SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES COGNITIVAS E A REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE CRIANÇAS DE CINCO E SEIS ANOS

SOBRE EL DESARROLLO DE LAS HABILIDADES COGNITIVAS Y LA REGULACIÓN DEL COMPORTAMIENTO DE NIÑOS DE CINCO Y SEIS AÑOS

ON THE DEVELOPMENT OF COGNITIVE SKILLS AND BEHAVIOR REGULATION OF FIVE- AND SIX-YEAR-OLD CHILDREN

Marfa DEDYUKINA1

Maria IVANOVA 2

Lyudmila POPOVA 3

Yuri SEMENOV4

RESUMO: O artigo analisa o desenvolvimento de habilidades cognitivas e regulação do comportamento em crianças de cinco e seis anos. Os autores delinearam as especificidades do desenvolvimento de habilidades cognitivas e regulação do comportamento de pré-escolares. No Bloco 1, mediu-se o nível de desenvolvimento intelectual. O Bloco 2 incluiu diagnósticos de desenvolvimento de habilidades cognitivas. No Bloco 3, avaliou-se a compreensão pelas crianças de suas emoções e pensamentos e sentimentos e os de outras pessoas usando métodos de diagnóstico desenvolvidos para crianças pré-escolares e adaptados por Veraksa, Bukhalenkova e Almazova. Os autores usaram subtestes do complexo de diagnóstico neuropsicológico NEPSY-II para avaliar o desenvolvimento mental de crianças de 3 a 16 anos e criaram as normas para desenvolvimento de habilidades cognitivas e regulação do comportamento adaptadas para determinada região russa. Os resultados podem ser usados como base para o planejamento de atividades correcionais e de desenvolvimento com crianças em idade pré-escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Inteligência não verbal. Memória de trabalho. Controle inibitório.

RESUMEN: El artículo analiza el desarrollo de las habilidades cognitivas y la regulación de la conducta en niños de cinco y seis años, describiendo los aspectos del desarrollo de las habilidades cognitivas y la regulación del comportamiento de los niños en edad preescolar. El Bloque 1 midió el nivel de desarrollo intelectual. El Bloque 2 incluyó diagnósticos del

1 Universidade Federal do Nordeste M.K. Ammosov (NEFU), Yakutsk – Rússia. Professora Associada do Departamento de Educação Pré-Escolar. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1537-4809. E-mail: marfa.dedyukina@yandex.ru

2 Universidade Federal do Nordeste M.K. Ammosov (NEFU), Yakutsk – Rússia. Professora Associada do Departamento de Educação Pré-Escolar. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2707-4523. E-mail: maria.kimovna.ivanova@yandex.ru

3 Universidade Federal do Nordeste M.K. Ammosov (NEFU), Yakutsk – Rússia. Professora Associada do Departamento de Educação Pré-Escolar. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1990-7158. E-mail: lyudmila.v.popova@yandex.ru

4 Instituto de Pesquisas Humanitárias e Problemas dos Povos Indígenas do Norte (SBRAS), Yakutsk – Rússia. Chefe do Centro Científico e Educacional da Academia de Ciências da República de Sakha. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8766-3936. E-mail: yuri.ivanovich.semenov@yandex.ru

desarrollo de habilidades cognitivas. El Bloque 3 evaluó la comprensión de los niños sobre las emociones, los pensamientos y sentimientos propios y ajenos utilizando métodos de diagnóstico desarrollados para niños en edad preescolar. Los autores utilizaron las subpruebas del complejo de diagnóstico neuropsicológico NEPSY-II para evaluar el desarrollo mental de niños de 3 a 16 años, idearon las normas para desarrollar las habilidades cognitivas y la regulación del comportamiento adaptadas a una región rusa. Los resultados se pueden utilizar como base para planificar actividades correccionales y de desarrollo con niños en edad preescolar.

PALABRAS CLAVE: Inteligencia no verbal. Memoria de trabajo. Control inhibitorio.

ABSTRACT: The article analyzes the development of cognitive skills and behavior regulation in five- and six-year-old children. The authors outlined the specifics of the development of cognitive skills and behavior regulation of preschoolers. In Block 1, the authors measured the level of intellectual development. Block 2 included diagnostics of cognitive skills development. In Block 3, the authors evaluated children’s understanding of emotions and their own and other people’s thoughts and feelings using the diagnostic methods developed for preschool children and adapted by A.N. Veraksa, D.A. Bukhalenkova, and O.V. Almazova. The authors widely used the NEPSY-II neuropsychological diagnostic complex’s subtests to assess the mental development of children aged 3 to 16. The authors devised the norms for developing cognitive skills and behavior regulation adapted for a particular Russian region. The obtained results of the study can be used as the basis for planning correctional and developmental activities with preschool children.

KEYWORDS: Nonverbal intelligence. Working memory. Inhibitory control.

Introdução

A idade pré-escolar é o momento em que a esfera cognitiva de uma criança sofre mudanças significativas. O desenvolvimento das funções cognitivas é crucial para a preparação para a escola. As necessidades dos pré-escolares desencadeiam o desenvolvimento de sua psique. As mais importantes são a necessidade de comunicação, que ajuda a criança a acumular experiência social, a necessidade de impressões externas, que garante o desenvolvimento de habilidades cognitivas, e a necessidade de movimento, que permite à criança dominar um conjunto de várias habilidades e capacidades.

Durante nossa atividade, enfrentamos vários problemas. Para resolvê-los, temos que buscar informações constantemente. As habilidades cognitivas humanas são um instrumento de compreensão do mundo ao nosso redor. Essa é a nossa capacidade de adquirir, armazenar e transformar informações. As habilidades cognitivas são um dos recursos básicos de uma pessoa, garantindo uma vida autônoma, proativa e produtiva. Vários estudos confirmam que as habilidades cognitivas determinam o quão bem-sucedida a pessoa será em sua vida.

Portanto, criar tecnologias educacionais que garantam o desenvolvimento efetivo de habilidades cognitivas em pré-escolares mais velhos é relevante para professores e educadores.

A pesquisa examinou a contradição entre o fato geralmente aceito e óbvio de que as habilidades cognitivas e as funções reguladoras atuam como o principal meio de socialização e prontidão das crianças para estudar na escola e o fato de que o conteúdo das habilidades cognitivas e funções reguladoras não foi minuciosamente examinado para crianças de 5 a 7 anos. Este estudo preenche esta lacuna.

Revisão de literatura

A cognição é uma formação complexa que consiste em pelo menos dois componentes que estão inextricavelmente interligados. O primeiro componente inclui informações que consistem em fatos e eventos separados de nosso mundo e os processos de pensamento necessários para receber e processar informações. Em outras palavras, isso inclui: o que interessa à criança e o que ela escolhe aprender com o mundo ao seu redor; como a criança recebe as informações, ou seja, os métodos e meios de cognição; como a criança processa a informação: como ela opera essa informação em diferentes estágios de idade – sistematizando, coletando, esquecendo e organizando.

Processos cognitivos específicos também podem ser chamados de desenvolvimento cognitivo (do latim “cognitio” – conhecimento, cognição, estudo e consciência) (PIAGET, 2008). O filósofo e psicólogo suíço Jean Piaget, que revelou uma certa capacidade de uma pessoa refletir o mundo ao seu redor com mais precisão e realizar operações lógicas com imagens que ocorrem durante a interação com o mundo exterior, criou a teoria do desenvolvimento cognitivo, e considerou essa habilidade a base dos processos de pensamento. Na prática, no entanto, o desenvolvimento cognitivo é a melhoria consciente dos processos de pensamento. As habilidades cognitivas podem ser consideradas um indicador de inteligência (quociente de inteligência, QI – uma medida de inteligência), que descreve a capacidade do indivíduo de compreender e fundamentar conceitos e ideias. Uma maneira de avaliar o desempenho cognitivo é dividi-lo em dois componentes: inteligência verbal e não verbal. A inteligência verbal implica que a pessoa tenha algum vocabulário, possa perceber informações, raciocinar e analisar informações obtidas durante a comunicação. A inteligência não verbal requer a compreensão das relações e a análise de como os fenômenos coexistem

entre si. As crianças pré-escolares desenvolvem essas habilidades e aprendem habilidades relevantes na prática.

Gardner (2000) desenvolveu a teoria das inteligências múltiplas, na qual um dos elementos constituintes representava a inteligência interpessoal – a capacidade de reconhecer e diferenciar sentimentos, visões e intenções dos outros. Honeywill (2015) e outros psicólogos apontaram para a diferença entre a inteligência medida usando testes de QI e a inteligência social.

Analisando os trabalhos de Rubinstein (2000) e Ozerov e Solovyeva (1999), descobrimos que as habilidades cognitivas são interpretadas como propriedades específicas da reflexão efetiva e da compreensão do mundo externo e interno por meio de sensações, percepção, memória, atenção, imaginação e pensando.

Uma das principais características da atividade humana é a capacidade cognitiva. Cada pessoa é intrinsecamente um cientista, um pesquisador, que busca compreender, antecipar e controlar o mundo de suas experiências pessoais para interagir com ele de forma mais eficaz. A ciência começa com a sistematização dos fatos, assim como a atividade cognitiva de qualquer pessoa. Como um cientista, uma pessoa observa eventos e formula conceitos ou construções para estruturar os fenômenos percebidos. Assim, segundo Kelly (1955), a classificação dos acontecimentos assume a forma de construção.

Estudando o problema de pesquisa, examinamos as publicações sobre a prontidão escolar das crianças. Eles avaliaram as competências escolares iniciais da criança para uma aprendizagem bem-sucedida (SNOW, 2006). Os pesquisadores identificaram os seguintes domínios de prontidão escolar:

1. Conhecimentos e habilidades linguísticas, incluindo falar e compreender a fala;

2. Noções básicas de alfabetização (conhecimento de alguns traços fonológicos e alfabeto);

3. Conhecimentos e habilidades matemáticas básicas, incluindo classificação, serialização, a ideia de espaço e tempo e o conhecimento de números;

4. Habilidades cognitivas relacionadas ao desempenho acadêmico e ao desenvolvimento da criança;

5. O nível de desenvolvimento social e emocional relacionado à aprendizagem precoce e ao desempenho escolar (SNOW, 2006).

De acordo com Druzhinin (2001), Maslennikov (2004) e Syrnikova (1999), as habilidades cognitivas humanas (traços de personalidade e o desenvolvimento de habilidades cognitivas) são a base da vida produtiva de uma pessoa e determinam suas realizações e sucesso na vida. Assim, de acordo com os estudos revisados, as habilidades cognitivas geralmente se manifestam e são avaliadas apenas na atividade humana. Muitos autores russos e internacionais vinculam as habilidades cognitivas à atividade intelectual produtiva.

Em sua pesquisa, descrevendo as mudanças nas crianças modernas, Feldstein (2011) observou grandes diferenças em sua percepção, atenção, memória, consciência, pensamento, essência de suas orientações e outras características. Segundo ele, a principal diferença é um declínio acentuado no desenvolvimento cognitivo dos pré-escolares. Ao mesmo tempo, Feldstein afirma que o valor da inteligência está aumentando. Educação, alto desempenho, saúde e boa aparência estão se tornando qualidades especialmente importantes para as crianças e seus pais.

As funções reguladoras são um dos principais fatores que garantem o sucesso da adaptação social, intelectual e profissional do indivíduo na vida. Portanto, achamos viável estudar os estágios iniciais da formação dessa função, sua determinação e variações individuais no curso e como resultado de seu desenvolvimento (PULKKINEN, 1996).

Uma das abordagens mais utilizadas para a compreensão das funções regulatórias em crianças é o modelo desenvolvido por Miyake et al. (2000). De acordo com esse modelo, a base neuropsicológica para dominar o comportamento consiste em habilidades cognitivas usadas para resolução de problemas proposital e comportamento adaptativo em novas situações. Os pesquisadores se referem a essas habilidades como funções executivas e as dividem em três componentes principais: 1) memória de trabalho; 2) flexibilidade ou alternância de atenção; 3) controle inibitório ou inibição. Esses componentes estão relacionados entre si, mas também podem ser considerados de forma independente. Portanto, eles chamaram esse modelo de Unidade com Diversidade (MIYAKE et al., 2000).

Publicações internacionais em psicologia utilizam o termo funções reguladoras

quando discutem o estudo dos mecanismos de regulação do comportamento. As funções reguladoras ajudam a pessoa a controlar pensamentos e ações, concentrando-se no estímulo relacionado à resolução de um problema ou à conclusão de uma tarefa e ignorando as distrações. De fato, funções reguladoras é um termo guarda-chuva para várias habilidades cognitivas que permitem comportar-se de forma adaptativa e flexível em novas situações (ALMAZOVA; BUKHALENKOVA; VERAKSA, 2016).

O regulamento inclui quatro sistemas interrelacionados: atenção, flexibilidade cognitiva, estabelecimento de metas e processamento de informações. A atenção implica em seletividade, monitoramento e rastreamento de ações e comportamentos. A flexibilidade cognitiva é a capacidade de mudar de uma resposta para outra, mudar e lidar com novas ações, usar estratégias diferentes e processar informações. A definição de metas implica a capacidade de definir uma meta, planejar suas ações e determinar as etapas necessárias para alcançá-la. O processamento da informação está associado à eficiência na execução de novas tarefas complexas (ANDERSON, 2002).

Frye, Zelazo e Palfai (1995) argumentam que as habilidades cognitivas gerais estão subjacentes às funções reguladoras e ao desenvolvimento da teoria da consciência. Kloo e Perner (2003) têm outro ponto de vista: eles assumem que o mesmo processo – controle inibitório – determina as tarefas destinadas a estudar a teoria da consciência e as funções reguladoras. Os autores consideram o experimento clássico de Wimmer e Perner (1983) e argumentam que essa tarefa exige que a pessoa utilize as seguintes habilidades: 1) ter em mente duas possibilidades; 2) suprimir a resposta dominante e 3) provocar uma resposta não dominante.

Alguns pesquisadores acreditam que o desenvolvimento da regulação do comportamento determina em grande parte o sucesso das crianças na escola (AARON et al., 2008; BLAIR; RAZZA, 2007; CUTTING et al., 2009). No entanto, não há fatores comuns que afetam os fenômenos acima. Assim, a maioria dos pesquisadores acredita que, para entender os estados mentais, deve-se ter certas funções reguladoras: manter em mente diferentes pontos de vista ou realidades potenciais, alternar com flexibilidade entre eles e restringir a posição de entender as opiniões de outras pessoas. No entanto, estudar a formação da regulação do comportamento da criança, seus mecanismos e variações individuais no curso desse processo continua sendo uma tarefa extremamente relevante e não resolvida.

Materiais e métodos

Estudamos o desenvolvimento de habilidades cognitivas e regulação do comportamento em pré-escolares mais velhos no subprojeto “Crescendo com a Yakutia” do Projeto Federal “Crescendo com a Rússia” em colaboração com a Academia Russa de Educação e a Faculdade de Psicologia da Universidade Estadual de Moscou.

O objetivo da pesquisa era obter informações completas sobre as características psicológicas individuais das crianças em Yakutia. Para isso, realizamos uma ampla pesquisa

científica sobre os fatores que afetam sua formação, desenvolvimento psicofisiológico e fatores cognitivos e não cognitivos que determinam o sucesso acadêmico e de vida em todas as etapas da educação. Esta pesquisa levará vários anos, mas os primeiros resultados sobre o desenvolvimento dos pré-escolares já estão disponíveis.

