RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 1
EXPLORANDO NOVAS FRONTEIRAS: UM ESTUDO DE CASO EM EDUCAÇÃO
CORPORATIVA E COMUNICAÇÃO ACESSÍVEL NA COACH IT -
CONSULTORIA EM TI
EXPLORANDO NUEVAS FRONTERAS: UN ESTUDIO DE CASO EN EDUCACIÓN
CORPORATIVA Y COMUNICACIÓN ACCESIBLE EN COACH IT - CONSULTORIA
EN TI
EXPLORING NEW FRONTIERS: A CASE STUDY IN CORPORATE EDUCATION
AND ACCESSIBLE COMMUNICATION AT COACH IT - CONSULTING IN IT
Ariadne BOTECHIA1
e-mail: ariadne.botechia@unesp.br
Felipe Oliveira CAVALIERI2
e-mail: felipe@tedmarketing.com.br
Suely MACIEL3
e-mail: suely.maciel@unesp.br
Como referenciar este artigo:
BOTECHIA, A.; CAVALIERI, F. O.; MACIEL, S. Explorando
novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e
comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI. Revista
Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n.
00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014
| Submetido em: 17/08/2023
| Revisões requeridas em: 21/10/2023
| Aprovado em: 19/11/2023
| Publicado em: 08/02/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru SP Brasil. Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em
Mídia e Tecnologia.
2
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru SP Brasil. Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em
Mídia e Tecnologia.
3
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Bauru SP Brasil. Professora Assistente. Doutorado em Ciências da
Comunicação (USP).
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 2
RESUMO: Este artigo analisa um estudo de caso realizado em 2022 na Coach It Consultoria
em TI, em Sorocaba, abordando a implementação de práticas inovadoras de educação
corporativa e estratégias de comunicação acessíveis. Exploramos as interconexões entre
educação corporativa, comunicação acessível e as demandas específicas do setor de TI na
revisão crítica da literatura. A metodologia do estudo de caso, seguida pelos resultados e
análises, é apresentada. A conclusão destaca descobertas-chave, encerrando com reflexões
sobre as contribuições para os campos da educação corporativa e comunicação acessível. Este
estudo visa enriquecer a compreensão de como as empresas podem alinhar estratégias de
aprendizagem corporativa à promoção da inclusão, contribuindo para ambientes
organizacionais mais adaptativos e equitativos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação corporativa. Comunicação acessível. Deficiência.
Marketing e inclusão.
RESUMEN: Este artículo analiza un estudio de caso realizado en 2022 en Coach It IT
Consulting, en Sorocaba, abordando la implementación de prácticas innovadoras de
educación corporativa y estrategias de comunicación accesibles. Exploramos las
interconexiones entre la educación corporativa, la comunicación accesible y las demandas
específicas del sector de TI en la revisión crítica de la literatura. Se presenta la metodología
del estudio de caso, seguida de los resultados y análisis. La conclusión destaca los principales
hallazgos, cerrando con reflexiones sobre las contribuciones a los campos de la educación
corporativa y la comunicación accesible. Este estudio tiene como objetivo enriquecer la
comprensión de cómo las empresas pueden alinear las estrategias de aprendizaje corporativo
con la promoción de la inclusión, contribuyendo a entornos organizacionales más adaptativos
y equitativos.
PALABRAS CLAVE: Educación corporativa. Comunicación accesible. Deficiencia.
Marketing e inclusión.
ABSTRACT: This article analyzes a case study carried out in 2022 at Coach It - IT Consulting,
in Sorocaba, addressing the implementation of innovative corporate education practices and
accessible communication strategies. We explore the interconnections between corporate
education, accessible communication, and the specific demands of the IT sector in the critical
literature review. The methodology of the case study, followed by the results and analyses, is
presented. The conclusion highlights key findings, closing with reflections on the contributions
to the fields of corporate education and accessible communication. This study aims to enrich
the understanding of how companies can align corporate learning strategies with the
promotion of inclusion, contributing to more adaptive and equitable organizational
environments.
KEYWORDS: Corporate education. Accessible communication. Deficiency. Marketing and
inclusion.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 3
Introdução
A dinâmica contemporânea do ambiente corporativo está intrinsecamente ligada à
constante evolução tecnológica e à necessidade premente de inclusão (Maximiano, 2006).
Nesse contexto, a intersecção entre educação corporativa e comunicação acessível emerge
como um campo de estudo essencial para promover ambientes de trabalho mais inclusivos e
eficientes (Oliveira, 2004). Este artigo apresenta uma análise aprofundada de um estudo de caso
(Goode; Hatt, 1979) realizado em 2022 na Coach It - Consultoria em TI, sediada na cidade de
Sorocaba, interior paulista, que aborda a implementação de práticas inovadoras de educação
corporativa aliadas a estratégias de comunicação acessível.
O principal objetivo deste estudo é analisar como a empresa Coach It integrou práticas
inovadoras de educação corporativa, considerando as demandas específicas do setor de TI, com
estratégias de comunicação acessível em seu departamento de marketing. Buscaremos
compreender os impactos dessa integração no desenvolvimento profissional, na eficácia da
comunicação interna e na promoção de uma cultura organizacional inclusiva.
Os objetivos desta pesquisa transcendem a mera análise superficial das práticas da
Coach It. Orientados pela professora Suely Maciel, mergulhamos nas entranhas da empresa,
realizando um trabalho de campo meticuloso e abrangente que redefine o entendimento sobre
a interseção entre educação corporativa e acessibilidade.
Em um esforço conjunto, direcionamos nosso foco para a revisão do planejamento
estratégico da Coach It, com especial destaque para o capítulo e carta de plano de marketing.
Este enfoque específico revelou nuances cruciais que anteriormente escapavam à atenção,
especialmente no que concerne à ausência de acessibilidade nos canais de comunicação e
mídias da empresa.
Ao identificarmos esse problema central, lançamos as bases para a concepção do Guia
de Boas Práticas de Acessibilidade. Esse guia não é apenas um documento teórico; é uma
resposta prática e tangível à lacuna de acessibilidade dentro da Coach It. Assim, não apenas
diagnosticamos o problema, mas também fornecemos uma solução tangível que se materializa
como um recurso educacional.
É crucial salientar que o Guia de Boas Práticas de Acessibilidade não é uma peça estática
de literatura, mas sim um material dinâmico que encontrou seu espaço nos treinamentos
internos da empresa. Esse documento não apenas destaca as falhas, mas também capacita os
colaboradores a se tornarem agentes ativos na construção de uma comunicação mais inclusiva.
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 4
Ao alinharmos os objetivos da pesquisa com essa abordagem prática e aplicada, não
apenas exploramos as lacunas existentes, mas também delineamos um caminho claro para a
melhoria. O estudo de caso não é apenas uma análise crítica; é uma narrativa de transformação
e inovação, onde desempenhamos um papel fundamental ao não apenas observar a necessidade
de mudança, mas também ao sermos agentes catalisadores dessa transformação.
Este artigo está estruturado da seguinte maneira: a seção subsequente oferece uma
revisão crítica da literatura relevante, explorando as interconexões entre educação corporativa
e comunicação acessível. Posteriormente, apresentamos a metodologia empregada no estudo de
caso, seguida pelos resultados alcançados após a implantação do Guia de Boas Práticas de
Acessibilidade nas mídias digitais da empresa. A conclusão destaca as descobertas-chave e suas
implicações, encerrando com reflexões sobre as contribuições do estudo para o campo da
educação corporativa e comunicação acessível.
Em última análise, este estudo de caso na Coach It - Consultoria em TI visa enriquecer
a compreensão acadêmica sobre como as empresas podem alinhar estratégias de aprendizagem
corporativa com a promoção da inclusão, contribuindo assim para a construção de ambientes
organizacionais mais adaptativos e equitativos.
Contexto histórico da deficiência
A maneira como a sociedade percebe pessoas com deficiência tem evoluído ao longo da
história, moldada pelos valores morais, éticos, religiosos e filosóficos adotados por diferentes
culturas, em épocas distintas. O entendimento destas transformações culturais ao longo do
tempo nos ajudou a compreender os motivos que levavam a direção e os colaboradores da
Coach It a ignorarem os recursos disponíveis de acessibilidade web nas mídias da empresa.
Somente após esta pesquisa bibliográfica preliminar foi possível coletar informações
históricas e compreender a evolução do conceito de deficiência, para, então, poder apontar os
problemas de acessibilidade identificados na empresa. Sem esse entendimento, seria impossível
sensibilizar a equipe e convencer a chefia a aprimorar seus métodos de trabalho e treinamento.
Conforme argumentado por Michel Foucault (2001, p. 69):
As diferenças corporais - sejam elas qualificadas como deficiência ou não -
são expressões da diversidade humana. Entretanto, a existência de corpos com
diferenças marcantes sempre despertou a curiosidade, o espanto ou a
indiferença das pessoas em diferentes sociedades (...) aquele que constitui em
sua existência mesma e em sua forma, não apenas uma violação das leis da
sociedade, mas também uma violação das leis da natureza.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 5
Esse estigma acompanha a humanidade desde suas civilizações mais antigas, como
evidenciado por Silva (1986), ao mencionar os Chiricoa, povo que habitava a selva colombiana.
Este grupo frequentemente se mudava, deixando para trás pessoas com deficiência, idosos e
doentes na antiga moradia da tribo, devido às necessidades de sobrevivência.
Situações semelhantes ocorriam em outras civilizações, como no Egito Antigo, onde
graves doenças, deficiências físicas e problemas mentais eram interpretados como
manifestações de demônios, maus espíritos ou castigos por pecados de vidas passadas. A
solução para essas adversidades dependia de intervenções divinas, sacerdotes ou práticas
religiosas, como preces, exorcismos e cirurgias (Silva, 1986).
Em termos de presença na sociedade, pessoas com deficiência poderiam ser encontradas
em diversas camadas sociais, desde faraós, nobres e artesãos até escravos, conforme
evidenciado por artefatos egípcios que mostram que algumas pessoas com deficiência
conseguiram ter vida social e formar famílias (Pereira; Saraiva, 2016).
Na Grécia Antiga, onde a força física e a beleza eram supervalorizadas, a marginalização
era comum para aqueles que não atendiam aos ideais de força e beleza exigidos para os
participantes de guerras. Indivíduos cujas características não se alinhavam com esses padrões
eram frequentemente excluídos e, em muitos casos, eliminados, com exceção dos guerreiros
feridos e mutilados, que eram protegidos pelo Estado (Schewinsky, 2004). Os gregos viam as
pessoas com deficiência como inúteis para a sociedade, considerando-as seres subumanos.
Em Esparta e Atenas, crianças com deficiências sicas, sensoriais e mentais
eram rotuladas como subumanas, o que justificava sua eliminação e abandono.
Essas práticas eram coerentes com os ideais atléticos, de beleza e estruturas
de classes que fundamentavam a organização socioeconômica dessas cidades-
estados. Em Esparta, as crianças deficientes eram atiradas dos rochedos,
enquanto em Atenas, eram rejeitadas e abandonadas em praças públicas ou
nos campos (Rodrigues; Maranhe, 2012, p. 13).
No início do século XIX, a deficiência estava associada à inutilidade, dependência e
incapacidade e, muitas vezes, resultava em abandono e exclusão. As decisões em relação a
pessoas com deficiência eram fundamentadas em preceitos morais e éticos da época (Peranzoni;
Freitas, 2012). No entanto, durante o século XIX, houve uma mudança fundamental, com a
atenção especializada se expandindo além das instituições, para incluir estudos específicos
sobre diferentes tipos de deficiência (Fonseca, 2015).
O século XX testemunhou uma série de mudanças de paradigma significativas, que
culminaram em avanços para as pessoas com deficiência. Durante esse período, a sociedade
organizou-se coletivamente para enfrentar os desafios e atender melhor às necessidades das
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 6
pessoas com deficiência. A conscientização dos direitos humanos e a ênfase na integração e
participação ativa na sociedade se tornaram mais proeminentes. Após a Segunda Guerra
Mundial, um foco renovado foi direcionado para o atendimento das pessoas com deficiência,
em grande parte devido às diferentes formas de deficiência resultantes de ferimentos de guerra
(Silva, 1986).
É no século XX, porém, que se a mais radical mudança de paradigma, que é o da
consideração dos aspectos sociais na definição do quadro da deficiência. Tal compreensão
levou ao modelo biopsicossocial que fundamenta a Convenção Internacional Sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência, promulgada pela Organização das Nações Unidas, em 2006, e
que serve de parâmetro para toda a legislação posterior, editada pelos países signatários da
convenção. No caso do Brasil, a Lei Brasileira de Inclusão (Brasil, 2015) é o principal
dispositivo legal que sistematiza os direitos e deveres das pessoas com deficiência em uma
única lei (Setubal; Fayan, 2019).
Entre os muitos reflexos contemporâneos da promulgação da LBI, podemos dividir seus
principais impactos sociais da seguinte maneira:
Igualdade de oportunidades: A lei estabeleceu que as pessoas com deficiência têm o
direito fundamental de igualdade de oportunidades, o que significa que elas não podem ser
discriminadas com base em sua deficiência. Isso impacta todas as esferas da sociedade, desde
o emprego até a educação e a acessibilidade.
Acessibilidade: A acessibilidade é um dos pontos-chave da LBI. Ela exige que prédios
públicos, transporte, serviços de saúde, educação, comunicação e tecnologia etc. sejam
acessíveis a todas as pessoas, incluindo aquelas com deficiência. Isso implica adaptações
arquitetônicas, tecnológicas, metodológicas, atitudinais, programáticas e nos sistemas de
informação e comunicação para garantir que ninguém seja excluído.
Direito à educação: A LBI reforçou o direito à educação inclusiva, ou seja, o direito
das pessoas com deficiência de estudar em escolas regulares, sempre que possível, em vez de
escolas especializadas. Isso promove uma maior integração e oportunidades educacionais para
pessoas com deficiência.
Mudança de percepção: A LBI também teve um impacto na forma como a sociedade
enxerga as pessoas com deficiência. Ela ajuda a combater estigmas e preconceitos, ao reforçar
a ideia de que a deficiência não é uma limitação intrínseca, mas sim uma questão social.
Portanto, promove uma mudança de percepção em relação às pessoas com deficiência.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 7
Maior acesso ao emprego: A LBI busca impulsionar a inclusão de pessoas com
deficiência no mercado de trabalho. Empresas com 100 ou mais funcionários devem preencher
uma porcentagem de seus cargos com pessoas com deficiência, garantindo uma maior inclusão
no ambiente de trabalho.
Ações afirmativas: A legislação promove ações afirmativas para pessoas com
deficiência, incentivando a participação ativa dessa população em diversos setores da
sociedade. Isso abrange desde o acesso à cultura até a participação na política.
Direito à tomada de decisões: A LBI reforçou o direito das pessoas com deficiência
de tomar decisões sobre suas próprias vidas, reconhecendo sua autonomia e capacidade. Isso é
particularmente importante para pessoas com deficiência intelectual.
Responsabilização legal: A legislação introduziu penalidades para a discriminação
com base na deficiência, garantindo que aqueles que violam os direitos das pessoas com
deficiência sejam responsabilizados legalmente, com penas de multa e detenção.
Inovação tecnológica: A LBI incentivou o desenvolvimento de tecnologias assistivas
e inovações que promovem a inclusão, tornando a vida diária mais acessível para pessoas com
deficiência.
Consciência pública: A lei busca aumentar a conscientização pública sobre os direitos
e desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência, incentivando a sociedade a ser mais
inclusiva e solidária.
Esse novo paradigma provoca mudanças na compreensão de deficiência, na definição
do que seriam barreiras, no estabelecimento do papel solidário de toda a sociedade e
principalmente das empresas privadas, no enfrentamento e superação das barreiras e na garantia
do direito de todos a uma vida autônoma, livre e independente.
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 8
Explorando as bases científicas da educação corporativa: uma análise abrangente
A educação corporativa é um campo dinâmico que tem alicerces sólidos em uma teia
intrincada de teorias e pesquisas. Desde suas origens, este campo tem sido moldado por
pensadores visionários e acadêmicos que buscaram entender e aprimorar as práticas de
aprendizado nas organizações. À medida que o século XXI avança, observamos uma
transformação na abordagem da educação corporativa, com um foco crescente na
acessibilidade.
A Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD)
estabelece princípios fundamentais, reconhecendo a igualdade de oportunidades,
acessibilidade, respeito pela diversidade e plena participação na sociedade. Esses princípios
influenciam diretamente a forma como as empresas encaram a educação corporativa. A
acessibilidade torna-se não apenas uma obrigação ética, mas também uma estratégia vital para
promover ambientes de trabalho inclusivos.
No contexto empresarial contemporâneo, as organizações reconhecem que a
diversidade, incluindo a diversidade funcional, é um ativo. A CDPD, ao vincular os direitos das
pessoas com deficiência à educação e ao emprego, catalisa uma mudança de paradigma na
formação corporativa. Programas educacionais agora buscam incorporar práticas inclusivas,
garantindo que todos os colaboradores, independentemente de suas habilidades, tenham acesso
equitativo ao desenvolvimento profissional.
Entretanto, para um correto entendimento sobre educação corporativa, é preciso
conhecer os pilares fundamentais dessa área, que residem na compreensão profunda da
interconexão entre aprendizado e desempenho organizacional.
Donald Kirkpatrick, famoso por seu Modelo de Avaliação de Treinamento (2006),
destaca a importância de avaliar não apenas as reações imediatas dos participantes, mas também
os aprendizados, comportamentos e resultados. Seu trabalho seminal estabeleceu uma estrutura
robusta para avaliar a eficácia dos programas de treinamento, uma contribuição crucial para a
base conceitual da educação corporativa neste estudo de caso.
Além disso, Phillips (2005), com sua abordagem de avaliação de retorno sobre o
investimento (ROI) em treinamento, trouxe uma dimensão financeira tangível e fundamental
para a viabilização desta pesquisa sobre educação corporativa. Suas contribuições destacam não
apenas a importância do aprendizado contínuo, mas também a necessidade de alinhar os
investimentos em educação com os objetivos estratégicos das organizações.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 9
Outro ponto essencial nas bases científicas da educação corporativa e que foi levada em
conta neste trabalho é a teoria da aprendizagem organizacional proposta por Peter Senge (1990).
Em sua obra A Quinta Disciplina, Senge destaca a importância da construção de organizações
que aprendem, em que o aprendizado individual se entrelaça ao aprendizado coletivo, criando
uma sinergia que impulsiona a inovação e a adaptação.
Em um panorama mais contemporâneo, a teoria da aprendizagem experiencial de Kolb
(1984) define que “[...] o processo pelo qual o conhecimento é criado acontece por meio da
transformação da experiência. O conhecimento resulta da combinação de se obter e transformar
a experiência (Kolb, 1984). Sua ideia de que a aprendizagem é um processo cíclico que
envolve experiência, reflexão, conceitualização e experimentação ressoa fortemente na
educação corporativa, na qual a aplicação prática do conhecimento é inerentemente valiosa.
Nos dias atuais, à medida que as empresas buscam se adaptar a um mundo mais
inclusivo, a aplicação dos princípios da CDPD e da LBI na formação profissional torna-se
imperativa. Essa abordagem não apenas cumpre obrigações éticas e legais, mas também
contribui para ambientes de trabalho mais produtivos, inovadores e socialmente responsáveis.
Pretende-se com esse tópico apresentar, mesmo que superficialmente, alguns aspectos
importantes neste vasto terreno das bases científicas da educação corporativa. Conforme
mergulhamos nas complexidades desse campo, é imperativo compreender a riqueza teórica e
prática que sustenta a evolução constante da educação nas organizações modernas. Este cenário
multifacetado de teorias e pesquisas proporciona não apenas uma compreensão sólida, mas
também lança luz sobre as possibilidades futuras, em que o aprendizado contínuo é uma bússola
vital na jornada organizacional.
Contextualização do estudo de caso
No cenário altamente dinâmico da Tecnologia da Informação (Beal, 2004), a Coach It -
Consultoria em TI, se destaca como uma empresa que reconhece a importância estratégica de
manter seus profissionais atualizados e capacitados. Este estudo de caso surge da necessidade
de compreender como as práticas de educação corporativa e a implementação de estratégias de
comunicação acessível podem convergir para otimizar o desempenho organizacional e
promover um ambiente de trabalho inclusivo.
A Coach It, com seus impressionantes 20 anos de atuação, figura como uma entidade
robusta no cenário da tecnologia da informação (TI). Seu impacto é evidenciado pela expansão
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 10
internacional, contando com mais de 150 colaboradores distribuídos, estrategicamente, em sete
escritórios ao redor do globo: três no Brasil, um na Espanha, um na Holanda, um no Canadá e
um no México.
A empresa, ao longo de sua trajetória, consolidou-se como referência no setor,
destacando-se não apenas pela amplitude de sua presença global, mas também pela excelência
técnica e pelo compromisso com a inovação. Surpreendentemente, apesar dessa robustez e
sucesso, a Coach It nunca havia empreendido esforços significativos na esfera da acessibilidade
comunicacional em sua educação corporativa.
Esta lacuna torna-se ainda mais intrigante diante do panorama atual, no qual a inclusão
e a diversidade são reconhecidas como fatores essenciais para o crescimento e sustentabilidade
das organizações. A Coach It, embora tenha prosperado em um setor notório pela constante
evolução, percebeu a necessidade de se adaptar não apenas tecnologicamente, mas também em
termos de práticas internas, reconhecendo a importância estratégica de investir no
desenvolvimento de novas habilidades de seus colaboradores.
É fundamental compreender que, apesar da expertise técnica acumulada ao longo de
duas décadas, a Coach It Consultoria em TI reconheceu que a verdadeira inovação não se limita
à excelência técnica. Ela está intrinsecamente ligada à capacidade de promover ambientes
inclusivos e adaptáveis. A decisão de embarcar nesse estudo de caso reflete não apenas a
maturidade da empresa, mas também o comprometimento em enfrentar novos desafios e evoluir
em consonância com as demandas contemporâneas.
O desenvolvimento de estratégias de educação corporativa voltadas para a comunicação
acessível representa, assim, um novo capítulo na história da Coach It. Este estudo busca,
portanto, não apenas evidenciar o estado atual da empresa em relação a essa iniciativa, mas
também oferecer insights valiosos sobre como empresas consolidadas podem incorporar
práticas inclusivas de forma eficaz e transformadora.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 11
Metodologia
A metodologia adotada para este estudo de caso envolveu uma abordagem qualitativa,
com coleta de dados por meio de validadores
4
automáticos de acessibilidade, análise
documental, entrevistas semiestruturadas e observação participante.
Goode e Hatt (1979, p. 421-422) definem o estudo de caso como um método de olhar
para a realidade social. “Não é uma técnica específica, é um meio de organizar dados sociais
preservando o caráter unitário do objeto social estudado”.
Profissionais de diferentes níveis hierárquicos foram envolvidos, proporcionando uma
visão abrangente das práticas de educação corporativa e comunicação acessível na Coach It.
A condução desta pesquisa foi pautada por uma metodologia robusta e multifacetada,
projetada para sondar as profundezas da comunicação da empresa e, ao final, gerar um manual
de boas práticas que se mostrasse não apenas teoricamente relevante, mas aplicável na prática.
Dividida em quatro etapas distintas, a metodologia foi delineada para oferecer uma visão
holística da acessibilidade na comunicação corporativa.
Etapa 1: Validação da Acessibilidade do site institucional
A primeira etapa consistiu na validação da acessibilidade do site institucional da Coach
It. Ferramentas automáticas como Jigsaw
5
e o monitor de acessibilidade do governo português
chamado Access Monitor
6
foram empregadas para uma avaliação técnica criteriosa, conforme
é possível observar nas imagens abaixo:
4
Segundo o site Movimento Web para Todos, são ferramentas automáticas que fazem uma pesquisa no código de
uma página e emitem relatórios que indicam as barreiras de acessibilidade para o desenvolvedor corrigi-las.
Recomenda-se que tais validadores estejam baseados nos princípios do W3C (World Wide Web Consortium)
contidos na versão 2.1 das WCAGs (Diretrizes para a Acessibilidade dos Conteúdos da Web).
5
Disponível em: https://jigsaw.w3.org/css-validator/. Acesso em: 10 dez. 2023.
6
Disponível em: https://accessmonitor.acessibilidade.gov.pt/. Acesso em: 10 dez. 2023.
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 12
Figura 1 Análise automática da página de abertura do site Institucional
Legenda: Os comentários do programa de validação Access Monitor apontaram que a
navegação do site se por uma página única com a existência de banner sem texto alternativo,
e se observa a ausência de subtítulos na programação de código CSS.
Fonte: Elaborado pelos autores
Figura 2 - Análise automática da página de abertura do site Institucional
Legendas: Ausência de ícone para intérprete do conteúdo do site para linguagem brasileira de sinais;
nenhuma existência ou referência ao recurso de audiodescrição; Descrição de imagem através do
atributo de texto alternativo inexistente.
Fonte: Elaborado pelos autores
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 13
Figura 3 Análise dos recursos de acessibilidade pelo validador automático Access Monitor
em 21/06/2022
Legendas: A pontuação dos recursos de acessibilidade do site foi 3.2 de um total de 10.0 pontos. Foram
encontradas 21 práticas de acessibilidade em toda a programação do site, composto por 913 elementos
em HTML. Entre essas práticas encontradas, somente 2 delas foram classificadas com padrão aceitável
pelo software, outras 7 careciam de revisão manual e outras 12 práticas foram classificadas como
inaceitáveis.
Fonte: Elaborado pelos autores
Tabela 1 Resumo da análise manual do site institucional da Coach It, realizada em
01/06/2022
Ausente
Ausente
Ausente
Insuficiente
Ausente
Ausente
Ausente
Fonte: Elaborado pelos autores
Este ponto de partida técnico foi essencial para compreender as barreiras iniciais
encontradas por usuários com diferentes necessidades. Através desses validadores automáticos,
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 14
foi possível identificar que recursos de acessibilidade comunicacional foram ignorados desde a
concepção do projeto de desenvolvimento até a programação do site institucional da empresa.
Etapa 2: Análise qualitativa manual das redes sociais
A segunda etapa envolveu uma análise qualitativa manual das plataformas de redes
sociais da Coach It, incluindo YouTube, LinkedIn, Facebook e Instagram. Essa análise
minuciosa revelou sérios problemas de acessibilidade em conteúdos publicados, destacando
lacunas significativas na representação e entrega de informações para as pessoas com
deficiência.
Ilustração 4 Análise manual dos recursos de acessibilidade do Youtube
Legendas: O recurso automático de closed caption (CC) ajudou bastante o canal da empresa, já que não
houve nenhuma preocupação com a inclusão de legendas. Por ter filiais em outros países, surge outra
necessidade latente: traduzir todo o conteúdo de vídeo para o português, inglês e espanhol, pois do
contrário, estarão impedindo que o público dessas localidades tenha acesso à mensagem institucional.
O conteúdo em formato clipe ou slideshow (imagem + trilha sonora) deve vir acompanhado de um texto
auxiliar ou pelo menos um link direcionando para uma página do site da empresa, com todo esse
conteúdo transcrito. O uso de uma janela com tradução em Libras também é aconselhado, pois muitas
pessoas com deficiência auditiva não são alfabetizadas na língua portuguesa.
Fonte: Elaborado pelos autores
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 15
Figura 5 Análise manual dos recursos de acessibilidade do LinkedIn
Legendas: O primeiro desafio na hora de produzir conteúdo acessível nas redes sociais é criar uma
mensagem com pelo menos duas vias de recepção totalmente separadas (visão e audição). Isso significa
que quem não pode enxergar precisa entender a mensagem completa, e quem não pode ouvir, também.
Atualmente, todas as postagens da empresa são extremamente visuais e, portanto, precisam ser
adaptadas às pessoas cegas ou com baixa visão. Aumentar o contraste das cores dos posts e o corpo da
fonte do texto das artes ajudaria a alcançar esse público. Reduzir os períodos das orações (texto curto e
o uso do discurso direto) também pode ajudar a facilitar a compreensão de pessoas com deficiência
intelectual (TEA, TDH, Síndrome de Down e etc). Por fim, seria importante incluir mais produções de
vídeo ou mídia exclusivamente sonora (com o correspondente textual no corpo do post), para variar um
pouco do tradicional formato de post carrossel.
Fonte: Elaborado pelos autores
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 16
Figura 6 Análise manual dos recursos de acessibilidade do Facebook
Legendas: Aparentemente, a empresa não possui estratégias diferentes de produção de conteúdo entre
as três redes sociais, portanto, os apontamentos anteriores valem para todas. Entretanto, um aspecto
importante do comportamento dos usuários tanto do Facebook quanto do Instagram é que, nessas redes,
fotos e vídeos são os principais formatos de conteúdo consumidos. Diante disso, é necessário acessar os
recursos avançados de publicação e incluir Alt Text ou Texto Alternativo em todos os posts.
Somente assim tecnologias assistivas, como leitores de tela, serão capazes de audiodescrever a imagem
publicada. IMPORTANTE: O desafio na hora de preencher este campo adicional é ser bem específico
e ao mesmo tempo sintético para não entediar o ouvinte com detalhes desnecessários. A foto deve
sempre informar e não apenas decorar o post.
Fonte: Elaborado pelos autores
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 17
Figura 7 Análise manual dos recursos de acessibilidade do Instagram
Legendas: Ainda falando sobre audiodescrição de imagens, notamos algumas postagens com fotos do
escritório da empresa, da equipe reunida, sala de café e etc. Nestes posts, o que comunica não são as
fotos, mas conteúdo verbal transcrito no corpo do post. Mais uma vez, para quem enxerga e não possui
nenhum tipo de deficiência intelectual a mensagem está clara. Porém, seguindo os princípios da
acessibilidade e da Lei Brasileira de Inclusão (LBI), é fundamental acrescentar na descrição (ou
audiodescrição no caso dos vídeos) esse olhar fotográfico. Exemplo de descrição do olhar fotográfico:
Sala ampla e vazia, com vários computadores e postos de trabalho um de frente para o outro, com uma
grande mesa de reuniões no centro. Essa descrição do quadro complementa a mensagem do texto que
vem na sequência: Um espaço compartilhado de trabalho faz toda a diferença quando queremos manter
a equipe unida.
Fonte: Elaborado pelos autores
Etapa 3: Entrevistas semiestruturadas com lideranças
Para compreender a abordagem da empresa em relação às pessoas com deficiências
sensoriais, motoras ou cognitivas em suas campanhas de marketing, os pesquisadores
avançaram para a terceira etapa. Entrevistas semiestruturadas foram conduzidas com
supervisores e outras lideranças da Coach It.
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 18
Tabela 2 Questionário sobre conhecimentos prévios sobre acessibilidade e deficiência
Pergunta
Como você define o conceito de deficiência e qual é a
importância de compreendê-lo no seu ambiente de
trabalho?
