LA INDIVIDUALIZACIÓN EN LA FORMACIÓN DE UNA PERSONALIDAD ANTIVICTIMISTA A TRAVÉS DE LA EDUCACIÓN FÍSICA Y EL DEPORTE
INDIVIDUALIZATION IN THE UPBRINGING OF AN ANTI-VICTIM PERSONALITY THROUGH PHYSICAL EDUCATION AND SPORTS
Tatyana Petrovna BUDYAKOVA1
RESUMEN: Este artículo aborda la cuestión de la individualización de la educación en el contexto del concepto de personalidad antivíctima. El aspecto menos desarrollado de la individualización de la educación es la cuestión del uso de la educación física y el deporte como herramientas en la educación de la personalidad antivíctima. El estudio utilizó entrevistas estructuradas junto con un análisis victimológico. El tratamiento estadístico del material se realizó mediante el criterio no paramétrico χ2 de Pearson. Se identificaron cuatro grupos de participantes en el estudio según su nivel de conciencia de la importancia del desarrollo físico. Sólo los deportistas "activos" tenían actitudes antivíctimas hacia las dificultades y los fracasos en la educación física y las actividades deportivas. Esto demuestra que una de las formas de formar una personalidad antivíctima en el deporte es superar conscientemente las dificultades y aumentar los niveles de autoestima.
PALABRAS CLAVE: Individualización. Educación de la personalidad. Personalidad antivíctima. Educación física. Deportes.
ABSTRACT: This article deals with the issue of the individualization of education in the context of the concept of anti-victim personality. The most undeveloped aspect of the individualization of education is the question of the use of physical education and sports as tools in the education of an anti-victim personality. The study used structured interviews in conjunction with victimological analysis. Statistical processing of the material was carried out using the nonparametric Pearson criterion χ2. Four groups of study participants were identified according to their level of awareness of the importance of physical development. Only the “active” athletes had anti-victim attitudes toward difficulties and failures in physical education and sporting activities. This proves that one of the ways to form an anti-victim personality in sports is to consciously overcome difficulties and increase levels of self-esteem.
KEYWORDS: Individualization. Personality education. Anti-victim Personality. Physical education. Sports.
Tradicionalmente, o problema da individualização na educação tem sido associado à individualização e diferenciação dos métodos de ensino aplicados às disciplinas escolares ou universitárias (SIMONOVA; POULOVA, 2015). O estudo da individualização no contexto da educação é mais frequentemente focado nas categorias de alunos com problemas inclusivos (TEIXEIRA et al., 2018). Assim, o objetivo é desenvolver o potencial interno de cada aluno e apoiar sua integração na vida social. Postula-se que todos os alunos devem ser capazes de atingir seu potencial máximo, apesar de suas diferenças (KRATOCHVÍLOVÁ; HAVEL, 2013).
Um dos problemas urgentes das ciências psicológicas e pedagógicas modernas é a busca de uma conexão entre as características individuais de uma criança e as questões relacionadas com a garantia de sua segurança. A vitimização de alunos tornou-se um dos tópicos mais relevantes na educação moderna, à medida que aumentou o leque de formas de transformar alunos em vítimas, incluindo bullying nas redes sociais e a presença de sites agressivos (SHAW et al., 2019; IGE, 2020) Esses eventos têm estimulado pesquisas sobre a formação de traços de personalidade antivítima, cuja presença torna a pessoa mais resistente aos efeitos negativos de seu ambiente social. Uma personalidade antivítima é uma personalidade que inclui uma consciência antivítima desenvolvida e um conjunto de características antivítima que aumentam sua invulnerabilidade a fatores criminogênicos e outros negativos (BUDYAKOVA, 2020).
Enquanto isso, na ciência, não há correlação direta entre a vitimização de crianças e seus problemas de personalidade no futuro. Foi demonstrado que as mudanças negativas da personalidade dependendo da vitimização são mediadas pela personalidade da criança. Em
particular, os preditores de personalidade que causam uma maior ou menor probabilidade de vitimização foram identificados. Eles incluem status entre pares, distúrbios comportamentais, relações familiares (afetuosos, tensos) e traços de personalidade (abertura/reservada, conscientização, benevolência, neuroticismo etc.) (MEEHAN et al., 2020). Revelou-se a importância da educação sobre a escolha do método de atendimento psicológico às vítimas (TASHCHEVA, 2005; STOYANOV et al., 2021). Ao mesmo tempo, a influência da educação física na formação das características antivítimas de um indivíduo e a aplicação da individualização por meio do uso da educação física como meio de segurança vitimológica mal foram estudados.
A pesquisa moderna sobre os problemas da individualização da educação por meio da educação física é unilateral. O problema da abordagem individual na introdução de crianças e alunos nas aulas de educação física para formar a necessidade de um estilo de vida saudável ou de proteção à saúde tem sido estudado (AGUIAR; SOARES; LEITÃO, 2019; BOBROVA; BOBROVA; EREMENSKAYA, 2018; POPKOVA, 2010).
