Políticas de acesso ao ensino superior para estudantes com deficiência no Chile e no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v15i2.12475

Palavras-chave:

Estudantes com deficiência, Ensino superior, Políticas de acesso ao ensino superior.

Resumo

O objetivo deste artigo é discutir as políticas de acesso para estudantes com deficiência, e sua implementação na Universidade de Talca (UTALCA), no Chile, e na Universidade Federal do Paraná (UFPR), no Brasil, no período de 1990 a 2016. A pesquisa foi realizada a partir da metodologia da educação comparada, identificando diferenças e semelhanças, discutindo a atualidade (à época da pesquisa) e as perspectivas futuras para esses grupos de estudantes no ensino superior de ambos os países. Para construção dos dados, além da pesquisa bibliográfica e documental, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 33 estudantes com deficiência e quatro gestores das duas universidades. Constatou-se, após a análise do contexto educacional, das políticas de financiamento e das políticas de acesso ao ensino superior no Chile e no Brasil que, apesar do aparato legal que garante os direitos educacionais das pessoas com deficiência, a maioria delas está excluída deste nível de ensino.

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Biografia do Autor

Noemi Nascimento Ansay, Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR)

Possui graduação em Bacharelado de Musicoterapia pela Faculdade de Artes do Paraná (1992), pós-graduação em Psicopedagogia pela Universidade Tuiuti (2002), Mestrado em Educação pela Universidade Federal do Paraná (2009) e Doutorado em Educação pela UFPR (2016) no Programa de Pós-graduação em Educação na linha de pesquisa de Políticas Educacionais. Professora adjunta, nível B, Campus II – FAP, UNESPAR, na qual é responsável pelas disciplinas de Musicoterapia no Ensino Especial e Regular e Pedagogias Musicais, supervisão e orientação de estágios e orientação de trabalhos de conclusão de curso e do Programa de Iniciação Científica. Faz parte do Núcleo de Estudos e Pesquisas Interdisciplinares em Musicoterapia – NEPIM-CNPq. Faz parte da Comissão Editorial da Revista Brasileira de Musicoterapia (2010-2018).  Representante da Secretária de Ciências, Tecnologia e Ensino Superior do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência. Mediadora do Programa de Enriquecimento Instrumental (PEI). É Coordenadora do NESPI (Núcleo de Educação Especial/Inclusiva) do Campus II Curitiba, UNESPAR. Tem experiência na área de Musicoterapia, Psicopedagogia e Educação, com ênfase em Educação Inclusiva. Escritora dos livros: Ciranda das Letras: a poética do alfabeto (acessibilidade em LIBRAS) e Portas Abertas.Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2522951277654216

Laura Ceretta Moreira, Universidade Federal do Paraná

Possui Licenciatura em Educação Especial pela UFSM e em Pedagogia pela FIC- Santa Maria/RS. Mestrado em Educação pela UFSM e Doutorado em Educação pela USP. É professora Associada IV da UFPR, no Setor de Educação no Departamento de Planejamento e Administração Escolar e no Programa de Pós-Graduação em Educação. Tem experiência na área de Educação Inclusiva, Política, Gestão e Planejamento Educacional. Atua principalmente nas seguintes temáticas de pesquisa: diferença, diversidade, inclusão e desigualdade social, educação especial, ensino superior, acessibilidade, altas habilidades/superdotação e transtorno do espectro autista. Coordenadora o NAPNE (Núcleo de Apoio às Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais) na UFPR. Vice Coordenadora do NEPAHS (Núcleo de Estudos e Práticas em Altas Habilidades/Superdotação); Membro da Diretoria do ConBraSD ( Gestão 2019-2020) Coordenadora de Inclusão e Diversidade da UFPR; Preside o Fórum Nacional de Acesso ao Ensino Superior (FNAES). (Texto informado pelo autor)


Políticas de acesso ao ensino superior para estudantes com deficiência no Chile e no Brasil

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Publicado

20/02/2020

Como Citar

ANSAY, N. N.; MOREIRA, L. C. Políticas de acesso ao ensino superior para estudantes com deficiência no Chile e no Brasil. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 2, p. 539–559, 2020. DOI: 10.21723/riaee.v15i2.12475. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12475. Acesso em: 19 abr. 2024.

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