O brincar e a criança com transtorno do espectro autista: revisão de estudos brasileiros

Autores

  • Isis Albuquerque Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos – SP https://orcid.org/0000-0002-5421-2725
  • Priscila Benitez Universidade Federal do ABC (UFABC), Santo André – SP

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v15i4.12811

Palavras-chave:

Autismo, Desenvolvimento infantil, Infância, Brincar.

Resumo

O brincar caracteriza a infância e contribui significativamente para o desenvolvimento infantil. O objetivo foi identificar na literatura nacional artigos publicados em periódicos com Qualis A1 e A2, tanto na Psicologia como na Educação, que investigaram o brincar relacionado à criança com transtorno do espectro autista (TEA), e sintetizar concepções sobre o brincar com tal público, conforme os dados apresentados nos artigos científicos, rastreados na literatura nacional contemporânea. Foram encontrados 85 periódicos que atendiam aos critérios estabelecidos para o mapeamento, a partir da busca sistematizada realizada pelo descritor “brincar”. Como resultado, 214 artigos foram recuperados, dentre os quais três abordavam o brincar na criança com TEA. Os três estudos investigaram o brincar em grupo e indicaram que, dadas condições necessárias de ensino, as crianças com TEA são capazes de aprender comportamentos relacionados ao brincar. Todavia, uma lacuna que permaneceu em aberto se refere ao brincar entre pares, tanto entre crianças com e sem TEA.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Priscila Benitez, Universidade Federal do ABC (UFABC), Santo André – SP

Professora Adjunta A Nível 1, credenciada para orientação de Dissertação no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão da Inovação. Doutorado em Psicologia (UFSCAR).

Referências

AKERS, J. S.; HIGBEE, T. S. An evaluation of group activity schedules to train children with autism to play hide-and-seek with their typically developing peers. 2015. 110 f. Tese (Doutorado em Educação Especial e Reabilitação) - Universidade Estadual de Utah, Logan, 2015.

APA. American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental disorders. 5. ed. Arlington: American Psychiatric Publishing, 2013.

BAGAROLLO, M. F.; RIBEIRO, V. V.; PANHOCA, I. O brincar de uma criança autista sob a ótica da perspectiva histórico-cultural. Revista Brasileira de Educação Especial, v. 19, n. 1, p. 107-120, 2013.

BENITEZ, P; DOMENICONI, C. Consultoria colaborativa: estratégias para o ensino de leitura e escrita. Psicologia: Teoria e Prática, v. 18, n. 3, p. 141-155, 2016.

BENITEZ, P; DOMENICONI, C. Inclusão escolar: o papel dos agentes educacionais brasileiros. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 35, n. 4, p. 1007-1023, 2015.

BETELHEIM, B. Pour être des parents acceptables: une psychanalystes du jeu. Paris: Robert Laffont, 1988.

FERLAND, F. O modelo lúdico: o brincar, a criança com deficiência física e a terapia ocupacional. São Paulo: ROCA, 2006.

FIAES, C. S.; BICHARA, I. D. Brincadeiras de faz-de-conta em crianças autistas: limites e possibilidades numa perspectiva evolucionista. Estudos de Psicologia, Natal, v. 14, n. 3, p. 231-238, 2009.

LANG, R. et al. Play skills taught via behavioral intervention generalize, maintain, and persist in the absence of socially mediated reinforcement in children with autism. Research in Autism Spectrum Disorders, v. 8, p. 860-872, 2014.

LIFTER, K. et al. Teaching play activities to preschool children with disabilities: The importance of developmental considerations. Journal of Early Intervention, v. 17, n. 2, p. 139-159, 1993.

MARTINS, A. D. F.; GÓES, M. C. R. Um estudo sobre o brincar de crianças autistas na perspectiva histórico-cultural. Psicologia Escolar e Educacional, v. 17, n. 1, p. 25-34, 2013.

MCCLANNAHAN, L. E.; KRANTZ, P. J. Activity schedules for children with autism: teaching independent behavior. Bethesda: Woodbine House, 1999.

REILLY, M. Play as exploratory learning: studies of curiosity behavior. Beverly Hills: Sage Publications, 1974.

SAUNDERS, L.; SAYER, M.; GOODALE, A. The relationship between playfulness and coping in preschool children: a piloty study. American Journal of Occupation Therapy, v. 53, p. 221-226, 1999.

TILTON, J. R.; OTTINGER, D. R. Comparison of the toy play behavior of autistic, retarded, and normal children. Psychological Reports, p. 967-975, 1964.

VIAL, J. Jeu et education: les ludothèques. Paris: Presses universitaores de France, 1981.

WOLFBERG, P. et al. Integrated play groups: Promoting symbolic play and social engagement with typical peers in children with ASD across settings. Journal of Autism And Developmental Disorders, v. 45, n. 3, p. 830-845, 2014.

Publicado

13/04/2020

Como Citar

ALBUQUERQUE, I.; BENITEZ, P. O brincar e a criança com transtorno do espectro autista: revisão de estudos brasileiros. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 15, n. 4, p. 1939–1953, 2020. DOI: 10.21723/riaee.v15i4.12811. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/12811. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos