RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 1
AS CAUSAS DE EVASÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DE UMA
UNIVERSIDADE PÚBLICA ESTADUAL E AS POSSÍVEIS POLÍTICAS PÚBLICAS
DE ENFRENTAMENTO
LAS CAUSAS DE LA DESERCIÓN DE LOS ESTUDIOS DE GRADO EN UNA
UNIVERSIDAD PÚBLICA ESTATAL Y LAS POSIBLES POLÍTICAS PÚBLICAS PARA
ENFRENTARLA
THE CAUSES OF DROPOUT FROM UNDERGRADUATE COURSES AT A PUBLIC
STATE UNIVERSITY AND POSSIBLE PUBLIC POLICIES TO FIGHT IT
Marcelo Setsuo HASHIMOTO 1
e-mail: marcelo.hashimoto@unesp.br
Maria da Graça Mello MAGNONI 2
e-mail: mgm.magnoni@unesp.br
Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI 3
e-mail: vera.capellini@unesp.br
Como referenciar este artigo:
HASHIMOTO, M. S.; MAGNONI, M. G. M.; CAPELLINI, V. L.
M. F. As causas de evasão dos cursos de graduação de uma
universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de
enfrentamento. Revista Ibero-Americana de Estudos em
Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-
5587. DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662
| Submetido em: 23/11/2023
| Revisões requeridas em: 11/01/2024
| Aprovado em: 12/03/2024
| Publicado em: 20/07/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru SP - Brasil. Doutorando em Mídia e Tecnologia.
2
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru SP - Brasil. Professora Doutora do Departamento de
Educação.
3
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru SP - Brasil. Professora Titular do Departamento de Educação.
As causas de evasão dos cursos de graduação de uma universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de enfrentamento
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 2
RESUMO: A evasão é um fenômeno complexo que afeta as instituições de ensino superior
públicas e privadas, constituindo-se em grande preocupação para os gestores e pesquisadores
da área de educação. O objetivo deste estudo foi identificar as causas da evasão de alunos que
ingressaram nos anos de 2014 a 2020, nos cursos de graduação de uma faculdade pertencente
à uma universidade pública do Estado de São Paulo, visando a um diagnóstico favorável ao
planejamento de políticas públicas de enfrentamento. Usando uma metodologia quanti-
qualitativa, ficou demonstrado que, em geral, a evasão é maior nos dois primeiros anos de cada
curso, sendo a maioria dos alunos desistentes dos cursos da área de exatas, da modalidade
licenciatura e do período noturno. Os principais motivos de desistência foram: insatisfação com
a minha escolha profissional, problemas familiares e de saúde, dificuldades financeiras, excesso
de aulas teóricas e ausência de utilização de novas metodologias de ensino.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino Superior. Universidade Pública. Evasão Estudantil.
Permanência Estudantil.
RESUMEN: La deserción escolar es un fenómeno complejo que afecta a las instituciones de
educación superior públicas y privadas, y es una de las principales preocupaciones de los
gestores e investigadores en el campo de la educación. El objetivo fue identificar las causas
del abandono estudiantil de estudiantes que ingresaron a cursos de pregrado entre 2014 y
2020, en una facultad de una universidad pública del Estado de São Paulo, buscando un
diagnóstico favorable para la planificación de políticas públicas. Utilizando una metodología
cuanti-cualitativa, se demostró que, en general, las tasas del abandono estudiantil son mayores
en los dos primeros años de cada curso, siendo que la mayoría de los estudiantes abandonan
los cursos del área de ciencias exactas, modalidad de licenciatura y clases nocturnas. Los
principales motivos del abandono fueron: insatisfacción con mi elección profesional,
problemas familiares y de salud, dificultades económicas, demasiadas clases teóricas y falta
de uso de nuevas metodologías de enseñanza.
PALABRAS CLAVE: Enseñanza superior. Universidad Pública. Deserción estudiantil.
Permanencia de los estudiantes.
ABSTRACT: Dropout is a complex phenomenon that affects public and private higher
education institutions, constituting a major concern for managers and researchers in the field
of education. The objective of this study was to identify the causes of dropout among students
who entered undergraduate courses from 2014 to 2020 at a college belonging to a public
university in the State of São Paulo, aiming at a diagnosis favorable to the planning of public
policies to combat. Using a quantitative-qualitative methodology, it was demonstrated that, in
general, dropout rates are higher in the first two years of each course, with the majority of
students dropping out of courses in the exact sciences area, the degree modality and evening
classes. The main reasons for dropping out were: dissatisfaction with my professional choice,
family and health problems, financial difficulties, too many theoretical classes and lack of use
of new teaching methodologies.
KEYWORDS: Higher Education. Public university. Student Dropout. Student Permanence.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI e Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 3
Introdução
O presente estudo teve como finalidade compreender o conceito de evasão no ensino
superior, objetivando identificar os motivos desse evento nos cursos de graduação de uma
faculdade pertencente à uma universidade pública multi-câmpus do Estado de São Paulo. Nesta,
a partir da extração de informações acadêmicas de três bases de dados institucionais da
universidade, foi possível traçar o perfil dos alunos evadidos dos cursos de graduação, que
ingressaram por vestibular nos anos de 2014 a 2020, bem como propor ações que possam
minimizar o problema e fornecer subsídios para a gestão da faculdade pensar e implementar
políticas públicas de permanência estudantil.
A evasão nas instituições de ensino superior (IES) é um desafio significativo que afeta
tanto as universidades públicas quanto as privadas e compromete os objetivos educacionais,
gerando indagações sobre os recursos financeiros investidos e os resultados alcançados (Garcia;
Lara; Antunes, 2021). Trata-se de um fenômeno de múltiplos fatores, que pode ocorrer com
estudantes de todos os contextos socioeconômicos e culturais, sendo necessário compreendê-lo
para criar alternativas de retenção, apoiando os estudantes na permanência na universidade e,
consequentemente, para obter êxito em seus cursos (Silva et al., 2022).
Com base em dados do Censo da Educação Superior 2019 (Brasil, 2021), que apontam
uma taxa de evasão de 38% até o final do terceiro ano, e na importância da integração acadêmica
e do apoio pedagógico para a persistência dos alunos, levantamos hipóteses relacionadas à
escolha do curso e da instituição, sobre variáveis dos estudantes que ingressam por cotas ou
pelo sistema universal, bem como relacionadas ao perfil socioeconômico.
Objetivos
O objetivo geral deste estudo foi identificar as causas de evasão dos cursos de graduação
de uma faculdade pertencente à uma universidade pública multi-câmpus do Estado de São
Paulo, com o intuito de traçar um diagnóstico que favoreça o planejamento de ações voltadas à
prevenção da evasão escolar, quando esta não é resultante de aplicação de ões legais por parte
da IES. E, especificamente, visamos também compreender os conceitos da evasão na Educação
Superior; identificar, a partir da análise das informações, as temáticas abordadas, buscando as
categorias a serem utilizadas na análise dos conteúdos (Bardin, 1977); identificar as causas da
evasão nos cursos, a partir da análise dos dados quantitativos e qualitativos, dos alunos
desistentes que ingressaram na faculdade no período de 2014 a 2020, e que estão registrados
As causas de evasão dos cursos de graduação de uma universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de enfrentamento
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 4
em três bases de dados institucionais da IES; e, por último, tratar e relacionar as informações
dessas três bases de dados institucionais, caracterizando o perfil dos alunos desistentes dos
cursos da IES, na busca de identificar e compreender o problema, suas causas e as possíveis
contribuições para a gestão da faculdade pensar e implementar políticas públicas voltadas ao
enfrentamento desse problema.
Conceito de evasão
O termo evasão não se resume apenas à perda de alunos nos diversos níveis de ensino,
mas pode gerar além de consequências acadêmicas, também sociais e econômicas (Bradley;
Migali, 2019; Hashimoto, 2023). As preocupações com os índices de evasão nas instituições de
ensino superior têm levado à realização de estudos e pesquisas para compreender suas causas e
propor estratégias de prevenção e intervenção (Silva, 2013).
As pesquisas sobre evasão no Brasil dividem-se em dois grupos: evasão no sistema
escolar como um todo e evasão em universidades públicas (Silva, 2013). O governo brasileiro
investiu na expansão do acesso ao ensino superior por meio de políticas públicas como o FIES
e o PROUNI (Brasil, 2001; Brasil, 2004). Santos Jr. e Real (2017) destacam que a expansão das
universidades brasileiras a partir da década de 1990 não resultou em melhoria no quadro da
evasão.
A evasão pode ser mensurada em termos de evasão anual e evasão total. Na primeira, é
medida a percentagem de alunos matriculados em um sistema de ensino, que não tendo se
formado, também não se matriculou no ano ou semestre seguinte. Na segunda, é mensurado o
número de estudantes que, tendo entrado num determinado curso, IES ou sistema de ensino,
não obteve o diploma ao final do período de estudo (Silva Filho et al., 2007).
A Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão nas Universidades Públicas Brasileiras
(Andifes; Abruem; Sesu/Mec, 1996) apresenta três tipos de evasão: evasão do curso, evasão da
instituição e evasão do sistema. Hashimoto (2023) informa que a evasão do curso está associada
ao desligamento ou abandono do curso, ou seja, quando o estudante não realiza sua matrícula,
formaliza a desistência ou a transferência de curso; a evasão da instituição está relacionada ao
desligamento ou abandono da instituição, mas com permanência no ensino superior; e, a evasão
do sistema está relacionada ao abandono definitivo ou temporário do ensino superior.
De acordo com Vitelli e Fritsch (2016), a utilização do termo "evasão" está vinculada a
diversas perspectivas, temporalidades, granularidades e fórmulas, manifestando-se em
diferentes concepções e aplicações nas produções acadêmicas. Essa diversidade, conforme
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI e Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 5
indicado pelos autores, está também relacionada à autonomia das instituições de ensino no
desenvolvimento de seus próprios indicadores de gestão, considerando as particularidades que
as caracterizam. Silva Filho e Lobo (2012) afirmam que não existe uma fórmula ideal, pois o
cálculo da evasão está sujeito aos critérios e metodologias adotados, corroborando com a
perspectiva apresentada por Vitelli e Fritsch (2016).
Ristoff (1999) destaca a evasão como um fenômeno que guarda relação com a vida
social e institucional. Os motivos internos da evasão compreendem questões relacionadas aos
recursos humanos, elementos didático-pedagógicos e infraestrutura, enquanto as causas
externas estão relacionadas a aspectos socioeconômicos (Coimbra; Silva; Costa, 2021).
Almeida e Schimiguel (2011), Lobo (2012), Silva (2013), Sales Junior et al. (2016) e
Davok e Bernard (2016) reforçam essas causas internas da evasão, acrescentando ainda
questões de ordem pessoal dos alunos, relacionados a questões financeiras, de escolha da
profissão, saúde e desempenho no curso. Almeida, Soares e Ferreira (2002) mencionam também
a insatisfação e falta de motivação dos estudantes com a instituição, devido aos cursos que não
correspondem à primeira opção no vestibular.
Diversos autores apontam para a importância do acompanhamento e suporte aos
estudantes como forma de prevenir a evasão. O apoio psicopedagógico, a orientação acadêmica,
a criação de programas de tutoria, a qualidade do ensino e a adequação dos cursos às demandas
do mercado de trabalho são fatores relevantes na redução da evasão e, consequentemente,
medidas eficazes para melhorar a retenção dos alunos (Almeida; Soares; Ferreira, 2002).
Outros fatores relacionados à evasão são as condições socioeconômicas dos estudantes,
como a falta de recursos financeiros para se manterem nos estudos. Os programas de assistência
estudantil, como bolsas de estudo e auxílio financeiro, podem contribuir para mitigar essas
dificuldades socioeconômicas e reduzir a evasão (Silva Filho et al., 2007)
É importante ressaltar que as causas e os contextos da evasão podem variar de acordo
com a instituição e o nível de ensino. Portanto, é fundamental que cada instituição realize
estudos e análises específicas para compreender a evasão em seu contexto e desenvolva
estratégias de intervenção adequadas (Vitelli; Fritsch, 2016).
As causas de evasão dos cursos de graduação de uma universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de enfrentamento
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 6
Aspectos metodológicos
Este estudo foi realizado numa faculdade que atende 3.300 estudantes, sendo 2.400 de
graduação e 900 de pós-graduação. Foram analisados dados dos alunos desistentes dos 10
cursos de graduação oferecidos pela faculdade, nas três grandes áreas do conhecimento:
ciências biológicas, exatas e humanas, relacionados no quadro 1:
Quadro 1 - Cursos de Graduação ofertados pela Faculdade.
Período
Modalidade
Área
Integral
Bacharelado
Exatas
Integral e Noturno
Bacharelado e Licenciatura
Biológicas
Integral e Noturno
Bacharelado e Licenciatura
Biológicas
Vespertino/Noturno
Bacharelado e Licenciatura
Exatas
Noturno
Licenciatura
Exatas
Integral
Bacharelado
Exatas
Noturno
Licenciatura
Humanas
Integral e Noturno
Bacharelado
Humanas
Noturno
Bacharelado e Licenciatura
Exatas
Noturno
Bacharelado
Exatas
Fonte: Elaboração dos autores.
Para a coleta dos dados, foram utilizados: 1) o Sistema Institucional de Graduação da
IES, responsável pelo controle e armazenamento de todos os registros e ocorrências acadêmicas
dos alunos da IES, extraindo-se informações dos alunos evadidos que ingressaram por
vestibular nos anos de 2014 a 2020; 2) as informações institucionais de um questionário
socioeconômico com 29 questões respondidas pelos alunos quando da efetivação da inscrição
para o vestibular; 3) as informações institucionais de um questionário on-line para coleta das
causas de evasão, desenvolvido e aplicado pela Pró-reitoria de Graduação da IES, com o
objetivo de coletar respostas voluntárias dos estudantes evadidos, quanto as causas específicas
da sua desistência, bem como avançar na definição de suas causas e promover ações para
combatê-las (Massini-Cagliari et al., 2020).
Portanto, para iniciar a análise e caracterizar o perfil dos estudantes que abandonaram
os estudos, optamos por uma abordagem quanti-qualitativa. Inicialmente, realizamos uma
revisão bibliográfica para construir o referencial teórico relacionado ao fenômeno da evasão.
Posteriormente, conduzimos uma pesquisa de campo por meio da análise de conteúdo,
utilizando como fundamentação as informações disponíveis sobre o tema nas três bases de
dados institucionais da IES.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI e Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 7
A análise de conteúdo, conforme Bardin (1977), representa uma metodologia
instrumental aplicável a diversos discursos e formas de comunicação, independentemente da
natureza do suporte utilizado. Essa cnica compreende três fases essenciais: pré-análise,
exploração do material e tratamento dos resultados.
A organização dos dados nessa etapa inicial da pré-análise resultou na criação de três
planilhas, cada uma correspondente a uma das bases de dados institucionais utilizadas na
pesquisa. Essas planilhas consolidaram informações de 3.667 estudantes que ingressaram
durante o período de recorte. Todos os desistentes até a data-base, que foram admitidos por
meio do vestibular nos anos abrangidos pelo estudo, foram considerados como público-alvo
desta pesquisa, totalizando 1.345 alunos que abandonaram algum curso de graduação na
faculdade. Dentre os alunos desistentes, 144 participaram voluntariamente do questionário on-
line que abordava as causas da evasão nos cursos.
Na etapa seguinte foi realizada a exploração das informações presentes nas planilhas,
visando elaborar métodos de codificação, classificação e categorização. O propósito era
relacionar os dados, utilizando o registro acadêmico de cada aluno, resultando numa planilha
consolidada que abarcou todas as informações essenciais para alcançar os objetivos
estabelecidos.
Na fase de tratamento e interpretação dos dados, examinamos os resultados brutos com
o objetivo de conferir-lhes significado por meio da análise e interpretação das informações
coletadas e organizadas. Classificamos os motivos da evasão em fatores internos, externos e
pessoais (Coimbra; Silva; Costa, 2021). Os fatores internos estão associados às condições de
infraestrutura institucional, os externos relacionam-se a aspectos sócio-políticos e econômicos,
enquanto os pessoais estão ligados a questões financeiras, escolha da profissão, saúde e
desempenho no curso.
Assim, foi possível identificar os motivos da evasão, traçando o perfil dos alunos
evadidos e disponibilizando informações para a gestão da faculdade pensar em propostas de
implementação de políticas públicas de permanência estudantil.
