación de elementos de la Salud
Colectiva en la formación y ejercicio de las profesiones sanitarias?
Con el fin de responder a las preguntas orientadoras establecidas, el objetivo general
es comprender el punto de vista de los profesores que enseñan disciplinas sobre Salud
Colectiva, sus percepciones, relevancia, inserción y los impactos del conocimiento en esta
área para los profesionales de la salud.
Metodología
Se realizó una investigación que utilizó un estudio de caso con características de un
enfoque cualitativo. En este tipo de investigación se utilizan métodos de investigación
holísticos, etnográficos, fenomenológicos y biográficos.
Yin (2015) apoya este enfoque, destacando el objetivo de describir los métodos de
proyecto y estudio de caso, y defendiéndolo como una metodología legítima en las ciencias
sociales, capaz de realizar investigaciones sobre una proposición teórica.
El estudio se realizó en el Centro Universitario INTA - UNINTA, más
específicamente en diez cursos de graduación en el área de la salud, en los que se analizaron
los Proyectos Pedagógicos de los Cursos (PPC) con el fin de investigar la presencia de
disciplinas para el campo de la Salud Colectiva o las que se encuentran más cercanas a través
de la verificación del plan de estudios y bibliografías.
Como criterios de inclusión, los coordinadores debían aceptar la participación de sus
cursos en la investigación y los profesores debían estar enseñando la disciplina de Salud
Colectiva o que impartieran las disciplinas más cercanas entre sí, firmando el Término de
Consentimiento Libre y Esclarecido - TCLE. La propuesta fue sometida al Comité de Ética en
Investigación con el número CAAE: 31346920.3.0000.8133 y fue aprobada con el número de
opinión: 4.085.735.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 5
Así, participaron quince profesores, cuya técnica para la recolección de datos fue la
entrevista con un guión semiestructurado con preguntas que abordaban la percepción de los
docentes sobre el contenido de la Salud Colectiva en la formación de los profesionales de la
salud. Las respuestas a las entrevistas fueron analizadas cualitativamente utilizando el
Análisis Temático de Minayo et al. (2014). La recolección de datos para esta investigación se
llevó a cabo de agosto a diciembre de 2022.
Resultados y Discusiones
A continuación, se presentarán los resultados y discusiones que se caracterizaron en
categorías creadas a partir de los principales resultados que surgirán a través de las entrevistas
realizadas a los docentes, ellos son: Percepción de los docentes sobre la Salud Colectiva; La
relevancia de la Salud Colectiva para la formación de profesionales de la salud; Inclusión de
la Salud Colectiva en el curso; Desafíos de la implementación y/o desarrollo del conocimiento
de la Salud Colectiva en su curso; La DCN de los Cursos en el área de Salud y Salud
Colectiva.
Percepción de los docentes sobre la Salud Colectiva
Una de las primeras preguntas se hizo sobre la comprensión de los docentes sobre la
Salud Colectiva. Así, las respuestas se organizaron en dos categorías temáticas: Salud
Colectiva en su vertiente integral para el cuidado de la salud de forma ampliada; y b) La salud
colectiva en sus áreas de conocimiento.
Salud Colectiva en su vertiente integral para el cuidado de la salud de forma ampliada
Algunos docentes tuvieron discursos largos, así como otros fueron objetivos en sus
respuestas y, la mayoría de las veces, están de acuerdo con esta categoría. Cabe destacar que,
a pesar de llegar a estas conclusiones, la mayoría de los profesores relataron, al inicio de las
respuestas, el término salud pública y, en algunas de las afirmaciones, se notó cierta
confusión en el momento de la definición.
El tema "Salud Colectiva y cuidado de la salud de forma ampliada" puede ser
representado por las declaraciones de P1 en las que se ve como un campo interdisciplinario,
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 6
con participación multiprofesional, donde se aborda la subjetividad, las afectividades entre
médico, paciente, profesional, salud y comunidad. P5 realmente entiende cómo la salud está
orientada a todos. P7 señaló que el individuo debe ser visto de manera integral, en el que la
salud colectiva debe insertarse desde la primera mirada del individuo, no como un individuo
enfermo, sino como un reconocimiento de él en su totalidad. P13, por su parte, señala que
hablar de Salud Colectiva es mirar la completitud del ser y P15 presenta en su discurso una
comprensión basada en los estudios de Campos Gastão, como un campo expandido,
interdisciplinario, multiprofesional.
De acuerdo con Campos (2015), la Salud Colectiva presenta marcos conceptuales
fundamentales que promueven la intersección de diversos saberes y prácticas, además de
enfatizar la integralidad y la equidad en el Sistema Único de Salud (SUS). También valora el
aspecto social, la subjetividad y el cuidado, al tiempo que establece conexiones significativas
entre la población y los profesionales de la salud. Estos elementos contribuyen a la evolución
del conocimiento y a la mejora de las condiciones de vida de las personas y las comunidades,
con un enfoque en la promoción y atención a la salud del individuo.
En una perspectiva reflexiva sobre la Salud Pública, Osmo y Schraiber (2015)
enfatizan su carácter interdisciplinario, destacando la importancia de una visión más amplia
de la salud y un enfoque multidisciplinario para hacer frente a la diversidad presente en las
prácticas de salud.
Al observar las concepciones presentadas por los autores, se puede observar que la
Salud Colectiva, en medio de las percepciones de los profesores entrevistados, interactúa
significativamente en el contexto de la determinación social del proceso salud-enfermedad, a
partir de una base teórica de integralización en el cuidado de la salud.
En este sentido, los hallazgos destacan que el docente, a través de su práctica
pedagógica, permite una comprensión profunda de este campo de conocimiento, con el fin de
desarrollar una mirada crítica y reflexiva sobre sus futuras prácticas profesionales. Este
enfoque multidimensional de la Salud Pública favorece la ampliación del horizonte de
posibilidades y la preparación de los profesionales para enfrentar de manera más efectiva
desafíos complejos en el área de la salud.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 7
Salud Colectiva en sus áreas de conocimiento
Dos profesores mencionaron que para comprender la salud colectiva es necesario
pensar en sus áreas de conocimiento. De acuerdo con P9, comprende la salud colectiva junto
con los campos de acción que tiene la salud colectiva, como la epidemiología, las Ciencias
Sociales Humanas, la política y la planificación. Y P14 menciona que es un campo de
conquista, donde tienen como derecho las configuraciones epistemológicas, las políticas de
salud, las ciencias sociales y las humanidades.
En los análisis de los profesores, se evidencia que sus conocimientos sobre Salud
Pública están profundamente vinculados a sus respectivas áreas de especialización, abarcando
la epidemiología, las ciencias sociales humanas, la política y la planificación. Este enfoque
nos permite comprender que la comprensión de la Salud Colectiva por parte de los profesores
se basa y se estructura en estas disciplinas precursoras. Así, se enfatiza la importancia de
consolidar el conocimiento sobre salud pública, ya que la formación profesional debe basarse
en los campos de acción que sustentan esta área.
Así, al resaltar la relevancia de estas disciplinas estructurantes de la Salud Colectiva,
se hace evidente la relevancia de consolidar la comprensión de la salud colectiva, ya que la
formación profesional debe basarse en los campos estructurantes de la salud colectiva
reforzados por los autores citados anteriormente.
La relevancia de la Salud Colectiva para la formación de profesionales de la salud
En el cuestionamiento se relacionó con la importancia que el docente atribuye, frente a
las posibilidades de conocimiento en el campo de la salud colectiva para la formación de
profesionales de la salud. Todos los profesores consideraron positivamente el grado de
importancia, pero algunas justificaciones tomaron caminos diferentes. Las respuestas fueron
categorizadas en tres temas: a) Salud Colectiva y sus aportes para el desarrollo de un
profesional crítico y humanista; b) El énfasis de la Salud Colectiva en el trabajo
multiprofesional y la ruptura de paradigmas formativos; c) La importancia de que la salud
pública esté más introducida en el currículo.
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 8
La Salud Colectiva y sus aportes al desarrollo de un profesional crítico y humanista
En las entrevistas, algunos de los profesores (P1, P7, P9 y P13) destacaron la
relevancia de la relación entre teoría y práctica en la formación de profesionales de salud
pública. Destacaron la necesidad de desmitificar disciplinas como la salud pública y la salud
colectiva, haciéndolas más accesibles e interesantes para los estudiantes.
Además, también destacaron la importancia de ver al paciente de forma holística,
teniendo en cuenta su contexto socioeconómico y emocional. También destacaron la
importancia de brindar experiencias prácticas durante la graduación, a través de talleres y
eventos, para que los estudiantes comprendan la importancia de la salud colectiva en su
desempeño profesional.
La búsqueda de profesionales humanizados, empáticos y preparados para enfrentar los
desafíos en el área de la salud ha sido impulsada por la valoración de la experiencia directa y
el conocimiento práctico. La formación en este campo ha sufrido importantes
transformaciones, destacando la aproximación entre el proceso formativo y el servicio.
Pereira et al. (2016) señalan la necesidad de profesionalización, cualificación y
formación de las nuevas generaciones de trabajadores, así como la crítica a los contenidos
educativos tradicionales presentes en muchos procesos formativos del área. Además, la
discusión sobre la aproximación entre la escuela y el mundo del trabajo ha sido un punto
llamativo en el debate sobre la relación entre trabajo y educación.
Este enfoque enfatiza la importancia de aplicar la teoría junto con la práctica durante
el entrenamiento. Este enfoque posibilita la generación de profesionales más críticos,
preparados para enfrentar situaciones complejas en sus futuras prácticas.
De acuerdo con Souza et al. (2017), el Sistema Único de Salud (SUS) ha permitido
una ampliación de la visión sobre el proceso salud-enfermedad, favoreciendo la integración de
prácticas y conocimientos en salud pública. En este campo transdisciplinario, la complejidad
del sujeto y su contexto de vida exige que los profesionales de la salud desarrollen un
pensamiento crítico-reflexivo sobre los determinantes sociales de la salud.
Sin embargo, la práctica revela que muchos profesionales carecen de las habilidades
necesarias para enfrentar adecuadamente los desafíos de la consolidación del SUS (Souza et
al., 2017).
La perspectiva humanizada, resaltada por las declaraciones de los docentes, enfatiza la
importancia del conocimiento colectivo en salud para los profesionales de la salud. Este
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 9
abordaje resalta la necesidad de transformar las prácticas y la calidad de la atención,
considerando la integralidad de la atención a los usuarios. La construcción de este cuidado y
la acción para promover la salud del individuo colectivo requieren de profesionales de la
salud críticos y reflexivos, en una perspectiva más humanista, dada la complejidad que
implica el área (Ferreira; Artmann, 2018).
Estas discusiones refuerzan las afirmaciones de los profesores de esta categoría, en
vista de la importancia de la relación entre teoría y práctica en la formación profesional, así
como la demanda de una mirada crítica y reflexiva por parte de los profesionales de la salud
en medio de los desafíos enfrentados en el campo de la salud. El desarrollo de competencias
humanísticas y un abordaje integral de la atención son fundamentales para la construcción de
un sistema de salud más eficaz y centrado en el individuo.
El énfasis de la Salud Colectiva en el trabajo multiprofesional y la ruptura de paradigmas
formativos
Los profesores entrevistados destacaron la importancia del conocimiento de la Salud
Colectiva para estimular el trabajo multidisciplinario y multiprofesional.
