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Gestão do Ensino Superior: As características de um líder
RPGE
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Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022121, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.15484
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GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR: AS CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER
GESTIÓN DE LA EDUCACIÓN SUPERIOR: LAS CARACTERÍSTICAS DE UM
LÍDER
HIGHER EDUCATION MANAGEMENT: THE CHARACTERISTICS OF A LEADER
Ricardo Cavalcante Oliveira SANTOS
1
RESUMO:
A gestão é o ato de gerir ou administrar e está diretamente relacionada com a
capacidade de liderança do gestor. Muitos entendem que basta conhecimento específico em sua
área para gerir um curso, mas este processo passa por uma necessidade de gerir pessoas o que
pode ser facilitado se o gestor buscar informações na literatura para poder atuar nesta função.
O objetivo do estudo é avaliar a importância das características de um líder na gestão de curso
de Ensino Superior. Gestores de curso de Ensino Superior indicam que sentem falta de um
comprometimento dos professores para que as decisões não recaiam apenas sobre eles,
enquanto os professores universitários não enxergam essa necessidade, sentem um
distanciamento do gestor para com os professores e entendem que cabe ao coordenador do curso
tomar as decisões, pois esta é sua função, e ele precisa ter características de liderança para poder
lidar com a função.
PALAVRAS-CHAVE
: Gestão. Liderança. Ensino Superior.
RESUMEN:
La gestión es el acto de gestionar o administrar y está directamente relacionada
con la capacidad de liderazgo del gerente. Muchos entienden que el conocimiento específico
en su área es suficiente para gestionar un curso, pero este proceso implica una necesidad de
gestión de personas, lo que se puede facilitar si el directivo busca información en la literatura
para poder actuar en este rol. El objetivo del estudio es evaluar la importancia de las
características de un líder en la gestión de un curso de Educación Superior. Los gestores de
cursos de educación superior señalan que sienten una falta de compromiso por parte de los
profesores para que las decisiones no recaigan únicamente en ellos, mientras que los
profesores universitarios no ven esta necesidad, sienten un distanciamiento entre el gestor y
los profesores y entienden que depende de ellos. el coordinador del curso toma las decisiones,
ya que este es su rol, y necesita tener características de liderazgo para poder manejar el rol.
PALABRAS CLAVE:
Gestión. Liderazgo. Enseñanza Superior.
1
Centro Universitário Adventista de São Paulo (UNASP), Engenheiro Coelho
–
SP
–
Brasil. Mestre em
Fisioterapia, Programa de Pós-Graduação MBA em Gestão EAD e Tutoria Online. ORCID: https://orcid.org/0000-
0001-6642-3557. E-mail: ricardocos.fisio@gmail.com
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ABSTRACT:
Management is the act of managing or administering and is directly related to
the manager's leadership capacity. Many understand that specific knowledge in their area is
enough to manage a course, but this process involves a need to manage people, which can be
facilitated if the manager seeks information in the literature to be able to act in this role. The
objective of the study is to evaluate the importance of the characteristics of a leader in the
management of a Higher Education course. Higher education course managers indicate that
they feel a lack of commitment from the professors so that decisions do not fall only on them,
while university professors do not see this need, feel a distance between the manager and the
professors and understand that it is up to the coordinator the course makes the decisions, as
this is his role, and he needs to have leadership characteristics to be able to handle the role.
KEYWORDS
: Management. Leadership. Higher Education.
Introdução
A gestão, por definição, é o ato de gerir ou administrar e está diretamente relacionada
com a capacidade de liderança do gestor. Para se alcançar os objetivos traçados em uma
instituição é necessário ter conhecimento dos processos que envolvem a rotina da instituição,
identificando todos os dados e informações que possam ser relevantes para se explorar todo
potencial dos funcionários. Essa é a chamada gestão de conhecimento. Este tipo de gestão é
fundamental para o fracasso ou sucesso de um gestor, pois ele pode ser o melhor líder e
administrador do ramo, mas sem conhecimento da instituição e do público alvo tornará a
empreitada mais complexa e demorada (ARGENTA, 2011).
Liderança é definida de muitas formas por muitos autores, como sendo, por exemplo, o
mais importante fato singular para atingir soluções ou então o processo de dar propósito ao
esforço coletivo provocando o desejo de todos em se esforçar para atingir um objetivo. É vista
ainda como um fenômeno de construção social no qual o líder interage com seus liderados. Por
isso que é tão importante que o líder tenha influência sobre seus liderados, descrito como a
habilidade de induzir o outro a seguir a sua orientação (BENEVIDES, 2010).
O Ensino Superior tem sofrido alterações na sua estrutura ao longo dos últimos anos,
deixando de lado a aparência de Universidades como formadoras de profissionais para um
mercado carente e se tornando um negócio financeiro. Uma sociedade repleta de informações
e de conhecimento diversificado e heterogêneo começa a ceder alunos dos mais variados
modelos educacionais para as universidades graças aos programas governamentais de incentivo
a educação superior (COLOMBO; RODRIGUES, 2011).
As Universidades têm hoje uma massificação do ensino e uma mercadorização da
instituição, pautada em um ensino que busca a economia, eficiência e eficácia, respostas à curto
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prazo e mais publicações, tornando assim a instituição em um formato empreendedor e
empresarialista. Com isso, o trabalho do gestor sofre influência, tendo este uma preocupação
em equilibrar o acesso alargado ao nível superior com um ensino de qualidade, sabendo lidar
com as pressões sofridas pela reitoria da universidade em render resultados sem deixar que essa
agilidade interfira na qualidade de ensino oferecida aos alunos, através dos materiais
necessários nas aulas ou da formação dos professores (SANTOS; PEREIRA; LOPES, 2018).
Não há um modelo único de coordenação, pois as atitudes e posturas de um coordenador
serão diferentes de acordo com a necessidade que o momento lhe apresenta, mas algumas
características são fundamentais em qualquer momento da gestão: responsabilidade, ética,
comprometimento, pontualidade, profissionalismo, assiduidade, bom relacionamento, estas são
algumas das competências pessoais, que por definição é a capacidade de compreender uma
determinada situação e reagir adequadamente frente a ela, de um coordenador de curso
(ARGENTA, 2011).
Como lidar com os aspectos acima citados? Justamente neste contexto que é importante
o gestor ter características de um líder, pois para alguns ser líder é uma arte (BENEVIDES,
2010). Todo ser humano é um administrador, alguns administram empresas, outros
Universidades, outros a casa ou sua própria vida. Mas ao gestor de um curso de Ensino Superior
não cabe ser um administrador, mas possuir características de liderança que lhe proporcionam
uma capacitação maior na tomada de decisões e uma segurança em suas ações que são capazes
de fazer com que os professores do curso ou até mesmo os alunos o enxerguem com admiração
por realizar o seu trabalho com maestria. Essas características podem ser aprendidas com a
prática gestora, podem ser da própria pessoa que nasce com determinadas facilidades, mas é
fundamental que um gestor que se encontre neste patamar esteja sempre buscando
conhecimento na literatura especializada para cada vez se aperfeiçoar mais na função.
O objetivo geral do estudo é avaliar a importância das características de um líder na
gestão de curso de Ensino Superior. De forma específica, se busca contextualizar as
características necessárias para um cargo de liderança ou gestão de curso do Ensino Superior,
averiguar o conhecimento prévio do gestor de um curso de Ensino Superior sobre as
características de liderança e, verificar a atualização do gestor em seus conhecimentos após
nomeação para este cargo.
É importante realizar esta pesquisa, pois muitos gestores entendem que basta
conhecimento específico em sua área para gerir um curso. Mas este processo vai além de
planejar uma matriz curricular, e passa por uma necessidade de gerir pessoas. Este trabalho
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pode ser facilitado se o gestor buscar informações na literatura para poder atuar nesta função
da melhor forma.
Materiais e Métodos
Optou-se por seguir a metodologia de uma pesquisa exploratória, qualitativa, do tipo
bibliográfica, que permite obter conhecimento geral e aproximado de fatos ou situações e a
essência e significados trazidos nos artigos científicos capazes de responder ao objeto de
pesquisa.
A pesquisa foi realizada durante os meses de agosto de 2018 a setembro de 2021, nas
bases de dados Scielo e no Google Acadêmico, em busca de trabalhos acadêmicos publicados
após apresentação de tese de mestrado ou doutorado, além de trabalhos de conclusão de curso
na área estudada. Como critérios de inclusão foram estabelecidos: artigos com resumos
disponíveis on-line; artigos que abordam sobre gestão no ensino superior; publicação nos
últimos dez anos, disponíveis nos idiomas inglês, espanhol ou português. Os critérios de
exclusão foram: artigos disponíveis nas bases de dados sem resumos; artigos cujos resumos não
abordam o tema em questão. A busca e seleção dos artigos foram realizadas utilizando os
descritores: liderança, gestão, Ensino Superior, educação. Após a busca dos artigos foram
utilizados no trabalho apenas os dez artigos que tiveram maior identificação com o tema do
trabalho de acordo com as normas publicativas.
Também foram selecionados os principais livros de liderança e gestão publicados por
autores reconhecidos na área, que estiveram entre os mais lidos e vendidos neste período.
Resultados
Relatos de professores que tem essa experiência de gerir um curso de Ensino Superior
indicam que eles sentem falta de um comprometimento dos demais professores para que as
decisões não recaiam apenas sobre eles, mas que um colegiado seria mais eficaz, afinal as ideias
e perspectivas dos demais professores enriqueceriam o processo gestor. Por outro lado, os
professores universitários não enxergam essa necessidade, sentem um distanciamento da
coordenação do curso de Ensino Superior para com os professores e entendem que cabe ao
gestor do curso tomar as decisões, pois esta é sua função. Claro que a grande maioria destes
professores universitários se formam com o objetivo de lecionar, muitos não tem o objetivo de
se tornarem gestores, isso acaba acontecendo mediante a necessidade da universidade que
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enxerga neste professor um perfil de gestor. Mas nem sempre essa visão está correta, não é
incomum ver gestores de curso superior que não estão preparados para a função ou a realizam
com desgosto pelo excesso de trabalho, reuniões exaustivas e constantes, além da ausência de
sala de aula, que é onde ele realmente gostaria de estar (SANTOS; PEREIRA; LOPES, 2018).
Uma explicação para essa falta de interação entre professores e gestores é a falta de
capacidade motivacional que o gestor do curso possui para assim poder alcançar os resultados
em equipe solicitados pela instituição. O coordenador de um curso superior se envolve muito
mais em uma gama de atividades administrativas como participação de reuniões com os demais
coordenadores de curso da Universidade, elaboração de propostas para o curso que gerencia,
solicitações referentes a componentes curriculares, cumprimento do calendário acadêmico,
coordenar o processo de matrícula, verificar requerimentos de mudança de curso, firmar termos
de compromissos de estágio, coordenar o projeto pedagógico do curso. Assim, ele tem a
necessidade de ter um elevado conhecimento de leis relacionadas à educação e regulamentos
internos da Universidade, de forma que muitas vezes esse excesso de atividades gerenciais não
lhe permite ter tempo para acompanhar os professores e suas tarefas, seu crescimento, sua
didática, seu cumprimento do projeto pedagógico, ou simplesmente para conversar e ouvir o
que estes profissionais tem a dizer e contribuir para o crescimento do curso (BENEVIDES,
2010).