As causas de evasão dos cursos de graduação de uma universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de enfrentamento
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 8
O perfil dos alunos evadidos
Constatamos que 36,7% (1.345 alunos) do total de 3.667 alunos ingressantes por meio
do vestibular nos cursos da faculdade entre os anos de 2014 e 2020 tinham desistido do curso
até a data-base da coleta dos dados (17/07/2022). Os cursos de Meteorologia, Física,
Matemática e Educação Física Integral apresentaram os mais elevados índices médios de evasão
durante o período, registrando taxas de 61,5% (Meteorologia), 57,3% (Física), 43,4%
(Matemática) e 37,8% (Educação Física Integral), ou seja, com valores que superaram a média
geral de evasão da faculdade, que foi de 36,7% (Hashimoto, 2023).
Destacamos que na turma que ingressou no ano de 2014, os cursos de Meteorologia,
Física e Matemática apresentaram alta taxa de evasão, sendo de 85,4%, 71,7% e 62,5%,
respectivamente.
De maneira geral, evidenciou-se que a evasão é mais expressiva nos dois primeiros anos
de cada curso, sendo notáveis os casos dos cursos de Ciência da Computação (50%),
Matemática (48%), Meteorologia (57,1%) e Química (50%). Nesses cursos, praticamente
metade dos alunos que ingressaram no ano de 2014 abandonaram o curso até o ano de 2015, ou
seja, até o final do segundo ano do curso.
Identificamos que a maioria dos alunos que abandonaram os estudos pertencia aos
cursos da modalidade licenciatura no período noturno, totalizando 23,49%, seguido pelos
cursos de bacharelado no período integral, com 22,45%, e bacharelado/licenciatura no período
vespertino/noturno, com 18,29%. Ao analisarmos as desistências conforme a área de
conhecimento e o período do curso, constatamos que os índices mais elevados de desistência
ocorreram nos cursos da área de ciências exatas, com 23,79% no período noturno e 17,17% no
período integral. Por outro lado, os cursos da área de ciências humanas apresentaram os
menores índices de desistência, tanto no período integral (4,54%) quanto no período noturno
(9,14%).
No que diz respeito às desistências conforme área de conhecimento e modalidade do
curso, observamos que o índice mais elevado foi registrado nos cursos da modalidade
bacharelado na área de ciências exatas, atingindo 25,28%, enquanto o menor índice de
desistências foi identificado nos cursos da modalidade bacharelado na área de ciências
biológicas, com 1,64%. Esses resultados, obtidos em nossa pesquisa, alinham-se aos
apresentados por Lobo (2012) e Davok e Bernard (2016).
A pesquisa indicou que a maioria dos alunos que abandonaram os estudos não havia
iniciado qualquer curso superior anteriormente. Em outras palavras, o curso do qual desistiram
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI e Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 9
representava a primeira experiência acadêmica no ensino superior para esses alunos.
Adicionalmente, observou-se que a maioria dos alunos desistentes dos cursos da faculdade
havia prestado o vestibular pelo menos uma vez, com alguns deles obtendo aprovação, mas
posteriormente desistindo do curso. Conclui-se, portanto, que muitos desses alunos
enfrentavam incertezas em relação à escolha do curso e, por conseguinte, em relação à carreira
profissional a seguir (Hashimoto, 2023).
Ao longo do período examinado, constatou-se que a predominância dos alunos que
desistiram era do sexo masculino, com idade entre 19 e 24 anos, abarcando 38,96% do total de
estudantes que abandonaram os cursos de graduação da faculdade. No caso de alunas, do sexo
feminino, o maior índice de desistências também se concentrou na faixa etária de 19 a 24 anos,
alcançando 22,16%.
Ao analisarmos a faixa etária, fica evidente que os índices de evasão estão em
conformidade com o número de ingressantes em cada faixa. Existe uma maior quantidade de
alunos matriculados nas faixas etárias mais jovens, particularmente até os 24 anos de idade. Em
relação ao sexo, observa-se que a evasão é mais prevalente também entre os alunos do sexo
masculino, independentemente da faixa etária, conforme corroborado pelos estudos de Silva et
al. (2022).
Constatou-se que, durante o período analisado, o maior número de desistências ocorreu
entre alunos do sexo masculino e de cor branca, representando 44,79% do total de alunos
desistentes. Dentre os alunos desistentes que ingressaram nos cursos de graduação entre os anos
de 2014 e 2020, 32,94% são do sexo masculino e concluíram o ensino médio em escolas
privadas. Em relação às variáveis sexo e tipo de escola de conclusão do ensino médio, observa-
se um equilíbrio na quantidade de evadidos por tipo de ensino, embora em maior proporção
para alunos do sexo masculino. Estes dados estão em consonância com estudos realizados por
Davok e Bernard (2016).
Também analisamos a evasão dos alunos de acordo com o sistema de ingresso adotado
no vestibular. O projeto da IES aprovado estabelecia que, em um período de cinco anos, 50%
das vagas oferecidas no vestibular seriam destinadas ao Sistema Universal (SU) com alunos
provenientes de escolas particulares, enquanto os outros 50% seriam reservados para estudantes
que cursaram integralmente o ensino médio em Escolas Públicas (EP).
Dentro das vagas destinadas aos alunos de escolas públicas, 65% seriam reservadas para
alunos autodeclarados brancos ou amarelos (SU), e 35% seriam destinadas a alunos
autodeclarados Pretos, Pardos e Indígenas (PPI). A IES tinha um prazo de cinco anos para
As causas de evasão dos cursos de graduação de uma universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de enfrentamento
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 10
atingir a meta de inclusão de 50% de estudantes provenientes de escolas públicas, com
percentuais específicos a serem alcançados a cada ano (Vasconcelos; Galhardo, 2016).
Com o aumento gradual das vagas reservadas no vestibular para alunos de escolas
públicas, de 15% para 50%, entre 2014 e 2018, observou-se também um aumento na taxa de
desistência nos sistemas de reserva de vagas para alunos de escolas públicas (EP e PPI). Em
2014, 43,57% dos 15% das vagas destinadas a alunos ingressantes que concluíram
integralmente o ensino médio em escolas públicas (EP e PPI) abandonaram o curso. No ano de
2020, essa porcentagem aumentou, chegando a 51,51% de evasão entre os 50% das vagas
reservadas para EP e PPI.
Uma grande parcela dos alunos desistentes dos cursos da faculdade declarou no
momento da inscrição para o vestibular, possuir uma renda mensal familiar entre 2,0 a 4,9 SM,
sendo que 16,58% dos alunos informaram que quatro pessoas viviam dessa renda declarada.
Além disso, identificamos que a maioria dos alunos desistentes não exercia nenhuma atividade
remunerada quando ingressou no curso e os seus gastos eram pagos pela família. Observamos
que a taxa de desistência é mais elevada entre os alunos que trabalhavam e eram o principal
responsável pelo sustento familiar, especialmente aqueles admitidos por meio dos sistemas de
reserva de vagas destinados a candidatos provenientes de escola pública (EP), em comparação
com os alunos que ingressaram pelo sistema universal (SU).
Por fim, em relação à forma como os alunos pretendiam se manter durante o curso, a
maioria dos alunos que desistiram dos cursos indicou a intenção de trabalhar, com percentuais
de 50,13% (EP), 49,80% (PPI) e 41,96% (SU). Vale ressaltar que 37,41% dos alunos do sistema
universal afirmaram que planejavam custear os estudos com recursos fornecidos pelos pais ou
responsáveis. Nos sistemas de reserva de vagas para alunos de escolas públicas (EP e PPI), essa
porcentagem foi menor, atingindo 23,04% no EP e 15,38% no PPI. Em contrapartida, uma
parcela significativa dos alunos dos sistemas de reserva de vagas (EP e PPI) indicou a intenção
de se manter na faculdade por meio de bolsas de estudo, com 22,28% no EP e 28,34% no PPI.
No caso dos alunos do sistema universal, a porcentagem relacionada a essa opção foi de
14,65%.
Com base nestes dados, e considerando trabalhos de autores como Lobo (2012) e Silva
et al. (2022), conclui-se que, em geral, os estudantes admitidos pelo sistema universal tendem
a apresentar uma situação financeira familiar mais favorável em comparação com aqueles que
ingressaram por meio das políticas públicas de ações afirmativas de cotas.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI e Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 11
As causas da evasão
A parte final desta pesquisa, foi organizar os dados do questionário on-line institucional,
composto por quatro questões fechadas, que foi elaborado e aplicado pela Pró-reitoria de
Graduação da IES, com a finalidade de coletar as causas de evasão da IES (Massini-Cagliari et
al., 2020). De um total de 1.345 estudantes que abandonaram os cursos de graduação na
faculdade analisada e que ingressaram por meio do vestibular entre os anos de 2014 e 2020,
144 alunos optaram por responder voluntariamente às quatro perguntas do formulário.
No que diz respeito à primeira pergunta, que abordava se a escolha de estudar nesta IES
foi a primeira opção do aluno, observou-se que, para a maioria dos estudantes que abandonaram
os cursos de Ciência da Computação, Educação Física Período Noturno e Psicologia Período
Integral, a IES não foi a primeira escolha.
A segunda questão centrou-se nos motivos principais pelos quais os estudantes optaram
por estudar na universidade, com a maioria indicando que a escolha foi motivada pelo fato de
ser uma universidade reconhecida e de qualidade. Uma exceção a esse padrão foi identificada
entre os alunos do Curso de Ciências Biológicas Período Noturno, no qual a maioria dos
estudantes que abandonaram indicou ter escolhido a instituição porque está localizada na cidade
onde residem (38,5%).
A terceira questão tinha como objetivo identificar se, durante o período em que
estiveram matriculados na universidade, os estudantes participaram de atividades relacionadas
a projetos de ensino, pesquisa ou extensão universitária. A maioria dos 144 alunos que
abandonaram os cursos informou que não se envolveu em atividades de ensino, pesquisa ou
extensão universitária. A distribuição percentual das respostas dos estudantes desistentes em
cada curso da instituição foi a seguinte: Ciência da Computação (100%), Ciências Biológicas
Período Noturno (83,3%), Educação Física Período Integral (100%), Educação Física
Período Noturno (66,7%), Física (86,1%), Matemática (81%), Meteorologia (71,4%),
Pedagogia (66,7%), Psicologia Período Integral (100%), Psicologia Período Noturno
(100%), Química (75%) e Sistemas de Informação (87,5%).
Entre os estudantes que desistiram e participaram de atividades durante sua matrícula, a
maioria se envolveu em monitoria, projetos de extensão e pesquisa. A análise desses dados
destaca a clara urgência da universidade aumentar os investimentos financeiros, bem como
estimular de maneira mais efetiva a participação direta dos alunos em iniciativas de ensino,
pesquisa ou extensão universitária.
As causas de evasão dos cursos de graduação de uma universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de enfrentamento
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 12
Na quarta e última questão do questionário virtual, as respostas foram agrupadas em
fatores internos, externos e pessoais, conforme categorização proposta por Coimbra, Silva e
Costa (2021). Os fatores internos estão associados às condições de infraestrutura institucional;
os externos referem-se a aspectos sócio-políticos e econômicos; e os pessoais envolvem
questões financeiras, escolha da profissão, saúde e desempenho no curso.
De modo geral, os fatores categorizados como pessoais foram os que apresentaram
maior incidência, sendo os principais motivos apontados pela maioria dos alunos que
abandonaram cada curso: insatisfação com a escolha profissional, insatisfação com o
rendimento acadêmico e problemas familiares e de saúde.
No que diz respeito aos fatores classificados como externos, os motivos mais
frequentemente mencionados pelos alunos da maioria dos cursos foram as dificuldades em
conciliar o trabalho com os estudos, questões financeiras e a distância entre a cidade de origem
e o campus universitário.
Em relação aos fatores classificados como internos, os motivos mais mencionados pelos
alunos que abandonaram a maioria dos cursos foram: falta de tempo para atividades acadêmicas
extracurriculares, dificuldade em acompanhar o conteúdo das disciplinas, insuficiência de
tempo para participar em atividades formativas, como pesquisa, estágios e cursos, escassez de
atividades práticas e problemas de infraestrutura. Vale ressaltar que um dos elementos também
identificados como fator interno para a evasão foi o excesso de aulas teóricas, associado à falta
de utilização de novas ferramentas de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC) como
metodologia de ensino.
No formulário, também havia a opção "Outros" com espaço para descrever um texto
livre. Com base no conteúdo dessas respostas, agrupamos esse motivo como um fator pessoal.
Muitos alunos que abandonaram o curso selecionaram essa opção e forneceram textos diversos
que não pudemos quantificar. No entanto, os temas mais comuns foram categorizados por
palavras-chave. Os motivos de evasão mais citados pelos estudantes que desistentes foram:
mudança para outro curso em outra universidade, transferência para outros campi ou cursos da
mesma instituição de ensino superior mais próximos à cidade de origem, problemas
relacionados à saúde mental e psicológica, participação em greves, dificuldades de
relacionamento com professores e falta de oportunidades de trabalho.
É relevante salientar que nos cursos de graduação ofertados no período noturno, os
motivos associados à falta de tempo para atividades acadêmicas extracurriculares e às
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI e Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 13
dificuldades em conciliar o trabalho com os estudos foram os mais frequentemente
mencionados pelos alunos que desistiram.
Planejamento de ações visando a prevenção da evasão
Com base nos resultados obtidos, torna-se evidente a urgência da IES alocar mais
recursos financeiros e promover ativamente a participação dos alunos em atividades de ensino,
pesquisa e extensão universitária. Além disso, é imperativo investir na preparação do corpo
docente para receber essas novas gerações "digitais" de estudantes que estão ingressando nas
universidades em uma era contemporânea altamente dinâmica e altamente conectada ao mundo
tecnológico. Ademais, é crucial investir em salas de aula inovadoras, providenciando materiais
didáticos e recursos tecnológicos, conforme sugerido por Hashimoto (2023).
Quanto aos elementos categorizados como fatores internos de evasão (Coimbra; Silva;
Costa, 2021), cabe à IES conceber iniciativas para reformular os Projetos Político-Pedagógicos
dos cursos, tornando-os mais atrativos, contemporâneos e modernos, com uma redução nas
aulas teóricas e uma ênfase maior em atividades práticas e extracurriculares.
Para lidar com os motivos de evasão vinculados aos fatores externos (Coimbra; Silva;
Costa, 2021) identificados pelos alunos que abandonaram, a IES necessitará buscar, junto à
Reitoria, alocar mais recursos financeiros. Isso visa assegurar diversas formas de apoio à
permanência estudantil, incluindo auxílios financeiros, investimentos na moradia estudantil e
na ampliação da oferta de refeições pelo restaurante universitário no campus.
Considerando que o orçamento da IES possivelmente não seja suficiente para atender
integralmente às necessidades de investimento na permanência estudantil, será necessário que
a IES promova e apoie ativamente a participação dos alunos, especialmente aqueles
provenientes de escolas públicas e de baixa renda, em atividades extracurriculares remuneradas,
tais como: projetos de ensino, extensão universitária, pesquisa, intercâmbios e estágios. Os
alunos podem ser incentivados a se candidatar a essas oportunidades por meio de editais
internos e externos da própria instituição, que são regularmente divulgados e, muitas vezes, têm
vagas não preenchidas devido à falta de candidatos.
Em relação aos motivos de evasão classificados como fatores pessoais (Coimbra; Silva;
Costa, 2021), a IES deverá implementar ações estratégicas para contribuir com as condições
psicossociais dos estudantes. Isso incluirá o estabelecimento de políticas de inclusão e
diversidade, assegurando que todos os alunos tenham acesso equitativo às oportunidades de
aprendizagem e desenvolvimento. Além disso, será necessário promover melhorias na saúde
As causas de evasão dos cursos de graduação de uma universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de enfrentamento
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 14
mental de maneira abrangente, fomentando o diálogo, ampliando discussões de forma
democrática, fortalecendo o relacionamento interpessoal e reduzindo conflitos entre professores
e alunos, bem como entre os próprios colegas.
Para combater a evasão decorrente de questões pessoais vinculadas ao desempenho
acadêmico, uma medida necessária a ser implementada em colaboração com a área de
informática da universidade seria a proposição do desenvolvimento de um sistema equipado
com algoritmos de inteligência artificial. Esse sistema teria como objetivo rastrear o
desempenho acadêmico de alunos que se evadiram e daqueles que estão em processo de
evasão. Essa abordagem visa identificar possíveis casos antes que se concretizem, permitindo
a implementação de ações preventivas e de orientação pedagógica, por meio de tutorias,
monitorias, mentorias e oferta de disciplinas de nivelamento na formação básica (Hashimoto,
2023). Dessa forma, seria possível mitigar o problema destacado nesta pesquisa, relacionado à
elevada evasão nos primeiros anos do curso, ampliando as oportunidades para o pleno
desenvolvimento e a permanência dos alunos na faculdade.