P3 y P11 enfatizaron la necesidad de una visión amplia y el intercambio de
conocimientos entre profesionales de diferentes áreas. Además, destacaron la importancia de
discutir la complementariedad del conocimiento y su aplicación en la práctica profesional, con
el fin de superar una visión limitada y promover efectivamente el concepto biopsicosocial en
todas las dimensiones.
La información presentada resalta la importancia del conocimiento en salud pública
para los profesionales que trabajan en esta área, y los profesores son capaces de resaltar esta
relevancia relacionándola con la aplicabilidad del conocimiento desde una perspectiva
multiprofesional.
Roquete et al. (2012) enfatizan que, en el contexto de la salud pública, la combinación
de conocimientos de diferentes áreas es cada vez más necesaria para hacer frente a la
complejidad de este campo. Los autores señalan que el enfoque multidisciplinario ha sido
ampliamente aplicado tanto en las universidades como en la práctica de los profesionales.
La relevancia atribuida por los profesores, corroborando las reflexiones de los autores
mencionados, se relaciona con sus experiencias prácticas durante la formación continua. Cabe
destacar que muchos de estos profesores participaron en programas de Residencia
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 10
Multiprofesional, reconociendo el valor de incorporar esta reflexión desde la formación inicial
de los profesionales. Este enfoque permite una mejor comprensión del rol de cada profesional,
calificándolo de una manera más integral y coherente a lo largo de todo el proceso de
formación.
Este enfoque multidisciplinario y la aplicación práctica de los conocimientos en salud
pública contribuyen a la formación de profesionales mejor preparados y capacitados para
enfrentar los complejos desafíos del área de la salud. La combinación de diferentes tipos de
conocimiento proporciona una visión holística e integrada de los problemas de salud, lo que
permite intervenciones más efectivas e integrales en beneficio de la población.
Además de esta visión multiprofesional atribuida en los discursos de algunos
profesores, dos profesores abordaron en su intervención la importancia de romper paradigmas
existentes en la formación para este campo del conocimiento. Dos profesores, P4 y P14,
destacaron la importancia de romper con los paradigmas existentes en la formación para el
campo de la Salud Pública. Enfatizaron la necesidad de desarrollar un pensamiento crítico y
una visión más amplia, que vaya más allá del tratamiento individual y considere la historia y
las posibilidades antes de tratar con el paciente.
Los resultados ponen de manifiesto la importancia de integrar diferentes
conocimientos y superar la cultura que valora solo los conocimientos técnicos más
actualizados, en detrimento de la capacidad de escuchar, compartir y trabajar en equipo. Los
investigadores destacaron la necesidad de replantear la Salud Colectiva en los cursos del área
de la salud y de las Ciencias Sociales, enfatizando que todos juegan un papel crucial en este
campo.
El análisis permite entender que, para incorporar dichos contenidos, es necesario
romper con paradigmas en la formación profesional. Cada profesional que estudia la salud
pública debe comprender el papel de los demás y sus contribuciones en este formato ampliado
de acción. El campo de la salud pública es complejo y está entrelazado, con numerosas
variables que influyen en el proceso salud-enfermedad y una evolución de paradigmas
epistemológicos marcada por cambios significativos.
De acuerdo con Roquete et al. (2012), si la aplicación de paradigmas en salud pública
está ocurriendo de manera inadecuada, esto puede atribuirse, en parte, a la falta de
conocimiento y, en parte, a la incapacidad humana de pensar de manera disciplinaria y
fragmentada.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 11
Esta afirmación refuerza las afirmaciones presentadas y resalta el valor de redefinir la
salud colectiva y la urgencia de romper con los paradigmas existentes en este campo del
conocimiento. Esta transformación es fundamental para estimular el desarrollo del
conocimiento de la salud colectiva en la formación de los profesionales de la salud.
Portanto, é essencial que a formação profissional adote uma abordagem integrada e
colaborativa, valorizando a diversidade de conhecimentos e habilidades dos diversos
profissionais envolvidos na Saúde Coletiva. A mudança de perspectiva e a quebra de
paradigmas podem potencializar a atuação conjunta e a busca por soluções mais eficazes e
abrangentes para os desafios na área da saúde.
La importancia de que la salud pública esté más introducida en el currículo
Entre los entrevistados, otra parte enfatizó la importancia de incluir los temas de Salud
Colectiva como contenido obligatorio en los cursos de graduación. Destacaron la necesidad de
un abordaje más integral y constante a lo largo de toda la formación, integrando estos temas
de forma transversal en diferentes disciplinas.
Reflexionando sobre lo planteado por P10, señala que la falta de interés de los
estudiantes puede estar relacionada con la falta de énfasis que se le da a la disciplina, que
suele abordarse de manera puntual y aislada. Para despertar el interés de los estudiantes,
sostiene que la Salud Colectiva debe ser explorada de una manera más amplia y constante.
Por otro lado, P15 enfatizó que la Salud Colectiva no debe ser tratada como una
disciplina aislada, sino que debe permear toda la educación, integrándose de manera
transversal con otras asignaturas. Sostiene que el enfoque fragmentario no es eficaz y
defiende la necesidad de una perspectiva más amplia e integrada.
Aunque la inserción de contenidos de Salud Colectiva ha avanzado en algunos cursos,
aún se percibe que en otros la introducción es bastante tímida, limitándose a una sola
disciplina. Como señalan Leal y Camargo Junior (2012), la característica innovadora de este
campo radica en la posibilidad de interconexiones entre diferentes ámbitos, abarcando la vida
en sus diversas dimensiones de existencia. Además, actúa de forma transversal entre las
disciplinas, constituyéndose como un campo político de acción para la producción de
conocimientos y prácticas comprometidas con la realidad brasileña.
Los resultados indican una concepción alineada con las afirmaciones de los
entrevistados, sugiriendo que la Salud Colectiva debe ser trabajada continuamente en las
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 12
matrices curriculares, considerando la perspectiva colectiva presente en todas las áreas en las
que los profesionales de la salud pretenden actuar.
Sin embargo, cabe mencionar que el análisis también apunta a dificultades para
encontrar producciones científicas sobre el proceso de transversalidad en la educación, lo que
sugiere que este tema está emergiendo y aún enfrenta desafíos en su aplicación en el currículo
formativo. Esta brecha puede ser una oportunidad para futuras investigaciones y reflexiones
en el campo de la Salud Pública.
La inclusión de la Salud Colectiva en el curso
Frente al cuestionamiento de si los profesores perciben la inserción en el campo de la
Salud Colectiva en su curso. En caso afirmativo, se señaló de qué manera. A partir de esto, se
formularon tres categorías temáticas: a) Salud Colectiva, que es ampliamente percibida en las
disciplinas y en los ejes de extensión e investigación del curso; b) Falta de percepción de la
salud colectiva; c) Desconocimiento de su inserción.
La Salud Colectiva es ampliamente percibida en las disciplinas y en los ejes de extensión e
investigación del curso
La mayoría de los profesores expresaron una visión positiva sobre la integración de la
Salud Pública en las carreras en las que trabajan. Mencionaron diferentes enfoques, como la
inclusión del tema en las disciplinas, los cursos de extensión y la investigación. Los primeros
extractos de las ponencias destacan la percepción de los profesores en relación con las
disciplinas del curso:
Algunos profesores destacaron la importancia de las disciplinas de Acciones Integrales
en Salud (AIS), en las que los estudiantes tienen contacto con comunidades y profesionales de
diferentes áreas desde los primeros semestres. Estos cursos abordan conceptos relevantes de la
salud pública y proporcionan experiencias prácticas para los estudiantes (P1).
Otros destacaron la inserción de los estudiantes en el campo de la salud pública a
través de los módulos AIS, que se desarrollan desde el inicio del curso hasta los últimos
semestres. Estos módulos exploran diversos contextos relacionados con la salud pública y
también son cubiertos por ligas académicas enfocadas en la salud familiar, la salud de la
mujer y otras áreas (P2).
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 13
La percepción de que las pasantías proporcionan una cobertura parcial de los
contenidos de salud pública fue mencionada por un entrevistado. A pesar de ser cursada en un
solo semestre, la práctica durante las pasantías permite a los estudiantes comprender las
acciones e intervenciones dirigidas a la promoción de la salud y el tratamiento de las
enfermedades en la población (P10). Además, P14 relató su experiencia en llevar la discusión
de la salud colectiva a su disciplina e invitar a colegas a hacer lo mismo, promoviendo un
enfoque integrado.
Es notoria en los discursos, la visión de los profesores respecto a la percepción de
inserción en las disciplinas, dado que, en algunos cursos, se inserta a lo largo de los semestres
y en la práctica docente, de la misma manera que la comprensión de la carencia es evidente
para otros, es perceptible principalmente en las pasantías como una comprensión de sustentar
algo que aún es insuficiente.
De acuerdo con Correia, Telles y Araújo (2018), las carreras de graduación en salud
han sufrido cambios curriculares con el objetivo de proporcionar una educación más alineada
con las necesidades sociales de la población y con la realidad del Sistema Único de Salud
(SUS). Estos cambios han surgido como respuesta a la constatación de que los proyectos
pedagógicos y las matrices curriculares de estas carreras siguen permeadas por la perspectiva
tecnicista, fragmentando los contenidos y siguiendo modelos hegemónicos,
predominantemente biomédicos y sanitarios.
Las profesiones de la salud requieren especial atención, ya que la formación de
profesionales con visión centrada en el SUS representa un desafío importante para mejorar la
calidad de vida de las personas. Esta capacitación debe buscar ampliar las alternativas
adecuadas a los cambios en la realidad y colaborar con el desarrollo de los trabajadores de la
salud, tal como lo defienden Castro, Cardoso y Penna (2019).
En este contexto, las transformaciones curriculares en los cursos de graduación en
salud desempeñan un papel fundamental en la preparación de los profesionales para enfrentar
los desafíos del sistema de salud brasileño. La búsqueda de una educación más humanizada,
integral y alineada con las necesidades de la población es fundamental para contribuir a la
mejora de la atención a la salud y promover el avance del SUS. Al fin y al cabo, es a través de
la formación adecuada de los futuros profesionales que será posible impulsar cambios
significativos y positivos en el campo de la salud pública. Además de la inserción en las
disciplinas, los profesores también destacaron la importancia de los cursos de extensión e
investigación. Considere las siguientes declaraciones:
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 14
P8 mencionó la presencia de la salud pública en las actividades de extensión e
investigación de la institución. Señaló que tanto docentes como estudiantes muestran
interés y deseo de trabajar en esta área, reconociendo la importancia de la salud colectiva
en sus vidas. La UNINTA desarrolla ampliamente la salud pública, tanto en las discusiones
como en las acciones prácticas llevadas a cabo por los académicos.
En la P13 se destacaron proyectos concretos de la institución, como "UNINTA en la
Comunidad". Estos proyectos buscan difundir la práctica y el conocimiento de la salud
pública, tanto a nivel interno, involucrando a la comunidad académica y a los empleados,
como externamente, llegando a la sociedad en general. El objetivo es promover la difusión
de conceptos e ideas de salud pública (P13).
Se puede observar que la inserción de la salud colectiva en proyectos de extensión,
investigación y ligas académicas es un punto positivo en lo que se refiere a la aplicación
práctica en el proceso de enseñanza-aprendizaje a través de una asociación de contenidos
teóricos a través de experiencias prácticas, factor preponderante en la formación de futuros
profesionales de la salud. Sin embargo, vale la pena señalar que, si bien los cursos
promueven la inserción de la salud pública en estos ambientes, no se puede olvidar el valor
de su inserción, especialmente en los componentes curriculares obligatorios de los cursos
destacados relacionados con las profesiones de la salud, en general.
Dado que, según Palacio (2017), la participación de los estudiantes en proyectos de
extensión puede representar una actividad positiva para los estudiantes en lo que respecta a
la apropiación teórica de las CS, sin embargo, la participación no es obligatoria y no puede
considerarse un componente fijo en la formación inicial de los estudiantes.
Además, algunos profesores destacaron un aspecto relacionado con la percepción en
las disciplinas del curso, mencionando la desvalorización tanto por parte de los profesores
como de los estudiantes. Considere las siguientes declaraciones:
Uno de los profesores enfatizó en la necesidad de valorar más la salud colectiva, tanto
en su aplicación práctica como en la percepción de los estudiantes. Señaló que el
agradecimiento no solo debe provenir de los estudiantes, sino también de los propios
docentes. Para él, es importante contar con la presencia y valoración de la salud colectiva
en todos los semestres, con un mayor peso atribuido a la misma. Cree que los profesores
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 15
deben mostrar la importancia y el valor de la disciplina, transmitiendo a los estudiantes la
relevancia de lo que están enseñando (P4).
Otro docente mencionó que percibe una fuerte resistencia y desvalorización por parte
de los estudiantes con relación a la salud pública. Reconoció que la formación de los
médicos generales que actúan en el Sistema Único de Salud (SUS) es un objetivo
fundamental, pero lamentó la resistencia de los estudiantes a valorar ese contenido, por
considerarlo inferior con relación a otras disciplinas. Sin embargo, destacó que la presencia
de la salud pública en el currículo es significativa e importante (P5).
Las afirmaciones de los profesores nos permiten entender que el profesor no se define
solo por el dominio de los contenidos. Requiere que el docente reflexione y valore la práctica
pedagógica para posibilitar un aprendizaje significativo.
El proceso de formación docente requiere tiempo y espacio e indica que el docente es
en gran medida responsable de su propia formación continua, en la que es necesario valorar el
conocimiento construido a partir de la reflexión y comprensión de la práctica docente (Soares;
et al., 2022)
Cabe destacar que este proceso de valorización también debe provenir del estudiante,
ya que requiere de una reflexión sobre cómo ese conocimiento puede impactar en la
formación futura, para que esta visión no se perciba ya en el campo de acción que requerirá en
la generación de competencias.
Falta de percepción de la salud colectiva
Por otro lado, algunos profesores entrevistados no perciben una fuerte inserción de la
Salud Colectiva en el curso, como se puede observar en las siguientes afirmaciones:
Uno de los profesores, P9, expresó que no percibe mucho de la perspectiva de la salud
colectiva en el curso. Cree que hay una falta de mayor comprensión no solo por parte de los
estudiantes, sino también del colectivo en su conjunto. Enfatizó la importancia de estudiar
más sobre salud pública y no enfocarse solo en disciplinas específicas, que muchas veces
están más relacionadas con la Clínica.
Otro profesor, P15, menciona que la salud colectiva comenzó como una disciplina
electiva y no tuvo una oferta regular. Fue solo durante el proceso de reforma del currículo que
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 16
sugirió hacerlo obligatorio, pero sigue siendo solo una asignatura que se ofrece a mitad del
curso.
En los enunciados presentados, podemos reconocer dos perspectivas que los
profesores no consideran perceptibles para la inserción de la salud colectiva en su curso. La
primera implica, en cierto modo, una desarticulación por parte de los profesores con la
enseñanza de la salud colectiva en su propia disciplina. Por otro lado, desde el otro punto de
vista, consiste en la inserción desactualizada por ser una sola disciplina, lo que resulta en muy
pocos impactos en la formación.
Aguiar, Silva Júnior y Soares (2018) afirman que, para lograr la interdisciplinariedad
en la educación, se considera que se relaciona con el trabajo integral, es necesario que los
docentes trabajen en conjunto y articulen sus conocimientos de manera complementaria y
organizada, con el fin de buscar la participación activa de los estudiantes en el proceso de
enseñanza.
En esta intención, corroborando el discurso de los docentes entrevistados, el trabajo de
inserción de la salud colectiva requiere de una acción conjunta en el sentido de articular el
conocimiento para que pueda auxiliar en el proceso de enseñanza.
Desconocimiento de su inserción
Durante las entrevistas, apenas un profesor abordó su desconocimiento sobre la
inclusión de la salud pública en el curso (P6). Mencionó que, debido a la falta de contacto con
otros sujetos del curso, no pudo brindar información detallada. Sin embargo, señaló que la
disciplina de Salud Colectiva I abarca ampliamente las políticas públicas, proporcionando una
base sobre cómo fueron, cómo son y cómo podrían ser. También mencionó que en el curso
del que forma parte, continúa con disciplinas específicas, pero no tenía información sobre la
continuidad de la salud pública en otros cursos.
Como la última categoría temática se relaciona con el desconocimiento sobre la
inserción de la salud colectiva, a partir del discurso del profesor entrevistado, se evidencia que
el profesor no conoce la estructura curricular del curso en sí, considerando que está más
vinculado al proceso de enseñanza de la disciplina de Salud Colectiva ofrecido en el curso, lo
que puede ser un punto negativo al pensar en una perspectiva integral. transversal e
interdisciplinaria.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 17
La ponencia presentada por el participante refuerza la discusión previa sobre el trabajo
interdisciplinario, destacando la importancia de un diálogo complementario con otras
disciplinas y colegas del curso para ofrecer una asistencia integral a los estudiantes, yendo
más allá de un abordaje aislado de cada asignatura.
A la luz de este tema, Aguiar, Silva Júnior y Soares (2018) afirman que la
interdisciplinariedad en el área de la salud pública es un requisito crucial en el sistema de
salud, y su efectividad ocurre cuando los profesionales están preparados desde la etapa
estudiantil para atender las demandas impuestas.
Además, Moura et al. (2021) destacan que la interdisciplinariedad está cobrando
fuerza en respuesta a la necesidad de modernización y diversificación de los procesos de
aprendizaje. El enfoque segmentado de la enseñanza no es suficiente para proporcionar una
comprensión completa de los contenidos, por lo que el intercambio de conocimientos entre las
disciplinas es esencial.
Estos aspectos resaltan la importancia de que los profesores profundicen el
conocimiento de la estructura curricular del curso y promuevan la articulación con sus
colegas, con el fin de desarrollar de forma integrada las competencias y habilidades
propuestas en el perfil del profesional egresado. La colaboración y el trabajo conjunto entre
profesores son fundamentales para una formación más completa y alineada con las
necesidades del alumnado y del mercado laboral.
Al priorizar el trabajo interdisciplinario y fortalecer el intercambio de conocimientos
entre las diversas disciplinas, la formación académica gana en riqueza, promoviendo una
visión más amplia e integrada de los problemas de salud. Esto prepara a los futuros
profesionales para enfrentar los complejos desafíos del área, contribuyendo a un desempeño
más efectivo e integral en beneficio de la población.
Desafíos de la implementación y/o desarrollo del conocimiento de la Salud Colectiva en
su curso
Se preguntó a los involucrados sobre las dificultades percibidas frente a la inserción o
desarrollo de conocimientos colectivos en salud. Algunos docentes refirieron no sentir
ninguna dificultad, otros terminaron distanciándose de la pregunta planteada, mientras que la
mayoría respondió que sí. Las respuestas se clasificaron en dos temas: a) La Salud Colectiva
como campo de resistencia por parte de los estudiantes; b) El proceso de valoración de los
conocimientos de salud colectiva por parte de los docentes.
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 18
La Salud Colectiva como campo de resistencia por parte de los estudiantes
Algunos profesores, como P1, P2, P6, P8 y P13, reportan la resistencia de los
estudiantes a la salud colectiva en el curso. Los estudiantes tienden a priorizar otras
disciplinas, sin tener en cuenta la importancia de la salud pública. Sin embargo, hay
estudiantes que son dedicados y aprecian la disciplina.
La dificultad también radica en la recepción inmadura de los conceptos de salud
pública por parte de los estudiantes. Algunos profesores buscan hacer que la disciplina sea
más interesante alentando a los estudiantes a pensar más allá de lo habitual.
En cuanto a las dificultades para insertar el conocimiento de la salud colectiva en los
cursos, los profesores pueden señalar una cierta resistencia por parte de los estudiantes a
recibir los contenidos de Salud Colectiva, ya que algunos insisten en una visión de la
educación centrada en el modelo biomédico.
De acuerdo con Vasconcelos y Gouveia (2011), el campo teórico de la Salud Colectiva
no es un campo único, sino un espacio interdisciplinario, que posibilita el estudio de la
relación salud-enfermedad como proceso social, posibilitando la comprensión de los medios
utilizados por la comunidad para organizarse y resolver sus problemas de salud.
En este sentido, es necesario reflexionar sobre la ruptura de paradigmas en el proceso
formativo de estos estudiantes para que puedan incorporar los contenidos de la salud colectiva
en el desarrollo de su práctica profesional de manera integral, interdisciplinaria y de manera
que se puedan alcanzar los objetivos de una educación más generalizada.
El proceso de valoración del conocimiento de la salud colectiva por parte de los docentes
P4, P9 y P14 mencionan dificultades en la inserción y desarrollo del conocimiento
colectivo en salud entre sus colegas. Es necesario concienciar a los docentes de la importancia
de incorporar estos conocimientos a sus disciplinas de forma transversal. Es necesario que los
docentes profundicen en su comprensión de la salud pública para que puedan promover una
visión integral a lo largo del curso. También se destaca la valoración del conocimiento en
salud pública como fundamental para incentivar el interés de los estudiantes en el área.
Para Vasconcelos y Gouveia (2011), aún existe una resistencia, por parte de los
propios docentes, a permitir que se modifiquen sus "convicciones" previas. Los mismos
autores también afirman que las reformas en el formato de los cursos sí suceden, sin embargo,
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 19
la mayoría de las veces, se vuelven limitadas, porque no son incorporadas por los profesores
y, en consecuencia, por los estudiantes.
Tales concepciones nos llevan a reflexionar que ambas dificultades percibidas por los
entrevistados terminan reflejándose la una en la otra, dado que para que el estudiante pueda
valorar, es imprescindible valorar y animar al profesor.
Las DCN de los Cursos en el área de Salud y Salud Colectiva
En el siguiente interrogatorio, se preguntó a los implicados cómo habían observado la
relación entre la DCN de los cursos de salud y la Salud Colectiva en el escenario actual de la
salud mundial. Las respuestas fueron diversas, y estas se organizaron en dos categorías
temáticas de análisis: a) Avances en salud pública en la formación de profesionales de la salud
a partir de la DCN; b) La Salud Colectiva como campo desafiante de inserción en la
educación.
Avances en salud pública en la formación de profesionales de la salud a partir de la DCN
P2, P4 y P6 destacan una aproximación de los contenidos de Salud Colectiva en las
Directrices Curriculares Nacionales (DCN), que son cada vez más comprensivas y
generalistas. Este cambio refleja una tendencia a incorporar la salud pública en los cursos de
manera más amplia y global. Los profesores perciben que la DCN explora la práctica y la
experiencia en el contexto de la salud pública, teniendo en cuenta la integración entre
enseñanza y servicio. En los últimos años, la salud pública ha ganado más espacio y
visibilidad en los planes de estudio, lo que refleja un cambio significativo en la forma en que
se aborda.