Para nossa pesquisa, trabalhos que enfocam a relação entre a resistência individual a fatores vitimológicos e a atividade física são significativos. Esses estudos tiveram resultados mistos. Por um lado, a frequência e o grau de atividade física se correlacionaram diretamente com a resposta física ao estresse, reduzindo os efeitos fisiológicos negativos do estresse em sujeitos fisicamente ativos e aumentando a acuidade fisiológica da reação em sujeitos fisicamente passivos. Por outro lado, o grau e a frequência da atividade física não compensaram as perdas morais e psicológicas do estresse em participantes fisicamente ativos ou fisicamente passivos do estudo (KLAPERSKI et al., 2013). Klaperski et al. (2013) usaram uma situação de estresse induzido artificialmente. No entanto, as mesmas conclusões foram obtidas de indivíduos que experimentaram o estresse de um crime real. Verificou-se que as vítimas de violência sexual que estavam em boa forma física eram mais estáveis em termos fisiológicos (pulso, pressão arterial etc.) do que as vítimas que não estavam. Ao mesmo tempo, ambas as categorias de vítimas sofreram quase igualmente traumas psicológicos resultantes da violência. No entanto, os autores apenas descreveram o fenômeno resultante, mas não o explicaram (HECKMAN; CLAY, 2005).
Deve-se notar que os estudos acima foram realizados em mulheres. Experimentos semelhantes realizados em homens produziram resultados diferentes, descobrindo que a resistência psicológica e a aptidão física dos homens eram dois fatores que se correlacionavam diretamente. Homens que tiveram alta resistência e boa forma física foram mais capazes de se recuperar após um incidente estressante (SANDVIK et al., 2020). Em
geral, pode-se argumentar que a ambivalência dos dados obtidos torna relevante o estudo do papel da atividade física na superação da vitimização.
Na pedagogia, o princípio da individualização é geralmente interpretado levando em consideração as características pessoais de cada aluno (VOLOSACH; TERTYCHNY, 2008). Dependendo do objeto da educação, pode ser um tanto refinado. Portanto, no que diz respeito aos adolescentes com comportamento desviante, esse princípio parece ser o desenvolvimento de uma trajetória individual de prevenção sócio-pedagógica, levando em consideração as características individuais da criança (SAVITSKAYA, 2019). Outros autores têm uma compreensão semelhante do conteúdo do princípio de individualização da educação (CHAN et al., 2005; KNAUDER; KOSCHMIEDER, 2019).
Acreditamos que o princípio da individualização requer um maior desenvolvimento para resolver os problemas de formação de uma personalidade antivítima. Para prevenir a vitimização, para aprender regras de comportamento seguras, é necessário não apenas levar em conta as diferenças individuais existentes de vítimas potenciais ou reais, mas também formar formas atípicas de exibir as características tipológicas individuais de uma pessoa em particular para garantir sua segurança. A vítima deve ser capaz de resistir às influências negativas da sociedade, não apesar, mas por causa de suas diferenças em relação às outras pessoas. Em outras palavras, é necessário não apenas levar em conta as características individuais da vítima, mas também adaptar ativamente as diferenças individuais existentes para garantir sua segurança, quando uma determinada característica individual passa de defeito em vantagem. Esse tipo de individualização pode ser facilitado pela educação física e esportes (GAFFAR; YUNIAWATI; RIDWANUDIN, 2019). Ao mesmo tempo, acreditamos que a educação física se tornará um meio não apenas de estabilidade física, mas também psicológica, apenas se a vítima potencial perceber tais atividades no contexto antivitimológico correto.
A educação física contribui para a formação de traços de personalidade antivítima, principalmente no caso em que o indivíduo como agente antivítima a percebe.
Os princípios de individualização na educação de uma personalidade antivítima significam que o método de educação deve corresponder ao nível de consciência da necessidade da educação física e desportiva para garantir a sua segurança.
Os métodos de pesquisa são entrevista estruturada e análise vitimológica.
A metodologia de análise vitimológica é descrita em nossos trabalhos anteriores (BUDYAKOVA, 2020). Sua essência geral é que no material factual, a partir de uma sequência de etapas analíticas, sejam destacados aspectos relacionados à vitimização do indivíduo. Neste estudo, utilizamos quatro dessas etapas: a) identificação e análise da resposta típica do indivíduo aos fatos de vitimização; b) identificação e análise da resposta atípica na situação de vitimização; c) consciência da resposta atípica à fonte de perigo e angústia como medida de segurança antivítima do indivíduo; d) consciência do impacto do fato da educação física na estabilidade psicológica da personalidade.
Uma lista de afirmações que os alunos deviam avaliar.
Não tenha medo de ser diferente dos outros. Se outras pessoas não praticam regularmente educação física e esportes, você ainda deve praticá-los.