No total, 14 instituições pré-escolares da República da Yakutia participaram do projeto. No futuro, pretendemos envolver o maior número possível de crianças, obtendo assim uma amostra para toda a República. Isso nos permitirá avaliar o desenvolvimento das crianças em diferentes territórios da República, por exemplo, no sul e centro da Yakutia e no Ártico. Para este fim, o Laboratório da Infância foi estabelecido no âmbito de um novo projeto do “Fundo Fiduciário para as Gerações Futuras da República de Sakha (Yakutia)”. Este laboratório visa introduzir ferramentas e mecanismos cientificamente comprovados e eficazes para o desenvolvimento harmonioso das crianças na República.

Em contraste com o projeto russo, além da pesquisa psicológica e pedagógica, “Crescendo com a Yakutia” pesquisará a saúde dos jovens da Yakutia. As instituições pré- escolares organizam exames médicos abrangentes gratuitos para avaliar a saúde geral das crianças e identificar seus fatores de desenvolvimento. Após a análise dos resultados, receberemos as informações sobre a saúde das crianças e daremos aos pais recomendações sobre como melhorar sua saúde e prevenir doenças. Além disso, o Laboratório da Infância formará a base analítica para desenvolver e implementar ferramentas e mecanismos cientificamente comprovados e eficazes para o desenvolvimento harmonioso das crianças, sua recuperação e a prevenção de doenças desde a tenra idade. Os exames médicos são realizados pelos especialistas do Instituto Médico da Universidade Federal do Nordeste, do Laboratório da Infância e da Academia de Ciências de Yakutia. Em primeiro lugar, os especialistas avaliam a primeira linha de defesa imunológica e imunidade em geral. Um pediatra e especialistas médicos analisam o desenvolvimento físico das crianças de acordo com os fundamentos médicos. Psicólogos do jardim de infância realizam um estudo empírico da atividade cognitiva em pré-escolares mais velhos sob a supervisão dos especialistas que trabalham no Departamento de Educação Pré-Escolar do Instituto Pedagógico do NEFU (DEDYUKINA; IVANOVA, 2020).

Em 2020, o estudo envolveu 215 pré-escolares seniores da República de Sakha

(Yakutia). O objetivo do estudo empírico foi identificar as especificidades do desenvolvimento de habilidades cognitivas e regulação do comportamento em pré-escolares mais velhos. Para atingir o objetivo da pesquisa, estabelecemos os seguintes objetivos:

1. Determinar um conjunto de métodos para avaliar as habilidades cognitivas e funções reguladoras de pré-escolares mais velhos;

2. Formar grupos de crianças participantes do experimento;

3. Avaliar as habilidades cognitivas e funções reguladoras dos pré-escolares mais velhos;

4. Analisar as estimativas de habilidades cognitivas e funções reguladoras de pré- escolares mais velhos;

5. Desenvolver recomendações para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e funções reguladoras de pré-escolares mais velhos.

Para avaliar o desenvolvimento das funções regulatórias, aplicamos um conjunto dos seguintes métodos, amplamente utilizados na prática russa e internacional (ALMAZOVA BUKHALENKOVA; VERAKSA, 2019). Os diagnósticos abrangentes de pré-escolares mais velhos incluíram: medir o nível de desenvolvimento intelectual (inteligência não verbal); diagnóstico do desenvolvimento de funções regulatórias (memória de trabalho, controle inibitório e flexibilidade cognitiva); diagnóstico de habilidades sociais (a compreensão da criança de seus próprios pensamentos e sentimentos e de outras pessoas). Os psicólogos (testadores) examinaram as crianças individualmente em seu consultório e registraram os resultados no protocolo, que foram posteriormente processados pelos especialistas da Universidade Estadual de Moscou:

1. Para diagnosticar a inteligência não verbal, utilizamos a metodologia “Raven’s Colored Progressive Matrices”, que incluiu três séries com 12 tarefas cada. Após completar cada tarefa, uma criança ganhava um ponto. Ou seja, a pontuação máxima foi de 36 pontos. Essa metodologia avaliou a capacidade da criança de realizar atividade intelectual sistematizada e rigorosa. A criança tinha que entender os elementos da relação de conexão no padrão e indicar o elemento correto no campo de resposta, escolhendo-o entre as opções dadas.

2. Para avaliar a memória de trabalho visual, foi realizado o teste “Memory for Designs” (NEPSY-II). Crianças de cinco e seis anos receberam quatro amostras (com quatro a oito imagens por campo). Os pontos foram concedidos por conteúdo, localização e como bônus. A pontuação máxima foi de 120 pontos. O subteste permitiu avaliar dois aspectos da memória: a memorização de imagens e a disposição espacial das cartas no campo. Avaliando as funções reguladoras em pré-escolares, nos concentramos em

   
   

   
   

   
   

   vários aspectos da memória: a) imagens, b) localização espacial e, c) a combinação do primeiro e do segundo.

3. O método de repetição de frases (NEPSY-II) envolve a repetição de 17 frases. O material de estímulo gradualmente se torna mais complicado: as sentenças se tornam mais longas e mais complexas em estrutura. Além disso, as frases foram lidas para as crianças que falavam yakut em russo. A pontuação máxima para completar a tarefa foi de 34 pontos.

4. Para avaliar o controle inibitório cognitivo, utilizou-se o método de Inibição (NEPSY- II), que incluiu duas tarefas. Tarefa 1 “Nomear”: a criança deveria nomear todos os desenhos na ordem em que apareciam no cartão. Na Tarefa 2, “Inibição”, as regras mudaram: quando a criança viu um círculo, deve dizer “quadrado”, e quando viu um quadrado, deve dizer “círculo”. A criança recebeu um conjunto de 40 desenhos geométricos (quadrados e círculos). Houve alguma prática antes de cada etapa. O especialista calculou o tempo gasto nessa tarefa, o número de erros e as autocorreções. A nota máxima foi 20.

5. Para avaliar o controle inibitório comportamental, foi aplicado o método Statue (NEPSY-II). O especialista disse à criança: “Vamos ver se você consegue ficar como uma estátua segurando uma bandeira na mão. Quando eu disser 'Comece', você deve ficar como uma estátua com uma bandeira na mão e olhos fechados até que eu diga a palavra 'Tempo!' Você não deve se mover, nem mesmo os dedos. Você também não pode abrir os olhos. Você deve ficar em silêncio. Preparar? Feche os olhos e mantenha-os fechados. Deixe-nos começar!" Aqui registramos movimentos, abertura dos olhos e sons. A pontuação máxima foi de 30 pontos.

6. 6) Avaliamos a flexibilidade cognitiva utilizando o método dimensional change card sort (DCCS) desenvolvido para crianças de 3 a 9 anos (FRYE; ZELAZO; PALFAI, 1995). As crianças receberam três tarefas: a) Separar por cor (6 cartões); b) Ordenar por forma (6 cartas); e c) Ordenar por quadro (12 cartões). O máximo foi de 24 pontos.

Resultados

Realizamos o estudo de fevereiro a maio de 2020, e o artigo apresenta os resultados do diagnóstico de crianças nos grupos preparatórios de sete jardins de infância na República de Sakha (Yakutia). Avaliamos sua inteligência e volição com os métodos amplamente utilizados na prática internacional (os subtestes do complexo diagnóstico neuropsicológico NEPSY-II

visam avaliar o desenvolvimento mental de crianças de 3 a 16 anos). A vantagem deste complexo é que ele possui medidas quantitativas precisas baseadas no padrão etário. Como resultado, pudemos medir os níveis de desempenho de diferentes métodos e compará-los entre si.

Usando o teste de Tukey (o método de comparação múltipla), determinamos as diferenças nas avaliações das funções reguladoras em pré-escolares. Estimamos as normas e, consequentemente, os níveis de desenvolvimento infantil: M foi a média; SD foi o desvio padrão; o nível baixo foi inferior ao M-SD; o nível médio estava na faixa entre [M–SD; M+SD]; e o nível alto foi maior que M+SD. As Tabelas 1-6 apresentam as normas.