Para Funghetto et al. (2015), un perfil profesional común descrito en las directrices de
salud corresponde a una formación vinculada a las necesidades de la población anclada en los
principios del SUS, basada en una formación generalista, crítica, humanista y reflexiva del
trabajo en equipo.
Con los enunciados se puede observar que algunos docentes comprenden la
visualización de este avance favorable a los contenidos que involucran los aspectos de salud
colectiva a través de los lineamientos curriculares.
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 20
Sin embargo, es posible comprender puntos de vista contradictorios a partir de las
declaraciones de los entrevistados, aunque algunos perciben avances, otros ven grandes
distancias en cuanto a la inserción de tales contenidos en la formación de los profesionales de
la salud, lo que podemos visualizar en la siguiente categoría temática.
La Salud Colectiva como campo desafiante de inserción en la educación
Una parte de los docentes entrevistados destaca que, si bien las Directrices
Curriculares Nacionales (DCN) contemplan actualmente la relación entre las disciplinas y la
salud pública, aún existe una distancia significativa para su inserción efectiva en el proceso de
formación de los futuros profesionales de la salud, como es el caso de P8 y P15.
Observan que, aún con avances, aún persiste una visión cartesiana y una
compartimentación del conocimiento, en la que la salud pública es tratada como una
disciplina aislada en lugar de permear todas las áreas de estudio. Estos profesores consideran
que la DCN podría reformularse mejor en algunos puntos, con el fin de promover un enfoque
más integrado de la salud pública en todas las disciplinas. Además, enfatizan la necesidad de
una mayor proximidad entre la DCN y el campo de la salud pública en algunos cursos,
destacando la falta de discusiones y producción científica significativa en esta área.
Las declaraciones de los participantes corroboran la comprensión de que aún existe
fragilidad en la inclusión de la Salud Colectiva en los cursos. Consideran que todavía hay una
compartimentación del conocimiento y que todavía es perceptible una formación centrada en
el modelo biomédico, cartesiano, segregado para una apariencia todavía muy tímida.
Para Lima y cols. (2018), el desafío aún presente en cuanto a la transformación del
SUS para la formación de generalistas para trabajar con base en la Salud Colectiva apunta a la
necesidad de reorientar la educación superior en todos los cursos del área de la salud en
Brasil, con el fin de extrapolar el paradigma del cuidado biológico, recurriendo a tecnologías
relacionales, características del cuidado recomendado por el SUS. Tal proceso de
reorientación implica un trabajo de grandes desafíos en el proceso de estructuración
curricular. Porque de nada sirve si los cambios no despegan.
Teniendo en cuenta la información presentada, podemos observar un cierto
distanciamiento de algunos cursos con relación a los desafíos de un currículo enfocado en la
formación de profesionales de la salud, especialmente para actuar en salud pública. Si bien
hay avances notables, es evidente que aún queda mucho por conquistar y trabajar más
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 21
activamente en los cursos, apuntando a una formación más integrada de los profesionales de
la salud.
Consideraciones finales
La investigación alcanzó resultados alineados con los objetivos establecidos para
analizar la salud colectiva en la formación de profesionales de la salud en una Institución de
Educación Superior de Ceará. El camino metodológico seguido fue considerado satisfactorio,
utilizando entrevistas con los docentes.
Así, el análisis de los resultados nos lleva a reflexionar sobre la importancia de un
abordaje más enfático de la salud pública en la formación de los futuros profesionales. Es
fundamental que los cursos promuevan una mayor integración de los conocimientos
relacionados con la salud pública, con el fin de preparar a los estudiantes para enfrentar los
complejos desafíos del área y actuar de manera más efectiva en la promoción de la salud de la
población.
Este hallazgo también abre espacio para discusiones sobre las estrategias que se
pueden adoptar para fortalecer la presencia de la salud pública en los currículos académicos.
La formación integral de los profesionales de la salud requiere de una visión amplia e
interdisciplinaria, así como de un mayor énfasis en las prácticas y enfoques dirigidos al
colectivo.
Por lo tanto, es fundamental que las instituciones educativas hagan un esfuerzo por
revisar sus planes de estudio, considerando la inclusión de contenidos y actividades que se
enfoquen en la salud pública de una manera más integral. Solo con este enfoque más activo e
integrado será posible formar profesionales mejor preparados para afrontar los retos de la
salud en su vertiente colectiva y contribuir a una sociedad más sana y equitativa.
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 22
REFERENCIAS
AGUIAR, V. C. F; DA SILVA JUNIOR, L. C.; SOARES, S. L. A interdisciplinaridade como
essência na promoção da saúde das participantes do Projeto Idade Ativa. Revista on line de
Política e Gestão Educacional, Araraquara, p. 469–481, 2018. DOI:
10.22633/rpge.v22.n2.maio/ago.2018.10851. Disponible en:
https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/10851. Acceso en: 19 agosto 2023.
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Formação de Professores de Língua Estrangeira: Alguns
Alinhamentos para Apoiar o Processo. Universidade de Brasília. Mimeo, 2013.
CASTRO, F. S.; CARDOSO, A. M.; PENNA, K. G. B. D. As diretrizes curriculares nacionais
dos cursos de graduação da área da saúde abordam as políticas públicas e o sistema único de
saúde?. Revista Brasileira Militar de Ciências, [S. l.], v. 5, n. 12, 2019. DOI:
10.36414/rbmc.v5i12.11. Disponible en: https://rbmc.emnuvens.com.br/rbmc/article/view/11.
Acceso en: 19 agosto 2023.
CAMPOS, G. W. S. Entrevista com o Professor Gastão Wagner de Sousa Campos. Saúde em
debate, Rio de Janeiro, v. 39, n. 2, p. 338-339, 2015. DOI: 10.5935/0103-
1104.2015S0050003. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/QqBgZnzWy9gLRgvLdgLR9Gc/. Acceso en: 15 jul. 2023.
CORREIA, T. M.; TELLES, M. W.; ARAÚJO, M. V. R. A. A formação em saúde coletiva na
visão de estudantes de Graduação em fonoaudiologia da UFBA. Distúrbios da
Comunicação, [S. l.], v. 30, n. 4, p. 679–687, 2018. DOI: 10.23925/2176-
2724.2018v30i4p679-687. Disponible en:
https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/36448. Acceso en: 19 agosto 2023.
FERREIRA, L. R.; ARTMANN, E. Discursos sobre humanização: profissionais e usuários
em uma instituição complexa de saúde. Ciência & Saúde Coletiva [online], [S. l.], v. 23, n.
5, pp. 1437-1450, 2018. DOI: 10.1590/1413-81232018235.14162016. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/csc/a/T7kRmxV7k8xCP4CgHMyxCDr/?lang=pt. Acceso en: 10 jul.
2022.
FUNGHETTO, S. S.; SILVEIRA, S. M.; SILVINO, A. M.; KARNIKOWSKI, M. G. O. Perfil
profissional tendo o sus como base das diretrizes curriculares da área da saúde no processo
avaliativo. Revista Saúde em Redes, [S. l.], v. 1, n. 3. 2015. DOI: 10.18310/2446-
4813.2015v1n3p103-120. Disponible en: http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/rede-
unida/article/view/606. Acceso en: 20 agosto 2022.
LEAL, M. B.; CAMARGO JUNIOR, K. R. Saúde coletiva em debate: reflexões acerca de um
campo em construção. Interface, Botucatu, v.16, n.40, p.53-65, 2012. DOI: 10.1590/S1414-
32832012005000022. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/icse/a/jfMpnfNFpGPnf5h79dww4DJ/abstract/?lang=pt. Acceso en: 15
jul. 2023.
LIMA, V. V.; RIBEIRO, E. C. O.; PADILHA, R. Q.;MOURTHE JUNIOR, C. A. Desafios na
educação de profissionais de Saúde: uma abordagem interdisciplinar e interprofissional.
Interface, Botucatu, v. 22, supl. 2, p. 1549-1562, 2018. DOI: 10.1590/1807-57622017.0722.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 23
Disponible en:
https://www.scielo.br/j/icse/a/HcKDyxGDbbtHpj8nphcZ5nv/abstract/?lang=pt. Acceso en: 15
jul. 2023.
MOURA, J. B. F.; MENINO, F. A.; FERREIRA, C. S.; SANTOS, B. K. V.; CARNEIRO, D.
L. M.; SOUZA, D. G.; PINTO, E. P. R.; SOARES, S. L. A utilização de testes psicomotores
nas aulas de educação física na educação infantil: uma experiencia em Sobral-Ce. Brazilian
Journal of Development, [S.I], v. 7, p. 10294-10301, 2021. DOI: 10.34117/bjdv7n1-698.
Disponible en: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/23850.
Acceso en: 20 agosto 2022.
MINAYO, M; DESLANDES, S; NETO, O, GOMES, R. Pesquisa Social. Rio de Janeiro:
Editora Vozes, 2014.
OSMO, A.; SCHRAIBER, L. B. O campo da Saúde Coletiva no Brasil: definições e debates
em sua constituição. Saúde soc., São Paulo, v. 24, supl. 1, p. 205-218, 2015. DOI:
10.1590/S0104-12902015S01018. Disponible en:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12902015000500205&lng=en&nrm=iso. Acceso en: 23 enero 2023.
PALÁCIO, D. Q. A. O campo da saúde coletiva em um curso de graduação em educação
física no município de Fortaleza-Ceará. 2017. Dissertação (mestrado profissional)
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde, Mestrado Profissional em
Ensino na Saúde, Fortaleza, 2017.
PEREIRA, I. D. F.; LOPES, M. R.; NOGUEIRA, M. L.; RUELA, H. C. G. Princípios
pedagógicos e relações entre teoria e prática na formação de agentes comunitários de saúde.
Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 14 n. 2, p. 377-397, 2016. DOI: 10.1590/1981-7746-
sol00010. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/tes/a/GcsNyq78FgkFxSwjxxvxJfb/?lang=pt&format=pdf. Acceso en:
08 jul. 2022.
ROQUETE, F; F.; AMORIM, M. M. A.; BARBOSA, S. P.; SOUZA, D. C. M.
Multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade: em busca de diálogo entre
saberes no campo da saúde coletiva. R. Enferm. Cent. O. Min, [S.I], n. 2, v. 3, p. 463-474,
2012. Disponible en: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/245/360.
Acceso en: 10 ene. 2023.
SILVA, M. J. S.; SCHRAIBER, L. B.; MOTA, A. O conceito de saúde na Saúde Coletiva:
contribuições a partir da crítica social e histórica da produção científica. Physis, Rio de
Janeiro, v. 29, n. 1, e 290102, 2019. DOI: 10.1590/S0103-73312019290102etiqueta.
Disponible en: https://www.scielo.br/j/physis/a/7jH6HgCBkrmFm7RdwkNRHfm/?lang=pt.
Acceso en: 15 jul. 2023.
SOUZA, K. M. J; SEIXAS, C. T.; DAVID, H. M. S. L.; COSTA, A. Q. Contribuições da
Saúde Coletiva para o trabalho de enfermeiros. Rev Bras Enferm, Brasilia, n. 70, n. 3, p.
569-76. 2017. DOI: 10.1590/0034-7167-2016-0401. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/reben/a/g84jNj5jyNHqP9swPhjgpBL/?lang=pt. Acceso 11 mayo
2023.