A educação física e os esportes são um esforço. É sair da sua zona de conforto. Aprenda a sair da sua zona de conforto e obtenha satisfação com ela.
Na educação física e nos esportes, a competição mais importante é a competição consigo mesmo.
A vida não é apenas educação física e esportes, mas é uma estrada na qual você entenderá do que é capaz.
Com educação física e esportes, você prolonga sua vida, a torna mais brilhante e investe no seu futuro.
Todas essas declarações têm um significado vitimológico oculto. Por exemplo, o cenário “A educação física e o esporte são um esforço. É sair da sua zona de conforto. Aprenda a sair da sua zona de conforto e obter satisfação com isso”, permite que uma pessoa não ceda a situações difíceis e até tenha satisfação em superá-las, e não sinta o medo que a vítima experimenta - por exemplo, em situações ilegais - mas para procurar uma saída aceitável deles. Em nosso estudo, procuramos identificar alunos que conseguissem identificar de forma independente esse significado na educação física e no esporte, e o tornassem parte da organização semântica de sua personalidade.
“Leia atentamente as declarações e escreva se você já usou esses princípios em sua própria vida. Dê exemplos de como você os usou ou poderia ter usado se os conhecesse antes”.
Os participantes do estudo são 60 adolescentes alunos do ensino médio da cidade de Yelets. Destas, 30 pessoas estão ativamente engajadas na educação física, vão a clubes esportivos, 30 - estão engajadas na educação física apenas como parte das aulas escolares, e não sentem a necessidade de se engajar na educação física de forma mais ativa.
A Tabela 1 mostra os dados comparativos sobre a avaliação dos princípios de atitude para a educação física em adolescentes-atletas ativos e estudantes passivos em relação à educação física.
Nível de consciência da importância dos princípios | Grupo de atletas ativos (número de alunos e em %) F1 | Grupo de atletas passivos (número de alunos em %) F2 |
Alto (todos os três princípios são ilustrados e justificados) | 5 (16%) | 0 |
Média (dois princípios são ilustrados e justificados) | 12 (40%) | 1 (3%) |
Baixo (apenas um princípio é ilustrado e justificado) | 13 (43%) | 14 (46%) |
Zero (nenhum princípio é ilustrado ou justificado) | 0 | 15 (50%) |
p | p < 0.05 | p < 0.05 |
Fonte: Elaborado pelos autores
O teste qui-quadrado de Pearson utilizado no processamento estatístico dos resultados da pesquisa para testar a hipótese sobre a natureza não aleatória da frequência das distribuições de notas em atletas adolescentes ativos e passivos comprovou a confiabilidade dos dados obtidos. Os valores de χ2 variaram de 0,178 a 3,35, com p <0,05.
A maioria dos participantes do estudo, tanto atletas “ativos” quanto “passivos”, avaliaram positivamente os três princípios. A diferença estava na argumentação e na capacidade de dar exemplos para apoiar a posição escolhida. O estudo revelou um baixo nível de consciência de atitudes em relação à educação física e esportes entre os escolares que não praticam regularmente dessas atividades. Em alguns casos, havia uma clara falta de compreensão da relação entre a educação física ou esportes e o desenvolvimento da própria personalidade. Como exemplo, podemos citar as falas de alguns atletas “passivos”: “Existem coisas mais interessantes do que a educação física e os esportes, eles tomam tempo da leitura de livros, da comunicação com os amigos”, “A educação física e os esportes interferem na preparação para uma futura profissão, distração da preparação para as aulas”, “Criatividade, viajar, um passatempo favorito é mais interessante do que desporto”; “Você não pode forçar uma pessoa a fazer o que ela não quer, e eu não quero fazer educação física e esporte”; “Agora - o século XXI e as pessoas preferem o trabalho mental” (tradução nossa). Em geral, tais afirmações indicaram um baixo nível de formação de atitudes antivítima. A aspiração geral desse grupo de participantes era aproveitar a vida e a educação física e eles percebiam os esportes como atividades que não traziam alegria. Tais atitudes contribuem para a desmoralização do indivíduo ao entrar em situações difíceis da vida que não podem ser evitadas pelo princípio “Não gosto disso”.
Em outros casos, os alunos “passivos” em relação à educação física, percebendo positivamente a atitude como um todo, não a associaram à educação física e ao esporte. Por exemplo, uma das alunas justificou a importância da atitude “Não tenha medo de ser diferente dos outros. Se outras pessoas não praticam regularmente educação física e esportes, você ainda deve praticá-los” - “Quero me destacar e não ser como os outros”. No entanto, a participante do estudo não conseguiu vincular esse desejo com a prática de educação física e esportes. Argumentos semelhantes foram feitos com uma atitude positiva em relação a outro princípio: “A educação física e os esportes são um esforço; é uma saída da zona de conforto. Aprenda a sair da sua zona de conforto e obtenha satisfação com isso”. Enunciados formais que não estavam diretamente relacionados à educação física e esportes foram escolhidos como argumentos: “Se você não sair da sua zona de conforto, não será capaz de seguir em frente” (tradução nossa).
Um quadro diferente foi observado em atletas “ativos”. A maioria deles deu não apenas argumentos a favor dos princípios apresentados no estudo, mas também deu exemplos que confirmam sua justificação. Por exemplo, destacando sua atitude em relação à instalação “Na educação física e no esporte, a competição mais importante é a competição com você
mesmo”, um adolescente que está engajado na seção de luta livre escreveu: “Se você não se supera, você não vai superar seu oponente”. Como exemplo, ele citou um caso em que após uma perda ficou psicologicamente deprimido, mas formulou uma regra para si mesmo: “Você precisa treinar mais, e conseguir a cada dia pelo menos um pequeno passo, mas progredir no profissionalismo”. Isso ajudou a não parar de treinar e melhorar ainda mais. Ele sentiu o respeito dos rivais por ele, pois conseguiu provar que pode se desenvolver. Este exemplo mostra uma das formas de se formar uma personalidade antivítima no esporte - por meio da superação consciente das dificuldades e do aumento do nível de autoestima. É característico que atletas e atletas “ativos” também deem as fórmulas que lhes permitem resistir aos fatores negativos da vida esportiva: “Não deu certo da primeira vez - temos que tentar mais ainda”; “Devo praticar educação física e esportes hoje, para não dizer a mim mesmo: 'Agora não é o momento certo'" (tradução nossa) etc.
Os participantes de nosso estudo podem ser divididos em quatro grupos de acordo com sua consciência da importância do desenvolvimento físico. O primeiro grupo é formado por alunos que não entendem o papel da educação física e do esporte na manutenção da saúde e no desenvolvimento pessoal e na garantia da própria segurança. Devido à sua idade e alto nível de saúde, esses adolescentes não desenvolveram interesse por educação física e esportes. Eles estão focados em outras atividades que consideram mais interessantes e promissoras para o futuro.
O segundo grupo foi formado por alunos que, a princípio, têm consciência da importância da educação física e do esporte para a manutenção da saúde, mas não entendem seu papel no desenvolvimento da personalidade e na garantia da segurança.
O terceiro grupo incluiu participantes do estudo que entendem o papel da educação física para a saúde e o desenvolvimento pessoal, mas não podem avaliar seu significado vitimológico.
O menor grupo foi formado por adolescentes que destacaram, entre outros aspectos, a importância da educação física e do esporte para garantir a segurança de sua personalidade. Os depoimentos dados na metodologia continham implicações vitimológicas, o que foi verificado apenas neste grupo. Os participantes do estudo que estavam ativamente engajados na educação física e nos esportes eram os adeptos mais motivados desses tipos de atividades. Eles também foram capazes de apresentar argumentos vitimológicos, ilustrados por eventos
de sua experiência. Portanto, por exemplo, o significado vitimológico da afirmação “Não tenha medo de ser diferente dos outros. Se outras pessoas não praticam regularmente educação física e esportes, então você ainda deve praticá-los” é que uma pessoa que se comporta fora da caixa pode ter medo de se tornar uma vítima do ridículo e do ostracismo. A pessoa que não tem medo de se tornar tal vítima, que apresenta atitudes antivítima, é colocada como vencedora de acordo com a fórmula conhecida na vitimologia: “A vítima pode vencer!”. Essas são formas atípicas de comportamento, cuja posse proporciona as vantagens de uma vítima em potencial. Os comportamentos atípicos que contribuem para a sobrevivência da vítima em situações críticas foram descritos anteriormente (BUDYAKOVA, 2014).
Os resultados obtidos mostram que as técnicas metodológicas na formação de uma personalidade antivítima devem conter pelo menos quatro tipos de medidas que garantam a aplicação do princípio da individualização. Essas medidas devem diferir dependendo do nível de consciência dos alunos sobre a necessidade da educação física e dos esportes para salvaguardar sua saúde, desenvolver sua própria personalidade e garantir sua segurança. Estudos com personalidades de atletas que se tornaram vítimas em luta livre comprovam o acerto da abordagem escolhida, uma vez que a falta de educação quanto às atitudes antivítimas fez com que até atletas de elite se tornassem vítimas (KOVALENKO, 2015).
As atividades esportivas e, muitas vezes, a educação física têm uma orientação competitiva. Por causa disso, sempre há vencedores e perdedores; em qualquer caso, existe uma classificação por resultados. Em um nível psicológico, os perdedores podem pensar em si mesmos especificamente como vítimas. Com a atitude correta, sua consciência de ser vítima pode ser redefinida e, ao invés da desilusão com a prática esportiva, pode estimular seu desenvolvimento. A personalidade antivítima não permite a percepção de si como vítimas. Além disso, é possível transferir essas atitudes para atividades educacionais e outras que envolvam classificar as pessoas por resultados. Assim, foram encontradas correlações entre a participação em esportes e o aumento da independência em outras áreas da vida em atletas com deficiência (SINGH et al., 2013). Em contraste, o desenvolvimento de ressentimentos e complexos pessoais durante o treinamento esportivo estimulou a formação de consciência de vitimização ou agressão (TAKAHASHI; OZAWA; HARIZUKA, 2020).