Em sua visão, o que significa acessibilidade e como
você acredita que ela pode ser integrada de forma
eficaz em nosso contexto de trabalho?
Considerando a presença cada vez maior de pessoas
com deficiência nas redes sociais, como sua equipe
pode garantir uma comunicação acessível e
inclusiva?
Você poderia compartilhar alguma experiência
pessoal ou profissional significativa envolvendo
interações com pessoas com deficiência?
Nos próximos cinco anos, quais os planos da empresa
para promover uma cultura mais inclusiva e
acessível, especialmente em relação a expansão da
equipe e das operações?
Fonte: Elaborado pelos autores
Esse passo revelou percepções internas sobre as acessibilidade e lacunas existentes nas
estratégias de marketing da empresa, conforme pode ser constatado em um e-mail enviado pelo
CEO da empresa em Junho de 2022.
Identificando o problema da falta de acessibilidade em nossos canais de
comunicação e mídias, podemos ajustar o nosso posicionamento de marca,
frente aos nossos valores que permeiam a inclusão e acesso pleno aos nossos
recursos de comunicação, seguindo as métricas determinadas por normas e
outros afins (MARCELO CORREA MOREIRA, CEO COACH IT).
Etapa 4: Observação Participante no Cotidiano da Empresa
A última etapa foi marcada por uma imersão profunda no cotidiano da Coach It. Entre
os meses de junho a novembro de 2022, os pesquisadores participaram ativamente do ambiente
de trabalho, compartilhando experiências com os funcionários. Essa observação participante
proporcionou uma compreensão holística de como a falta de informações e conhecimento sobre
deficiências impactava a comunicação interna e externa da empresa.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 19
Figura 8 Treinamento sobre comunicação acessível, equipe Coach It - unidade Sorocaba
Fonte: Acervo dos autores
Figura 9 Evento de educação corporativa sobre acessibilidade
Fonte: Acervo dos autores
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 20
Melhorias em acessibilidade nas mídias digitais da Coach It após a incorporação do Guia
de Boas Práticas de Acessibilidade
A incorporação do "Guia de Boas Práticas de Acessibilidade" nos treinamentos internos
do time de marketing desencadeou notáveis melhorias nas mídias digitais da empresa, incluindo
site, Facebook, Instagram, LinkedIn e YouTube.
O site da Coach It passou por transformações notáveis. A navegação tornou-se mais
intuitiva, atendendo às diretrizes de acessibilidade. Elementos visuais foram otimizados, e a
estrutura do site foi repensada para garantir uma experiência mais inclusiva para todos os
usuários, independentemente de suas capacidades.
Nas redes sociais, como Facebook, Instagram e LinkedIn, as postagens agora são
acompanhadas por descrições detalhadas e alt-texts, tornando o conteúdo visual acessível para
aqueles que utilizam leitores de tela. Vídeos postados no YouTube agora incorporam legendas
automáticas e audiodescrição, permitindo que pessoas com deficiência auditiva ou visual
desfrutem do conteúdo sem barreiras.
Figura 10 Correções e adaptações razoáveis no LinkedIn
Legenda: Alterado nas atualizações, em editar atualizações, as redes sociais apresentam recursos em que
não se faz necessário o uso de # (Hashtag), ou seja, o grupo de discussão a respeito. O texto alternativo
exemplificando a imagem encontra-se disponível nas postagens da CoachIT desde a primeira orientação
realizada junto à equipe de marketing, em junho de 2022. A tecnologia assistiva do usuário que estará
navegando na página terá disponível o descritivo da imagem exposta.
Fonte: Elaborado pelos autores
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 21
Figura 11 Correções e adaptações razoáveis no Facebook
Legenda: Na publicação postada na semana de 20 de junho de 2022 consta a descrição: “Mulher negra,
sorrindo sentada em uma mesa, com um computador em sua frente e uma parede de vidro atrás dela.
Na imagem, temos o texto: “Você sabe quais empresas podem utilizar SAP?”. IMPORTANTE: O
desafio para o desenvolvimento da legenda ainda é grande. Mas a iniciativa foi tomada após o alerta. A
exemplo do descrito acima, o uso de “Sorrindo sentada em uma mesa”, parecendo muito literal na
linguagem, pois ela está sentada em frente a uma mesa, possivelmente em uma cadeira. Também seria
interessante ter essa redundância mencionada para descrição da imagem, para o caso de pessoas com
deficiência que não fazem uso de tecnologia assistiva, a exemplo de daltonismo, contendo descrição das
cores da imagem, mesmo que a foto não informe e sim adorne o post.
Fonte: Elaborado pelos autores
O treinamento interno do time de marketing destacou a importância de considerar a
diversidade de públicos ao criar campanhas. O entendimento aprimorado sobre deficiências
sensoriais, motoras e cognitivas influenciou diretamente a abordagem de marketing da Coach
It, resultando em conteúdos mais inclusivos e impactantes.
Essas mudanças não apenas alinham a Coach It com padrões éticos e legais, mas
também fortalecem a reputação da empresa como defensora da inclusão. Os clientes agora
percebem a Coach It não apenas como líder em consultoria em TI, mas também como uma
empresa comprometida com valores de equidade e acessibilidade.
Em síntese, a incorporação do Guia de Boas Práticas de Acessibilidade nos
treinamentos internos do time de marketing da Coach It demonstrou ser um catalisador eficaz
para melhorias substanciais nas mídias digitais. Essas mudanças não apenas atendem às
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 22
demandas da era digital, mas também posicionam a Coach It como referência em práticas
inclusivas em seu setor.
Conclusão
O presente estudo de caso explorou a interseção crucial entre comunicação acessível e
educação corporativa, analisando de perto a experiência da Coach It, uma empresa de
consultoria em TI com mais de duas décadas de atuação e uma extensa presença global.
Inicialmente, ao contextualizar a empresa, destacou-se a sua robustez e sucesso, contando com
mais de 150 funcionários distribuídos em diversos escritórios ao redor do mundo.
No âmbito da acessibilidade, revelou-se que, apesar da maturidade da Coach It, a
empresa não havia anteriormente desenvolvido estratégias específicas de educação corporativa
voltadas à inclusão e acessibilidade. Este cenário motivou uma pesquisa abrangente conduzida
pelos pesquisadores Ariadne Botechia e Felipe Oliveira Cavalieri, orientados pela professora
Dra. Suely Maciel.
Os objetivos da pesquisa foram delineados a partir de um trabalho de campo que
envolveu a revisão do planejamento estratégico da empresa, com foco particular no capítulo e
carta de plano de marketing. Detectou-se a falta de acessibilidade nos canais de comunicação e
mídias da empresa, conduzindo à criação do “Guia de Boas Práticas de Acessibilidade”. Este
guia tornou-se um instrumento didático crucial utilizado nos treinamentos internos da empresa,
visando sensibilizar os colaboradores para a importância da comunicação acessível.
A metodologia adotada foi rigorosa e envolveu várias etapas. Inicialmente, a validação
da acessibilidade do site institucional foi realizada por meio de aplicações web especializadas.
Em seguida, uma análise qualitativa manual dos conteúdos nas plataformas de mídia social
revelou sérios problemas de acessibilidade. Entrevistas semiestruturadas foram conduzidas com
supervisores e lideranças para compreender a consideração das pessoas com deficiências nas
campanhas de marketing. Finalmente, uma observação participante foi realizada para melhor
compreender como a falta de informações e conhecimento sobre deficiência impactava no
material publicitário.
Este estudo de caso fornece uma contribuição significativa para o campo da educação
corporativa ao destacar a importância da comunicação acessível e inclusiva. Ao abordar lacunas
existentes na abordagem da Coach It e desenvolver estratégias concretas, o trabalho apresenta
um modelo replicável para outras organizações que buscam promover a acessibilidade em seus
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 23
ambientes corporativos e mídias digitais. A conscientização, educação e ação prática emergem
como pilares fundamentais para criar ambientes de trabalho verdadeiramente inclusivos,
capacitando empresas a alcançar todo o seu potencial humano.
Ao atravessar cada etapa, os pesquisadores não apenas coletaram dados, mas
construíram uma narrativa coesa que culminou na formulação do “Guia de Boas Práticas de
Acessibilidade da Coach It”. Este documento não é somente o resultado de uma pesquisa; é a
materialização de uma jornada que revelou não apenas problemas, mas também soluções
aplicáveis, contribuindo significativamente para o campo da educação e comunicação acessível
em ambientes corporativos.
REFERÊNCIAS
BEAL, A. Gestão estratégica de informação: como transformar a informação e a tecnologia
da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações. São Paulo:
Atlas, 2004.
BRASIL. Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Câmara dos
Deputados, 2015. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso em: 20 nov. 2022.
FONSECA, R. T. O trabalho protegido do portador de deficiência. Revista da Faculdade de
Direito de São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo, v. 7, 2015. Disponível em:
https://revistas.direitosbc.br/fdsbc/article/view/764. Acesso em: 20 nov. 2022.
FOUCAULT, M. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
GOODE, W. J.; HATT, P. Métodos em Pesquisa Social. São Paulo. Companhia Editora
Nacional, 1979.
KIRKPATRICK, D.; KIRKPATRICK, J. Evaluating Training Programs. [S. l.]: Barrett-
Koehler Publishers, Inc, 2006.
KOLB, D. A. Experiential learning: experience as the source of learning and development.
Nova Jersey: Prentice Hall, 1984.
MAXIMIANO, A. C. A. Administração para empreendedores: fundamentos da criação e
da gestão de novos negócios. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2006.
MOVIMENTO WEB PARA TODOS. Descomplicando os validadores automáticos de
acessibilidade digital. Disponível em: https://mwpt.com.br/descomplicando-os-validadores-
automaticos-de-acessibilidade-digital/. Acesso em: 01 jan. 2024.
Explorando novas fronteiras: Um estudo de caso em educação corporativa e comunicação acessível na Coach It - Consultoria em TI
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 24
OLIVEIRA, O. J. Gestão da qualidade: tópicos avançados. São Paulo: Thompson Pioneira,
2004.
PERANZONI, V. C.; FREITAS, S. N. A evolução do (pre)conceito de deficiência. Revista
Educação Especial, [S. l.], p. 1520, 2012. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/5253. Acesso em: 30 ago. 2022.
PEREIRA, J. A. Acessibilidade para pessoas com deficiência física e/ou sensorial à
hotelaria: na perspectiva do consumo coletivo. 2016. Dissertação (Mestrado em Consumo,
cotidiano e desenvolvimento social) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife,
2016.
PHILLIPS, P. P.; PHILLIPS, J. J. Return on Investment (ROI) Basics. Alexandria, VA:
ASTD Press, 2005.
RODRIGUES, O. M. P. R.; MARANHE, E. A. A história da inclusão social e educacional da
pessoa com deficiência. In: CAPELLINI, V. L. M. F.; RODRIGUES, O. M. P. R. (org.).
Educação inclusiva: Fundamentos históricos, conceituais e legais. Bauru, SP: UNESP - FC,
2012. v. 12. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/284714199_EDUCACAO_INCLUSIVA_FUNDA
MENTOS_HISTORICOS_CONCEITUAIS_E_LEGAIS. Acesso em: 20 nov. 2022.
SCHEWINSKY, S. R. A barbárie do preconceito contra o deficiente: todos somos vítimas.
Acta Fisiátrica, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 7-11, 2004. DOI: 10.11606/issn.2317-
0190.v11i1a102465. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102465. Acesso em: 11 dez. 2023.
SENGE, P. M. A Quinta Disciplina: arte e prática da organização que aprende. 11. ed. São
Paulo: Ed. Nova Cultural, 1990.
SETUBAL, J. M.; FAYAN, R. A. C. (org.). Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência - Comentada. Campinas, SP: Fundação FEAC, 2016.
SILVA, O. M. A Epopéia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de
hoje. São Paulo: CEDAS, 1986.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI e Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 25
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Não aplicável.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: O trabalho não precisou passar por nenhum comitê de ética.
Disponibilidade de dados e material: Não, pois o trabalho ocorreu em um ambiente
corporativo e tratou sobre a política de treinamentos internos da empresa.
Contribuições dos autores: Ariadne Botechia - Foi responsável por apresentar nosso
projeto de pesquisa à empresa de COACH IT e intermediou todos os contatos com a direção.
Participou ativamente de cada etapa do trabalho e esteve presente nos encontros realizados
no escritório de Sorocaba. Felipe Oliveira Cavalieri - Foi responsável por redigir o
trabalho e formatá-lo. Participou ativamente de cada etapa, desde a análise de acessibilidade
até elaboração dos treinamentos e compilação de dados. Suely Maciel - Foi a orientadora
do trabalho, participando ativamente com insights valiosos e indicando textos que se
mostraram fundamentais para a compreensão dos temas: Acessibilidade, Educação e
Ciência; foi ela quem conduziu o trabalho para que ele tivesse o rigor científico apropriado.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 1
EXPLORANDO NUEVAS FRONTERAS: UN ESTUDIO DE CASO EN EDUCACIÓN
CORPORATIVA Y COMUNICACIÓN ACCESIBLE EN COACH IT -
CONSULTORIA EN TI
EXPLORANDO NOVAS FRONTEIRAS: UM ESTUDO DE CASO EM EDUCAÇÃO
CORPORATIVA E COMUNICAÇÃO ACESSÍVEL NA COACH IT - CONSULTORIA EM
TI
EXPLORING NEW FRONTIERS: A CASE STUDY IN CORPORATE EDUCATION
AND ACCESSIBLE COMMUNICATION AT COACH IT - CONSULTING IN IT
Ariadne BOTECHIA1
e-mail: ariadne.botechia@unesp.br
Felipe Oliveira CAVALIERI2
e-mail: felipe@tedmarketing.com.br
Suely MACIEL3
e-mail: suely.maciel@unesp.br
Cómo hacer referencia a este artículo:
BOTECHIA, A.; CAVALIERI, F. O.; MACIEL, S. Explorando
nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y
comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT. Revista
Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n.
00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014
| Enviado en: 17/08/2023
| Revisiones requeridas en: 21/10/2023
| Aprobado el: 19/11/2023
| Publicado el: 08/02/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidad Estatal Paulista (UNESP), Bauru SP Brasil. Maestría por el Programa de Posgrado en Medios y
Tecnología.
2
Universidad Estatal Paulista (UNESP), Bauru SP Brasil. Maestría por el Programa de Posgrado en Medios y
Tecnología.
3
Universidad Estatal Paulista (UNESP), Bauru SP Brasil. Profesora Asistente. Doctorado en Ciencias de la
Comunicación (USP).
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 2
RESUMEN: Este artículo analiza un estudio de caso realizado en 2022 en Coach It IT
Consulting, en Sorocaba, abordando la implementación de prácticas innovadoras de educación
corporativa y estrategias de comunicación accesibles. Exploramos las interconexiones entre la
educación corporativa, la comunicación accesible y las demandas específicas del sector de TI
en la revisión crítica de la literatura. Se presenta la metodología del estudio de caso, seguida de
los resultados y análisis. La conclusión destaca los principales hallazgos, cerrando con
reflexiones sobre las contribuciones a los campos de la educación corporativa y la
comunicación accesible. Este estudio tiene como objetivo enriquecer la comprensión de cómo
las empresas pueden alinear las estrategias de aprendizaje corporativo con la promoción de la
inclusión, contribuyendo a entornos organizacionales más adaptativos y equitativos.
PALABRAS CLAVE: Educación corporativa. Comunicación accesible. Deficiencia.
Marketing e inclusión.