Docentes y salud pública: Percepciones, formación e impacto en la profesión sanitaria
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 24
SOARES, S. L.; AGUIAR, V. C. F.; SHIOSAKI, R. K.; SCHWINGEL, P. A.; FERREIRA, H.
S. Formação continuada em educação física e práticas de promoção de saúde: Estudos
relacionados. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3,
p. 1958–1976, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17i3.16399. Disponible en:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/16399. Acceso en: 19 agosto
2023.
VASCONCELOS, S. S; GOVEIA, G. P. M. Saúde coletiva e desafios para a formação
superior em saúde. Revista Baiana de Saúde Pública. [S.I], v. 35 n. 2. p. 498-5032011,
2011. Disponible en: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/321/pdf_130.
Acceso: 10 agosto 2022.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman; 2015.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES y Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 25
CRediT Author Statement
Reconocimientos: No aplicable.
Financiación: No había financiación.
Conflictos de intereses: No hubo conflictos de intereses.
Aprobación ética: El estudio se realizó en el Centro Universitario INTA - UNINTA, más
específicamente en diez cursos de graduación en el área de la salud, en los que se
analizaron los Proyectos Pedagógicos de los Cursos (PPC) con el fin de investigar la
presencia de disciplinas para el campo de la Salud Colectiva o las que están más cercanas
a través de la verificación del plan de estudios y bibliografías. Como criterios de
inclusión, los coordinadores debían aceptar la participación de sus cursos en la
investigación y los profesores debían estar enseñando la disciplina de Salud Colectiva o
que enseñan las disciplinas más cercanas entre sí, firmando el Término de Consentimiento
Libre y Esclarecido (TCLE). La propuesta fue sometida al Comi de Ética en
Investigación con el número CAAE: 31346920.3.0000.8133 y fue aprobada con el número
de opinión: 4.085.735.
Disponibilidad de datos y materiales: Los datos y todos los materiales de investigación
se almacenan.
Contribuciones de los autores: Viviany Caetano Freire Aguiar: Realizado a partir de la
planificación de la investigación y la recolección de datos en campo, así como el análisis y
recolección de los datos, así como la redacción del artículo. Stela Lopes Soares: Participó
en el análisis de datos y redacción del artículo. Heraldo Simões Ferreira: Orientó la
recolección de datos en el campo, apoyó la planificación del estudio y la redacción del
artículo.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 1
TEACHERS AND COLLECTIVE HEALTH: PERCEPTIONS, TRAINING AND
IMPACT ON THE HEALTH PROFESSION
DOCENTES E SAÚDE COLETIVA: PERCEPÇÕES, FORMAÇÃO E IMPACTO NA
PROFISSÃO DA SAÚDE
DOCENTES Y SALUD COLECTIVA: PERCEPCIONES, FORMACIÓN E IMPACTO
EN LA PROFESIÓN SANITARIA
Viviany Caetano Freire AGUIAR1
e-mail: viviany.ead@uninta.edu.br
Stela Lopes SOARES2
e-mail: stela.soares@uninta.edu.br
Heraldo Simões FERREIRA3
e-mail: heraldo.simoes@uece.br
How to reference this article:
AGUIAR, V. C. F.; SOARES, S. L.; FERREIRA, H. S. Teachers
and collective health: Perceptions, training and impact on the health
profession. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325
| Submitted: 04/08/2023
| Revisions required: 18/08/2023
| Approved: 17/12/2023
| Published: 29/02/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
INTA University Center (UNINTA EAD), Sobral CE Brazil. Teacher of the Physical Education Course. Member of the
Study and Research Group on School Physical Education (GEPEFE/UECE). Master in Health Teaching from the State
University of Ceará CMEPES/UECE.
2
INTA University Center (UNINTA EAD), Sobral CE Brazil. Coordinator of the Physical Education Course. Researcher
at the Study and Research Group on School Physical Education (GEPEFE/UECE).
Post-doctorate in progress in Education (PPGE/UECE). PhD in Education (PPGE/UECE).
3
State University of Ceará (UECE), Fortaleza CE Brazil. Adjunct Professor of the Physical Education Course. Permanent
Professor in the Postgraduate Program in Education (UECE). Doctor in Public Health (UECE).
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 2
ABSTRACT: The text in question addresses the perceptions and reflections of educators
regarding Collective Health in the education of healthcare professionals. The objective was to
understand the viewpoint of educators teaching subjects related to Collective Health, their
perceptions, relevance, integration, and the impacts of knowledge from this field on
healthcare professionals. The study was conducted at a University Center, specifically across
ten undergraduate courses in the healthcare field. Educators were questioned about their
understanding of Collective Health, its importance, integration, education, and potential
development opportunities for healthcare professions. Some teachers comprehend Collective
Health from an expansive perspective, recognizing its significance for professional education,
and perceiving its strong presence within their courses. However, others do not perceive it as
distinctly. The main challenges involve students' resistance to learning about Collective
Health and a lack of recognition among fellow educators. Furthermore, the importance of
incorporating this field into the curriculum was emphasized. This study aims to contribute to
the reflection on the integration of Collective Health into the education and practice of
healthcare professions, identifying challenges and possibilities within this process.
KEYWORDS: Collective Health. Health professional training. Teachers. Perceptions.
Reflections.
RESUMO: O texto em questão aborda as percepções e reflexões dos docentes sobre a Saúde
Coletiva na formação de profissionais de saúde. O objetivo consistiu em entender o ponto de
vista dos docentes que ministram disciplinas sobre Saúde Coletiva, suas percepções,
relevância, inserção e os impactos dos saberes dessa área para os profissionais de saúde. O
estudo foi realizado em um Centro Universitário, especificamente em dez cursos de
graduação na área da saúde. Os docentes foram questionados sobre a compreensão da Saúde
Coletiva, relevância, inserção, formação, possibilidades de desenvolvimento para as
profissões de saúde. Alguns professores compreendem a Saúde Coletiva em uma perspectiva
ampliada, reconhecem sua importância para a formação profissional, percebem fortemente
em seu curso, enquanto outros não a percebem tão claramente. As principais dificuldades
envolvem a resistência dos alunos em aprender sobre Saúde Coletiva e a falta de valorização
entre os colegas docentes. Além disso, foi ressaltado a importância da presença dessa área
nas grades curriculares. Este estudo busca contribuir para a reflexão sobre a incorporação
da Saúde Coletiva na formação e prática das profissões da área da saúde, identificando
desafios e possibilidades nesse processo.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde Coletiva. Formação de profissionais de saúde. Docentes.
Percepções. Reflexões.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 3
RESUMEN: El texto en cuestión aborda las impresiones y reflexiones de los docentes sobre
Salud Colectiva en la formación de profesionales de la salud. El objetivo fundamentó en
comprender el punto de vista de los docentes que imparten asignaturas sobre Salud
Colectiva, sus percepciones, relevancia, integración y los impactos del conocimiento de esta
área en los profesionales de la salud. El estudio se llevó a cabo en un Centro Universitario,
específicamente en diez cursos de grado en el área de la salud. Se preguntó a los docentes
acerca de su comprensión de la Salud Colectiva, su importancia, integración, educación y
posibles oportunidades de desarrollo para las profesiones de la salud. Algunos profesores
comprenden la Salud Colectiva desde una perspectiva amplia, reconocen su importancia para
la formación profesional y la perciben con fuerza en sus cursos, mientras que otros no la
perciben con tanta claridad. Los principales desafíos involucran la resistencia de los
estudiantes a aprender sobre Salud Colectiva y la falta de reconocimiento entre los colegas
docentes. Además, se destacó la importancia de la presencia de esta área en los planes de
estudio. Este estudio tiene como objetivo contribuir a la reflexión sobre la incorporación de
la Salud Colectiva en la formación y práctica de las profesiones de la salud, identificando
desafíos y posibilidades en este proceso.
PALABRAS CLAVE: Salud Colectiva. Formación de profesionales de la salud. Docentes.
Percepciones. Reflexiones.
Introduction
Public Health is an area of health that stands out for its expanded approach, presenting
the different aspects related to promoting health and maintaining everyone's well-being. It is
an interdisciplinary field that involves actions and interventions between professionals, whose
objective is to improve health conditions and prevent diseases in the community.
One of its main proposals is to rescue the social aspect of health. Authors such as
Silva, Schraiber and Mota (2019) highlight that Public Health is the space in which critical
approaches and research on the issue of health are concentrated, seeking to weave
relationships between health, society, and the biomedical construction.
Given this context, it is important that all health professions incorporate, in their
training and practice, elements of Public Health. However, it is observed that Brazilian
universities, for the most part, have closed curricula, less interdisciplinary interaction and
more specialized topics, which makes efficient teamwork difficult and does not fully meet
social health needs (Osmo, Schraiber, 2015; Almeida Filho, 2013).
Considering these questions, there was an interest in carrying out a study that analyzed
the contents related to Public Health in higher education courses in the health area offered by
an HEI in Sobral CE.
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 4
To address the problem, this study has the following guiding questions: What are the
main objectives of Public Health and how does it seek to improve the health conditions of the
community? How have Brazilian educational institutions approached Public Health in their
undergraduate health curricula? What are the challenges faced in incorporating elements of
Public Health into the training and practice of health professions?
In order to answer the established guiding questions, the general objective is to
understand the point of view of teachers who teach subjects on Public Health, their
perceptions, relevance, insertion and the impacts of knowledge in this area for health
professionals.
Methodology
Research was conducted using a case study with qualitative approach characteristics.
In this type of research, holistic, ethnographic, phenomenological and biographical research
methods are used.
Yin (2015) supports this approach, highlighting the objective of describing the case
study design and methods, and defending it as a legitimate methodology in the social
sciences, capable of conducting investigations into a theoretical proposition.
The study took place at Centro Universitário INTA - UNINTA, more specifically in
ten undergraduate courses in the health area, in which the Course Pedagogical Projects (PPC)
were analyzed with the aim of investigating the presence of disciplines for the field of Public
Health or those that come closest through checking the syllabus and bibliographies.
As inclusion criteria, the coordinators had to accept the participation of their courses in
the research and the professors had to be teaching the subject of Public Health or teaching the
subjects that come closest, to this end, signing the Free and Informed Consent Form - TCLE.
The proposal was submitted to the Research Ethics Committee under CAAE number:
31346920.3.0000.8133 and approved under opinion number: 4.085.735.
Thus, fifteen teachers participated, whose data collection technique was the interview
with a semi-structured script with questions that addressed the teachers' perception of the
content of Public Health in the training of health professionals. The interview responses were
qualitatively analyzed using Minayo's Thematic Analysis et al. (2014). Data collection for this
research took place from August to December 2022.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 5
Results and discussions
Next, the results and discussions that were characterized in categories created from the
main results that will emerge through the interviews carried out with the teachers will be
presented, they are: Teachers' perception of Public Health; The relevance of Public Health for
the training of health professionals; Insertion of Public Health in the course; Challenges in
implementing and/or developing Public Health knowledge in your course; The DCN of
Courses in the area of Health and Public Health.
Teachers’ perception of Public Health
One of the first questions was about the teachers' understanding of Public Health. In
this way, the responses were organized into two thematic categories: Public Health in its
integral aspect for expanded health care; and b) Public health in terms of its areas of
knowledge.
Public Health in its integral aspect for expanded health care
Some teachers had long speeches, while others were objective in their responses and,
most of the time, agreed with this category. It is worth noting that, although they reached
these conclusions, most teachers reported, at the beginning of their answers, the term public
health and, in some of the statements, there was a certain confusion when defining it.