Vale ressaltar que essa falta de desejo de um professor em almejar a coordenação de um
curso de Ensino Superior pode estar relacionada à pressão da função, que causa por diversas
vezes desgastes entre instituição e gestor e acaba recaindo entre gestor e professores, se este
não souber cobrar seus profissionais pode acabar descontando neles a sua insatisfação ou raiva
pela cobrança que foi ocasionada pela universidade. Visto que esse gestor comprovadamente
tem muita influência sobre os professores, se ele souber lidar com as cobranças e pressões que
recebe sem que isso respingue no colegiado, poderá usar essa influência para alcançar
resultados benéficos, utilizando uma cobrança superior para motivar os professores a atingirem
metas estabelecidas ou a colaborarem para o crescimento de um projeto. Isso estará diretamente
relacionado ao crescimento do curso, pois se há uma grande quantidade de bons professores
com aulas que motivem os alunos, isso será um marketing positivo para a Universidade e novos
alunos surgirão justamente porque ouviram boas referências da universidade e da qualidade de
aulas dos professores (BENEVIDES, 2010).
Essa falta de vontade em gerir um curso de Ensino Superior não é generalizada pelo
motivo administrativo, pois muitos dos professores relatam que gostam de participar da
coordenação de projetos pedagógicos, como cursos de extensão, workshops e congressos. Na
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verdade é nesses momentos que eles se sentem parte integrante do planejamento acadêmico e
se sentem valorizados pelo investimento que a instituição está tendo em sua capacitação, além
de serem momentos de confraternização com os demais profissionais que se tornam raros
devido à correria de suas atribuições diárias. Relatam, ainda, que preferem gerir tarefas de curto
prazo por se tratarem de projetos mais rápidos e de menor pressão e responsabilidade
(SANTOS; PEREIRA; LOPES, 2018).
Discussão
A educação é entendida como o processo de criação, inovação e apropriação da cultura,
sendo assim, as instituições educacionais se tornam o espaço privilegiado de produção e
transformação do saber, tendo elas a responsabilidade de formar profissionais participativos,
criativos e críticos (DOURADO, 2012).
Talvez você já tenha escutado o ter
mo “gestão da educação” que é definido por como
uma contextualização do processo político-administrativo por meio do qual a prática da
educação é organizada, orientada e viabilizada. Ao longo de muitos anos acreditou-se que os
problemas da gestão educacional eram meramente administrativos de forma que se usava a
concepção da administração empresarial como parâmetro para gerir uma instituição
educacional, mas é necessário levar em consideração que a gestão da educação pondera os
valores, as especificidades e singularidades de um ambiente educacional, possuindo assim
diferenças com relação à administração capitalista, portanto seus interesses não são apenas
diferentes como antagônicos (DOURADO, 2012).
Por esse motivo que um gestor educacional não deve apenas possuir características de
um administrador de empresas, mas ter conhecimento do ambiente educacional, considerando
aqui a já citada gestão do conhecimento. O gestor de um curso superior não deve ser apenas
uma pessoa experiente na profissão e que tenha grande capacidade teórica, mas deve ter atitudes
que gerem uma integração em teoria e prática, mas alguém que seja capaz de realizar interações
entre educador e educando, de forma que isso possa gerar um benefício na formação de ambos
(ARGENTA, 2011).
Algumas outras características são necessárias, a competência é uma delas, pois ela está
diretamente relacionada à capacidade de resolver problemas com eficácia, eficiência e
efetividade. Mas além da competência é necessário comprometimento, pois o verdadeiro
compromisso inspira e atrai pessoas, elas sentem que o gestor tem convicção do que está
fazendo. É comum vermos pessoas que trabalham bem, porém não são comprometidas com seu
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trabalho, e é justamente esse compromisso diferencia um profissional bom e um espetacular,
entre uma empresa que sobrevive de uma empresa que lucra, entre uma Universidade que se
sustenta e uma que cresce (MAXWELL, 2000).
Saber se comunicar também é uma característica importante, pois as pessoas não lhe
seguirão, não lhe obedecerão se não entenderem o que está querendo passar a elas, se não
compreenderem claramente suas ordens. No mundo digital em que as redes sociais têm
alcançado cada vez mais adeptos, os chamados
influencers
têm obtido sucesso em suas
plataformas digitais pela capacidade de comunicação que possuem, pelas informações que
passam, e isso lhes dá mais seguidores. Portanto, líderes precisam saber se comunicar, pois, é
dessa forma que terão a condição de captar mais pessoas para seguirem suas ideias e crenças.
Considerando o mundo universitário, onde as universidades precisam captar estudantes, o líder
comunicador pode ser de grande valia (MAXWELL, 2000).
Ter coragem é uma qualidade para poucos líderes. Não nos referimos à coragem
relacionada à bravura ou a ser forte em frente ao perigo e buscar aventuras, mas a outra
definição desta palavra, que afirma que ser corajoso, é ter um espírito forte para enfrentar
situações emocionais difíceis. O cargo de liderança sempre apresenta situações complexas,
momentos delicados e que exigirá decisões corajosas. Alguns têm receio de arriscar e podem
inibir um crescimento, pois uma função de liderança não lhe dá coragem, mas ter coragem pode
lhe dar esta função. Discernimento é a capacidade de encontrar a origem do problema, o que
pode depender tanto de raciocínio lógico quanto de intuição, essa característica imprescindível
pode facilitar a resolução de problemas (MAXWELL, 2000).
O gestor também deve ter iniciativa, pois esta qualidade é esperada pelos seus superiores
que não esperam que um líder fique esperando ordens, mas que veja uma necessidade e tome
uma atitude para solucionar a questão. É comum que maus líderes não ouçam as pessoas ao seu
redor, e um gestor precisa saber ouvir e filtrar as críticas, sugestões, a fim de buscar a melhor
solução para o crescimento do curso (MAXWELL, 2000).
Um líder eficiente precisa ter atitude positiva, não deve ser uma pessoa pessimista,
sempre reclamando dos fatos, dos professores, dos superiores, da universidade, mas pensar
sempre de forma positiva em cada situação, por pior que ela seja algo de bom pode ser tirado
como lição. Visualizar um problema e pensar essa situação desafiadora pode tornar seu esforço
uma vitória para a instituição (NOGUEIRA; CUNHA, 2018).
