Ampliação da jornada escolar: a visão dos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental de duas escolas da Serra Gaúcha/RS sobre o Programa Mais Educação – PME

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21723/riaee.v13.n1.2018.9120

Palavras-chave:

Ampliação da jornada escolar. Programa Mais Educação. Estudantes.

Resumo

O presente artigo se insere no campo da avaliação de políticas públicas e de forma específica avalia a uma das maiores políticas públicas de ampliação da jornada escolar do Brasil: o Programa Mais Educação – PME. Trata-se de uma pesquisa mista, de natureza aplicada, com o objetivo de ser exploratória, de procedimento de caso, documental e bibliográfica. Tem como objetivo resgatar os marcos que legitimam o direito à ampliação da jornada escolar e avaliar a referida política pública a partir da visão dos estudantes que frequentam o PME. Como referencial metodológico nos valemos do ciclo de políticas de Stephen Ball e Richard Bowe por mostrar-se um ciclo flexível e que favorece uma avaliação contínua e de efeito da política pública. Como critério de seleção consideramos as escolas que aderiram ao PME em 2009 e o mantém de forma ininterrupta até o ano de 2015 em uma das maiores cidades da Serra Gaúcha - Rio Grande do Sul. A amostra compõe-se de oitenta e dois estudantes do terceiro, quarto e quinto ano do Ensino Fundamental, de duas escolas, que responderam a questionários com perguntas abertas e fechadas. As respostas oriundas das questões abertas foram categorizadas por especialistas. Dentre os resultados obtidos ressalta-se que o PME está enraizado na instituição escolar, os estudantes gostam de participar do PME, a preferência dos estudantes é por atividades que envolvam o movimento corporal e os alunos não apreciam a oficina de flauta e acompanhamento pedagógico e não gostam quando o oficineiro não comparece para realizar as atividades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vagner Peruzzo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Apaixonado que é pela arte de educar, concluiu em 2005 o  Magistério no  Instituto Estadual de Educação Cecília Meireles em Bento Gonçalves.  Logo iniciou a Licenciatura em  Educação Física na Universidade de Caxias do Sul (UCS), e a Licenciatura em Pedagogia - Habilitação Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental na Universidade Norte do Paraná (UNOPAR). Ao concluir as graduações, dedicou-se na Especialização em Educação Física Escolar.  Atualmente, pela parte da manhã, é professor área I,  no município de Farroupilha. A tarde, é professor de área II (Educação Física) do município de Caxias do Sul. Atua ainda como professor de nível superior no Centro de Ensino Superior Farroupilha (CESF) junto a área psicomotora, déficit de aprendizagens e supervisão de estágios curriculares. Ministra workshop, talk show e oficinas na Serra Gaúcha, acerca de temas atuais em educação. É professor da Pós-Graduação em Docência da Ed. Infantil na Faculdade La Salle. Como forma de qualificar seu fazer pedagógico, é acadêmico da Pós Graduação em Atendimento Educacional Especializado -  Inclusão e do Mestrado em Educação e Ciência – UFRGS.

Diogo Onofre Gomes Souza, UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Concluí meu curso de Medicina em 1971, na Universidade Católica de Pelotas. Iniciei, em 1972, minhas atividades como aluno e pesquisador em Bioquímica na UFRGS (Prof. Tuiskon Dick). Em 1976 concluí meu Mestrado na UFRJ (Prof. Leopoldo de Meis) e, em 1980, meu Doutorado na UFRJ (Prof. Iván Izquierdo). Em 1980-1981 fiz meu Pós Doutorado (CNPq) na University of London (Prof. Richard Rodnight) e em 1987/1988 fui Professor Visitante do Laboratório de Neurobiologia, Universidad Autónoma de Madrid (Prof. Galo Ramirez). Em 1994/1995 fui Professor Visitante no Laboratório de Bioenergética, Departamento de Bioquímica Médica, UFRJ (Prof. Leopoldo de Meis). Em 1998 fui Visiting Scientist, no Neurology Service, Veterans Affair Medical Center, CA, USA (Prof. Raymond Swanson). Já publiquei mais de 450 artigos científicos em revistas indexadas de circulação internacional, orientei inúmeras Teses de Doutorado, Dissertações de Mestrado e dezenas de alunos de Iniciação Científica. Esta atuação envolve basicamente a área de Neurociências, onde atuo longo de toda minha vida científica, trabalhando em injúria cerebral mediada por glutamato e neuroproteção exercida pelo nucleosídeo guanosina, abordando aspectos básicos e clínicos de doenças cerebrais. Mais recentemente, comecei a me envolver com a área de Educação em Ciências, onde orientei várias Teses de Doutorado e Dissertações de Mestrado. Recentemente liderei a criação de um PPG em Educação em Ciências na UFRGS, tendo sido seu primeiro Coordenador. Atualmente, sou revisor de artigos científicos em mais de 30 periódicos internacionais, indexados.

Referências

BALL, Stephen.; BOWE, Richard. Reforming Education and changing schools: case studies in policy sociology. London: Routledge, 1992.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 1988.

______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Dispõe sobre as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

______. Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jul. 1990.

______. Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEB): DF, MEC, 2007.

______. Programa Mais Educação (PME): DF, MEC, 2007.

______. Conferência Nacional de Educação (CONAE): DF, MEC, 2010

______. Plano Nacional de Educação (PNE): Brasilia, DF, MEC, 2014.

______. PDE – Plano de Desenvolvimento da Educação. Ministério da Educação, 15 de março de 2007.

______. Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, instituído pelo Decreto n° 6.094.

BRIGO, Maira Simoni et al. O programa mais educação: algumas reflexões a partir das ações de uma escola pública. XV Jornada de Extenção, UNIJUI, 2014.

CASSASSUS, Juan. A escola e a desigualdade. Brasília: Plano editora, 2002.

CAVALIARI, Ana Maria Vilella. Educação Integral: uma nova identidade para a escola brasileira. Educação e Sociedade, v. 23, n. 81, p. 247-270, dez./2002.

FRANCO, Creso et al. Qualidade e equidade na educação: Reconsiderando o significado de fatores intra-excolares. Ensaio: avaliação de política pública em educação, Rio de Janeiro, v. 15, n. 55, p 277-298, abr./jun., 2007.

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA. Censo da Educação Básica 2016 – Resumo Técnico. Brasília: INEP, 2016.

KERSTENETZKY, Celia Lessa. Escola de Tempo Integral já: quando a quantidade é qualidade. Revista Ciência Hoje, v. 39, n. 231, 2006.

MOSNA, Rosa Maria Pinheiro. Avaliação da Política Pública: Programa Mais Educação em escolas de Ensino Fundamental da rede Estadual do Rio Grande do Sul: Impactos na qualidade e no financiamento do ensino. Tese de doutorado. Universidade Federald o Rio Grande do Sul, 2014.

MOLL, Jaqueline. Educação Integral na Perspectiva da reinvenção da escola: elementos para o debate brasileiro. TV escola. Salto para o futuro: Educação Integral. Ano XVIII, boletim 13. Ago, 2008.

RIBEIRO, Darcy. O Livro dos CIEPs. Rio de Janeiro: Bloch Editores, 1986. 152 p.

SOARES, José Francisco. O efeito da escola no desempenho cognitivo dos seus estudantes. Revista eletrônica Iberoamericaba sobre Calidad, eficácia e Cambio em Educacion, v. 2, n. 2, 2004.

SOARES, Sergei.; SÁTYRO, Natália. O impacto da infra-estrutura escolar na taxa de distorção idade-série das escolas brasileiras de ensino fundamental – 1998 a 2005. IPEA: Textos para discussão 1338, Rio de Janeiro, maio de 2008.

Downloads

Publicado

03/01/2018

Como Citar

PERUZZO, V.; SOUZA, D. O. G. Ampliação da jornada escolar: a visão dos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental de duas escolas da Serra Gaúcha/RS sobre o Programa Mais Educação – PME. Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação, Araraquara, v. 13, n. 1, p. 124–139, 2018. DOI: 10.21723/riaee.v13.n1.2018.9120. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/9120. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos teóricos

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.