Nossa primeira hipótese foi totalmente comprovada. Com efeito, a educação física e o esporte contribuem para a formação de propriedades antivítima numa pessoa, principalmente no caso em que essa pessoa as percebe para combater a vitimização.
O princípio da individualização na formação de uma personalidade antivítima por meio da educação física e dos esportes significa que os métodos dessa educação devem corresponder ao nível de consciência da necessidade dessas atividades para garantir sua segurança. Empiricamente, quatro desses níveis foram identificados:
Nível 1 – falta de compreensão da importância da educação física e dos esportes para a manutenção da saúde, o desenvolvimento da personalidade e a garantia de sua segurança.
Nível 2 – compreender a importância da educação física e dos esportes para a preservação e o desenvolvimento da saúde, sem dar importância ao papel de tais atividades no desenvolvimento da personalidade e na proteção de sua segurança.
Nível 3 – consciência da importância da educação física e dos esportes, não apenas para a preservação e manutenção da saúde, mas também para o desenvolvimento da personalidade de alguém sem estar ciente do significado da vitimização.
Nível 4 – consciência da importância da educação física e dos esportes para a preservação e o desenvolvimento da saúde e para a proteção contra os efeitos psicológicos na personalidade.
As aulas de treinamento e educação física devem promover o desenvolvimento da personalidade do atleta do primeiro ao quarto nível.
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Alexander Valeryevich Maslennikov, Professor Associado, Candidato em Ciências (Pedagogia), Professor do Departamento de Teoria e Métodos de Atletismo, Departamento de Teoria e Métodos de Atletismo, da Faculdade de Esportes Olímpicos de Verão, Universidade Estadual Nacional de Educação Física, Esporte e Saúde de Lesgaft, São Petersburgo, Federação Russa.
Olga Alexandrovna Shavandina, Candidato em Ciências Econômicas, Professor Associado do Departamento de Teoria e História do Estado e Direito, Universidade Estadual de Altai, Barnaul, Federação Russa.
INDIVIDUALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DE UMA PERSONALIDADE ANTIVÍTIMA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DO ESPORTE
LA INDIVIDUALIZACIÓN EN LA FORMACIÓN DE UNA PERSONALIDAD ANTIVICTIMISTA A TRAVÉS DE LA EDUCACIÓN FÍSICA Y EL DEPORTE
Tatyana Petrovna BUDYAKOVA1
RESUMO: Este artigo trata da questão da individualização da educação no contexto do conceito de personalidade antivítima. O aspecto mais subdesenvolvido da individualização da educação é a questão da utilização da educação física e do esporte como instrumentos na educação de uma personalidade antivítima. O estudo utilizou entrevistas estruturadas em conjunto com a análise baseada na vitimologia. O processamento estatístico do material foi realizado utilizando o critério não-paramétrico Pearson χ2. Quatro grupos de participantes no estudo foram identificados de acordo com o seu nível de consciencialização sobre a importância do desenvolvimento físico. Apenas os atletas "ativos" tinham atitudes antivítimas em relação às dificuldades e falhas na educação física e nas atividades esportivas. Isto prova que uma das formas de formar uma personalidade antivítima no esporte é ultrapassar conscientemente as dificuldades e aumentar os níveis de autoestima.
PALAVRAS-CHAVE: Individualização. Educação da personalidade. Personalidade antivítima. Educação física. Desporto.
RESUMEN: Este artículo aborda la cuestión de la individualización de la educación en el contexto del concepto de personalidad antivíctima. El aspecto menos desarrollado de la individualización de la educación es la cuestión del uso de la educación física y el deporte como herramientas en la educación de la personalidad antivíctima. El estudio utilizó entrevistas estructuradas junto con un análisis victimológico. El tratamiento estadístico del material se realizó mediante el criterio no paramétrico χ2 de Pearson. Se identificaron cuatro grupos de participantes en el estudio según su nivel de conciencia de la importancia del desarrollo físico. Sólo los deportistas "activos" tenían actitudes antivíctimas hacia las dificultades y los fracasos en la educación física y las actividades deportivas. Esto demuestra que una de las formas de formar una personalidad antivíctima en el deporte es superar conscientemente las dificultades y aumentar los niveles de autoestima.
PALABRAS CLAVE: Individualización. Educación de la personalidad. Personalidad antivíctima. Educación física. Deportes.