Nem é preciso salientar a importância de um gestor ser responsável, não deixar que
fatores externos comprometam sua eficiência, saber separa as questões pessoais das
profissionais ainda mais quando trabalha com familiares ou amigos, assumir suas funções, suas
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atitudes, suas decisões e ter humildade para assumir erros quando acontecerem. Mas liderar
também é ser responsável pelas atitudes dos outros, das pessoas que estão sob seu comando,
por isso que é importante uma supervisão desses profissionais, pois qualquer erro que eles
cometerem recai sobre a responsabilidade do gestor que os lidera. Um líder ou gestor precisa
ter visão, saber que os fatos fazem parte de um plano global, não pode pensar no dia de hoje
sem refletir sobre o amanhã, sobre os planos futuros para o curso, sem se preocupar com as
finanças futuras do curso, planejar é fundamental para todo gestor, um planejamento de curto,
médio e longo prazo, de forma que ele poderá estipular metas a serem alcançadas em cada
momento e ir assim evidenciando o progresso de seu trabalho e da equipe que coordena
(MAXWELL, 2000).
Muitos autores relacionam a liderança como uma influência, e esta é realmente uma
característica central de um líder, pois se um gestor de curso possui influência suficiente sobre
os educadores a ponto de eles acreditarem que precisam seguir uma linha educacional que possa
vir em desencontro ao que o gestor vinha realizando por anos. Ou, ainda, que o educando possa
compreender que as técnicas de ensino de sua instituição possam não ser tão avançadas quanto
da outra universidade que possui mais recursos financeiros, porém esse déficit tecnológico pode
ser compensado com estudos direcionados para a realidade daquele aluno em questão, são
métodos que necessitam de uma influência do gestor (BENEVIDES, 2010).
Líderes são agentes de mudança, e essa frase por si só já demonstra como um gestor
deve agir para que ele possa ser a mudança necessária que a universidade carece. Claro que a
liderança é intrínseca e para muitos não se faz um líder, ele nasce líder. Mas para Costa e
Castanheira (2015, p. 17-20), a liderança pode ocorrer de três formas:
- Líder nato: é aquele que já nasce com perfil de liderança. A criança que já
comanda as brincadeiras, que organiza os amiguinhos nos jogos, baseada na
teoria dos traços que pressupõe que há características que indicam um líder e
cabe aos investigadores encontraram essas pessoas para as colocarem na
função certa para liderar uma instituição;
- Líder treinado: este tipo de liderança é conquistado pelo esforço, pelo
aprendizado, ele é formado e preparado para uma função. Um superior
enxerga em seu funcionário um potencial de liderança e a treina para assumir
seu lugar ou a função de outra pessoa que se desligou ou se desligará da
empresa. Assim, não nasce com a liderança imputada em suas ações, mas
desenvolve para que dê o seu melhor em prol da instituição.
- Líder ajustável: independente de a liderança ser nata ou aprendida, o líder
precisa se ajustar as situações que lhe são impostas. Em sua rotina, uma série
de questões surgem e precisam ser superadas, ser flexível para se ajustar a
essas modificações é necessário, pois o líder muito rígido e inflexível não dura
muito tempo na função em um mundo globalizado de constantes
modificações.
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Benevides (2010) também comenta que existem dois tipos de líderes: o democrático e
o autocrático ou centralizador, e as suas ações dizem muito sobre o sucesso ou fracasso da
liderança, pois o líder que apenas delega e direciona às ações tende a ter um fracasso maior do
que o líder que participa e persuade os seus liderados.
Segundo o autor, o líder democrático divide a tarefa da liderança, não fica
sobrecarregado, mas incentiva a participação de sua equipe em todos os projetos, instiga-os a
participarem com suas opiniões, não se sente ameaçado por seus liderados. Existem líderes que
não capacitam ou delegam com receio de que haja um destaque de um professor e este possa a
vir conquistar o seu lugar na coordenação do curso ou na direção de uma empresa, mas o bom
líder democrático sabe de seu potencial e acredita em sua competência, portanto, não precisa
temer, mas sim, desenvolver seus liderados, pois isso tende a fazer com que uma equipe tenha
melhores rendimentos maior produtividade. Por sua vez o líder autocrático tende a controlar
todas as decisões, a centralizar as ordens, o que pode ocorrer por uma insegurança do líder em
confiar que determinada tarefa não saia do seu agrado e por isso prefere fazer por si só, ou por
insegurança e temor de destacar um funcionário que possa substituí-lo. Assim, acaba tendo uma
postura menos inclusiva e mais autoritária, controle absoluto que prejudica o rendimento de
uma equipe, que não desenvolve seus liderados, que impede o crescimento da instituição que
trabalha. A compreensão dessas características e atitudes pode ser crucial para o bom
desenvolvimento gestor de um curso superior (BENEVIDES, 2010).
O relacionamento do gestor com os alunos, professores, funcionários, reitores é de
grande importância não somente para que o próprio gestor tenha sucesso profissional, mas para
que o curso caminhe de forma tranquila. A educabilidade entra nesse processo de duas formas,
primeiro com a educação do gestor em saber tratar todas as pessoas da mesma forma e com
respeito, e em um segundo momento, a postura do gestor em estar disposto a se educar, a crescer
com o contato com outras pessoas, sejam elas alunos ou professores, sempre terá uma
oportunidade de aprender e crescer como pessoa e gestor. Ainda dentro do conceito de
relacionar-se, o gestor deve ser prestativo, estar sempre disposto a auxiliar fazendo o que for
necessário ao momento e a situação e não se esquivar de determinado trabalho porque aquilo
não é de sua função, entra aqui um pouco de autodisciplina para saber que a primeira pessoa
que você lidera é você mesmo, e muitas vezes, palavras podem ser evitadas de serem ditas para
o bem do grupo. É neste momento que cabe outra característica fundamental para um gestor, o
foco. Estar focado em alcançar seu objetivo, em conquistar seu resultado, todos tem pontos
fortes e fracos, o segredo é concentrar a maioria dos esforços em seus pontos fortes, pois foram
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eles que levaram o gestor até esta posição, e é isso que a reitoria espera dele, e deixar um pouco
de tempo para lidar com seus pontos fracos e novidades (MAXWELL, 2000).