Tabela 1 – Inteligência não-verbal – normas (Matrizes Progressivas de Raven)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Tabela 2 – Memória de trabalho visual – normas (Memory for Designs)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Table 3 – Auditory and verbal memory – norms (sentences repetition)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Tabela 4 – Controle inibitório - normas (Inibição)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Tabela 5 – Controle inibitório físico - normas (Estátua)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Tabela 6 – Flexibilidade cognitiva – normas (DCCS)

Fonte: Elaborado pelas autoras

Os autores do NEPSY-II observaram que esse complexo diagnóstico não é adequado para todas as crianças. Uma criança deve ser excluída do estudo se:

1. Submeteu-se a outro estudo neuropsicológico dentro de seis meses;

2. Tem deficiência auditiva ou visual ou é daltônica;

3. Tem diagnóstico psiquiátrico, distúrbios neuropsicológicos, déficit de atenção, hiperatividade ou retardo mental;

4. Nasceu com um peso baixo (menos de 2,5 kg);

5. No momento do estudo está tomando medicamentos que podem afetar os resultados (estimulantes, antidepressivos, ansiolíticos etc.);

6. Em sua história de desenvolvimento, houve perda de consciência por mais de 5 minutos ou entrou em coma (a pontuação de 14 na escala de Glasgow), etc.;

7. Tem dificuldades de linguagem ou a língua da pesquisa não é a língua nativa da criança (dificuldades de linguagem não incluem problemas de articulação se isso dificultar a comunicação com a criança).

Não monitoramos a quarta, quinta e sexta condições. As Figuras 1–6 mostram a média para cada jardim de infância.

Figura 1 – Os resultados para o método matrizes progressivas coloridas de Raven

Nível de inteligência não verbal

25,7

27,19

30,15

29,97

25,33

31,4

25,6

Kustuk

Tsvetik-Semitsvetik

Kencheri

Sardaana

Katyusha

Kyrachaan yymylar

Khatynchaana

Fonte: Elaborado pelas autoras

A Figura 1 mostra que o nível de inteligência não verbal das crianças em todos os grupos estudados não está abaixo da norma etária, o que indica que elas poderiam participar do estudo.

Figura 2 – Os resultados para o método Memory for Designs

Memory for Designs

50,37

68,2

65,5

72

67,6

71,45

76,08

Kustuk

Tsvetik-Semitsvetik

Kencheri

Sardaana

Katyusha

Kyrachaan yymylar

Khatynchaan

Fonte: Elaborado pelas autoras

A avaliação da memória de trabalho visual e espacial revelou que os resultados obtidos correspondem à norma média, com o menor valor observado no jardim de infância Khatynchaan, dentro do desvio padrão.

Figura 3 – Os resultados para o método de Repetição de Sentenças (NEPSY-II)

Memória de trabalho auditiva e verbal

16 13,5

20,1

17,5

16,93

17,56

14,8

Kustuk

Tsvetik-Semitsvetik Kencheri

Sardaana

Katyusha

Kyrachaan yymylar

Khatynchaan

Fonte: Elaborado pelas autoras

De acordo com a Figura 3, o método “Repetição de Sentenças” apresentou a maior variação, indicando que as crianças apresentaram níveis de memória operacional auditiva e verbal muito diferentes. Isso pode ser porque realizamos o experimento em russo em grupos de língua russa e yakut.

Figura 4 – Os resultados do método de inibição

Inibição

10,13 9,72

11,9

9,83

8,3

11,56

9,9

Kustuk

Sardaana

Khatynchaan

Tsvetik-Semitsvetik

Katyusha

Kencheri

Kyrachaan yymylar

Fonte: Elaborado pelas autoras

De acordo com os resultados do método de Inibição, as crianças foram muito melhores no teste de Nomeação do que no teste de Inibição: cometeram menos erros e conseguiram fazê-lo mais rapidamente.

Figura 5 – Os resultados para o método Estátua (NEPSY-II)

Controle inibitório físico

20,5 24,7

27,9

26,69

24

26,3

26,6

Kustuk Tsvetik-Semitsvetik Kencheri Sardaana Katyusha Kyrachaan yymylar Khatynchaan

Fonte: Elaborado pelas autoras

Registramos a menor dispersão relativa de dados no método Estátua. Correspondia à norma, que indicava o nível médio de controle inibitório físico.

Figura 6 – Os resultados do método DCCS

Fonte: Elaborado pelas autoras

A dispersão nos dados obtidos com o método Memory for Designs indicou que as crianças apresentavam diferentes níveis de desenvolvimento da memória visual. O método

revelou algumas especificidades: embora as crianças se lembrassem bem dos detalhes da imagem, tinham mais dificuldade em lembrar a disposição espacial dos objetos na imagem.

Utilizando o coeficiente de correlação de Pearson, analisamos a relação entre os fenômenos estudados (habilidades cognitivas e regulação do comportamento), estabelecendo a relação entre duas variáveis medidas em escalas métricas na mesma amostra. Determinamos as habilidades cognitivas e os níveis de regulação do comportamento em pré-escolares mais velhos para calcular o coeficiente de correlação. A Tabela 7 apresenta o resumo dos dados.

Os dados obtidos durante a pesquisa de habilidades cognitivas utilizando Inibição, Memória para Desenhos, Estátua e DCCS indicam que 54% das crianças em estudo apresentaram uma capacidade média de análise e comparação para determinar e realizar ações.

Tabela 7 – Resumo de dados pelo método

Fonte: Elaborado pelas autoras

A avaliação de sua inteligência não verbal demonstrou que 41% das crianças tinham o nível alto e 38% a capacidade média para realizar atividade intelectual sistematizada e planejada (Tabela 8). Tendo examinado a capacidade das crianças de compreender as instruções orais dos adultos, concluímos que as crianças tinham a capacidade média de perceber e reproduzir informações auditivas e verbais (56%).

Tabela 8 – Os resultados da inteligência não verbal e habilidades cognitivas de pré-escolares mais velhos

Fonte: Elaborado pelas autoras

Determinamos os seguintes níveis de inteligência não verbal de pré-escolares mais velhos: 25–30 pontos: nível alto; 20–25 pontos: nível médio; 15–19 pontos: nível baixo. Além disso, estabelecemos os seguintes níveis de habilidades cognitivas de pré-escolares mais velhos: 32–38 pontos: alto nível; 26–31 pontos: nível médio; 20–25 pontos: nível baixo. Para determinar a correlação entre os dois indicadores medidos em escala quantitativa, calculamos o coeficiente de correlação de Pearson, aplicando a seguinte fórmula (Equação 1):

(1)

Os valores do coeficiente de correlação de Pearson são comparados com seus valores absolutos. Os valores possíveis do coeficiente de correlação variam de 0 a ± 1. Quanto maior o valor absoluto de rxy, mais forte é a correlação entre os dois valores. Se rxy = 0, então não há correlação. Se rxy = 1, então existe uma correlação (funcional) perfeita. Se o valor do critério de correlação de Pearson for > 1 ou < –1, houve erro nos cálculos.

Neste estudo, utilizamos a função Excel de PEARSON para calcular o coeficiente de correlação de Pearson r. Esta função é aplicada quando é necessário estimar o grau de dependência linear entre dois conjuntos de dados. Por exemplo, quando calculamos a correlação de Pearson entre dois conjuntos de dados usando a função PEARSON, a primeira matriz representava o nível de inteligência não verbal e a segunda o desenvolvimento das habilidades cognitivas das crianças. A Tabela 9 apresenta a correlação entre habilidades cognitivas e inteligência não verbal.

Assim, o coeficiente de correlação de Pearson entre inteligência não verbal e habilidades cognitivas foi de 0,409, o que confirmou uma correlação positiva moderada, mas estatisticamente significativa. Esse resultado comprova que a inteligência não verbal é a base para o domínio do próprio comportamento, ou seja, a autorregulação.