RESUMO: Este artigo analisa um estudo de caso realizado em 2022 na Coach It Consultoria
em TI, em Sorocaba, abordando a implementação de práticas inovadoras de educação
corporativa e estratégias de comunicação acessíveis. Exploramos as interconexões entre
educação corporativa, comunicação acessível e as demandas específicas do setor de TI na
revisão crítica da literatura. A metodologia do estudo de caso, seguida pelos resultados e
análises, é apresentada. A conclusão destaca descobertas-chave, encerrando com reflexões
sobre as contribuições para os campos da educação corporativa e comunicação acessível. Este
estudo visa enriquecer a compreensão de como as empresas podem alinhar estratégias de
aprendizagem corporativa à promoção da inclusão, contribuindo para ambientes
organizacionais mais adaptativos e equitativos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação corporativa. Comunicação acessível. Deficiência. Marketing
e inclusão.
ABSTRACT: This article analyzes a case study carried out in 2022 at Coach It - IT Consulting,
in Sorocaba, addressing the implementation of innovative corporate education practices and
accessible communication strategies. We explore the interconnections between corporate
education, accessible communication, and the specific demands of the IT sector in the critical
literature review. The methodology of the case study, followed by the results and analyses, is
presented. The conclusion highlights key findings, closing with reflections on the contributions
to the fields of corporate education and accessible communication. This study aims to enrich
the understanding of how companies can align corporate learning strategies with the
promotion of inclusion, contributing to more adaptive and equitable organizational
environments.
KEYWORDS: Corporate education. Accessible communication. Deficiency. Marketing and
inclusion.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 3
Introducción
La dinámica contemporánea del entorno corporativo está intrínsecamente ligada a la
constante evolución tecnológica y a la imperiosa necesidad de inclusión (Maximiano, 2006).
En este contexto, la intersección entre la educación corporativa y la comunicación accesible
emerge como un campo de estudio esencial para promover entornos de trabajo más inclusivos
y eficientes (Oliveira, 2004). Este artículo presenta un análisis en profundidad de un estudio de
caso (Goode; Hatt, 1979) realizado en 2022 en Coach It - IT Consulting, con sede en la ciudad
de Sorocaba, en el interior de São Paulo, que aborda la implementación de prácticas
innovadoras de educación corporativa combinadas con estrategias de comunicación accesibles.
El objetivo principal de este estudio es analizar cómo la empresa Coach ha integrado
prácticas innovadoras de educación corporativa, considerando las demandas específicas del
sector TI, con estrategias de comunicación accesibles en su departamento de marketing.
Buscaremos comprender los impactos de esta integración en el desarrollo profesional, la
efectividad de la comunicación interna y la promoción de una cultura organizacional inclusiva.
Los objetivos de esta investigación trascienden el mero análisis superficial de las
prácticas de Coach It. Guiados por la profesora Suely Maciel, nos adentramos en las entrañas
de la empresa, realizando un minucioso y exhaustivo trabajo de campo que redefine la
comprensión de la intersección entre la educación corporativa y la accesibilidad.
En un esfuerzo conjunto, dirigimos nuestro enfoque a la revisión de la planificación
estratégica de Coach It, con especial énfasis en el capítulo y la carta del plan de marketing. Este
enfoque específico reveló matices cruciales que antes habían escapado a la atención,
especialmente en lo que respecta a la falta de accesibilidad en los canales y medios de
comunicación de la empresa.
Al identificar este problema central, sentamos las bases para el diseño de la "Guía de
Buenas Prácticas de Accesibilidad". Esta guía no es solo un documento teórico; es una respuesta
práctica y tangible a la brecha de accesibilidad dentro de Coach It. De esta manera, no solo
diagnosticamos el problema, sino que también brindamos una solución tangible que se
materializa como un recurso educativo.
Es crucial señalar que la Guía de Buenas Prácticas de Accesibilidad no es una literatura
estática, sino un material dinámico que ha encontrado su lugar en la formación interna de la
empresa. Este documento no solo destaca las fallas, sino que también empodera a los empleados
para que se conviertan en agentes activos en la construcción de una comunicación más
inclusiva.
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 4
Al alinear los objetivos de la investigación con este enfoque práctico y aplicado, no solo
exploramos las brechas existentes, sino que también delineamos un camino claro para la mejora.
El estudio de caso no es solo un análisis crítico; Es una narrativa de transformación e
innovación, donde jugamos un papel clave no solo para observar la necesidad de cambio, sino
también para ser agentes catalizadores de esta transformación.
Este artículo está estructurado de la siguiente manera: la siguiente sección ofrece una
revisión crítica de la literatura relevante, explorando las interconexiones entre la educación
corporativa y la comunicación accesible. Posteriormente, se presenta la metodología utilizada
en el caso de estudio, seguida de los resultados alcanzados tras la implementación de la Guía
de Buenas Prácticas de Accesibilidad en los medios digitales de la empresa. La conclusión
destaca los principales hallazgos y sus implicaciones, cerrando con reflexiones sobre las
contribuciones del estudio al campo de la educación corporativa y la comunicación accesible.
En definitiva, este estudio de caso en Coach tiene como objetivo enriquecer la
comprensión académica de cómo las empresas pueden alinear las estrategias de aprendizaje
corporativo con la promoción de la inclusión, contribuyendo así a la construcción de entornos
organizacionales más adaptativos y equitativos.
Contexto histórico de la discapacidad
La forma en que la sociedad percibe a las personas con discapacidad ha evolucionado a
lo largo de la historia, moldeada por los valores morales, éticos, religiosos y filosóficos
adoptados por diferentes culturas en diferentes momentos. Comprender estas transformaciones
culturales a lo largo del tiempo nos ayudó a comprender las razones que llevaron a la gerencia
y a los empleados de Coach It a ignorar los recursos de accesibilidad web disponibles en los
medios de comunicación de la empresa.
Solo después de esta investigación bibliográfica preliminar fue posible recopilar
información histórica y comprender la evolución del concepto de discapacidad, con el fin de
señalar los problemas de accesibilidad identificados en la empresa. Sin esta comprensión, sería
imposible sensibilizar al equipo y convencer a la dirección para que mejore sus métodos de
trabajo y formación.
Como argumenta Michel Foucault (2001, p. 69, nuestra traducción):
Las diferencias corporales, ya sea que califiquen como discapacidad o no, son
expresiones de la diversidad humana. Sin embargo, la existencia de cuerpos
con marcadas diferencias siempre ha despertado la curiosidad, el asombro o
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 5
la indiferencia de las personas en diferentes sociedades (...) lo que constituye
en su existencia misma y en su forma, no sólo una violación de las leyes de la
sociedad, sino también una violación de las leyes de la naturaleza.
Este estigma ha acompañado a la humanidad desde sus primeras civilizaciones, como
lo evidencia Silva (1986), cuando menciona a los Chiricoa, un pueblo que habitaba la selva
colombiana. Este grupo a menudo se mudaba, dejando atrás a las personas discapacitadas, los
ancianos y los enfermos en la antigua vivienda de la tribu, debido a las necesidades de
supervivencia.
Situaciones similares ocurrieron en otras civilizaciones, como en el Antiguo Egipto,
donde las enfermedades graves, las discapacidades físicas y los problemas mentales se
interpretaban como manifestaciones de demonios, espíritus malignos o castigos por pecados de
vidas pasadas. La solución a estas adversidades dependía de las intervenciones divinas, de los
sacerdotes o de las prácticas religiosas, como las oraciones, los exorcismos y las cirugías (Silva,
1986).
En cuanto a su presencia en la sociedad, las personas con discapacidad se podían
encontrar en diversos estratos sociales, desde faraones, nobles y artesanos hasta esclavos, como
lo demuestran los artefactos egipcios que muestran que algunas personas con discapacidad
pudieron tener vida social y formar familias (Pereira; Saraiva, 2016).
En la Antigua Grecia, donde la fuerza física y la belleza estaban sobrevaloradas, la
marginación era común para aquellos que no cumplían con los ideales de fuerza y belleza
requeridos para los participantes en las guerras. Los individuos cuyas características no se
alineaban con estos estándares a menudo eran excluidos y, en muchos casos, eliminados, con
la excepción de los guerreros heridos y mutilados, que estaban protegidos por el Estado
(Schewinsky, 2004). Los griegos veían a las personas con discapacidad como inútiles para la
sociedad, considerándolas seres infrahumanos.
En Esparta y Atenas, los niños con discapacidades físicas, sensoriales y
mentales eran etiquetados como infrahumanos, lo que justificaba su
eliminación y abandono. Estas prácticas eran consistentes con los ideales de
atletismo, belleza y estructuras de clase que sustentaban la organización
socioeconómica de estas ciudades-estado. En Esparta, los niños
discapacitados eran arrojados desde las rocas, mientras que en Atenas eran
rechazados y abandonados en las plazas públicas o en los campos (Rodrigues;
Maranhe, 2012, p. 13, nuestra traducción).
A principios del siglo XIX, la discapacidad se asociaba con la inutilidad, la dependencia
y la discapacidad, y a menudo resultaba en abandono y exclusión. Las decisiones relativas a las
personas con discapacidad se basaban en los preceptos morales y éticos de la época (Peranzoni;
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 6
Freitas, 2012). Sin embargo, durante el siglo XIX se produjo un cambio fundamental, con la
ampliación de la atención especializada más allá de las instituciones, para incluir estudios
específicos sobre los diferentes tipos de discapacidad (Fonseca, 2015).
El siglo XX fue testigo de una serie de cambios de paradigma significativos, que
culminaron en avances para las personas con discapacidad. Durante este tiempo, la sociedad se
ha organizado colectivamente para abordar los desafíos y satisfacer mejor las necesidades de
las personas con discapacidad. La conciencia de los derechos humanos y el énfasis en la
integración y la participación activa en la sociedad se han vuelto más prominentes. Después de
la Segunda Guerra Mundial, se volvió a prestar atención a las personas con discapacidad, en
gran parte debido a las diferentes formas de discapacidad resultantes de las heridas de guerra
(Silva, 1986).
Es en el siglo XX, sin embargo, cuando asistimos al cambio de paradigma más radical,
que es la consideración de los aspectos sociales en la definición del marco de la discapacidad.
Esta comprensión condujo al modelo biopsicosocial que subyace en la Convención
Internacional sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad, promulgada por las
Naciones Unidas en 2006, y que sirve de parámetro para toda la legislación posterior emitida
por los países signatarios de la convención. En el caso de Brasil, la Ley Brasileña de Inclusión
(Brasil, 2015) es la principal disposición legal que sistematiza los derechos y deberes de las
personas con discapacidad en una sola ley (Setubal; Fayan, 2019).
Entre las muchas reflexiones contemporáneas sobre la promulgación de la LBI,
podemos dividir sus principales impactos sociales de la siguiente manera:
Igualdad de oportunidades: La ley establece que las personas con discapacidad tienen
un derecho fundamental a la igualdad de oportunidades, lo que significa que no pueden ser
discriminadas por su discapacidad. Esto afecta a todas las esferas de la sociedad, desde el
empleo hasta la educación y la accesibilidad.
Accesibilidad: La accesibilidad es uno de los puntos clave de LBI. Exige que los
edificios públicos, el transporte, los servicios de salud, la educación, la comunicación y la
tecnología, etc., sean accesibles para todas las personas, incluidas las personas con
discapacidad. Esto implica adaptaciones arquitectónicas, tecnológicas, metodológicas,
actitudinales, programáticas y de los sistemas de información y comunicación para garantizar
que nadie quede excluido.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 7
Derecho a la educación: El LBI reforzó el derecho a la educación inclusiva, es decir,
el derecho de las personas con discapacidad a estudiar en escuelas ordinarias, siempre que sea
posible, en lugar de en escuelas especializadas. Esto promueve una mayor integración y
oportunidades educativas para las personas con discapacidad.
Cambio en la percepción: El LBI también ha tenido un impacto en la forma en que la
sociedad ve a las personas con discapacidad. Ayuda a combatir los estigmas y prejuicios
reforzando la idea de que la discapacidad no es una limitación intrínseca, sino una cuestión
social. Por lo tanto, promueve un cambio de percepción hacia las personas con discapacidad.
Mayor acceso al empleo: El LBI busca promover la inclusión de las personas con
discapacidad en el mercado laboral. Las empresas con 100 o más empleados deben cubrir un
porcentaje de sus puestos con personas con discapacidad, lo que garantiza una mayor inclusión
en el ámbito laboral.
Acción afirmativa: La legislación promueve la acción afirmativa para las personas con
discapacidad, fomentando la participación activa de esta población en diversos sectores de la
sociedad. Esto abarca desde el acceso a la cultura hasta la participación en política.
Derecho a la toma de decisiones: El LBI reforzó el derecho de las personas con
discapacidad a tomar decisiones sobre sus propias vidas, reconociendo su autonomía y
capacidad. Esto es particularmente importante para las personas con discapacidad intelectual.
Responsabilidad legal: La legislación introdujo sanciones por discriminación por
motivos de discapacidad, asegurando que quienes violen los derechos de las personas con
discapacidad rindan cuentas legalmente, con penas de multa y prisión.
Innovación tecnológica: LBI ha fomentado el desarrollo de tecnologías de asistencia e
innovaciones que promueven la inclusión, haciendo que la vida cotidiana sea más accesible
para las personas con discapacidad.
Concienciación pública: La ley busca sensibilizar a la opinión pública sobre los
derechos y retos a los que se enfrentan las personas con discapacidad, animando a la sociedad
a ser más inclusiva y solidaria.
Este nuevo paradigma provoca cambios en la comprensión de la discapacidad, en la
definición de lo que serían las barreras, en el establecimiento del papel "solidario" del conjunto
de la sociedad y especialmente de las empresas privadas, en el enfrentamiento y superación de
barreras y en la garantía del derecho de todas las personas a una vida autónoma, libre e
independiente.
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 8
Explorando los Fundamentos Científicos de la Educación Corporativa: Un Análisis
Exhaustivo
La educación corporativa es un campo dinámico que tiene bases sólidas en una
intrincada red de teorías e investigaciones. Desde sus orígenes, este campo ha sido moldeado
por pensadores visionarios y académicos que han buscado comprender y mejorar las prácticas
de aprendizaje en las organizaciones. A medida que avanza el siglo XXI, estamos viendo una
transformación en el enfoque de la educación corporativa, con un enfoque cada vez mayor en
la accesibilidad.
La Convención Internacional sobre los Derechos de las Personas con Discapacidad
(CDPD) establece principios fundamentales, reconociendo la igualdad de oportunidades, la
accesibilidad, el respeto a la diversidad y la plena participación en la sociedad. Estos principios
influyen directamente en la forma en que las empresas ven la educación corporativa. La
accesibilidad se convierte no solo en una obligación ética, sino también en una estrategia vital
para promover entornos de trabajo inclusivos.
En el contexto empresarial contemporáneo, las organizaciones reconocen que la
diversidad, incluida la diversidad funcional, es un activo. La CDPD, al vincular los derechos de
las personas con discapacidad a la educación y el empleo, cataliza un cambio de paradigma en
la formación empresarial. Los programas educativos ahora buscan incorporar prácticas
inclusivas, asegurando que todos los empleados, independientemente de sus habilidades, tengan
un acceso equitativo al desarrollo profesional.
Sin embargo, para una correcta comprensión de la educación corporativa, es necesario
conocer los pilares fundamentales de esta área, que radican en la comprensión profunda de la
interconexión entre el aprendizaje y el desempeño organizacional.
