image/svg+xmlO uso do Discurso do Sujeito Coletivo como proposta metodólogica: A percepção de professores sobre inovação na educação RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157541O USO DO DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO COMO PROPOSTA METODOLÓGICA: A PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO EL USO DEL DISCURSO DEL SUJETO COLECTIVO COMO PROPUESTA METODOLÓGICA: LA PERCEPCIÓN DE LOS PROFESORES SOBRE INNOVACIÓN EN EDUCACIÓN THE USE OF COLLECTIVE SUBJECT DISCOURSE AS A METHODOLOGICAL PROPOSAL: PERCEPTION OF TEACHERS ABOUT INNOVATION IN EDUCATION Juliana Aparecida GULKA1Francine CANTO2Elaine Rosangela de Oliveira LUCAS3RESUMO: Esse estudo apresenta a percepção de professores sobre o conceito de inovação. A partir de um questionário aplicado a 20 professores, que no momento da pesquisa eram mestrandos ou doutorandos, os dados foram analisados sob a luz do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Seis categorias emergiram a respeito do conceito de inovação: como algo novo, como melhoria de um produto ou processo existente, como benefício, como necessidade, e como uso de novas tecnologias; e uma em relação a seu uso, nomeada aplicação. Para cada categoria foi gerado o discurso síntese, representando o entendimento do coletivo sobre inovação na educação. A percepção dos professores é heterogênea, no entanto, se alinha a diferentes perspectivas discutidas na literatura. O DSC é uma metodologia aplicável para estudos qualitativos e, portanto, pode ser apropriada pelo campo da Educação quando o intuito for dar voz a um coletivo de sujeitos sobre determinado tema. PALAVRAS-CHAVE: Inovação. Educação. Professores. Discurso do Sujeito Coletivo. RESUMEN: Este estudio presenta la percepción de los profesores sobre el concepto de innovación. A partir de un cuestionario aplicado a 20 profesores, que en el momento de la investigación eran estudiantes de maestría o doctorado, los datos fueron analizados a la luz del Discurso del Sujeto Colectivo (DSC). Surgieron seis categorías con respecto al concepto de innovación: como algo nuevo, como una mejora de un producto o proceso existente, como un beneficio, como una necesidad y como el uso de nuevas tecnologías; y uno con respecto a su uso, nombrada aplicación. Para cada categoría, se generó el discurso de síntesis, que 1Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis – SC – Brasil. Doutoranda em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9940-0332. E-mail: juliana.gulka@ufsc.br 2Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis – SC – Brasil. Mestre em Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6313-4389. E-mail: francinecanto@gmail.com 3Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis – SC – Brasil. Docente Permanente do Programa de Pós-Graduação em Gestão da Informação (PPGInfo), Docente do Departamento de Biblioteconomia (DBI) e Colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2796-3566. E-mail: elaine.lucas@udesc.br
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO e Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157542representa la comprensión colectiva de la innovación en educación. La percepción de los profesores es heterogénea, pero, sin embargo, está en línea con las diferentes perspectivas discutidas en la literatura. El DSC es una metodología aplicable a los estudios cualitativos y, por tanto, puede ser apropiado por el campo de la Educación cuando la intención es dar voz a un grupo de sujetos sobre una determinada temática. PALABRAS CLAVE: Innovación. Educación. Profesores. Discurso del Sujeto Colectivo. ABSTRACT: It introduces the perception of teachers about the concept of innovation. From a questionnaire applied to 20 teachers, who, at the time of the research, were master’s or doctoral students, the data were analyzed in the light of the Collective Subject Discourse (CSD). Six categories emerged regarding the concept of innovation: as something new, as improvement of an existing product or process, as a benefit, as a need, and as the use of new technologies; and one regarding their use, named application. For each category, a synthesis speech was generated, representing the collective understanding of innovation in education. The perception of teachers is heterogeneous, but it is in line with different perspectives discussed in literature. CSD is an applicable methodology for qualitative studies and, therefore, it can be used by the field of Education when the intention is to give voice to a group of individuals about a certain topic. KEYWORDS:Innovation. Education. Teachers. Collective Subject Discourse. IntroduçãoEmbora a literatura científica brasileira tenha dado forte ênfase para a inovação no âmbito da educação nas últimas duas décadas, essa temática não é necessariamente nova no país. De acordo com Oliveira (2021), a inovação foi abordada de forma pioneira com o movimento da Escola Nova, sendo fortalecida a partir da década de 1960. Bertero (1979) já discutia no final de 1970 como se apropriar dos modelos teóricos usados pela administração e aplicá-los à Educação, ainda que parcialmente, já que tais modelos não atendiam as instituições voltadas para a saúde, para a educação e demais agências públicas. Apesar de outros trabalhos, sobretudo livros, terem sido publicados no início da década de 1980 sobre o tema, não existe um marco teórico bem definido na literatura que oriente as pesquisas desenvolvidas no sentido da inovação na Educação (TAVARES, 2019). Uma revisão realizada com trabalhos publicados entre 1975 e 2017 apontou que o termo inovação é bastante utilizado na área da Educação, não tendo, no entanto, uma explicitação de seu significado. O mesmo estudo realçou ainda, que existem diferentes denominações que abarcam a inovação na educação, o que indica uma pulverização de terminologia na literatura da área, evidenciando uma falta de consenso (TAVARES, 2019).
image/svg+xmlO uso do Discurso do Sujeito Coletivo como proposta metodólogica: A percepção de professores sobre inovação na educação RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157543O intuito da presente pesquisa foi, então, utilizar o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) como proposta metodológica para investigar, a partir da fala de educadores/estudantes de pós-graduação, se há um consenso em relação ao conceito de inovação, ou se o que acontece na literatura também se repete nesse discurso. Parte-se do pressuposto que As experiências mais bem-sucedidas de inovação educacional consideram e dão importância aos educadores como atores no processo de mudança. Eles devem ser valorizados e ouvidos, podendo exercer sua capacidade de decisão e de escolha nos processos (NOGARO; BATTESTIN, 2016, p. 366). O DSC, nesse contexto, configura-se como uma metodologia que permite expressar as subjetividades que marcam o cotidiano dos sujeitos estudados, e, ao mesmo tempo, materializa o pensamento coletivo acerca de determinado fenômeno, sendo nesse caso, a concepção da inovação na Educação. Fundamentação Teórica A discussão sobre inovação está muito presente quando se trata de processos produtivos, sobretudo quando ligada ao avanço e aceleração no desenvolvimento das tecnologias e a sua associação com a competitividade. De acordo com Carvalho, Reis e Cavalcante (2011), embora cada um tenha seu papel, a inovação não está dissociada da ciência e da tecnologia, pois juntos esses conceitos se complementam. Dessa forma, a inovação é vista não apenas como uma oportunidade, mas também como uma necessidade. Para Lemos (2000), as inovações podem ser classificadas em duas categorias: a radical e a incremental. A primeira diz respeito à introdução de um novo produto ou processo, de forma a representar uma ruptura com o estabelecido até então, estando ligada à concepção de inovação como algo novo. Já a segunda está relacionada à melhoria. A concepção de inovação como a criação de algo novo também aparece na própria semântica da palavra, com “origem no latim, innovatio, significando renovação; [...] o prefixo in encontrado no início da palavra assume a função de ingresso, ou seja, algo novo deverá acontecer, algo que não era feito antes, ou seja, uma novidade.” (NOGARO; BATTESTIN, 2016, p. 360, grifo do autor). Ainda que seja forte a ligação da inovação com a concepção de algo totalmente novo, Carvalho, Reis e Cavalcante (2011, p. 34) esclarecem que A maioria das inovações decorre de uma melhoria significativa em algo já existente, agregando vantagem sem alterar o padrão de referência. Ocorre
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO e Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157544inovação incremental de um produto, quando há melhoria ou aperfeiçoamento significativo, por meio do acréscimo ou substituição de novos materiais que o tornam mais fácil de utilizar, mais ergonômico e prático. Da mesma forma, ocorre inovação incremental de processo quando há melhorias significativas em um processo resultando em um desempenho notadamente superior em relação ao já existente. Para Messina (2001, p. 226), o conceito de inovação foi empregado ao longo dos anos como sinônimo de melhorar as coisas, no entanto, esse conceito foi se transformando e “[...] atualmente a inovação é algo aberto, capaz de adotar múltiplas formas e significados, associados com o contexto no qual se insere”. Sua aplicação pode acontecer nas mais variadas áreas, como a de produtos, serviços, processos, marketing e organizacional (CARVALHO; REIS; CAVALCANTE, 2011). Embora com mais ênfase na economia e administração, a discussão sobre inovação perpassa também pelo campo da Educação quando este se apresenta como um dos elos que compõem os sistemas de inovação, sobretudo relacionado às instituições de ensino, como colocam Cassiolato e Lastres (2000, p. 247-248): Um sistema de inovação pode ser definido como um conjunto de instituições distintas que conjuntamente e individualmente contribuem para o desenvolvimento e difusão de tecnologias. Tal noção envolve, portanto, não apenas empresas, mas, principalmente, instituições de ensino e pesquisa, de financiamento, governo, etc. Os autores apontam que na América Latina, e mais ainda no Brasil, foram as universidades públicas que desempenharam um papel importante no sistema inovativo, principalmente ao serem responsáveis pelo desenvolvimento de recursos humanos especializados. Esse público é que irá atuar tanto na indústria quando em todos os outros espaços da sociedade, inclusive nas próprias instituições de ensino, sejam elas de nível básico ou superior. Para Moran (2004, p. 237), Uma educação inovadora pressupõe desenvolver um conjunto de propostas com alguns grandes eixos que se integram, se complementam, se combinam: foco na aprendizagem, desenvolvimento da auto-estima/auto-conhecimento, formação do aluno empreendedor e do aluno-cidadão. O autor aponta que a tecnologia pode auxiliar a atingir esses objetivos, e que apenas definir novas formas de ensinar e aprender não basta, é necessário entender a sociedade da forma como ela é, complexa. Para Rocha, Fiscarelli e Rodrigues (2020, p. 271) “a educação está em descompasso com as transformações socioculturais advindas da era do conhecimento
image/svg+xmlO uso do Discurso do Sujeito Coletivo como proposta metodólogica: A percepção de professores sobre inovação na educação RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157545e da informação”, que são rápidas e compreendem tanto atores que nasceram na era digital, quanto àqueles que vivenciaram a sua transformação, estabelecendo diferentes relações com o conhecimento e a produção de saberes. Dessa forma, na área da educação, numa perspectiva dialética, inovar é mais do que introduzir novidades ou mudanças. Implica substituir algo por algo novo, mas tendo em vista finalidades emancipadoras ligadas à transformação social. Daí a afirmação de que, nessa perspectiva, inovar em educação, caracteriza-se, a rigor, como renovar, reinventar, porquanto transformar na direção, portando, de uma educação de qualidade social (OLIVEIRA, 2021, p. 180). Um dos elementos chave que sempre aparece na literatura quando se fala de educação inovadora é a figura do professor. Como elemento central no processo de ensino e aprendizagem, o professor é colocado, muitas vezes, como agente de mudança responsável por levar até a sala de aula o novo. Para Harres et al. (2018, p. 16-17), O professor inovador é um sujeito inquieto, curioso, que aceita desafios que o desacomodem. Ele é propositivo, cria situações de ensino, testa atividades e, ao aplicá-las, reflete sobre os resultados obtidos, num constante processo de autoavaliação. Predispõe-se, também, a se envolver em atividades que proporcionem o exame de suas ações como docente. Para os autores, a reflexão constante feita pelos docentes sobre sua prática auxilia na educação inovadora ao permitir o rompimento de ações mecânicas. Ao mesmo tempo, envolve os profissionais em situações, muitas vezes coletivas, que permitem experimentar redes e grupos que descentralizam sua função e culminam em processos de aprendizagem de todos para um, um para todos e todos para todos, envolvendo os discentes, pais e colegas de trabalho. Dessa forma, à medida que envolve os professores, a inovação aparece também como um recurso contra o ensino transmissivo. A aplicação de inovações na educação, seja ela de nível básico ou superior, não é um processo homogêneo. Para Costa (2018, p. 175), “talvez de todas as funções reguladoras da sociedade, a que menos mudou foi a educação. Preparamos os alunos para o trabalho padronizado, repetitivo, em que a ordem e a disciplina são mandatórias”. Isso representa um desafio para a chamada Sociedade da Informação, na qual os trabalhos não são mais padronizados, nem repetitivos. Vive-se hoje em um mundo no qual a capacidade de resolver problemas complexos é fundamental, e, para tanto, a criatividade, a colaboração e a inovação são mais eficazes do que a ordem, a disciplina e a tradição. Vidal e Rocha Neto (2016, p. 268) partem da ideia de que para atender as demandas da sociedade, há a necessidade de uma reforma educacional que envolva “[...] flexibilidade no
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO e Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157546currículo, na proposta pedagógica, nos métodos de avaliação, na estrutura organizacional e principalmente na profissionalização do professor, como um agente ativo e inovador”, dando conta das mudanças rápidas que ocorrem no mundo e formando sujeitos autônomos que valorizem a construção de conhecimento. A inovação também não pode estar dissociada do contexto em que está inserida, com todos os desafios contemporâneos que a demandam. Contradições, disputas e transformações sociais refletem diretamente no caráter mais ou menos inovador das diferentes áreas da Educação. Isso se tornou mais evidente, na atualidade, com as mudanças trazidas pela pandemia de Covid-19 e seus impactos nas práticas educativas em diferentes esferas de ensino. A partir do distanciamento social exigido em virtude da pandemia, o uso de tecnologias de informação e comunicação tem se mostrado como alternativa para o prosseguimento do ensino, na modalidade remota. Oliveira (2021, p. 184) destaca que “[...] a presença marcante dessas tecnologias no trabalho docente e na educação escolar, em geral, tem se destacado como alternativa metodológica considerada inovadora na área educacional”. A autora, no entanto, chama a atenção para que se perceba não apenas o caráter positivo dessa realidade, enquanto inovação nas práticas e recursos pedagógicos, mas também os desafios a que ela impõe, como a precarização do trabalho docente e a acentuação de desigualdades sociais. Ao se tratar de inovação, é necessário avaliar a natureza das mudanças, não a dissociando do contexto social e da realidade que a cerca. Em diferentes cenários, incluso o mais recente relacionado à pandemia, o caráter inovativo apresentará diferentes aspectos positivos e negativos a todos os atores envolvidos, sejam docentes, alunos, equipe de gestão, pais e comunidade em geral. Soma-se a isso o caráter polissêmico da própria palavra e tem-se a evidência da necessidade de discussões mais aprofundadas sobre a temática e seu tratamento no campo da Educação, com reflexões teórico-práticas. Opções teóricas e metodológicas Trata-se de uma pesquisa de natureza aplicada, caracterizada como exploratória e com abordagem qualitativa, com vias a contextualização do fenômeno estudado, na qual se empregou o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), uma metodologia utilizada para abordar dados coletados por meio de pesquisas de opinião ou questões abertas e que permite descrever a representação subjetiva de determinado fenômeno existente no pensamento coletivo. O DSC busca viabilizar “a tarefa de pesquisar modos sociais de pensar” (LEFÉVRE, 2017, p. 10) reconstituindo o pensamento de uma tribo sobre um determinado tema a partir de
image/svg+xmlO uso do Discurso do Sujeito Coletivo como proposta metodólogica: A percepção de professores sobre inovação na educação RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157547depoimentos individuais, gerando representações sociais de um coletivo. Assim, o DSC é “[...] uma proposta explícita de reconstituição de um ser ou entidade empírica coletiva, opinante na forma de um sujeito de discurso emitido na primeira pessoa do singular” (LEFEVRE; LEFEVRE, 2006, p. 519). Sua forma de apresentar as representações sociais permite que se agrupem as expressões individuais em discursos sínteses, em categorias semânticas com sentidos semelhantes (LEFÉVRE, 2017). Nesse sentido, a fonte de informação utilizada são as próprias pessoas pertencentes ao grupo. Para o presente estudo, foi utilizado um questionário elaborado por meio do Google Formulários contendo perguntas abertas com a finalidade de coletar depoimentos dos participantes da pesquisa de forma espontânea e voluntária. O instrumento foi aplicado a 22 mestrandos e doutorandos de um programa de pós-graduação em outubro de 2015. O corpus da pesquisa considerou 20 respondentes, por esses atuarem como professores da educação básica ou ensino superior, foco deste estudo. Entre os participantes, 11 (55%) são do sexo feminino e nove (45%) do sexo masculino. Em relação ao vínculo, os respondentes estão matriculados predominantemente no mestrado (75%). Quanto à atuação profissional, 13 (65%) participantes são docentes da educação básica e sete (35%), da educação superior. Após a primeira etapa, de obtenção dos depoimentos, procedeu-se a redução do discurso. Nessa segunda etapa cada depoimento é analisado individualmente e se selecionam os trechos mais relevantes, que respondam à pergunta efetuada, resultando nas expressões-chave (EC). Para o DSC, [...] é importante entender que a seleção das EC [...] é fundamental, pois o que se deseja obter, no final, é a contribuição de cada indivíduo para o pensamento de uma coletividade e não o pensamento detalhado de um indivíduo [...] (LEFÉVRE, 2017, p. 32). Após a seleção dos trechos com EC, procedeu-se a busca de sentido. Essa terceira etapa busca identificar ideias centrais (IC), e nesse momento é possível utilizar palavras que não tenham aparecido no texto. Na quarta etapa foi realizada a categorização, reunindo os depoimentos que apresentam ideias semelhantes em categorias com nomes atribuídos pelas pesquisadoras no intuito de expressar o sentido comum. Para minimizar o risco de viés e subjetividade individual, essa etapa foi feita separadamente por duas das pesquisadoras, com seu resultado cotejado até que se chegasse a um ponto comum consensual.