The theme “Collective Health and health care in an expanded way” can be represented
by the statements of P1, who sees it as an interdisciplinary field, with multi-professional
involvement, in which subjectivity, affections between doctor, patient, professional, health
and community. P5 understands it as health aimed at everyone. P7 pointed out that the
individual should be seen in an integral way, in which collective health must be included from
the individual's first glance. P13 points out that talking about Public Health is looking at the
completeness of being and P15 presents, in his speech, an understanding based on the studies
of Campos Gastão, as an expanded, interdisciplinary, multi-professional field.
According to Campos (2015), Public Health presents fundamental conceptual
frameworks that promote the intersection of different knowledge and practices, in addition to
emphasizing comprehensiveness and equity in the Unified Health System (SUS). It also
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 6
values the social aspect, subjectivity and care, while establishing meaningful connections
between the population and health professionals. These elements contribute to the evolution
of knowledge and the improvement of the living conditions of people and communities, with
a focus on promoting and caring for individual health.
In a reflective perspective on Public Health, Osmo and Schraiber (2015) emphasize its
interdisciplinary nature, highlighting the importance of a broader view of health and a
multidisciplinary approach to dealing with the diversity present in health practices.
When observing the concepts presented by the authors, it is clear that Public Health,
amidst the perceptions of the interviewed teachers, interact significantly in the context of the
social determination of the health-disease process, based on a theoretical basis of integration
in health care.
In this sense, the findings highlight that the teacher, through his pedagogical practice,
allows an in-depth understanding of this field of knowledge, in order to develop a critical and
reflective look at his future professional practices. This multidimensional approach to Public
Health favors the expansion of the horizon of possibilities and the preparation of professionals
to face the complex challenges of the health sector more effectively.
Public Health in relation to its areas of knowledge
Two professors mentioned that to understand collective health, it is necessary to think
about their areas of knowledge. According to P9, collective health must be understood
together with the fields of activity linked to it, such as epidemiology, Human Social Sciences,
politics and planning. And P14, in turn, mentions that it is a field of conquest, where they
have epistemological configurations, health policies, social and human sciences as a right.
In the professors' analyses, it is evident that their knowledge about Public Health is
deeply linked to their respective areas of expertise, covering epidemiology, social and human
sciences, politics and planning. This approach allows us to understand that teachers'
understanding of Public Health is based and structured on these precursor disciplines. With
this, the importance of consolidating knowledge about public health is highlighted, as
professional training must be based on the fields of activity that support this area.
In this way, by highlighting the relevance of these structuring disciplines of Public
Health, the relevance of consolidating the understanding of collective health becomes evident,
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 7
since professional training must be based on the reinforced fields of activity structuring
collective health, as mentioned by the authors above.
The relevance of Public Health for the training of health professionals
In the question related to the importance that the professor attributes, given the
possibilities of knowledge in the field of public health for the training of health professionals,
all professors considered the degree of importance positively, however, some justifications
took different paths. The responses were categorized into three themes: a) Public Health and
its contributions to the development of a critical and humanistic professional; b) The
emphasis of Public Health on multidisciplinary work and the breaking of training paradigms;
c) The importance of public health being introduced into the curriculum.
Public Health and its contributions to the development of a critical and humanistic
professional
In the interviews carried out, some of the teachers (P1, P7, P9 and P13) emphasized
the relevance of the relationship between theory and practice in the training of public health
professionals. They highlighted the need to demystify subjects such as public health and
collective health, making them more accessible and interesting for students.
Furthermore, they also highlighted the importance of seeing the patient holistically,
considering their socioeconomic and emotional context. They also highlighted the importance
of providing practical experiences during graduation, through workshops and events, so that
students understand the importance of public health in their professional activities.
The search for humanized, empathetic professionals prepared to face challenges in the
health sector has been driven by the appreciation of direct experience and practical
knowledge. Training in this field has undergone significant transformations, highlighting the
rapprochement between the training process and service.
Pereira et al. (2016) point out the need for professionalization, qualification and
training of new generations of workers, as well as criticism of the traditional educational
content present in many training processes in the area. Furthermore, the discussion about the
rapprochement between school and the world of work has been a notable point in the debate
about the relationship between work and education.
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 8
This approach emphasizes the importance of applying theory together with practice
during training. This approach enables the generation of more critical professionals, prepared
to face complex situations in their future practices.
According to Souza et al. (2017), the Unified Health System (SUS) has allowed a
broader view of the health-disease process, favoring the integration of practices and
knowledge in collective health. In this transdisciplinary field, the complexity of the subject
and their life context requires health professionals to develop critical-reflective thinking about
the social determinants of health.
However, practice reveals that many professionals lack the necessary skills to
adequately face the challenges of consolidating the SUS (Souza et al., 2017).
The humanized perspective, highlighted by the teachers' statements, emphasizes the
importance of collective health knowledge for health professionals. This approach highlights
the need to transform practices and quality of care, considering the comprehensiveness of
service to the user. The construction of this care and the action to promote the health of the
collective individual require critical and reflective health professionals, from a more
humanistic perspective, given the complexity involved in the area (Ferreira; Artmann, 2018).
These discussions reinforce the statements made by teachers in this category, given the
importance of the relationship between theory and practice in professional training, as well as
the requirement for a critical and reflective look from health professionals in the midst of the
challenges faced in the health field. The development of humanistic skills and a
comprehensive approach to care are fundamental to building a more effective and individual-
centered health system.
The emphasis of Public Health on multidisciplinary work and the breaking of training
paradigms
The teachers interviewed highlighted the importance of Public Health knowledge in
encouraging multidisciplinary and multidisciplinary work.
P3 and P11 highlighted the need for a broad vision and the exchange of knowledge
between professionals from different areas. Furthermore, they emphasized the importance of
discussing the complementarity of knowledge and its application in professional practice, to
overcome a limited vision and effectively promote the biopsychosocial concept in all
dimensions.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 9
The information presented highlights the importance of collective health knowledge
for professionals working in this area, and teachers are able to highlight this relevance by
relating it to the applicability of knowledge from a multi-professional perspective.
Roquete et al. (2012) emphasize that, in the context of collective health, the
combination of knowledge from different areas is increasingly necessary to deal with the
complexity of this field. The authors highlight that the multidisciplinary approach has been
widely applied both in universities and in professional practice.
The relevance attributed by teachers, corroborating the reflections of the mentioned
authors, is related to their practical experiences during continuing education. It is worth
mentioning that many of these teachers participated in Multiprofessional Residency programs,
recognizing the value of incorporating this reflection from the initial training of professionals.
This approach enables a better understanding of the role of each professional, qualifying them
in a more comprehensive and consistent manner throughout the training process.
This multidisciplinary approach and the practical application of collective health
knowledge contribute to the training of professionals who are more prepared and qualified to
face the complex challenges in the health sector. The combination of different knowledge
provides a holistic and integrated view of health problems, enabling more effective and
comprehensive interventions to benefit the population.
In addition to this multi-professional vision attributed in the speeches of some
teachers, two professors addressed in their speeches the importance of breaking existing
paradigms in training for this field of knowledge. Two professors, P4 and P14, highlighted the
importance of breaking with existing paradigms in training for the field of Public Health.
They emphasized the need to develop critical thinking and a broader view that goes beyond
individual treatment and considers the history and possibilities before dealing with the patient.
The results highlight the importance of integrating different knowledge and
overcoming the culture that values only the most up-to-date technical knowledge, to the
detriment of the ability to listen, share and work as a team. The researchers highlighted the
need to give a new meaning to Public Health in health and Social Sciences courses,
emphasizing that everyone plays a crucial role in this field.
The analysis allows us to understand that, to incorporate such content, it is necessary
to break with paradigms in professional training. Each professional who studies public health
must understand the role of others and their contributions in this expanded format of action.
The field of collective health is complex and intertwined, presenting countless variables that
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 10
influence the health-disease process and an evolution of epistemological paradigms marked
by significant changes.
According to Roquete et al. (2012), if the application of paradigms in public health is
occurring inadequately, this can be attributed, in part, to lack of knowledge and, in part, to the
human failure to think in a disciplinary and fragmented way.
This statement reinforces the statements presented and highlights the value of
reframing collective health and the urgency of breaking with existing paradigms in this field
of knowledge. This transformation is fundamental to stimulate the development of public
health knowledge in the training of health professionals.
Therefore, it is essential that professional training adopts an integrated and
collaborative approach, valuing the diversity of knowledge and skills of the different
professionals involved in Public Health. Changing perspectives and breaking paradigms can
enhance joint action and the search for more effective and comprehensive solutions to
challenges in the health sector.
The importance of Public Health in the curricular matrix
Among those interviewed, another part emphasized the importance of including Public
Health topics as mandatory content in undergraduate courses. They highlighted the need for a
more comprehensive and constant approach throughout training, integrating these themes
transversally across different disciplines.
Reflecting on what was stated by P10, he points out that the students' lack of interest
may be related to the little emphasis given to the subject, generally approached in a specific
and isolated manner. To spark students' interest, he argues that Public Health should be
explored more broadly and constantly.
In turn, P15 emphasized that Public Health should not be treated as an isolated
discipline, but rather permeate the entire training, integrating transversally with other subjects.
He argues that the fragmented approach is not effective and argues for the need for a more
comprehensive and integrated perspective.
Although the inclusion of Public Health content has advanced in some courses, it is
still clear that in others the introduction is quite timid, limited to a single discipline. As Leal
and Camargo Junior (2012) highlight, the innovative characteristic of this field is the
possibility of interconnections between different areas, covering life in its different
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 11
dimensions of existence. Furthermore, it operates across disciplines, constituting a political
field of action for the production of knowledge and practices committed to the Brazilian
reality.
The results indicate a conception aligned with the interviewees' statements, suggesting
that Public Health must be worked on continuously in the curricular matrices, considering the
collective perspective present in all areas in which health professionals intend to work.
However, it is worth highlighting that the analysis also highlights difficulties in
finding scientific productions on the process of transversality in training, which suggests that
this topic is emerging and still faces challenges in its application in the training curriculum.
This gap may be an opportunity for future research and reflections in the field of Public
Health.
The inclusion of Public Health in the course
Regarding the question whether teachers perceive the insertion in the field of Public
Health in their course. If so, how should it be pointed out? From this, three thematic
categories were formulated: a) Public Health is highly perceived in the disciplines and in the
extension and research axes of the course; b) Lack of perception of collective health; c)
Ignorance of its insertion.
Public Health perceived in the disciplines and in the course’s extension and research axes
The majority of professors expressed a positive view about the integration of Public
Health in the courses in which they work. They mentioned different approaches, such as the
inclusion of the theme in disciplines, extension courses and research. The first excerpts of the
speeches highlight the teachers’ perception in relation to the course’s subjects:
Some teachers emphasized the importance of the Integral Health Actions (AIS)
disciplines, in which students have contact with communities and professionals from different
areas from the first semesters. These subjects address relevant public health concepts and
provide practical experiences for students (P1).
Others highlighted the insertion of students in the field of public health through the
AIS modules, which take place from the beginning of the course until the final semesters.
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 12
These modules explore different contexts related to collective health and are also covered by
academic leagues focused on family health, women's health and other areas (P2).
The perception that internships provide partial coverage of collective health content
was mentioned by one interviewee. Despite being covered in just one semester, practice
during internships allows students to understand actions and interventions aimed at promoting
health and treating diseases in the population (P10). Furthermore, P14 reported his experience
in bringing the discussion of public health to his discipline and inviting colleagues to do the
same, promoting an integrated approach.
