Conexões e fluxos socioculturais que constituem a feira orgânica de Barro Vermelho – Vitória/ES

Autores

  • Renata Venturim Bernardino Universidade Federal do Espírito Santo
  • Eliana Santos Junqueira Creado Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.32760/1984-1736/REDD/2014.v8i2.6816

Palavras-chave:

consumo, alimentos orgânicos, vínculos sociais, agências, mercadorias

Resumo

Como parte das reflexões teóricas de uma pesquisa de mestrado, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo, cujo objetivo geral consiste em compreender as justificativas socioculturais dos consumidores para o consumo de alimentos da feira orgânica localizada no bairro Barro Vermelho, em Vitória/ES, o presente trabalho visa trazer para discussão uma concepção ampliada de vínculo “social” e de “agências”, englobando humanos e não-humanos. Apesar de trazer diversos autores, a problematização teórica estará centrada em três. Por um lado, teremos Bruno Latour e Tim Ingold que pretendem superar a dualidade entre pessoas/seres e objetos/coisas, cultura/natureza, vendo que estas esferas são constitutivas entre si e, portanto, essenciais para sustentar a vida social. Mesmo que Latour considere os grupos “em formação” e Ingold, as experiências humanas e dos demais seres que habitam o mundo, ambos colocam as relações em termos dinâmicos e são utilizados para pensar a fluidez dos consumidores e as associações/ações coletivas, no que diz respeito aos alimentos orgânicos. Por outro lado, teremos Igor Kopytoff, um antropólogo cultural que apresenta um olhar processual sobre as mercadorias, argumentando que ser mercadoria é apenas uma fase na biografia cultural das coisas e não um estado permanente.

Biografia do Autor

Renata Venturim Bernardino, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui bacharelado e licenciatura em Ciências Sociais (2004), com Pós-Graduação lato sensu em Ciências Humanas e Desenvolvimento Regional (2006) pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES e Pós-Graduação lato sensu em Educação Profissional e Tecnológica (2011) pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo - IFES. Entre os temas de interesse estão: consumo, desenvolvimento sustentável e sociologia ambiental. Atualmente, é mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFES.

Eliana Santos Junqueira Creado, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui mestrado (2002) e doutorado em Ciências Sociais (2006). Foi coeditora executiva na Revista Ambiente e Sociedade (Campinas), entre 2006 e 2011. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: conflitos socioambientais, presença humana em unidades de conservação e sociologia ambiental. Possui também experiência em Antropologia, abordando os mesmos temas acima, bem como o tema de processos identitários relativos à questão indígena, à questão quilombola e à ambientalização de conflitos sociais. De novembro de 2008 até abril de 2010, foi bolsista do programa Jovem Pesquisador da FAPESP, com um projeto de pesquisa sobre conflitos com fauna no Brasil e na região Sudeste do continente africano, visando a análise do ambientalismo internacional, sobretudo os seus agentes tecno-científicos envolvidos com a conservação, a proteção e o manejo de fauna. Desde abril de 2010, é professora adjunta em Antropologia na Universidade Federal do Espírito Santo. Atualmente, atua como docente no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UFES.

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Publicado

18/12/2015