Professores homossexuais: suas vivências frente à comunidade escolar

Autores

  • Luana Molina Mestre em História Social. UEL - Universidade Estadual de Londrina. Londrina – PR – Brasil. 86051-980
  • Mary Neide Damico Figueiró UEL - Universidade Estadual de Londrina. Londrina – PR – Brasil. 86051-980

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v7i2.5392

Resumo

Este trabalho tem como objetivo apresentar uma discussão referente à problemática da vivência diária do professor/professora homossexual frente à instituição escolar, cujo pressuposto inicial parte da premissa que estes professores sofreram e vem sofrendo, algum tipo de preconceito devido sua orientação sexual. No desenvolvimento, partimos para uma abordagem qualitativa e fundamentando-se na análise de discurso, ou seja, conhecendo as experiências de professores e professoras por meio de suas narrativas. Para isso foram entrevistados dois professores gays e uma professora lésbica, todos com ensino superior, que atuam ou atuaram no Ensino Fundamental II e no Ensino Médio. Nossa estratégia metodológica acontece em duas situações: A primeira, por meio de um questionário prévio composto de dez questões de identificação pessoal no intuito de traçar um perfil dos entrevistados. No segundo momento, entrevistas semi – estruturadas, com perguntas que focaram mais especificamente a percepção dos professores/professoras sobre a homofobia na escola. Nosso resultado é composto por relatos onde pudemos identificar a escola como um ambiente que reflete o sexismo que perpassa toda a sociedade, reproduzindo com frequência, as estruturas sociais, reforçando os preconceitos e privilégios de um sexo sobre o outro. Desta forma, percebemos que o heterossexismo está tão arraigado na cultura, que se torna invisível em muitas de suas atitudes quase sutis, como por exemplo, em brincadeiras e piadas. O universo escolar reproduz os preconceitos da sociedade e, na tentativa de evitar o convívio dos alunos heterossexuais, com pessoas homossexuais, faz da homossexualidade o maior alvo da discriminação. Concluímos, portanto, que as desigualdades entre os sexos e a marginalização dos homossexuais acabam gerando vítimas de uma sociedade inacabada, de repressão, opressão e desinformação. Por fim, está sociedade esta em constante afirmação dos preconceitos por meio de uma conduta sócio-cultural discrimanadora. Acreditamos que a alternativa para eliminar a homofobia seria problematizar, isto é, estimular a reflexão a todo o momento em que a assimetria entre os gêneros e as diferentes orientações sexuais (heterossexuais, homossexuais, bissexuais) manifestarem-se no cotidiano. A partir disso, vemos a importância da Educação Sexual como oportunidade de assumirmos uma postura de igualdade e respeito entre os seres humanos, uma vez que a educação sexual no ambiente escolar, assume uma postura de alicerce para centralizar as discussões sobre diferenças, trocas de informações, diálogos, debates e discussões.

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Como Citar

MOLINA, L.; FIGUEIRÓ, M. N. D. Professores homossexuais: suas vivências frente à comunidade escolar. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 7, n. 2, p. 58–77, 2012. DOI: 10.21723/riaee.v7i2.5392. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/5392. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos