ENFRENTAMENTO, SAÚDE MENTAL E PERFECCIONISMO NO ENSINO SUPERIOR: DIFERENÇAS ENTRE MÚSICOS E ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS


AFRONTAMIENTO, SALUD MENTAL Y PERFECCIONISMO EN ENSEÑANZAS SUPERIORES: DIFERENCIAS ENTRE MÚSICOS Y UNIVERSITARIOS


COPING STRATEGIES, MENTAL HEALTH AND PERFECTIONISM IN UNDERGRADUATES: DIFFERENCES BETWEEN MUSIC STUDENTS AND UNIVERSITY STUDENTS


Marina MONTERO TORRES1 Triana AGUIRRE DELGADO2

María de África BORGES DEL ROSAL3


RESUMO: Os estudos universitários requerem elevados níveis de exigência e empenho que envolve uma etapa escolar obrigatória muito extensa. Os estudos musicais superiores também requerem uma preparação prévia extensa, mas com outros níveis de exigência e empenho que colocam os alunos em situações muito diferentes. Considerando as diferenças e semelhanças, o estudo pretende analisar as diferentes estratégias de enfrentamento frente ao estresse, perfeccionismo, saúde mental e a valorização do sacrifício que diferentes universitários, musicais e ambos possuem. Para isso, foi coletada uma amostra de 60 alunos de ambas as modalidades, foi utilizada uma metodologia mista e os resultados mostram a ausência de diferenças significativas entre os grupos, mas a importância desses achados é discutida.


PALAVRAS-CHAVE: Estudantes universitários. Música. Saúde mental. Estratégias de enfrentamento. Perfeccionismo.


RESUMEN: Los estudios universitarios requieren altos niveles de exigencia y compromiso que suponen una etapa educacional obligatoria muy extensa. Los estudios superiores musicales requieren también una preparación previa muy extensa, pero con otros niveles de exigencia y compromiso que colocan a sus estudiantes en situaciones muy diversas. Considerando diferencias y similitudes, estudio tiene como intención analizar las distintas estrategias de afrontamiento ante el estrés, el perfeccionismo, la salud mental y la valoración del sacrificio que tienen distintos estudiantes universitarios, musicales y de ambas. Para ello, se ha recabado una muestra de 60 estudiantes de ambos tipos, se empleó metodología mixta y


1 Universidade de La Laguna (ULL), San Cristóbal de La Laguna – Espanha. Mestranda em Psicologia. Faculdade de Psicologia e Fonoaudiologia. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4586-1675. E-mail: marinamonterotorres@gmail.com

2 Universidade de La Laguna (ULL), San Cristóbal de La Laguna – Espanha. Mestranda em Psicologia. Faculdade de Psicologia e Fonoaudiologia. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2110-1551. E-mail: info@gtisd.net

3 Universidade de La Laguna (ULL), San Cristóbal de La Laguna – Espanha. Professora do Departamento de Psicologia Clínica, Psicobiologia e Metodologia da Faculdade de Psicologia. Desde 2001 dirige o Grupo de Trabalho e Pesquisa em Superdotação (GTISD), coordenando e orientando teses de doutorado e mestrandos. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8267-4401 E-mail: aborges@ull.edu.es




los resultados muestran ausencia de diferencias significativas entre los grupos, pero se discute la importancia de estos hallazgos.

PALABRAS CLAVE: Universitarios. Música. Salud mental. Estrategias de afrontamiento. Perfeccionismo.


ABSTRACT: Students prepare themselves for university through high levels of commitment and compromise, throughout extensive compulsory study. Musical studies also require an extensive compulsory study stage, but with different levels of commitment and compromise. Taking in account similarities and differences between both degrees, this study aims to analyse coping strategies, mental health, perfectionism, and the concept of sacrifice that different undergraduates from university degrees, music degrees and both have. For this purpose, 60 students participated, a mixed methodology was used, and results show no significant statistical differences between the three groups, but it discusses the relevance of them, and the need of support so this student body can be successful in their studies.


KEYWORDS: Undergraduate. Music. Mental health. Coping strategies. Perfectionism.


Introdução


O mundo acadêmico espanhol passou por muitas mudanças ao longo da história, especialmente nas últimas décadas, onde com a chegada da globalização, as universidades foram capazes de alcançar suas contrapartes europeias. (DÍEZ et al., 2013).

Ruiz de Vargas et al. (2005) consideram que os diferentes fenômenos que as organizações, como a universidade, têm que vivenciar para se modernizar, não levam apenas a melhorias, mas também ao aumento dos níveis de competitividade. Isso se reflete claramente no dia a dia dos alunos e se acentua quando eles entram no mundo do trabalho, tornando cada vez mais difícil encontrar um emprego estável independentemente do número de diplomas que possuam. Assim, o cenário laboral espanhol apresenta uma oferta crescente de profissionais qualificados que enfrentam uma procura muito reduzida. (GONZÁLEZ, 2020).

A formação universitária na Espanha exige empenho e perseverança, que começa desde o início do currículo escolar, aos três anos. Assim, os estudos obrigatórios começam na Pré-escola, onde após três anos de escolaridade passam para o Primário, que dura mais seis anos. Começa então o ESO, onde os alunos ficam quatro anos e, por fim, se pretendem continuar a estudar, mais dois para o Bacharelado. Isso perfaz um total de quinze anos de estudos a fazer antes da Universidade, além de um vestibular de vários dias de duração com o qual dependendo da série você pode, ou não, acessar a carreira que deseja (BOE, nº106, de 4 de maio; BOE, nº 138, de 9 de dezembro).




Paralelamente à formação universitária, existe a educação musical. De forma muito semelhante à educação básica, esta se divide em dois blocos que devem ser cursados para o acesso ao Ensino Superior. Inicia-se com sete anos, embora a maioria dos alunos comece a partir dos cinco anos em uma educação complementar anterior, e posteriormente conclua os quatro anos do Ensino Fundamental. Terminado o curso, os meninos e meninas que desejam continuar passam por um exame no qual são avaliados sua interpretação e conhecimentos teóricos. Se aprovados podem seguir para o Curso de Graduação Profissional, com duração de seis anos. Neste Grau existem exames de dois em dois anos, - três no total -, que são necessários para obter aprovação para obter o título. Se a intenção é continuar estudando música após o Grau Profissional, é necessário fazer um vestibular igual ao da universidade, com duração de dois dias, em que são avaliadas a interpretação do instrumento e diversas disciplinas teóricas, independente da carreira escolhida (BOC, nº 206, de 16 de outubro; BOC, nº 152, de 7 de junho; BOC, nº 59, de 23 de março).

É inegável o esforço e a dedicação que os alunos dos dois tipos de titulação devem ter ao longo da sua fase educacional, mas não se deve esquecer que os ensinamentos muitas vezes são complementares. Ou seja, os estudos musicais geralmente começam quando se frequenta a Primária, então você deve combinar as demandas da escola com as do Conservatório, com aulas da manhã à tarde. Se isso for mantido no acesso ao Ensino Superior, se uma carreira universitária for combinada com uma carreira musical, o nível de dedicação e demanda aumenta para níveis que muitas vezes são difíceis de sustentar. Diante dessa abordagem, há uma terceira figura situada no limbo entre as duas anteriores: os adolescentes e jovens adultos que combinam a carreira universitária com seus estudos superiores em música.

A situação da música na Espanha e da cultura em geral continua muito aquém da do resto da Europa, o que, juntamente com a atual situação de precariedade do emprego, torna os seus diplomados um dos setores mais desfavorecidos. É uma profissão com alto grau de desemprego e renda que, de modo geral, mal fica em torno do salário mínimo interprofissional, por isso sua capacidade é bastante baixa para fazer frente a grandes despesas como hipoteca (PÉREZ; LÓPEZ- APARICIO, 2018). Diante disso, muitos adolescentes que têm clareza sobre sua paixão, seja por decisão própria ou guiados ou forçados pelos pais ou responsáveis, devem optar por uma carreira complementar para ampliar suas possibilidades de renda diante de um futuro incerto. Independentemente do motivo, o estudo da música ainda é popularmente entendido como algo complementar, um acréscimo um tanto elitista aos estudos mais "sérios", o que nos permite observar com clareza o desconhecimento geral do esforço e dedicação exigidos para a especialização em um instrumento musical (BERRY, 1990).



O nível de demanda em ambas as instituições, entretanto, difere em muitos aspectos. Como explica Santos (1999), a formação universitária atingiu um ponto de seu desenvolvimento em que passar é mais importante do que aprender. A maior parte dos benefícios que os alunos podem obter durante a sua aprendizagem (bolsas de colaboração, ajuda financeira, Erasmus, ordem de escolha do seu TFG ...) baseiam-se nas suas qualificações, por isso a presença nas aulas ou tutoriais é diminuída durante os meses de não avaliação e aumenta nas semanas anteriores aos exames. Amparados pela sociedade e pelo meio ambiente dos alunos, que inconscientemente seguem essa linha de importância para as notas, seu estresse e ansiedade nascem e crescem em torno de exames e avaliações finais, e não pelo próprio aprendizado ou especialização. Mendoza et al. (2010) constataram que os três estressores mais comuns em estudantes universitários foram a avaliação dos professores, o grande número de empregos e o tempo limitado de que dispõem.

Por outro lado, os estudantes de música enfrentam outros tipos de problemas. As demandas para ser intérprete não são baseadas apenas no trabalho do instrumento, como se acreditava até recentemente, mas são físicas e psicológicas (ARNÁIZ, 2015). A maioria dos músicos profissionais pode afirmar ter sofrido algum tipo de problema derivado da exposição ao público, aspecto inerente à própria profissão, sendo situações que envolvem elevados níveis de ansiedade, adrenalina, fadiga e pressão social (LEHRER; GILDMAN; STROMMEN, 1990). Além disso, os alunos de música são ensinados a serem extremamente responsáveis, uma visão faz com que se culpem pelos erros, mesmo que as circunstâncias de uma apresentação estejam além de seu próprio controle (STERNBACH, 2008).

Dominar as habilidades necessárias para tocar um instrumento requer muitos anos de trabalho árduo, o que muitas vezes gera altos níveis de perfeccionismo e ansiedade de palco (PATSTON; OSBORNE, 2015). Aulas e ensaios individuais vêm com uma chuva de críticas, e ter que se apresentar em público pode ser um desafio emocional, especialmente para aqueles alunos que ainda não terminaram de aprimorar suas habilidades ou não estão confiantes o suficiente em sua habilidade musical. Por isso, a autocrítica excessiva, o isolamento social decorrente do estudo e a alta responsabilidade por si mesmo são alguns dos estressores que os estudantes de música enfrentam (STERNBACH, 2008).

Em relação ao alto nível de perfeccionismo que os alunos do Conservatório apresentam, o próprio conceito pode ser entendido como a tendência de se estabelecer padrões elevados para si mesmo e se esforçar para alcançá-los, para avaliar o próprio desempenho de forma muito crítica, a dificuldade de estar satisfeito com seu próprio desempenho e preocupações crônicas sobre como os outros podem estar avaliando você (DUNKLEY et al.,

RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. esp. 4, p. 1981-2003, dez. 2021. e-ISSN: 1519-9029



2006; STAIRS, 2009). Quando o perfeccionismo é estudado em estudantes de música, Zarza- Alzugaray, Casanova-López e Robles-Rubio (2016) destacam sua relação com a ansiedade de palco, que é uma consequência do perfeccionismo e que pode levar a um verdadeiro problema quando se trata de um profissional carreira, por isso se torna um tópico de especial relevância tanto na prática quanto no estudo da música.

Em paralelo, no desempenho de universitários, Wang, Yuen e Slaney (2008) percebem o perfeccionismo negativamente relacionado à satisfação com a vida e positivamente relacionado à depressão e solidão.

Castro et al. (2004) dividem o perfeccionismo relacionado ao desempenho acadêmico em dois tipos: auto orientado, autoimposto e socialmente prescrito, ou percebido como imposto ambiental.

Diante dos diversos estressores mencionados anteriormente, os alunos utilizam estratégias de enfrentamento, entendidas como o tipo de ação adotada para enfrentar a avaliação cognitiva de diferentes situações estressantes (CABANACH et al., 2010). Lazarus (1993) distingue dois tipos de enfrentamento: centrado no problema ou ação direta e centrado na emoção ou paliativo.

Dessa forma, espera-se que as estratégias de enfrentamento dos universitários sejam centradas na emoção, como na busca por suporte social e reavaliação positiva, pois situações específicas relacionadas à avaliação acadêmica são aquelas que geram desconforto (CABANACH et al., 2010; CASSARETTO et al., 2003; CASTRO et al., 2004). Ao

contrário, espera-se que os alunos de música apresentem estratégias de enfrentamento voltadas para o problema, como resolução do problema proposto, autocontrole e enfrentamento confrontacional (BURIN; OSÓRIO, 2017).

O estudo dessas estratégias de enfrentamento está relacionado ao interesse pela saúde mental, definida pela OMS como uma situação de bem-estar em que se pode enfrentar o estresse em seus níveis normais, ser produtivo e contribuir com o meio ambiente. Em universitários, o relato de sintomas e estresse aumenta significativamente entre a primeira semana de aulas e o período de avaliações e exames, o que compromete sua estabilidade emocional e física (GUARINO et al., 2000). Já nos alunos de música, embora compartilhem dos estressores da escola e do dia a dia que todos enfrentam, também são afetados pela ansiedade de palco e pelo isolamento social que seu aprimoramento na disciplina implica (DEMIRBATIR, 2015).

Diante das diferenças apresentadas pelas carreiras universitárias e as carreiras musicais, o objetivo deste estudo é realizar uma análise diferencial das estratégias de



enfrentamento, perfeccionismo, saúde mental, organização e sacrifícios que os alunos apresentam em função da corrida que realizam.


Método


Metodologia e design


A metodologia utilizada é a MMR (Mixed Methods Research) que combina dados quantitativos e qualitativos, com um desenho concorrente transformador, onde os dados são coletados tanto temporária quanto analisados em conjunto (SMITH; CANNATA; HAYNES, 2016). O objetivo da utilização desta metodologia é conseguir obter resultados relevantes na compreensão e comparação de situações aversivas e emoções enfrentadas por diferentes grupos de alunos.


Participantes


A amostra utilizada foi de 60 alunos, divididos em três grupos de acordo com a carreira cursada e selecionados por amostragem intencional seguindo as características exigidas para cada subgrupo. Participaram 20 estudantes universitários pertencentes a todas as áreas do conhecimento, 20 estudantes do Superior de Música pertencentes aos itinerários de Interpretação Musical e Pedagogia e 20 estudantes que cursavam as duas carreiras simultaneamente (Tabelas 1 e 2)

A amostra foi composta por 35 mulheres (58,3%) e 25 homens (41,7%), todos maiores de idade e na faixa etária de 18 a 34 anos.


Tabela 1 – Divisão de estudantes universitários por áreas de conhecimento


Área de conhecimento

Número de participantes

Ciências

4

Ciências da Saúde

9

Ciências Sociais

13

Arquitetura e engenharia

8

Artes e Humanidades

6

Fonte: Elaborado pelos autores


Tabela 2 – Divisão de alunos de ambas as áreas por itinerários e áreas de conhecimento


Área de conhecimento

Itinerário

Número de participantes

Ciências

Interpretação

3

Ciências da Saúde

Interpretação

2



Ciências Sociais

Pedagogia Musical

1


Interpretação

7

Arquitetura e engenharia

Composição

2


Interpretação

2

Artes e Humanidades

Interpretação

3

Fonte: Elaborado pelos autores


Instrumentos


Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram quatro, três de natureza quantitativa e um de natureza qualitativa. Todas têm autorização expressa dos autores e, no caso das versões, dos autores da versão em espanhol.