Donald Kirkpatrick, famoso por su Modelo de Evaluación del Entrenamiento (2006),
destaca la importancia de evaluar no solo las reacciones inmediatas de los participantes, sino
también los aprendizajes, comportamientos y resultados. Su trabajo seminal estableció un
marco sólido para evaluar la efectividad de los programas de capacitación, una contribución
crucial a la base conceptual de la educación corporativa en este estudio de caso.
Además, Phillips (2005), con su enfoque para evaluar el retorno de la inversión (ROI)
en formación, aportó una dimensión financiera tangible y fundamental a la viabilidad de esta
investigación sobre educación corporativa. Sus contribuciones resaltan no solo la importancia
del aprendizaje continuo, sino también la necesidad de alinear las inversiones en educación con
los objetivos estratégicos de las organizaciones.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 9
Otro punto esencial en la base científica de la educación corporativa y que se tuvo en
cuenta en este trabajo es la teoría del aprendizaje organizacional propuesta por Peter Senge
(1990). En su libro "La Quinta Disciplina", Senge destaca la importancia de construir
organizaciones de aprendizaje, en las que el aprendizaje individual se entrelaza con el
aprendizaje colectivo, creando una sinergia que impulse la innovación y la adaptación.
En un panorama más contemporáneo, la teoría del aprendizaje experiencial de Kolb
(1984) define que "[...] El proceso por el cual se crea el conocimiento ocurre a través de la
transformación de la experiencia. El conocimiento es el resultado de la combinación de la
obtención y la transformación de la experiencia" (Kolb, 1984, nuestra traducción). Su idea de
que el aprendizaje es un proceso cíclico que involucra experiencia, reflexión, conceptualización
y experimentación resuena fuertemente con la educación corporativa, en la que la aplicación
práctica del conocimiento es inherentemente valiosa.
Hoy en día, a medida que las empresas buscan adaptarse a un mundo más inclusivo, la
aplicación de los principios de la CDPD y la LBI en la formación profesional se vuelve
imperativa. Este enfoque no solo cumple con las obligaciones éticas y legales, sino que también
contribuye a entornos de trabajo más productivos, innovadores y socialmente responsables.
El propósito de este tema es presentar, aunque sea superficialmente, algunos aspectos
importantes en este vasto campo de las bases científicas de la educación corporativa. A medida
que profundizamos en las complejidades de este campo, es imperativo comprender la riqueza
teórica y práctica que sustenta la constante evolución de la educación en las organizaciones
modernas. Este panorama multifacético de teorías e investigaciones proporciona no solo una
comprensión sólida, sino que también arroja luz sobre las posibilidades futuras, donde el
aprendizaje continuo es una brújula vital en el viaje organizacional.
Contextualización del estudio de caso
En el escenario altamente dinámico de las Tecnologías de la Información (Beal, 2004),
Coach se destaca como una empresa que reconoce la importancia estratégica de mantener a sus
profesionales actualizados y capacitados. Este estudio de caso surge de la necesidad de
comprender cómo las prácticas de educación corporativa y la implementación de estrategias de
comunicación accesible pueden converger para optimizar el desempeño organizacional y
promover un entorno de trabajo inclusivo.
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 10
Coach It, con sus impresionantes 20 años de experiencia, es una entidad sólida en el
escenario de la tecnología de la información (TI). Su impacto se evidencia en su expansión
internacional, con más de 150 empleados distribuidos estratégicamente en siete oficinas en todo
el mundo: tres en Brasil, una en España, una en los Países Bajos, una en Canadá y una en
México.
A lo largo de su historia, la compañía se ha consolidado como un referente en el sector,
destacando no solo por la amplitud de su presencia global, sino también por su excelencia
técnica y su apuesta por la innovación. Sorprendentemente, a pesar de esta solidez y éxito,
Coach It nunca había realizado esfuerzos significativos en el ámbito de la accesibilidad
comunicacional en su formación corporativa.
Esta brecha se vuelve aún más intrigante en el escenario actual, en el que la inclusión y
la diversidad son reconocidas como factores esenciales para el crecimiento y la sostenibilidad
de las organizaciones. Coach It, aunque ha prosperado en una industria conocida por su
constante evolución, se ha dado cuenta de la necesidad de adaptarse no solo tecnológicamente,
sino también en términos de prácticas internas, reconociendo la importancia estratégica de
invertir en el desarrollo de nuevas habilidades para sus empleados.
Es esencial entender que, a pesar de la experiencia técnica acumulada durante dos
décadas, Coach It IT Consulting reconoció que la verdadera innovación no se limita a la
excelencia técnica. Está intrínsecamente ligado a la capacidad de fomentar entornos inclusivos
y adaptables. La decisión de embarcarse en este estudio de caso refleja no solo la madurez de
la empresa, sino también el compromiso de afrontar nuevos retos y evolucionar en línea con las
demandas contemporáneas.
El desarrollo de estrategias de educación corporativa centradas en la comunicación
accesible representa así un nuevo capítulo en la historia de Coach It. Por lo tanto, este estudio
busca no solo resaltar el estado actual de la compañía en relación con esta iniciativa, sino
también ofrecer información valiosa sobre cómo las empresas establecidas pueden incorporar
prácticas inclusivas de manera efectiva y transformadora.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 11
Metodología
La metodología adoptada para este estudio de caso implicó un enfoque cualitativo, con
recolección de datos a través de
4
validadores automáticos de accesibilidad, análisis de
documentos, entrevistas semiestructuradas y observación participante.
Goode y Hatt (1979, p. 421-422, nuestra traducción) definen el estudio de caso como
un método para observar la realidad social. "No es una técnica específica, es un medio para
organizar los datos sociales preservando el carácter unitario del objeto social estudiado".
Se contó con la participación de profesionales de diferentes niveles jerárquicos, que
aportaron una visión integral de las prácticas educativas corporativas y de la comunicación
accesible en Coach It.
La realización de esta investigación estuvo guiada por una metodología robusta y
multifacética, diseñada para sondear las profundidades de la comunicación de la empresa y, en
definitiva, generar un manual de buenas prácticas que resultara no solo teóricamente relevante,
sino aplicable en la práctica. Dividida en cuatro etapas diferenciadas, la metodología fue
diseñada para ofrecer una visión holística de la accesibilidad en la comunicación corporativa.
Paso 1: Validación de la Accesibilidad del sitio web institucional
La primera etapa consistió en validar la accesibilidad del sitio web institucional de
Coach It. Se emplearon herramientas automáticas como Jigsaw
5
y el monitor de accesibilidad
portugués del gobierno llamado Access Monitor
6
para una cuidadosa evaluación técnica, como
se puede ver en las siguientes imágenes:
4
Según el sitio web Web for All Movement, son herramientas automáticas que buscan el código de una página y
emiten informes que indican las barreras de accesibilidad para que el desarrollador las corrija. Se recomienda que
dichos validadores se basen en los principios del W3C (World Wide Web Consortium) contenidos en la versión
2.1 de las WCAGs (Web Content Accessibility Guidelines).
5
Disponible en: https://jigsaw.w3.org/css-validator/. Accedido: 10 dic. 2023.
6
Disponible en: https://accessmonitor.acessibilidade.gov.pt/. Accedido: 10 dic. 2023.
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 12
Figura 1 Análisis automático de la página de apertura del sítio web institucional
Pie de foto: Los comentarios del programa de validación Access Monitor señalaron que el sitio
se navega a través de una sola página con la existencia de un banner sin texto alternativo, y se
observa la ausencia de subtítulos en la programación del código CSS.
Fuente: Elaboración propia
Figura 2 - Análisis automático de la página de apertura del sitio web institucional
Subtítulos: Ausencia de un icono para interpretar el contenido del sitio a la lengua de señas brasileña;
ausencia de existencia o referencia a la función de audiodescripción; Descripción de la imagen a través
de un atributo de texto alternativo inexistente.
Fuente: Elaboración propia
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 13
Figura 3 Análisis de las características de accesibilidad por parte del validador automático
Access Monitor el 21/06/2022
Subtítulos: La puntuación de las características de accesibilidad del sitio fue de 3,2 sobre 10,0 puntos.
Se encontraron un total de 21 prácticas de accesibilidad en toda la programación del sitio, que
constaba de 913 elementos HTML. Entre estas prácticas, solo 2 de ellas fueron clasificadas como
aceptables por el software, otras 7 carecían de revisión manual y otras 12 prácticas fueron clasificadas
como inaceptables.
Fuente: Elaboración propia
Tabla 1 Resumen del análisis manual de la web institucional de Coach It, realizado el
06/01/2022
Ausente
Ausente
Ausente
Insuficiente
Ausente
Ausente
Ausente
Fuente: Elaboración propia
Este punto de partida técnico fue esencial para comprender las barreras iniciales
encontradas por usuarios con diferentes necesidades. A través de estos validadores automáticos,
se logró identificar que los recursos de accesibilidad a la comunicación fueron ignorados desde
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 14
la concepción del proyecto de desarrollo hasta la programación del sitio web institucional de la
empresa.
Paso 2: Análisis cualitativo manual de las redes sociales
El segundo paso consistió en un análisis cualitativo manual de las plataformas de redes
sociales de Coach It, incluidas YouTube, LinkedIn, Facebook e Instagram. Este análisis
exhaustivo reveló graves problemas de accesibilidad en el contenido publicado, lo que pone de
manifiesto importantes lagunas en la representación y entrega de información para las personas
con discapacidad.
Ilustración 4 Análisis manual de las funciones de accesibilidad de YouTube
Subtítulos: La función de subtítulos automáticos (CC - closed caption) ayudó mucho al canal de la
compañía, ya que no hubo preocupación por la inclusión de subtítulos. Al tener sucursales en otros
países, surge otra necesidad latente: traducir todo el contenido de video al portugués, inglés y español,
de lo contrario estarán impidiendo que el público de estas localidades tenga acceso al mensaje
institucional. El contenido en formato clip o presentación de diapositivas (imagen + banda sonora) debe
ir acompañado de un texto auxiliar o al menos un enlace que dirija a una página del sitio web de la
empresa, con todo este contenido transcrito. También se aconseja el uso de una ventana con traducción
a libras, ya que muchas personas con discapacidad auditiva no saben leer y escribir en el idioma
portugués.
Fuente: Elaboración propia
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 15
Figura 5 Análisis manual de las funciones de accesibilidad de LinkedIn
Subtítulos: El primer reto a la hora de producir contenido accesible en las redes sociales es crear un
mensaje con al menos dos vías de recepción totalmente separadas (vista y oído). Esto significa que
aquellos que no pueden ver necesitan entender el mensaje completo, y aquellos que no pueden oír
también necesitan entender el mensaje completo. Actualmente, todos los puestos de la empresa son
extremadamente visuales y, por lo tanto, deben adaptarse a las personas ciegas o con baja visión.
Aumentar el contraste de los colores de las publicaciones y el cuerpo de la fuente del texto de la obra de
arte ayudaría a llegar a esta audiencia. La reducción de los períodos de oración (texto corto y el uso del
habla directa) también puede ayudar a facilitar la comprensión de las personas con discapacidad
intelectual (TEA, TDAH, síndrome de Down, etc.). Por último, sería importante incluir más
producciones de vídeo o medios exclusivamente sonoros (con el texto correspondiente en el cuerpo del
post), para variar un poco del formato tradicional de post carrusel.
Fuente: Elaboración propia
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 16
Figura 6 Análisis manual de las funciones de accesibilidad de Facebook
Subtítulos: Al parecer, la empresa no cuenta con diferentes estrategias de producción de contenidos entre
las tres redes sociales, por lo que las notas anteriores se aplican a todas ellas. Sin embargo, un aspecto
importante del comportamiento de los usuarios tanto de Facebook como de Instagram es que, en estas
redes, las fotos y los vídeos son los principales formatos de contenido que se consumen. Ante esto, es
necesario acceder a las funciones avanzadas de publicación e incluir "Alt Text" o "Alt Text" en todas
las publicaciones. Solo entonces las tecnologías de asistencia, como los lectores de pantalla, podrán
describir en audio la imagen publicada. IMPORTANTE: El reto a la hora de rellenar este campo
adicional es ser muy específico y a la vez conciso para no aburrir al oyente con detalles innecesarios. La
foto siempre debe informar y no solo decorar el post.
Fuente: Elaboración propia
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 17
Figura 7 Análisis manual de las funciones de accesibilidad de Instagram
Subtítulos: Siguiendo, hablando de audiodescripción de imágenes, nos dimos cuenta de algunas
publicaciones con fotos de la oficina de la empresa, el equipo reunido, la sala de café, etc. En estos posts,
lo que comunica no son las fotos, sino el contenido verbal transcrito en el cuerpo del post. Una vez más,
para aquellos que pueden ver y no tienen ningún tipo de discapacidad intelectual, el mensaje es claro.
Sin embargo, siguiendo los principios de accesibilidad y la Ley Brasileña de Inclusión (LBI), es
fundamental añadir esta "mirada fotográfica" a la descripción (o audiodescripción en el caso de los
vídeos). Ejemplo de descripción de la mirada fotográfica: Habitación grande y vacía con varios
ordenadores y puestos de trabajo enfrentados, con una gran mesa de reuniones en el centro. Esta
descripción del tablero complementa el mensaje del texto que sigue: "Un espacio de trabajo compartido
marca la diferencia cuando queremos mantener al equipo unido".
Fuente: Elaboración propia
Paso 3: Entrevistas semiestructuradas de liderazgo
Para comprender el enfoque de la empresa hacia las personas con discapacidades
sensoriales, motoras o cognitivas en sus campañas de marketing, los investigadores pasaron al
tercer paso. Se realizaron entrevistas semiestructuradas con supervisores y otros líderes de
Coach It.
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 18
Tabla 2 Cuestionario sobre conocimientos previos sobre accesibilidad y discapacidad
Pregunta
¿Cómo defines el concepto de discapacidad y qué
importancia tiene entenderlo en tu entorno laboral?
En su opinión, ¿qué significa la accesibilidad y cómo
cree que puede integrarse eficazmente en nuestro
contexto laboral?
Teniendo en cuenta la presencia cada vez mayor de
personas con discapacidad en las redes sociales,
¿cómo puede su equipo garantizar una comunicación
accesible e inclusiva?
¿Podría compartir alguna experiencia personal o
profesional significativa que involucre interacciones
con personas con discapacidades?
En los próximos cinco años, ¿cuáles son los planes de
la compañía para fomentar una cultura más inclusiva
y accesible, especialmente en relación con la
expansión del personal y las operaciones?
Fuente: Elaboración propia
Este paso reveló percepciones internas sobre la accesibilidad y las brechas en las
estrategias de marketing de la empresa, como se puede ver en un correo electrónico enviado
por el CEO de la compañía en junio de 2022.
Al identificar el problema de la falta de accesibilidad en nuestros canales y
medios de comunicación, podemos ajustar nuestro posicionamiento de marca,
frente a nuestros valores que permean la inclusión y el acceso pleno a nuestros
recursos de comunicación, siguiendo las métricas determinadas por estándares
y otros similares (MARCELO CORREA MOREIRA, CEO COACH IT,
nuestra traducción).
Paso 4: Observación participante en la vida cotidiana de la empresa
La última etapa estuvo marcada por una profunda inmersión en la vida cotidiana de
Coach. Entre los meses de junio y noviembre de 2022, los investigadores participaron
activamente en el ambiente de trabajo, compartiendo experiencias con los empleados. Esta
observación participante proporcionó una comprensión holística de cómo la falta de
información y conocimiento sobre las discapacidades afectaba la comunicación interna y
externa de la empresa.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 19
Figura 8 Formación en comunicación accesible, equipo Coach It - Unidad Sorocaba
Fuente: Colección de autores
Figura 9 - Evento de educación corporativa sobre accesibilidad
Fuente: Colección de autores
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 20
Mejoras en la accesibilidad en los medios digitales de Coach It tras la incorporación de la
"Guía de Buenas Prácticas de Accesibilidad"
La incorporación de la "Guía de Buenas Prácticas de Accesibilidad" en la formación
interna del equipo de marketing supuso notables mejoras en los medios digitales de la
compañía, incluyendo la página web, Facebook, Instagram, LinkedIn y YouTube.