Liderar um curso não é apenas conhecer e extrair de seu grupo de professores o melhor
deles, mas ser capaz de conhecer as suas forças e fraquezas, maximizando as forças e
minimizando as fraquezas, saber o que quer e como quer, saber se comunicar e agregar forças
para atingir seus objetivos. Mas acima de tudo ter paixão pelo que faz, essa é a essência em
trabalhar com educação (ARGENTA, 2011).
Considerações finais
Muitas pessoas chegam a um cargo de gestão por indicações, por méritos dentro de uma
linha de trabalho, por tempo de trabalho em determinada empresa, mas nem sempre possuem
qualificações para exercer essa função que não é apenas um cargo dentro de um ramo de
atividade, mas é uma função que pode causar um crescimento da instituição ou pode causar na
falência da mesma.
Neste estudo ficou claro que o gestor de um curso de Ensino Superior precisa ter
características de liderança para poder lidar com a função, que exige uma qualificação
profissional, experiência na área do curso, mas também algumas qualidades que irão fazer com
que o gestor possa lidar com mais tranquilidade e facilidade com a pressão exercida pelos seus
superiores em prol de resultados. Dentre as características que proporcionam a condição de se
adequar às modificações que surgem no decorrer do tempo e lidar com os alunos e suas
expectativas, também influencia ter um bom relacionamento com todos, ter uma postura de
gestor que não apenas colaborar para o crescimento da universidade, mas também que seus
alunos o olhem como um espelho e vejam nele um exemplo de profissional a ser seguido.
Para futuros estudos seria importante que mais pesquisas se debruçassem nessas
características de um gestor, pois esse assunto é mais abordado em livros escritos por autores
independentes, o que para muitos são qualidades citadas baseadas em opiniões de pessoas pela
sua experiência no ramo. Dessa forma, em artigos científicos não encontramos muitas citações,
e dentro da pesquisa científica é necessário que se tenha um aprofundamento bibliográfico para
que a pesquisa tenha mais credibilidade.
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REFERÊNCIAS
ARGENTA, C. A. L.
Gestão de Instituições de Ensino superior privadas e a competência
necessária aos coordenadores de curso
: Desafios e sugestões. 2011. Tese (Doutorado em
Educação)
–
Pontifíca Universidade Católica de São Pauol, 2011. Disponível em:
https://repositorio.pucsp.br/bitstream/handle/9612/1/Christiane%20Amaral%20Lunkes%20Ar
genta.pdf. Acesso em: 10 jan. 2022.
BENEVIDES, V. L. A.
Os estilos de liderança e as principais táticas de influência
utilizadas pelos líderes brasileiros
. 2010. Tese (Mestrado Executivo em Gestão
Empresarial)
–
Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:
https://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/8000. Acesso em: 15 fev. 2021.
COLOMBO, S. S.; RODRIGUES, G. M.
Desafios da Gestão Universitária
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. Porto Alegre: Artmed Editora, 2011.
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DOURADO, L. F.
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MAXWELL, J. C.
As 21 irrefutáveis qualidades de um líder
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Ricardo Cavalcante Oliveira SANTOS
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–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022121, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.15484
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Como referenciar este artigo
SANTOS, R. C. O. Gestão do Ensino Superior: As características de um líder.
Revista on line
de Política e Gestão Educacional
, Araraquara, v. 26, n. 00, e022121, jan./dez. 2022. e-ISSN:
1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.15484
Submetido em
: 10/12/2021
Revisões requeridas em
: 16/01/2022
Aprovado em
: 23/02/2022
Publicado em
: 30/09/2022
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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HIGHER EDUCATION MANAGEMENT: THE CHARACTERISTICS OF A
LEADER
GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR: AS CARACTERÍSTICAS DE UM LÍDER
GESTIÓN DE LA EDUCACIÓN SUPERIOR: LAS CARACTERÍSTICAS DE UM
LÍDER
Ricardo Cavalcante Oliveira SANTOS
1
ABSTRACT
:
Management is the act of managing or administering and is directly related to
the manager's leadership capacity. Many understand that specific knowledge in their area is
enough to manage a course, but this process involves a need to manage people, which can be
facilitated if the manager seeks information in the literature to be able to act in this role. The
objective of the study is to evaluate the importance of the characteristics of a leader in the
management of a Higher Education course. Higher education course managers indicate that
they feel a lack of commitment from the professors so that decisions do not fall only on them,
while university professors do not see this need, feel a distance between the manager and the
professors and understand that it is up to the coordinator the course makes the decisions, as
this is his role, and he needs to have leadership characteristics to be able to handle the role.
KEYWORDS
: Management. Leadership. Higher Education.
RESUMO:
A gestão é o ato de gerir ou administrar e está diretamente relacionada com a
capacidade de liderança do gestor. Muitos entendem que basta conhecimento específico em
sua área para gerir um curso, mas este processo passa por uma necessidade de gerir pessoas
o que pode ser facilitado se o gestor buscar informações na literatura para poder atuar nesta
função. O objetivo do estudo é avaliar a importância das características de um líder na
gestão de curso de Ensino Superior. Gestores de curso de Ensino Superior indicam que
sentem falta de um comprometimento dos professores para que as decisões não recaiam
apenas sobre eles, enquanto os professores universitários não enxergam essa necessidade,
sentem um distanciamento do gestor para com os professores e entendem que cabe ao
coordenador do curso tomar as decisões, pois esta é sua função, e ele precisa ter
características de liderança para poder lidar com a função.
PALAVRAS-CHAVE
: Gestão. Liderança. Ensino Superior.