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO e Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157548Após a definição das categorias por indução, procedeu-se a quinta etapa, de construção do DSC a partir da reunião do EC com IC semelhantes, agrupando os conteúdos com sentidos semelhantes em suas categorias e construindo as narrativas na primeira pessoa do singular. A figura 1 ilustra as etapas do tratamento dos dados e a elaboração do DSC, usado, nesse sentido, para identificar, dentre um conjunto de indivíduos, quais são os pensamentos semelhantes a respeito da inovação na Educação, buscando assim, dar voz ativa ao coletivo de professores. Figura 1 – Etapas da pesquisaFonte: Elaborado pelas autoras Apresentação e discussão dos resultados A partir da análise das respostas dos professores e aplicação do DSC, foi possível identificar seis categorias centrais que representam o entendimento desse público em relação à inovação. Para esse coletivo, a inovação é entendida como algo novo (28%), como melhoria de um produto ou processo existente (28%), como benefício (20%), como necessidade (8%) e como uso de novas tecnologias (4%). Emergiu também da análise de dados uma categoria que não está relacionada com a definição da inovação em si, mas sim com a sua aplicação (12%). O gráfico 1 ilustra a distribuição dos fragmentos de discurso, ou seja, a quantidade de expressões-chave (EC) extraídas das respostas dos participantes dentro de cada categoria. Coleta de dadosRedução do discuso e obtenção das expressões-chave (EC)Identificação das ideias centrais (IC)CategorizaçãoReunião de EC e IC semelhantes e construção de narrativasElaboração do DSC
image/svg+xmlO uso do Discurso do Sujeito Coletivo como proposta metodólogica: A percepção de professores sobre inovação na educação RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157549Gráfico 1 – Quantitativos de fragmentos de discurso por categoria Fonte: Elaborado pelas autoras A inovação como algo novofoi uma das categorias com maior predominância de ideias centrais. A partir da análise das expressões-chave, foi possível elaborar o seguinte discurso síntese: Inovação me remete a algo inédito, uma proposta nova que alcance resultados novos. É a necessidade de criar algo novo, uma nova ideia, criar objetos e utensílios inéditos, a criação de algo inédito que não tenha sido utilizado ou visto antes, a introdução de algo novo em qualquer atividade humana. Inovar é criar, é a busca de novidades, uma novidade em relação a alguma coisa. É a busca de caminhos ou estratégias diferentes, a criação de diferentes estratégias e novos caminhos para percorrer um mesmo trajeto, para atingir um determinado objetivo. Essa representação coletiva de diversos indivíduos exemplifica uma das conceitualizações trazida pela literatura, que apresenta a inovação como algo radical, que demonstra uma ruptura com algum padrão já pré-estabelecido e introduz algo novo (LEMOS, 2000). Cassiolato e Lastres (2000), nos lembram que muitas vezes a introdução de algo novo é associada à inovação apenas tecnológica, no entanto, o que acontece é que esse processo acontece de modo equitativo em todos os setores, incluindo os mais tradicionais. O discurso dos professores em relação à novidade, à criação, à inovação como algo inédito ou um novo caminho também aparece na literatura. Nogaro e Battestin (2016, p. 361) defendem a inovação como “[...] toda e qualquer forma de pensar, criar e de usar nossos conhecimentos, métodos, técnicas e instrumentos que levem a práticas ou comportamentos diferenciados”. Para a área da educação, os autores refletem que, embora a inovação apareça 0246810121416Inovação como algo novoInovação como melhoria de um produto ouprocesso existenteInovação como benefícioInovação como necessidadeInovação como uso de novas tecnologiasAplicaçãoFRAGMENTOS DE DISCURSOCATEGORIAS
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO e Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575410de forma recorrente com esse aspecto de novidade, muitas vezes o novo não tem lugar, pois se mantém uma posição de conservadorismo cômodo, e que é necessário repensar e questionar a prática para que de fato se encontre lugar para novas formas de inovar. Além da inovação como algo novo, outra categoria com predominância semelhante na quantidade de fragmentos representativos foi a da inovação como melhoria de um produto ou processoexistente, conforme demonstra o discurso síntese: Por inovador entendo que não precisa ser algo inédito, mas ideias simples e criativas para aperfeiçoar algo já existente. A inovação não se refere apenas a criação de novas ferramentas, mas também na mudança de métodos e processos, inclusive os educacionais. Pode ser a melhoria. Trata-se de mudanças, inovações envolvendo melhorias significativas, quando se utiliza de propostas existentes e as readapta para novas necessidades. Inovação é encontrar soluções para pequenos ou grandes problemas modificando antigos costumes. É a modificação da maneira de fazer certa tarefa, a proposta de um novo modo de fazer algo que já se fazia, mas de forma melhorada. Inovação é uma ação de forma a renovar um processo, é tudo o que há de melhoria. É ver novas possibilidades a partir de práticas realizadas, é a ação sobre o que se sabe junto a novas maneiras de repassar esse saber. Acredito que inovar é progredir, é evolução. Os professores entendem que inovar não é apenas o que é novidade, mas também a implantação de melhorias a algo já existente. Esse é o caráter incremental da inovação, que apesar de muitas vezes ser imperceptível, pode gerar um “crescimento da eficiência técnica, aumento da produtividade, redução de custos, aumento da qualidade e mudanças que possibilitem a ampliação das aplicações de um produto ou processo” (LEMOS, 2000, p. 159). A inovação como melhoria, no âmbito da educação, é sempre feita de forma intencional e deliberada (CARDOSO, 1997). No discurso dos professores isso fica evidenciado a partir do momento que o coletivo aponta a mudança, o aperfeiçoamento e a adaptação. Essas ações só podem ser feitas a partir do momento que se reconhece uma oportunidade ou uma necessidade de que algo pode ser melhorado, e, portanto, prosseguem para um processo consciente de inovação. Para Messina (2001, p. 230), “a mudança relaciona-se com o seu próprio manejo, com um modo de controlar os seus efeitos com vistas à melhoria da educação”. A terceira forma pela qual a inovação é percebida, não com a mesma intensidade das categorias anteriores, mas também se destacando, é como um benefício. Cabe salientar que durante a análise dos fragmentos de texto gerados a partir das respostas dos professores, não foram identificados indícios de que a inovação poderia ter algum aspecto negativo, muito pelo contrário, o discurso caminha no sentido de salientar a inovação como algo vantajoso, que traz benefícios para a sociedade e para os indivíduos em si.