El sitio web de Coach It ha sufrido notables transformaciones. La navegación se ha
vuelto más intuitiva y cumple con las pautas de accesibilidad. Se han optimizado los elementos
visuales y se ha repensado la estructura del sitio para garantizar una experiencia más inclusiva
para todos los usuarios, independientemente de sus capacidades.
En las redes sociales, como Facebook, Instagram y LinkedIn, las publicaciones ahora
van acompañadas de descripciones detalladas y texto alternativo, lo que hace que el contenido
visual sea accesible para quienes utilizan lectores de pantalla. Los videos publicados en
YouTube ahora incorporan subtítulos automáticos y descripción de audio, lo que permite a las
personas con discapacidades auditivas o visuales disfrutar del contenido sin barreras.
Figura 10 Correcciones y adaptaciones razonables en LinkedIn
Pie de foto: Cambiado en las actualizaciones, en las actualizaciones de edición, las redes sociales
presentan características en las que no es necesario usar # (Hashtag), es decir, el grupo de discusión al
respecto. El texto alternativo que ejemplifica la imagen ha estado disponible en las publicaciones de
CoachIT desde la primera orientación realizada con el equipo de marketing, en junio de 2022. La
tecnología de asistencia del usuario que estará navegando por la página tendrá disponible la descripción
de la imagen expuesta.
Fuente: Elaboración propia
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 21
Figura 11 Correcciones y adaptaciones razonables en Facebook
Pie de foto: La publicación publicada la semana del 20 de junio de 2022 dice: "Mujer negra, sonriendo
sentada en un escritorio, con una computadora frente a ella y una pared de vidrio detrás de ella". En la
imagen, tenemos el texto: "¿Sabes qué empresas pueden usar SAP?". IMPORTANTE: El reto para el
desarrollo del subtítulo sigue siendo grande. Pero la iniciativa se tomó después de la alerta. Como se
describió anteriormente, el uso de "Sonriente sentada en una mesa" parece muy literal en el lenguaje, ya
que ella essentada frente a una mesa, posiblemente en una silla. También sería interesante que se
mencionara esta redundancia para la descripción de la imagen, en el caso de personas con discapacidad
que no utilizan tecnología de asistencia, como el daltonismo, que contenga una descripción de los
colores de la imagen, incluso si la foto no informa, sino que adorna la publicación.
Fuente: Elaboración propia
La formación interna del equipo de marketing puso de manifiesto la importancia de tener
en cuenta la diversidad de audiencias a la hora de crear campañas. La mejora de la comprensión
de las discapacidades sensoriales, motoras y cognitivas ha influido directamente en el enfoque
de marketing de Coach It, lo que ha dado lugar a contenidos más inclusivos e impactantes.
Estos cambios no solo alinean a Coach It con los estándares éticos y legales, sino que
también fortalecen la reputación de la empresa como defensora de la inclusión. Los clientes
ahora perciben a Coach It no solo como un líder en consultoría de TI, sino también como una
empresa comprometida con los valores de equidad y accesibilidad.
En resumen, la incorporación de la "Guía de Buenas Prácticas de Accesibilidad" en la
formación interna del equipo de marketing de Coach It ha demostrado ser un catalizador eficaz
para mejoras sustanciales en los medios digitales. Estos cambios no solo responden a las
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 22
demandas de la era digital, sino que también posicionan a Coach It como un referente de
prácticas inclusivas en su industria.
Conclusión
Este estudio de caso exploró la intersección crucial entre la comunicación accesible y la
educación corporativa, analizando de cerca la experiencia de Coach It, una empresa de
consultoría de TI con más de dos décadas de experiencia y una amplia presencia global.
Inicialmente, al contextualizar la empresa, se destacó su solidez y éxito, con más de 150
empleados distribuidos en varias oficinas alrededor del mundo.
En el ámbito de la accesibilidad, se puso de manifiesto que, a pesar de la madurez de
Coach It, la empresa no había desarrollado previamente estrategias específicas de educación
corporativa orientadas a la inclusión y la accesibilidad. Este escenario motivó una amplia
investigación realizada por los investigadores Ariadne Botechia y Felipe Oliveira Cavalieri,
supervisados por la profesora Dra. Suely Maciel.
Los objetivos de la investigación se trazaron a partir de un trabajo de campo que implicó
la revisión de la planificación estratégica de la empresa, con un enfoque particular en el capítulo
y la letra del plan de marketing. Se detectó la falta de accesibilidad en los canales y medios de
comunicación de la empresa, lo que llevó a la creación de la "Guía de Buenas Prácticas de
Accesibilidad". Esta guía se ha convertido en una herramienta didáctica crucial utilizada en la
formación interna de la empresa, con el objetivo de sensibilizar a los empleados sobre la
importancia de una comunicación accesible.
La metodología adoptada fue rigurosa e implicó varias etapas. Inicialmente, la
validación de la accesibilidad del sitio web institucional se realizó a través de aplicaciones web
especializadas. Luego, un análisis cualitativo manual del contenido en las plataformas de redes
sociales reveló serios problemas de accesibilidad. Se realizaron entrevistas semiestructuradas
con supervisores y líderes para comprender la consideración de las personas con discapacidad
en las campañas de marketing. Finalmente, se llevó a cabo una observación participante para
comprender mejor cómo la falta de información y conocimiento sobre la discapacidad
impactaba en el material publicitario.
Este estudio de caso proporciona una contribución significativa al campo de la
educación corporativa al resaltar la importancia de una comunicación accesible e inclusiva. Al
abordar las brechas existentes en el enfoque de Coach It y desarrollar estrategias concretas, el
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 23
trabajo presenta un modelo replicable para otras organizaciones que buscan promover la
accesibilidad en sus entornos corporativos y medios digitales. La concienciación, la educación
y la acción práctica emergen como pilares clave para crear entornos de trabajo verdaderamente
inclusivos, empoderando a las empresas para que alcancen su máximo potencial humano.
A medida que recorrían cada etapa, los investigadores no solo recopilaron datos, sino
que construyeron una narrativa cohesiva que culminó en la formulación de la "Guía de mejores
prácticas de accesibilidad de Coach'. Este documento no es solo el resultado de una búsqueda;
Es la materialización de un viaje que reveló no solo problemas, sino también soluciones
aplicables, contribuyendo significativamente al campo de la educación y la comunicación
accesible en entornos corporativos.
REFERENCIAS
BEAL, A. Gestão estratégica de informação: como transformar a informação e a tecnologia
da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações. São Paulo:
Atlas, 2004.
BRASIL. Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Câmara dos
Deputados, 2015. Disponible en: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Acceso en: 20 nov. 2022.
FONSECA, R. T. O trabalho protegido do portador de deficiência. Revista da Faculdade de
Direito de São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo, v. 7, 2015. Disponible en:
https://revistas.direitosbc.br/fdsbc/article/view/764. Acceso en: 20 nov. 2022.
FOUCAULT, M. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
GOODE, W. J.; HATT, P. Métodos em Pesquisa Social. São Paulo. Companhia Editora
Nacional, 1979.
KIRKPATRICK, D.; KIRKPATRICK, J. Evaluating Training Programs. [S. l.]: Barrett-
Koehler Publishers, Inc, 2006.
KOLB, D. A. Experiential learning: experience as the source of learning and development.
Nova Jersey: Prentice Hall, 1984.
MAXIMIANO, A. C. A. Administração para empreendedores: fundamentos da criação e
da gestão de novos negócios. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2006.
MOVIMENTO WEB PARA TODOS. Descomplicando os validadores automáticos de
acessibilidade digital. Disponible en: https://mwpt.com.br/descomplicando-os-validadores-
automaticos-de-acessibilidade-digital/. Acceso en: 01 enero 2024.
Explorando nuevas fronteras: Un estudio de caso en educación corporativa y comunicación accesible en Coach It - Consultoria en IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 24
OLIVEIRA, O. J. Gestão da qualidade: tópicos avançados. São Paulo: Thompson Pioneira,
2004.
PERANZONI, V. C.; FREITAS, S. N. A evolução do (pre)conceito de deficiência. Revista
Educação Especial, [S. l.], p. 1520, 2012. Disponible en:
https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/5253. Acceso en: 30 agosto 2022.
PEREIRA, J. A. Acessibilidade para pessoas com deficiência física e/ou sensorial à
hotelaria: na perspectiva do consumo coletivo. 2016. Dissertação (Mestrado em Consumo,
cotidiano e desenvolvimento social) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife,
2016.
PHILLIPS, P. P.; PHILLIPS, J. J. Return on Investment (ROI) Basics. Alexandria, VA:
ASTD Press, 2005.
RODRIGUES, O. M. P. R.; MARANHE, E. A. A história da inclusão social e educacional da
pessoa com deficiência. In: CAPELLINI, V. L. M. F.; RODRIGUES, O. M. P. R. (org.).
Educação inclusiva: Fundamentos históricos, conceituais e legais. Bauru, SP: UNESP - FC,
2012. v. 12. Disponible en:
https://www.researchgate.net/publication/284714199_EDUCACAO_INCLUSIVA_FUNDA
MENTOS_HISTORICOS_CONCEITUAIS_E_LEGAIS. Acceso en: 20 nov. 2022.
SCHEWINSKY, S. R. A barbárie do preconceito contra o deficiente: todos somos vítimas.
Acta Fisiátrica, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 7-11, 2004. DOI: 10.11606/issn.2317-
0190.v11i1a102465. Disponible en:
https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102465. Acceso en: 11 dic. 2023.
SENGE, P. M. A Quinta Disciplina: arte e prática da organização que aprende. 11. ed. São
Paulo: Ed. Nova Cultural, 1990.
SETUBAL, J. M.; FAYAN, R. A. C. (org.). Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência - Comentada. Campinas, SP: Fundação FEAC, 2016.
SILVA, O. M. A Epopéia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de
hoje. São Paulo: CEDAS, 1986.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI y Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 25
CRediT Author Statement
Reconocimientos: No aplicable.
Financiación: No aplicable.
Conflictos de intereses: No hay conflictos de intereses.
Aprobación ética: El trabajo no necesitó pasar por ningún comité de ética.
Disponibilidad de datos y material: No, porque el trabajo se desarrolló en un entorno
corporativo y se refería a la política de formación interna de la empresa.
Contribuciones de los autores: Ariadne Botechia - Fue la encargada de presentar nuestro
proyecto de investigación a la empresa COACH IT y medió en todos los contactos con la
dirección. Participó activamente en cada etapa de la obra y estuvo presente en las reuniones
realizadas en la oficina de Sorocaba. Felipe Oliveira Cavalieri - Fue el responsable de
escribir la obra y de darle formato. Participé activamente en cada etapa, desde el análisis de
accesibilidad hasta la capacitación y recopilación de datos. Suely Maciel - Fue la
supervisora de la obra, participando activamente con valiosas ideas e indicando textos que
resultaron fundamentales para la comprensión de los temas: Accesibilidad, Educación y
Ciencia; fue ella quien condujo la obra para que tuviera el rigor científico adecuado.
Procesamiento y edición: Editora Iberoamericana de Educación - EIAE.
Corrección, formateo, normalización y traducción.
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 1
EXPLORING NEW FRONTIERS: A CASE STUDY IN CORPORATE EDUCATION
AND ACCESSIBLE COMMUNICATION AT COACH IT - CONSULTING IN IT
EXPLORANDO NOVAS FRONTEIRAS: UM ESTUDO DE CASO EM EDUCAÇÃO
CORPORATIVA E COMUNICAÇÃO ACESSÍVEL NA COACH IT - CONSULTORIA EM
TI
EXPLORANDO NUEVAS FRONTERAS: UN ESTUDIO DE CASO EN EDUCACIÓN
CORPORATIVA Y COMUNICACIÓN ACCESIBLE EN COACH IT - CONSULTORIA
EN TI
Ariadne BOTECHIA1
e-mail: ariadne.botechia@unesp.br
Felipe Oliveira CAVALIERI2
e-mail: felipe@tedmarketing.com.br
Suely MACIEL3
e-mail: suely.maciel@unesp.br
How to reference this article:
BOTECHIA, A.; CAVALIERI, F. O.; MACIEL, S. Exploring new
frontiers: A case study in corporate education and accessible
communication at Coach It - Consulting in IT. Revista Ibero-
Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00,
e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587. DOI:
https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014
| Submitted: 17/08/2023
| Revisions required: 21/10/2023
| Approved: 19/11/2023
| Published: 08/02/2024
Editor:
Prof. Dr. José Luís Bizelli
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
São Paulo State University (UNESP), Bauru SP Brazil. Master's degree from the Postgraduate Program in
Media and Technology.
2
São Paulo State University (UNESP), Bauru SP Brazil. Master's degree from the Postgraduate Program in
Media and Technology.
3
São Paulo State University (UNESP), Bauru SP Brazil. Assistant Professor. PhD in Communication Sciences
(USP).
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 2
ABSTRACT: This article analyzes a case study carried out in 2022 at Coach It - IT Consulting,
in Sorocaba, addressing the implementation of innovative corporate education practices and
accessible communication strategies. We explore the interconnections between corporate
education, accessible communication, and the specific demands of the IT sector in the critical
literature review. The methodology of the case study, followed by the results and analyses, is
presented. The conclusion highlights key findings, closing with reflections on the contributions
to the fields of corporate education and accessible communication. This study aims to enrich
the understanding of how companies can align corporate learning strategies with the promotion
of inclusion, contributing to more adaptive and equitable organizational environments.
KEYWORDS: Corporate education. Accessible communication. Deficiency. Marketing and
inclusion.
RESUMO: Este artigo analisa um estudo de caso realizado em 2022 na Coach It Consultoria
em TI, em Sorocaba, abordando a implementação de práticas inovadoras de educação
corporativa e estratégias de comunicação acessíveis. Exploramos as interconexões entre
educação corporativa, comunicação acessível e as demandas específicas do setor de TI na
revisão crítica da literatura. A metodologia do estudo de caso, seguida pelos resultados e
análises, é apresentada. A conclusão destaca descobertas-chave, encerrando com reflexões
sobre as contribuições para os campos da educação corporativa e comunicação acessível. Este
estudo visa enriquecer a compreensão de como as empresas podem alinhar estratégias de
aprendizagem corporativa à promoção da inclusão, contribuindo para ambientes
organizacionais mais adaptativos e equitativos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação corporativa. Comunicação acessível. Deficiência. Marketing
e inclusão.
RESUMEN: Este artículo analiza un estudio de caso realizado en 2022 en Coach It IT
Consulting, en Sorocaba, abordando la implementación de prácticas innovadoras de
educación corporativa y estrategias de comunicación accesibles. Exploramos las
interconexiones entre la educación corporativa, la comunicación accesible y las demandas
específicas del sector de TI en la revisión crítica de la literatura. Se presenta la metodología
del estudio de caso, seguida de los resultados y análisis. La conclusión destaca los principales
hallazgos, cerrando con reflexiones sobre las contribuciones a los campos de la educación
corporativa y la comunicación accesible. Este estudio tiene como objetivo enriquecer la
comprensión de cómo las empresas pueden alinear las estrategias de aprendizaje corporativo
con la promoción de la inclusión, contribuyendo a entornos organizacionales más adaptativos
y equitativos.