Dessa forma, o perfeccionismo foi medido com a CAPS (The Child and Adolescence Perfectionism Scale) criada por Hewitt et al. (1991) em sua versão adaptada para o espanhol por Castro et al. (2004). Esse questionário é composto por 22 itens, proporcionando uma classificação multidimensional do perfeccionismo, de forma que é subdividido em duas escalas: “perfeccionismo autodirigido”, com 12 itens, e “perfeccionismo socialmente prescrito”, com 10 itens. Sua confiabilidade é de 0,89 e os dados de validade não são fornecidos na descrição do instrumento.

A saúde mental foi estudada por meio do GHQ-12 (General Health Questionnaire) elaborado por Goldberg e Williams (1988), também em sua versão em espanhol, adaptado por Lobo e Muñoz (1996). Possui 12 itens que avaliam a gravidade de várias situações emocionais durante as semanas anteriores ao seu término. Esse questionário tem confiabilidade de 0,76 e validade externa de 0,82 (SÁNCHEZ-LÓPEZ; DRESCH, 2008).

Além disso, o enfrentamento também foi medido por meio do A-CEA ou Academic Stress Coping Scale, de Cabanach et al. (2010), subescala do questionário CEA, que possui 23 itens, com confiabilidade de 0,893 e validade de 0,66.

Por fim, ao nível qualitativo, foi utilizado um questionário ad hoc de questões abertas, as quais se apresentam na Tabela 3. Destes, dois foram incluídos com o intuito de obter informação quantitativa, nomeadamente o número de horas que os diferentes alunos dedicam ao seu carreiras (questões 3 e 4)





Procedimento


Para responder aos requisitos de proteção de dados, os participantes foram lembrados, antes de preencher os questionários, que sua participação era voluntária e anônima e que suas respostas seriam usadas exclusivamente para fins acadêmicos (Anexo I)

Todos os participantes preencheram os instrumentos na ordem previamente nomeada, primeiro quantitativo (CAPS, GHQ-12 e A-CEA) e por último o questionário qualitativo, por meio da ferramenta Google Forms online (pesquisas). O link para esses questionários foi compartilhado por meio de redes sociais, como Instagram e WhatsApp, para a amostra selecionada.


Tabela 3 – Perguntas do questionário ad hoc


Perguntas

  1. Você sacrifica coisas do seu dia a dia pelos estudos? Em caso afirmativo, quais são as três coisas que você nomearia?

  2. Quanto tempo você gasta em seus hobbies ou gostos semanalmente? Você acha que é o suficiente? Explique por quê.

  3. Quantas horas por dia em média você dedica ao seu diploma universitário?

  4. Quantas horas por dia em média você dedica ao seu Curso Superior de Música?

  5. O que você acha que é necessário para ter uma boa administração do tempo ao estudar uma carreira?

  6. Se alguém não conseguisse ter uma boa organização, conseguiria obter o diploma que você está estudando?


    Fonte: Elaborado pelos autores


    Análise de dados


    A confiabilidade dos três instrumentos foi analisada com a amostra utilizada por meio da estatística alfa de Cronbach.

    Para verificar a existência de diferenças entre as três amostras encontradas, foram feitos contrastes ANOVA para analisar saúde mental, estratégias de enfrentamento e questões quantitativas (3 e 4) do questionário ad hoc, e uma MANOVA para comparar os dois fatores de perfeccionismo. Para isso, foi utilizado o software E, versão 1.6.23.

    Por outro lado, para a análise do questionário qualitativo, foi utilizado o programa ALCESTE (REINERT, 2003), um software de análise de dados textuais, para identificar as informações essenciais fornecidas pelos participantes em relação ao talento, os sacrifícios que fazem por suas carreiras e organização.




    Resultados


    Confiabilidade dos instrumentos usados com a amostra usada


    A confiabilidade dos instrumentos utilizados na amostra foi calculada com o alfa de Cronbach. Os resultados são apresentados na Tabela 4, sendo todas as confiabilidades iguais ou superiores às encontradas pelos respectivos autores.


    Tabela 4 – Confiabilidade dos instrumentos com a amostra usada


    Instrumento Alfa de Cronbach

    General Health Questionnaire (GHQ-12)


    Fator 1: Perfeccionismo Auto

    0,881

    The Child and Adolescence Perfectionism Scale (CAPS)

    Orientado 0,780


    Escala de enfrentamento de Estresse Acadêmico (A-CEA) Fonte: Elaborado pelos autores

    Fator 2: Perfeccionismo socialmente prescrito

    0,893


    0,888


    Horas de dedicação às atividades da prova


    Os dados descritivos obtidos são apresentados na Tabela 5. Diferenças significativas foram observadas entre as horas dedicadas às atividades da corrida dependendo do grupo a que pertenciam. (F=8,18, g.l.1=2, g.l.2=37,5, 2p=0,233, p=0,001).

    Para verificar entre quais grupos a diferença foi encontrada, foi realizada uma análise post-hoc com o teste de Tukey. Obteve-se diferença significativa entre o grupo de universitários e o grupo dos dois cursos, universidade e música superior (t = -4,16, p <0,001), dados coletados na Tabela 6.


    Tabela 5 – Questões descritivas 3 e 4: dedicação às atividades de carreira


    Grupo

    N

    Média

    SD

    SE

    1

    20

    5,30

    3,05

    0,681

    2

    20

    7,35

    3,36

    0,751

    3

    20

    9,95

    4,12

    0,922

    Fonte: Elaborado pelos autores




    Tabela 6 – Teste as perguntas 3 e 4 de Tukey


                             Comparação                          

    Carreira

    Carreira

    Diferença

    médias

    de

    SE

    df

    t

    Ptukey

    1

    2

    -2,05


    1,12

    57,0

    -1,83

    0,168


    3

    -4,65


    1,12

    57,0

    -4,16

    <0,001

    2

    3

    -2,60


    1,12

    57,0

    -2,32

    0,061

    Fonte: Elaborado pelos autores


    Saúde mental


    Para descobrir se existem diferenças na saúde mental entre os três grupos de alunos, foi realizada uma ANOVA de uma via. As estatísticas descritivas são mostradas na Tabela 7.


    Tabela 7 – Descritivo GHQ-12 três grupos


    Grupo

    N

    Média

    SD

    SE

    1

    20

    14,9

    3,70

    0,827

    2

    20

    13,1

    3,68

    0,822

    3

    20

    14,7

    4,00

    0,895

    Fonte: Elaborado pelos autores


    O teste de Levene não mostrou diferenças na homocedasticidade e o contraste por ANOVA não foi significativo. (F=1,40, g.l=2, p=0,255). No entanto, um pequeno tamanho de

    2p

    efeito é obtido ( = 0,047).

    No entanto, nos três casos, os meios indicam a possível presença de um distúrbio emocional. Isso porque são superiores a 12, ponto estabelecido pelos autores do instrumento como indicador de algum tipo de risco à saúde mental.


    Perfeccionismo


    2p

    Para estudar se existem diferenças entre os três grupos de alunos em relação aos dois fatores do perfeccionismo, foi realizada uma MANOVA. O contraste não foi significativo (F=2,11, g.l.1=4, g.l.2=112, p=0,084), embora o tamanho do efeito obtido seja grande (

    =0,70).





    Estratégias de enfrentamento


    A determinação das diferentes estratégias de enfrentamento apresentadas pelos três grupos de alunos foi realizada por meio da análise dos resultados obtidos no questionário A- CEA, por meio de uma ANOVA.

    Não foram encontradas diferenças significativas entre os três grupos de alunos em relação às estratégias de enfrentamento (F=2,16, g.l.=2, p=0,125), e o tamanho do efeito é

    2p

    médio ( =0,073).


    Questionário qualitativo


    Para conhecer as opiniões, a gestão do tempo e os sacrifícios que os diferentes alunos têm em relação à(s) carreira(s), foram realizadas cinco análises com o software ALCESTE. As questões 3 e 4, conforme discutido acima, foram analisadas usando Jamovi.


    Questão 1: Você sacrifica coisas do seu dia a dia pelos seus estudos? Em caso afirmativo, quais são as três coisas que você nomearia?


    A análise para os três grupos mostra três classes, com uma relevância de tratamento muito elevada, pois explica 89% das respostas dadas. A relação que surge é arbórea, visto que a primeira classe se conecta com a segunda e a terceira, que por sua vez estão vinculadas. O mais relevante é, portanto, a classe 1, que pode ser chamada de meus amigos. Essas informações são vistas na Figura 1.




    Figura 1 – Dendrograma da pergunta 1: sacrifícios



    Fonte: Elaborado pelos autores


    A Tabela 8 mostra as informações das três classes, denominadas “meus amigos”, “tempos livres” e “vida social”, com exemplos de texto, o número de unidades de contexto elementar que explicam, seu valor de χ2 e a palavra mais representativa. Os nomes de cada grupo referem-se aos três sacrifícios que os alunos mais fazem em função da carreira, todos coincidindo na redução do tempo livre para aumentar o tempo de estudo.


    Tabela 8 – Informação, pergunta 1: sacrifícios


    SACRIFÍCIOS


    Classe UCE χ2 Palavra

    1. Meus amigos 26 Amigos

      Frases Quando estava com muita carga de estudos, sacrifiquei a prática de 8

      esportes, a saída com os amigos e a dedicação a mim mesma.

      Sim, entre eles eu nomearia encontrar meus amigos para ficarmos juntos 8

      e conversar sobre nossas coisas. Ter uma vida mais ativa fisicamente, pois no meu caso fico senão o dia todo, quase o dia todo sentado.

      Poder passar um dia sem fazer nada, poder dedicar um fim de semana a 7

      qualquer coisa que não seja música.

    2. Tempo de lazer 12 Lazer Frases Tempo de lazer, descanso físico e mental 13



      Tempo de lazer, tempo de descanso e, possivelmente, tempo para 6

      relacionamentos.

      Sim, tempo de descanso, tempo de lazer e tempo de exercício. 6


    3. Vida social 19 Social Frases Vida social, sono, esporte.

      Vida social, esporte e lazer.

      Sim, lazer, leitura, cinema, culinária, esportes e vida social.


      Fonte: Elaborado pelos autores


      Questão 2: Quanto tempo você gasta em seus hobbies ou gostos semanalmente? Você acha que é o suficiente?


      A análise para os três grupos mostra três classes, com uma relevância de tratamento muito elevada, pois explica 85% das unidades de contexto elementares. A relação gerada é arbórea, pois a classe 1 se conecta com as classes 2 e 3, estando estas relacionadas entre si. A classe 2 é a mais relevante, podendo ser denominada Distribuição do tempo de lazer. Isso pode ser visto na Figura 2.


      Figura 2 – Dendrograma da questão 2: tempo gasto em hobbies


      Fonte: Elaborado pelos autores




      A Tabela 9 mostra as várias classes, que são geradas em relação ao tipo de resposta dos alunos: aqueles que quantificam o lazer com base nas horas nele empregadas, aqueles que expressam o tipo de hobby e aqueles que indicam pouco tempo dedicado aos hobbies. São essas três diferenciações que dão às classes seus nomes, cada uma representando a concepção de lazer da amostra analisada. Além disso, as informações das três classes são apresentadas com exemplos de texto, o número de unidades de contexto elementares que explicam, seu valor de χ2 e a palavra mais representativa.


      Tabela 9 – Informações, pergunta 2: tempo gasto em hobbies


      TEMPO GASTO EM HOBBIES


      Classe UCE χ2 Palavra


      1. Quantificação do tempo de lazer 20 Semana

        Frases 20 a 25 horas aproximadamente, cerca de três horas por dia, um pouco 7

        menos durante a semana e um pouco mais nos fins de semana

        Os finais de semana 7

        Considero que de segunda a sexta-feira dedico cerca de 2 a 3 horas, aos 7

        fins de semana dedico cerca de 4 horas.

      2. Distribuição do tempo de lazer 28 Dedicar

        Frases Semanalmente não posso dedicar mais de 5 horas. Apesar disso, gosto 13

        dos dois cursos que estudo, escolhi-os porque é a que gostaria de me dedicar.

        Tempo de lazer, tempo de descanso e, possivelmente, tempo para 5

        relacionamentos.

        Sim, tempo de descanso, tempo de lazer e tempo de exercício. 5

      3. Pouca dedicação a hobbies 15 Hobbies

Frases Eu praticamente não perco tempo com hobbies ou gostos 13

Todos os hobbies que tenho são de alguma forma dirigidos 9

academicamente, portanto, o único tempo livre que tenho, dedico-me a estar com meus amigos e com meu parceiro.

Conscientemente dedico pouco tempo aos meus hobbies, mas muitas 9

vezes me pego praticando por inércia, pois é a minha maneira de meditar, de me evitar.


Fonte: Elaborado pelos autores


Questão 5: O que você acha que é necessário para ter uma boa administração do tempo ao estudar uma carreira?


A análise para os três grupos mostra três classes, com fraca relevância, explicando 56% das respostas dadas. A divisão é arbórea, pois a primeira classe está relacionada às duas




e as três, que por sua vez estão relacionadas entre si. A classe mais relevante é a classe 2, que pode ser chamada de Planejamento de atividades. Isso pode ser visto na Figura 3.


Figura 3 – Dendrograma da questão 5: gerenciamento de tempo


Fonte: Elaborado pelos autores


A Tabela 10 mostra as três turmas obtidas após a análise, onde os alunos afirmam que para aproveitar o tempo e assim passar no curso é imprescindível uma boa organização (classe 1), bem como o planejamento das atividades que devem ser realizadas, inclusive atividades de lazer (classe 2), e ter compromisso com essas atividades (classe 3). Além disso, as informações das três classes são apresentadas com exemplos de texto, o número de unidades de contexto elementares que explicam, seu valor de χ2 e a palavra mais representativa.


Tabela 10 – Informações, pergunta 5: gerenciamento de ritmo


GERENCIAMENTO DE TEMPO

Classe UCE χ2 Palavra

  1. Boa organização 10 Organização Frases Uma boa organização. 10

    Organização muito boa e planejamento, além de ser constante e 5

    persistente.




    Sem dúvida, uma boa organização, com metas de curto e longo 5

    prazo. Priorizar.

  2. Planejamento de atividades 17 Ter Frases Tenha momentos com atividades para se desconectar e dormir bem. 17

    Tenha uma ordem de prioridades. 8

    Ter uma boa situação financeira em casa. Os alunos que trabalham e 4

    estudam por necessidade são os que têm pior tempo.

  3. Compromisso 10 Fazer

Frases Estar ciente de nossos limites mentais e físicos, de nossas 5

características e preferências, se eu sei que sou mais produtivo à noite, me organizo para fazer as tarefas que requerem mais concentração para esses momentos

Faça sua própria programação e procure sempre a cumprir. incluindo 2

tempo de estudo e tempo de lazer. Acho que até ajudaria a aproveitar ao máximo o tempo e a concentração, porque se você não se empenhar, não consegue cumprir o cronograma.

Organize a refeição, para que não demore tanto a fazer, restrinja o 1

uso do seu celular no período da tarde, faça pausas curtas todas as vezes que estudar.


Fonte: Elaborado pelos autores


Questão 6: Se alguém não conseguisse ter uma boa organização, conseguiria obter o diploma que você está estudando?


A análise para os três grupos mostra duas classes, com uma relevância fraca, uma vez que explicam 38% das unidades de contexto elementares. As turmas definem duas opiniões: as que consideram que é possível obter resultados acadêmicos adequados e suficientes com pouca organização (turma 1) e as que pensam que isso não é possível (turma 2). Dos dois, o mais relevante é 1, denominado Boa organização. Essas informações são coletadas na Figura 4.




Figura 4 – Dendrograma da pergunta 6: capacidade de obter a corrida



Fonte: Elaborado pelos autores


As duas turmas obtidas nesta análise estão reunidas na tabela 11, onde são nomeadas de acordo com as crenças dos alunos em relação à organização necessária para a obtenção do diploma. Assim, encontramos a classe "boa organização", onde é considerada essencial, e a classe "pouca organização", onde se considera que o grau poderia ser obtido sem muita organização, embora com dificuldades. Além disso, a tabela contém as informações das duas classes com exemplos de texto, o número de unidades de contexto elementar que explicam, seu valor de χ2 e a palavra mais representativa.




Tabela 11 – Informações, pergunta 6: capacidade de obter um diploma


HABILIDADE PARA TOMAR A CORRIDA


Classe UCE χ2 Palavra


  1. Boa organização 12 Boa

    Frases Existem pessoas que não são muito organizadas, mas são capazes de 12

    fazer uma carreira muito boa em uma carreira como química ou música. No entanto, acho que para correr bem as duas, uma boa organização é vital.

    Minha carreira é bastante pessoal, há pessoas que precisam de uma boa 10

    organização todos os dias e outras pessoas podem estar no último minuto e fazê-lo tão bem

    Caso não consiga, o inconveniente será o tempo necessário para a 7

    conclusão da formação, caso contrário, com envolvimento e trabalho, qualquer pessoa pode obter qualquer carreira.

  2. Pouca organização 11 Un Frases Sim, mas com a corda no pescoço. Pareceria um pouco apressado. 5

Com um milagre, talvez sim. 5

Acho que seria capaz, mas possivelmente com resultados inferiores ao 1

que você esperaria e com maior desgaste.


Fonte: Elaborado pelos autores


Discussão


A qualidade de vida em relação à saúde é entendida como as consequências que se geram no campo afetivo e cognitivo após o enfrentamento dos problemas do dia a dia e os diversos estressores que surgem no caminho para os nossos objetivos (ETCHELD et al., 2003). Por isso, pesquisas que busquem estudar variáveis como perfeccionismo, estratégias de enfrentamento ou saúde mental são fundamentais, na medida em que esclarecem o caminho de possíveis melhorias no ambiente acadêmico e seu consequente aumento na qualidade de vida do aluno.

Foram encontradas diferenças significativas nas horas dedicadas aos estudos entre o grupo de universitários e os que cursam dois cursos (música e universidade), dado lógico devido à maior carga horária do segundo grupo. No entanto, essa significância não ocorreu entre os estudantes universitários de música e aqueles que cursam duas carreiras, possivelmente porque os estudos musicais requerem maior dedicação dos alunos para o seu desempenho adequado.

Não foi encontrada diferença significativa entre os três grupos amostrais nas variáveis estudadas, ou o que é igual, entre alunos de carreira universitária e de estudos musicais, bem como alunos que estudam apenas uma carreira versus alunos que estudam duas. Isso significa



que, psicologicamente, o peso que os alunos têm ao buscar um grau superior independe de seu tipo, incluindo as artes musicais, e se é apenas um ou dois de cada vez. Porém, a ausência de diferenças significativas nas variáveis propostas não implica na ausência de aspectos importantes a serem apontados.

O primeiro deles é em relação à saúde mental, onde os três grupos apresentam pontuação média superior a 12, número indicado pelos autores do instrumento como ponto de corte para um possível transtorno emocional. Isso aponta para a necessidade de se aprofundar em pesquisas futuras sobre o estado de saúde mental dos alunos de graus superiores, e também destaca a necessidade de as instituições fornecerem ajuda psicológica e apoio aos alunos em seus estudos. Portanto, faz-se necessário questionar se a presença de equipes de aconselhamento e apoio psicológico no ensino superior não seria conveniente, para que o corpo discente auxiliasse na superação do estresse e da ansiedade.

O segundo aspecto a revisar é que, embora não tenham sido obtidas diferenças significativas entre os grupos nas variáveis estudadas, os tamanhos dos efeitos (pequeno em saúde mental, médio em estratégias de enfrentamento e grande em perfeccionismo) indicam a possível falta de potência dos contrastes devido ao pequeno tamanho da amostra, o que mostra que, com uma amostra maior, é muito provável que diferenças significativas teriam sido obtidas. Desta forma, realizar a mesma análise com uma amostra maior pode ser conveniente para garantir se há ou não significância.

Em relação à análise qualitativa, a ausência de diferenças significativas entre os três grupos levou à unificação das respostas de toda a amostra para seu estudo com o ALCESTE. Os alunos apontam como comum o sacrifício do tempo para as relações sociais, o lazer e o tempo com os amigos em função dos estudos. Além disso, consideram o tempo que dedicam aos seus hobbies com base em três aspectos distintos: o tempo real que dedicam, como distribuem o tempo de lazer e quão escasso é. Que todos os alunos, independentemente do curso de graduação, considerem a ausência de lazer como um sacrifício fundamental em função dos estudos é um aspecto que seria conveniente aprofundar, principalmente quais consequências poderiam estar gerando não ter tempo para se desconectar do campo acadêmico.

Em relação à gestão do tempo durante os estudos, os alunos consideram a boa organização, o planejamento das atividades e o comprometimento com as mesmas como aspectos fundamentais para aproveitá-las. No entanto, existem claras diferenças de opinião em relação à necessidade ou não de organização para obter o diploma. Aproximadamente metade da amostra considera que é essencial ter uma boa organização para ter sucesso nos estudos,



enquanto a outra metade argumenta que não ter muita organização não é um problema no caminho para os estudos superiores.

Deve-se levar em consideração que tem havido um número limitado de alunos, o que tem sido o principal ponto fraco deste estudo, pelas características muito específicas que deveriam atender. No entanto, houve participantes de todas as áreas do conhecimento, no caso das carreiras universitárias, e de todos os itinerários, no caso do superior musical.

Em pesquisas futuras, seria muito interessante analisar essas variáveis em uma amostra maior para garantir o efeito obtido, esclarecendo essas informações e o caminho necessário a seguir para melhorar a qualidade de vida do corpo discente.


REFERÊNCIAS


ARNÁIZ, M. La interpretación musical y la ansiedad escénica: validación de un instrumento de diagnóstico y su aplicación en los estudiantes españoles de Conservatorio Superior de Música. 2015. Tesis (Doctoral) – Universidad da Coruña, 2015.


BERRY, L. Strategies for the recruitment and retention of minority music students. In: ANNUAL MEETING, NATIONAL ASSOCIATION OF MUSIC, 65., 1990. Proceedings […]. 1990. p. 110-118.


BURIN, A.; OSÓRIO, F. Music performance anxiety: a critical review of etiological aspects, perceived causes, coping strategies and treatment. Archives of Clinical Psychiatry, São Paulo, v. 44, n. 5, p. 127-133, 2017.


CABANACH, R. et al. Escala de Afrontamiento del Estrés Académico (A-CEA). Revista Iberoamericana de Psicología y Salud, v. 1, n. 1, p. 51-64, 2010.


CASSARETTO, M. et al. Estrés y afrontamiento en estudiantes de psicología. Revista de Psicología de la PUPC, v. 21, n. 2, p. 365-392, 2003.


CASTRO, J. et al. Perfectionism dimensions in children and adolescents with Anorexia Nerviosa. Journal of Adolescence Health, v. 35, p. 392-398, 2004.


DECRETO 364/2007, de 2 de octubre, por el que se establece la ordenación y el currículo de las enseñanzas profesionales de música en la Comunidad Autónoma de Canarias. Boletín Oficial de Canarias, 16 oct. 2007.


DEMIRBATIR, R. E. Relationships between psychological well-being, happiness and educational satisfaction in a group of university music students. Academic Journals, v. 10, n. 15, p. 2198-2206, 2015.


DÍEZ, E. et al. Qué hacemos con la universidad. Akal, 2013.




DUNKLEY, D. M. et al. Personal standards and evaluative concerns dimensions of “clinical” perfectionism: A reply to Shafran et al. (2002, 2003) and Hewitt et al. (2003). Behaviour Research and Therapy, v. 44, p. 63-84, 2006.


ETCHELD, M.; VAN ELDEREN, T.; VAN DER KAMP, L. Modeling predictors of quality of life after coronary angioplasty. Annals of Behavioral Medicine, v. 26, p. 49-60, 2003.


GOLDBERG, D.; WILLIAMS, P. A user’s guide to the General Health Questionnaire. NFER-Nelson, 1988.


GONZÁLEZ, I. Análisis comparativo de la situación laboral de los titulados superiores en Canarias y España (2000-2008). 2020. Trabajo (Máster) – Universidad de La Laguna, 2020.


GUARINO, L. et al. Estrés, salud mental y cambios inmunológicos en estudiantes universitarios. Psicología Conductual, v. 8, n. 1, p. 57-71, 2000.


HEWITT, P.L. et al. The Multidimensional Perfectionism Scale: Reliability, Validity and Psychometric Properties in Psychiatric Samples. A Journal of Consulting and Clinical Psychology, v. 3, n. 3, p. 464-468, 1991.


LAZARUS, R.S. Coping theory and research: Past, present and future. Psychosomatic Medicine, v. 55, p. 237-247, 1993.


LEHRER, P. M.; GILDMAN, N.; STROMMEN, E. A principal components assessment of performance anxiety among musicians. Medical Problems of performing Artists, v. 5, p. 12-18, 1990.


LEY 6/2014, de 25 de julio, Canaria de Eduación No Universitaria. Boletín Oficial de Canarias, 7 ago. 2014.


LEY Orgánica 2/2006, de 3 de mayo, de Educación. Boletín Oficial del Estado, 106, 4 mayo 2006.


LEY Orgánica 8/2013, de 9 de diciembre, para la Mejora de la Calidad Educativa (LOMCE) (2014). Boletín Oficial del Estado, 138, sec. I, 7 jun. 2014.


LOBO, A.; MUÑOZ, P. E. Cuestionario de Salud General GHQ (General Health Questionnaire). Guía para el usuario de las distintas versiones en lengua española validada. Barcelona: Masson, 1996.


MENDOZA, L. et al. Factores que ocasionan estrés en estudiantes universitarios. Revista de Enfermería, v. 4, n. 3, p. 35-45, 2010.


ORDEN de 16 de marzo de 2018, por la que se establece la ordenación y el currículo de las enseñanzas elementales de música en el ámbito de la Comunidad Autónoma de Canarias (2018). Boletín Oficial de Canarias, 23 mar. 2018.


ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD (OMS). Salud mental: fortalecer nuestra respuesta. 30 mar. 2018.




PATSTON, T.; OSBORNE, M. S. The developmental features of music performance anxiety and perfectionism in school age music students. Performance Enhancement & Health, v. 4 n. 1-2, p. 42-49, 2016.


PÉREZ, M.; LÓPEZ-APARICIO, I. Actividad artística y precariedad laboral en España, análisis a partir de un estudio global. Arte y políticas de identidad, v. 19, p. 49-66, 2018.


REINERT, M. Alceste Users' Manual. Touluse: Image, 2003.


RUIZ DE VARGAS, M.; JARABA, B.; ROMERO, L. Competencias laborales y la formación universitaria. Psicología desde el Caribe, v. 16, p. 64-91, 2005.


SÁNCHEZ-LÓPEZ, M. P.; DRESCH, V. The 12-item General Health Questionnaire (GHQ- 12): Reliability, external validity and factor structure in the Spanish population. Psicothema, v. 20, n. 4, p. 839-843, 2008.


SANTOS, M. A. 20 paradojas de la evaluación del alumnado en la Universidad española. Revista Electrónica Interuniversitaria de Formación del Profesorado, v. 2, n. 1, p. 369- 392, 1999.


SMITH, T. M.; CANNATA, M.; HAYNES, K. T. Reconciling data from different sources: Practical realities of using mixed methods to identify effective high school practices.

Teachers College Record, v. 118, p. 1-34, 2016.


STAIRS, A. Examining the construct of perfectionism: A factor-analytic study. 2009. Tesis (Doctoral) – University of Kentucky, 2009.


STERNBACH, D. Stress in the lives of music students. Music Educators Journal, v. 94, n. 3, p. 42-48, 2008.


WANG, K. T.; YUEN, M.; SLANEY, R. B. Perfectionism, Depression, Loneliness, and Life Satisfaction. A Study of High School Students in Hong Kong. The Counseling Psychologist, v. 37, n. 2, p. 249-274, 2008.


ZARZA-ALZUGARAY, F.; CASANOVA-LÓPEZ, O.; ROBLES-RUBIO, JRelación entre

ansiedad escénica, perfeccionismo y calificaciones en estudiantes del Título Superior de Música. ReiDoCrea, v. 5, n. 3, p. 16-21, 2016.





Como referenciar este artigo


MONTERO TORRES, M.; AGUIRRE DELGADO, T.; BORGES DEL ROSAL, M. Á.

Enfrentamento, saúde mental e perfeccionismo no ensino superior: diferenças entre músicos e estudantes universitários. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. esp. 4, p. 1981-2003, dez. 2021. e-ISSN:1519-9029. DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.4.15935


Submetido em: 20/08/2021

Revisões requeridas em: 12/10/2021 Aprovado em: 15/11/2021 Publicado em: 08/12/2021





AFRONTAMIENTO, SALUD MENTAL Y PERFECCIONISMO EN ENSEÑANZAS SUPERIORES: DIFERENCIAS ENTRE MÚSICOS Y UNIVERSITARIOS


ENFRENTAMENTO, SAÚDE MENTAL E PERFECCIONISMO NO ENSINO SUPERIOR: DIFERENÇAS ENTRE MÚSICOS E ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS


COPING STRATEGIES, MENTAL HEALTH AND PERFECTIONISM IN UNDERGRADUATES: DIFFERENCES BETWEEN MUSIC STUDENTS AND UNIVERSITY STUDENTS


Marina MONTERO TORRES1 Triana AGUIRRE DELGADO2

María de África BORGES DEL ROSAL3


RESUMEN: Los estudios universitarios requieren altos niveles de exigencia y compromiso que suponen una etapa educacional obligatoria muy extensa. Los estudios superiores musicales requieren también una preparación previa muy extensa, pero con otros niveles de exigencia y compromiso que colocan a sus estudiantes en situaciones muy diversas. Considerando diferencias y similitudes, estudio tiene como intención analizar las distintas estrategias de afrontamiento ante el estrés, el perfeccionismo, la salud mental y la valoración del sacrificio que tienen distintos estudiantes universitarios, musicales y de ambas. Para ello, se ha recabado una muestra de 60 estudiantes de ambos tipos, se empleó metodología mixta y los resultados muestran ausencia de diferencias significativas entre los grupos, pero se discute la importancia de estos hallazgos.


PALABRAS CLAVE: Universitarios. Música. Salud mental. Estrategias de afrontamiento. Perfeccionismo.


RESUMO: Os estudos universitários requerem elevados níveis de exigência e empenho que envolve uma etapa escolar obrigatória muito extensa. Os estudos musicais superiores também requerem uma preparação prévia extensa, mas com outros níveis de exigência e empenho que colocam os alunos em situações muito diferentes. Considerando as diferenças e semelhanças, o estudo pretende analisar as diferentes estratégias de enfrentamento frente ao estresse, perfeccionismo, saúde mental e a valorização do sacrifício que diferentes universitários, musicais e ambos possuem. Para isso, foi coletada uma amostra de 60 alunos de ambas as modalidades, foi utilizada uma metodologia mista e os resultados mostram a


1 Universidad de La Laguna (ULL), San Cristóbal de La Laguna – España. Estudiante de maestría em psicologia. Facultad de Psicología y Logopedia. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4586-1675. E-mail: marinamonterotorres@gmail.com

2 Universidad de La Laguna (ULL), San Cristóbal de La Laguna – España. Estudiante de maestría em psicologia. Facultad de Psicología y Logopedia. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2110-1551. E-mail: info@gtisd.net

3 Universidad de La Laguna (ULL), San Cristóbal de La Laguna – España. Profesora Titular del Departamento de Psicología Clínica, Psicobiología y Metodología de la Facultad de Psicología. Desde el año 2001 dirige el Grupo de Trabajo e Investigación en Superdotación (GTISD), coordinando y dirigiendo tesis doctorales de alumnos de doctorado y máster. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8267-4401. E-mail: aborges@ull.edu.es




ausência de diferenças significativas entre os grupos, mas a importância desses achados é discutida.


