A epistemologia da formação de professores materializada por meio dos organismos multinacionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.unesp.v13.iesp3.dez.2018.11142

Palavras-chave:

Epistemologia, Organismos multinacionais, Formação de professores, Trabalho docente.

Resumo

A Educação na sociedade capitalista tem ganhado cada vez mais centralidade diante dos interesses do capital mediatizados pelas ações dos Organismos Multinacionais para os países (sub) e em desenvolvimento. Este estudo é resultado de uma pesquisa bibliográfica e documental e tem como objetivo apresentar a análise sobre a epistemologia dos Organismos Multinacionais (Banco Mundial e OCDE) para o campo da formação de professores. Os resultados indicam a existência de uma epistemologia do capital cunhada por interesses de ordem burguesa, que advogam políticas públicas que controlam o trabalho docente, cerceiam a autonomia dos professores e promovem processos formativos excludentes e individualizantes, fomentando a alienação e a expansão da precarização nos processos de trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria da Conceição dos Santos Costa, Universidade Federal do Pará

Doutorado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Licenciatura em Pedagogia (UFPA) e Educação Física (UEPA).

Instituto de Ciências da Educação - Faculdade de Educação Física.

Michele Borges de Souza, Universidade Federal do Pará - Escola de Aplicação

Doutorado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Licenciatura em Pedagogia (UFPA).

Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará

Maria da Conceição Rosa Cabral, Universidade Federal do Pará

Possui Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2000) - na área de Ensino, Avaliação e Formação de professores - e Licenciatura em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (1988). Cursa o doutorado no Programa de Pós-graduação em Educação na UFPA, por meio do qual realizou estágio de doutorado sanduíche na Universidade de Lisboa, com bolsa CAPES. É Professora Adjunto III do Instituto de Ciências da Educação, da UFPA, com atuação na área de Educação em Ciências, nos cursos de Licenciatura em Pedagogia e Biologia.  

Referências

BRUNS, B.; EVANS, D.; LUQUE, J. Achieving World-Class Education in Brazil: the next agenda. World Bank Publications, 2010. Disponível em: http://web.worldbank.org. Acesso em: 10 jul. 2017.

BRUNS, B.; LUQUE, J. Professores Excelentes: Como melhorar a aprendizagem dos estudantes na América Latina e no Caribe. Grupo Banco Mundial, Washington, D.C, 2014.

BRZEZINSKI, I. Formação de profissionais da educação e mudanças da LDB/1996: dilemas e desafios? Contradições e compromissos. In: BRZEZINSKI, Iria (Orgs.) LDB/1996 contemporânea: contradições, tensões, compromissos. São Paulo: Cortes, 2014.

FERREIRA, D. L. A organização para cooperação e desenvolvimento econômico (OCDE) e a política de formação docente no Brasil. 2011. 330 f. Belém, Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação. Belém, 2011.

FRIGOTTO, G. Trabalho. In: OLIVEIRA, D. A.; DUARTE, A. M. C.; VIEIRA, L. M. F. DICIONÁRIO: trabalho, profissão e condição docente. Belo Horizonte: UFMG/Faculdade de Educação, 2010. CDROM.

GAMBOA, S. S. Epistemologia da Pesquisa em educação. 1998. 156f. Tese (Doutorado em Educação), Faculdade de Educação, Unicamp, 1998.

GAMBOA, Silvio S. Pesquisa em educação: métodos e epistemologias. 2. ed. Chapecó: Argos, 2012.

HARVEY, D. Neoliberalismo como destruição criativa. Revista InterfacEHS, v. 2, n. 4, Tradução, ago., 2007.

MAUÉS, O. C. A Política de Educação Superior para a Formação e o Trabalho Docente: A Nova Regulação Educacional. In: REUNIÃO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO - ANPED, 31ª. 2008, Caxambu. Anais... Rio de Janeiro: ANPED, p. 1-18. Disponível em: http://www.anped.org.br/sites/default/files/gt11-3974-int.pdf. Acesso em: 02 fev. 2018.

MAUÉS, O.; SEGENREICH, S.; OTRANTO, C. As políticas de formação de professores: a expansão comprometida. Revista Educação em Questão. Natal, v. 51, n. 37, p. 42-72, jan./abr., 2015.

NEVES, L. M. W. O professor como intelectual estratégico na disseminação da nova pedagogia da hegemonia. In: REUNIÃO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO - ANPED, 36ª, 2013. Anais... Goiânia-GO: ANPED, p.1-15. Disponível em: http://36reuniao.anped.org.br/pdfs_trabalhos_encomendados/gt05_trabencomendado_lucianeves.pdf. Acesso em: 02 fev. 2018.

NEVES, L. M. W. SANT’ANNA, R. Introdução: Gramsci, o Estado educador e a nova Pedagogia da hegemonia. In: NEVES, Lúcia Maria Wanderley. A nova pedagogia da hegemonia: estratégias do capital para educar o consenso. SP: Xamã, 2005.

OCDE. ORGANIZAÇÃO PARA COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO. Professores são importantes. Atraindo, desenvolvendo e retendo professores eficazes. São Paulo: Coedição Moderna: OCDE, 2006.

SHIROMA, E.; SCHNEIDER, M. C. Avaliação de desempenho docente: contradições da política “para poucos” na era do “para todos”. Inter-Ação, Goiânia, v. 38, n. 1, p. 89-107, jan./abr., 2013.

SHIROMA, E. O.; CAMPOS, R.F.; GARCIA, R. M. C. Decifrar textos para compreender a política: subsídios teórico-metodológicos para análise de documentos. PERSPECTIVA, Florianópolis, v. 23, n. 2, p. 427-446, jul./dez., 2005.

Downloads

Publicado

01/12/2018

Como Citar

COSTA, M. da C. dos S.; SOUZA, M. B. de; CABRAL, M. da C. R. A epistemologia da formação de professores materializada por meio dos organismos multinacionais. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 13, p. 2041–2053, 2018. DOI: 10.21723/riaee.unesp.v13.iesp3.dez.2018.11142. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/11142. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos