Macunaíma e o relato da descolonização do Brasil

Autores

  • Daniel Vecchio Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Colonialismo, Identidade, Mito, Viagem,

Resumo

Nas obras de Mário de Andrade, embora tenham surgido décadas antes dos primeiros estudos culturais e literários que trataram da questão da viagem pós-colonial, é revelada a grande necessidade do seu autor em rever as questões identitárias forjadas pelo passado colonial do Brasil. Diante disso, focando sempre no motivo da viagem, o presente estudo se debruçará sobre questões ligadas ao diálogo crítico da literatura com as representações eurocêntricas das terras registradas pelos relatos históricos, delineando, com a obra Macunaíma, nossas fronteiras discursivas e identitárias. Para isso, nosso objetivo não aproximará tal obra de uma variante particular do mito heróico ou de uma síntese de culturas, leituras já exaustivamente desenvolvidas em vários estudos, mas sim a tomará como uma reatualização do discurso histórico do contexto das viagens ultramarinas, levando em consideração os intertextos com os relatos e com as crônicas das viagens de descobrimento da América Portuguesa.

Biografia do Autor

Daniel Vecchio, Universidade Estadual de Campinas

Daniel Vecchio Alves possui graduação em História (2010) pela Universidade Federal de Viçosa-MG (2010) e é mestre em Letras (Estudos Literários) pela mesma instituição (2013). Atualmente é doutorando em História Cultural pela Universidade Estadual de Campinas. Seu interesse abrange os estudos sobre Teoria Literária, a Literatura Portuguesa de Viagens, a História e a Historiografia dos Descobrimentos, fazendo parte de grupos de pesquisa como o NEP (Núcleo de Estudos Portugueses da UFV) e o Mare Liberum (Centro de Estudos e Referências sobre a Cartografia Histórica da Unicamp).

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Publicado

17/01/2018

Edição

Seção

Fronteiras e deslocamentos na literatura brasileira