Será essencial intensificar os esforços na promoção dos cursos e da IES por meio da
realização de visitas monitoradas ao campus, eventos com egressos bem-sucedidos no mercado
de trabalho e participação em feiras de profissões. Essas iniciativas visam proporcionar à
comunidade interna e externa, especialmente aos alunos que estão concluindo o Ensino Médio,
a oportunidade de conhecer as características distintivas dos cursos oferecidos. Tal enfoque
busca auxiliar na tomada de decisão quanto à escolha da carreira a ser seguida, contribuindo
para evitar a evasão motivada pela insatisfação com a escolha profissional.
Por fim, com o intuito de assegurar a permanência dos alunos matriculados que
expressam insatisfação com a escolha do curso de ingresso, é necessário buscar alternativas
legais junto à IES para simplificar e facilitar a permuta de vagas, além de promover a
transferência interna entre os cursos. Esse esforço implica desburocratizar o processo,
proporcionando opções viáveis para que os alunos possam encontrar uma área que melhor
corresponda aos seus interesses e habilidades, conforme já mencionado por Hashimoto (2023).
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI e Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 15
Considerações finais
Este estudo abrangeu as turmas de ingresso nos vestibulares dos anos de 2014 a 2020,
o que limitou a análise do impacto direto da pandemia da Covid-19 na evasão dos cursos da
IES. Considerando as mudanças significativas no cenário educacional decorrentes da pandemia,
é recomendável dar continuidade à pesquisa com as turmas que ingressaram durante e após esse
período pandêmico. Estudos recentes indicam que o isolamento social e algumas adaptações
implementadas na metodologia de ensino das disciplinas que foram extremamente necessárias
durante a pandemia, podem influenciar nos atuais índices e causas de evasão, especialmente em
aspectos relacionados à saúde mental dos alunos.
Os resultados apresentados neste estudo revelaram que o maior índice de desistências
ocorreu nos cursos de licenciatura do período noturno, de bacharelado com licenciatura do
período vespertino/noturno e de bacharelado do período integral. Ao analisar as desistências
por área e período do curso, observou-se que os cursos da área de ciências exatas tiveram os
maiores índices de evasão, tanto no período integral quanto no período noturno. Dentre os
cursos da área de ciências exatas, os da modalidade de bacharelado apresentaram o maior índice
de evasão.
Foi identificado, ainda, que a maioria dos alunos desistentes é do sexo masculino, com
idade entre 19 e 24 anos, prevalecendo a predominância também em outras faixas etárias. As
alunas do sexo feminino, de igual modo, apresentaram um número significativo de desistências
na faixa etária de 19 a 24 anos. Dessa forma, pode-se concluir que uma maior tendência de
desistência entre os alunos do sexo masculino, independentemente da faixa etária.
Observamos um crescimento gradual no número de alunos matriculados por meio de
vagas reservadas para estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas e, também,
para estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas. Contudo, também foi constatado um
aumento no índice de desistência nesses sistemas de reserva de vagas em relação ao sistema
universal. Esse cenário foi evidenciado especialmente nos cursos da área de ciências exatas,
com destaque para as desistências no sistema de reserva de vagas para os estudantes
autodeclarados pretos, pardos e indígenas.
Verificamos ainda que a maior porcentagem de evasão ocorre entre os alunos que não
residem em seu município de origem, sendo a maioria proveniente de outras cidades do estado
de São Paulo, revelando ainda mais a complexidade e os desafios do combate a evasão.
Concluímos, portanto, que a evasão no ensino superior é um problema que demanda
atenção e esperamos que este estudo contribua para a reflexão sobre esse fenômeno, fornecendo
As causas de evasão dos cursos de graduação de uma universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de enfrentamento
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 16
subsídios para futuras pesquisas e implementação de estratégias de políticas públicas de
permanência estudantil eficazes para minimizar o problema. É fundamental promover um
ambiente acadêmico acolhedor, investir em suporte psicossocial e adotar novas metodologias
de ensino, proporcionando maior acesso às oportunidades de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, J. B.; SCHIMIGUEL, J. Avaliação sobre as causas da evasão escolar no Ensino
Superior: estudo de caso no curso de Licenciatura em Física no Instituto Federal do
Maranhão. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 167–178, 2011.
Disponível em: https://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/64.
Acesso em: 10 nov. 2023.
ALMEIDA, L. S.; SOARES, A. P. C.; FERREIRA, J. A. Questionário de vivências
acadêmicas (QVA-r): avaliação do ajustamento dos estudantes universitários. Avaliação
Psicológica, Porto Alegre, v. 1, n. 2, p. 81-93, nov. 2002. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
04712002000200002&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 10 nov. 2023.
ANDIFES, A.; ABRUEM, A.; SESU/MEC, S. Diplomação, retenção e evasão nos cursos de
graduação em instituições de ensino superior públicas: resumo do relatório apresentado a
ANDIFES, ABRUEM e SESu/MEC pela Comissão Especial. Avaliação: Revista da
Avaliação da Educação Superior, Sorocaba, SP, v. 1, n. 2, 1996. Disponível em:
https://periodicos.uniso.br/avaliacao/article/view/739. Acesso em: 10 nov. 2023.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BRADLEY, S.; MIGALI, G. The effects of the 2006 tuition fee reform and the great recession
on university student dropout behaviour in the UK. Journal of Economic Behavior &
Organization, v. 164, p. 331-356, 2019. Disponível em:
https://econpapers.repec.org/article/eeejeborg/v_3a164_3ay_3a2019_3ai_3ac_3ap_3a331-
356.htm. Acesso em: 10 nov. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino
Superior (FIES). Brasília, DF, 2001. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10260compilado.htm. Acesso em: 12
jan. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Programa Universidade para Todos (PROUNI).
Brasília, DF, 2004. Disponível em: https://acessounico.mec.gov.br/prouni/duvidas#o-prouni.
Acesso em: 12 jan. 2023.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Resumo técnico do Censo da Educação Superior 2019. Brasília, DF, 2021. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/estatisticas_e_indicadores/resumo_tec
nico_censo_da_educacao_superior_2019.pdf. Acesso em: 11 jan. 2023.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI e Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 17
COIMBRA, C. L.; SILVA, L. B. E.; COSTA, N. C. D. A evasão na educação superior:
definições e trajetórias. Educação e Pesquisa, v. 47, p. e228764, 2021. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ep/a/WRKk9JVNBnJJsnNyNkFfJQj/?format=pdf&lang=pt. Acesso
em: 20 nov. 2023.
DAVOK, D. F.; BERNARD, R. P. Avaliação dos índices de evasão nos cursos de graduação da
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. Avaliação: Revista da Avaliação da
Educação Superior, v. 21, n. 2. p. 503-521, 2016. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/aval/a/5VJRg7PrXDTQ5mYXK95rh8r/abstract/?lang=pt. Acesso em:
10 nov. 2023.
GARCIA, L. M. L. S.; LARA, D. F.; ANTUNES, F. Investigação e análise da evasão e seus
fatores motivacionais no Ensino Superior: um estudo de caso na Universidade do Estado de
Mato Grosso. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 26, p. 112-136,
2021. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/thxzBNWwkN5bHpSH7cFcmFg/#.
Acesso em: 10 nov. 2023.
HASHIMOTO, M. S. O perfil dos alunos evadidos dos cursos de graduação da Faculdade
de Ciências – Câmpus de Bauru – Unesp e as possíveis contribuições para políticas
voltadas ao enfrentamento desse problema na educação superior pública. Orientador:
Maria da Graça Mello Magnoni. 2023. 136 f. Dissertação (Mestrado em Mídia e Tecnologia)
– Universidade Estadual Paulista, Bauru, SP, 2023. Disponível em:
https://repositorio.unesp.br/items/67bf2171-f249-40d8-ac70-07f86a1b64a9. Acesso em: 18
jan. 2024.
LOBO, M. B. C. M. Panorama da evasão no ensino superior brasileiro: aspectos gerais das
causas e soluções. In: HORTA, C. E. R. (org.). Evasão no Ensino Superior. Brasília, DF:
Cadernos ABMES, 2012, n. 25, p. 9-58.
MASSINI-CAGLIARI, G.; BARREIRO, I. M. F.; PUTTI, F. F.; VIDOTTI, S. A. B. G.;
LEMKE, N.; DOMINGUES, M. A. C.; SILVA, R. C.; HASHIMOTO, M. S. Causas da evasão
na graduação da Unesp. In: VALENTINI, S. R.; NOBRE, S. R. (org.). Universidade em
Transformação - Lições das crises. 1. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2020, v. 1, p. 231-246.
RISTOFF, D. I. Considerações sobre evasão. In: RISTOFF, D. I. Universidade em foco:
reflexões sobre a educação superior. Florianópolis: Insular, 1999. p. 119-130.
SALES JUNIOR, J. S.; BRASIL, G. H.; CARNEIRO, T. C. J.; CORASSA, M. A. C. Fatores
associados à evasão e conclusão de cursos de graduação presenciais na UFES. Meta
Avaliação, v. 8, n. 24, 2016. Disponível em:
https://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/view/1073. Acesso em: 10
nov. 2023.
SANTOS, J. S.; REAL, G. C. M. A evasão na educação superior: o estado da arte das
pesquisas no Brasil a partir de 1990. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação
Superior, v. 22, n. 2, p. 385–402, 2017. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/aval/a/GMZgPdKRPFGHKcfRrZ6kXKf/abstract/?lang=pt#. Acesso
em: 20 nov. 2023.
As causas de evasão dos cursos de graduação de uma universidade pública estadual e as possíveis políticas públicas de enfrentamento
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 18
SILVA, D. B.; FERRE, A. A. O.; GUIMARÃES, P. S.; LIMA, R.; ESPINDOLA, I. B. Evasão
no ensino superior público do Brasil: estudo de caso da Universidade de São Paulo.
Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 27, p. 248-259, 2022.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/aval/a/KJr3VDQdmbJtXJXYzMJVjcw/. Acesso em:
12 jun. 2023.
SILVA, G. P. Análise de Evasão no Ensino Superior: uma proposta de diagnóstico de seus
determinantes. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 18, n. 2, p. 311-
333, 2013. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/aval/a/7wW3qTf6LqYqhnHjnqXN5Td/abstract/?lang=pt#. Acesso em:
10 nov. 2023.
SILVA FILHO, R. L. L.; MOTEJUNAS, P. R.; HIPÓLITO, O.; LOBO, M. B. C. M. A evasão
no Ensino Superior Brasileiro. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 132, 2007. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/cp/a/x44X6CZfd7hqF5vFNnHhVWg/?format=pdf&lang=pt. Acesso
em: 10 nov. 2023.
SILVA FILHO, R. L. L.; LOBO, M. B. C. M. Esclarecimentos metodológicos sobre os
cálculos de evasão. Instituto Lobo de Pesquisa e Gestão Educacional, n. 81, 2012. Disponível
em: https://www.institutolobo.org.br/core/uploads/artigos/art_078.pdf. Acesso em:
13 jan. 2023.
VASCONCELOS, M. S.; GALHARDO, E. O programa de inclusão na UNESP: valores,
contradições e ações afirmativas. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, SP, v. 11, n. esp. 1, p. 285–306, 2016. DOI: 10.21723/RIAEE.v11.esp.1.p285.
Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/8553. Acesso
em: 20 nov. 2023.
VITELLI, R. F.; FRITSCH, R. Evasão escolar na Educação Superior: de que indicador
estamos falando? Estudos em Avaliação Educacional, v. 27, n. 66, p. 908-937, set./dez.
2016. Disponível em: https://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/4009. Acesso em: 10 nov.
2023.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI e Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 19
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não aplicável.
Aprovação ética: O trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da IES e
dispensado de avaliação conforme orientam as resoluções vigentes (466/12 e 510/16 do
CNS e Sistema CEP/Conep), tendo em vista que não houve intervenção e nem coleta de
dados diretamente com seres humanos pelos autores, pois as informações trabalhadas
encontram-se no banco de dados da IES.
Disponibilidade de dados e material: Os dados utilizados no trabalho podem ser
solicitados por e-mail aos autores.
Contribuições dos autores: Marcelo Setsuo Hashimoto: Coleta, tabulação e interpretação
dos dados. Pesquisa do referencial teórico. Análise, construção e revisão do texto; Maria da
Graça Mello Magnoni: Pesquisa do referencial teórico. Análise, construção, revisão e
sugestões de melhorias no texto. Vera Lucia Messias Fialho Capellini: Pesquisa do
referencial teórico. Análise, construção, revisão e sugestões de melhorias no texto.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 1
LAS CAUSAS DE LA DESERCIÓN DE LOS ESTUDIOS DE GRADO EN UNA
UNIVERSIDAD PÚBLICA ESTATAL Y LAS POSIBLES POLÍTICAS PÚBLICAS
PARA ENFRENTARLA
AS CAUSAS DE EVASÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE
PÚBLICA ESTADUAL E AS POSSÍVEIS POLÍTICAS PÚBLICAS DE
ENFRENTAMENTO
THE CAUSES OF DROPOUT FROM UNDERGRADUATE COURSES AT A PUBLIC
STATE UNIVERSITY AND POSSIBLE PUBLIC POLICIES TO FIGHT IT
Marcelo Setsuo HASHIMOTO 1
e-mail: marcelo.hashimoto@unesp.br
Maria da Graça Mello MAGNONI 2
e-mail: mgm.magnoni@unesp.br
Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI 3
e-mail: vera.capellini@unesp.br
Cómo hacer referencia a este artículo:
HASHIMOTO, M. S.; MAGNONI, M. G. M.; CAPELLINI, V. L.
M. F. Las causas de la deserción de los estudios de grado en una
universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para
enfrentarla. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662
| Enviado en: 23/11/2023
| Revisiones requeridas en: 11/01/2024
| Aprobado el: 12/03/2024
| Publicado el: 20/07/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad Estatal Paulista (UNESP), Bauru SP Brasil. Estudiante de doctorado en Medios y Tecnología.
2
Universidad Estatal Paulista (UNESP), Bauru SP Brasil. Profesora Doctora en el Departamento de Educación.
3
Universidad Estatal Paulista (UNESP), Bauru SP Brasil. Profesora Titular Departamento de Educación.
Las causas de la deserción de los estudios de grado en una universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para enfrentarla
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 2
RESUMEN: La deserción escolar es un fenómeno complejo que afecta a las instituciones de
educación superior públicas y privadas, y es una de las principales preocupaciones de los
gestores e investigadores en el campo de la educación. El objetivo fue identificar las causas del
abandono estudiantil de estudiantes que ingresaron a cursos de pregrado entre 2014 y 2020, en
una facultad de una universidad pública del Estado de São Paulo, buscando un diagnóstico
favorable para la planificación de políticas públicas. Utilizando una metodología cuanti-
cualitativa, se demostró que, en general, las tasas del abandono estudiantil son mayores en los
dos primeros años de cada curso, siendo que la mayoría de los estudiantes abandonan los cursos
del área de ciencias exactas, modalidad de licenciatura y clases nocturnas. Los principales
motivos del abandono fueron: insatisfacción con mi elección profesional, problemas familiares
y de salud, dificultades económicas, demasiadas clases teóricas y falta de uso de nuevas
metodologías de enseñanza.
PALABRAS CLAVE: Enseñanza superior. Universidad Pública. Deserción estudiantil.
Permanencia de los estudiantes.
RESUMO: A evasão é um fenômeno complexo que afeta as instituições de ensino superior
públicas e privadas, constituindo-se em grande preocupação para os gestores e pesquisadores
da área de educação. O objetivo deste estudo foi identificar as causas da evasão de alunos que
ingressaram nos anos de 2014 a 2020, nos cursos de graduação de uma faculdade pertencente
à uma universidade pública do Estado de São Paulo, visando a um diagnóstico favorável ao
planejamento de políticas públicas de enfrentamento. Usando uma metodologia quanti-
qualitativa, ficou demonstrado que, em geral, a evasão é maior nos dois primeiros anos de
cada curso, sendo a maioria dos alunos desistentes dos cursos da área de exatas, da
modalidade licenciatura e do período noturno. Os principais motivos de desistência foram:
insatisfação com a minha escolha profissional, problemas familiares e de saúde, dificuldades
financeiras, excesso de aulas teóricas e ausência de utilização de novas metodologias de
ensino.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino Superior. Universidade Pública. Evasão Estudantil.