Traditionally, the problem of individualization in education has been associated with the individualization and differentiation of the teaching methods applied to school or university subjects (SIMONOVA; POULOVA, 2015). The study of individualization in the context of education is most often focused on the categories of students with inclusive problems (TEIXEIRA et al., 2018). Thus, the goal is to develop the inner potential of each inclusive student and to support their integration into social life. It has been postulated that all students should be able to reach their maximum potential, despite their differences (KRATOCHVÍLOVÁ; HAVEL, 2013).
One of the pressing problems of modern psychological and pedagogical sciences is the search for a connection between the individual characteristics of a child and the issues related to ensuring their safety. Victimization of students has become one of the most relevant topics in modern education, as the range of ways to turn students into victims has increased, including bullying on social networks and the presence of aggressive sites (SHAW et al., 2019; IGE, 2020). These events have stimulated research on the formation of anti-victim personality traits, the presence of which makes a person more resistant to the negative effects of their social environment. An anti-victim personality is a personality that includes a developed anti-victim consciousness and a set of anti-victim characteristics that increase their invulnerability to criminogenic and other negative factors (BUDYAKOVA, 2020).
Meanwhile, in science, there is no direct correlation between the victimization of children and their personality problems in the future. It has been shown that negative personality changes depending on the victimization are mediated by a child’s personality. In
particular, the predictors of personality that cause a greater or lesser probability of victimization have been identified. They include status among peers, behavioral disorders, family relationships (warm, tense), and personality traits (openness/reserve, conscientiousness, benevolence, neuroticism etc.) (MEEHAN et al., 2020). The importance of education on the choice of method of psychological assistance for victims was revealed (TASHCHEVA, 2005; STOYANOV et al., 2021). At the same time, the influence of physical education on the formation of an individual’s anti-victim characteristics and the application of individualization through the use of physical education as a means of victimological security have barely been studied.
Modern research on the problems of the individualization of education through physical education is one-sided. The problem of an individual approach when introducing children and students to physical education classes to form the need for a healthy lifestyle or health protection has been studied (AGUIAR; SOARES; LEITÃO, 2019; BOBROVA; BOBROVA; EREMENSKAYA, 2018; POPKOVA, 2010).
For our research, works that focus on the relationship between individual resistance to victimological factors and physical activity are significant. These studies have had mixed results. On the one hand, the frequency and degree of physical activity directly correlated with the physical response to stress, reducing the physiological negative effects of stress in physically active subjects and increasing the physiological acuity of the reaction in physically passive subjects. On the other hand, the degree and frequency of physical activity did not compensate for the moral and psychological losses from stress in either physically active or physically passive study participants (KLAPERSKI et al., 2013). Klaperski et al. (2013) used a situation of artificially induced stress. However, the same conclusions were obtained from subjects who experienced stress from a real crime. It was found that victims of sexual violence who were in good physical shape were more stable in physiological terms (pulse, blood pressure etc.) than victims who were not. At the same time, both categories of victims suffered almost equally from psychological trauma resulting from violence. However, the authors only described the resulting phenomenon but did not explain it (HECKMAN; CLAY, 2005).
It should be noted that the above studies were conducted on women. Similar experiments conducted on men produced different results, finding that men’s psychological endurance and physical fitness were two factors that directly correlated with each other. Men who had high endurance and good physical fitness were better able to recover after a stressful incident (SANDVIK et al., 2020). In general, it can be argued that the ambivalence of the data
obtained makes further study of the role of physical activity in overcoming victimization relevant.
In pedagogy, the principle of individualization is generally interpreted as considering the personal characteristics of each student (VOLOSACH; TERTYCHNY, 2008). Depending on the object of education, it can be somewhat refined. Therefore, concerning adolescents with deviant behavior, this principle looks like the development of an individual trajectory of socio-pedagogical prevention, considering the individual characteristics of the child (SAVITSKAYA, 2019). Other authors have a similar understanding of the content of the principle of individualization of education (CHAN et al., 2005; KNAUDER; KOSCHMIEDER, 2019).
We believe that the principle of individualization requires further development to solve the problems of forming an anti-victim personality. To prevent victimization, to learn safe rules of behavior, it is necessary not only to consider the existing individual differences of potential or real victims but also to form uncharacteristic ways of displaying the individual typological characteristic of a particular person to ensure his safety. The victim must be able to resist the negative influences of society, not despite, but because of their differences from other people. In other words, it is necessary not just to consider the individual characteristics of the victim, but also to actively adapt the existing individual differences to ensure their safety, when a particular individual feature turns from a defect into an advantage. This type of individualization can be facilitated by physical education and sports (GAFFAR; YUNIAWATI; RIDWANUDIN, 2019). At the same time, we believe that physical education will become a means of not only physical but also psychological stability only if the potential victim perceives such activities in the right anti-victimological context.
Physical education contributes to the formation of anti-victim traits of personality, mainly in the case when the individual as an anti-victim agent perceives it.
