Drummond e Valéry: enigmas eventuais

Autores

  • Gustavo Ponciano Cunha de Oliveira UFG – Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Letras – Departamento de Estudos Literários. Goiânia – GO – Brasil.
  • Jamesson Buarque de Souza UFG – Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Letras – Departamento de Estudos Literários. Goiânia – GO – Brasil.

Palavras-chave:

Claro enigma, Drummond, Les événements m’ennuient, Valéry, Epígrafe,

Resumo

Este artigo apresenta uma leitura de Claro enigma, de Drummond, adversa à oposição entre este livro e A rosa do povo. A chave da leitura é a epígrafe de Claro enigma, “Les événements m’ennuient”, de Valéry. A leitura amplia a observação de Arrigucci Júnior sobre a relação entre exterior e interior na poesia de Drummond, pois em A rosa do povo há poemas de sensível interioridade e Claro enigma é impregnado de história. Como paratexto, a epígrafe valeriana é lida segundo considerações teóricas de Genette. Nesse sentido, a epígrafe não é lida no artigo literalmente, mas consoante suas possíveis fontes: “Propos me concernant” e uma carta escrita a André Gide publicada em Histoire-Politique. A pesquisa apresenta o poema “O enigma”, de Novos poemas, como ponte entre A rosa do povo e Claro enigma e como elemento fundamental para a apreensão da expressividade do exterior e do interior como unidade da obra poética drummondiana.

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Publicado

18/04/2017

Edição

Seção

Varia