PALABRAS CLAVE: Educación corporativa. Comunicación accesible. Deficiencia.
Marketing e inclusión.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 3
Introduction
The contemporary dynamics of the corporate environment are intrinsically linked to
constant technological evolution and the pressing need for inclusion (Maximiano, 2006). In this
context, the intersection between corporate education and accessible communication emerges
as an essential field of study to promote more inclusive and efficient work environments
(Oliveira, 2004). This article presents an in-depth analysis of a case study (Goode; Hatt, 1979)
carried out in 2022 at Coach It IT Consulting, based in the city of Sorocaba, in the interior of
São Paulo, which addresses the implementation of innovative corporate education practices
combined with accessible communication strategies.
The main objective of this study is to analyze how the company Coach It integrated
innovative corporate education practices, considering the specific demands of the IT sector,
with accessible communication strategies in its marketing department. We will seek to
understand the impacts of this integration on professional development, the effectiveness of
internal communication and the promotion of an inclusive organizational culture.
The objectives of this research transcend the mere superficial analysis of Coach It's
practices. Guided by professor Suely Maciel, we delve into the company's innards, carrying out
meticulous and comprehensive fieldwork that redefines the understanding of the intersection
between corporate education and accessibility.
In a joint effort, we directed our focus to reviewing Coach It's strategic planning, with
special emphasis on the marketing plan chapter and letter. This specific focus revealed crucial
nuances that previously escaped attention, especially regarding the lack of accessibility in the
company's communication channels and media.
By identifying this central problem, we laid the foundations for the design of the “Guide
to Good Accessibility Practices”. This guide is not just a theoretical document; is a practical
and tangible response to the accessibility gap within Coach It. So, we not only diagnose the
problem, but also provide a tangible solution that materializes as an educational resource.
It is crucial to highlight that the Accessibility Good Practice Guide is not a static piece
of literature, but rather a dynamic material that found its way into the company's internal
training. This document not only highlights the flaws, but also empowers employees to become
active agents in building more inclusive communication.
By aligning research objectives with this practical, applied approach, we not only
explore existing gaps, but also outline a clear path for improvement. The case study is not just
a critical analysis; It is a narrative of transformation and innovation, where we play a
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 4
fundamental role by not only observing the need for change, but also by being catalysts for this
transformation.
This article is structured as follows: the subsequent section offers a critical review of
relevant literature, exploring the interconnections between corporate education and accessible
communication. Subsequently, we present the methodology used in the case study, followed by
the results achieved after implementing the Guide to Good Accessibility Practices in the
company's digital media. The conclusion highlights key findings and their implications, closing
with reflections on the study's contributions to the field of corporate education and accessible
communication.
Ultimately, this case study at Coach It IT Consulting aims to enrich academic
understanding of how companies can align corporate learning strategies with the promotion of
inclusion, thus contributing to the construction of more adaptive and equitable organizational
environments.
Historical context of disability
The way society perceives people with disabilities has evolved throughout history,
shaped by the moral, ethical, religious and philosophical values adopted by different cultures,
at different times. Understanding these cultural transformations over time helped us understand
the reasons that led Coach It's management and employees to ignore the available web
accessibility resources in the company's media.
Only after this preliminary bibliographical research was it possible to collect historical
information and understand the evolution of the concept of disability, in order to then be able
to point out the accessibility problems identified in the company. Without this understanding,
it would be impossible to raise awareness among the team and convince management to
improve their work and training methods.
As argued by Michel Foucault (2001, p. 69, our translation):
Bodily differences - whether qualified as a disability or not - are expressions
of human diversity. However, the existence of bodies with marked differences
has always aroused the curiosity, astonishment or indifference of people in
different societies (...) that which constitutes in its very existence and in its
form, not only a violation of the laws of society, but also a violation of the
laws of nature.
This stigma has accompanied humanity since its oldest civilizations, as evidenced by
Silva (1986), when mentioning the Chiricoa, a people who inhabited the Colombian jungle.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 5
This group frequently moved, leaving behind people with disabilities, the elderly and the sick
in the tribe's former home, due to survival needs.
Similar situations occurred in other civilizations, such as Ancient Egypt, where serious
illnesses, physical disabilities and mental problems were interpreted as manifestations of
demons, evil spirits or punishments for sins from past lives. The solution to these adversities
depended on divine interventions, priests or religious practices, such as prayers, exorcisms and
surgeries (Silva, 1986).
In terms of presence in society, people with disabilities could be found in different social
strata, from pharaohs, nobles and artisans to slaves, as evidenced by Egyptian artifacts that
show that some people with disabilities managed to have a social life and form families (Pereira;
Saraiva, 2016).
In Ancient Greece, where physical strength and beauty were overvalued,
marginalization was common for those who did not meet the ideals of strength and beauty
required of participants in war. Individuals whose characteristics did not align with these
standards were often excluded and, in many cases, eliminated, with the exception of wounded
and maimed warriors, who were protected by the state (Schewinsky, 2004). The Greeks saw
people with disabilities as useless to society, considering them subhuman beings.
In Sparta and Athens, children with physical, sensory and mental disabilities
were labeled as subhuman, which justified their elimination and abandonment.
These practices were consistent with the ideals of athleticism, beauty, and
class structures that underpinned the socioeconomic organization of these
city-states. In Sparta, disabled children were thrown from rocks, while in
Athens, they were rejected and abandoned in public squares or in the fields
(Rodrigues; Maranhe, 2012, p. 13, our translation).
At the beginning of the 19th century, disability was associated with uselessness,
dependence and incapacity and often resulted in abandonment and exclusion. Decisions
regarding people with disabilities were based on moral and ethical precepts of the time
(Peranzoni; Freitas, 2012). However, during the 19th century, there was a fundamental shift,
with specialized care expanding beyond institutions to include specific studies on different
types of disability (Fonseca, 2015).
The 20th century witnessed a series of significant paradigm shifts, which culminated in
advances for people with disabilities. During this period, society organized itself collectively to
face challenges and better meet the needs of people with disabilities. Awareness of human rights
and an emphasis on integration and active participation in society have become more prominent.
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 6
After World War II, a renewed focus was directed toward caring for people with disabilities,
largely due to the different forms of disability resulting from war injuries (Silva, 1986).
It is in the 20th century, however, that the most radical paradigm shift is seen, which is
the consideration of social aspects in defining the disability framework. This understanding led
to the biopsychosocial model that underlies the International Convention on the Rights of
Persons with Disabilities, promulgated by the United Nations in 2006, and which serves as a
parameter for all subsequent legislation, published by the signatory countries of the convention.
In the case of Brazil, the Brazilian Inclusion Law (Brazil, 2015) is the main legal provision that
systematizes the rights and duties of people with disabilities in a single law (Setubal; Fayan,
2019).
Among the many contemporary consequences of the promulgation of the LBI, we can
divide its main social impacts as follows:
Equal opportunities: The law has established that people with disabilities have the
fundamental right to equal opportunities, which means they cannot be discriminated against on
the basis of their disability. This impacts all spheres of society, from employment to education
and accessibility.
Accessibility: Accessibility is one of the key points of LBI. It requires that public
buildings, transportation, health services, education, communication and technology, etc. are
accessible to all people, including those with disabilities. This implies architectural,
technological, methodological, attitudinal, programmatic and information and communication
systems adaptations to ensure that no one is excluded.
Right to education: The LBI reinforced the right to inclusive education, that is, the
right of people with disabilities to study in regular schools, whenever possible, instead of
specialized schools. This promotes greater integration and educational opportunities for people
with disabilities.
Change in perception: LBI also had an impact on the way society views people with
disabilities. It helps to combat stigma and prejudice, by reinforcing the idea that disability is
not an intrinsic limitation, but a social issue. Therefore, it promotes a change in perception
towards people with disabilities.
Greater access to employment: LBI seeks to boost the inclusion of people with
disabilities in the job market. Companies with 100 or more employees must fill a percentage of
their positions with people with disabilities, ensuring greater inclusion in the workplace.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 7
Affirmative actions: The legislation promotes affirmative actions for people with
disabilities, encouraging the active participation of this population in various sectors of society.
This ranges from access to culture to participation in politics.
Right to decision-making: The LBI reinforced the right of people with disabilities to
make decisions about their own lives, recognizing their autonomy and capacity. This is
particularly important for people with intellectual disabilities.
Legal accountability: Legislation introduced penalties for discrimination based on
disability, ensuring that those who violate the rights of people with disabilities are held legally
accountable, with penalties of fines and imprisonment.
Technological innovation: LBI encouraged the development of assistive technologies
and innovations that promote inclusion, making daily life more accessible for people with
disabilities.
Public awareness: The law seeks to increase public awareness of the rights and
challenges faced by people with disabilities, encouraging society to be more inclusive and
supportive.
This new paradigm causes changes in the understanding of disability, in the definition
of what constitutes barriers, in the establishment of the 'solidarity' role of the whole society and
especially of private companies, in facing and overcoming barriers and in guaranteeing
everyone's right to an autonomous, free and independent life.
Exploring the Scientific Foundations of Corporate Education: A Comprehensive Analysis
Corporate education is a dynamic field that has solid foundations in an intricate web of
theories and research. Since its origins, this field has been shaped by visionary thinkers and
academics who sought to understand and improve learning practices in organizations. As the
21st century progresses, we are seeing a transformation in the approach to corporate education,
with an increasing focus on accessibility.
The International Convention on the Rights of Persons with Disabilities (CRPD)
establishes fundamental principles, recognizing equal opportunities, accessibility, respect for
diversity and full participation in society. These principles directly influence the way companies
view corporate education. Accessibility becomes not only an ethical obligation, but also a vital
strategy for promoting inclusive work environments.
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 8
In the contemporary business context, organizations recognize that diversity, including
functional diversity, is an asset. The CRPD, by linking the rights of people with disabilities to
education and employment, catalyzes a paradigm shift in corporate formation. Educational
programs now seek to incorporate inclusive practices, ensuring that all employees, regardless
of their skills, have equitable access to professional development.
However, for a correct understanding of corporate education, it is necessary to know the
fundamental pillars of this area, which reside in a deep understanding of the interconnection
between learning and organizational performance.
Donald Kirkpatrick, famous for his Training Evaluation Model (2006), highlights the
importance of evaluating not only participants' immediate reactions, but also learning,
behaviors and results. His seminal work established a robust framework for evaluating the
effectiveness of training programs, a crucial contribution to the conceptual basis of corporate
education in this case study.
Furthermore, Phillips (2005), with his approach to evaluating return on investment
(ROI) in training, brought a tangible and fundamental financial dimension to the feasibility of
this research on corporate education. Their contributions highlight not only the importance of
continuous learning, but also the need to align investments in education with the strategic
objectives of organizations.
Another essential point in the scientific bases of corporate education that was taken into
account in this work is the theory of organizational learning proposed by Peter Senge (1990).
In his work “The Fifth Discipline”, Senge highlights the importance of building organizations
that learn, in which individual learning is intertwined with collective learning, creating a
synergy that drives innovation and adaptation.
In a more contemporary panorama, Kolb's (1984) experiential learning theory defines
that “[...] the process by which knowledge is created happens through the transformation of
experience. Knowledge results from the combination of obtaining and transforming
experience” (Kolb, 1984, our translation). His idea that learning is a cyclical process involving
experience, reflection, conceptualization and experimentation resonates strongly in corporate
education, where the practical application of knowledge is inherently valuable.
Nowadays, as companies seek to adapt to a more inclusive world, the application of the
CRPD and LBI principles in professional training becomes imperative. This approach not only
meets ethical and legal obligations, but also contributes to more productive, innovative and
socially responsible work environments.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 9
This topic is intended to present, even if superficially, some important aspects in this
vast terrain of the scientific bases of corporate education. As we delve into the complexities of
this field, it is imperative to understand the theoretical and practical richness that underpins the
constant evolution of education in modern organizations. This multifaceted landscape of
theories and research provides not only solid understanding, but also sheds light on future
possibilities, where continuous learning is a vital compass in the organizational journey.
Contextualization of the case study
In the highly dynamic scenario of Information Technology (Beal, 2004), Coach It - IT
Consulting, stands out as a company that recognizes the strategic importance of keeping its
professionals updated and trained. This case study arises from the need to understand how
corporate education practices and the implementation of accessible communication strategies
can converge to optimize organizational performance and promote an inclusive work
environment.
Coach It, with its impressive 20 years of experience, appears as a robust entity in the
information technology (IT) scenario. Its impact is evidenced by its international expansion,
with more than 150 employees strategically distributed across seven offices around the globe:
three in Brazil, one in Spain, one in the Netherlands, one in Canada and one in Mexico.
The company, throughout its history, has established itself as a reference in the sector,
standing out not only for the breadth of its global presence, but also for its technical excellence
and commitment to innovation. Surprisingly, despite this robustness and success, Coach It had
never made significant efforts in the sphere of communication accessibility in its corporate
education.
This gap becomes even more intriguing given the current panorama, in which inclusion
and diversity are recognized as essential factors for the growth and sustainability of
organizations. Coach It, although it has thrived in a sector notorious for constant evolution,
realized the need to adapt not only technologically, but also in terms of internal practices,
recognizing the strategic importance of investing in the development of new skills for its
employees.
It is essential to understand that, despite the technical expertise accumulated over two
decades, Coach It IT Consulting recognized that true innovation is not limited to technical
excellence. It is intrinsically linked to the ability to promote inclusive and adaptable
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 10
environments. The decision to embark on this case study reflects not only the maturity of the
company, but also the commitment to face new challenges and evolve in line with contemporary
demands.
The development of corporate education strategies aimed at accessible communication
thus represents a new chapter in the history of Coach It. This study therefore seeks not only to
highlight the current state of the company in relation to this initiative, but also to offer valuable
insights on how consolidated companies can incorporate inclusive practices in an effective and
transformative way.
Methodology
The methodology adopted for this case study involved a qualitative approach, with data
collection using
4
automatic accessibility validators, document analysis, semi-structured
interviews and participant observation.
Goode and Hatt (1979, p. 421-422) define the case study as a method of looking at social
reality. “It is not a specific technique; it is a means of organizing social data while preserving
the unitary character of the social object studied”.
Professionals from different hierarchical levels were involved, providing a
comprehensive view of corporate education and accessible communication practices at Coach
It.
The conduct of this research was guided by a robust and multifaceted methodology,
designed to probe the depths of the company's communication and, in the end, generate a
manual of good practices that proved to be not only theoretically relevant, but applicable in
practice. Divided into four distinct stages, the methodology was designed to offer a holistic
view of accessibility in corporate communication.
Step 1: Validating the Accessibility of the institutional website
The first stage consisted of validating the accessibility of Coach It's institutional website.
Automatic tools such as Jigsaw
5
and the Portuguese government's accessibility monitor called
4
According to the website Movimento Web para Todos, these are automatic tools that search the code of a page
and issue reports that indicate accessibility barriers for the developer to correct. It is recommended that such
validators are based on the W3C (World Wide Web Consortium) principles contained in version 2.1 of the WCAGs
(Web Content Accessibility Guidelines).
5
Available at: https://jigsaw.w3.org/css-validator/. Accessed on: 10 Dec. 2023.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 11
Access Monitor
6
were used for a careful technical evaluation, as can be seen in the images
below:
Figure 1 Automatic analysis of the opening page of the Institutional website
Subtitles: Comments from the Access Monitor validation program pointed out that the site's
navigation takes place via a single page with a banner without alternative text, and the absence
of subtitles in the CSS code programming.