Permanência Estudantil.
ABSTRACT: Dropout is a complex phenomenon that affects public and private higher
education institutions, constituting a major concern for managers and researchers in the field
of education. The objective of this study was to identify the causes of dropout among students
who entered undergraduate courses from 2014 to 2020 at a college belonging to a public
university in the State of São Paulo, aiming at a diagnosis favorable to the planning of public
policies to combat. Using a quantitative-qualitative methodology, it was demonstrated that, in
general, dropout rates are higher in the first two years of each course, with the majority of
students dropping out of courses in the exact sciences area, the degree modality and evening
classes. The main reasons for dropping out were: dissatisfaction with my professional choice,
family and health problems, financial difficulties, too many theoretical classes and lack of use
of new teaching methodologies.
KEYWORDS: Higher Education. Public university. Student Dropout. Student Permanence.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI y Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 3
Introducción
El presente estudio tuvo como objetivo comprender el concepto de deserción en la
educación superior, con el objetivo de identificar los motivos de deserción en los cursos de
graduación de una facultad perteneciente a una universidad pública multicampus del Estado de
São Paulo, donde a partir de la extracción de información académica de tres bases de datos
institucionales de la universidad, fue posible rastrear el perfil de los estudiantes abandonados
en los cursos de graduación. quienes ingresaron por examen de ingreso en los años 2014 a
2020, así como proponer acciones que puedan minimizar el problema y brindar subsidios para
que la gestión del colegio piense e implemente políticas públicas para la permanencia de los
estudiantes.
La deserción en las instituciones de educación superior (IES) es un desafío importante
que afecta tanto a las universidades públicas como privadas y compromete los objetivos
educativos, lo que plantea interrogantes sobre los recursos financieros invertidos y los
resultados alcanzados (García; Lara; Antunes, 2021). Es un fenómeno de múltiples factores,
que puede ocurrir con estudiantes de todos los contextos socioeconómicos y culturales, y es
necesario comprenderlo para crear alternativas de retención, apoyando a los estudiantes a
permanecer en la universidad y, en consecuencia, a tener éxito en sus cursos (Silva et al., 2022).
A partir de datos del Censo de Educación Superior 2019 (Brasil, 2021), que apuntan a
una tasa de deserción del 38% al final del tercer año, y sobre la importancia de la integración
académica y el apoyo pedagógico para la persistencia de los estudiantes, planteamos hipótesis
relacionadas con la elección de carrera e institución, sobre variables de estudiantes que ingresan
por cupos o por el sistema universal, así como relacionados con el perfil socioeconómico.
Objetivos
El objetivo general de este estudio fue identificar las causas de la deserción de los cursos
de graduación en una facultad perteneciente a una universidad pública multicampus del Estado
de São Paulo, con el fin de trazar un diagnóstico que favorezca la planificación de acciones
dirigidas a prevenir la deserción escolar, cuando no es el resultado de la aplicación de acciones
legales por parte de las IES. Y, específicamente, también pretendemos comprender los
conceptos de deserción en la Educación Superior; identificar, a partir del análisis de la
información, los temas abordados, buscando las categorías a utilizar en el análisis de los
contenidos (Bardin, 1977); identificar las causas de deserción en los cursos, a partir del análisis
Las causas de la deserción de los estudios de grado en una universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para enfrentarla
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 4
de datos cuantitativos y cualitativos, de los estudiantes que abandonaron la universidad en el
período 2014-2020, y que se encuentran registradas en tres bases de datos institucionales de la
IES; y, finalmente, tratar y relacionar la información de estas tres bases de datos institucionales,
caracterizando el perfil de los estudiantes que abandonaron los cursos de la IES, en un intento
por identificar y comprender el problema, sus causas y posibles aportes a la gestión de la
facultad para pensar e implementar políticas públicas dirigidas a enfrentar esta problemática.
Concepto de evasión
El término deserción no solo es la pérdida de estudiantes en diferentes niveles
educativos, sino que también puede generar consecuencias académicas, pero también sociales
y económicas (Bradley; Migali, 2019; Hashimoto, 2023). La preocupación por las tasas de
deserción en las instituciones de educación superior ha llevado a la realización de estudios e
investigaciones para comprender sus causas y proponer estrategias de prevención e intervención
(Silva, 2013).
La investigación sobre la deserción escolar en Brasil se divide en dos grupos: la
deserción en el sistema escolar en su conjunto y la deserción en las universidades públicas
(Silva, 2013). El gobierno brasileño ha invertido en la ampliación del acceso a la educación
superior a través de políticas públicas como la FIES y el PROUNI (Brasil, 2001; Brasil, 2004).
Santos Jr. y Real (2017) señalan que la expansión de las universidades brasileñas desde la
década de 1990 no se ha traducido en una mejora de la tasa de deserción.
La deserción escolar puede medirse en términos de deserción anual y deserción total.
En el primero, se mide el porcentaje de estudiantes matriculados en un sistema educativo, que
no se graduaron, tampoco se matricularon en el siguiente año o semestre. En el segundo, se
mide el número de estudiantes que, habiendo ingresado a un determinado curso, IES o sistema
educativo, no obtuvieron un diploma al final del período de estudios (Silva Filho et al., 2007).
La Comisión Especial de Estudios sobre Deserción en las Universidades Públicas
Brasileñas (Andifes; Abruem; Sesu/Mec, 1996) presenta tres tipos de deserción: deserción del
curso, deserción de la institución y deserción del sistema. Hashimoto (2023) informa que la
deserción del curso está asociada al despido o abandono del curso, es decir, cuando el estudiante
no se matricula, formaliza el retiro o traslado del curso; La deserción de la institución se
relaciona con el despido o abandono de la institución, pero con la permanencia en la educación
superior; y, la evasión del sistema está relacionada con el abandono permanente o temporal de
la educación superior.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI y Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 5
De acuerdo con Vitelli y Fritsch (2016), el uso del término "evasión" se vincula a
diversas perspectivas, temporalidades, granularidades y fórmulas, manifestándose en diferentes
concepciones y aplicaciones en las producciones académicas. Esta diversidad, como señalan
los autores, también se relaciona con la autonomía de las instituciones educativas en el
desarrollo de sus propios indicadores de gestión, considerando las particularidades que las
caracterizan. Silva Filho y Lobo (2012) afirman que no existe una fórmula ideal, ya que el
cálculo de la evasión está sujeto a los criterios y metodologías adoptadas, corroborando la
perspectiva presentada por Vitelli y Fritsch (2016).
Ristoff (1999) destaca la evasión como un fenómeno que se relaciona con la vida social
e institucional. Las causas internas de deserción comprenden cuestiones relacionadas con los
recursos humanos, los elementos didáctico-pedagógicos y la infraestructura, mientras que las
causas externas están relacionadas con aspectos socioeconómicos (Coimbra; Silva; Costa,
2021).
Almeida y Schimiguel (2011), Lobo (2012), Silva (2013), Sales Junior et al. (2016) y
Davok y Bernard (2016) refuerzan estas causas internas de deserción, añadiendo cuestiones
personales de naturaleza de los estudiantes, relacionadas con cuestiones económicas, elección
de profesión, salud y rendimiento en el curso. Almeida, Soares y Ferreira (2002) también
mencionan la insatisfacción y falta de motivación de los estudiantes con la institución, debido
a cursos que no corresponden a la primera opción en el examen de ingreso.
Varios autores señalan la importancia de monitorear y apoyar a los estudiantes como
una forma de prevenir la deserción escolar. El apoyo psicopedagógico, la orientación
académica, la creación de programas de tutoría, la calidad de la enseñanza y la adecuación de
los cursos a las demandas del mercado laboral son factores relevantes para reducir la deserción
escolar y, en consecuencia, medidas efectivas para mejorar la retención de los estudiantes
(Almeida; Soares; Ferreira, 2002).
Otros factores relacionados con la deserción escolar son las condiciones
socioeconómicas de los estudiantes, como la falta de recursos económicos para mantener sus
estudios. Los programas de asistencia estudiantil, como becas y ayuda financiera, pueden
contribuir a mitigar estas dificultades socioeconómicas y reducir la deserción escolar (Silva
Filho et al., 2007)
Es importante tener en cuenta que las causas y contextos de deserción escolar pueden
variar según la institución y el nivel educativo. Por lo tanto, es fundamental que cada institución
Las causas de la deserción de los estudios de grado en una universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para enfrentarla
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 6
realice estudios y análisis específicos para comprender la deserción escolar en su contexto y
desarrollar estrategias de intervención adecuadas (Vitelli; Fritsch, 2016).
Aspectos metodológicos
Este estudio se llevó a cabo en una universidad que atiende a 3.300 estudiantes, 2.400
de pregrado y 900 de posgrado. Se analizaron los datos de los estudiantes que abandonaron los
10 cursos de graduación ofrecidos por la facultad, en las tres grandes áreas del conocimiento:
ciencias biológicas, exactas y humanas, enumeradas en el cuadro 1:
Cuadro 1 - Cursos de Pregrado ofrecidos por la Facultad.
Periodo
Modo
Área
Integral
Bachillerato
Exacto
Tiempo Completo y
Noche
Grados y Licenciaturas
Biológicas
Tiempo Completo y
Noche
Grados y Licenciaturas
Biológicas
Vespertino/Nocturno
Grados y Licenciaturas
Exacto
Nocturno
Licenciatura
Exacto
Integral
Bachillerato
Exacto
Nocturno
Licenciatura
Humano
Tiempo Completo y
Noche
Bachillerato
Humano
Nocturno
Grados y Licenciaturas
Exacto
Nocturno
Bachillerato
Exacto
Fuente: Elaboración propia.
Para la recolección de datos se utilizaron: 1) el Sistema Institucional de Pregrado de la
IES, responsable del control y almacenamiento de todos los registros y ocurrencias académicas
de los estudiantes de la IES, extrayendo información de los estudiantes desertores que
ingresaron por examen de ingreso en los años 2014 a 2020; 2) la información institucional de
un cuestionario socioeconómico con 29 preguntas respondidas por los estudiantes al momento
de inscribirse en el examen de ingreso; 3) la información institucional de un cuestionario en
línea para recoger las causas de deserción, desarrollado y aplicado por el Decanato de Estudios
de Pregrado del IES, con el objetivo de recoger respuestas voluntarias de los estudiantes
desertores, respecto a las causas específicas de su deserción, así como avanzar en la definición
de sus causas y promover acciones para combatirlas (Massini-Cagliari et al., 2020).
Por lo tanto, para iniciar el análisis y caracterizar el perfil de los estudiantes que
abandonaron la escuela, se optó por un enfoque cuantitativo-cualitativo. Inicialmente, se realizó
una revisión bibliográfica para construir el marco teórico relacionado con el fenómeno de la
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI y Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 7
deserción escolar. Posteriormente, se realizó una investigación de campo a través del análisis
de contenido, a partir de la información disponible sobre el tema en las tres bases de datos
institucionales de la IES.
El análisis de contenido, según Bardin (1977), representa una metodología instrumental
aplicable a diversos discursos y formas de comunicación, independientemente de la naturaleza
del medio utilizado. Esta técnica consta de tres fases esenciales: el análisis previo, la
exploración del material y el tratamiento de los resultados.
La organización de los datos en esta etapa inicial del preanálisis resultó en la creación
de tres hojas de cálculo, cada una correspondiente a una de las bases de datos institucionales
utilizadas en la investigación. Estas hojas de cálculo consolidaron la información de 3,667
estudiantes que ingresaron durante el período de corte. Todos los desertores hasta la fecha base,
que fueron admitidos a través del examen de ingreso en los años cubiertos por el estudio, fueron
considerados como el público objetivo de esta investigación, totalizando 1.345 estudiantes que
abandonaron un curso de graduación en la universidad. Entre los estudiantes que abandonaron
la escuela, 144 participaron voluntariamente en el cuestionario en nea que abordó las causas
de la deserción en los cursos.
En la siguiente etapa, se exploró la información presente en las hojas de cálculo, con el
objetivo de desarrollar métodos de codificación, clasificación y categorización. El propósito era
relacionar los datos, utilizando el expediente académico de cada estudiante, dando como
resultado una hoja de cálculo consolidada que cubría toda la información esencial para alcanzar
los objetivos establecidos.
En la fase de tratamiento e interpretación de los datos, examinamos los resultados brutos
para darles sentido a través del análisis e interpretación de la información recopilada y
organizada. Clasificamos los motivos de deserción en factores internos, externos y personales
(Coimbra; Silva; Costa, 2021). Los factores internos están asociados a las condiciones de la
infraestructura institucional, los externos a aspectos sociopolíticos y económicos, mientras que
los personales están vinculados a cuestiones financieras, elección de profesión, salud y
desempeño en el curso.
Así, fue posible identificar los motivos de deserción, delineando el perfil de los
estudiantes desertores y brindando información para que la dirección de la universidad pensara
en propuestas para la implementación de políticas públicas para la permanencia de los
estudiantes.
Las causas de la deserción de los estudios de grado en una universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para enfrentarla
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 8
El perfil de los estudiantes que abandonan la escuela
Encontramos que el 36,7% (1.345 estudiantes) del total de 3.667 estudiantes que
ingresaron a los cursos universitarios entre 2014 y 2020 habían abandonado el curso en la fecha
base de la recopilación de datos (17/07/2022). Las carreras de Meteorología, Física, Matemática
y Educación Física Integral tuvieron las tasas promedio de deserción más altas durante el
periodo, registrando tasas de 61.5% (Meteorología), 57.3% (Física), 43.4% (Matemáticas) y
37.8% (Educación Física Integral), es decir, con valores que superaron el promedio general de
deserción universitaria, que fue de 36.7% (Hashimoto, 2023).
Destacamos que en la promoción que ingresó en 2014, las carreras de Meteorología,
Física y Matemática tuvieron una alta tasa de deserción, siendo de 85,4%, 71,7% y 62,5%,
respectivamente.
De maneira geral, evidenciou-se que a evasão é mais expressiva nos dois primeiros anos
de cada curso, sendo notáveis os casos dos cursos de Ciência da Computação (50%),
Matemática (48%), Meteorologia (57,1%) e Química (50%). Nesses cursos, praticamente
metade dos alunos que ingressaram no ano de 2014 abandonaram o curso até o ano de 2015, ou
seja, até o final do segundo ano do curso.
Se identificó que la mayoría de los estudiantes que abandonaron la escuela pertenecían
a los cursos de graduación en el período vespertino, totalizando el 23,49%, seguido por los
cursos de licenciatura en el período de tiempo completo, con el 22,45%, y el grado de
licenciatura/licenciatura en el período de la tarde/noche, con el 18,29%. Al analizar la deserción
según el área de conocimiento y el período del curso, encontramos que las mayores tasas de
deserción ocurrieron en los cursos de ciencias exactas, con 23,79% en el período vespertino y
17,17% en el período de tiempo completo. Por otro lado, los cursos del área de ciencias humanas
tuvieron las tasas de deserción más bajas, tanto a tiempo completo (4,54%) como vespertinos
(9,14%).
Con respecto a la deserción según área de conocimiento y modalidad del curso, se
observó que la tasa más alta se registró en los cursos de licenciatura en el área de ciencias
exactas, alcanzando el 25,28%, mientras que la tasa más baja de abandono se identificó en los
cursos de licenciatura en el área de ciencias biológicas, con 1,64%. Estos resultados, obtenidos
en nuestra investigación, están en nea con los presentados por Lobo (2012) y Davok y Bernard
(2016).
La encuesta indicó que la mayoría de los estudiantes que abandonaron la escuela no
habían comenzado previamente ninguna educación superior. En otras palabras, la carrera que
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI y Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 9
abandonaron representó su primera experiencia académica en educación superior para estos
estudiantes. Además, se observó que la mayoría de los estudiantes que abandonaron los cursos
universitarios ya habían realizado el examen de ingreso al menos una vez, y algunos de ellos
fueron aprobados, pero luego abandonaron el curso. Por lo tanto, se puede concluir que muchos
de estos estudiantes se enfrentaron a incertidumbres en cuanto a la elección del curso y, en
consecuencia, en relación con la carrera profesional a seguir (Hashimoto, 2023).
A lo largo del período examinado, se constató que el predominio de los estudiantes que
abandonaron la escuela fue del sexo masculino, con edades comprendidas entre 19 y 24 años,
constituyendo el 38,96% del total de estudiantes que abandonaron los cursos de graduación de
la universidad. En el caso de las alumnas, la mayor tasa de deserción también se concentró en
el grupo de edad de 19 a 24 años, alcanzando el 22,16%.
Al analizar el grupo de edad, se evidencia que las tasas de deserción escolar están de
acuerdo con el número de ingresantes en cada grupo. Hay una mayor cantidad de estudiantes
matriculados en los grupos de edad más jóvenes, particularmente hasta los 24 años de edad. En
cuanto al género, se observa que la deserción también es más prevalente entre los estudiantes
varones, independientemente del grupo de edad, como lo corroboran los estudios de Silva et al.
(2022).
Se encontró que, durante el período analizado, el mayor número de deserciones se
presentó entre los estudiantes del sexo masculino y blanco, representando el 44,79% del total
de deserciones. Entre los estudiantes desertores que ingresaron a cursos de pregrado entre 2014
y 2020, el 32,94% son hombres y completaron la enseñanza media en colegios privados. En
relación con las variables género y tipo de finalización de la enseñanza media, se observa un
equilibrio en el número de abandonos por tipo de enseñanza, aunque en mayor proporción para
los estudiantes varones. Estos datos están en línea con los estudios realizados por Davok y
Bernard (2016).
También se analizó la tasa de deserción de los estudiantes según el sistema de admisión
adoptado en el examen de ingreso. El proyecto IES aprobado establecía que, en un periodo de
cinco años, el 50% de las vacantes ofertadas en el examen de ingreso se asignarían al Sistema
Universal (SU) con alumnos de colegios privados, mientras que el otro 50% se reservaría para
alumnos que hubieran cursado íntegramente el bachillerato en Escuelas Públicas (EP).
Dentro de las vacantes asignadas a estudiantes de escuelas públicas, el 65% se reservaría
para estudiantes autodeclarados blancos o amarillos (SU), y el 35% se asignaría a estudiantes
autodeclarados negros, morenos e indígenas (PPI). La IES tenía un plazo de cinco años para
Las causas de la deserción de los estudios de grado en una universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para enfrentarla
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 10
alcanzar la meta de incluir al 50% de los estudiantes de escuelas públicas, con porcentajes
específicos que debían alcanzarse cada año (Vasconcelos; Galhardo, 2016).
Con el aumento paulatino del número de plazas reservadas en la prueba de acceso para
el alumnado de las escuelas públicas, del 15% al 50%, entre 2014 y 2018, también se produjo
un aumento de la tasa de abandono en los sistemas de reserva de plazas para los alumnos de los
centros públicos (EP y PPI). En 2014, el 43,57% del 15% de las vacantes asignadas a estudiantes
de nuevo ingreso que completaron completamente la enseñanza media en escuelas públicas (EP
y PPI) abandonaron la escuela. En 2020, este porcentaje aumentó, alcanzando el 51,51% de
abandono entre el 50% de las vacantes reservadas para EP y PPI.
Una gran parte de los estudiantes que abandonaron los estudios universitarios
declararon, al momento de la inscripción al examen de ingreso, tener un ingreso familiar
mensual entre 2,0 y 4,9 SM, y el 16,58% de los estudiantes informaron que cuatro personas
vivían de este ingreso declarado. Además, identificamos que la mayoría de los desertores no
tenían ninguna actividad remunerada cuando ingresaron al curso y sus gastos fueron pagados
por sus familias. Observamos que la tasa de deserción es mayor entre los estudiantes que
trabajaban y eran el principal sostén de la familia, especialmente los admitidos a través de los
sistemas de reserva de vacantes para candidatos de escuelas públicas (EP), en comparación con
los estudiantes que ingresaron a través del sistema universal (SU).
Finalmente, con relación a cómo los estudiantes pretendían mantenerse durante el curso,
la mayoría de los estudiantes que abandonaron los cursos indicaron su intención de trabajar,
con porcentajes del 50,13% (EP), 49,80% (PPI) y 41,96% (SU). Cabe destacar que el 37,41%
de los estudiantes del sistema universal manifestaron que planeaban pagar sus estudios con
recursos proporcionados por sus padres o tutores. En los sistemas de reserva de plazas para el
alumnado de las escuelas públicas (EP e PPI), este porcentaje fue menor, alcanzando el 23,04%
en el EP y 15,38% de PPI. Por otro lado, una proporción significativa de estudiantes en los
sistemas de reserva de vacantes (EP e PPI) intención de permanecer en la universidad a través
de becas, con un 22,28% en el EP y 28,34% en el PPI. En el caso de los estudiantes del sistema
universal, el porcentaje relacionado con esta opción fue del 14,65%.
A partir de estos datos, y considerando el trabajo de autores como Lobo (2012) y Silva
et al. (2022), se concluye que, en general, los estudiantes admitidos a través del sistema
universal tienden a tener una situación financiera familiar más favorable en comparación con
aquellos que ingresaron a través de políticas públicas de acción afirmativa de cuotas.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI y Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 11
Las causas de la deserción escolar
La parte final de esta investigación consistió en organizar los datos del cuestionario
institucional en línea, compuesto por cuatro preguntas cerradas, que fue elaborado y aplicado
por el Decano de Estudios de Grado de la IES, con el objetivo de recoger las causas de evasión
de la IES (Massini-Cagliari et al., 2020). De un total de 1.345 estudiantes que abandonaron los
cursos de pregrado en la facultad analizada y que ingresaron a través del examen de ingreso
entre 2014 y 2020, 144 estudiantes optaron por responder voluntariamente las cuatro preguntas
del formulario.
Con respecto a la primera pregunta, que se refería a si la elección de estudiar en esta IES
era la primera opción del estudiante, se observó que, para la mayoría de los estudiantes que
abandonaron las carreras de Computación, Educación Física – Período Vespertino y Psicología
– Tiempo Completo, la IES no fue la primera opción.
La segunda pregunta se centró en las principales razones por las que los estudiantes
eligieron estudiar en la universidad, y la mayoría indique la elección fue motivada por el
hecho de que es una universidad reconocida y de calidad. Una excepción a este patrón fue
identificada entre los estudiantes del Curso de Ciencias Biológicas – Período Vespertino, donde
la mayoría de los estudiantes que abandonaron indicaron haber elegido la institución por estar
ubicada en la ciudad donde viven (38,5%).
La tercera pregunta tuvo como objetivo identificar si, durante el período en que
estuvieron matriculados en la universidad, los estudiantes participaron en actividades
relacionadas con la docencia, la investigación o los proyectos de extensión universitaria. La
mayoría de los 144 estudiantes que abandonaron los cursos informaron que no estaban
involucrados en actividades de docencia, investigación o extensión universitaria. La
distribución porcentual de las respuestas de los desertores en cada curso de la institución fue la
siguiente: Informática (100%), Ciencias Biológicas Periodo Vespertino (83,3%), Educación
Física Tiempo Completo (100%), Educación Física Periodo Vespertino (66,7%), Física
(86,1%), Matemática (81%), Meteorología (71,4%), Pedagogía (66,7%), Psicología – Tiempo
Completo (100%), Psicología Periodo Vespertino (100%), Química (75%) y Sistemas de
Información (87,5%).
Entre los estudiantes que abandonaron la escuela y participaron en actividades durante
su matrícula, la mayoría se involucró en monitoreo, proyectos de extensión e investigación. El
análisis de estos datos pone de manifiesto la clara urgencia de que la universidad aumente las
Las causas de la deserción de los estudios de grado en una universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para enfrentarla
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 12
inversiones financieras, así como de estimular de manera más efectiva la participación directa
de los estudiantes en iniciativas de docencia, investigación o extensión universitaria.
En la cuarta y última pregunta del cuestionario online, las respuestas se agruparon en
factores internos, externos y personales, de acuerdo con la categorización propuesta por
Coimbra, Silva y Costa (2021). Los factores internos están asociados a las condiciones de la
infraestructura institucional; las externas se refieren a aspectos sociopolíticos y económicos; y
los personales tienen que ver con cuestiones financieras, elección de profesión, salud y
rendimiento en el curso.
En general, los factores categorizados como personales fueron los de mayor incidencia,
siendo las principales razones señaladas por la mayoría de los estudiantes que abandonaron
cada curso: insatisfacción con su elección profesional, insatisfacción con el rendimiento
académico y problemas familiares y de salud.
En cuanto a los factores clasificados como externos, los motivos más frecuentemente
mencionados por los estudiantes de la mayoría de los cursos fueron las dificultades para
conciliar el trabajo con los estudios, las cuestiones económicas y la distancia entre la ciudad de
origen y el campus universitario.
En cuanto a los factores clasificados como internos, las razones más mencionadas por
los estudiantes que abandonaron la mayoría de los cursos fueron: falta de tiempo para
actividades académicas extracurriculares, dificultad para seguir el contenido de las asignaturas,
tiempo insuficiente para participar en actividades de formación, como investigación, pasantías
y cursos, escasez de actividades prácticas y problemas de infraestructura. Cabe mencionar que
uno de los elementos también identificados como factor interno de deserción fue el exceso de
clases teóricas, asociado a la falta de uso de las nuevas herramientas de las Tecnologías de la
Información y la Comunicación (TIC) como metodología de enseñanza.
En el formulario, también había una opción "Otro" con espacio para describir un texto
libre. A partir del contenido de estas respuestas, agrupamos este motivo como un factor
personal. Muchos estudiantes que abandonaron el curso eligieron esta opción y proporcionaron
textos diversos que no pudimos cuantificar. Sin embargo, los temas más comunes se clasificaron
por palabras clave. Las razones de deserción más citadas por los estudiantes que abandonaron
fueron: el traslado a otro curso de otra universidad, el traslado a otros campus o cursos de la
misma institución de educación superior más cercana a la ciudad de origen, los problemas
relacionados con la salud mental y psicológica, la participación en huelgas, las dificultades en
las relaciones con los profesores y la falta de oportunidades laborales.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI y Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 13
Es relevante señalar que, en los cursos de graduación ofrecidos en horario nocturno, los
motivos asociados a la falta de tiempo para actividades académicas extracurriculares y las
dificultades para conciliar el trabajo con los estudios fueron los más frecuentemente
mencionados por los estudiantes que abandonaron la escuela.
Planificación de acciones dirigidas a prevenir la evasión
A partir de los resultados obtenidos, se evidencia la urgencia de las IES de destinar más
recursos financieros y promover activamente la participación de los estudiantes en actividades
de docencia, investigación y extensión universitaria. Además, es imperativo invertir en preparar
a los profesores para dar la bienvenida a estas nuevas generaciones "digitales" de estudiantes
que ingresan a las universidades en una era contemporánea altamente dinámica y conectada con
el mundo tecnológico. Además, es crucial invertir en aulas innovadoras, proporcionando
materiales didácticos y recursos tecnológicos, como sugiere Hashimoto (2023).
En cuanto a los elementos categorizados como factores internos de evasión (Coimbra;
Silva; Costa, 2021), corresponde a la IES diseñar iniciativas para reformular los Proyectos
Político-Pedagógicos de los cursos, haciéndolos más atractivos, contemporáneos y modernos,
con una reducción de las clases teóricas y un mayor énfasis en las actividades prácticas y
extracurriculares.
Para hacer frente a los motivos de evasión vinculados a factores externos (Coimbra;
Silva; Costa, 2021) identificados por los estudiantes que abandonaron la escuela, la IES deberá
buscar, con la Rectoría, destinar más recursos financieros. Esto tiene como objetivo garantizar
diversas formas de apoyo a la permanencia de los estudiantes, incluida la ayuda financiera, las
inversiones en viviendas para estudiantes y la expansión de la oferta de comidas por parte del
restaurante universitario en el campus.
Considerando que el presupuesto de la IES puede no ser suficiente para satisfacer
plenamente las necesidades de inversión en permanencia estudiantil, será necesario que la IES
promueva y apoye activamente la participación de los estudiantes, especialmente los de
escuelas públicas y de bajos ingresos, en actividades extracurriculares remuneradas, tales como:
proyectos docentes, extensión universitaria, investigación, intercambios y pasantías. Se puede
animar a los estudiantes a solicitar estas oportunidades a través de los propios avisos internos y
externos de la institución, que se publican regularmente y a menudo tienen vacantes sin cubrir
debido a la falta de candidatos.
Las causas de la deserción de los estudios de grado en una universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para enfrentarla
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 14
En cuanto a los motivos de evasión clasificados como factores personales (Coimbra;
Silva; Costa, 2021), las IES deben implementar acciones estratégicas para contribuir a las
condiciones psicosociales de los estudiantes. Esto incluirá el establecimiento de políticas de
inclusión y diversidad, asegurando que todos los estudiantes tengan un acceso equitativo a las
oportunidades de aprendizaje y desarrollo. Además, será necesario promover mejoras en la
salud mental de forma integral, fomentando el diálogo, ampliando las discusiones de forma
democrática, fortaleciendo las relaciones interpersonales y reduciendo los conflictos entre
docentes y alumnos, así como entre los propios compañeros.
Para combatir el abandono por cuestiones personales relacionadas con el rendimiento
académico, una medida necesaria a implementar en colaboración con el departamento de
informática de la universidad sería proponer el desarrollo de un sistema equipado con
algoritmos de inteligencia artificial. Este sistema tendría como objetivo hacer un seguimiento
del rendimiento académico de los estudiantes que ya han abandonado la escuela y de los que
están en proceso de abandono. Este enfoque tiene como objetivo identificar posibles casos antes
de que se materialicen, permitiendo la implementación de acciones preventivas y de orientación
pedagógica, a través de la tutoría, el seguimiento, la mentoría y el ofrecimiento de disciplinas
niveladoras en la formación básica (Hashimoto, 2023). De esta manera, se lograría mitigar la
problemática señalada en esta investigación, relacionada con la alta tasa de deserción en los
primeros años del curso, ampliando las oportunidades para el pleno desarrollo y permanencia
de los estudiantes en la universidad.
Será fundamental intensificar los esfuerzos para promover cursos e IES a través de
visitas monitoreadas a los campus, eventos con graduados exitosos en el mercado laboral y
participación en ferias de empleo. Estas iniciativas tienen como objetivo brindar a la comunidad
interna y externa, especialmente a los estudiantes que están terminando la escuela secundaria,
la oportunidad de conocer las características distintivas de los cursos que se ofrecen. Este
enfoque busca ayudar en la toma de decisiones sobre la elección de carrera a seguir,
contribuyendo a evitar la deserción motivada por la insatisfacción con la elección profesional.
Finalmente, con el fin de asegurar la permanencia de los estudiantes ya matriculados
que manifiestan su descontento con la elección del curso de admisión, es necesario buscar
alternativas legales con las IES para simplificar y facilitar el intercambio de vacantes, además
de promover la transferencia interna entre cursos. Este esfuerzo implica reducir la burocracia
en el proceso, brindando opciones viables para que los estudiantes puedan encontrar un área
que mejor se adapte a sus intereses y habilidades, como ya lo mencionó Hashimoto (2023).
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI y Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 15
Consideraciones finales
Este estudio abarcó las clases de ingreso en las pruebas de ingreso de 2014 a 2020, lo
que limiel análisis del impacto directo de la pandemia de Covid-19 en la deserción de las
IES. Teniendo en cuenta los cambios significativos en el escenario educativo producto de la
pandemia, se recomienda continuar la investigación con las clases que ingresaron durante y
después de este período de pandemia. Estudios recientes indican que el aislamiento social y
algunas adaptaciones implementadas en la metodología docente de las asignaturas que fueron
sumamente necesarias durante la pandemia, pueden influir en las actuales tasas y causas de
abandono, especialmente en aspectos relacionados con la salud mental de los estudiantes.
Los resultados presentados en este estudio revelaron que la mayor tasa de deserción se
produjo en los cursos de grado nocturno, licenciatura con cursos de licenciatura vespertinos y
nocturnos, y licenciaturas a tiempo completo. Al analizar la deserción por área y período del
curso, se observó que los cursos del área de ciencias exactas presentaron las mayores tasas de
deserción, tanto en el período de tiempo completo como en el de la noche. Entre los cursos del
área de ciencias exactas, los de la modalidad de licenciatura presentaron la mayor tasa de
deserción.
También se identificó que la mayoría de los estudiantes que abandonan la escuela son
varones, con edades comprendidas entre los 19 y los 24 años, con predominio de otros grupos
etarios. Las alumnas también registraron un número significativo de abandonos en el grupo de
edad de 19 a 24 años. Por lo tanto, se puede concluir que existe una mayor tendencia a la
deserción entre los estudiantes varones, independientemente del grupo de edad.
Observamos un crecimiento gradual en el número de estudiantes matriculados a través
de cupos reservados para estudiantes que cursaron el bachillerato en escuelas públicas y
también para estudiantes autodeclarados negros, latinos e indígenas. Sin embargo, también se
ha producido un aumento de la tasa de abandono en estos sistemas de reserva de vacantes en
comparación con el sistema universal. Este escenario se evidenció especialmente en los cursos
del área de ciencias exactas, con énfasis en la deserción en el sistema de reserva de vacantes
para estudiantes autodeclarados negros, morenos e indígenas.
También encontramos que el mayor porcentaje de deserción ocurre entre los estudiantes
que no viven en su municipio de origen, y la mayoría proviene de otras ciudades del estado de
São Paulo, lo que revela aún más la complejidad y los desafíos de combatir la deserción.
Concluimos, por lo tanto, que la deserción en la educación superior es un problema que
demanda atención y esperamos que este estudio contribuya a la reflexión sobre este fenómeno,
Las causas de la deserción de los estudios de grado en una universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para enfrentarla
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 16
proporcionando subsidios para futuras investigaciones e implementación de estrategias
efectivas de política pública para la permanencia de los estudiantes para minimizar el problema.
Es esencial promover un entorno académico acogedor, invertir en apoyo psicosocial y adoptar
nuevas metodologías de enseñanza, que brinden un mayor acceso a las oportunidades de
aprendizaje.
REFERENCIAS
ALMEIDA, J. B.; SCHIMIGUEL, J. Avaliação sobre as causas da evasão escolar no Ensino
Superior: estudo de caso no curso de Licenciatura em Física no Instituto Federal do
Maranhão. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 167–178, 2011.
Disponible en: https://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/64.
Acceso en: 10 nov. 2023.
ALMEIDA, L. S.; SOARES, A. P. C.; FERREIRA, J. A. Questionário de vivências
acadêmicas (QVA-r): avaliação do ajustamento dos estudantes universitários. Avaliação
Psicológica, Porto Alegre, v. 1, n. 2, p. 81-93, nov. 2002. Disponible en:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
04712002000200002&lng=pt&nrm=iso. Acceso en: 10 nov. 2023.
ANDIFES, A.; ABRUEM, A.; SESU/MEC, S. Diplomação, retenção e evasão nos cursos de
graduação em instituições de ensino superior públicas: resumo do relatório apresentado a
ANDIFES, ABRUEM e SESu/MEC pela Comissão Especial. Avaliação: Revista da
Avaliação da Educação Superior, Sorocaba, SP, v. 1, n. 2, 1996. Disponible en:
https://periodicos.uniso.br/avaliacao/article/view/739. Acceso en: 10 nov. 2023.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
BRADLEY, S.; MIGALI, G. The effects of the 2006 tuition fee reform and the great recession
on university student dropout behaviour in the UK. Journal of Economic Behavior &
Organization, v. 164, p. 331-356, 2019. Disponible en:
https://econpapers.repec.org/article/eeejeborg/v_3a164_3ay_3a2019_3ai_3ac_3ap_3a331-
356.htm. Acceso en: 10 nov. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino
Superior (FIES). Brasília, DF, 2001. Disponible en:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10260compilado.htm. Acceso en: 12
enero 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Programa Universidade para Todos (PROUNI).
Brasília, DF, 2004. Disponible en: https://acessounico.mec.gov.br/prouni/duvidas#o-prouni.
Acceso en: 12 enero 2023.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Resumo técnico do Censo da Educação Superior 2019. Brasília, DF, 2021. Disponible en:
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI y Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 17
https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/estatisticas_e_indicadores/resumo_tec
nico_censo_da_educacao_superior_2019.pdf. Acceso en: 11 enero 2023.
COIMBRA, C. L.; SILVA, L. B. E.; COSTA, N. C. D. A evasão na educação superior:
definições e trajetórias. Educação e Pesquisa, v. 47, p. e228764, 2021. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/ep/a/WRKk9JVNBnJJsnNyNkFfJQj/?format=pdf&lang=pt. Acceso
en: 20 nov. 2023.
DAVOK, D. F.; BERNARD, R. P. Avaliação dos índices de evasão nos cursos de graduação da
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. Avaliação: Revista da Avaliação da
Educação Superior, v. 21, n. 2. p. 503-521, 2016. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/aval/a/5VJRg7PrXDTQ5mYXK95rh8r/abstract/?lang=pt. Acceso en:
10 nov. 2023.
GARCIA, L. M. L. S.; LARA, D. F.; ANTUNES, F. Investigação e análise da evasão e seus
fatores motivacionais no Ensino Superior: um estudo de caso na Universidade do Estado de
Mato Grosso. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 26, p. 112-136,
2021. Disponible en: https://www.scielo.br/j/aval/a/thxzBNWwkN5bHpSH7cFcmFg/#.
Acceso en: 10 nov. 2023.
HASHIMOTO, M. S. O perfil dos alunos evadidos dos cursos de graduação da Faculdade
de Ciências – Câmpus de Bauru – Unesp e as possíveis contribuições para políticas
voltadas ao enfrentamento desse problema na educação superior pública. Orientador:
Maria da Graça Mello Magnoni. 2023. 136 f. Dissertação (Mestrado em Mídia e Tecnologia)
– Universidade Estadual Paulista, Bauru, SP, 2023. Disponible en:
https://repositorio.unesp.br/items/67bf2171-f249-40d8-ac70-07f86a1b64a9. Acceso en: 18
enero 2024.
LOBO, M. B. C. M. Panorama da evasão no ensino superior brasileiro: aspectos gerais das
causas e soluções. In: HORTA, C. E. R. (org.). Evasão no Ensino Superior. Brasília, DF:
Cadernos ABMES, 2012, n. 25, p. 9-58.
MASSINI-CAGLIARI, G.; BARREIRO, I. M. F.; PUTTI, F. F.; VIDOTTI, S. A. B. G.;
LEMKE, N.; DOMINGUES, M. A. C.; SILVA, R. C.; HASHIMOTO, M. S. Causas da evasão
na graduação da Unesp. In: VALENTINI, S. R.; NOBRE, S. R. (org.). Universidade em
Transformação - Lições das crises. 1. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2020, v. 1, p. 231-246.
RISTOFF, D. I. Considerações sobre evasão. In: RISTOFF, D. I. Universidade em foco:
reflexões sobre a educação superior. Florianópolis: Insular, 1999. p. 119-130.
SALES JUNIOR, J. S.; BRASIL, G. H.; CARNEIRO, T. C. J.; CORASSA, M. A. C. Fatores
associados à evasão e conclusão de cursos de graduação presenciais na UFES. Meta
Avaliação, v. 8, n. 24, 2016. Disponible en:
https://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/view/1073. Acceso en: 10
nov. 2023.
SANTOS, J. S.; REAL, G. C. M. A evasão na educação superior: o estado da arte das
pesquisas no Brasil a partir de 1990. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação
Superior, v. 22, n. 2, p. 385–402, 2017. Disponible en:
Las causas de la deserción de los estudios de grado en una universidad pública estatal y las posibles políticas públicas para enfrentarla
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 18
https://www.scielo.br/j/aval/a/GMZgPdKRPFGHKcfRrZ6kXKf/abstract/?lang=pt#. Acceso
en: 20 nov. 2023.
SILVA, D. B.; FERRE, A. A. O.; GUIMARÃES, P. S.; LIMA, R.; ESPINDOLA, I. B. Evasão
no ensino superior público do Brasil: estudo de caso da Universidade de São Paulo.
Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 27, p. 248-259, 2022.
Disponible en: https://www.scielo.br/j/aval/a/KJr3VDQdmbJtXJXYzMJVjcw/. Acceso en: 12
jun. 2023.
SILVA, G. P. Análise de Evasão no Ensino Superior: uma proposta de diagnóstico de seus
determinantes. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 18, n. 2, p. 311-
333, 2013. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/aval/a/7wW3qTf6LqYqhnHjnqXN5Td/abstract/?lang=pt#. Acceso en:
10 nov. 2023.
SILVA FILHO, R. L. L.; MOTEJUNAS, P. R.; HIPÓLITO, O.; LOBO, M. B. C. M. A evasão
no Ensino Superior Brasileiro. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 132, 2007. Disponible en:
https://www.scielo.br/j/cp/a/x44X6CZfd7hqF5vFNnHhVWg/?format=pdf&lang=pt. Acceso
en: 10 nov. 2023.
SILVA FILHO, R. L. L.; LOBO, M. B. C. M. Esclarecimentos metodológicos sobre os
cálculos de evasão. Instituto Lobo de Pesquisa e Gestão Educacional, n. 81, 2012. Disponible
en: https://www.institutolobo.org.br/core/uploads/artigos/art_078.pdf. Acceso en: 13 enero
2023.
VASCONCELOS, M. S.; GALHARDO, E. O programa de inclusão na UNESP: valores,
contradições e ações afirmativas. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, SP, v. 11, n. esp. 1, p. 285–306, 2016. DOI: 10.21723/RIAEE.v11.esp.1.p285.
Disponible en: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/8553. Acceso en:
20 nov. 2023.
VITELLI, R. F.; FRITSCH, R. Evasão escolar na Educação Superior: de que indicador
estamos falando? Estudos em Avaliação Educacional, v. 27, n. 66, p. 908-937, set./dez.
2016. Disponible en: https://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/4009. Acceso en: 10 nov.
2023.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI y Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 19
CRediT Author Statement
Reconocimientos: No aplicable.
Financiación: No aplicable.
Conflictos de intereses: No hay conflictos de intereses.
Aprobación ética: El estudio fue sometido al Comité de Ética en Investigación de la IES y
exento de evaluación según lo recomendado por las resoluciones vigentes (466/12 y 510/16
del SNC y del Sistema CEP/Conep), considerando que no hubo intervención ni recolección
de datos directamente de seres humanos por parte de los autores, ya que la información
trabajada se encuentra en la base de datos de la IES.
Disponibilidad de datos y material: Los datos utilizados en el trabajo pueden ser
solicitados por correo electrónico a los autores.
Contribuciones de los autores: Marcelo Setsuo Hashimoto: Recolección de datos,
tabulación e interpretación. Investigación del marco teórico. Análisis, construcción y
revisión del texto; Maria da Graça Mello Magnoni: Investigación del marco teórico.
Análisis, construcción, revisión y sugerencias de mejora en el texto. Vera Lucia Messias
Fialho Capellini: Investigación del marco teórico. Análisis, construcción, revisión y
sugerencias de mejora en el texto.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 1
THE CAUSES OF DROPOUT FROM UNDERGRADUATE COURSES AT A PUBLIC
STATE UNIVERSITY AND POSSIBLE PUBLIC POLICIES TO FIGHT IT
AS CAUSAS DE EVASÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DE UMA UNIVERSIDADE
PÚBLICA ESTADUAL E AS POSSÍVEIS POLÍTICAS PÚBLICAS DE
ENFRENTAMENTO
LAS CAUSAS DE LA DESERCIÓN DE LOS ESTUDIOS DE GRADO EN UNA
UNIVERSIDAD PÚBLICA ESTATAL Y LAS POSIBLES POLÍTICAS PÚBLICAS PARA
ENFRENTARLA
Marcelo Setsuo HASHIMOTO 1
e-mail: marcelo.hashimoto@unesp.br
Maria da Graça Mello MAGNONI 2
e-mail: mgm.magnoni@unesp.br
Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI 3
e-mail: vera.capellini@unesp.br
How to reference this article:
HASHIMOTO, M. S.; MAGNONI, M. G. M.; CAPELLINI, V. L.
M. F. The causes of dropout from undergraduate courses at a public
state university and possible public policies to fight it. Revista
Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n.
00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662
| Submitted: 23/11/2023
| Revisions required: 11/01/2024
| Approved: 12/03/2024
| Published: 20/07/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
São Paulo State University (UNESP), Bauru SP Brazil. PhD student in Media and Technology.
2
São Paulo State University (UNESP), Bauru SP Brazil. PhD Professor at the Department of Education.
3
São Paulo State University (UNESP), Bauru SP Brazil. Full Professor at the Department of Education.
The causes of dropout from undergraduate courses at a public state university and possible public policies to fight it
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 2
ABSTRACT: Dropout is a complex phenomenon that affects public and private higher
education institutions, constituting a major concern for managers and researchers in the field of
education. The objective of this study was to identify the causes of dropout among students
who entered undergraduate courses from 2014 to 2020 at a college belonging to a public
university in the State of São Paulo, aiming at a diagnosis favorable to the planning of public
policies to combat. Using a quantitative-qualitative methodology, it was demonstrated that, in
general, dropout rates are higher in the first two years of each course, with the majority of
students dropping out of courses in the exact sciences area, the degree modality and evening
classes. The main reasons for dropping out were: dissatisfaction with my professional choice,
family and health problems, financial difficulties, too many theoretical classes and lack of use
of new teaching methodologies.
KEYWORDS: Higher Education. Public university. Student Dropout. Student Permanence.
RESUMO: A evasão é um fenômeno complexo que afeta as instituições de ensino superior
públicas e privadas, constituindo-se em grande preocupação para os gestores e pesquisadores
da área de educação. O objetivo deste estudo foi identificar as causas da evasão de alunos que
ingressaram nos anos de 2014 a 2020, nos cursos de graduação de uma faculdade pertencente
à uma universidade pública do Estado de São Paulo, visando a um diagnóstico favorável ao
planejamento de políticas públicas de enfrentamento. Usando uma metodologia quanti-
qualitativa, ficou demonstrado que, em geral, a evasão é maior nos dois primeiros anos de
cada curso, sendo a maioria dos alunos desistentes dos cursos da área de exatas, da
modalidade licenciatura e do período noturno. Os principais motivos de desistência foram:
insatisfação com a minha escolha profissional, problemas familiares e de saúde, dificuldades
financeiras, excesso de aulas teóricas e ausência de utilização de novas metodologias de
ensino.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino Superior. Universidade Pública. Evasão Estudantil.
Permanência Estudantil.
RESUMEN: La deserción escolar es un fenómeno complejo que afecta a las instituciones de
educación superior públicas y privadas, y es una de las principales preocupaciones de los
gestores e investigadores en el campo de la educación. El objetivo fue identificar las causas
del abandono estudiantil de estudiantes que ingresaron a cursos de pregrado entre 2014 y
2020, en una facultad de una universidad pública del Estado de São Paulo, buscando un
diagnóstico favorable para la planificación de políticas públicas. Utilizando una metodología
cuanti-cualitativa, se demostró que, en general, las tasas del abandono estudiantil son mayores
en los dos primeros años de cada curso, siendo que la mayoría de los estudiantes abandonan
los cursos del área de ciencias exactas, modalidad de licenciatura y clases nocturnas. Los
principales motivos del abandono fueron: insatisfacción con mi elección profesional,
problemas familiares y de salud, dificultades económicas, demasiadas clases teóricas y falta
de uso de nuevas metodologías de enseñanza.
PALABRAS CLAVE: Enseñanza superior. Universidad Pública. Deserción estudiantil.
Permanencia de los estudiantes.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI and Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 3
Introduction
The present study aimed to understand the concept of dropout in higher education,
aiming to identify the reasons for this event in undergraduate courses at a college belonging to
a multi-campus public university in the State of São Paulo. In this, from the extraction of
academic information from three institutional databases of the university, it was possible to
outline the profile of students who dropped out of undergraduate courses, who entered through
entrance exams in the years 2014 to 2020, as well as propose actions that can minimize the
problem and provide subsidies for the college management to think about and implement public
policies for student retention.
Dropout in higher education institutions (HEIs) is a significant challenge that affects
both public and private universities and compromises educational objectives, generating
questions about the financial resources invested and the results achieved (Garcia; Lara;
Antunes, 2021). This is a phenomenon involving multiple factors, which can occur with
students from all socioeconomic and cultural contexts, and it is necessary to understand it to
create retention alternatives, supporting students to remain at university and, consequently, to
be successful in their studies (Silva et al., 2022).
Based on data from the 2019 Higher Education Census (Brazil, 2021), which indicate a
dropout rate of 38% by the end of the third year, and the importance of academic integration
and pedagogical support for students' persistence, we raise hypotheses related to the choice of
course and institution, on variables of students who enter through quotas or through the
universal system, as well as related to the socioeconomic profile.