image/svg+xmlO uso do Discurso do Sujeito Coletivo como proposta metodólogica: A percepção de professores sobre inovação na educação RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575411Inovação é algo inovador que pode auxiliar o indivíduo em alguma atividade do cotidiano (escolar ou não), é agregar valor é ser competitivo. A inovação, quando executada, gera benefícios para a sociedade (ou para uma parcela dela), como economia de recursos ou melhoria nos processos envolvidos. É uma melhoria criada para facilitar a vida do homem, capaz de gerar vantagens. Inovação é uma atividade que antes não era passível de ser realizada, ou era executada de forma menos eficaz, como por exemplo, tornar a visualização dos gráficos mais dinâmica, para facilitar a informação. A inovação pode também ser representada como uma necessidade, como sinaliza o discurso síntese dessa categoria: Inovar nada mais é que adaptarmos às novas situações, geralmente para transcender e se superar perante a mesmice, é abandonar práticas que já estão dando pouco ou nenhum resultado e estarmos mudando constantemente conforme a demanda de trabalho e informações. O coletivo entende que a inovação como uma necessidade nada mais é que acompanhar as mudanças pela qual a sociedade passa e que refletem na vida e no trabalho de todos os indivíduos. Assim, “a necessidade de inovação surge como resposta natural a um cenário de mudanças e transformações constantes no conhecimento” (NOGARO; BATTESTIN, 2016, p. 362). Nesse contexto, há que se fazer a reflexão para o fato de que a inovação talvez esteja sendo entendida como reativa, ou seja, apenas como uma forma de reagir às diferentes demandas impostas pela realidade. Se assim for, a inovação assume uma postura compulsória, e não como uma ação a ser buscada de modo proativo para antecipar possibilidades. Por fim, ainda dentro da apresentação dos discursos que emergiram das categorias analíticas e que estão relacionados à definição, a inovação aparece como o uso de novas tecnologias: Inovação corresponde ao ato de trazer ou apresentar um instrumento ou método a partir do qual será possível executar determinada função. Na educação é o uso de tecnologias disponíveis de forma a facilitar o processo de ensino aprendizagem. Essa associação, conforme explicam Nogaro e Battestin (2016), é bastante comum, já que a área tecnológica é uma das mais proeminentes quando se trata de inovação, sobretudo porque esse setor tem a necessidade de se manter ativo na cadeia produtiva, operando sob a lógica do mercado. Mesmo assim, apenas 4% das ideias centrais dos discursos dos professores representam essa vinculação, o que demonstra que, apesar de ela existir, não influencia o coletivo de modo significativo, ao contrário das definições apresentadas anteriormente, que são mais expressivas.
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO e Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575412Embora a pergunta disparadora do questionário aplicado aos professores estivesse relacionada a entender o que esse coletivo entende por inovação, emergiu também a questão da aplicaçãoem atividades, processos, produtos e técnicas, como pode ser observado no discurso síntese a seguir: A inovação permite resolver um problema já existente, ao utilizar um software ou um experimento para o ensino de funções, por exemplo, você está inovando sua aula de funções. A inovação pode ocorrer em aulas, produtos, ideias, em relação a uma tecnologia, a um método de ensino, a um método organizacional numa empresa, a um procedimento médico, a fabricação de um produto ou equipamento, a uma técnica esportiva, a uma técnica agrícola, em um dado conhecimento, técnica ou objeto para determinado contexto, seja ela no trabalho, educação, cultura ou lazer. A partir dos discursos construídos e analisados, é possível observar que a inovação é percebida a partir de uma visão positiva, ainda que em determinado momento aconteça como uma necessidade. Os professores entendem que a inovação não está restrita à área tecnológica ou industrial e pode acontecer em todos os setores da sociedade, incluindo a educação, com aplicações mais ou menos robustas. Considerações finais O estudo realizado permitiu compreender a percepção da inovação a partir do discurso de professores de educação básica e ensino superior, enquanto estudantes de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado. Os resultados evidenciaram que não existe um consenso em relação a definição de inovação e explicitação de seu significado, o que confirma uma pulverização de entendimentos como o retratado na literatura. A pesquisa aqui realizada demonstra que, apesar dos discursos terem sido gerados com professores provenientes de duas modalidades de ensino distintas, eles representam um mesmo coletivo. A partir da metodologia Discurso do Sujeito Coletivo, foram percebidas cinco categorias de definição da inovação (como algo novo; como melhoria de um produto ou processo existente; como benefício; como necessidade; e como uso de novas tecnologias) e uma categoria que se refere à aplicação da inovação. As categorias mais expressivas indicam que o entendimento dos professores se dá no sentido de perceber a inovação como algo que pode resultar tanto de uma ruptura de um padrão pré-existente, quanto da melhoria desse padrão. Mesmo que a inovação esteja mais atrelada ao setor empresarial e que tenha se mostrado de forma heterogênea nos dados analisados, a percepção dos professores acerca dela demonstra um conhecimento que vai além da competitividade, do simples uso de uma tecnologia ou prática
image/svg+xmlO uso do Discurso do Sujeito Coletivo como proposta metodólogica: A percepção de professores sobre inovação na educação RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575413pedagógica diferenciada, o que contribui para destacar um alinhamento da inovação como um processo dinâmico e social. Do ponto de vista metodológico, o DSC mostrou-se como uma possibilidade de aplicação em pesquisas do campo da Educação que possuam o intuito de trazer à tona as representações sociais de determinados grupos e coletivos, a partir da obtenção de depoimentos individuais. Como recurso para estudos qualitativos que envolvam pessoas, trata-se de uma metodologia de investigação que pode materializar tais representações sociais e fenômenos estudados, permitindo a organização metodológicas da pesquisa e resultando em um produto coletivo, o que pode vir a ter relevantes aplicações no campo da Educação em seus distintos temas estudados. Como pesquisas futuras, sugere-se a aplicação de pesquisa similar a professores estudantes de outros programas de pós-graduação, no intuito de entender se o DSC gerado nesses grupos é semelhante ao encontrado no presente estudo. Quanto à inovação em si, é pertinente o aprofundamento do entendimento do conceito aplicado à Educação por parte dos professores para além da esfera teórica, ou seja, estudando como eles inovam em suas práticas cotidianas ou como percebem a inovação em seus próprios espaços de trabalho, a fim de cotejar se as definições apresentadas de fato são um retrato da realidade. AGRADECIMENTOS: as autoras agradecem ao Programa UNIEDU/FUMDES - Pós-graduação do Estado de Santa Catarina, pelo financiamento. REFERÊNCIAS BERTERO, C. O. Aspectos organizacionais da inovação educacional: o caso da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências (FUNBEC). Revista de Administração de Empresas, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, p. 57-71, out./dez. 1979. DOI: 10.1590/S0034-75901979000400005. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rae/a/JbWF7bcYym55gTkwTn5HQkf/?lang=pt. Acesso em: 10 set. 2021. CARDOSO, A. P. Educação e inovação. Millenium, Viseu, n. 6, mar. 1997. Disponível em: http://www.ipv.pt/millenium/Millenium_6.htm. Acesso em: 30 jul. 2020. CARVALHO, H. G.; REIS, D. R.; CAVALCANTE, M. B. Gestão da inovação. Curitiba: Aymará, 2011. CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. Sistemas de inovação: políticas e perspectivas. Parcerias Estratégicas, Brasília, n. 8, p. 237-255, maio 2000. Disponível em:
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO e Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575414http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/view/99. Acesso em: 25 jul. 2020. COSTA, E. M. Inovar é preciso! In: PESSOA, M. L. et al. (org.). Pinceladas de inovação: arte e técnica para soluções criativas. Curitiba: Vitória Gráfica e Editora, 2018. p. 157-177. HARRES, J. B. S. et al. Constituição e prática de professores inovadores: um estudo de caso. Revista Ensaio, Belo Horizonte, v. 20, e2679, p. 1-21, 2018. DOI: 10.1590/1983-21172018200107. Disponível em: https://www.scielo.br/j/epec/a/mB7zzLnzz8Jwtnn7NVGkPNP/?lang=pt. Acesso em: 10 jul. 2020. LEFÉVRE, F. Discurso do Sujeito Coletivo: nossos modos de pensar, nosso eu coletivo. São Paulo: Andreoli, 2017. LEFEVRE, F.; LEFEVRE, A. M. C. O sujeito coletivo que fala. Interface, Botucatu, v. 10, n. 20, p. 517-524, dez. 2006. DOI: 10.1590/S1414-32832006000200017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/QQw8VZh7pYTwz9dGyKvpx4h/?lang=pt. Acesso em: 28 jul. 2020. LEMOS, C. Inovação na era do conhecimento. Parcerias Estratégicas, Brasília, n. 8, p. 157-159, maio 2000. Disponível em: http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/viewFile/104/97. Acesso em: 25 jul. 2020. MESSINA, G. Mudança e inovação educacional: notas para reflexão. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 114, p. 225-233, nov. 2001. DOI: 10.1590/S0100-15742001000300010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/cp/a/pvQTSjNjyR4nkqGjkLTv9DJ/?lang=pt. Acesso em: 30 jul. 2020. MORAN, J. M. A contribuição das tecnologias para uma educação inovadora. Contrapontos, Itajaí, v. 4, n. 2, p. 347-356, maio/ago. 2004. Disponível em: https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/785/642. Acesso em: 30 jul. 2020. NOGARO, A.; BATTESTIN, C. Sentidos e contornos da inovação na educação. Holos, Natal, ano 32, v. 2, p. 357-372, 2016. DOI: 10.15628/holos.2016.3097. Disponível em: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/3097. Acesso em: 22 abr. 2020. OLIVEIRA, M. R. N. S. Inovação educacional e recursos didáticos no trabalho docente. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 30, n. 1, p. 177–190, 2021. DOI: 10.35699/2238-037X.2021.25671. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/25671. Acesso em: 20 set. 2021. ROCHA, R. A.; FISCARELLI, S. H.; RODRIGUES, R. A. Caminhos para a inovação no contexto educativo e escolar: o papel da mídia-educação. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. 1, p. 270–284, 2020. DOI: 10.22633/rpge.v24i1.13422. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/13422. Acesso em: 20 set. 2021.
