TY - JOUR AU - Silva, Mozart Linhares da PY - 2014/02/20 Y2 - 2024/03/29 TI - Biopolítica, educação e eugenia no Brasil (1911-1945) JF - Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação JA - Rev. Ibe. Est. Ed. VL - 8 IS - 4 SE - Artigos teóricos DO - 10.21723/riaee.v8i4.5070 UR - https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/5070 SP - 900-922 AB - O artigo tem por objetivo analisar as relações entre educação e biopolítica no Brasil entre os anos de 1911 e 1945, datas consideradas em suas singularidades em função de dois episódios marcantes: a conferência proferida por Batista de Lacerda sobre a positivação da mestiçagem no Congresso Universal das Raças, em Londres, e o fim do Estado Novo. Para problematizar as relações entre eugenia e educação no Brasil lançamos mão de algumas ferramentas foucaltianas, como é o caso de conceitos como biopolítica, governamento, governamentalidade, regimes de verdade e poder-saber. As relações entre eugenia, educação e a política de Estado são consideradas como exemplos de governamentalidade biopolítica, quando o homem brasileiro, o “povo”, passou a ser pensado na sua condição de corpo-espécie da população. As questões relacionadas à raça da população assumiram papel importante no discurso político educacional, pois dentre os aspectos mais importantes do movimento eugênico no Brasil, estava a formação de uma consciência eugênica, que deveria ser “incutida” desde a infância. Um movimento intelectual de significativa importância assumiu o discurso eugênico como estratégia biopolítica de melhoria da “raça”, e, fora nos anos 1930 que esse movimento alcançou êxito institucional. ER -