Goals
The general objective of this study was to identify the causes of dropout from
undergraduate courses at a college belonging to a multi-campus public university in the State
of São Paulo, with the aim of drawing up a diagnosis that favors the planning of actions aimed
at preventing dropout from school, when this is not the result of the application of legal actions
by the HEI. And, specifically, we also aim to understand the concepts of dropout in Higher
Education; identify, from the analysis of the information, the topics covered, searching for the
categories to be used in the analysis of the content (Bardin, 1977); identify the causes of course
dropout, based on the analysis of quantitative and qualitative data, of dropout students who
The causes of dropout from undergraduate courses at a public state university and possible public policies to fight it
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 4
entered college between 2014 and 2020, and who are registered in three HEI institutional
databases; and, finally, treat and relate the information from these three institutional databases,
characterizing the profile of students who dropped out of HEI courses, in an attempt to identify
and understand the problem, its causes and possible contributions to the management of the
faculty, thinking and implement public policies aimed at tackling this problem.
Evasion concept
The term evasion is not just limited to the loss of students at different levels of education,
but can generate, in addition to academic, social and economic consequences (Bradley; Migali,
2019; Hashimoto, 2023). Concerns about dropout rates in higher education institutions have led
to studies and research to understand their causes and propose prevention and intervention
strategies (Silva, 2013).
Research on dropout in Brazil is divided into two groups: dropout in the school system
as a whole and dropout in public universities (Silva, 2013). The Brazilian government invested
in expanding access to higher education through public policies such as FIES and PROUNI
(Brasil, 2001; Brasil, 2004). Santos Jr. and Real (2017) highlight that the expansion of Brazilian
universities since the 1990s did not result in an improvement in the dropout rate.
Evasion can be measured in terms of annual evasion and total evasion. In the first, the
percentage of students enrolled in an education system who, having not graduated, did not enroll
in the following year or semester is measured. In the second, the number of students who,
having entered a specific course, HEI or education system, did not obtain a diploma at the end
of the study period is measured (Silva Filho et al., 2007).
The Special Commission for Studies on Evasion in Brazilian Public Universities
(Andifes; Abruem; Sesu /Mec, 1996) presents three types of evasion: course evasion, institution
evasion, and system evasion. Hashimoto (2023) informs that course dropout is associated with
dismissal or abandonment of the course, that is, when the student does not enroll, they formalize
the withdrawal or course transfer; dropout from the institution is related to leaving or
abandoning the institution, but remaining in higher education; and, dropout from the system is
related to definitive or temporary abandonment of higher education.
According to Vitelli and Fritsch (2016), the use of the term "evasion" is linked to
different perspectives, temporalities, granularities and formulas, manifesting itself in different
conceptions and applications in academic productions. This diversity, as indicated by the
authors, is also related to the autonomy of educational institutions in developing their own
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI and Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 5
management indicators, considering the particularities that characterize them. Silva Filho and
Lobo (2012) state that there is no ideal formula, as the calculation of evasion is subject to the
criteria and methodologies adopted, corroborating the perspective presented by Vitelli and
Fritsch (2016).
Ristoff (1999) highlights evasion as a phenomenon that is related to social and
institutional life. The internal reasons for dropout include issues related to human resources,
didactic-pedagogical elements and infrastructure, while the external causes are related to
socioeconomic aspects (Coimbra; Silva; Costa, 2021).
Almeida and Schimiguel (2011), Lobo (2012), Silva (2013), Sales Junior et al. (2016)
and Davok and Bernard (2016) reinforce these internal causes of dropout, also adding students'
personal issues, related to financial issues, choice of profession, health and course performance.
Almeida, Soares and Ferreira (2002) also mention students' dissatisfaction and lack of
motivation with the institution, due to courses that do not correspond to the first option in the
entrance exam.
Several authors point to the importance of monitoring and supporting students as a way
to prevent dropout. Psychopedagogical support, academic guidance, the creation of tutoring
programs, the quality of teaching and the adaptation of courses to the demands of the job market
are relevant factors in reducing dropout rates and, consequently, effective measures to improve
student retention (Almeida; Soares; Ferreira, 2002).
Other factors related to dropout are the socioeconomic conditions of students, such as
the lack of financial resources to continue studying. Student assistance programs, such as
scholarships and financial aid, can contribute to mitigating these socioeconomic difficulties and
reducing dropout rates (Silva Filho et al., 2007)
It is important to highlight that the causes and contexts of dropout may vary according
to the institution and level of education. Therefore, it is essential that each institution carries
out specific studies and analyzes to understand dropout in its context and develop appropriate
intervention strategies (Vitelli; Fritsch, 2016).
The causes of dropout from undergraduate courses at a public state university and possible public policies to fight it
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 6
Methodological aspects
This study was carried out at a college that serves a total of 3,300 students, 2,400
undergraduate students and 900 postgraduate students. Data from students who dropped out of
the 10 undergraduate courses offered by the college were analyzed, in the three major areas of
knowledge: biological, exact and human sciences, listed in table 1:
Table 1 - Undergraduate Courses offered by the Faculty.
Period
Modality
Area
Full
Bachelors degree
Exact Sciences
Full-time and Evening
Bachelor's and Licensure
Biological
Full-time and Evening
Bachelor's and Licensure
Biological
Afternoon/Evening
Bachelor's and Licensure
Exact Sciences
Evening
Licensure
Exact Sciences
Full
Bachelor’s degree
Exact Sciences
Evening
Licensure
Humanities
Full-time and Evening
Bachelor’s degree
Humanities
Evening
Bachelor's and Licensure
Exact Sciences
Evening
Bachelor’s degree
Exact Sciences
Source: Prepared by the authors.
For data collection, the following were used: 1) the Institutional Graduation System of
the HEI, responsible for controlling and storing all records and academic occurrences of the
HEI students, extracting information from dropout students who entered through entrance
exams in the years of 2014 to 2020; 2) institutional information from a socioeconomic
questionnaire with 29 questions answered by students when registering for the entrance exam;
3) institutional information from an online questionnaire to collect the causes of dropout,
developed and applied by the Dean of Undergraduate Studies of the HEI, with the aim of
collecting voluntary responses from dropout students, regarding the specific causes of their
dropout, as well how to advance in defining their causes and promoting actions to combat them
(Massini-Cagliari et al., 2020).
Therefore, to begin the analysis and characterize the profile of students who abandoned
their studies, we opted for a quantitative-qualitative approach. Initially, we carried out a
literature review to build the theoretical framework related to the phenomenon of evasion.
Subsequently, we conducted field research through content analysis, using as a basis the
information available on the topic in the three institutional databases of the HEI.
Content analysis, according to Bardin (1977), represents an instrumental methodology
applicable to different discourses and forms of communication, regardless of the nature of the
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI and Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 7
support used. This technique comprises three essential phases: pre-analysis, exploration of the
material, and treatment of results.
The organization of the data in this initial stage of the pre-analysis resulted in the
creation of three spreadsheets, each corresponding to one of the institutional databases used in
the research. These spreadsheets consolidated information from 3,667 students who entered
during the cutoff period. All dropouts up to the base date, who were admitted through the
entrance exam in the years covered by the study, were considered as the target audience for this
research, totaling 1,345 students who dropped out of an undergraduate course at college. Among
the students who dropped out, 144 voluntarily participated in the online questionnaire that
addressed the causes of course dropout.
In the next stage, the information present in the spreadsheets was explored, aiming to
develop coding, classification and categorization methods. The purpose was to relate the data,
using each student's academic record, resulting in a consolidated spreadsheet that covered all
the essential information to achieve the established objectives.
In the data processing and interpretation phase, we examine the raw results with the aim
of giving them meaning through the analysis and interpretation of the collected and organized
information. We classify the reasons for evasion into internal, external and personal factors
(Coimbra; Silva; Costa, 2021). Internal factors are associated with institutional infrastructure
conditions, external factors are related to socio-political and economic aspects, while personal
factors are linked to financial issues, choice of profession, health and course performance.
Thus, it was possible to identify the reasons for evasion, tracing the profile of the evaded
students and providing information for the college management to think about proposals for
implementing public policies for student retention.
The profile of dropped out students
We found that 36.7% (1,345 students) of the total of 3,667 students entering college
courses through the entrance exam between 2014 and 2020 had dropped out of the course by
the base date of data collection (07/17/2022). The Meteorology, Physics, Mathematics, and
Comprehensive Physical Education courses had the highest average dropout rates during the
period, recording rates of 61.5% (Meteorology), 57.3% (Physics), 43.4% (Mathematics) and
37.8% (Comprehensive Physical Education), that is, with values that exceeded the general
college dropout average, which was 36.7% (Hashimoto, 2023).
The causes of dropout from undergraduate courses at a public state university and possible public policies to fight it
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 8
We highlight that in the class that entered in 2014, the Meteorology, Physics and
Mathematics courses showed a high dropout rate, being 85.4%, 71.7% and 62.5%, respectively.
In general, it was evident that dropouts are more significant in the first two years of each
course, with notable cases in Computer Science (50%), Mathematics (48%), Meteorology
(57.1%) and Chemistry (50%). In these courses, practically half of the students who entered in
2014 abandoned the course by 2015, that is, by the end of the second year of the course.
We identified that the majority of students who abandoned their studies belonged to
undergraduate courses in the evening period, totaling 23.49%, followed by bachelor's degree
courses in the full period, with 22.45%, and bachelor's/licensure courses in the
afternoon/evening period, with 18.29%. When analyzing dropouts according to the area of
knowledge and period of the course, we found that the highest dropout rates occurred in courses
in the exact sciences area, with 23.79% in the evening period and 17.17% in the full-time period.
On the other hand, courses in the human sciences area had the lowest dropout rates, both full-
time (4.54%) and night-time (9.14%).
With regard to dropouts according to area of knowledge and course modality, we
observed that the highest rate was recorded in bachelor's degree courses in the area of exact
sciences, reaching 25.28%, while the lowest dropout rate was identified in courses of the
bachelor's degree in the area of biological sciences, with 1.64%. These results, obtained in our
research, align with those presented by Lobo (2012) and Davok and Bernard (2016).
The research indicated that the majority of students who abandoned their studies had
not previously started any higher education course. In other words, the course they dropped out
of represented the first academic experience in higher education for these students.
Additionally, it was observed that the majority of students who dropped out of college courses
had already taken the entrance exam at least once, with some of them passing, but later dropping
out of the course. It is concluded, therefore, that many of these students faced uncertainty
regarding the choice of course and, consequently, concerning the professional career to follow
(Hashimoto, 2023).
Throughout the period examined, it was found that the predominance of students who
dropped out were male, aged between 19 and 24 years old, comprising 38.96% of the total
number of students who dropped out of college undergraduate courses. In the case of female
students, the highest dropout rate was also concentrated in the 19 to 24 age group, reaching
22.16%.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI and Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 9
When analyzing the age group, it is clear that dropout rates are in line with the number
of entrants in each group. There is a greater number of students enrolled in younger age groups,
particularly up to 24 years of age. In relation to gender, it is observed that dropout is also more
prevalent among male students, regardless of age group, as corroborated by studies by Silva et
al. (2022).
It was found that, during the period analyzed, the highest number of dropouts occurred
among male and white students, representing 44.79% of the total number of dropouts. Among
the dropout students who entered undergraduate courses between 2014 and 2020, 32.94% were
male and completed high school in private schools. In relation to the variables gender and type
of high school completion school, there is a balance in the number of dropouts by type of
education, although in a greater proportion for male students. These data are in line with studies
carried out by Davok and Bernard (2016).
We also analyzed student dropout according to the admission system adopted in the
entrance exam. The approved HEI project established that, over a period of five years, 50% of
the places offered in the entrance exam would be allocated to the Universal System (SU) with
students from private schools, while the other 50% would be reserved for students who fully
studied the secondary education in Public Schools (EP).
Within the vacancies allocated to public school students, 65% would be reserved for
self-declared white or yellow (SU) students, and 35% would be allocated to self-declared Black,
Brown and Indigenous (PPI) students. The HEI had a period of five years to reach the target of
inclusion of 50% of students from public schools, with specific percentages to be achieved each
year (Vasconcelos; Galhardo, 2016).
With the gradual increase in places reserved in the entrance exam for public school
students, from 15% to 50%, between 2014 and 2018, there was also an increase in the dropout
rate in the place reservation systems for public school students (EP and PPI). In 2014, 43.57%
of the 15% of places allocated to incoming students who fully completed secondary education
in public schools (EP and PPI) abandoned the course. In 2020, this percentage increased,
reaching 51.51% of dropouts among the 50% of vacancies reserved for EP and PPI.
A large portion of students who dropped out of college courses declared, when
registering for the entrance exam, that they had a monthly family income between 2.0 and 4.9
MW, with 16.58% of students reporting that four people lived on this declared income.
Furthermore, we identified that the majority of students who dropped out did not have any paid
activity when they entered the course and their expenses were paid by their family. We observed
The causes of dropout from undergraduate courses at a public state university and possible public policies to fight it
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 10
that the dropout rate is higher among students who worked and were primarily responsible for
supporting the family, especially those admitted through vacancy reservation systems aimed at
candidates from public schools (EP), compared to students who entered through the universal
system (SU).
Finally, in relation to how the students intended to support themselves during the course,
the majority of students who dropped out of the courses indicated their intention to work, with
percentages of 50.13% (EP), 49.80% (PPI) and 41.96% (SU). It is worth mentioning that
37.41% of students in the universal system stated that they planned to pay for their studies with
resources provided by their parents or guardians. In the place reservation systems for public
school students (EP and PPI), this percentage was lower, reaching 23.04% in EP and 15.38% in
PPI. On the other hand, a significant portion of students in the place reservation systems (EP
and PPI) indicated their intention to stay in college through scholarships, with 22.28% in EP
and 28.34% in PPI. In the case of students in the universal system, the percentage related to this
option was 14.65%.
Based on these data, and considering works by authors such as Lobo (2012) and Silva
et al. (2022), it is concluded that, in general, students admitted through the universal system
tend to have a more favorable family financial situation compared to those who entered through
public affirmative action quota policies.
The causes of evasion
The final part of this research was to organize the data from the institutional online
questionnaire, composed of four closed questions, which was prepared and applied by the Dean
of Undergraduate Studies of the HEI, with the purpose of collecting the causes of dropout from
the HEI (Massini-Cagliari et al., 2020). Of a total of 1,345 students who abandoned
undergraduate courses at the college analyzed and who entered through the entrance exam
between 2014 and 2020, 144 students chose to voluntarily answer the four questions on the
form.
Regarding the first question, which addressed whether the choice to study at this HEI
was the student's first option, it was observed that, for the majority of students who abandoned
the Computer Science, Physical Education – Evening and Psychology courses – Full-time, the
HEI was not the first choice.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI and Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 11
The second question focused on the main reasons why students chose to study at the
university, with the majority indicating that the choice was motivated by the fact that it is a
recognized and quality university. An exception to this pattern was identified among students
of the Biological Sciences Course Evening Period, in which the majority of students who
dropped out indicated that they had chosen the institution because it is located in the city where
they live (38.5%).
The third question aimed to identify whether, during the period in which they were
enrolled at the university, the students participated in activities related to teaching, research or
university extension projects. The majority of the 144 students who dropped out of courses
reported that they were not involved in teaching, research or university extension activities. The
percentage distribution of responses from students who dropped out in each course at the
institution was as follows: Computer Science (100%), Biological Sciences Evening Period
(83.3%), Physical Education Full Time (100%), Physical Education Night Time (66.7%),
Physics (86.1%), Mathematics (81%), Meteorology (71.4%), Pedagogy (66.7%), Psychology –
Full Time (100%), Psychology Night shift (100%), Chemistry (75%) and Information
Systems (87.5%).
Among the students who dropped out and participated in activities during their
enrollment, the majority were involved in monitoring, extension projects and research. Analysis
of this data highlights the clear urgency for the university to increase financial investments, as
well as to more effectively encourage students' direct participation in teaching, research or
university extension initiatives.
In the fourth and final question of the virtual questionnaire, the answers were grouped
into internal, external and personal factors, according to the categorization proposed by
Coimbra, Silva and Costa (2021). Internal factors are associated with institutional infrastructure
conditions; external ones refer to socio-political and economic aspects; and personal issues
involve financial issues, choice of profession, health and course performance.