image/svg+xmlO uso do Discurso do Sujeito Coletivo como proposta metodólogica: A percepção de professores sobre inovação na educação RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575415TAVARES, F. G. de O. O conceito de inovação em educação: uma revisão necessária. Revista Educação, Santa Maria, v. 44, p. 1-19, 2019. DOI: 10.5902/1984644432311. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/reveducacao/article/view/32311. Acesso em: 22 abr. 2020. VIDAL, K. D. B.; ROCHA NETO, I. Políticas educacionais orientadas à inovação. Políticas educacionais orientadas à inovação. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 20, n. 2, p. 257-270, 2016. DOI: 10.22633/rpge.v20.n2.9462. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/9462/6286. Acesso em: 20 set. 2021. Como referenciar este artigo GULKA, J. A.; CANTO, F.; LUCAS, E. R. O. O uso do Discurso do Sujeito Coletivo como proposta metodólogica: A percepção de professores sobre inovação na educação. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, jan./dez. 2022. e-ISSN:1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.15754 Submetido em:05/11/2021 Revisões requeridas em: 26/12/2021 Aprovado em: 25/02/2022 Publicado em: 31/03/2022
image/svg+xmlThe use of Collective Subject Discourse as a methodological proposal: Perception of teachers about innovation in educationRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157541THE USE OF COLLECTIVE SUBJECT DISCOURSE AS A METHODOLOGICAL PROPOSAL: PERCEPTION OF TEACHERS ABOUT INNOVATION IN EDUCATION O USO DO DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO COMO PROPOSTA METODOLÓGICA: A PERCEPÇÃO DE PROFESSORES SOBRE INOVAÇÃO NA EDUCAÇÃO EL USO DEL DISCURSO DEL SUJETO COLECTIVO COMO PROPUESTA METODOLÓGICA: LA PERCEPCIÓN DE LOS PROFESORES SOBRE INNOVACIÓN EN EDUCACIÓN Juliana Aparecida GULKA1Francine CANTO2Elaine Rosangela de Oliveira LUCAS3ABSTRACT: It introduces the perception of teachers about the concept of innovation. From a questionnaire applied to 20 teachers, who, at the time of the research, were master’s or doctoral students, the data were analyzed in the light of the Collective Subject Discourse (CSD). Six categories emerged regarding the concept of innovation: as something new, as improvement of an existing product or process, as a benefit, as a need, and as the use of new technologies; and one regarding their use, named application. For each category, a synthesis speech was generated, representing the collective understanding of innovation in education. The perception of teachers is heterogeneous, but it is in line with different perspectives discussed in literature. CSD is an applicable methodology for qualitative studies and, therefore, it can be used by the field of Education when the intention is to give voice to a group of individuals about a certain topic. KEYWORDS: Innovation. Education. Teachers. Collective Subject Discourse. RESUMO: Esse estudo apresenta a percepção de professores sobre o conceito de inovação. A partir de um questionário aplicado a 20 professores, que no momento da pesquisa eram mestrandos ou doutorandos, os dados foram analisados sob a luz do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC). Seis categorias emergiram a respeito do conceito de inovação: como algo novo, como melhoria de um produto ou processo existente, como benefício, como necessidade, e como uso de novas tecnologias; e uma em relação a seu uso, nomeada aplicação. Para cada categoria foi gerado o discurso síntese, representando o entendimento do coletivo sobre inovação na educação. A percepção dos professores é heterogênea, no entanto, se alinha a 1Santa Catarina State University (UDESC), Florianópolis SC Brazil. Doctoral student in Education, Graduate Program in Education (PPGE). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9940-0332. E-mail: juliana.gulka@ufsc.br 2Santa Catarina State University (UDESC), Florianópolis SC Brazil. Master in Education, Graduate Program in Education (PPGE). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6313-4389. E-mail: francinecanto@gmail.com 3Santa Catarina State University (UDESC), Florianópolis SC Brazil. Permanent Professor of the Graduate Program in Information Management (PPGInfo), Professor of the Department of Librarianship (DBI) and Collaborator of the Graduate Program in Education (PPGE). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2796-3566. E-mail: elaine.lucas@udesc.br
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO and Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157542diferentes perspectivas discutidas na literatura. O DSC é uma metodologia aplicável para estudos qualitativos e, portanto, pode ser apropriada pelo campo da Educação quando o intuito for dar voz a um coletivo de sujeitos sobre determinado tema. PALAVRAS-CHAVE: Inovação. Educação. Professores. Discurso do Sujeito Coletivo. RESUMEN: Este estudio presenta la percepción de los profesores sobre el concepto de innovación. A partir de un cuestionario aplicado a 20 profesores, que en el momento de la investigación eran estudiantes de maestría o doctorado, los datos fueron analizados a la luz del Discurso del Sujeto Colectivo (DSC). Surgieron seis categorías con respecto al concepto de innovación: como algo nuevo, como una mejora de un producto o proceso existente, como un beneficio, como una necesidad y como el uso de nuevas tecnologías; y uno con respecto a su uso, nombrada aplicación. Para cada categoría, se generó el discurso de síntesis, que representa la comprensión colectiva de la innovación en educación. La percepción de los profesores es heterogénea, pero, sin embargo, está en línea con las diferentes perspectivas discutidas en la literatura. El DSC es una metodología aplicable a los estudios cualitativos y, por tanto, puede ser apropiado por el campo de la Educación cuando la intención es dar voz a un grupo de sujetos sobre una determinada temática. PALABRAS CLAVE: Innovación. Educación. Profesores. Discurso del Sujeto Colectivo. IntroductionAlthough the Brazilian scientific literature has given strong emphasis to innovation in education in the last two decades, this theme is not necessarily new in the country. According to Oliveira (2021), innovation was addressed in a pioneering way with the New School movement, being strengthened from the 1960s on. Bertero (1979) already discussed in the late 1970's how to appropriate the theoretical models used by administration and apply them to Education, even if partially, since such models did not meet the needs of institutions focused on health, education, and other public agencies. Although other works, especially books, were published in the early 1980s on the topic, there is no well-defined theoretical framework in the literature to guide the research developed towards innovation in Education (TAVARES, 2019). A review conducted with papers published between 1975 and 2017 pointed out that the term innovation is widely used in the field of Education, having, however, no explicitness of its meaning. The same study also highlighted that there are different denominations that encompass innovation in education, which indicates a pulverization of terminology in the literature of the area, evidencing a lack of consensus (TAVARES, 2019). The purpose of the present research was, then, to use the Collective Subject Discourse (CSD) as a methodological proposal to investigate, from the speech of educators/postgraduate
image/svg+xmlThe use of Collective Subject Discourse as a methodological proposal: Perception of teachers about innovation in educationRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157543students, if there is a consensus regarding the concept of innovation, or if what happens in the literature is also repeated in this speech. It is assumed that The most successful experiences of educational innovation consider and give importance to educators as actors in the process of change. They should be valued and listened to, being able to exercise their decision-making and choice capacity in the processes (NOGARO; BATTESTIN, 2016, p. 366). The CSD, in this context, is configured as a methodology that allows expressing the subjectivities that mark the daily life of the studied subjects and, at the same time, materializes the collective thought about a certain phenomenon, in this case, the conception of innovation in Education. Theoretical background The discussion about innovation is very present when it comes to production processes, especially when linked to the advancement and acceleration in the development of technologies and their association with competitiveness. According to Carvalho, Reis and Cavalcante (2011), although each has its role, innovation is not dissociated from science and technology, because together these concepts complement each other. Thus, innovation is seen not only as an opportunity, but also as a necessity. For Lemos (2000), innovations can be classified into two categories: radical and incremental. The first relates to the introduction of a new product or process, in a way that represents a rupture with what was established until then, and is linked to the conception of innovation as something new. The second, on the other hand, is related to improvement. The conception of innovation as the creation of something new also appears in the very semantics of the word, with "origin in the Latin, innovatio, meaning renewal; [...] the prefix in found in the beginning of the word assumes the function of entrance, that is, something new should happen, something that was not done before, that is, a novelty". (NOGARO; BATTESTIN, 2016, p. 360, emphasis added). Although the link between innovation and the conception of something totally new is strong, Carvalho, Reis and Cavalcante (2011, p. 34) clarify that Most innovations arise from a significant improvement in something already existing, adding advantage without changing the reference standard. Incremental innovation of a product occurs when there is significant improvement or refinement, through the addition or replacement of new