PALAVRAS-CHAVE: Estudantes universitários. Música. Saúde mental. Estratégias de enfrentamento. Perfeccionismo.


ABSTRACT: Students prepare themselves for university through high levels of commitment and compromise, throughout extensive compulsory study. Musical studies also require an extensive compulsory study stage, but with different levels of commitment and compromise. Taking in account similarities and differences between both degrees, this study aims to analyse coping strategies, mental health, perfectionism, and the concept of sacrifice that different undergraduates from university degrees, music degrees and both have. For this purpose, 60 students participated, a mixed methodology was used, and results show no significant statistical differences between the three groups, but it discusses the relevance of them, and the need of support so this student body can be successful in their studies.


KEYWORDS: Undergraduate. Music. Mental health. Coping strategies. Perfectionism.


Introducción


El mundo académico español ha sufrido muchos cambios a lo largo de la historia, especialmente en las últimas décadas donde con la llegada de la globalización, las universidades han podido ponerse a la altura de sus homólogas europeas (DÍEZ et al., 2013).

Ruiz de Vargas et al. (2005) consideran que los distintos fenómenos que las organizaciones, como la universidad, han tenido que experimentar para lograr su modernización han supuesto no sólo mejorías sino también un incremento en los niveles de competitividad. Esto se refleja claramente en el día a día de los estudiantes y se acentúa cuando entran al mundo laboral, siendo cada vez más difícil conseguir un trabajo estable independientemente de la cantidad de títulos que se posean. Así, el panorama laboral español presenta una oferta en aumento de profesionales cualificados que se enfrentan a una demanda muy reducida (GONZÁLEZ, 2020).

La formación universitaria en España requiere compromiso y constancia, que arranca desde el momento en que se inicia el currículo educativo, con tres años de edad. Así, los estudios obligatorios se inician en Preescolar, donde tras tres años de educación se pasa a la Primaria, que dura otros seis años. Después comienza la ESO, donde el alumnado permanece cuatro años y, finalmente si su deseo es continuar estudiando, a otros dos más de Bachillerato. Esto hace un total de quince años de estudios a cursar previos a la Universidad, además de un examen de acceso de varios días de duración con el que en función de la nota se puede, o no,




acceder a la carrera que se desea (BOE, nº106, de 4 de mayo; BOE, nº138, de 9 de diciembre).

Paralelamente a la formación universitaria, existe la enseñanza musical. De forma muy similar a la educación básica, esta se divide en dos bloques que se deben de cursar para poder acceder a las Enseñanzas Superiores. Se comienza con siete años, aunque la mayoría de estudiantes comienza desde los cinco en una educación complementaria previa, y cursan posteriormente los cuatro años de Grado Elemental. Una vez este finaliza, los niños y niñas que desean continuar deben de someterse a un examen en el que se evalúa su interpretación y su conocimiento teórico. Si lo aprueban, se les permite pasar al Grado Profesional, de seis años de duración. En este Grado hay exámenes cada dos años, -tres en total-, que son necesarios superar para obtener el título del mismo. Si la intención es continuar estudiando música tras el Grado Profesional, se debe de realizar un examen de acceso igual que para la universidad, de dos días de duración en el que se evalúa la interpretación del instrumento y varias asignaturas teóricas, independientemente de la carrera seleccionada (BOC, nº206, de 16 de octubre; BOC, nº152, de 7 de junio; BOC, nº 59, de 23 de marzo).

Es innegable el esfuerzo y la dedicación que el alumnado de ambos tipos de titulaciones debe tener durante toda su etapa educacional, pero no se puede olvidar que muchas veces las enseñanzas son complementarias. Esto es, los estudios musicales se suelen iniciar cuando se cursa la Primaria, por lo que debe de compaginar las exigencias del colegio con las del Conservatorio, con clases desde la mañana hasta por la tarde. Si esto se mantiene cuando se accede a las Enseñanzas Superiores, si se compagina una carrera universitaria con una carrera musical, el nivel de dedicación y exigencia aumenta a niveles, muchas veces, difíciles de sostener. Ante este planteamiento, existe una tercera figura situada en el limbo entre las dos anteriores: aquellos adolescentes y jóvenes adultos que compaginan una carrera universitaria con sus estudios superiores de música.

La situación de la música en España, y de la cultura en general, sigue estando muchos pasos por detrás de la del resto de Europa, que unido a la situación laboral actual tan precaria convierte a sus titulados en uno de los sectores más desfavorecidos. Es una profesión con alto grado de desempleo e ingresos que, de forma genérica, apenas rondan el salario mínimo interprofesional, por lo que su capacidad es bastante baja a la hora de hacer frente a gastos grandes como puede ser una hipoteca (PÉREZ; LÓPEZ-APARICIO, 2018). Ante esto, muchos adolescentes que tienen clara su pasión, bien por decisión propia u orientados o forzados por sus progenitores o tutores, se deben de decantar por elegir una carrera complementaria para ampliar las posibilidades de ingresos ante un futuro incierto.



Independientemente de cuál sea el motivo, el estudio de la música sigue entendiéndose de forma popular como algo complementario, un añadido algo elitista a unos estudios más “serios”, lo que permite observar claramente el desconocimiento general del esfuerzo y la dedicación que requiere especializarse en un instrumento musical (BERRY, 1990).

El nivel de exigencia en ambas instituciones, no obstante, difiere en muchos aspectos. Tal y como explica Santos (1999) la enseñanza universitaria ha llegado a un punto en su desarrollo donde más importante que aprender es el aprobar. La mayoría de los beneficios que pueden obtener los alumnos durante su aprendizaje (becas de colaboración, ayudas económicas, Erasmus, orden de elección de su TFG…) se basa en sus calificaciones, por lo que la presencia en clase o las tutorías se ven mermadas durante los meses de no evaluación y especialmente incrementadas las semanas antes de los exámenes. Apoyado por la sociedad y el entorno del alumnado, que inconscientemente sigue esta línea de importancia a las calificaciones, el estrés y la ansiedad de los mismos nace y crece en torno a los exámenes y las evaluaciones finales, más que debido a su propio aprendizaje o especialización. Mendoza et al. (2010) encontraron que los tres estresores más comunes en universitarios eran la evaluación por parte de los profesores, la gran cantidad de trabajos y el tiempo limitado que tenían para ello.

Por otra parte, los estudiantes de música se enfrentan a otro tipo de problemas. Las exigencias para ser intérprete no se basan sólo en el trabajo del instrumento, como se creía hasta hace poco, sino que son físicas y psicológicas (ARNÁIZ, 2015). La mayor parte de los músicos profesionales puede constatar haber sufrido algún tipo de problema derivado de la exposición al público, aspecto inherente a la propia profesión, al ser situaciones que implican altos niveles de ansiedad, adrenalina, fatiga y presión social (LEHRER; GILDMAN; STROMMEN, 1990) Además, al alumnado de música se le enseña a ser extremadamente responsable, visión que promueve auto-culparse ante los errores aunque las circunstancias de una actuación estén fuera del propio control (STERNBACH, 2008).

El dominio de las habilidades que requiere tocar un instrumento toma muchos años de trabajo duro, que muchas veces genera altos niveles de perfeccionismo y ansiedad escénica (PATSTON; OSBORNE, 2015). Las clases individuales y los ensayos suponen lluvias de críticas, y el tener que tocar en público puede ser un reto emocional, sobre todo para aquellos estudiantes que todavía no han terminado de perfeccionar sus habilidades o que no tienen la confianza suficiente en su capacidad musical. Por ello, la auto-crítica excesiva, el aislamiento social como consecuencia del estudio y la elevada responsabilidad sobre uno mismo son





algunos de los estresores que tienen que enfrentar los estudiantes de música (STERNBACH, 2008).

En relación al elevado nivel de perfeccionismo que presenta el alumnado de Conservatorio, el concepto en sí mismo se puede comprender como la tendencia a establecer altos estándares para uno mismo y esforzarse por lograrlos, a evaluar las propias actuaciones de forma muy crítica, la dificultad de estar satisfecho con el propio desempeño y las preocupaciones crónicas respecto a cómo los demás pueden estar evaluándonos (DUNKLEY et al., 2006; STAIRS, 2009). Cuando se estudia el perfeccionismo en los estudiantes de música, Zarza-Alzugaray, Casanova-López y Robles-Rubio (2016) destacan su relación con la ansiedad escénica, que es consecuencia del perfeccionismo y que puede derivar en un auténtico problema a la hora de enfrentarse a la carrera profesional, por lo que se convierte en un tema de especial relevancia tanto en la práctica como en el estudio musical.

Paralelamente, en el rendimiento de los estudiantes universitarios, Wang, Yuen y Slaney (2008) encontraron el perfeccionismo relacionado negativamente con la satisfacción con la vida y positivamente relacionado con la depresión y la soledad.

Castro et al. (2004) dividen el perfeccionismo relacionado con el rendimiento académico en dos tipos: el orientado hacia uno mismo, que se autoimpone, y el prescrito socialmente, o que se percibe como impuesto por el entorno.

Ante los distintos estresores previamente nombrados, el alumnado utiliza las estrategias de afrontamiento, entendidas como el tipo de actuación adoptada para hacer frente a la valoración cognitiva de las distintas situaciones estresantes (CABANACH et al., 2010). Lazarus (1993) distingue dos tipos de afrontamiento: el centrado en el problema o de acción directa, y el centrado en la emoción o paliativo.

De esta manera, se espera que las estrategias de afrontamiento del estudiantado universitario estén centradas en la emoción, como en la búsqueda de apoyo social y la reevaluación positiva, al ser situaciones puntuales relacionadas con la evaluación académica las que generan el malestar (CABANACH et al., 2010; CASSARETTO et al., 2003; CASTRO et al., 2004). De forma contraria, se espera que el alumnado de música presente estrategias de afrontamiento centradas en el problema, como de solución del problema planteado, el autocontrol y el afrontamiento confrontativo (BURIN; OSÓRIO, 2017).

El estudio de estas estrategias de afrontamiento está relacionado con el interés por la salud mental, definida por la OMS como una situación de bienestar en la que se puede hacer frente al estrés en sus niveles normales, ser productivo y contribuir con el entorno. En los estudiantes universitarios, el informe de los síntomas y el estrés aumenta de forma



significativa entre la primera semana de clases y el periodo de evaluaciones y exámenes, que compromete su estabilidad emocional y física (GUARINO et al., 2000). En los estudiantes de música, por otra parte, aunque comparten los estresores del colegio y del día a día a los que todo el mundo se enfrenta, les afecta también la ansiedad escénica y el aislamiento social que implica su mejoría en la materia (DEMIRBATIR, 2015).

Ante las diferencias que presentan las carreras universitarias y las carreras musicales y el, el objetivo de este estudio es realizar un análisis diferencial de las estrategias de afrontamiento, el perfeccionismo, la salud mental, la organización y los sacrificios que presenta el alumnado en función de la carrera que realizan.


Método


Metodología y diseño


La metodología empleada es la MMR (Mixed Methods Research) que combina datos cuantitativos y cualitativos, con un diseño concurrente transformador, donde los datos se recogen a la vez temporalmente y se analizan conjuntamente (SMITH; CANNATA; HAYNES, 2016). La finalidad del uso de esta metodología es el poder obtener resultados relevantes a la hora de comprender y comparar las situaciones y emociones aversivas a las que se enfrentan los distintos grupos de estudiantes.


Participantes


La muestra utilizada fue de 60 estudiantes, divididos en tres grupos en función de la carrera cursada y seleccionados mediante muestreo intencional siguiendo las características requeridas para cada subgrupo. De esta manera participaron 20 estudiantes universitarios pertenecientes a todas las áreas de conocimiento, 20 estudiantes del Superior de Música pertenecientes a los itinerarios de Interpretación y Pedagogía Musical y 20 estudiantes que cursaban ambas carreras simultáneamente (Tablas 1 y 2)

La muestra estaba compuesta por 35 mujeres (58,3%) y 25 hombres (41,7%), todos ellos mayores de edad y en un rango de 18-34 años.


Tabla 1 – División estudiantes Universitarios por áreas de conocimiento

Área del conocimiento Número de participantes Ciencias 4

Ciencias de la Salud 9



Ciencias Sociales

13

Arquitectura e Ingeniería

8

Artes y Humanidades

6

Fuente: Elaboración propia



Tabla 2 – División estudiantes de ambas carreras por itinerarios y áreas de conocimiento


Área de conocimiento

Itinerario

Número de participantes

Ciencias

Interpretación

3

Ciencias de la Salud

Interpretación

2

Ciencias Sociales

Pedagogía Musical

1


Interpretación

7

Arquitectura e Ingeniería

Composición

2


Interpretación

2

Artes y Humanidades

Interpretación

3

Fuente: Elaboración propia




Instrumentos


Los instrumentos empleados para la recogida de datos fueron cuatro, tres de naturaleza cuantitativa y uno de naturaleza cualitativa. Para todos ellos se cuenta con la autorización expresa de los autores, y en el caso de las versiones, de los autores de la versión en español.

De esta manera, el perfeccionismo se midió con el CAPS (The Child and Adolescence Perfectionism Scale) creada por Hewitt et al. (1991) en su versión adaptada al español por Castro et al. (2004). Este cuestionario está formado por 22 ítems, aportando una clasificación multidimensional del perfeccionismo, de manera que se subdivide en dos escalas: “perfeccionismo orientado hacia uno mismo”, con 12 ítems, y “perfeccionismo prescrito socialmente”, con 10 ítems. Su fiabilidad es de 0,89 y no se dan datos de validez en la descripción del instrumento.

La salud mental se estudió a través del GHQ-12 (General Health Questionaire) creado por Goldberg y Williams (1988), también en su versión en español, adaptada por Lobo y Muñoz (1996). Cuenta con 12 ítems que evalúan la gravedad de diversas situaciones emocionales durante las semanas anteriores a la realización del mismo. Este cuestionario tiene una fiabilidad de 0,76 y validez externa de 0,82 (SÁNCHEZ-LÓPEZ; DRESCH, 2008).

Además, se midió también el afrontamiento a través del A-CEA o Escala de Afrontamiento del Estrés Académico, de Cabanach et al. (2010), una subescala del cuestionario CEA, que tiene 23 ítems, con una fiabilidad de 0,893 y validez de 0,66.





Finalmente, en el plano cualitativo se empleó un cuestionario ad hoc de preguntas abiertas, que se muestran en la Tabla 3. De las mismas, dos fueron incluidas con la intención de obtener información cuantitativa, en concreto el número de horas que los distintos estudiantes dedican a sus carreras (pregunta 3 y 4).


Procedimiento


Para dar respuesta a los requerimientos de protección de datos, se recordó a los participantes previo a completar los cuestionarios que su participación era voluntaria y anónima, y que sus respuestas serían utilizadas exclusivamente para fines académicos (Anexo I)

Todos los participantes cumplimentaron los instrumentos en el orden previamente nombrado, primero cuantitativos (CAPS, GHQ-12 y A-CEA) y por último el cuestionario cualitativo, mediante la herramienta online de Formularios de Google (encuestas). El enlace a estos cuestionarios se compartió a través de las redes sociales, como Instagram y WhatsApp, a la muestra seleccionada.