In the speeches, the teachers' view regarding the perception of insertion in disciplines
is clear, given that, in some courses, it is inserted throughout the semesters and teaching
practice, in the same way that the understanding of the lack is evident for others, it is mainly
noticeable in the stages of understanding how to support something that is still insufficient.
According to Correia, Telles and Araújo (2018), undergraduate health courses have
undergone curricular changes with the aim of providing training that is more aligned with the
social needs of the population and the reality of the Unified Health System (SUS). These
changes have emerged as a response to the realization that the pedagogical projects and
curricular matrices of these courses are still permeated by a technical perspective, fragmenting
the contents and following hegemonic models, predominantly biomedical and sanitary.
Professions in the health sector require special attention, as training professionals
with a vision focused on the SUS represents an important challenge to improve people's
quality of life. This training must seek to expand alternatives suited to changes in reality and
collaborate with the development of health workers, as advocated by Castro, Cardoso and
Penna (2019).
In this context, curricular transformations in undergraduate health courses play a
fundamental role in preparing professionals to face the challenges of the Brazilian health
system. The search for more humanized, comprehensive training aligned with the needs of the
population is essential to contribute to the improvement of health care and promote the
advancement of the SUS. After all, it is through adequate training of future professionals that
it will be possible to drive significant and positive changes in the field of public health. In
addition to inclusion in the disciplines, teachers also highlighted the importance of extension
and research courses. See the following:
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 13
P8 mentioned the presence of public health in the institution's extension and research
activities. He noted that both teachers and students show interest and desire to work in this
area, recognizing the importance of collective health in their lives. UNINTA broadly
develops collective health, both in discussions and in practical actions carried out by
academics.
P13 highlighted specific projects of the institution, such as "UNINTA in the
Community". These projects seek to disseminate the practice and knowledge of collective
health, both internally, involving the academic community and employees, and externally,
reaching society in general. The objective is to promote the dissemination of collective
health concepts and ideas (P13).
It is clear that the inclusion of collective health in extension projects, research,
academic leagues is a positive point in terms of practical application in the teaching-
learning process in the face of an association of theoretical contents through practical
experiences, a preponderant factor in training of future health professionals. However, it is
worth highlighting that although the courses promote the inclusion of collective health in
these environments, the value of its inclusion, especially in the mandatory curricular
components of the highlighted courses related to health professions, in general, cannot be
forgotten.
Since, according to Palácio (2017), student participation in extension projects can
represent a positive activity for students in terms of theoretical appropriation about Public
Health, however, participation is not mandatory and cannot be considered a fixed
component in the initial training of students.
Furthermore, some teachers highlighted an aspect related to perception in the course
subjects, mentioning devaluation on the part of both teachers and students. See the following:
One of the teachers emphasized the need to value public health more, both in practical
application and in the students' perception. He highlighted that appreciation should not
only come from students, but also from teachers themselves. For him, it is important to
have the presence and appreciation of collective health in every semester, with greater
weight given to it. He believes that teachers must show the importance and value of the
subject, conveying to students the relevance of what they are teaching (P4).
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 14
Another professor mentioned that he perceives strong resistance and devaluation on
the part of students in relation to collective health. He recognized that the training of
general practitioners working in the public health system (SUS) is a fundamental purpose,
but regretted the students' resistance to valuing this content, considering it inferior in
relation to other disciplines. He highlighted, however, that the presence of collective health
in the curriculum is significant and important (P5).
The teachers' statements allow us to understand that the teacher is not defined only by
his mastery of content. It requires the teacher to reflect and value pedagogical practice in
order to enable meaningful learning.
The teacher training process requires time and space and indicates that the teacher is
largely responsible for their own ongoing training, whose knowledge is constructed from
reflection and understanding of teaching practice (Soares; et al., 2022)
It is worth highlighting that this process of appreciation must also come from the
student, as it requires reflection on how that knowledge could impact future training, so that
this vision is not already perceived in the field of activity.
Non-perception of collective health
On the other hand, some teachers interviewed do not perceive a strong insertion of
Public Health in the course, as can be seen in the following statements:
One of the teachers, P9, expressed that he does not really understand the public health
perspective in the course. He believes that there is a lack of greater understanding not only on
the part of the students, but also on the part of the collective as a whole. He emphasized the
importance of studying more about public health and not just focusing on specific disciplines,
which are often more related to the Clinic.
Another teacher, P15, mentions that public health began as an optional subject and did
not have a regular offering. It was only during the process of reforming the curriculum that he
suggested making it mandatory, but it is still only a subject offered halfway through the
course.
In the statements presented, we can recognize two perspectives that the teachers do not
consider perceptible to the inclusion of public health in their course. The first involves, in a
certain way, a disarticulation on the part of teachers with the teaching of collective health in
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 15
their own discipline. From the other point of view, it consists of delayed insertion because it is
just one discipline, resulting in very little impact on training.
Aguiar, Silva Júnior and Soares (2018) state that, to achieve interdisciplinarity in
training, teachers need to work together and articulate their knowledge in a complementary
and organized way, in order to seek the active participation of students in the teaching
process.
In this attempt, corroborating the speech of the interviewed teachers, the work of
inserting collective health requires joint action in order to articulate knowledge so that it can
assist in the teaching process.
The lack of knowledge about its insertion
During the interviews, only one professor addressed his lack of knowledge about the
inclusion of collective health in the course (P6). He mentioned that, due to the lack of contact
with other subjects on the course, he could not provide detailed information. However, he
highlighted that the Public Health I discipline broadly covers public policies, providing a
basis on how they were, how they are and how they could be. He also mentioned that in the
course she is part of, the topic continues with specific subjects, but there was no information
about the continuity of public health in other courses.
As the last thematic category is related to the lack of knowledge about the inclusion of
collective health, based on the interviewee's speech, it is clear that the teacher does not know
the curricular structure of the course itself, considering that it is more linked to the process of
teach the Public Health discipline offered in the course, which can be a negative point when
thinking about an integrated, transversal and interdisciplinary perspective.
The speech presented by the participant reinforces the previous discussion about
interdisciplinary work, highlighting the importance of a complementary dialogue with other
disciplines and course colleagues to offer comprehensive assistance to students, going beyond
an isolated approach to each subject.
In light of this subject, Aguiar, Silva Júnior and Soares (2018) state that
interdisciplinarity in the area of public health is a crucial requirement in the health system,
and its effectiveness occurs when professionals are prepared from the student stage to meet
the demands imposed.
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 16
Furthermore, Moura et al. (2021) highlight that interdisciplinarity is gaining strength
in response to the need to modernize and diversify learning processes. The segmented
approach to teaching is not sufficient to provide a complete understanding of the content,
making the exchange of knowledge between disciplines essential.
These aspects highlight the importance of teachers deepening their knowledge of the
course's curricular structure and promoting coordination with colleagues, in order to develop
in an integrated manner, the skills and abilities proposed in the graduate professional's profile.
Collaboration and joint work between teachers are fundamental for more complete training
that is aligned with the needs of students and the job market.
By prioritizing interdisciplinary work and strengthening the exchange of knowledge
between different disciplines, academic training gains in richness, promoting a broader and
more integrated view of health issues. This prepares future professionals to face the complex
challenges of the area, contributing to more effective and comprehensive action for the benefit
of the population.
Challenges of implementing and/or developing Public Health knowledge in your course
Those involved were asked about the difficulties they perceived in the insertion or
development of collective health knowledge. Some teachers reported not experiencing
difficulties, others ended up distancing themselves from the question presented; the majority,
in turn, answered yes. The responses were categorized into two themes: a) Public Health as a
field of resistance by students; b) The process of valuing public health knowledge by teachers.
Public Health as a field of resistance
Some teachers, such as P1, P2, P6, P8 and P13, report students' resistance to public
health in the course. Students tend to prioritize other subjects, disregarding the importance of
public health. However, there are students who are dedicated and enjoy the discipline.
The difficulty also lies in the immature reception of students regarding the concepts of
collective health. Some teachers seek to make the subject more interesting, encouraging
students to think beyond the usual.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 17
Regarding the difficulties of including public health knowledge in the courses,
teachers are able to point out a certain resistance on the part of students in receiving Public
Health content, as some insist on a vision of training centered on the biomedical model.
According to Vasconcelos and Gouveia (2011), the theoretical field of Public Health is
configured not as a single field, but as an interdisciplinary space, which enables the study of
the health-disease relationship as a social process, enabling an understanding of the means
used by the community to organize and solve their health problems.
In this attempt, it is necessary to reflect on the breaking of paradigms in the training
process of these students so that they can incorporate the contents of collective health into the
development of their professional practice in an integrated, interdisciplinary way so that the
objectives of a more comprehensive training can be achieved.
The process of valuing collective health knowledge by teachers
P4, P9 and P14 mention difficulties in inserting and developing public health
knowledge among their colleagues. There is a need to make teachers aware of the importance
of incorporating this knowledge into their disciplines in a transversal way. A deeper
understanding of collective health by teachers is necessary so that they can promote a
comprehensive vision throughout the course. The appreciation of knowledge in public health
is also highlighted as fundamental to encourage students to become interested in the area.
For Vasconcelos and Gouveia (2011), it is still understood that there is resistance, on
the part of the teachers themselves, to allowing their previous “convictions” to be in fact
modified. Furthermore, the same authors state that reforms in the format of courses do occur,
however, in most cases, they become limited, as they are not incorporated by teachers and,
consequently, by students.
Such conceptions lead to the reflection that both difficulties perceived by the
interviewees end up reflecting each other, considering that for the student to be able to value,
it is essential to be valued and encouraged by the teacher.
The DCN of Courses in the area of Health and Public Health
In the following question, those involved were asked how they have observed the
relationship between the DCN of health courses and Public Health in the current global health
scenario. The responses were diverse and, given this, they were organized into two thematic
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 18
categories for analysis: a) Advances in public health in the training of health professionals
based on the DCN; b) Public Health as a challenging field for inclusion in training.
Advances in collective health in the training of health professionals based on the DCN
P2, P4 and P6 highlight an approximation of Public Health content in the National
Curricular Guidelines (DCN), which are becoming more comprehensive and generalist. This
change reflects a tendency to incorporate public health into courses in a broader and more
global way. Teachers realize that the DCN explore practice and experience in the context of
public health, taking into account the integration between teaching and service. Over the last
few years, public health has gained more space and visibility in the curriculum, reflecting a
significant change in the way it is approached.
For Funghetto et al. (2015), a common professional profile described in health
guidelines corresponds to training linked to the needs of the population anchored in the
principles of the SUS, based on generalist, critical, humanistic and reflective teamwork
training.
From the statements, it is clear that some teachers understand the view of this
favorable advance to content that involves aspects of collective health through curricular
guidelines.
However, it is possible to understand, from the interviewees' statements, contradictory
points of view, although some perceive advances, others see great differences regarding the
inclusion of such content in the training of health professionals, which we can view in the
following thematic category.
Public Health as a challenging field for inclusion in training
A portion of the teachers interviewed highlighted that, although the National
Curricular Guidelines (DCN) currently contemplate the relationship between disciplines and
collective health, there is still a significant distance for their effective insertion in the training
process of future health professionals, such as the case of P8 and P15.