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO and Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157544materials that make it easier to use, more ergonomic and practical. Similarly, process incremental innovation occurs when there are significant improvements in a process resulting in a notably superior performance in relation to the existing one. For Messina (2001, p. 226), the concept of innovation was employed over the years as a synonym for improving things, however, this concept has been transforming and "[...] currently innovation is something open, capable of adopting multiple forms and meanings, associated with the context in which it is inserted. Its application can happen in various areas, such as products, services, processes, marketing and organizational (CARVALHO; REIS; CAVALCANTE, 2011). Although with more emphasis on economics and administration, the discussion about innovation also goes through the field of Education when it presents itself as one of the links that make up the innovation systems, especially related to educational institutions, as stated by Cassiolato and Lastres (2000, p. 247-248): An innovation system can be defined as a set of distinct institutions that jointly and individually contribute to the development and diffusion of technologies. This notion therefore involves not only companies, but primarily educational and research institutions, funding institutions, government, etc. The authors point out that in Latin America, and even more so in Brazil, it was the public universities that played an important role in the innovation system, mainly by being responsible for the development of specialized human resources. This public is the one that will act both in industry and in all other spaces of society, including the educational institutions themselves, whether at a basic or higher level. According to Moran (2004, p. 237), An innovative education presupposes developing a set of proposals with some major axes that integrate, complement, and combine: focus on learning, development of self-esteem/self-knowledge, training of the student as an entrepreneur and of the student as a citizen. The author points out that technology can help achieve these goals, and that just defining new ways of teaching and learning is not enough, it is necessary to understand society the way it is, complex. For Rocha, Fiscarelli, and Rodrigues (2020, p. 271), "education is out of sync with the sociocultural transformations arising from the knowledge and information age," which are fast and include both actors who were born in the digital age and those who have lived
image/svg+xmlThe use of Collective Subject Discourse as a methodological proposal: Perception of teachers about innovation in educationRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157545through its transformation, establishing different relationships with knowledge and the production of knowledge. Thus, in the area of education, from a dialectical perspective, innovating is more than introducing novelties or changes. It implies replacing something with something new, but with emancipatory purposes linked to social transformation in mind. Hence the statement that, from this perspective, innovating in education is characterized, strictly speaking, as renewing, reinventing, since transforming in the direction, therefore, of a social quality education (OLIVEIRA, 2021, p. 180). One of the key elements that always appears in the literature when talking about innovative education is the figure of the teacher. As a central element in the teaching and learning process, the teacher is often placed as the agent of change responsible for bringing the new to the classroom. For Harres et al. (2018, p. 16-17), The innovative teacher is a restless, curious individual who accepts challenges that discourage him. They are propositional, create teaching situations, test activities, and when applying them, reflect on the results obtained, in a constant process of self-evaluation. He is also predisposed to engage in activities that provide an examination of his actions as a teacher. For the authors, constant reflection by teachers on their practice helps in innovative education by allowing the break from mechanical actions. At the same time, it involves professionals in situations, often collective, that allow experimenting with networks and groups that decentralize their function and culminate in learning processes of all for one, one for all, and all for all, involving students, parents, and co-workers. In this way, as it involves teachers, innovation also appears as a resource against transmissive teaching. The application of innovations in education, be it basic or higher education, is not a homogeneous process. For Costa (2018, p. 175), "perhaps of all the regulatory functions of society, the one that has changed the least is education. We prepare students for standardized, repetitive work, in which order and discipline are mandatory." This represents a challenge for the so-called Information Society, in which work is no longer standardized, nor repetitive. Today we live in a world in which the ability to solve complex problems is fundamental, and, for this, creativity, collaboration, and innovation are more effective than order, discipline, and tradition. Vidal and Rocha Neto (2016, p. 268) start from the idea that to meet the demands of society, there is a need for an educational reform that involves "[...] flexibility in the curriculum, in the pedagogical proposal, in the evaluation methods, in the organizational structure, and
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO and Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157546especially in the professionalization of the teacher, as an active and innovative agent," accounting for the rapid changes that occur in the world and training autonomous subjects who value the construction of knowledge. Innovation also cannot be dissociated from the context in which it is inserted, with all the contemporary challenges that demand it. Contradictions, disputes, and social transformations reflect directly on the more or less innovative character of the different areas of Education. This has become more evident today with the changes brought about by the Covid-19 pandemic and its impacts on educational practices in different spheres of education. From the social distance required due to the pandemic, the use of information and communication technologies has shown itself as an alternative for the continuation of teaching, in the remote modality. Oliveira (2021, p. 184) highlights that "[...] the remarkable presence of these technologies in the teaching work and in school education, in general, has stood out as a methodological alternative considered innovative in the educational area". The author, however, calls attention to the fact that we must perceive not only the positive character of this reality, as an innovation in pedagogical practices and resources, but also the challenges it imposes, such as the precariousness of the teaching work and the accentuation of social inequalities. When dealing with innovation, it is necessary to evaluate the nature of the changes, not disassociating it from the social context and the reality that surrounds it. In different scenarios, including the most recent one related to the pandemic, the innovative character will present different positive and negative aspects to all the players involved, whether they are teachers, students, management team, parents, and the community in general. Add to this the polysemic character of the word itself and there is evidence of the need for deeper discussions on the subject and its treatment in the field of Education, with theoretical and practical reflections. Theoretical and methodological options This is a research of applied nature, characterized as exploratory and with qualitative approach, with ways to contextualize the phenomenon studied, in which the Collective Subject Discourse (CSD) was used, a methodology used to address data collected through opinion polls or open questions and that allows to describe the subjective representation of a particular phenomenon existing in collective thinking. CSD seeks to make feasible "the task of researching social ways of thinking" (LEFÉVRE, 2017, p. 10) by reconstituting the thinking of a tribe on a given topic from
image/svg+xmlThe use of Collective Subject Discourse as a methodological proposal: Perception of teachers about innovation in educationRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157547individual statements, generating social representations of a collective. Thus, CSD is "[...] an explicit proposal for reconstituting a collective, opinionated empirical being or entity in the form of a subject of discourse issued in the first person singular" (LEFEVRE; LEFEVRE, 2006, p. 519). Its way of presenting social representations allows individual expressions to be grouped into synthesized discourses, into semantic categories with similar meanings (LEFÉVRE, 2017). In this sense, the source of information used are the people themselves belonging to the group. For the present study, it was used a questionnaire prepared through Google Forms containing open questions with the purpose of collecting testimonials from the research participants in a spontaneous and voluntary way. The instrument was applied to 22 master's and doctoral students from a graduate program in October 2015. The research corpus considered 20 respondents, because they act as teachers in basic education or higher education, the focus of this study. Among the participants, 11 (55%) are female and nine (45%) are male. In relation to employment status, the respondents are predominantly enrolled in Master's programs (75%). As for professional performance, 13 (65%) participants are basic education teachers, and seven (35%) are higher education teachers. After the first stage, of obtaining the statements, we proceeded to discourse reduction. In this second step, each statement is analyzed individually and the most relevant excerpts, which answer the question asked, are selected, resulting in key expressions (KE). For the CSD, [...] it is important to understand that the selection of CEs [...] is fundamental, because what one wishes to obtain, in the end, is the contribution of each individual to the thought of a collectivity and not the detailed thought of an individual [...] (LEFÉVRE, 2017, p. 32).After selecting the excerpts with CE, we proceeded to the search for meaning. This third step seeks to identify central ideas (CI), and at this point it is possible to use words that have not appeared in the text. In the fourth stage the categorization was carried out, gathering the statements that present similar ideas into categories with names assigned by the researchers in order to express the common meaning. To minimize the risk of bias and individual subjectivity, this step was done separately by two of the researchers, with the results being compared until a common consensus was reached.