1
Adventist University Center of São Paulo (UNASP), Engenheiro Coelho
–
SP
–
Brazil. Master in
Physiotherapy, MBA Postgraduate Program in Distance Learning Management and Online Tutoring. ORCID:
https://orcid.org/0000-0001-6642-3557. E-mail: ricardocos.fisio@gmail.com
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RESUMEN:
La gestión es el acto de gestionar o administrar y está directamente relacionada
con la capacidad de liderazgo del gerente. Muchos entienden que el conocimiento específico
en su área es suficiente para gestionar un curso, pero este proceso implica una necesidad de
gestión de personas, lo que se puede facilitar si el directivo busca información en la
literatura para poder actuar en este rol. El objetivo del estudio es evaluar la importancia de
las características de un líder en la gestión de un curso de Educación Superior. Los gestores
de cursos de educación superior señalan que sienten una falta de compromiso por parte de
los profesores para que las decisiones no recaigan únicamente en ellos, mientras que los
profesores universitarios no ven esta necesidad, sienten un distanciamiento entre el gestor y
los profesores y entienden que depende de ellos. el coordinador del curso toma las
decisiones, ya que este es su rol, y necesita tener características de liderazgo para poder
manejar el rol.
PALABRASCLAVE:
Gestión. Liderazgo. Enseñanza Superior.
Introduction
Management, by definition, is the act of managing or administering and is directly
related to the manager's leadership ability. To achieve the goals set out in an institution it is
necessary to have knowledge of the processes that involve the routine of the institution,
identifying all data and information that may be relevant to exploit the full potential of
employees.This is the so-called knowledge management. This type of management is critical
to the failure or success of a manager, because he can be the best leader and administrator in
the industry, but without knowledge of the institution and the target audience will make the
undertaking more complex and time consuming (ARGENTA, 2011).
Leadership is defined in many ways by many authors, as being, for example, the most
important single fact to achieve solutions or else the process of giving purpose to the
collective effort causing the desire of all to strive to achieve a goal. It is also seen as a
phenomenon of social construction in which the leader interacts with his followers. That is
why it is so important that the leader has influence over his followers, described as the ability
to induce others to follow his guidance (BENEVIDES, 2010).
Higher Education has undergone changes in its structure over the past few years,
leaving aside the appearance of universities as trainers of professionals for a needy market
and becoming a financial business. A society full of information and diverse and
heterogeneous knowledge begins to yield students from the most varied educational models to
universities thanks to governmental programs of incentive to higher education (COLOMBO;
RODRIGUES, 2011).
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Universities today have a massification of education and a commodification of the
institution, based on an education that seeks economy, efficiency and effectiveness, short-
term answers and more publications, thus turning the institution into an entrepreneurial and
business-like format. With this, the manager's work suffers influence, having this a concern to
balance the widened access to the higher level with a quality education, knowing how to deal
with the pressures suffered by the rectory of the university to yield results without letting this
agility interfere with the quality of education offered to students, through the materials needed
in classes or the training of teachers (SANTOS; PEREIRA; LOPES, 2018).
There is no single coordination model given that a coordinator's attitudes and attitudes
will differ according to the needs that the moment presents, however, some characteristics are
fundamental at any management moment: responsibility, ethics, commitment, punctuality,
professionalism, assiduity, good relationships - these are some of the personal competences
that, by definition, are the ability to understand a given situation and react appropriately when
faced with it, of a course coordinator (ARGENTA, 2011).
How to deal with the aspects mentioned above? It is precisely in this context that it is
important that the manager has characteristics of a leader, because for some being a leader is
an art (BENEVIDES, 2010). Every human being is an administrator, some manage
companies, others Universities, others the house or their own life. But the manager of a
Higher Education course does not have to be an administrator, but to possess leadership
characteristics that provide him with a greater qualification in decision making and a security
in his actions that are able to make the teachers of the course or even the students look at him
with admiration for doing his work with mastery. These characteristics can be learned from
the managerial practice, or they can come from the person who is born with certain abilities,
but it is essential that a manager who is at this level is always searching for knowledge in
specialized literature to improve his or her function more and more.
The general objective of this study is to evaluate the importance of the characteristics
of a leader in the management of a Higher Education course. Specifically, it seeks to
contextualize the characteristics necessary for a leadership position or for the management of
a Higher Education course, to investigate the previous knowledge of the manager of a Higher
Education course about the characteristics of leadership, and to verify the manager's updating
of his or her knowledge after being appointed to this position.
It is important to conduct this research, because many managers understand that
specific knowledge in their area is enough to manage a course. But this process goes beyond
planning a curricular matrix, and goes through a need to manage people. This work can be
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facilitated if the manager seeks information in the literature to be able to act in this function in
the best way
Material and method
We chose to follow the methodology of an exploratory, qualitative, bibliographical
type research, which allows to obtain general and approximate knowledge of facts or
situations and the essence and meanings brought in scientific articles capable of answering the
research object.
The research was conducted during the months of August 2018 to September 2021, in
the Scielo and Google Scholar databases, in search of academic papers published after the
presentation of a master's or doctoral thesis, as well as course completion papers in the area
studied. Inclusion criteria were: articles with abstracts available online; articles dealing with
management in higher education; publication in the last ten years, available in English,
Spanish or Portuguese. The exclusion criteria were: articles available in the databases without
abstracts; articles whose abstracts did not address the theme in question. The search and
selection of articles was carried out using the descriptors: leadership, management, higher
education, education. After the search for the articles, only the ten articles that had the
greatest identification with the theme of the work were used in the work, according to the
publishing norms.
We also selected the main leadership and management books published by recognized
authors in the area, which were among the most read and sold books in this period.
