Transformações político-institucionais dos Estados latino-americanos na década de 1990: um debate sobre instituições incentivadoras de políticas

Autores

  • Gabriel Henrique Burnatelli de Antonio IFSP – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Campus Avançado de Tupã. Tupã – SP – Brasil.
  • Ivan Ervolino SIGALei. São Carlos – SP – Brasil. 13560-042.

Palavras-chave:

Teoria democrática, OIT, América Latina,

Resumo

Este artigo projeta um olhar sobre parte das transformações nos instrumentos institucionais do agir político da vida contemporânea. Tendo como aporte teórico as análises de Ulrich Beck acerca da constituição simbólica do político no atual processo de modernização reflexiva, busca-se fazer um balanço da crise atual nas estratégias político-institucionais de desenvolvimento social desenhadas no século XX e seus desdobramentos entre os Estados latino-americanos nas últimas décadas. O estudo de caso que ilustra o cenário acima descrito é o da relação entre os Estados latino-americanos e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), instituição esta, que se caracteriza por incentivar, nestes países, a formação de agenda entre atores consagrados e novos sujeitos da política, tendo como mecanismo de entrada as Convenções que versam sobre relações trabalhistas ligadas a Direitos Humanos. Constata-se uma importante mudança na natureza dos processos políticos relativos à organização do modo de produção capitalista, da esfera do trabalho e, em sentido lato, da cidadania, uma vez que, como ilustrado com a inserção institucional da OIT na arena política latino-americana, o Estado tem colocado certas demandas para fora de suas estruturas.

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Publicado

19/01/2018

Edição

Seção

Artigos