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO and Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157548After the definition of the categories by induction, we proceeded to the fifth stage, the construction of the CSD from the meeting of the CE with similar CI, grouping the contents with similar meanings in their categories and building the narratives in the first person singular. Figure 1 illustrates the stages of data treatment and the elaboration of the CSD, used, in this sense, to identify, among a set of individuals, which are the similar thoughts about innovation in Education, thus seeking to give active voice to the collective of teachers. Figure 1 Research StagesSource: Prepared by the authors Presentation and discussion of results From the analysis of the teachers' answers and application of the CSD, it was possible to identify six central categories that represent the understanding of this audience in relation to innovation. For this group, innovation is understood as something new (28%), as improving an existing product or process (28%), as a benefit (20%), as a need (8%), and as the use of new technologies (4%). A category also emerged from the data analysis that is not related to the definition of innovation itself, but rather to its application (12%). Graph 1 illustrates the distribution of discourse fragments, i.e. the quantity of key expressions (KE) extracted from the participants' answers within each category. Data CollectionReducing the discourse and obtaining the key expressions (KE)Identification of central ideas (CI)CategorizationMeeting similar KEs and ICs and building narrativesCSD Elaboration
image/svg+xmlThe use of Collective Subject Discourse as a methodological proposal: Perception of teachers about innovation in educationRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.157549Graph 1 Quantities of speech fragments per category4Source: Prepared by the authors Innovation as something new was one of the categories with the highest predominance of central ideas. From the analysis of the key expressions, it was possible to elaborate the following discourse synthesis: Innovation reminds me of something new, a new proposal that achieves new results. It is the need to create something new, a new idea, to create novel objects and utensils, the creation of something new that has not been used or seen before, the introduction of something new in any human activity. To innovate is to create, it is the search for novelty, a novelty in relation to something. It is the search for different paths or strategies, the creation of different strategies and new ways to travel the same path, to reach a certain goal. This collective representation of several individuals exemplifies one of the conceptualizations brought by the literature, which presents innovation as something radical, which demonstrates a rupture with some pre-established standard and introduces something new (LEMOS, 2000). Cassiolato and Lastres (2000), remind us that often the introduction of something new is associated with technological innovation only, however, what happens is that this process happens equally in all sectors, including the more traditional ones. 4Aplicação = Application; Inovação como uso de novas tecnologias = Innovation as the use of new Technologies; Inovação como necessidade = Innovation as a necessity; Inovação como benefício = Innovation as a benefit; Inovação como melhoria de um produto ou processo existente = Innovation as improvement of an existing product or process; Inovação como algo novo = Innovation as something new; CATEGORIAS = CATEGORIES; FRAGMENTO DE DISCURSO = SPEECH FRAGMENT 0246810121416Inovação como algo novoInovação como melhoria de um produto ouprocesso existenteInovação como benefícioInovação como necessidadeInovação como uso de novas tecnologiasAplicaçãoFRAGMENTOS DE DISCURSOCATEGORIAS
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO and Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575410The teachers' discourse in relation to novelty, creation, innovation as something new or a new way also appears in the literature. Nogaro and Battestin (2016, p. 361) defend innovation as "[...] any and all ways of thinking, creating, and using our knowledge, methods, techniques, and tools that lead to differentiated practices or behaviors." For the area of education, the authors reflect that, although innovation appears recurrently with this aspect of novelty, often the new has no place, because a position of comfortable conservatism is maintained, and that it is necessary to rethink and question practice in order to actually find room for new ways of innovating. Besides innovation as something new, another category with similar predominance in the amount of representative fragments was innovation as an improvement of an existing product or process, as the summary speech shows: By innovative I mean that it doesn't have to be something new, but simple and creative ideas to improve something that already exists. Innovation is not only about creating new tools, but also about changing methods and processes, including educational ones. It can be improvement. It is about change, innovation involving significant improvements, when you take existing proposals and readapt them to new needs. Innovation is finding solutions to small or large problems by changing old habits. It is the modification of the way of doing a certain task, the proposal of a new way of doing something that was already being done, but in an improved way. Innovation is an action in order to renew a process, it is all about improvement. It is to see new possibilities from the practices already done, it is the action of what is known together with new ways of passing on this knowledge. I believe that to innovate is to progress, it is evolution. Teachers understand that innovation is not only what is new, but also the implementation of improvements to something already existing. This is the incremental nature of innovation, which despite often being imperceptible, can generate a "growth in technical efficiency, increased productivity, cost reduction, increased quality, and changes that enable the expansion of applications of a product or process" (LEMOS, 2000, p. 159). Innovation as improvement, in education, is always done in an intentional and deliberate way (CARDOSO, 1997). In the teachers' discourse, this becomes evident when the collective points to change, improvement, and adaptation. These actions can only be taken from the moment an opportunity or a need that something can be improved is recognized, and, therefore, they proceed to a conscious process of innovation. For Messina (2001, p. 230), "change relates to its own management, to a way of controlling its effects with a view to improving education." The third way in which innovation is perceived, not with the same intensity as the previous categories, but also standing out, is as a benefit. It is worth noting that during the
image/svg+xmlThe use of Collective Subject Discourse as a methodological proposal: Perception of teachers about innovation in educationRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575411analysis of the text fragments generated from the teachers' answers, no indications were identified that innovation could have any negative aspect, quite the contrary, the discourse moves in the direction of highlighting innovation as something advantageous, which brings benefits to society and to individuals themselves. Innovation is something innovative that can help the individual in some daily activity (school or not), it is adding value and being competitive. Innovation, when executed, generates benefits for society (or for a part of it), such as savings in resources or improvements in the processes involved. It is an improvement created to make man's life easier, capable of generating advantages. Innovation is an activity that previously could not be performed, or was performed in a less effective way, such as making the visualization of graphics more dynamic, to facilitate information. Innovation can also be represented as a necessity, as signaled by the discourse synthesis of this category: Innovation is nothing more than adapting to new situations, usually to transcend and overcome the sameness; it is abandoning practices that are already giving little or no results and constantly changing according to the demand for work and information. The collective understands that innovation as a need is nothing more than to accompany the changes that society goes through and that reflect in the life and work of all individuals. Thus, "the need for innovation arises as a natural response to a scenario of constant changes and transformations in knowledge" (NOGARO; BATTESTIN, 2016, p. 362). In this context, one must reflect on the fact that innovation is perhaps being understood as reactive, that is, only as a way to react to the different demands imposed by reality. If this is the case, innovation takes on a compulsory posture, and not as an action to be proactively pursued in order to anticipate possibilities. Finally, still within the presentation of the speeches that emerged from the analytical categories and that are related to the definition, innovation appears as the use of new technologies: Innovation corresponds to the act of bringing or presenting an instrument or method from which it will be possible to perform a certain function. In education, it is the use of available technologies in order to facilitate the teaching-learning process. This association, as explained by Nogaro and Battestin (2016), is quite common, since the technological area is one of the most prominent when it comes to innovation, especially because this sector has the need to remain active in the production chain, operating under the
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO and Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575412logic of the market. Even so, only 4% of the central ideas of the teachers' speeches represent this link, which shows that, although it exists, it does not influence the collective in a significant way, unlike the definitions presented above, which are more expressive. Although the triggering question of the questionnaire applied to teachers was related to understanding what this collective understands by innovation, the issue of applicationin activities, processes, products, and techniques also emerged, as can be observed in the following speech synthesis: Innovation allows you to solve an existing problem, by using software or an experiment to teach functions, for example, you are innovating your functions class. Innovation can occur in classes, products, ideas, in relation to a technology, a teaching method, an organizational method in a company, a medical procedure, the manufacture of a product or equipment, a sports technique, an agricultural technique, in a given knowledge, technique or object for a given context, whether it is in work, education, culture or leisure. From the speeches constructed and analyzed, it is possible to observe that innovation is perceived from a positive viewpoint, even if at some point it happens as a necessity. The teachers understand that innovation is not restricted to the technological or industrial area and can happen in all sectors of society, including education, with more or less robust applications. Final remarks The study made it possible to understand the perception of innovation from the discourse of teachers of basic education and higher education, while postgraduate students at master's and doctoral levels. The results showed that there is no consensus regarding the definition of innovation and explicitness of its meaning, which confirms a pulverization of understandings as portrayed in the literature. The research carried out here demonstrates that, although the speeches were generated with teachers coming from two different educational modalities, they represent the same collective. From the Collective Subject Discourse methodology, five categories of definition of innovation were perceived (as something new; as improvement of an existing product or process; as a benefit; as a need; and as the use of new technologies) and one category that refers to the application of innovation. The most expressive categories indicate that the teachers' understanding is that innovation is perceived as something that can result either from a rupture with a pre-existing standard or from the improvement of this standard.
image/svg+xmlThe use of Collective Subject Discourse as a methodological proposal: Perception of teachers about innovation in educationRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575413Even if innovation is more related to the business sector and has been shown in a heterogeneous way in the analyzed data, the teachers' perception about it shows a knowledge that goes beyond competitiveness, the simple use of a technology or differentiated pedagogical practice, which contributes to highlight an alignment of innovation as a dynamic and social process. From a methodological point of view, the CSD has shown itself to be a possibility of application in research in the field of Education that aims to bring to light the social representations of certain groups and collectives, from the collection of individual statements. As a resource for qualitative studies involving people, it is an investigation methodology that can materialize these social representations and studied phenomena, allowing the methodological organization of the research and resulting in a collective product, which may have relevant applications in the field of Education in its different studied themes. As future research, we suggest applying similar research to student teachers from other graduate programs, in order to understand if the CSD generated in these groups is similar to the one found in the present study. As for innovation itself, it is pertinent to deepen teachers' understanding of the concept applied to education beyond the theoretical sphere, that is, by studying how they innovate in their daily practices or how they perceive innovation in their own work spaces, in order to compare whether the definitions presented are in fact a portrait of reality. ACKNOWLEDGEMENTS: The authors would like to thank the UNIEDU/FUMDES Program - Graduate of the State of Santa Catarina, for funding. REFERENCES BERTERO, C. O. Aspectos organizacionais da inovação educacional: o caso da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências (FUNBEC). Revista de Administração de Empresas, Rio de Janeiro, v. 19, n. 4, p. 57-71, out./dez. 1979. DOI: 10.1590/S0034-75901979000400005. Available at: https://www.scielo.br/j/rae/a/JbWF7bcYym55gTkwTn5HQkf/?lang=pt. Accessed on: 10 Sept. 2021. CARDOSO, A. P. Educação e inovação. Millenium, Viseu, n. 6, mar. 1997. Available at: http://www.ipv.pt/millenium/Millenium_6.htm. Accessed on: 30 July. 2020. CARVALHO, H. G.; REIS, D. R.; CAVALCANTE, M. B. Gestão da inovação. Curitiba: Aymará, 2011.
image/svg+xmlJuliana Aparecida GULKA; Francine CANTO and Elaine Rosangela de Oliveira LUCASRPGERevista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. 00, e022021, Jan./Dec. 2022. e-ISSN: 1519-9029 DOI:https://doi.org/10.22633/rpge.v26i00.1575414CASSIOLATO, J. E.; LASTRES, H. M. M. Sistemas de inovação: políticas e perspectivas. Parcerias Estratégicas, Brasília, n. 8, p. 237-255, maio 2000. Available at: http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/view/99. Accessed on: 25 July.2020. COSTA, E. M. Inovar é preciso! In: PESSOA, M. L. et al. (org.). Pinceladas de inovação: arte e técnica para soluções criativas. Curitiba: Vitória Gráfica e Editora, 2018. p. 157-177. HARRES, J. B. S. et al. Constituição e prática de professores inovadores: um estudo de caso. Revista Ensaio, Belo Horizonte, v. 20, e2679, p. 1-21, 2018. DOI: 10.1590/1983-21172018200107. Available at: https://www.scielo.br/j/epec/a/mB7zzLnzz8Jwtnn7NVGkPNP/?lang=pt. Accessed on: 10 July. 2020. LEFÉVRE, F. Discurso do Sujeito Coletivo: nossos modos de pensar, nosso eu coletivo. São Paulo: Andreoli, 2017. LEFEVRE, F.; LEFEVRE, A. M. C. O sujeito coletivo que fala. Interface, Botucatu, v. 10, n. 20, p. 517-524, dez. 2006. DOI: 10.1590/S1414-32832006000200017. Available at: https://www.scielo.br/j/icse/a/QQw8VZh7pYTwz9dGyKvpx4h/?lang=pt. Accessed on: 28 July. 2020. LEMOS, C. Inovação na era do conhecimento. Parcerias Estratégicas, Brasília, n. 8, p. 157-159, maio 2000. Available at: http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/viewFile/104/97. Accessed on: 25 July. 2020. MESSINA, G. Mudança e inovação educacional: notas para reflexão. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 114, p. 225-233, nov. 2001. DOI: 10.1590/S0100-15742001000300010. Available at: https://www.scielo.br/j/cp/a/pvQTSjNjyR4nkqGjkLTv9DJ/?lang=pt. Accessed on: 30 July. 2020. MORAN, J. M. A contribuição das tecnologias para uma educação inovadora. Contrapontos, Itajaí, v. 4, n. 2, p. 347-356, maio/ago. 2004. Available at: https://siaiap32.univali.br/seer/index.php/rc/article/view/785/642. Accessed on: 30 July. 2020. NOGARO, A.; BATTESTIN, C. Sentidos e contornos da inovação na educação. Holos, Natal, ano 32, v. 2, p. 357-372, 2016. DOI: 10.15628/holos.2016.3097. Available at: https://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/3097. Accessed on: 22 Apr. 2020. OLIVEIRA, M. R. N. S. Inovação educacional e recursos didáticos no trabalho docente. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 30, n. 1, p. 177190, 2021. DOI: 10.35699/2238-037X.2021.25671. Available at: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/25671. Accessed on: 20 Sept. 2021. ROCHA, R. A.; FISCARELLI, S. H.; RODRIGUES, R. A. Caminhos para a inovação no contexto educativo e escolar: o papel da mídia-educação. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. 1, p. 270284, 2020. DOI:
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