Ao gosto do freguês: a imagem de Huysmans no jornal religioso A união

Autores

  • Glaucia Benedita Vieira Mestranda em Letras. UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de Ciências e Letras – Campus de Assis. Programa de Pós-Graduação em Letras – Literatura e Vida Social. Assis – SP – Brasil.
  • Álvaro Santos Simões Jr UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Faculdade de Ciências e Letras – Departamento de literatura. Assis – SP – Brasil.

Palavras-chave:

Huysmans, À rebours, Periódicos, A União, Religião,

Resumo

J.-K. Huysmans é reconhecido, em geral, a partir de seu livro À rebours (Às avessas). Esta obra foi lançada após a publicação de quatro livros cujo teor se adequava ao movimento naturalista, porém, com ela surgiu uma nova escrita que deu início ao decadentismo. Sem receio de moldar suas obras conforme lhe era aprazível, até seus conflitos religiosos figuraram em sua literatura. Inicialmente dava preferência ao satanismo e cultos de magia negra, entretanto, após certo tempo, converteu-se ao catolicismo e passou a incluir temas ligados ao cristianismo em suas obras. Abrigou-se em conventos, frequentou igrejas e usou sua arte para representar sua fé, mas muitos acreditavam que isso não passava de estratégia para divulgar seus livros. Não era essa a opinião do jornal A União, um periódico religioso que trazia assuntos ligados à Igreja Católica. Em cerca de 30 artigos datados de 1905 a 1949, Huysmans foi comentado e referenciado como exemplo de cristão. Em meio a diversos outros jornais e centenas de artigos que focaram aspectos literários de J.-K. Huysmans, A União conseguiu divisar uma face do autor que certamente lhe foi útil por alcançar seus fiéis e estimular o arrependimento e a conversão, por mais remota que esta parecesse.

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