The individualization principles in the education of an anti-victim personality means that the method of education should correspond to the level of awareness of the need for physical education and sports to ensure their safety.
The research methods are structured interview and victimological analysis.
The methodology of victimological analysis is described in our previous works (BUDYAKOVA, 2020). Its general essence is that in the factual material, based on a sequence of analytical steps, aspects related to the victimization of the individual are highlighted. In this study, we used four such steps: a) identification and analysis of the typical response of the individual to the facts of victimization; b) identification and analysis of the atypical response in the situation of victimization; c) awareness of the atypical response to the source of danger and distress as an anti-victim security measure of the individual; d) awareness of the impact of the fact of physical education on the psychological stability of one's personality.
A list of statements that the students had to evaluate.
Do not be afraid to be different from others. If others do not regularly engage in physical education and sports, you should still do them.
Physical education and sports are an effort. It is leaving your comfort zone. Learn to leave your comfort zone and get satisfaction from it.
In physical education and sports, the most important competition is the competition with yourself.
Life is not only physical education and sports, but it is a road on which you will understand what you are capable of.
With physical education and sports, you prolong your life, make it brighter, and invest in your future.
All these statements have a hidden victimological meaning. For example, the setting “Physical education and sports are an effort. It is leaving your comfort zone. Learn to leave your comfort zone and get satisfaction from it”, allows a person not to give in to difficult situations and even get satisfaction from overcoming them, and not to feel the fear that a victim experiences – for example, in illegal situations – but to look for an acceptable way out of them. In our study, we attempted to identify students who were able to identify
independently this meaning in physical education and sports and made it part of the semantic organization of their personality.
“Carefully read the statements and write whether you have ever used these principles in your own life. Give examples of how you used them or could have used them if you had known about them before.”
The participants of the study are 60 teenagers who are secondary school students in the city of Yelets. Of these, 30 people are actively engaged in physical education, go to sports clubs, 30 are engaged in physical education only as part of school classes, and do not feel the need to engage in physical education more actively.
Table 1 shows comparative data on the evaluation of the principles of attitude to physical education in active adolescents-athletes and passive students concerning physical education.
Level of awareness of the importance of the principles | Group of active athletes (number of students and in %) F1 | Group of passive athletes (number of students and in the %) F2 |
High (all three principles are illustrated and justified) | 5 (16%) | 0 |
Average (two principles are illustrated and justified) | 12 (40%) | 1 (3%) |
Low (only one principle is illustrated and justified) | 13 (43%) | 14 (46%) |
Zero (no principle is illustrated or justified) | 0 | 15 (50%) |
p | p < 0.05 | p < 0.05 |
Source: Prepared by the authors
The Pearson chi-square test used in the statistical processing of the survey results to test the hypothesis about the non-random nature of the frequency of grade distributions in active and passive adolescent-athletes proved the reliability of the obtained data. The values of χ2 ranged from 0.178 to 3.35, with p < 0.05.
Most participants in the study, both “active” and “passive” athletes, positively assessed all three principles. The difference was in the argumentation and the ability to provide examples to support the chosen position. The study revealed a low level of awareness of attitudes for physical education and sports among school children who do not regularly engage in these activities. In some cases, there was a clear lack of understanding of the relationship between physical education or sports and the development of own personality. As an example, we can cite the statements of some “passive” athletes: “There are more interesting things than physical education and sports, they take time away from reading books, communicating with friends”, “Physical education and sports interfere with preparing for a future profession, distract from preparing for lessons”, “Creativity, travel, a favorite hobby is more interesting than sports”; “You cannot force a person to do what he does not want, and I do not want to do physical education and sports”; “Now – the XXI century and people prefer mental work”. In general, such statements indicated a low level of formation of anti-victim attitudes. The general aspiration of this group of participants was to enjoy life and physical education and they perceived sports as activities that did not bring joy. Such attitudes contribute to the demoralization of the individual when getting into difficult life situations that cannot be avoided on the principle of, “I don't like it”.
In other cases, students who were “passive” concerning physical education, positively perceiving the attitude as a whole, did not associate it with physical education and sports. For example, one of the schoolgirls justified the importance of the attitude “Don't be afraid to be different from others. If others do not regularly engage in physical education and sports, then you should still do them” – “I want to stand out and not be like others”. However, the study participant could not link this desire with going into physical education and sports. Similar arguments were made with a positive attitude to another principle: “Physical education and sports are an effort; it is a way out of the comfort zone. Learn to step out of your comfort zone and get satisfaction from it”. Formal statements that were not directly related to physical education and sports were chosen as arguments: “If you do not get out of your comfort zone, then you will not be able to move on”.