Tabla 3 – Preguntas cuestionario ad hoc



por qué.


estudia?

Preguntas

  1. ¿Sacrifica cosas en su día a día por sus estudios? Si es así, ¿qué tres cosas nombraría?

  2. ¿Cuánto tiempo dedica a sus hobbies o aficiones semanalmente? ¿Cree que es suficiente? Explique


  3. ¿Cuántas horas al día en promedio dedica a su Grado Universitario?

  4. ¿Cuántas horas al día en promedio dedica a su Grado Superior de Música?


  5. ¿Qué cree que es necesario para llevar una buena gestión del tiempo a la hora de estudiar una carrera?


  6. Si alguien no consiguiera tener una buena organización, ¿sería capaz de sacar la carrera que usted


    Fuente: Elaboración propia


    Análisis de datos


    Se analizó la fiabilidad de los tres instrumentos con la muestra utilizada a través del estadístico alfa de Cronbach.

    Con el objetivo de comprobar la existencia de diferencias entre las tres muestras encontradas, se hicieron contrastes de ANOVA para analizar la salud mental, las estrategias




    de afrontamiento y las preguntas cuantitativas (3 y 4) del cuestionario ad hoc, y un MANOVA para comparar los dos factores de perfeccionismo. Para ello se empleó el software E, en su versión 1.6.23.

    Por otra parte, para el análisis del cuestionario cualitativo, se utilizó el programa ALCESTE, (REINERT, 2003) un software de análisis textual de datos, para identificar la información esencial dada por los participantes en relación al talento, los sacrificios que realizan por su/s carrera/s y la organización.


    Resultados


    Fiabilidad de los instrumentos empleados con la muestra utilizada


    La fiabilidad de los instrumentos usados en la muestra se calculó con el alfa de Cronbach. Los resultados se muestran en la Tabla 4, siendo todas las fiabilidades iguales o mayores que las encontradas por los respectivos autores.


    Tabla 4 – Fiabilidad de los instrumentos con la muestra utilizada


    Instrumento


    Alfa de Cronbach

    General Health Questionnaire (GHQ-12)


    0,881

    The Child and Adolescence Perfectionism Scale

    (CAPS)


    Escala de Afrontamiento

    Factor 1:

    Perfeccionismo orientado hacia uno mismo

    Factor 2:

    Perfeccionismo prescrito socialmente

    0,780


    0,893


    0,888

    del Estrés Académico (A-CEA)



    Fuente: Elaboración propia


    Horas de dedicación a las actividades de la carrera


    Los descriptivos obtenidos se recogen en la Tabla 5. Se observaron diferencias significativas entre las horas dedicadas a las actividades de la carrera en función del grupo de pertenencia (F=8,18, g.l.1=2, g.l.2=37,5, 2p=0,233, p=0,001).

    Para comprobar entre qué grupos se encontraba la diferencia, se realizó un análisis post-hoc con la prueba Tukey. Se obtuvo diferencia significativa entre el grupo de estudiantes universitarios y el grupo de dos carreras, universidad y superior de música (t=-4,16, p<0,001), datos recogidos en la Tabla 6.




    Tabla 5 – Descriptivos preguntas 3 y 4: dedicación a las actividades de la carrera


    Grupo

    N

    Media

    SD

    SE

    1

    20

    5,30

    3,05

    0,681

    2

    20

    7,35

    3,36

    0,751

    3

    20

    9,95

    4,12

    0,922

    Fuente: Elaboración propia


    Tabla 6 – Prueba Tukey preguntas 3 y 4


                                   Comparación                  

    Carrera

    Carrera


    Diferencia

    medias

    de

    SE

    df

    t

    Ptukey

    1


    2

    -2,05


    1,12

    57,0

    -1,83

    0,168



    3

    -4,65


    1,12

    57,0

    -4,16

    <0,001

    2


    3

    -2,60


    1,12

    57,0

    -2,32

    0,061

    Fuente: Elaboración propia


    Salud mental


    Para conocer si existen diferencias en salud mental entre los tres grupos de estudiantes, se realizó un ANOVA de una vía. Los estadísticos descriptivos se muestran en la Tabla 7.


    Tabla 7 – Descriptivos GHQ-12 tres grupos



    po

    Gru

    N

    Media

    SD

    SE


    1

    20

    14,9

    3,70

    0,827


    2

    20

    13,1

    3,68

    0,822


    3

    20

    14,7

    4,00

    0,895

    Fuente: Elaboración propia


    El test de Levene mostró ausencia de diferencias en homocedasticidad y el contraste mediante ANOVA no resultó significativo (F=1,40, g.l=2, p=0,255). No obstante, se obtiene

    2p

    un tamaño del efecto pequeño ( = 0,047).

    Sin embargo, en los tres casos las medias señalan la posible presencia de un trastorno emocional. Esto se debe a que son superior a 12, punto establecido por los autores del instrumento como indicador de algún tipo de riesgo contra la salud mental.




    Perfeccionismo


    2p

    Para estudiar si existen diferencias entre los tres grupos de estudiantes en relación a los dos factores de perfeccionismo se realizó un MANOVA. El contraste no resultó significativo (F=2,11, g.l.1=4, g.l.2=112, p=0,084), aunque el tamaño del efecto obtenido es grande (

    =0,70).


    Estrategias de afrontamiento


    La determinación de las diferentes estrategias de afrontamiento que presentan los tres grupos de estudiantes se realizó a través del análisis de los resultados obtenidos en el cuestionario A-CEA, mediante un ANOVA.

    No se encontraron diferencias significativas entre los tres grupos de estudiantes en relación a las estrategias de afrontamiento (F=2,16, g.l.=2, p=0,125), y el tamaño del efecto es

    2p

    mediano ( =0,073).


    Cuestionario cualitativo


    Para conocer las opiniones, la gestión del tiempo y los sacrificios que los diferentes estudiantes tienen con respecto a su/s carrera/s, se llevaron a cabo cinco análisis usando el software ALCESTE. Las preguntas 3 y 4, como se comentó anteriormente, se analizaron mediante Jamovi.


    Pregunta 1: ¿Sacrifica cosas en su día a día por sus estudios? Si es así, ¿qué tres cosas nombraría?


    El análisis para los tres grupos arroja tres clases, con una pertinencia de tratamiento muy elevada, ya que explica el 89% de las respuestas dadas. La relación que aparece es arbórea, pues la primera clase conecta con la segunda y la tercera, que a su vez están enlazadas. La más relevante es por tanto la clase 1, que se puede denominar mis amigos. Esta información se observa en la Figura 1.




    Figura 1 – Dendrograma pregunta 1: sacrificios



    Fuente: Elaboración propia


    En la tabla 8 se plantea la información de las tres clases, denominadas “mis amigos”, “tiempo de ocio” y “vida social”, con ejemplos de texto, el número de unidades de contexto elemental que explican, su valor de χ2 y la palabra más representativa. Los nombres de cada grupo hacen referencia a los tres sacrificios que más consideran los estudiantes que hacen debido a sus carreras, coincidiendo todos ellos en la disminución de su tiempo libre para aumentar el tiempo de estudio.


    Tabla 8 – Información pregunta 1: sacrifícios


    SACRIFICIOS


    Clase UCE χ2 Palabra


    1. Mis amigos 26 Amigos


      Frases Cuando tenia mucha carga de estudio sacrificaba hacer deporte, salir con 8

      mis amigos y tener tiempo para mi.

      Sí, entre ellas nombraría el quedar con mis amigos para estar juntos y 8

      hablar de nuestras cosas. Tener una vida mas activa físicamente, pues en mi caso estoy si no todo el día, casi todo el día sentada.




      El poder estar un día sin hacer nada, poder un fin-de-semana dedicárselo 7

      a cualquier otra cosa que no sea la musica.

    2. Tiempo de ocio 12 Ocio Frases Tiempo de ocio, descanso físico y mental 13

      Tiempo de ocio, tiempo de descanso, y posiblemente, tiempo para las 6

      relaciones.

      Sí, el tiempo de descanso, el tiempo de ocio, y el tiempo de ejercicio. 6


    3. Vida social 19 Social Frases Vida social, sueño, deporte.

      Vida social, deporte y ocio.


      Sí, ocio, leer, ver una película, cocinar, deporte y vida social.


      Fuente: Elaboración propia


      Pregunta 2: ¿Cuánto tiempo dedica a sus hobbies o aficiones semanalmente? ¿Cree que es suficiente?


      El análisis para los tres grupos arroja tres clases, con una pertinencia de tratamiento muy elevada ya que explica el 85% de las unidades de contexto elemental. La relación que se genera es arbórea, porque la clase 1 conecta con la 2 y 3, estando estas relacionadas entre ellas. La clase 2 es la más relevante, pudiendo denominarse Distribución del tiempo de ocio. Esto se puede observar en la Figura 2.




      Figura 2 – Dendrograma pregunta 2: tiempo dedicado a aficiones


      Fuente: Elaboración propia


      En la tabla 9 se presentan las diversas clases, que se generan en relación al tipo de respuesta de los estudiantes: quienes cuantifican el ocio en función de las horas empleadas en él, los que expresan el tipo de afición y quienes señalan escaso tiempo dedicado a las aficiones. Son estas tres diferenciaciones las que le dan nombre a las clases, representando cada una de ellas la concepción del ocio en la muestra analizada. Además, se plantea la información de las tres clases con ejemplos de texto, el número de unidades de contexto elemental que explican, su valor de χ2 y la palabra más representativa.


      Tabla 9 – Información pregunta 2: tiempo dedicado a aficiones


      TIEMPO DEDICADO A AFICIONES


      Clase UCE χ2 Palabra


      1. Cuantificación del tiempo de ocio 20 Semana


        Frases 20 25 horas aproximadamente, unas tres horas al día, algo menos entre 7

        semana y un poco mas los fines de semana



        Los fines de semana. 7

        Considero que de lunes a viernes le dedico unas 2 3 horas, los fines de 7

        semana le dedico unas 4 horas aproximadamente.

      2. Distribución del tiempo de ocio 28 Dedicar

        Frases Semanalmente no les puedo dedicar más de 5h. A pesar de ello disfruto 13

        las dos carreras que estudio, las elegí porque es a lo que me gustaría dedicarme.

        Tiempo de ocio, tiempo de descanso, y posiblemente, tiempo para las 5

        relaciones.

        Sí, el tiempo de descanso, el tiempo de ocio, y el tiempo de ejercicio. 5

      3. Dedicación escasa a aficiones 15 Hobbies Frases Prácticamente no dedico tiempo a hobbies o aficiones 13

Todos los hobbies que tengo están de-alguna manera dirigidos 9

académicamente, por lo tanto, el único tiempo libre que tengo lo dedico a estar con mis amigos y con mi pareja.

Le dedico poco tiempo de manera consciente a mis hobbies, pero a 9

menudo me descubro haciéndolos por inercia, ya que es mi forma de meditar, de evadirme.



Fuente: Elaboración propia


Pregunta 5: ¿Qué cree que es necesario para llevar una buena gestión del tiempo a la hora de estudiar una carrera?


El análisis para los tres grupos arroja tres clases, con una pertinencia débil, explicando el 56% de las respuestas dadas. La división es arbórea, ya que la primera clase se relaciona con la dos y la tres, que a su vez están relacionadas entre sí. La clase más relevante es la clase 2, pudiéndose denominar Planificación de actividades. Esto se puede observar en la Figura 3.




Figura 3 – Dendrograma pregunta 5: gestión del tempo


Fuente: Elaboración propia


En la tabla 10 se recogen los tres grupos obtenidos tras el análisis, donde los estudiantes plasman que para poder aprovechar bien el tiempo y aprobar así la carrera, es esencial una buena organización (clase 1), así como planificar las actividades que se deben de llevar a cabo, incluidas las de ocio (clase 2), y contar con compromiso hacia esas actividades (clase 3). Además, se plantea la información de las tres clases con ejemplos de texto, el número de unidades de contexto elemental que explican, su valor de χ2 y la palabra más representativa.


Tabla 10 – Información pregunta 5: gestión del tempo


GESTIÓN DEL TIEMPO

Clase UCE χ2 Palabra

  1. Buena organización 10 Organización Frases Una buena organización. 10

    Muy buena organización y planificación, al igual que ser constante y 5

    persistente.





    Sin duda, una buena organización, marcar objetivos a corto y a largo 5

    plazo. Priorizar.

  2. Planificación de actividades 17 Tener Frases Tener ratos con actividades para desconectar y dormir bien. 17

    Tener un orden de prioridades. 8

    Tener una buena situación económica en casa. Los estudiantes que 4

    trabajan y estudian por necesidad somos los que peor lo pasamos.

  3. Compromiso 10 Hacer

Frases Ser consciente de nuestros limites mentales y físicos, de nuestras 5

características y preferencias, si sé que soy mas productiva por la tarde noche, organizarme para hacer las tareas que más concentración requieren para esos momentos

Hacer un horario propio e intentar cumplirlo siempre. incluyendo en 2

el tanto tiempo de estudio como tiempo de ocio. Creo que incluso ayudaría a aprovechar mas el tiempo y a la concentración, ya que si no te aplicas ya no puedes cumplir el horario.


Organizar la comida, para no tardar tanto en hacerla, restringir el uso 1

de tu móvil por las tardes, hacer pequeños descansos cada vez que estudias.


Fuente: Elaboración propia


Pregunta 6: Si alguien no consiguiera tener una buena organización, ¿sería capaz de sacar la carrera que usted estudia?


El análisis para los tres grupos arroja dos clases, con una pertinencia débil, ya que explican el 38% de las unidades de contexto elemental. Las clases definen dos opiniones: quienes consideran que es posible obtener resultados académicos apropiados y suficientes con poca organización (clase 1) y quienes piensan que esto no es posible (clase 2). De las dos, la más relevante es la 1, denominada Buena organización. Esta información se recoge en la Figura 4.




Figura 4 – Dendrograma pregunta 6: capacidad de sacar la carrera



Fuente: Elaboración propia


Las dos clases obtenidas mediante este análisis se recogen en la tabla 11, donde se denominan en función de las creencias de los estudiantes en relación a la organización necesaria para sacar la carrera. Así, encontramos la clase “buena organización”, donde esta se considera esencial, y la clase “poca organización”, donde se considera que se podría sacar la carrera sin mucha organización, aunque con dificultades. Además, en la tabla se recoge la información de las dos clases con ejemplos de texto, el número de unidades de contexto elemental que explican, su valor de χ2 y la palabra más representativa.



Tabla 11 – Información pregunta 6: capacidad de sacar la carrera


CAPACIDAD DE SACAR LA CARRERA


Clase UCE χ2 Palabra


  1. Buena organización 12 Buena


    Frases Hay personas que no se organizan mucho, pero son capaces de sacar 12

    muy bien una carrera como es la de química o música. Sin embargo, creo que para llevar bien dos carreras es vital una buena organización.

    Mi carrera es bastante personal, hay gente que necesita buena 10

    organización todos los días y otras personas pueden ponerse a ultima hora y hacerlo igual de bien

    En el caso que no pueda, el inconveniente será el tiempo que emplee 7

    para acabar dicha carrera. por lo demás, con implicación y trabajo, cualquier persona puede sacar cualquier carrera.

  2. Poca organización 11 Un Frases Sí, pero con la soga al cuello. Se vería un poco apurado. 5

Con un milagro tal vez sí. 5

Pienso que sí seria capaz, pero muy posiblemente con unos resultados 1

mas bajos de lo que cabria esperar y con un desgaste mayor



Fuente: Elaboración propia


Discusión


La calidad de vida en relación a la salud, se entiende como las consecuencias que se generan en el ámbito afectivo y cognitivo tras el afrontamiento de los problemas del día a día y de los distintos estresores que se plantean en el camino hacia nuestros objetivos (Etcheld et al., 2003). Por ello, las investigaciones que buscan estudiar las variables como perfeccionismo, estrategias de afrontamiento o salud mental son fundamentales, en la medida en la que clarifican el camino de las posibles mejorías en el ámbito académico, y su consecuente aumento de la calidad de vida estudiantil.




Se encontraron diferencias significativas en las horas dedicadas a los estudios, entre el grupo de estudiantes universitarios y aquellos que cursan dos carreras (música y universidad), dato lógico debido a la mayor carga de trabajo del segundo grupo. Sin embargo, esta significación no ocurrió entre los estudiantes del superior de música y los que cursan dos carreras, posiblemente debido a que los estudios de música requieren una mayor dedicación del alumnado para su adecuada realización.

No se encuentra diferencia significativa entre los tres grupos muestrales en las variables estudiadas, o lo que es lo mismo, entre estudiantes de carreras universitarias y estudios de música, así como estudiantes que sólo cursan una carrera versus estudiantes que cursan dos. Esto supone que, de forma psicológica, el peso que tienen los estudiantes al cursar una carrera superior es independiente del tipo que sea, incluyendo las artes musicales, y de que sea sólo una o dos a la vez. No obstante, la ausencia de diferencias significativas en las variables planteadas no implica la ausencia de aspectos importantes a señalar.

El primero de ellos es en relación a la salud mental, donde los tres grupos cuentan con una puntuación media superior a 12, número indicado por los autores del instrumento como punto de corte de un posible trastorno emocional. Esto señala la necesidad de ahondar más en futuras investigaciones en el estado de la salud mental de los estudiantes de carreras superiores, y, asimismo, pone de manifiesto la necesidad de que las instituciones brinden ayuda psicológica y acompañamiento en sus estudios al alumnado. Por ello, es necesario cuestionar si no podría ser conveniente la presencia de equipos de orientación y apoyo psicológico en los estudios superiores, de manera que el estudiantado tuviese ayuda para superar el estrés y la ansiedad.

El segundo aspecto a reseñar es que, si bien no se obtuvieron diferencias significativas entre los grupos en las variables estudiadas, los tamaños del efecto (pequeña en la salud mental, media en estrategias de afrontamiento y grande en perfeccionismo) señalan la posible falta de potencia de los contrastes debido al pequeño tamaño muestral, lo que pone de manifiesto que, con una muestra mayor, es muy probable que se hubiesen obtenido diferencias significativas. De esta manera, realizar el mismo análisis con una muestra mayor podría ser conveniente para asegurar si existe o no significación.

De cara al análisis cualitativo, la ausencia de diferencias significativas entre los tres grupos llevó a unificar las respuestas de toda la muestra para su estudio con ALCESTE. Los estudiantes señalan como común el sacrificio del tiempo para las relaciones sociales, el ocio y el tiempo con sus amigos debido a sus estudios. Además, consideran el tiempo que sí que dedican a sus aficiones en función de tres aspectos diferenciados: el tiempo real que le

RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. esp. 4, p. 1981-2004, dic. 2021. e-ISSN: 1519-9029



dedican, cómo distribuyen ese tiempo de ocio y cuán escaso es. Que todo el alumnado, independientemente de la carrera cursada, plantee la ausencia de tiempo de ocio como sacrificio fundamental debido a los estudios es un aspecto que sería conveniente estudiar en profundidad, en especial qué consecuencias podría estar generando el no tener tiempo para desconectar del ámbito académico.

En relación a la gestión del tiempo durante los estudios, los estudiantes consideran una buena organización, la planificación de actividades y el compromiso con ellas como los aspectos fundamentales para aprovechar el mismo. Sin embargo, se encuentran diferencias de opiniones claras en relación a si es necesario o no organizarse para sacar la carrera. Aproximadamente la mitad de la muestra considera que es fundamental tener una buena organización para tener éxito en los estudios, mientras que la otra mitad plantea que no tener mucha organización tampoco es un inconveniente en el camino de los estudios superiores.

Se debe de tener en cuenta que se ha contado con un limitado número de estudiantes, lo cual ha supuesto la principal debilidad de este estudio, debido a las características tan específicas que debían de cumplir los mismos. No obstante, ha habido participantes de todas las áreas de conocimiento en el caso de las carreras universitarias, y de todos los itinerarios en el caso del superior de música.

En futuras investigaciones sería muy interesante analizar estas variables en una muestra mayor que permitiese asegurar el efecto obtenido, clarificando esa información el camino necesario a seguir para mejorar la calidad de vida del cuerpo estudiantil.


REFERENCIAS


ARNÁIZ, M. La interpretación musical y la ansiedad escénica: validación de un instrumento de diagnóstico y su aplicación en los estudiantes españoles de Conservatorio Superior de Música. 2015. Tesis (Doctoral) – Universidad da Coruña, 2015.


BERRY, L. Strategies for the recruitment and retention of minority music students. In: ANNUAL MEETING, NATIONAL ASSOCIATION OF MUSIC, 65., 1990. Proceedings […]. 1990. p. 110-118.


BURIN, A.; OSÓRIO, F. Music performance anxiety: a critical review of etiological aspects, perceived causes, coping strategies and treatment. Archives of Clinical Psychiatry, São Paulo, v. 44, n. 5, p. 127-133, 2017.


CABANACH, R. et al. Escala de Afrontamiento del Estrés Académico (A-CEA). Revista Iberoamericana de Psicología y Salud, v. 1, n. 1, p. 51-64, 2010.





CASSARETTO, M. et al. Estrés y afrontamiento en estudiantes de psicología. Revista de Psicología de la PUPC, v. 21, n. 2, p. 365-392, 2003.


CASTRO, J. et al. Perfectionism dimensions in children and adolescents with Anorexia Nerviosa. Journal of Adolescence Health, v. 35, p. 392-398, 2004.


DECRETO 364/2007, de 2 de octubre, por el que se establece la ordenación y el currículo de las enseñanzas profesionales de música en la Comunidad Autónoma de Canarias. Boletín Oficial de Canarias, 16 oct. 2007.


DEMIRBATIR, R. E. Relationships between psychological well-being, happiness and educational satisfaction in a group of university music students. Academic Journals, v. 10, n. 15, p. 2198-2206, 2015.


DÍEZ, E. et al. Qué hacemos con la universidad. Akal, 2013.


DUNKLEY, D. M. et al. Personal standards and evaluative concerns dimensions of “clinical” perfectionism: A reply to Shafran et al. (2002, 2003) and Hewitt et al. (2003). Behaviour Research and Therapy, v. 44, p. 63-84, 2006.


ETCHELD, M.; VAN ELDEREN, T.; VAN DER KAMP, L. Modeling predictors of quality of life after coronary angioplasty. Annals of Behavioral Medicine, v. 26, p. 49-60, 2003.


GOLDBERG, D.; WILLIAMS, P. A user’s guide to the General Health Questionnaire. NFER-Nelson, 1988.


GONZÁLEZ, I. Análisis comparativo de la situación laboral de los titulados superiores en Canarias y España (2000-2008). 2020. Trabajo (Máster) – Universidad de La Laguna, 2020.


GUARINO, L. et al. Estrés, salud mental y cambios inmunológicos en estudiantes universitarios. Psicología Conductual, v. 8, n. 1, p. 57-71, 2000.


HEWITT, P.L. et al. The Multidimensional Perfectionism Scale: Reliability, Validity and Psychometric Properties in Psychiatric Samples. A Journal of Consulting and Clinical Psychology, v. 3, n. 3, p. 464-468, 1991.


LAZARUS, R.S. Coping theory and research: Past, present and future. Psychosomatic Medicine, v. 55, p. 237-247, 1993.


LEHRER, P. M.; GILDMAN, N.; STROMMEN, E. A principal components assessment of performance anxiety among musicians. Medical Problems of performing Artists, v. 5, p. 12-18, 1990.


LEY 6/2014, de 25 de julio, Canaria de Eduación No Universitaria. Boletín Oficial de Canarias, 7 ago. 2014.


LEY Orgánica 2/2006, de 3 de mayo, de Educación. Boletín Oficial del Estado, 106, 4 mayo 2006.




LEY Orgánica 8/2013, de 9 de diciembre, para la Mejora de la Calidad Educativa (LOMCE) (2014). Boletín Oficial del Estado, 138, sec. I, 7 jun. 2014.


LOBO, A.; MUÑOZ, P. E. Cuestionario de Salud General GHQ (General Health Questionnaire). Guía para el usuario de las distintas versiones en lengua española validada. Barcelona: Masson, 1996.


MENDOZA, L. et al. Factores que ocasionan estrés en estudiantes universitarios. Revista de Enfermería, v. 4, n. 3, p. 35-45, 2010.


ORDEN de 16 de marzo de 2018, por la que se establece la ordenación y el currículo de las enseñanzas elementales de música en el ámbito de la Comunidad Autónoma de Canarias (2018). Boletín Oficial de Canarias, 23 mar. 2018.


ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD (OMS). Salud mental: fortalecer nuestra respuesta. 30 mar. 2018.


PATSTON, T.; OSBORNE, M. S. The developmental features of music performance anxiety and perfectionism in school age music students. Performance Enhancement & Health, v. 4 n. 1-2, p. 42-49, 2016.


PÉREZ, M.; LÓPEZ-APARICIO, I. Actividad artística y precariedad laboral en España, análisis a partir de un estudio global. Arte y políticas de identidad, v. 19, p. 49-66, 2018.


REINERT, M. Alceste Users' Manual. Touluse: Image, 2003.


RUIZ DE VARGAS, M.; JARABA, B.; ROMERO, L. Competencias laborales y la formación universitaria. Psicología desde el Caribe, v. 16, p. 64-91, 2005.


SÁNCHEZ-LÓPEZ, M. P.; DRESCH, V. The 12-item General Health Questionnaire (GHQ- 12): Reliability, external validity and factor structure in the Spanish population. Psicothema, v. 20, n. 4, p. 839-843, 2008.


SANTOS, M. A. 20 paradojas de la evaluación del alumnado en la Universidad española. Revista Electrónica Interuniversitaria de Formación del Profesorado, v. 2, n. 1, p. 369- 392, 1999.


SMITH, T. M.; CANNATA, M.; HAYNES, K. T. Reconciling data from different sources: Practical realities of using mixed methods to identify effective high school practices.

Teachers College Record, v. 118, p. 1-34, 2016.


STAIRS, A. Examining the construct of perfectionism: A factor-analytic study. 2009. Tesis (Doctoral) – University of Kentucky, 2009.


STERNBACH, D. Stress in the lives of music students. Music Educators Journal, v. 94, n. 3, p. 42-48, 2008.


WANG, K. T.; YUEN, M.; SLANEY, R. B. Perfectionism, Depression, Loneliness, and Life Satisfaction. A Study of High School Students in Hong Kong. The Counseling Psychologist, v. 37, n. 2, p. 249-274, 2008.



ZARZA-ALZUGARAY, F.; CASANOVA-LÓPEZ, O.; ROBLES-RUBIO, JRelación entre

ansiedad escénica, perfeccionismo y calificaciones en estudiantes del Título Superior de Música. ReiDoCrea, v. 5, n. 3, p. 16-21, 2016.


Cómo referenciar este artículo


MONTERO TORRES, M.; AGUIRRE DELGADO, T.; BORGES DEL ROSAL, M. África.

Afrontamiento, salud mental y perfeccionismo en enseñanzas superiores: diferencias entre músicos y universitarios. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. esp. 4, p. 1981-2004, dic. 2021. e-ISSN:1519-9029. DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.4.15935


Enviado: 20/08/2021

Revisiones necesarias: 12/10/2021 Aprobado: 15/11/2021 Publicado: 08/12/2021





COPING STRATEGIES, MENTAL HEALTH AND PERFECTIONISM IN UNDERGRADUATES: DIFFERENCES BETWEEN MUSIC STUDENTS AND UNIVERSITY STUDENTS


ENFRENTAMENTO, SAÚDE MENTAL E PERFECCIONISMO NO ENSINO SUPERIOR: DIFERENÇAS ENTRE MÚSICOS E ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS


AFRONTAMIENTO, SALUD MENTAL Y PERFECCIONISMO EN ENSEÑANZAS SUPERIORES: DIFERENCIAS ENTRE MÚSICOS Y UNIVERSITARIOS


Marina MONTERO TORRES1 Triana AGUIRRE DELGADO2

María de África BORGES DEL ROSAL3


ABSTRACT: Students prepare themselves for university through high levels of commitment and compromise, throughout extensive compulsory study. Musical studies also require an extensive compulsory study stage, but with different levels of commitment and compromise. Taking in account similarities and differences between both degrees, this study aims to analyse coping strategies, mental health, perfectionism, and the concept of sacrifice that different undergraduates from university degrees, music degrees and both have. For this purpose, 60 students participated, a mixed methodology was used, and results show no significant statistical differences between the three groups, but it discusses the relevance of them, and the need of support so this student body can be successful in their studies.


KEYWORDS: Undergraduate. Music. Mental health. Coping strategies. Perfectionism.


RESUMO: Os estudos universitários requerem elevados níveis de exigência e empenho que envolve uma etapa escolar obrigatória muito extensa. Os estudos musicais superiores também requerem uma preparação prévia extensa, mas com outros níveis de exigência e empenho que colocam os alunos em situações muito diferentes. Considerando as diferenças e semelhanças, o estudo pretende analisar as diferentes estratégias de enfrentamento frente ao estresse, perfeccionismo, saúde mental e a valorização do sacrifício que diferentes universitários, musicais e ambos possuem. Para isso, foi coletada uma amostra de 60 alunos de ambas as modalidades, foi utilizada uma metodologia mista e os resultados mostram a ausência de diferenças significativas entre os grupos, mas a importância desses achados é discutida.


1 University of La Laguna (ULL), San Cristóbal de La Laguna – Spain. College of Psychology and Speech Therapy. Master's student in psychology. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4586-1675. E-mail: marinamonterotorres@gmail.com

2 University of La Laguna (ULL), San Cristóbal de La Laguna – Spain. College of Psychology and Speech Therapy. Master's student in psychology. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2110-1551. E-mail: info@gtisd.net

3 University of La Laguna (ULL), San Cristóbal de La Laguna – Spain. Professor of the Department of Clinical Psychology, Psychobiology and Methodology of the College of Psychology. Since 2001, she has directed the Work and Research Group on Giftedness (GTISD), coordinating, and directing doctoral theses of doctoral and master students. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8267-4401. E-mail: aborges@ull.edu.es

RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. esp. 4, p. 1976-1998, Dec. 2021. e-ISSN: 1519-9029


PALAVRAS-CHAVE: Estudantes universitários. Música. Saúde mental. Estratégias de enfrentamento. Perfeccionismo.


RESUMEN: Los estudios universitarios requieren altos niveles de exigencia y compromiso que suponen una etapa educacional obligatoria muy extensa. Los estudios superiores musicales requieren también una preparación previa muy extensa, pero con otros niveles de exigencia y compromiso que colocan a sus estudiantes en situaciones muy diversas. Considerando diferencias y similitudes, estudio tiene como intención analizar las distintas estrategias de afrontamiento ante el estrés, el perfeccionismo, la salud mental y la valoración del sacrificio que tienen distintos estudiantes universitarios, musicales y de ambas. Para ello, se ha recabado una muestra de 60 estudiantes de ambos tipos, se empleó metodología mixta y los resultados muestran ausencia de diferencias significativas entre los grupos, pero se discute la importancia de estos hallazgos.


PALABRAS CLAVE: Universitarios. Música. Salud mental. Estrategias de afrontamiento. Perfeccionismo.