Tabela 9 – Cálculo do coeficiente de correlação entre inteligência não verbal e habilidades cognitivas das crianças

Fonte: Elaborado pelas autoras

Estimamos os seguintes níveis de compreensão de instruções orais de adultos por pré- escolares mais velhos: 20–25 pontos: nível alto; 15–20 pontos: nível médio; 10–15 pontos: nível baixo. Os níveis de habilidades cognitivas dos pré-escolares mais velhos foram os seguintes: 32–38 pontos: nível alto; 26–31 pontos: nível médio; 20–25 pontos: nível baixo (Tabela 10). A Tabela 11 apresenta a relação entre as habilidades cognitivas e a regulação do comportamento.

Tabela 10 – Dados sobre a compreensão de instruções orais de adultos e habilidades cognitivas de pré-escolares mais velhos

Fonte: Elaborado pelas autoras

Tabela 11 – Estimativas da correlação entre habilidades cognitivas de crianças e compreensão de instruções orais de adultos

Fonte: Elaborado pelas autoras

O coeficiente de correlação entre os valores “habilidades cognitivas” e “compreensão de instruções orais de adultos” foi de 0,372. Esse resultado é probabilístico, e podemos concluir que desenvolver regras de comportamento de acordo com as instruções orais de um adulto, analisar a realidade de forma independente e observar as regras são os fundamentos da regulação do comportamento.

Conclusões

Analisando as interrelações dos componentes das funções reguladoras, inteligência não verbal e compreensão das instruções orais de um adulto, constatamos que todos os grupos estudados demonstraram correlação entre inteligência não verbal e regulação do comportamento. Isso pode ser porque a base neuropsicológica para dominar o próprio comportamento representa um grupo de habilidades cognitivas (memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e controle inibitório). A natureza probabilística entre as estimativas das habilidades cognitivas e a compreensão das instruções orais de um adulto pode ser decorrente das especificidades do desenvolvimento da fala.

Assim, esta pesquisa comprovou a confiabilidade desse conjunto de métodos e permitiu identificar normas específicas para meninas e meninos em duas faixas etárias: 1) 5,0- 5,5 anos e 2) 5,5-6,0 anos. Essas normas serão úteis tanto para pesquisadores quanto para psicólogos que trabalham no campo do desenvolvimento pré-escolar. Gostaríamos de observar que o conjunto de métodos apresentado requer maior validação e comparação dos

resultados dos diagnósticos individuais das crianças com as avaliações realizadas por educadores e pais, o que pretendemos fazer em estudos futuros.

Analisados os resultados obtidos, estabelecemos uma forte correlação entre os três componentes das funções reguladoras (memória de trabalho, flexibilidade cognitiva e controle inibitório) e a realização bem-sucedida das tarefas. Além disso, identificamos três componentes do desenvolvimento das funções reguladoras em crianças pré-escolares (criação de regras de comportamento baseadas em instruções orais de um adulto, análise independente da realidade e observância dessa regra). Além disso, revelamos diferenças na realização de tarefas individuais relacionadas à teoria da consciência em crianças pertencentes a diferentes tipos.

Nesta pesquisa, revelamos a relação entre habilidades cognitivas e funções reguladoras

em idade pré-escolar mais avançada. Um estudo mais aprofundado das habilidades cognitivas dos pré-escolares ajudará a entender e examinar melhor os métodos para desenvolver habilidades sociais significativas como regulação emocional, estabelecer um bom relacionamento com os colegas e bom comportamento na escola.

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Como referenciar este artigo

DEDYUKINA, M.; IVANOVA, M.; POPOVA, L.; SEMENOV, Y. Sobre o desenvolvimento de habilidades cognitivas e a regulação do comportamento de crianças de cinco e seis anos. Revista online de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. 3, p. 2340-2360, set./dez. 2021. e-ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v25i2.15926

Submetido em: 20/09/2021 Revisões requeridas em: 18/10/2021 Aprovado em: 19/11/2021 Publicado em: 08/12/2021

ON THE DEVELOPMENT OF COGNITIVE SKILLS AND BEHAVIOR REGULATION OF FIVE- AND SIX-YEAR-OLD CHILDREN

SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES COGNITIVAS E A REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO DE CRIANÇAS DE CINCO E SEIS ANOS

SOBRE EL DESARROLLO DE LAS HABILIDADES COGNITIVAS Y LA REGULACIÓN DEL COMPORTAMIENTO DE NIÑOS DE CINCO Y SEIS AÑOS

Marfa DEDYUKINA1

Maria IVANOVA 2

Lyudmila POPOVA 3

Yuri SEMENOV4

ABSTRACT: The article analyzes the development of cognitive skills and behavior regulation in five- and six-year-old children. The authors outlined the specifics of the development of cognitive skills and behavior regulation of preschoolers. In Block 1, the authors measured the level of intellectual development. Block 2 included diagnostics of cognitive skills development. In Block 3, the authors evaluated children’s understanding of emotions and their own and other people’s thoughts and feelings using the diagnostic methods developed for preschool children and adapted by A.N. Veraksa, D.A. Bukhalenkova, and

O.V. Almazova. The authors widely used the NEPSY-II neuropsychological diagnostic complex’s subtests to assess the mental development of children aged 3 to 16. The authors devised the norms for developing cognitive skills and behavior regulation adapted for a particular Russian region. The obtained results of the study can be used as the basis for planning correctional and developmental activities with preschool children.

KEYWORDS: Nonverbal intelligence. Working memory. Inhibitory control.

RESUMO: O artigo analisa o desenvolvimento de habilidades cognitivas e regulação do comportamento em crianças de cinco e seis anos. Os autores delinearam as especificidades do desenvolvimento de habilidades cognitivas e regulação do comportamento de pré- escolares. No Bloco 1, mediu-se o nível de desenvolvimento intelectual. O Bloco 2 incluiu diagnósticos de desenvolvimento de habilidades cognitivas. No Bloco 3, avaliou-se a

1 M.K. Ammosov North-Eastern Federal University (NEFU), Yakutsk – Russia. Associate Professor of Preschool Education Department. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1537-4809. E-mail: marfa.dedyukina@yandex.ru

2 M. M.K. Ammosov North-Eastern Federal University (NEFU), Yakutsk – Russia. Associate Professor of Preschool Education Department. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2707-4523. E-mail: maria.kimovna.ivanova@yandex.ru

3 M.K. Ammosov North-Eastern Federal University (NEFU), Yakutsk – Russia. Associate Professor of Preschool Education Department. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1990-7158. E-mail: lyudmila.v.popova@yandex.ru

4 Institute for Humanitarian Research and Problems of Indigenous Peoples of the North (SBRAS), Yakutsk – Russia. Head of Scientific and Educational Center of the Academy of Sciences of the Republic of Sakha. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8766-3936. E-mail: yuri.ivanovich.semenov@yandex.ru

RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. 3, p. 2340-2360, Sep./Dec. 2021. e-ISSN: 1519-9029

compreensão pelas crianças de suas emoções e pensamentos e sentimentos e os de outras pessoas usando métodos de diagnóstico desenvolvidos para crianças pré-escolares e adaptados por Veraksa, Bukhalenkova e Almazova. Os autores usaram subtestes do complexo de diagnóstico neuropsicológico NEPSY-II para avaliar o desenvolvimento mental de crianças de 3 a 16 anos e criaram as normas para desenvolvimento de habilidades cognitivas e regulação do comportamento adaptadas para determinada região russa. Os resultados podem ser usados como base para o planejamento de atividades correcionais e de desenvolvimento com crianças em idade pré-escolar.

PALAVRAS-CHAVE: Inteligência não verbal. Memória de trabalho. Controle inibitório.