In general, the factors categorized as personal were those with the highest incidence,
with the main reasons given by the majority of students who abandoned each course:
dissatisfaction with their professional choice, dissatisfaction with academic performance and
family and health problems.
With regard to factors classified as external, the reasons most frequently mentioned by
students on most courses were difficulties in reconciling work with studies, financial issues and
the distance between the city of origin and the university campus.
The causes of dropout from undergraduate courses at a public state university and possible public policies to fight it
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 12
Regarding factors classified as internal, the reasons most mentioned by students who
abandoned most courses were: lack of time for extracurricular academic activities, difficulty in
following the content of the subjects, insufficient time to participate in training activities, such
as research, internships and courses, lack of practical activities and infrastructure problems. It
is worth mentioning that one of the elements also identified as an internal factor for dropout
was the excess of theoretical classes, associated with the lack of use of new Information and
Communication Technology (ICT) tools as a teaching methodology.
On the form, there was also an option "Others" with space to describe free text. Based
on the content of these responses, we grouped this reason as a personal factor. Many students
who dropped out of the course selected this option and provided diverse texts that we were
unable to quantify. However, the most common themes were categorized by keywords. The
reasons for dropping out most cited by students who dropped out were: changing to another
course at another university, transferring to other campuses or courses at the same higher
education institution closer to the city of origin, problems related to mental and psychological
health, participation in strikes, difficulties in relationships with teachers and lack of work
opportunities.
It is important to highlight that in undergraduate courses offered at night, the reasons
associated with lack of time for extracurricular academic activities and difficulties in
reconciling work with studies were the most frequently mentioned by students who dropped
out.
Action planning aimed at preventing evasion
Based on the results obtained, the urgency for the HEI to allocate more financial
resources and actively promote student participation in teaching, research and university
extension activities becomes evident. Furthermore, it is imperative to invest in the preparation
of teaching staff to receive these new "digital" generations of students who are entering
universities in a contemporary era that is highly dynamic and highly connected to the
technological world. Furthermore, it is crucial to invest in innovative classrooms, providing
teaching materials and technological resources, as suggested by Hashimoto (2023).
As for the elements categorized as internal evasion factors (Coimbra; Silva; Costa,
2021), it is up to the HEI to design initiatives to reformulate the Political-Pedagogical Projects
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI and Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 13
of the courses, making them more attractive, contemporary and modern, with a reduction in
theoretical classes and a greater emphasis on practical and extracurricular activities.
To deal with the reasons for dropout linked to external factors (Coimbra; Silva; Costa,
2021) identified by students who dropped out, the HEI will need to seek, together with the
Rectory, to allocate more financial resources. This aims to ensure various forms of support for
student permanence, including financial aid, investments in student housing and the expansion
of meals offered by the university restaurant on campus.
Considering that the HEI budget may not be sufficient to fully meet the investment needs
for student retention, it will be necessary for the HEI to actively promote and support the
participation of students, especially those from public and low-income schools, in paid
extracurricular activities, such as: teaching projects, university extension, research, exchanges
and internships. Students can be encouraged to apply for these opportunities through the
institution's own internal and external notices, which are regularly published and often have
unfilled vacancies due to a lack of candidates.
In relation to the reasons for dropping out classified as personal factors (Coimbra; Silva;
Costa, 2021), the HEI must implement strategic actions to contribute to the psychosocial
conditions of students. This will include establishing inclusion and diversity policies, ensuring
that all students have equitable access to learning and development opportunities. Furthermore,
it will be necessary to promote improvements in mental health in a comprehensive manner,
encouraging dialogue, expanding discussions in a democratic way, strengthening interpersonal
relationships and reducing conflicts between teachers and students, as well as between
colleagues themselves.
To combat evasion resulting from personal issues linked to academic performance, a
necessary measure to be implemented in collaboration with the university's IT department
would be to propose the development of a system equipped with artificial intelligence
algorithms. This system would aim to track the academic performance of students who have
already dropped out and those who are in the process of dropping out. This approach aims to
identify possible cases before they materialize, allowing the implementation of preventive
actions and pedagogical guidance, through tutoring, monitoring, mentoring and offering
leveling subjects in basic training (Hashimoto, 2023). In this way, it would be possible to
mitigate the problem highlighted in this research, related to high dropout rates in the first years
of the course, expanding opportunities for students to fully develop and remain in college.
The causes of dropout from undergraduate courses at a public state university and possible public policies to fight it
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 14
It will be essential to intensify efforts to promote courses and the HEI through monitored
visits to the campus, events with successful graduates in the job market and participation in
career fairs. These initiatives aim to provide the internal and external community, especially
students completing high school, with the opportunity to learn about the distinctive
characteristics of the courses offered. This approach seeks to assist in decision-making
regarding the choice of career to be followed, helping to avoid evasion motivated by
dissatisfaction with the professional choice.
Finally, in order to ensure the permanence of already enrolled students who express
dissatisfaction with the choice of entry course, it is necessary to seek legal alternatives with the
HEI to simplify and facilitate the exchange of places, in addition to promoting internal transfer
between courses. This effort involves reducing bureaucracy in the process, providing viable
options so that students can find an area that best matches their interests and skills, as already
mentioned by Hashimoto (2023).
Final remarks
This study covered classes entering university entrance exams from 2014 to 2020, which
limited the analysis of the direct impact of the Covid-19 pandemic on dropout rates from HEI
courses. Considering the significant changes in the educational scenario resulting from the
pandemic, it is recommended to continue the research with the classes that entered during and
after this pandemic period. Recent studies indicate that social isolation and some adaptations
implemented in the teaching methodology of subjects that were extremely necessary during the
pandemic, may influence the current rates and causes of dropout, especially in aspects related
to students' mental health.
The results presented in this study revealed that the highest dropout rate occurred in
evening-time undergraduate courses, bachelor's degrees with afternoon/evening-time degrees
and full-time bachelor's degrees. When analyzing dropouts by area and course period, it was
observed that courses in the exact sciences area had the highest dropout rates, both full-time
and night-time. Among courses in the exact sciences area, those in the bachelor's degree
category had the highest dropout rate.
It was also identified that the majority of students who dropped out were male, aged
between 19 and 24 years old, with a predominance of other age groups as well. Female students,
likewise, showed a significant number of dropouts in the 19 to 24 age group. Therefore, it can
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI and Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 15
be concluded that there is a greater tendency to drop out among male students, regardless of
age.
We observed a gradual increase in the number of students enrolled through places
reserved for students who attended high school in public schools and also for self-declared
black, brown and indigenous students. However, an increase in the dropout rate in these vacancy
reservation systems was also found in relation to the universal system. This scenario was
especially evident in courses in the exact sciences area, with emphasis on dropouts in the
vacancy reservation system for self-declared black, brown and indigenous students.
We also found that the highest percentage of dropouts occurs among students who do
not live in their home municipality, with the majority coming from other cities in the state of
São Paulo, further revealing the complexity and challenges of combating dropout rates.
We conclude, therefore, that dropout in higher education is a problem that demands
attention and we hope that this study contributes to reflection on this phenomenon, providing
support for future research and implementation of effective public policy strategies for student
retention to minimize the problem. It is essential to promote a welcoming academic
environment, invest in psychosocial support and adopt new teaching methodologies, providing
greater access to learning opportunities.
REFERENCES
ALMEIDA, J. B.; SCHIMIGUEL, J. Avaliação sobre as causas da evasão escolar no Ensino
Superior: estudo de caso no curso de Licenciatura em Física no Instituto Federal do
Maranhão. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, [S. l.], v. 2, n. 2, p. 167–178, 2011.
Available in: https://revistapos.cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/view/64.
Access: 10 Nov. 2023.
ALMEIDA, L. S.; SOARES, A. P. C.; FERREIRA, J. A. Questionário de vivências
acadêmicas (QVA-r): avaliação do ajustamento dos estudantes universitários. Avaliação
Psicológica, Porto Alegre, v. 1, n. 2, p. 81-93, Nov. 2002. Available in:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-
04712002000200002&lng=pt&nrm=iso. Access: 10 Nov. 2023.
ANDIFES, A.; ABRUEM, A.; SESU/MEC, S. Diplomação, retenção e evasão nos cursos de
graduação em instituições de ensino superior públicas: resumo do relatório apresentado a
ANDIFES, ABRUEM e SESu/MEC pela Comissão Especial. Avaliação: Revista da
Avaliação da Educação Superior, Sorocaba, SP, v. 1, n. 2, 1996. Available in:
https://periodicos.uniso.br/avaliacao/article/view/739. Access: 10 Nov. 2023.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
The causes of dropout from undergraduate courses at a public state university and possible public policies to fight it
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 16
BRADLEY, S.; MIGALI, G. The effects of the 2006 tuition fee reform and the great recession
on university student dropout behaviour in the UK. Journal of Economic Behavior &
Organization, v. 164, p. 331-356, 2019. Available in:
https://econpapers.repec.org/article/eeejeborg/v_3a164_3ay_3a2019_3ai_3ac_3ap_3a331-
356.htm. Access: 10 Nov. 2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino
Superior (FIES). Brasília, DF, 2001. Available in:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10260compilado.htm. Access: 12 Jan.
2023.
BRASIL. Ministério da Educação. Programa Universidade para Todos (PROUNI).
Brasília, DF, 2004. Available in: https://acessounico.mec.gov.br/prouni/duvidas#o-prouni.
Access: 12 Jan. 2023.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
Resumo técnico do Censo da Educação Superior 2019. Brasília, DF, 2021. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/estatisticas_e_indicadores/resumo_tec
nico_censo_da_educacao_superior_2019.pdf. Acesso em: 11 Jan. 2023.
COIMBRA, C. L.; SILVA, L. B. E.; COSTA, N. C. D. A evasão na educação superior:
definições e trajetórias. Educação e Pesquisa, v. 47, p. e228764, 2021. Available in:
https://www.scielo.br/j/ep/a/WRKk9JVNBnJJsnNyNkFfJQj/?format=pdf&lang=pt. Access:
20 Nov. 2023.
DAVOK, D. F.; BERNARD, R. P. Avaliação dos índices de evasão nos cursos de graduação da
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC. Avaliação: Revista da Avaliação da
Educação Superior, v. 21, n. 2. p. 503-521, 2016. Available in:
https://www.scielo.br/j/aval/a/5VJRg7PrXDTQ5mYXK95rh8r/abstract/?lang=pt. Access: 10
Nov. 2023.
GARCIA, L. M. L. S.; LARA, D. F.; ANTUNES, F. Investigação e análise da evasão e seus
fatores motivacionais no Ensino Superior: um estudo de caso na Universidade do Estado de
Mato Grosso. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 26, p. 112-136,
2021. Available in: https://www.scielo.br/j/aval/a/thxzBNWwkN5bHpSH7cFcmFg/#. Access:
10 Nov. 2023.
HASHIMOTO, M. S. O perfil dos alunos evadidos dos cursos de graduação da Faculdade
de Ciências – Câmpus de Bauru – Unesp e as possíveis contribuições para políticas
voltadas ao enfrentamento desse problema na educação superior pública. Orientador:
Maria da Graça Mello Magnoni. 2023. 136 f. Dissertação (Mestrado em Mídia e Tecnologia) -
FAAC - UNESP, Bauru, SP, 2023. Available in: https://repositorio.unesp.br/items/67bf2171-
f249-40d8-ac70-07f86a1b64a9. Access: 18 Jan. 2024.
LOBO, M. B. C. M. Panorama da evasão no ensino superior brasileiro: aspectos gerais das
causas e soluções. In: HORTA, C. E. R. (org.). Evasão no Ensino Superior. Brasília, DF:
Cadernos ABMES, 2012, n. 25, p. 9-58.
Marcelo Setsuo HASHIMOTO; Maria da Graça Mello MAGNONI and Vera Lucia Messias Fialho CAPELLINI.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 17
MASSINI-CAGLIARI, G.; BARREIRO, I. M. F.; PUTTI, F. F.; VIDOTTI, S. A. B. G.;
LEMKE, N.; DOMINGUES, M. A. C.; SILVA, R. C.; HASHIMOTO, M. S. Causas da evasão
na graduação da Unesp. In: VALENTINI, S. R.; NOBRE, S. R. (org.). Universidade em
Transformação - Lições das crises. 1. ed. São Paulo: Editora Unesp, 2020, v. 1, p. 231-246.
RISTOFF, D. I. Considerações sobre evasão. In: RISTOFF, D. I. Universidade em foco:
reflexões sobre a educação superior. Florianópolis: Insular, 1999. p. 119-130.
SALES JUNIOR, J. S.; BRASIL, G. H.; CARNEIRO, T. C. J.; CORASSA, M. A. C. Fatores
associados à evasão e conclusão de cursos de graduação presenciais na UFES. Meta
Avaliação, v. 8, n. 24, 2016. Available in:
https://revistas.cesgranrio.org.br/index.php/metaavaliacao/article/view/1073. Access: 10 Nov.
2023.
SANTOS, J. S.; REAL, G. C. M. A evasão na educação superior: o estado da arte das
pesquisas no Brasil a partir de 1990. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação
Superior, v. 22, n. 2, p. 385–402, 2017. Available in:
https://www.scielo.br/j/aval/a/GMZgPdKRPFGHKcfRrZ6kXKf/abstract/?lang=pt#. Access:
20 Nov. 2023.
SILVA, D. B.; FERRE, A. A. O.; GUIMARÃES, P. S.; LIMA, R.; ESPINDOLA, I. B. Evasão
no ensino superior público do Brasil: estudo de caso da Universidade de São Paulo.
Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 27, p. 248-259, 2022. Available
in: https://www.scielo.br/j/aval/a/KJr3VDQdmbJtXJXYzMJVjcw/. Access: 12 June 2023.
SILVA, G. P. Análise de Evasão no Ensino Superior: uma proposta de diagnóstico de seus
determinantes. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 18, n. 2, p. 311-
333, 2013. Available in:
https://www.scielo.br/j/aval/a/7wW3qTf6LqYqhnHjnqXN5Td/abstract/?lang=pt#. Access: 10
Nov. 2023.
SILVA FILHO, R. L. L.; MOTEJUNAS, P. R.; HIPÓLITO, O.; LOBO, M. B. C. M. A evasão
no Ensino Superior Brasileiro. Cadernos de Pesquisa, v. 37 n. 132, 2007. Available in:
https://www.scielo.br/j/cp/a/x44X6CZfd7hqF5vFNnHhVWg/?format=pdf&lang=pt. Access:
10 Nov. 2023.
SILVA FILHO, R. L. L.; LOBO, M. B. C. M. Esclarecimentos metodológicos sobre os
cálculos de evasão. Instituto Lobo de Pesquisa e Gestão Educacional, n. 81, 2012. Available
in: https://www.institutolobo.org.br/core/uploads/artigos/art_078.pdf. Access: 13 Jan. 2023.
VASCONCELOS, M. S.; GALHARDO, E. O programa de inclusão na UNESP: valores,
contradições e ações afirmativas. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação,
Araraquara, SP, v. 11, n. esp. 1, p. 285–306, 2016. DOI: 10.21723/RIAEE.v11.esp.1.p285.
Available in: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/8553. Access: 20
Nov. 2023.
VITELLI, R. F.; FRITSCH, R. Evasão escolar na Educação Superior: de que indicador
estamos falando? Estudos em Avaliação Educacional, v. 27, n. 66, p. 908-937, set./dez.
The causes of dropout from undergraduate courses at a public state university and possible public policies to fight it
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024090, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.18662 18
2016. Available in: https://publicacoes.fcc.org.br/eae/article/view/4009. Access: 10 Nov.
2023.
CRediT Author Statement
Acknowledgments: Not applicable.
Financing: Not applicable.
Conflicts of interest: Not applicable.
Ethical approval: The work was submitted to the HEI Research Ethics Committee and
exempted from evaluation as per current resolutions (466/12 and 510/16 of the CNS and
CEP/Conep System), considering that there was no intervention or collection of data
directly from human beings by the authors, as the information worked on is found in the
IES database.
Availability of data and material: The data used in the work can be requested by email
from the authors.
Author contributions: Marcelo Setsuo Hashimoto: Collection, tabulation and
interpretation of data. Research of the theoretical framework. Analysis, construction and
revision of the text; Maria da Graça Mello Magnoni: Research of the theoretical framework.
Analysis, construction, review, and suggestions for improvements to the text. Vera Lucia
Messias Fialho Capellini: Research of the theoretical framework. Analysis, construction,
review, and suggestions for improvements to the text.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Review, formatting, standardization, and translation.