A different picture was observed in “active” athletes. Most of them gave not only arguments in favor of the principles presented in the study, but also gave examples confirming
their correctness. For example, highlighting his attitude to the statement “In physical education and sports, the most important competition is a competition with yourself”, a teenager who is engaged in the free-style wrestling section wrote: “If you do not overcome yourself, you will not overcome your opponent”. As an example, he cited a case when after a loss he was psychologically depressed but formulated a rule for himself: “You need to train more, and achieve every day at least a small, but progress in professionalism”. This helped me not to stop training and improve further. He felt the respect of his rivals for him, as he was able to prove that he can develop. This example shows one of the ways to form an anti-victim personality in sports - through the conscious overcoming of difficulties and increasing the level of self-esteem. It is characteristic that “active” athletes also gave the formulas that allow them to be resistant to the negative factors of sports life: “It did not work out the first time – we must try not to work out yet”; “I must engage in physical education and sports today, not to say to myself: “Now is not the right time””, etc.
The participants in our study can be divided into four groups according to their awareness of the importance of physical development. The first group consists of students who do not understand the role of physical education and sports in maintaining their health and personal development and ensuring their own safety. Due to their age and high level of health, these teenagers did not develop an interest in physical education and sports. They are focused on other activities that they find more interesting and promising for the future.
The second group consisted of students who, in principle, are aware of the importance of physical education and sports for maintaining health but do not understand its role in the developing their personality and ensuring safety.
The third group included study participants who understand the role of physical education for both health and personal development but cannot assess their victimological significance.
The smallest group was formed by teenagers who noted, among other things, the importance of physical education and sports to ensure the safety of their personality. The statements given in the methodology contained victimological implications, which was seen only in this group. These study participants were actively engaged in physical education and sports and were the most motivated adherents of these types of activity. They were also able to present victimological arguments, illustrated by events from their experience. Therefore,
for example, the victimological meaning of the statement “Do not be afraid to be different from others. If others do not regularly engage in physical education and sports, then you should still do them” is that a person who behaves outside the box may be afraid of becoming a victim of ridicule and ostracism. A person who is not afraid to become such a victim, who has brought up anti-victim attitudes, is put as the winner according to the formula known in victimology: “The victim can win!”. These are non-standard forms of behavior, the possession of which provides the advantages of a potential victim. Non-standard behaviors that contribute to the survival of the victim in critical situations were described earlier (BUDYAKOVA, 2014).
The results obtained show that methodological techniques in the formation of an anti- victim personality should contain at least four types of measures that ensure the implementation of the principle of individualization. These measures should differ depending on the level of awareness of the students of the need for physical education and sports to safeguard their health, develop their own personalities, and secure their safety. Studies of the personalities of athletes who have become victims of wrestling prove the correctness of the approach chosen since the lack of education regarding anti-victim attitudes turned even elite athletes into victims (KOVALENKO, 2015).
Sports activities and, often, physical education have a competitive orientation. Because of this, there are always winners and losers; in any case, there is a ranking by results. On a psychological level, losers may think of themselves specifically as victims. With the correct attitude, their awareness of being a victim can be redefined, and instead of disillusionment with sports activities, it can stimulate their development. The anti-victim personality does not allow the perception of themselves as victims. In addition, it is possible to transfer such attitudes to educational and other activities that involve ranking people by results. Thus, correlations were found between participation in sports and increased independence in other areas of life in athletes with disabilities (SINGH et al., 2013). In contrast, the development of resentments and personal complexes during sports training stimulated the formation of either consciousness of victimhood or aggression (TAKAHASHI; OZAWA; HARIZUKA, 2020).
Our first hypothesis has been fully proven. Indeed, physical education and sports contribute to the formation of anti-victim properties in a person, mainly in the case when that person perceives them to combat victimhood.
The individualization principle in the upbringing of an anti-victim personality through physical education and sports means that the methods of such education must correspond with the level of awareness of the need for these activities to ensure their safety. Empirically, four of such levels have been identified:
Level 1 – lack of understanding of the importance of physical education and sports for maintaining one's health, developing personality, and ensuring its safety.
Level 2 – understanding the importance of physical education and sports for the preservation and development of one’s health while not placing importance on the role of such activities in the development of one’s personality and safeguarding one’s safety.
Level 3 – awareness of the importance of physical education and sports, not only for the preservation and maintenance of health but also for the development of one’s personality without being aware of the significance of victimhood.
Level 4 – awareness of the importance of physical education and sports both for the preservation and development of health and to safeguard against the psychological effects on one’s personality.
Training and physical education classes should promote the development of the personality of an athlete from the first to the fourth level.
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Alexander Valeryevich Maslennikov, Associate Professor, Candidate of Sciences (Pedagogy), Professor of the Department of Theory and Methods of Athletics, Department of Theory and Methods of Athletics, the Faculty of Summer Olympic Sports, Lesgaft National State University of Physical Education, Sport and Health, Saint Petersburg, Russian Federation
Olga Alexandrovna Shavandina, Candidate of Economic Sciences, Associate Professor at the Department of Theory and History of State and Law, Altai State University, Barnaul, Russian Federation