Results
Reports from professors who have this experience of managing a Higher Education
course indicate that they miss the commitment of the other professors so that decisions do not
fall solely on them, but that a collegiate would be more effective, after all, the ideas and
perspectives of the other professors would enrich the management process. On the other hand,
the university professors don't see this need, they feel a distancing of the course coordination
from the professors and understand that it is up to the course manager to make the decisions,
because this is his or her function. Of course, the vast majority of these university professors
graduate with the goal of teaching, many do not aim to become managers, this ends up
happening through the needs of the university that sees in this teacher a manager profile. But
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this view is not always correct, it is not uncommon to see higher education course managers
who are not prepared for the function or perform it with disgust by overwork, exhausting and
constant meetings, in addition to the absence of the classroom, which is where he would really
like to be (SANTOS; PEREIRA; LOPES, 2018).
One explanation for this lack of interaction between professors and managers is the
lack of motivational capacity that the course manager has in order to achieve the team results
requested by the institution.The coordinator of a higher education course is much more
involved in a range of administrative activities such as attending meetings with the other
course coordinators of the University, elaborating proposals for the course he/she manages,
requests regarding curricular components, compliance with the academic calendar,
coordinating the enrollment process, verifying course change requests, signing internship
commitment terms, coordinating the pedagogical project of the course. Thus, he has the need
to have a high knowledge of laws related to education and internal regulations of the
University, so that often this excess of managerial activities does not allow him to have time
to monitor the teachers and their tasks, their growth, their didactics, their compliance with the
pedagogical project, or simply to talk and listen to what these professionals have to say and
contribute to the growth of the course (BENEVIDES, 2010).
It is noteworthy that this lack of desire of a teacher to aim for the coordination of a
Higher Education course may be related to the pressure of the function, which causes several
times wear and tear between institution and manager and ends up falling between manager
and teachers, if he does not know how to charge his professionals he may end up discounting
in them his dissatisfaction or anger for the charge that was caused by the university. Since this
manager has proven to have a lot of influence over the teachers, if he knows how to deal with
the demands and pressures he receives without this spilling over to the collegiate, he can use
this influence to achieve beneficial results, using a higher level of demand to motivate
teachers to achieve established goals or to collaborate in the growth of a project. This will be
directly related to the growth of the course, because if there are a lot of good professors with
classes that motivate the students, this will be a positive marketing for the University, and
new students will come precisely because they have heard good references about the
university and the quality of the professors' classes (BENEVIDES, 2010).
This unwillingness to manage a Higher Education course is not generalized for
administrative reasons, as many of the professors report that they enjoy participating in the
coordination of pedagogical projects, such as extension courses, workshops and congresses.
In fact, it is at these moments that they feel an integral part of the academic planning and feel
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valued for the investment that the institution is having in their training, besides being
moments of fraternization with the other professionals that become rare due to the rush of
their daily attributions. They also report that they prefer to manage short-term tasks because
they are faster projects with less pressure and responsibility (SANTOS; PEREIRA; LOPES,
2018).
Discussion
Education is understood as the process of creation, innovation and appropriation of
culture, thus, educational institutions become the privileged space of production and
transformation of knowledge, having them the responsibility to form participatory, creative
and critical professionals (DOURADO, 2012).
You may have heard the term "educational management," which is defined as a
contextualization of the political-administrative process by which the practice of education is
organized, guided, and made possible. For many years, it was believed that the problems of
educational management were merely administrative, so that the concept of business
administration was used as a parameter to manage an educational institution, but it is
necessary to take into account that educational management considers the values, specificities,
and singularities of an educational environment, thus having differences with respect to
capitalist administration, so its interests are not only different but also antagonistic
(DOURADO, 2012).
For this reason that an educational manager should not only possess characteristics of
a business administrator, but also have knowledge of the educational environment,
considering here the aforementioned knowledge management. The manager of a higher
education course should not only be a person experienced in the profession and that has great
theoretical capacity, but must have attitudes that generate an integration in theory and
practice, but someone who is able to perform interactions between educator and student, so
that this can generate a benefit in the formation of both (ARGENTA, 2011).
Some other characteristics are necessary, competence is one of them, because it is
directly related to the ability to solve problems effectively, efficiently and effectively. But in
addition to competence, commitment is necessary, because true commitment inspires and
attracts people, they feel that the manager has conviction in what he or she is doing. It is
common to see people who work well, but are not committed to their work, and it is precisely
this commitment that differentiates a good professional and a spectacular one, between a
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company that survives and a company that profits, between a University that sustains itself
and one that grows (MAXWELL, 2000).
Knowing how to communicate is also an important characteristic, because people will
not follow you, will not obey you if they do not understand what you want to pass on to them,
if they do not clearly understand your orders. In the digital world, in which social networks
have reached more and more followers, the so-called influencers have been successful in their
digital platforms due to their communication skills and the information they pass on, and this
gives them more followers. Considering the university world, where universities need to
capture students, the communicator leader can be of great value (MAXWELL, 2000).
Having courage is a quality for few leaders. We are not referring to courage related to
bravery or being strong in front of danger and seeking adventures, but the other definition of
this word, which states that to be courageous, is to have a strong spirit to face difficult
emotional situations. The leadership position always presents complex situations, delicate
moments that will require courageous decisions. Some people are afraid to take risks and may
inhibit growth, because a leadership position does not give you courage, but having courage
can give you this position. Discernment is the ability to find the source of the problem, which
can depend on both logical reasoning and intuition, this indispensable characteristic can
facilitate problem solving (MAXWELL, 2000).
The manager must also have initiative, because this quality is expected by his
superiors who do not expect a leader to wait for orders, but to see a need and take action to
solve the issue. It is common that bad leaders do not listen to the people around them, and a
manager needs to know how to listen and filter criticism, suggestions, in order to seek the best
solution for the growth of the course (MAXWELL, 2000).
An efficient leader needs to have a positive attitude, should not be a pessimistic
person, always complaining about the facts, the teachers, the superiors, the university, but
always think positively in each situation, no matter how bad it is something good can be taken
as a lesson. Visualizing a problem and thinking this challenging situation can make your
effort a victory for the institution (NOGUEIRA; CUNHA, 2018).