Source: Prepared by the authors
Figure 2 - Automatic analysis of the opening page of the Institutional website
Subtitles: Absence of an icon to interpret the website content into Brazilian sign language; no
existence or reference to the audio description resource; Image description via non-existent alternative
text attribute.
Source: Prepared by the authors
6
Available at: https://accessmonitor.acessabilidade.gov.pt/. Accessed on: 10 Dec. 2023.
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 12
Figure 3 Analysis of accessibility resources by the Access Monitor automatic validator on
06/21/2022
Subtitles: The website's accessibility features score was 3.2 out of a total of 10.0 points. 21
accessibility practices were found throughout the website's programming, consisting of 913 HTML
elements. Among these practices found, only 2 of them were classified as acceptable by the software,
another 7 required manual review and another 12 practices were classified as unacceptable.
Source: Prepared by the authors
Table 1 Summary of the manual analysis of Coach It’s institutional website, carried out on
06/01/2022
Absent
Absent
Absent
Insufficient
Absent
Absent
Absent
Source: Prepared by the authors
This technical starting point was essential to understanding the initial barriers
encountered by users with different needs. Through these automatic validators, it was possible
to identify which communication accessibility resources were ignored from the conception of
the development project to the programming of the company's institutional website.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 13
Step 2: Manual qualitative analysis of social networks
The second step involved a manual qualitative analysis of Coach It's social media
platforms, including YouTube, LinkedIn, Facebook and Instagram. This thorough analysis
revealed serious accessibility issues in published content, highlighting significant gaps in the
representation and delivery of information for people with disabilities.
Illustration 4 Manual analysis of YouTube accessibility features
Subtitles: The automatic closed feature caption (CC) helped the company's channel a lot, as there was
no concern about including subtitles. By having branches in other countries, another latent need arises:
translating all video content into Portuguese, English and Spanish, otherwise they will be preventing the
public in these locations from having access to the institutional message. Content in clip or slideshow
format (image + soundtrack) must be accompanied by auxiliary text or at least a link directing to a page
on the company's website, with all this content transcribed. The use of a window with translation into
Libras is also recommended, as many people with hearing impairments are not literate in Portuguese.
Source: Prepared by the authors
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 14
Figure 5 Manual analysis of LinkedIn accessibility features
Subtitles: The first challenge when producing accessible content on social media is creating a message
with at least two completely separate reception routes (vision and hearing). This means that those who
cannot see need to understand the full message, and those who cannot hear, too. Currently, all of the
company's posts are extremely visual and therefore need to be adapted for people who are blind or have
low vision. Increasing the color contrast of posts and the body text of the artwork would help reach this
audience. Reducing prayer periods (short text and the use of direct speech) can also help facilitate
understanding for people with intellectual disabilities (ASD, TDH, Down Syndrome, etc. ). Finally, it
would be important to include more video productions or exclusively sound media (with the
corresponding text in the body of the post), to vary a little from the traditional carousel post format.
Source: Prepared by the authors
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 15
Figure 6 Manual analysis of Facebook accessibility features
Subtitles: Apparently, the company does not have different content production strategies between the
three social networks, therefore, the previous notes apply to all of them. However, an important aspect
of user behavior on both Facebook and Instagram is that, on these networks, photos and videos are the
main content formats consumed. Therefore, it is necessary to access advanced publishing features and
include “Alt Text or “Alternative Text” in all posts. Only then will assistive technologies, such as
screen readers, be able to audio describe the published image. IMPORTANT: The challenge when filling
out this additional field is to be very specific and at the same time synthetic so as not to bore the listener
with unnecessary details. The photo should always inform and not just decorate the post.
Source: Prepared by the authors
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 16
Figure 7 Manual analysis of Instagram accessibility features
Subtitles: Still talking about audio description of images, we noticed some posts with photos of the
company's office, the team together, the coffee room, etc. In these posts, what communicates are not the
photos, but verbal content transcribed in the body of the post. Once again, for those who can see and do
not have any type of intellectual disability, the message is clear. However, following the principles of
accessibility and the Brazilian Inclusion Law (LBI), it is essential to add this “photographic look” to the
description (or audio description in the case of videos). Example of description of the photographic look:
Large and empty room, with several computers and workstations facing each other, with a large meeting
table in the center. This description of the table complements the message of the text that follows: “A
shared work space makes all the difference when we want to keep the team together”.
Source: Prepared by the authors
Step 3: Semi-structured interviews with leaders
To understand the company's approach towards people with sensory, motor or cognitive
disabilities in its marketing campaigns, the researchers advanced to the third stage. Semi-
structured interviews were conducted with supervisors and other Coach It leaders.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 17
Table 2 Questionnaire on prior knowledge about accessibility and disability
Question
How do you define the concept of disability and how
important is it to understand it in your work
environment?
In your view, what does accessibility mean and how
do you believe it can be integrated effectively into
our work context?
Considering the increasing presence of people with
disabilities on social media, how can your team
ensure accessible and inclusive communication?
Could you share any significant personal or
professional experiences involving interactions with
people with disabilities?
Over the next five years, what are the company's
plans to promote a more inclusive and accessible
culture, especially in relation to expanding its team
and operations?
Source: Prepared by the authors
This step revealed internal perceptions about accessibility and gaps in the company's
marketing strategies, as can be seen in an email sent by the company's CEO in June 2022.
By identifying the problem of lack of accessibility in our communication
channels and media, we can adjust our brand positioning, in light of our values
that permeate inclusion and full access to our communication resources,
following the metrics determined by standards and other related matters
(MARCELO CORREA MOREIRA, CEO COACH IT, our translation).
Stage 4: Participant Observation in the Company's Daily Life
The last stage was marked by a deep immersion into the daily life of Coach It. Between
the months of June and November 2022, the researchers actively participated in the work
environment, sharing experiences with employees. This participant observation provided a
holistic understanding of how a lack of information and knowledge about disabilities impacted
the company's internal and external communication.
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 18
Figure 8 Training on accessible communication, Coach It team - Sorocaba unit
Source: Authors’ collection
Figure 9 - Corporate education event on accessibility
Source: Authors’ collection
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 19
Improvements in accessibility in Coach It’s digital media after the incorporation of the
“Guide to Good Accessibility Practices”
The incorporation of the "Guide to Good Accessibility Practices" in the marketing
team's internal training triggered notable improvements in the company's digital media,
including the website, Facebook, Instagram, LinkedIn and YouTube.
The Coach It website has undergone notable transformations. Navigation has become
more intuitive, meeting accessibility guidelines. Visual elements have been optimized, and the
site structure has been rethought to ensure a more inclusive experience for all users, regardless
of their abilities.
On social networks such as Facebook, Instagram and LinkedIn, posts are now
accompanied by detailed descriptions and alt-texts, making visual content accessible to those
using screen readers. Videos posted on YouTube now incorporate automatic subtitles and audio
description, allowing people with hearing or visual impairments to enjoy content without
barriers.
Figure 10 Reasonable corrections and adaptations on LinkedIn
Subtitles: Changed in updates, in edit updates, social networks present resources in which the use of #
(Hashtag) is not necessary, that is, the discussion group about it. The alternative text exemplifying the
image has been available in CoachIT posts since the first orientation carried out with the marketing
team, in June 2022. The assistive technology of the user who will be browsing the page will have the
description of the displayed image available.
Source: Prepared by the authors
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 20
Figure 11 Corrections and reasonable adaptations on Facebook
Subtitles: The publication posted in the week of June 20, 2022 contains the description: “Black woman,
smiling, sitting at a table, with a computer in front of her and a glass wall behind her”. In the image, we
have the text: “Do you know which companies can use SAP?” IMPORTANT: The challenge for
developing the subtitle is still great. But the initiative was taken after the alert. As described above, the
use of “Smiling sitting at a table”, appearing very literal in language, as she is sitting in front of a table,
possibly in a chair. It would also be interesting to have this redundancy mentioned for the description of
the image, in the case of people with disabilities who do not use assistive technology, such as color
blindness, containing a description of the colors in the image, even if the photo does not inform but
rather adorns the post.
Source: Prepared by the authors
The marketing team's internal training highlighted the importance of considering the
diversity of audiences when creating campaigns. The improved understanding of sensory,
motor and cognitive disabilities directly influenced Coach It's marketing approach, resulting in
more inclusive and impactful content.
These changes not only align Coach It with ethical and legal standards, but also
strengthen the company's reputation as an advocate for inclusion. Clients now perceive Coach
It not only as a leader in IT consulting, but also as a company committed to values of equity
and accessibility.
In summary, the incorporation of the “Guide to Good Accessibility Practices” in the
internal training of the Coach It marketing team proved to be an effective catalyst for substantial
improvements in digital media. These changes not only meet the demands of the digital age,
but also position Coach It as a reference in inclusive practices in its sector.
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 21
Conclusion
This case study explored the crucial intersection between accessible communication and
corporate education, taking a close look at the experience of Coach It, an IT consultancy
company with over two decades of experience and an extensive global presence. Initially, when
contextualizing the company, its robustness and success stood out, with more than 150
employees distributed in several offices around the world.
In the context of accessibility, it was revealed that, despite Coach It's maturity, the
company had not previously developed specific corporate education strategies aimed at
inclusion and accessibility. This scenario motivated comprehensive research conducted by
researchers Ariadne Botechia and Felipe Oliveira Cavalieri, guided by professor Dr. Suely
Maciel.
The research objectives were outlined based on fieldwork that involved reviewing the
company's strategic planning, with a particular focus on the marketing plan chapter and letter.
A lack of accessibility was detected in the company's communication channels and media,
leading to the creation of the “Guide to Good Accessibility Practices”. This guide has become
a crucial teaching tool used in the company's internal training, aiming to raise awareness among
employees of the importance of accessible communication.
The methodology adopted was rigorous and involved several steps. Initially, validation
of the accessibility of the institutional website was carried out using specialized web
applications. Next, a manual qualitative analysis of content on social media platforms revealed
serious accessibility issues. Semi-structured interviews were conducted with supervisors and
leaders to understand the consideration of people with disabilities in marketing campaigns.
Finally, participant observation was carried out to better understand how the lack of information
and knowledge about disability impacted the advertising material.
This case study provides a significant contribution to the field of corporate education by
highlighting the importance of accessible and inclusive communication. By addressing existing
gaps in Coach It's approach and developing concrete strategies, the work presents a replicable
model for other organizations seeking to promote accessibility in their corporate environments
and digital media. Awareness, education and practical action emerge as fundamental pillars to
create truly inclusive work environments, enabling companies to reach their full human
potential.
By going through each step, the researchers not only collected data, but constructed a
cohesive narrative that culminated in the formulation of the “Coach It Accessibility Best
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 22
Practices Guide”. This document is not just the result of research; is the materialization of a
journey that revealed not only problems, but also applicable solutions, contributing significantly
to the field of education and accessible communication in corporate environments.
REFERENCES
BEAL, A. Gestão estratégica de informação: como transformar a informação e a tecnologia
da informação em fatores de crescimento e de alto desempenho nas organizações. São Paulo:
Atlas, 2004.
BRASIL. Lei no 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF: Câmara dos
Deputados, 2015. Available at: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2015/lei/l13146.htm. Access: 20 Nov. 2022.
FONSECA, R. T. O trabalho protegido do portador de deficiência. Revista da Faculdade de
Direito de São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo, v. 7, 2015. Available at:
https://revistas.direitosbc.br/fdsbc/article/view/764. Access: 20 Nov. 2022.
FOUCAULT, M. Os anormais. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
GOODE, W. J.; HATT, P. Métodos em Pesquisa Social. São Paulo. Companhia Editora
Nacional, 1979.
KIRKPATRICK, D.; KIRKPATRICK, J. Evaluating Training Programs. [S. l.]: Barrett-
Koehler Publishers, Inc, 2006.
KOLB, D. A. Experiential learning: experience as the source of learning and development.
Nova Jersey: Prentice Hall, 1984.
MAXIMIANO, A. C. A. Administração para empreendedores: fundamentos da criação e
da gestão de novos negócios. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2006.
MOVIMENTO WEB PARA TODOS. Descomplicando os validadores automáticos de
acessibilidade digital. Available at: https://mwpt.com.br/descomplicando-os-validadores-
automaticos-de-acessibilidade-digital/. Access: 01 Jan. 2024.
OLIVEIRA, O. J. Gestão da qualidade: tópicos avançados. São Paulo: Thompson Pioneira,
2004.
PERANZONI, V. C.; FREITAS, S. N. A evolução do (pre)conceito de deficiência. Revista
Educação Especial, [S. l.], p. 1520, 2012. Available at:
https://periodicos.ufsm.br/educacaoespecial/article/view/5253. Access: 30 Aug. 2022.
PEREIRA, J. A. Acessibilidade para pessoas com deficiência física e/ou sensorial à
hotelaria: na perspectiva do consumo coletivo. 2016. Dissertação (Mestrado em Consumo,
Ariadne BOTECHIA; Felipe Oliveira CAVALIERI and Suely MACIEL
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 23
cotidiano e desenvolvimento social) Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife,
2016.
PHILLIPS, P. P.; PHILLIPS, J. J. Return on Investment (ROI) Basics. Alexandria, VA:
ASTD Press, 2005.
RODRIGUES, O. M. P. R.; MARANHE, E. A. A história da inclusão social e educacional da
pessoa com deficiência. In: CAPELLINI, V. L. M. F.; RODRIGUES, O. M. P. R. (org.).
Educação inclusiva: Fundamentos históricos, conceituais e legais. Bauru, SP: UNESP - FC,
2012. v. 12. Available at:
https://www.researchgate.net/publication/284714199_EDUCACAO_INCLUSIVA_FUNDA
MENTOS_HISTORICOS_CONCEITUAIS_E_LEGAIS. Access: 20 Nov. 2022.
SCHEWINSKY, S. R. A barbárie do preconceito contra o deficiente: todos somos vítimas.
Acta Fisiátrica, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 7-11, 2004. DOI: 10.11606/issn.2317-
0190.v11i1a102465. Available at:
https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102465. Access: 11 Dec. 2023.
SENGE, P. M. A Quinta Disciplina: arte e prática da organização que aprende. 11. ed. São
Paulo: Ed. Nova Cultural, 1990.
SETUBAL, J. M.; FAYAN, R. A. C. (org.). Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência - Comentada. Campinas, SP: Fundação FEAC, 2016.
SILVA, O. M. A Epopéia ignorada: a pessoa deficiente na história do mundo de ontem e de
hoje. São Paulo: CEDAS, 1986.
Exploring new frontiers: A case study in corporate education and accessible communication at Coach It - Consulting in IT
RIAEE – Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 19, n. 00, e024019, 2024. e-ISSN: 1982-5587
DOI: https://doi.org/10.21723/riaee.v19i00.19014 24
CRediT Author Statement
Acknowledgments: Not applicable.
Financing: Not applicable.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: The work did not need to go through any ethics committee.
Availability of data and material: No, as the work took place in a corporate environment
and dealt with the company's internal training policy.
Author contributions: Ariadne Botechia - She was responsible for presenting our
research project to the COACH IT company and mediated all contacts with management.
He actively participated in each stage of the work and was present at meetings held at the
Sorocaba office. Felipe Oliveira Cavalieri - Was responsible for writing the work and
formatting it. Actively participated in each stage, from accessibility analysis to training
development and data compilation. Suely Maciel - She was the supervisor of the work,
actively participating with valuable insights and indicating texts that proved to be
fundamental for understanding the themes: Accessibility, Education and Science; It was she
who led the work so that it had the appropriate scientific rigor.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Review, formatting, standardization, and translation.