RESUMEN: El artículo analiza el desarrollo de las habilidades cognitivas y la regulación de la conducta en niños de cinco y seis años, describiendo los aspectos del desarrollo de las habilidades cognitivas y la regulación del comportamiento de los niños en edad preescolar. El Bloque 1 midió el nivel de desarrollo intelectual. El Bloque 2 incluyó diagnósticos del desarrollo de habilidades cognitivas. El Bloque 3 evaluó la comprensión de los niños sobre las emociones, los pensamientos y sentimientos propios y ajenos utilizando métodos de diagnóstico desarrollados para niños en edad preescolar. Los autores utilizaron las subpruebas del complejo de diagnóstico neuropsicológico NEPSY-II para evaluar el desarrollo mental de niños de 3 a 16 años, idearon las normas para desarrollar las habilidades cognitivas y la regulación del comportamiento adaptadas a una región rusa. Los resultados se pueden utilizar como base para planificar actividades correccionales y de desarrollo con niños en edad preescolar.

PALABRAS CLAVE: Inteligencia no verbal. Memoria de trabajo. Control inhibitorio.

Introduction

Preschool age is the time when a child’s cognitive sphere undergoes significant changes. The development of cognitive functions is crucial for preparing for school. The needs of preschoolers trigger the development of their psyche. The most important of them are the need for communication, which helps the child to accumulate social experience, the need for external impressions, which ensures the development of cognitive abilities, and the need for motion, which enables the child to master a set of various skills and abilities.

During our activity, we face various problems. To solve them, we have to search for information constantly. Human cognitive skills are an instrument of understanding the world around us. This is our ability to acquire, store, and transform information. Cognitive skills (abilities) are one of the basic resources of a person, ensuring their autonomous, proactive, and productive life. Several studies confirm that cognitive abilities determine how successful the person will be in their life. Therefore, creating educational technologies that ensure the

effective development of cognitive skills in older preschoolers is relevant for teachers and educators.

The research examined the contradiction between the generally accepted and obvious fact that cognitive skills and regulatory functions act as the main means of socialization and readiness of children to study at school and the fact that the content of cognitive skills and regulatory functions has not been thoroughly examined for children aged 5 to 7 years old. This study fills this gap.

Literature review

Cognition is a complex formation consisting of at least two components that are inextricably intertwined. The first component includes information consisting of separate facts and events of our world and the thought processes required for receiving and processing information. In other words, this includes: what interests the child and what they choose to learn from the world around them; how the child receives information, that is, the methods and means of cognition; how the child processes information: how they operate with it at different age stages—systematizing, collecting, forgetting, and organizing it.

Specific cognitive processes may also be called cognitive development (from the Latin “cognitio”—knowledge, cognition, study, and awareness) (PIAGET, 2008). Swiss philosopher and psychologist Jean Piaget, who revealed a certain ability of a person to reflect the world around them more accurately and to perform logical operations with images that occur during the interaction with the outside world, created the theory of cognitive development, and he considered this ability the basis of thought processes.

In practice, however, cognitive development is the conscious improvement of thought processes. Cognitive abilities may be considered an indicator of intelligence (intelligence quotient, IQ—a measure of intelligence), which describes the individual’s ability to understand and substantiate concepts and ideas. One way to assess cognitive performance is to break it down into two components: verbal and nonverbal intelligence. Verbal intelligence implies the person has some vocabulary, can perceive information, reason, and analyze information obtained during communication. Nonverbal intelligence requires the understanding of relationships and the analysis of how phenomena coexist with each other. Preschool children develop these abilities and learn relevant skills in practice.

Gardner (2000) developed the theory of multiple intelligences, in which one of the constituent elements represented interpersonal intelligence—the ability to recognize and

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differentiate feelings, views, and intentions of others. Honeywill (2015) and other psychologists pointed to the difference between intelligence measured using IQ tests and social intelligence.

Having analyzed the works of Rubinstein (2000), and Ozerov and Solovyeva (1999), we found out that cognitive abilities are interpreted as specific properties of the effective reflection and comprehending the external and internal world through sensations, perception, memory, attention, imagination, and thinking.

One of the main characteristics of human activity is cognitive ability. Each person is intrinsically a scientist, a researcher, who seeks to understand, anticipate, and control the world of their personal experiences to interact with it more effectively. Science begins with the systematization of facts, and so does the cognitive activity of any person. Like a scientist, a person observes events and formulates concepts or constructs to structure the perceived phenomena. Thus, according to Kelly (1955), the classification of events takes the form of construction.

Studying the research problem, we examined the publications on the children’s readiness for school. They evaluated the child’s starting school competencies for successful learning (SNOW, 2006). Researchers identified the following domains of school readiness:

1. Linguistic knowledge and skills, including speaking and understanding speech;

2. Literacy basics (knowledge of some phonological features and alphabet);

3. Basic mathematical knowledge and skills, including classification, serialization, the idea of space and time, and the knowledge of numbers;

4. Cognitive abilities related to academic achievement and the development of the child;

5. The level of social and emotional development related to early learning and school performance (SNOW, 2006).

According to Druzhinin (2001), Maslennikov (2004), and Syrnikova (1999), human cognitive abilities (personality traits and the development of cognitive abilities) are the basis of a person’s productive life and determine the person’s further achievements and success in life. Thus, according to the studies reviewed, cognitive abilities usually manifest themselves and are assessed only in human activity. Many Russian and international authors link cognitive abilities to productive intellectual activity.

In his research, describing the changes in modern children, Feldstein (2011) noted major differences in their perception, attention, memory, consciousness, thinking, the essence

of their orientations, and other characteristics. According to him, the main difference is a sharp decline in the cognitive development of preschoolers. At the same time, Feldstein claims that the value of intelligence is increasing. Education, high achievement, health, and good looks are becoming especially important qualities for children and their parents.

Regulatory functions are one of the main factors ensuring successful social, intellectual, and professional adaptation of the individual in life. Therefore, we found it viable to study the early stages of the formation of this function, its determination, and individual variations in the course and as the result of its development (PULKKINEN, 1996).

One of the most widely used approaches to understanding regulatory functions in children is the model developed by Miyake et al. (2000). According to this model, the neuropsychological basis for mastering one’s behavior consists of cognitive skills used for purposeful problem solving and adaptive behavior in new situations. Researchers refer to these skills as executive functions and divide them into three main components: 1) working memory; 2) attention flexibility or switching; 3) inhibitory control or inhibition. These components are related to each other, but they may also be considered independently. Therefore, they called this model Unity with Diversity (MIYAKE et al., 2000).

International publications on psychology use the term regulatory functions when discussing the study of behavior regulation mechanisms. Regulatory functions help the person to control thoughts and actions, focusing on the stimulus connected with solving a problem or completing a task and ignoring distractions. In fact, regulatory functions is an umbrella term for various cognitive skills that allow one to behave adaptively and flexibly in new situations (ALMAZOVA; BUKHALENKOVA; VERAKSA, 2016).

The regulation includes four interrelated systems: attention, cognitive flexibility, goal setting, and information processing. Attention implies selectivity, monitoring, and tracking one’s actions and behavior. Cognitive flexibility is the ability to switch from one response to another, move to and cope with new actions, use different strategies, and process information. Goal setting implies the ability to set a goal, plan your actions, and determine the steps required to achieve it. Information processing is associated with the efficiency of performing new complex tasks (ANDERSON, 2002).

Frye, Zelazo and Palfai (1995) argue that general cognitive abilities underlie the regulatory functions and the development of the theory of consciousness. Kloo and Perner (2003) have another point of view: They assume that the same process—inhibitory control— determines the tasks aimed at studying the theory of consciousness and regulatory functions. The authors consider the classical experiment of Wimmer and Perner (1983) and argue that

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this task requires the person to use the following abilities: 1) to keep two possibilities in mind;

1. to suppress the dominant response, and 3) to elicit a nondominant response.

   Some researchers believe that the development of behavior regulation largely determines children’s success at school (AARON et al., 2008; BLAIR; RAZZA, 2007; CUTTING et al., 2009). However, there are no common factors that affect the above phenomena. Thus, most researchers believe that to understand mental states one should have certain regulatory functions: to keep different points of view or potential realities in mind, switch flexibly between them, and restrain one’s position to understand other people’s opinions. However, studying the formation of the child’s behavior regulation, its mechanisms, and individual variations in the course of this process remains an acutely relevant and unresolved task.

