Sala de aula inclusiva no ensino superior em cursos de licenciaturas: que espaço é esse?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v13.nesp2.set2018.11648

Palavras-chave:

Sala de aula, Inclusão, Licenciaturas

Resumo

Nas últimas décadas, as propostas de formação de professores, com base nos princípios decorrentes dos paradigmas inclusivos, nos cursos de licenciaturas, vêm sendo questionadas em seus resultados, principalmente pelas dificuldades relacionadas às decisões político-filosóficas, pedagógicas e de gestão da sala de aula. Para entender melhor essa dinâmica, desenvolveu-se um projeto de pesquisa-ação, crítico-colaborativo, denominado “Metodologia de ensino do professor no contexto das licenciaturas em uma perspectiva inclusiva”. O projeto é desenvolvido em cursos de licenciatura da UFGD. Portanto, este artigo se propõe a discutir o espaço da sala de aula, presencial e virtual, sob o viés da educação inclusiva, de modo a subsidiar reflexões que colaborem com o exercício docente em cursos de licenciatura. As considerações finais apontam que a sociedade usa de métodos de desigualdades para lidar com as diferenças e os diferentes que se enquadram em padrões de normalidade. A ruptura com essa lógica passa pela reorganização dos processos excludentes nos sistemas de ensino, levando em conta seus currículos e suas salas de aula na perspectiva das diferenças, em uma dimensão multicultural.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mirlene Ferreira Macedo Damázio, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Uberlândia (1992), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (1997), mestrado em Educação para a Diversidade Humana pela Universidade de Salamanca (1997) e doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp (2005). Atualmente é professora Adjunto da Universidade Federal da Grande Dourados - Faculdade de Educação - FAED. Chefe do Núcleo Multidisciplinar para Inclusão e Acessibilidade da Reitoria/UFGD. Gestora na UFGD do Observatório Internacional, Inclusão, Interculturalidade e Inovação Pedagógica - OIIIIPe no Ensino Superior por meio do Acordo de Cooperação entre a UFRJ/UFGD, mais 18 universidade, sendo 5 internacionais. Coordenadora do Curso de Especialização em Educação Especial FAED/UFGD; Atuou por 17 como professora na UNITRI e UNIUBE. Foi avaliadora ad hoc do INEPE na área de Pedagogia. Foi pesquisadora e Diretora Escolar na Fundação Conviver para Ser. Tem experiência na área de Educação, com ênfase principalmente nos seguintes temas: currículo, planejamento educacional, formação de professores, inclusão escolar, atendimento educacional especializado, avaliação e as várias pedagogias É conteudista e coordenadora da área da surdez do Projeto de Formação Continuada à Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado do Programa Educação Inclusiva Direito à Diversidade do MEC/SEESP/SEED/UAB/UFC. Realiza várias palestras, cursos, assessorias e consultorias na área de educação por todo o País. Tem textos e livros publicados.

Elizabeth Rocha Matos, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/MS)

Elizabeth Matos Rocha é Professora Adjunta 04 da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/MS), Diretora da Faculdade de Educação a Distância da UFGD, Lider do Grupo de Pesquisa em Tecnologias Digitais e Educação a Distância (GTED) e Professora Colaboradora do Mestrado em Educação (PPGEdu/FAED/UFGD). Concluiu Habilitação em Matemática pela Universidade Castelo Branco, no Rio de Janeiro (1992). Concluiu o mestrado (2006) e o doutorado (2008) em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal do Ceará (FACED/UFC). É revisora ad hoc da Revista Brasileira de Educação (RBE) e da Revista Conexões: Ciência e Tecnologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE). Tem pesquisas e publicações na área de Educação a Distância e Tecnologias Digitais na Educação, com ênfase no ensino de Matemática. É cadastrada como pesquisador-docente do GEPETIC - Grupo de Estudos e Tecnologias da Informação e Comunicação.

Edvonete Souza de Alencar, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/MS)

Doutora em Educação Matemática pela PUC-SP (2016). Mestre em Educação Matemática pela Universidade Bandeirante de São Paulo (2012) e licenciada em Pedagogia pela Universidade Braz Cubas (2005) e em Matemática pela Universidade Metropolitana de Santos (2013). Atualmente é Professora Adjunta do Magistério Superior na Universidade Federal de Grande Dourados-UFGD - no departamento de Educação - FAED. Atuou por 12 anos no ensino fundamental do Governo do Estado de São Paulo e por 9 anos como professora de Educação Infantil da Prefeitura Municipal de São Paulo. Foi professora do Curso Clarentiano para concurso e do Grupo Censupeg de Pos graduação. Especialista em Direito Educacional, em Educação Infantil e em Formação de Professores para o Ensino Superior. Líder do grupo TeiaMat- Teia de Pesquisas em Educação Matemática - UFGD. Pesquisadora integrante do grupo de trabalho - GT01- Educação Matemática na Educação Infantil e anos iniciais da Sociedade Brasileira de Educação Matemática - SBEM. Membro do Observatório Internacional de Inclusão, Interculturalidade e Inovação Pedagógica. Atua principalmente nos seguintes temas: educação matemática nos anos iniciais do Ensino Fundamental e Educação Infantil, educação inclusiva, campo multiplicativo, formação de professores, modelagem matemática e educação.

Referências

ALONSO, Daniela. Educação inclusiva: desafios da formação e da atuação em sala de aula. Revista Nova escola. Ed. dez. 2013.

ANDRÉ, Marli (Org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. São Paulo: Papirus, 1999.

CARNEIRO, Breno Pádua Brandão.; NOVAES, Ivan Luiz. Regulação do ensino superior no contexto da contemporaneidade. In: NASCIMENTO, Antonio Dias.; HETKOWSKI, Tânia Maria (Org.). Educação e contemporaneidade: pesquisas científicas e tecnológicas. Salvador: EDUFBA, 2009. Disponível em: http://books.scielo.org/id/jc8w4/pdf/nascimento-9788523208721.pdf. Acesso em: 20 set. 2018.

CHAVES, Viviane Hengler Corrêa. Norbert Wiener: a teoria cibernética de um matemático. 2016. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle. Acesso em: 20 set. 2018.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Editora 34, 1995. v. 1.

KIM, Joon Ho. Cibernética, ciborgues e ciberespaço: notas sobre as origens da cibernética e sua reinvenção cultural. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 10, n. 21, p. 199-219, jan./jun., 2004.

KOSIK, Karel. Dialética do concreto. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

LEVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

LIMA, Priscila Augusta. Educação inclusiva e igualdade social. São Paulo: Avercamp, 2006.

MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003.

MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 3 ed. Lisboa: Stória, 2001.

MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. 3. ed. Campinas: Papirus, 1997.

MORAIS, Regis de (Org.). Sala de aula: que espaço é esse? 3 ed. Campinas: Papirus, 1988.

PERRENOUD, P. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas sociológicas. Lisboa: Dom Quixote, 1993.

WIENER, Nobert. Cibernética e sociedade: o uso humano de seres humanos. Tradução de José Paulo Paes. 4. ed. São Paulo: Cultrix, 1954.

Downloads

Publicado

01/09/2018

Como Citar

DAMÁZIO, M. F. M.; MATOS, E. R.; ALENCAR, E. S. de. Sala de aula inclusiva no ensino superior em cursos de licenciaturas: que espaço é esse?. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 13, n. esp.2, p. 1359–1373, 2018. DOI: 10.21723/riaee.v13.nesp2.set2018.11648. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/11648. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.