Introduction


The Spanish academic world has undergone many changes throughout history, especially in recent decades with the arrival of globalization, as universities have been able to catch up with their European counterparts (DÍEZ et al., 2013).

Ruiz de Vargas et al. (2005) consider that the different phenomena that organizations, such as the university, have had to experience to achieve their modernization have led not only to improvements but also to an increase in levels of competitiveness. This is clearly reflected in the day-to-day life of students and is accentuated when they enter the world of work, making it increasingly difficult to find a stable job regardless of the number of degrees they hold. Thus, the Spanish labor scene presents an increasing supply of qualified professionals who face a very reduced demand (GONZÁLEZ, 2020).

University formation in Spain requires commitment and perseverance, which starts from the moment the educational curriculum begins, at the age of three. Thus, compulsory studies begin in Preschool, where after three years of education they move on to Primary, which lasts another six years. Then the ESO begins, where the students stay for four years and, finally, if their wish is to continue studying, another two more for bachelor's degree. This makes a total of fifteen years of studies to take prior to the University, in addition to an entrance exam of several days in duration with which depending on the grade you can, or not, access the career you want (BOE, n. 106, of 4 May; BOE, n. 138, of 9 December).




Parallel to university formation, there is music education. In a very similar way to basic education, this is divided into two blocks that must be taken in order to access Higher Education. It begins with seven years, although the majority of students start from the age of five in a previous complementary education, and subsequently complete the four years of Elementary Grade. Once this is over, the boys and girls who wish to continue must undergo an exam in which their interpretation and theoretical knowledge are evaluated. If they pass it, they are allowed to move on to the Professional Degree, lasting six years. In this Degree there are exams every two years, -three in total-, which are necessary to pass in order to obtain the degree. If the intention is to continue studying music after the Professional Degree, you must take an entrance exam the same as for the university, lasting two days in which the interpretation of the instrument and several theoretical subjects are evaluated, regardless of the selected career (BOC, n. 206, of 16 October; BOC, n. 152, of 7 June; BOC, n. 59, of 23 March).

The effort and dedication that students of both types of degrees must have throughout their educational stage is undeniable, but it must not be forgotten that the teachings are often complementary. That is, musical studies usually begin when Primary is attended, so you must combine the demands of the school with those of the Conservatory, with classes from morning to afternoon. If this is maintained when accessing Higher Education, if a university career is combined with a musical career, the level of dedication and demand increases to levels that are often difficult to sustain. Faced with this approach, there is a third figure located in limbo between the previous two: those adolescents and young adults who combine a university career with their higher studies in music.

The situation of music in Spain, and of culture in general, continues to be many steps behind that of the rest of Europe, which together with the current precarious employment situation makes its graduates one of the most disadvantaged sectors. It is a profession with a high degree of unemployment and income that, generally speaking, is barely around the minimum interprofessional salary, so its capacity is quite low when it comes to coping with large expenses such as a mortgage (PÉREZ; LÓPEZ- APARICIO, 2018). Given this, many adolescents who are clear about their passion, either by their own decision or guided or forced by their parents or guardians, must choose a complementary career to expand their income possibilities in the face of an uncertain future. Regardless of the reason, the study of music is still popularly understood as something complementary, a somewhat elitist addition to more "serious" studies, which allows us to clearly observe the general ignorance of the effort and dedication required to specialize in a musical instrument (BERRY, 1990).

RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. esp. 4, p. 1976-1998, Dec. 2021. e-ISSN: 1519-9029



The level of demand in both institutions, however, differs in many respects. As Santos (1999) explains, university education has reached a point in its development where passing is more important than learning. Most of the benefits that students can obtain during their learning (collaboration scholarships, financial aid, Erasmus, order of choice of their TFG ...) is based on their qualifications, so the presence in class or tutorials are diminished during the months of no evaluation and especially increased the weeks before the exams. Supported by society and the environment of the students, who unconsciously follow this line of importance to grades, their stress and anxiety is born and grows around exams and final evaluations, rather than due to their own learning or specialization. Mendoza et al. (2010) found that the three most common stressors in university students were evaluation by teachers, the large number of jobs and the limited time they had for it.

On the other hand, music students face other kinds of problems. The demands to be an interpreter are not based only on the work of the instrument, as was believed until recently, but are physical and psychological (ARNÁIZ, 2015). Most professional musicians can state that they have suffered some type of problem derived from exposure to the public, an aspect inherent to the profession itself, being situations that involve high levels of anxiety, adrenaline, fatigue and social pressure (LEHRER; GILDMAN; STROMMEN, 1990). In addition, music students are taught to be extremely responsible, a vision that promotes self- blame for mistakes even if the circumstances of a performance are beyond their own control (STERNBACH, 2008).

Mastering the skills required to play an instrument takes many years of hard work, which often generates high levels of perfectionism and stage anxiety (PATSTON; OSBORNE, 2015). One-to-one lessons and rehearsals are showers of criticism and having to perform in public can be an emotional challenge, especially for those students who have not yet finished honing their skills or are not confident enough in their musical ability. For this reason, excessive self-criticism, social isolation as a consequence of studying and high responsibility for oneself are some of the stressors that music students have to face (STERNBACH, 2008).

In relation to the high level of perfectionism that Conservatory students present, the concept itself can be understood as the tendency to establish high standards for oneself and strive to achieve them, to evaluate one's own performances in a very critical way, the difficulty of being satisfied with your own performance and chronic concerns about how others may be evaluating you (DUNKLEY et al., 2006; STAIRS, 2009). When perfectionism is studied in music students, Zarza-Alzugaray, Casanova-López and Robles-Rubio (2016)



highlight its relationship with stage anxiety, which is a consequence of perfectionism and which can lead to a real problem when it comes to face a professional career, so it becomes a subject of special relevance both in practice and in music study.

In parallel, in the performance of university students, Wang, Yuen and Slaney (2008) found perfectionism negatively related to satisfaction with life and positively related to depression and loneliness.

Castro et al. (2004) divide perfectionism related to academic performance into two types: self-oriented, self-imposed, and socially prescribed, or perceived as imposed by the environment.

Faced with the different previously mentioned stressors, students use coping strategies, understood as the type of action adopted to face the cognitive assessment of different stressful situations (CABANACH et al., 2010). Lazarus (1993) distinguishes two types of coping: problem-centered or direct action, and emotion-centered or palliative.

In this way, it is expected that the coping strategies of the university students are focused on emotion, such as in the search for social support and positive reassessment, since it is specific situations related to academic evaluation that generate discomfort (CABANACH et al., 2010; CASSARETTO et al., 2003; CASTRO et al., 2004). On the contrary, music students are expected to present coping strategies focused on the problem, such as solving the problem posed, self-control and confrontational coping. (BURIN; OSÓRIO, 2017).

The study of these coping strategies is related to the interest in mental health, defined by the WHO as a situation of well-being in which one can cope with stress at its normal levels, be productive and contribute to the environment. In college students, the report of symptoms and stress increases significantly between the first week of classes and the period of evaluations and examinations, which compromises their emotional and physical stability (GUARINO et al., 2000). In music students, on the other hand, although they share the stressors of school and day-to-day that everyone faces, they are also affected by stage anxiety and social isolation that their improvement in the subject implies (DEMIRBATIR, 2015).

Given the differences that university careers and music careers present, the objective of this study is to carry out a differential analysis of coping strategies, perfectionism, mental health, organization and sacrifices that students present based on the career they carry out.




Method


Methodology and design


The methodology used is the MMR (Mixed Methods Research) that combines quantitative and qualitative data, with a transforming concurrent design, where the data is collected both temporarily and jointly analyzed (SMITH; CANNATA; HAYNES, 2016). The purpose of using this methodology is to be able to obtain relevant results when it comes to understanding and comparing the aversive situations and emotions faced by different groups of students.


Participants


The sample used was of 60 students, divided into three groups according to the career taken and selected by intentional sampling following the characteristics required for each subgroup. In this way, 20 university students belonging to all areas of knowledge participated, 20 students from the Superior of Music belonging to the Musical Interpretation and Pedagogy itineraries and 20 students who were studying both careers simultaneously (Tables 1 and 2)

The sample consisted of 35 women (58.3%) and 25 men (41.7%), all of them of legal age and in a range of 18-34 years.


Table 1 – University students division by areas of knowledge


Knowledge area

Number of participants

Sciences

4

Health Sciences

9

Social Sciences

13

Architecture and engineering

8

Arts and Humanities

6

Source: Devised by the authors


Table 2 – Division of students of both majors by itineraries and areas of knowledge


Knowledge area

Itinerary

Number of participants

Sciences

Interpretation

3

Health Sciences

Interpretation

2

Social Sciences

Musical Pedagogy

1


Interpretation

7

Architecture and engineering

Composition

2


Interpretation

2

Arts and Humanities

Interpretation

3

Source: Devised by the authors




Instruments


The instruments used for data collection were four, three of a quantitative nature and one of a qualitative nature. All of them have the express authorization of the authors, and in the case of the versions, of the authors of the Spanish version.

In this way, perfectionism was measured with the CAPS (The Child and Adolescence Perfectionism Scale) created by Hewitt et al. (1991) in its version adapted to Spanish by Castro et al. (2004). This questionnaire is made up of 22 items, providing a multidimensional classification of perfectionism, so that it is subdivided into two scales: “self-oriented perfectionism”, with 12 items, and “socially prescribed perfectionism”, with 10 items. Its reliability is 0.89 and validity data are not given in the description of the instrument.

Mental health was studied through the GHQ-12 (General Health Questionnaire) created by Goldberg and Williams (1988), also in its Spanish version, adapted by Lobo and Muñoz (1996). It has 12 items that assess the severity of various emotional situations during the weeks prior to its completion. This questionnaire has a reliability of 0.76 and external validity of 0.82 (SÁNCHEZ-LÓPEZ; DRESCH, 2008).

In addition, coping was also measured using the A-CEA or Academic Stress Coping Scale, by Cabanach et al. (2010), a subscale of the CEA questionnaire, which has 23 items, with a reliability of 0.893 and validity of 0.66.

Finally, on the qualitative level, an ad hoc questionnaire of open questions was used, which are shown in Table 3. Of these, two were included with the intention of obtaining quantitative information, specifically the number of hours that the different students dedicate to their careers (question 3 and 4)


Procedure


To respond to data protection requirements, participants were reminded prior to completing the questionnaires that their participation was voluntary and anonymous, and that their responses would be used exclusively for academic purposes (Annex I)

All participants completed the instruments in the previously named order, first quantitative (CAPS, GHQ-12 and A-CEA) and lastly the qualitative questionnaire, using the online Google Forms tool (surveys). The link to these questionnaires was shared through social networks, such as Instagram and WhatsApp, to the selected sample.





Table 3 – Ad hoc questionnaire questions



why.

Questions

  1. Do you sacrifice things in your day to day for your studies? If so, what three things would you name?

  2. How much time do you spend on your hobbies or likes weekly? Do you think it is enough? Explain


  3. How many hours a day on average do you dedicate to your University Degree?

  4. How many hours a day on average do you dedicate to your Higher Degree in Music?

  5. What do you think is necessary to have good time management when studying a career?

  6. If someone did not manage to have a good organization, would they be able to get the degree you are

    studying?


    Source: Devised by the authors


    Analysis of data


    The reliability of the three instruments was analyzed with the sample used through Cronbach's alpha statistic.

    In order to verify the existence of differences between the three samples found, ANOVA contrasts were made to analyze mental health, coping strategies and quantitative questions (3 and 4) of the ad hoc questionnaire, and a MANOVA to compare the two factors of perfectionism. For this, software E, version 1.6.23, was used.

    On the other hand, for the analysis of the qualitative questionnaire, the ALCESTE program (REINERT, 2003) was used, a textual data analysis software, to identify the essential information given by the participants in relation to talent, the sacrifices they make for their career and organization.


    Results


    Reliability of the instruments used with the sample used


    The reliability of the instruments used in the sample was calculated with Cronbach's alpha. The results are shown in Table 4, all the reliabilities being equal to or greater than those found by the respective authors.


    Table 4 – Reliability of the instruments with the sample used


    Instrument Cronbach's alpha

    General Health Questionnaire (GHQ-12)


    Factor 1: Self-Oriented

    0.881

    The Child and Adolescence Perfectionism 0.780



    Perfectionism Scale (CAPS)


    Factor 2: Socially prescribed perfectionism


    0.893


    Coping with Academic Stress Scale (A-CEA)

    Source: Devised by the authors


    Hours of dedication to the activities of the race

    0.888


    The descriptive data obtained are shown in Table 5. Significant differences were observed between the hours dedicated to the activities of the race depending on the group to which they belonged (F=8.18, g.l.1=2, g.l.2=37,5, 2p=0.233, p=0.001).

    To check between which groups the difference was found, a post-hoc analysis was carried out with the Tukey test. A significant difference was obtained between the group of university students and the group of two majors, university and higher of music (t = -4.16, p

    <0.001), data collected in Table 6.


    Table 5 – Descriptive questions 3 and 4: dedication to career activities


    Group

    N

    Average

    SD

    SE

    1

    20

    5.30

    3.05

    0.681

    2

    20

    7.35

    3.36

    0.751

    3

    20

    9.95

    4.12

    0.922

    Source: Devised by the authors


    Table 6 – Test Tukey questions 3 and 4


                             Comparison                          

    Career

    Career

    Difference

    averages

    of

    SE

    df

    t

    Ptukey

    1

    2

    -2.05


    1.12

    57.0

    -1.83

    0.168


    3

    -4.65


    1.12

    57.0

    -4.16

    <0.001

    2

    3

    -2.60


    1.12

    57.0

    -2.32

    0.061

    Source: Devised by the authors


    Mental Health


    To find out if there are differences in mental health between the three groups of students, a one-way ANOVA was performed. Descriptive statistics are shown in Table 7.




    Table 7 – Descriptive GHQ-12 three groups


    Group

    N

    Average

    SD

    SE

    1

    20

    14,9

    3,70

    0,827

    2

    20

    13,1

    3,68

    0,822

    3

    20

    14,7

    4,00

    0,895

    Source: Devised by the authors


    The Levene test showed no differences in homoscedasticity and the contrast by ANOVA was not significant (F=1.40, g.l=2, p=0.255). However, a small effect size is

    2p

    obtained ( = 0.047).

    However, in all three cases the means indicate the possible presence of an emotional disorder. This is because they are higher than 12, a point established by the authors of the instrument as an indicator of some type of risk against mental health.


    Perfectionism


    To study whether there are differences between the three groups of students in relation to the two factors of perfectionism, a MANOVA was carried out. The contrast was not significant (F=2.11, g.l.1=4, g.l.2=112, p=0.084), although the size of the effect obtained is

    2p

    large ( =0.70).


    Coping strategies


    The determination of the different coping strategies presented by the three groups of students was carried out through the analysis of the results obtained in the A-CEA questionnaire, using an ANOVA.

    No significant differences were found between the three groups of students in relation

    2p

    to coping strategies (F=2.16, g.l.=2, p=0.125), and the effect size is medium ( =0.073).


    Qualitative questionnaire


    To find out the opinions, time management and sacrifices that different students have regarding their career, five analyzes were carried out using the ALCESTE software. Questions 3 and 4, as discussed above, were analyzed using Jamovi.





    Question 1: Do you sacrifice things in your day to day for your studies? If so, what three things would you name?