   
   

   Materials and methods

   
   

   We studied the development of cognitive skills and behavior regulation in older preschoolers within the “Growing up with Yakutia” subproject of the Federal Project “Growing up with Russia” in collaboration with the Russian Academy of Education and the Faculty of Psychology of Moscow State University.

   The research goal was to obtain full information about the individual psychological characteristics of the children in Yakutia. For this purpose, we carried out comprehensive scientific research into the factors affecting their formation, psychophysiological development, and cognitive and noncognitive factors that determine academic and life success at all stages of education. This research will take several years, but the first results on preschoolers’ development are already available.

   In total, 14 preschool institutions of the Republic of Yakutia participated in the project. In the future, we are planning to involve as many children as possible, thereby obtaining a sample for the whole Republic. This will enable us to evaluate the development of children in different territories of the Republic, for instance, in Southern and Central Yakutia and the Arctic. To this end, the Laboratory of Childhood was established within the framework of a new project of the “Trust Fund for Future Generations of the Republic of Sakha (Yakutia)”. This laboratory aims to introduce scientifically proven and effective tools and mechanisms for the harmonious development of children in the Republic.

   In contrast to the Russian project, in addition to psychological and pedagogical research, “Growing up with Yakutia” will research the health of young Yakuts. Preschool

   
   

   
   

   
   

   institutions organize free comprehensive medical examinations to evaluate children’s general health and identify their development factors. After analyzing the results, we will receive the information on the children’s health and give their parents recommendations on improving their health and preventing diseases. Also, the Laboratory of Childhood will form the analytical basis for developing and implementing scientifically proven and effective tools and mechanisms for the harmonious development of children, their recovery, and the prevention of diseases from an early age. Medical examinations are carried out by the specialists of the North-Eastern Federal University Medical Institute, the Laboratory of Childhood, and the Academy of Sciences of Yakutia. First of all, experts assess the first line of immune defense and immunity in general. A pediatrician and medical specialists analyze children’s physical development in line with medical grounds. Kindergarten psychologists carry out an empirical study of cognitive activity in older preschoolers under the supervision of the experts working at the Department of Preschool Education, the Pedagogical Institute of NEFU (DEDYUKINA; IVANOVA, 2020).

   In 2020, the study involved 215 senior preschoolers of the Republic of Sakha

   (Yakutia). The goal of the empirical study was to identify the specifics of the development of cognitive skills and behavior regulation in older preschoolers. To achieve the research goal, we set the following objectives:

   
   

   1. To determine a set of methods for assessing the cognitive skills and regulatory functions of older preschoolers;

   2. To form groups of children participating in the experiment;

   3. To evaluate the cognitive skills and regulatory functions of the older preschoolers;

   4. To analyze the estimates of cognitive skills and regulatory functions of older preschoolers;

   5. To develop recommendations for the development of cognitive skills and regulatory functions of older preschoolers.

To assess the development of regulatory functions, we applied a set of the following methods, which are widely used both in Russian and international practice (ALMAZOVA BUKHALENKOVA; VERAKSA, 2019). The comprehensive diagnostics of older preschoolers included: measuring the level of intellectual development (nonverbal intelligence); diagnostics of the development of regulatory functions (working memory, inhibitory control, and cognitive flexibility); diagnostics of social skills (the child’s

understanding of their own and other people’s thoughts and feelings). Psychologists (testers) examined the children individually in their office and recorded the results in the protocol, which were later processed by the specialists from the Moscow State University:

1. To diagnose nonverbal intelligence, we used the methodology “Raven’s Colored Progressive Matrices”, which included three series with 12 tasks in each. After completing each task, a child got one point. That is, the maximum score was 36 points. This methodology assessed the child’s ability to do systematized and rigorous intellectual activity. The child had to understand the connecting relationship elements in the pattern and indicate the right element in the answer field, choosing it from the options given.

2. To assess visual working memory, we conducted the test “Memory for Designs” (NEPSY-II). Five- and six-year-old children received four samples (with four to eight images per field). Points were awarded for content, location, and as a bonus. The maximum score was 120 points. The subtest allowed us to evaluate two aspects of memory: memorizing images and the spatial arrangement of cards in the field. Assessing regulatory functions in preschoolers, we focused on several aspects of memory: a) images, b) spatial location, and c) the combination of the first and second.

3. The method of sentences repetition (NEPSY-II) involves repeating 17 sentences. The stimulus material gradually becomes more complicated: sentences become longer and more complex in structure. Moreover, the sentences were read to the Yakut-speaking children in Russian. The maximum score for completing the task was 34 points.

4. To assess the cognitive inhibitory control, we used the Inhibition method (NEPSY-II), which included two tasks. Task 1 “Naming”: the child had to name all the designs in the order they appeared on the card. In Task 2, “Inhibition”, the rules changed: when the child saw a circle, they have to say “square”, and when they saw a square, they have to say “circle”. The child received a set of 40 geometric designs (squares and circles). There was some practice before each stage. The expert calculated the time spent on this task, the number of mistakes, and self-corrections. The maximum score was 20.

5. To assess the behavioral inhibitory control, we applied the Statue method (NEPSY-II). The expert said to the child: “Let us see if you can stand like a statue holding a flag in your hand. When I say, ‘Start’, you must stand like a statue with a flag in your hand and closed eyes until I say the word ‘Time!’ You should not move, even your fingers.

   
   

   
   

   
   

   You cannot open your eyes either. You should be silent. Ready? Close your eyes and keep them closed. Let us start!” Here we recorded movements, opening the eyes, and sounds. The maximum score was 30 points.

6. We assessed cognitive flexibility using the dimensional change card sort (DCCS) method developed for children aged 3 to 9 (FRYE; ZELAZO; PALFAI, 1995). The children got three tasks: a) To sort by color (6 cards); b) To sort by shape (6 cards); and c) To sort by frame (12 cards). The maximum was 24 points.

Results

We conducted the study from February to May 2020, and the article presents the results of the diagnostics of children in the preparatory groups of seven kindergartens in the Republic of Sakha (Yakutia). We assessed their intelligence and volition with the methods widely used in international practice (the subtests of the neuropsychological diagnostic complex NEPSY-II aimed at assessing the mental development of children aged 3 to 16). The advantage of this complex is that it has precise quantitative measurements based on the aged standard. As a result, we could measure the performance levels of different methods and compare them with each other.

Using Tukey’s test (the multiple comparison method), we determined the differences in the assessments of regulatory functions in preschoolers. We estimated the norms and, accordingly, the levels of the child development: M was the mean; SD was the standard deviation; the low level was lower than M-SD; the average level was in the range between [M–SD; M+SD]; and the high level was more than M+SD. Tables 1-6 present the norms.

Table 1 – Nonverbal intelligence – norms (Raven’s Progressive Matrices)

Source: Prepared by the authors

Table 2 – Visual working memory – norms (Memory for Designs)

Source: Prepared by the authors

Table 3 – Auditory and verbal memory – norms (sentences repetition)

Source: Prepared by the authors

Table 4 – Inhibitory control – norms (Inhibition)

Source: Prepared by the authors

Table 5 – Physical inhibitory control – norms (Statue)

Source: Prepared by the authors

Table 6 – Cognitive flexibility – norms (DCCS)

Source: Prepared by the authors

The authors of NEPSY-II noted that this diagnostic complex is not suitable for all children. A child has to be excluded from the study if they:

1. Underwent another neuropsychological study within six months;

2. Has auditory or visual impairments or is color blind;

3. Has a psychiatric diagnosis, neuropsychological disorders, attention deficit, hyperactivity, or mental retardation;

4. Was born with a very small weight (less than 2.5 kg);

5. At the time of the study is taking medications that can affect the results (stimulants, antidepressants, antianxiety medications, etc.);

6. In their history of development, there was a loss of consciousness for more than 5 minutes or falling into a coma (the score of 14 on the Glasgow scale), etc.;

7. Has language difficulties or the language of research is not the child’s native language (language difficulties do not include articulation issues if this hinders communication with the child).