There is no need to stress the importance of a manager being responsible, not letting
external factors compromise his efficiency, knowing how to separate personal issues from
professional ones even more when working with family or friends, assuming his duties, his
attitudes, his decisions, and having the humility to assume mistakes when they happen. But to
lead is also to be responsible for the attitudes of others, of the people who are under your
command, that's why a supervision of these professionals is important, because any mistake
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they make falls under the responsibility of the manager who leads them. A leader or manager
needs to have vision, to know that the facts are part of a global plan, he can't think about
today without thinking about tomorrow, about the future plans for the course, without
worrying about the course's future finances, planning is fundamental for every manager, a
short, medium and long term plan, so that he can set goals to be achieved at each moment and
thus show the progress of his work and that of the team he coordinates (MAXWELL, 2000).
Many authors relate leadership as influence, and this is indeed a central characteristic
of a leader, because if a course manager has enough influence over educators to the point that
they believe they need to follow an educational line that may come at odds with what the
manager has been doing for years. Or, even, that the student may understand that the teaching
techniques of his institution may not be as advanced as those of another university that has
more financial resources, but this technological deficit can be compensated with studies
directed to the reality of that student in question, are methods that require the influence of the
manager (BENEVIDES, 2010).
Leaders are agents of change, and this sentence by itself already demonstrates how a
manager should act so that he/she can be the necessary change that the university needs. Of
course, leadership is intrinsic and for many a leader is not made, he is born a leader. But for
Costa and Castanheira (2015, p. 17-20, our translation), leadership can occur in three ways:
- Born leader: is the one who is born with a leadership profile, the child who
already commands the games, who organizes the little friends in the games,
based on the theory of traits that presupposes that there are characteristics
that indicate a leader and it is up to the researchers to find these people to put
them in the right position to lead an institution;
- Trained leader: this type of leadership is conquered through effort, through
learning, he is trained and prepared for a function. A superior sees in his
employee a leadership potential and trains him to take his place or the
function of another person who has left or will leave the company. Thus, he
is not born with leadership imputed in his actions, but is developed to give
his best for the institution.
- Adjustable leader: regardless of whether leadership is born or learned, the
leader needs to adjust to the situations that are imposed on him/her. In
his/her routine, a series of issues arise and need to be overcome, being
flexible to adjust to these changes is necessary, because the very rigid and
inflexible leader does not last long in the function in a globalized world of
constant changes.
Benevides (2010) also comments that there are two types of leaders: the democratic
and the autocratic or centralizing, and their actions say a lot about the success or failure of
leadership, because the leader who only delegates and directs actions tends to have a greater
failure than the leader who participates and persuades his followers.
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According to the author, the democratic leader divides the task of leadership, doesn't
get overloaded, but encourages the participation of his team in all projects, urges them to
participate with their opinions, doesn't feel threatened by his followers. There are leaders who
don't empower or delegate for fear that a teacher may stand out and conquer his place in the
course coordination or in the direction of a company, but the good democratic leader knows
his potential and believes in his competence, therefore, he doesn't need to fear, but rather
develop his followers, because this tends to make the team have better yields and higher
productivity. In turn, the autocratic leader tends to control all decisions, to centralize orders,
which may occur due to the leader's insecurity in trusting that a certain task may not be to his
liking and therefore he prefers to do it by himself, or due to insecurity and fear of highlighting
an employee who can replace him. The understanding of these characteristics and attitudes
can be crucial to the good managerial development of a higher education course
(BENEVIDES, 2010).
The relationship of the manager with students, teachers, employees, deans is of great
importance not only for the manager himself to have professional success, but for the course
to walk smoothly. The educability enters this process in two ways, first with the manager's
education in knowing how to treat all people in the same way and with respect, and in a
second moment, the manager's attitude in being willing to educate himself, to grow with the
contact with other people, whether they are students or teachers, he will always have an
opportunity to learn and grow as a person and as a manager. Still within the concept of
relating, the manager must be helpful, always willing to help by doing whatever is necessary
for the moment and the situation, and not shy away from a particular job because it is not his
or her job; here, a little self-discipline comes in, to know that the first person you lead is
yourself, and many times words can be avoided for the good of the group. The secret is to
concentrate most of the efforts on your strengths, because they are what brought you to this
position, and that is what the rectory expects from you, and to leave a little time to deal with
your weaknesses and new things (MAXWELL, 2000).
Leading a course is not only knowing and extracting the best from your group of
teachers, but being able to know their strengths and weaknesses, maximizing the strengths
and minimizing the weaknesses, knowing what you want and how you want it, knowing how
to communicate and join forces to achieve your goals. But above all to have passion for what
you do, this is the essence of working in education (ARGENTA, 2011).
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Final remarks
Many people reach a management position by indications, by merits within a line of
work, by time of work in a particular company, but not always have the qualifications to
exercise this function that is not only a position within a branch of activity, but it is a function
that can cause the growth of the institution or can cause its bankruptcy.
In this study it became clear that the manager of a Higher Education course needs to
have leadership characteristics to be able to deal with the function, which requires
professional qualification, experience in the course area, but also some qualities that will
make it easier for the manager to deal with the pressure exerted by his superiors in favor of
results. Among the characteristics that provide the condition to adapt to the changes that arise
over time and deal with students and their expectations, also influences having a good
relationship with everyone, have a manager posture that not only collaborate for the growth of
the university, but also that their students look at him as a mirror and see in him an example
of professional to be followed.
For future studies it would be important that more research would focus on these
characteristics of a manager, because this subject is more addressed in books written by
independent authors, which for many are qualities cited based on opinions of people for their
experience in the field.Thus, in scientific articles we do not find many citations, and within
the scientific research is necessary to have a deepening bibliography so that research has more
credibility.
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How to reference this article
SANTOS, R. C. O.
Higher Education management: The characteristics of a leader.
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Araraquara, v. 26, n. 00, e022121,
Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.15484
Submitted
: 10/12/2021
Revisions required
: 16/01/2022
Approved
: 23/02/2022
Published
: 30/09/2022
Processing and publication by the Editora Ibero-Americana de Educação.
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