They observe that, even with advances, a Cartesian vision and a compartmentalization
of knowledge still persist, in which public health is treated as an isolated discipline instead of
permeating all areas of study. These professors consider that the DCN could be better
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 19
reformulated at some points, in order to promote a more integrated approach to collective
health in all disciplines. Furthermore, they emphasize the need for greater proximity between
the DCN and the field of collective health in some courses, highlighting the lack of
discussions and significant scientific production in this area.
The participants' speech corroborates the understanding that there is still weakness in
the inclusion of Public Health in courses. They consider that there is still a
compartmentalization of knowledge and that training focused on the biomedical, Cartesian
model is still noticeable, which is still very timid.
For Lima et al. (2018), the remaining challenge regarding the transformation of the
SUS to train generalists to work based on Public Health signals the need to reorient higher
education in all health courses in Brazil, in order to extrapolate the paradigm biologicist
assistance, focusing on relational technologies, characteristics of the care recommended by
the SUS. This reorientation process involves great challenges in the curriculum structuring
process. Because there's no point if the changes don't get off the ground.
Considering the information presented, we can observe a certain distance between
some courses in relation to the challenges of a curriculum aimed at training health
professionals, especially those working in collective health. Although there are noticeable
advances, it is clear that there is still a lot to be achieved and worked on more actively in
courses, aiming for a more comprehensive training of health professionals.
Final remarks
The research carried out achieved results that are aligned with the objectives
established to analyze collective health in the training of health professionals in a Higher
Education Institution in Ceará. The methodological path followed was considered
satisfactory, using interviews with teachers.
Therefore, the analysis of the results leads us to reflect on the importance of a more
emphatic approach to collective health in the training of future professionals. It is essential
that courses promote greater integration of knowledge related to public health, in order to
prepare students to face the complex challenges in the area and act more effectively in
promoting the health of the population.
This finding also opens space for discussions about strategies that can be adopted to
strengthen the presence of collective health in academic curricula. The integrated training of
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 20
health professionals requires a broad and interdisciplinary vision, in addition to a greater
emphasis on practices and approaches aimed at the collective.
Therefore, it is essential that educational institutions commit to revisiting their
curricula, considering the inclusion of content and activities that focus on collective health in
a more comprehensive way. Only with this more active and integrated approach will it be
possible to train professionals who are better prepared to face health challenges in their
collective aspect and contribute to a healthier and more equitable society.
REFERENCES
AGUIAR, V. C. F; DA SILVA JUNIOR, L. C.; SOARES, S. L. A interdisciplinaridade como
essência na promoção da saúde das participantes do Projeto Idade Ativa. Revista on line de
Política e Gestão Educacional, Araraquara, p. 469–481, 2018. DOI:
10.22633/rpge.v22.n2.maio/ago.2018.10851. Available at:
https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/10851. Access: 19 Aug. 2023.
ALMEIDA FILHO, J. C. P. Formação de Professores de Língua Estrangeira: Alguns
Alinhamentos para Apoiar o Processo. Universidade de Brasília. Mimeo, 2013.
CASTRO, F. S.; CARDOSO, A. M.; PENNA, K. G. B. D. As diretrizes curriculares nacionais
dos cursos de graduação da área da saúde abordam as políticas públicas e o sistema único de
saúde?. Revista Brasileira Militar de Ciências, [S. l.], v. 5, n. 12, 2019. DOI:
10.36414/rbmc.v5i12.11. Available at: https://rbmc.emnuvens.com.br/rbmc/article/view/11.
Access: 19 Aug. 2023.
CAMPOS, G. W. S. Entrevista com o Professor Gastão Wagner de Sousa Campos. Saúde em
debate, Rio de Janeiro, v. 39, n. 2, p. 338-339, 2015. DOI: 10.5935/0103-
1104.2015S0050003. Available at:
https://www.scielo.br/j/sdeb/a/QqBgZnzWy9gLRgvLdgLR9Gc/. Access: 15 July 2023.
CORREIA, T. M.; TELLES, M. W.; ARAÚJO, M. V. R. A. A formação em saúde coletiva na
visão de estudantes de Graduação em fonoaudiologia da UFBA. Distúrbios da
Comunicação, [S. l.], v. 30, n. 4, p. 679–687, 2018. DOI: 10.23925/2176-
2724.2018v30i4p679-687. Available at:
https://revistas.pucsp.br/index.php/dic/article/view/36448. Access: 19 Aug. 2023.
FERREIRA, L. R.; ARTMANN, E. Discursos sobre humanização: profissionais e usuários
em uma instituição complexa de saúde. Ciência & Saúde Coletiva [online], [S. l.], v. 23, n.
5, pp. 1437-1450, 2018. DOI: 10.1590/1413-81232018235.14162016. Available at:
https://www.scielo.br/j/csc/a/T7kRmxV7k8xCP4CgHMyxCDr/?lang=pt. Access: 10 July
2022.
FUNGHETTO, S. S.; SILVEIRA, S. M.; SILVINO, A. M.; KARNIKOWSKI, M. G. O. Perfil
profissional tendo o sus como base das diretrizes curriculares da área da saúde no processo
avaliativo. Revista Saúde em Redes, [S. l.], v. 1, n. 3. 2015. DOI: 10.18310/2446-
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 21
4813.2015v1n3p103-120. Available at: http://revista.redeunida.org.br/ojs/index.php/rede-
unida/article/view/606. Access: 20 Aug. 2022.
LEAL, M. B.; CAMARGO JUNIOR, K. R. Saúde coletiva em debate: reflexões acerca de um
campo em construção. Interface, Botucatu, v.16, n.40, p.53-65, 2012. DOI: 10.1590/S1414-
32832012005000022. Available at:
https://www.scielo.br/j/icse/a/jfMpnfNFpGPnf5h79dww4DJ/abstract/?lang=pt. Access: 15
July 2023.
LIMA, V. V.; RIBEIRO, E. C. O.; PADILHA, R. Q.;MOURTHE JUNIOR, C. A. Desafios na
educação de profissionais de Saúde: uma abordagem interdisciplinar e interprofissional.
Interface, Botucatu, v. 22, supl. 2, p. 1549-1562, 2018. DOI: 10.1590/1807-57622017.0722.
Available at: https://www.scielo.br/j/icse/a/HcKDyxGDbbtHpj8nphcZ5nv/abstract/?lang=pt.
Access: 15 July 2023.
MOURA, J. B. F.; MENINO, F. A.; FERREIRA, C. S.; SANTOS, B. K. V.; CARNEIRO, D.
L. M.; SOUZA, D. G.; PINTO, E. P. R.; SOARES, S. L. A utilização de testes psicomotores
nas aulas de educação física na educação infantil: uma experiencia em Sobral-Ce. Brazilian
Journal of Development, [S.I], v. 7, p. 10294-10301, 2021. DOI: 10.34117/bjdv7n1-698.
Available at: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/23850.
Access: 20 Aug. 2022.
MINAYO, M; DESLANDES, S; NETO, O, GOMES, R. Pesquisa Social. Rio de Janeiro:
Editora Vozes, 2014.
OSMO, A.; SCHRAIBER, L. B. O campo da Saúde Coletiva no Brasil: definições e debates
em sua constituição. Saúde soc., São Paulo, v. 24, supl. 1, p. 205-218, 2015. DOI:
10.1590/S0104-12902015S01018. Available at:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
12902015000500205&lng=en&nrm=iso. Access: 23 Jan. 2023.
PALÁCIO, D. Q. A. O campo da saúde coletiva em um curso de graduação em educação
física no município de Fortaleza-Ceará. 2017. Dissertação (mestrado profissional)
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde, Mestrado Profissional em
Ensino na Saúde, Fortaleza, 2017.
PEREIRA, I. D. F.; LOPES, M. R.; NOGUEIRA, M. L.; RUELA, H. C. G. Princípios
pedagógicos e relações entre teoria e prática na formação de agentes comunitários de saúde.
Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 14 n. 2, p. 377-397, 2016. DOI: 10.1590/1981-7746-
sol00010. Available at:
https://www.scielo.br/j/tes/a/GcsNyq78FgkFxSwjxxvxJfb/?lang=pt&format=pdf. Access: 08
July 2022.
ROQUETE, F; F.; AMORIM, M. M. A.; BARBOSA, S. P.; SOUZA, D. C. M.
Multidisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade: em busca de diálogo entre
saberes no campo da saúde coletiva. R. Enferm. Cent. O. Min, [S.I], n. 2, v. 3, p. 463-474,
2012. Available at: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/245/360.
Access: 10 Jan. 2023.
Teachers and collective health: Perceptions, training and impact on the health profession
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 22
SILVA, M. J. S.; SCHRAIBER, L. B.; MOTA, A. O conceito de saúde na Saúde Coletiva:
contribuições a partir da crítica social e histórica da produção científica. Physis, Rio de
Janeiro, v. 29, n. 1, e 290102, 2019. DOI: 10.1590/S0103-73312019290102. Available at:
https://www.scielo.br/j/physis/a/7jH6HgCBkrmFm7RdwkNRHfm/?lang=pt. Access: 15 July
2023.
SOUZA, K. M. J; SEIXAS, C. T.; DAVID, H. M. S. L.; COSTA, A. Q. Contribuições da
Saúde Coletiva para o trabalho de enfermeiros. Rev Bras Enferm, Brasilia, n. 70, n. 3, p.
569-76. 2017. DOI: 10.1590/0034-7167-2016-0401. Available at:
https://www.scielo.br/j/reben/a/g84jNj5jyNHqP9swPhjgpBL/?lang=pt. Acesso 11 May 2023.
SOARES, S. L.; AGUIAR, V. C. F.; SHIOSAKI, R. K.; SCHWINGEL, P. A.; FERREIRA, H.
S. Formação continuada em educação física e práticas de promoção de saúde: Estudos
relacionados. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 17, n. 3,
p. 1958–1976, 2022. DOI: 10.21723/riaee.v17i3.16399. Available at:
https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/16399. Access: 19 Aug. 2023.
VASCONCELOS, S. S; GOVEIA, G. P. M. Saúde coletiva e desafios para a formação
superior em saúde. Revista Baiana de Saúde Pública. [S.I], v. 35 n. 2. p. 498-5032011,
2011. Available at: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/321/pdf_130.
Acesso: 10 Aug. 2022.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman; 2015.
Viviany Caetano Freire AGUIAR; Stela Lopes SOARES and Heraldo Simões FERREIRA
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024025, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18325 23
CRediT Author Statement
Acknowledgments: Not applicable.
Financing: There was no funding.
Conflicts of interest: There were no conflicts of interest.
Ethical approval: The study took place at Centro Universitário INTA - UNINTA, more
specifically in ten undergraduate courses in the health area, in which the Course
Pedagogical Projects (PPC) were analyzed with the aim of investigating the presence of
disciplines for the field of Public Health or those that come closest through checking the
menu and bibliographies. As inclusion criteria, the coordinators had to accept the
participation of their courses in the research and the teachers had to be teaching the
subject of Public Health or teaching the subjects that come closest to it, signing the Free
and Informed Consent Form - TCLE. The proposal was submitted to the Research Ethics
Committee under CAAE number: 31346920.3.0000.8133 and approved under opinion
number: 4.085.735.
Availability of data and material: The data and all research materials are saved.
Author contributions: Viviany Caetano Freire Aguiar: She carried out research
planning and data collection in the field, as well as data analysis and collection, as well as
writing the article. Stela Lopes Soares: Participated in the data analysis and writing of the
article. Heraldo Simões Ferreira: Guided data collection in the field, supported the study
planning and writing of the article.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Review, formatting, standardization and translation.