We did not monitor the fourth, fifth, and sixth conditions. Figures 1–6 shows the average for each kindergarten.

Figure 1 – The results for the method Raven’s colored progressive matrices

Levels of non-verbal intelligence

25,7

27,19

30,15

29,97

25,33

31,4

25,6

Kustuk

Tsvetik-Semitsvetik

Kencheri

Sardaana

Katyusha

Kyrachaan yymylar

Khatynchaana

Source: Prepared by the authors

Figure 1 shows that the level of nonverbal intelligence of children in all studied groups is not below the age norm, which indicates that they could participate in the study.

Figure 2 – The results for the Memory for Designs method

Memory for Designs

50,37

68,2

65,5

72

67,6

71,45

76,08

Kustuk

Tsvetik-Semitsvetik

Kencheri

Sardaana

Katyusha

Kyrachaan yymylar

Khatynchaan

Source: Prepared by the authors

The visual and spatial working memory assessment revealed that the results obtained correspond to the average norm, with the lowest value observed in the kindergarten Khatynchaan, within the standard deviation.

Figure 3 – The results for the Sentences Repetition method (NEPSY-II)

Auditory and verbal working memory

16 13,5

20,1

17,5

16,93

17,56

14,8

Kustuk

Tsvetik-Semitsvetik Kencheri

Sardaana

Katyusha

Kyrachaan yymylar

Khatynchaan

Source: Prepared by the authors

According to Figure 3, the “Sentences Repetition” method had the greatest variation, indicating that the children had very different auditory and verbal working memory levels. This may be because we conducted the experiment in Russian in Russian-speaking and Yakut-speaking groups.

Figure 4 – The results of the Inhibition method

Source: Prepared by the authors

According to the results of the Inhibition method, the children were much better at performing the Naming test than the Inhibition test: they made fewer mistakes and could do it faster.

Figure 5 – The results for the Statue method (NEPSY-II)

Source: Prepared by the authors

We registered the smallest relative scatter of data in the Statue method. It corresponded to the norm, which indicated the average level of physical inhibitory control.

Figure 6 – The results of the DCCS method

Source: Prepared by the authors

The scatter in data obtained with the Memory for Designs method indicated that the children had different levels of visual memory development. The method revealed some

specifics: even though the children remembered the details of the image well, they found it harder to remember the spatial arrangement of objects in the picture.

Using the Pearson correlation coefficient, we analyzed the relationship between the studied phenomena (cognitive skills and behavior regulation), establishing the relationship between two variables measured in metric scales on the same sample. We determined cognitive skills and behavior regulation levels in older preschoolers of kindergartens to calculate the correlation coefficient. Table 7 presents the data summary.

The data obtained during the cognitive skills research using Inhibition, Memory for Designs, Statue, and DCCS indicate that 54% of the children under study had an average ability to analyze and compare to determine and perform actions.

Table 7 – Data summary by the method

Source: Prepared by the authors

The assessment of their nonverbal intelligence demonstrated that 41% of the children had the high level and 38%—the average ability to do systematized and planned intellectual activity (Table 8). Having examined the children’s ability to understand the oral instructions of adults, we concluded that the children had the average ability to perceive and reproduce auditory and verbal information (56%).

Table 8 – The results of nonverbal intelligence and cognitive skills of older preschoolers

Source: Prepared by the authors

We determined the following levels of nonverbal intelligence of older preschoolers: 25–30 points: high level; 20–25 points: average level; 15–19 points: low level. In addition, we established the following levels of cognitive skills of older preschoolers: 32–38 points: high level; 26–31 points: average level; 20–25 points: low level. To determine the correlation between the two indicators measured on a quantitative scale, we calculated the Pearson correlation coefficient, applying the following formula (Equation 1):

(1)

The values of the Pearson correlation coefficient are compared with their absolute values. Possible values of the correlation coefficient range from 0 to ± 1. The larger the absolute value of rxy is, the stronger is the correlation between the two values. If rxy = 0, then there is no correlation. If rxy = 1, then there is a perfect (functional) correlation. If the value of the Pearson correlation criterion is > 1 or < –1, there was an error in the calculations.

In this study, we used the PEARSON Excel function to calculate the Pearson correlation coefficient r. This function is applied when estimating the degree of linear dependence between two data sets is necessary. For example, when we calculated the Pearson correlation between two data sets using the PEARSON function, the first array represented the level of nonverbal intelligence and the second the development of children’s cognitive skills. Table 9 presents the correlation between cognitive skills and nonverbal intelligence.

Thus, the Pearson correlation coefficient between non-verbal intelligence and cognitive skills was 0.409, which confirmed a moderate, but statistically significant positive correlation. This result proves that nonverbal intelligence is the basis for mastering one’s behavior, that is, self-regulation.

Table 9 – Calculation of the correlation coefficient between non-verbal intelligence and cognitive skills of the children

Source: Prepared by the authors

We estimated the following levels of understanding oral instructions of adults by older preschoolers: 20–25 points: high level; 15–20 points: average level; 10–15 points: low level. The levels of cognitive skills of older preschoolers were as follows: 32–38 points: high level; 26–31 points: average level; 20–25 points: low level (Table 10). Table 11 presents the relationship between cognitive skills and behavior regulation.

Table 10 – Data on the understanding of oral instructions of adults and cognitive skills of older preschoolers

Source: Prepared by the authors

Table 11 – Estimates of the correlation between children’s cognitive skills and understanding oral instructions of adults

Source: Prepared by the authors

The correlation coefficient between the values “cognitive skills” and “understanding oral instructions of adults” was 0.372. This result is probabilistic, and we may conclude that developing behavior rules according to the oral instructions of an adult, independently analyzing the reality, and observing the rules are the foundations of behavior regulation.

Conclusions

Having analyzed the interrelationships of the components of regulatory functions, nonverbal intelligence, and the understanding of oral instructions of an adult, we established that all the groups studied demonstrated a correlation between nonverbal intelligence and behavior regulation. This may be because the neuropsychological basis for mastering one’s behavior represents a group of cognitive skills (working memory, cognitive flexibility, and inhibitory control). The probabilistic nature between the estimates of cognitive skills and understanding the oral instructions of an adult may be due to the specifics of speech development.

Thus, this research proved the reliability of this set of methods and allowed us to identify specific norms for girls and boys in two age groups: 1) 5.0–5.5 years old and 2) 5.5–

6.0 years old. These norms will be useful for both researchers and psychologists working in the field of preschool development. We would like to note that the presented set of methods requires further validation and comparison of the results of individual diagnostics of children

with the assessments carried out by educators and parents, which we intend to do in further studies.

Having analyzed the results obtained, we established a strong correlation between all three components of regulatory functions (working memory, cognitive flexibility, and inhibitory control) and the successful completion of the tasks. In addition to this, we identified three components of the development of regulatory functions in preschool children (designing behavior rules based on oral instructions of an adult, independent analysis of the reality, and observing this rule). In addition, we revealed differences in the completion of individual tasks related to the theory of consciousness in children belonging to different types.

In this research, we revealed the relationship between cognitive skills and regulatory functions in older preschool age. Further study of preschoolers’ cognitive skills will help better understand and examine the methods to develop such significant social skills as emotional regulation, establishing a good rapport with peers, and good behavior at school.

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How to reference this article

DEDYUKINA, M.; IVANOVA, M.; POPOVA, L.; SEMENOV, Y. On the development of

cognitive skills and behavior regulation of five- and six-year-old children. Revista online de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. 3, p. 2340-2360, Sep./Dec. 2021. e- ISSN: 1982-5587. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v25i2.15926

Submitted: 20/09/2021 Required revisions: 18/10/2021 Approved: 19/11/2021 Published: 08/12/2021