    The analysis for the three groups shows three classes, with a very high treatment relevance, since it explains 89% of the answers given. The relationship that appears is arboreal, since the first class connects with the second and third, which in turn are linked. The most relevant is therefore class 1, which can be called my friends. This information is seen in Figure 1.


    rests leisure time

    social life sport

    my do day free

    get out to have one

    to be friends like study sacrifice thing stay sleep personal

    Figure 1 – Dendrogram question 1: sacrifices



    Source: Devised by the authors


    Table 8 shows the information of the three classes, called “my friends”, “leisure time” and “social life”, with text examples, the number of units of elementary context that they explain, their value of χ2 and the most representative word. The names of each group refer to the three sacrifices that students make most consider due to their careers, all of which coincide in reducing their free time to increase study time.


    Table 8 – Information question 1: sacrifices


    SACRIFICES

    Class UCE χ2 Word


    1. My friends 26 Friends



      Phrases When I had a lot of study load, I sacrificed doing sports, going out with 8

      my friends and having time for myself.

      Yes, among them I would name meeting my friends to be together and 8

      talk about our things. Have a more physically active life, because in my case I am, if not all day, almost all day sitting.

      Being able to spend a day doing nothing, being able to dedicate a 7

      weekend to anything other than music.

    2. Leisure time 12 Leisure Phrases Leisure time, physical and mental rest 13

      Leisure time, rest time, and possibly time for relationships. 6

      Yes, rest time, leisure time, and exercise time. 6

    3. Social life 19 Social Phrases Social life, sleep, sport.

      Social life, sport and leisure.

      Yes, leisure, reading, watching a movie, cooking, sports and social life.


      Source: Devised by the authors


      Question 2: How much time do you spend on your hobbies or hobbies weekly? Do you think it is enough?


      The analysis for the three groups shows three classes, with a very high treatment relevance since it explains 85% of the elementary context units. The relationship that is generated is arboreal, because class 1 connects with class 2 and 3, these being related to each other. Class 2 is the most relevant and can be called Distribution of leisure time. This can be seen in Figure 2.




      week

      purposes day disconnected to have

      hour consider daily approximate already

      my

      dedio liking hobbie

      because yes

      like career study dedicate one

      life some do enjoyed music

      Figure 2 – Dendrogram question 2: time spent on hobbies


      Source: Devised by the authors


      Table 9 shows the various classes, which are generated in relation to the type of response of the students: those who quantify leisure based on the hours used in it, those who express the type of hobby and those who indicate little time dedicated to hobbies. It is these three differentiations that give the classes their names, each one representing the conception of leisure in the analyzed sample. In addition, the information of the three classes is presented with text examples, the number of elementary context units that they explain, their value of χ2 and the most representative word.


      Table 9 – Information question 2: time spent on hobbies


      TIME SPENT ON HOBBIES


      Class

      UCE

      χ2

      Word

      1

      Quantification of leisure time

      20


      Week

      Phrases

      20 25 hours approximately, about three hours a day, a little less during the week and a little more on weekends


      7



      Weekends.


      7




      I consider that from Monday to Friday I dedicate about 2 or 3 hours, on 7

      weekends I dedicate about 4 hours.

      1. Leisure time distribution 28 Dedicate

        Phrases Weekly I cannot dedicate more than 5 hours. Despite this, I enjoy the two 13

        careers that I study, I chose them because it is what I would like to dedicate myself to.

        Leisure time, rest time, and possibly time for relationships. 5

        Yes, rest time, leisure time, and exercise time. 5

      2. Little dedication to hobbies 15 Hobbies


Phrases I practically do not spend time on hobbies or likings 13

All the hobbies that I have are in some way directed academically, 9

therefore, the only free time that I have I dedicate to being with my friends and with my partner.

I consciously dedicate little time to my hobbies, but I often find myself 9

doing them out of inertia, since it is my way of meditating, of avoiding myself.

Source: Devised by the authors

Question 5: What do you think is necessary to have good time management when studying a career?

The analysis for the three groups shows three classes, with a weak relevance, explaining 56% of the answers given. The division is arboreal, since the first class is related to the two and the three, which in turn are related to each other. The most relevant class is class 2, which can be called Activity planning. This can be seen in Figure 3.




to have one study

do yes stuff

organization good

term know

Figure 3 – Dendrogram question 5: time management


Source: Devised by the authors


Table 10 shows the three groups obtained after the analysis, where the students state that in order to make good use of the time and thus pass the degree, a good organization is essential (class 1), as well as planning the activities that must be carried out, including leisure activities (class 2), and have a commitment to those activities (class 3). In addition, the information of the three classes is presented with text examples, the number of elementary context units that they explain, their value of χ2 and the most representative word.


Table 10 – Information question 5: tempo management


TIME MANAGEMENT

Class UCE χ2 Word


  1. Good organization 10 Organization

    Phrases A good organization. 10

    Very good organization and planning, as well as being constant and 5

    persistent.

    Without a doubt, a good organization, setting short and long-term 5

    goals. Prioritize.

  2. Activity planning 17 Have Phrases Have times with activities to disconnect and sleep well. 17



    Have an order of priorities. 8

    Have a good financial situation at home. Students who work and 4

    study out of necessity are the ones who have the worst time.

  3. Commitment 10 Do

Phrases Be aware of our mental and physical limits, of our characteristics 5

and preferences, if I know that I am more productive in the evening, organize myself to do the tasks that require more concentration in those moments

Make your own schedule and always try to comply with it. Including 2

both study time and leisure time. I think it would even help to make the most of your time and concentration, because if you do not apply yourself, you cannot meet the schedule anymore.

Organize the meals, so that it does not take so long to make it, 1

restrict the use of your mobile in the afternoons, take short breaks every time you study.

Source: Devised by the authors

Question 6: If someone did not manage to have a good organization, would they be able to get the degree you are studying?

The analysis for the three groups shows two classes, with a weak relevance, since they explain 38% of the elementary context units. The classes define two opinions: those who consider that it is possible to obtain appropriate and sufficient academic results with little organization (class 1) and those who think that this is not possible (class 2). Of the two, the most relevant is 1, called Good organization. This information is collected in Figure 4.




one

yes studied

good career

organization take

person

Figura 4 – Dendrograma pregunta 6: capacidad de sacar la carrera


Source: Devised by the authors


The two classes obtained through this analysis are collected in table 11, where they are named according to the beliefs of the students in relation to the organization necessary to obtain the degree. Thus, we find the class "good organization", where it is considered essential, and the class "little organization", where it is considered that the degree could be obtained without much organization, although with difficulties. In addition, the table contains the information of the two classes with text examples, the number of units of elementary context that they explain, their value of χ2 and the most representative word.




Table 11 – Information question 6: capacity to get the degree


CAPACITY TO TAKE THE CAREER


Class UCE χ2 Word


  1. Good organization 12 Good


    Phrases There are people who are not very organized but are capable of making 12

    a very good career out of a career such as chemistry or music. However, I think that in order to run two races well, a good organization is vital.

    My career is quite personal, there are people who need good 10

    organization every day and other people can do things at the last minute and do it just as well

    In the event that it cannot, the inconvenience will be the time it takes to 7

    finish said degree, otherwise, with involvement and work, anyone can get any career.

  2. Little organization 11 One Phrases Yes, but with the rope around his neck. He would look a bit rushed. 5

With a miracle maybe yes. 5

I think someone would be capable, but quite possibly with lower results 1

than one would expect and with greater availability.


Source: Devised by the authors


Discussion


The quality of life in relation to health is understood as the consequences that are generated in the affective and cognitive field after facing day-to-day problems and the different stressors that arise on the way to our goals (ETCHELD et al., 2003). For this reason, research that seeks to study variables such as perfectionism, coping strategies or mental health are fundamental, insofar as they clarify the path of possible improvements in the academic environment, and their consequent increase in the quality of student life.

Significant differences were found in the hours dedicated to studies, between the group of university students and those who study two degrees (music and university), logical data due to the greater workload of the second group. However, this significance did not occur among music students and those who are enrolled in two degrees, possibly because music studies require greater dedication from students for its proper performance.

No significant difference is found between the three sample groups in the variables studied, or what is the same, between students of university careers and music studies, as well as students who only study one career versus students who study two. This means that, psychologically, the weight that students have when pursuing a higher degree is independent




of whatever type it is, including the musical arts, and whether it is only one or two at a time. However, the absence of significant differences in the proposed variables does not imply the absence of important aspects to be pointed out.

The first of them is in relation to mental health, where the three groups have an average score higher than 12, a number indicated by the authors of the instrument as a cut-off point for a possible emotional disorder. This points to the need to delve further into future research on the state of mental health of students of higher degrees, and also highlights the need for institutions to provide psychological help and support in their studies to students. Therefore, it is necessary to question whether the presence of counseling and psychological support teams in higher education could not be convenient, so that the student body would have help to overcome stress and anxiety.

The second aspect to review is that, although no significant differences were obtained between the groups in the variables studied, the effect sizes (low in mental health, medium in coping strategies and high in perfectionism) indicate the possible lack of potency of the contrasts due to the small sample size, which shows that, with a larger sample, it is very likely that significant differences would have been obtained. In this way, performing the same analysis with a larger sample could be convenient to ensure whether or not there is significance.

Regarding the qualitative analysis, the absence of significant differences between the three groups led to the unification of the responses of the entire sample for its study with ALCESTE. The students point out as common the sacrifice of time for social relationships, leisure and time with their friends due to their studies. In addition, they consider the time that they do dedicate to their hobbies based on three different aspects: the real time they dedicate, how they distribute that leisure time and how scarce it is. That all students, regardless of the degree course, consider the absence of leisure time as a fundamental sacrifice due to studies is an aspect that would be convenient to study in depth, especially what consequences could be generated by not having time to disconnect from the academic field.

In relation to time management during studies, students consider a good organization, the planning of activities and the commitment to them as the fundamental aspects to take advantage of. However, there are clear differences of opinion in relation to whether or not it is necessary to organize to get the degree. Approximately half of the sample considers that it is essential to have a good organization to be successful in studies, while the other half argue that not having much organization is not a problem on the path to higher studies.





It must be considered that there has been a limited number of students, which has been the main weakness of this study, due to the very specific characteristics that they had to meet. However, there have been participants from all areas of knowledge in the case of university careers, and from all itineraries in the case of the music superior.

In future research, it would be very interesting to analyze these variables in a larger sample to ensure the effect obtained, clarifying that information the necessary path to follow to improve the quality of life of the student body.


REFERENCES


ARNÁIZ, M. La interpretación musical y la ansiedad escénica: validación de un instrumento de diagnóstico y su aplicación en los estudiantes españoles de Conservatorio Superior de Música. 2015. Tesis (Doctoral) – Universidad da Coruña, 2015.


BERRY, L. Strategies for the recruitment and retention of minority music students. In: ANNUAL MEETING, NATIONAL ASSOCIATION OF MUSIC, 65., 1990. Proceedings […]. 1990. p. 110-118.


BURIN, A.; OSÓRIO, F. Music performance anxiety: a critical review of etiological aspects, perceived causes, coping strategies and treatment. Archives of Clinical Psychiatry, São Paulo, v. 44, n. 5, p. 127-133, 2017.


CABANACH, R. et al. Escala de Afrontamiento del Estrés Académico (A-CEA). Revista Iberoamericana de Psicología y Salud, v. 1, n. 1, p. 51-64, 2010.


CASSARETTO, M. et al. Estrés y afrontamiento en estudiantes de psicología. Revista de Psicología de la PUPC, v. 21, n. 2, p. 365-392, 2003.


CASTRO, J. et al. Perfectionism dimensions in children and adolescents with Anorexia Nerviosa. Journal of Adolescence Health, v. 35, p. 392-398, 2004.


DECRETO 364/2007, de 2 de octubre, por el que se establece la ordenación y el currículo de las enseñanzas profesionales de música en la Comunidad Autónoma de Canarias. Boletín Oficial de Canarias, 16 oct. 2007.


DEMIRBATIR, R. E. Relationships between psychological well-being, happiness and educational satisfaction in a group of university music students. Academic Journals, v. 10, n. 15, p. 2198-2206, 2015.


DÍEZ, E. et al. Qué hacemos con la universidad. Akal, 2013.


DUNKLEY, D. M. et al. Personal standards and evaluative concerns dimensions of “clinical” perfectionism: A reply to Shafran et al. (2002, 2003) and Hewitt et al. (2003). Behaviour Research and Therapy, v. 44, p. 63-84, 2006.




ETCHELD, M.; VAN ELDEREN, T.; VAN DER KAMP, L. Modeling predictors of quality of life after coronary angioplasty. Annals of Behavioral Medicine, v. 26, p. 49-60, 2003.


GOLDBERG, D.; WILLIAMS, P. A user’s guide to the General Health Questionnaire. NFER-Nelson, 1988.


GONZÁLEZ, I. Análisis comparativo de la situación laboral de los titulados superiores en Canarias y España (2000-2008). 2020. Trabajo (Máster) – Universidad de La Laguna, 2020.


GUARINO, L. et al. Estrés, salud mental y cambios inmunológicos en estudiantes universitarios. Psicología Conductual, v. 8, n. 1, p. 57-71, 2000.


HEWITT, P.L. et al. The Multidimensional Perfectionism Scale: Reliability, Validity and Psychometric Properties in Psychiatric Samples. A Journal of Consulting and Clinical Psychology, v. 3, n. 3, p. 464-468, 1991.


LAZARUS, R.S. Coping theory and research: Past, present and future. Psychosomatic Medicine, v. 55, p. 237-247, 1993.


LEHRER, P. M.; GILDMAN, N.; STROMMEN, E. A principal components assessment of performance anxiety among musicians. Medical Problems of performing Artists, v. 5, p. 12-18, 1990.


LEY 6/2014, de 25 de julio, Canaria de Eduación No Universitaria. Boletín Oficial de Canarias, 7 ago. 2014.


LEY Orgánica 2/2006, de 3 de mayo, de Educación. Boletín Oficial del Estado, 106, 4 mayo 2006.


LEY Orgánica 8/2013, de 9 de diciembre, para la Mejora de la Calidad Educativa (LOMCE) (2014). Boletín Oficial del Estado, 138, sec. I, 7 jun. 2014.


LOBO, A.; MUÑOZ, P. E. Cuestionario de Salud General GHQ (General Health Questionnaire). Guía para el usuario de las distintas versiones en lengua española validada. Barcelona: Masson, 1996.


MENDOZA, L. et al. Factores que ocasionan estrés en estudiantes universitarios. Revista de Enfermería, v. 4, n. 3, p. 35-45, 2010.


ORDEN de 16 de marzo de 2018, por la que se establece la ordenación y el currículo de las enseñanzas elementales de música en el ámbito de la Comunidad Autónoma de Canarias (2018). Boletín Oficial de Canarias, 23 mar. 2018.


ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD (OMS). Salud mental: fortalecer nuestra respuesta. 30 mar. 2018.


PATSTON, T.; OSBORNE, M. S. The developmental features of music performance anxiety and perfectionism in school age music students. Performance Enhancement & Health, v. 4 n. 1-2, p. 42-49, 2016.




PÉREZ, M.; LÓPEZ-APARICIO, I. Actividad artística y precariedad laboral en España, análisis a partir de un estudio global. Arte y políticas de identidad, v. 19, p. 49-66, 2018.


REINERT, M. Alceste Users' Manual. Touluse: Image, 2003.


RUIZ DE VARGAS, M.; JARABA, B.; ROMERO, L. Competencias laborales y la formación universitaria. Psicología desde el Caribe, v. 16, p. 64-91, 2005.


SÁNCHEZ-LÓPEZ, M. P.; DRESCH, V. The 12-item General Health Questionnaire (GHQ- 12): Reliability, external validity and factor structure in the Spanish population. Psicothema, v. 20, n. 4, p. 839-843, 2008.


SANTOS, M. A. 20 paradojas de la evaluación del alumnado en la Universidad española. Revista Electrónica Interuniversitaria de Formación del Profesorado, v. 2, n. 1, p. 369- 392, 1999.


SMITH, T. M.; CANNATA, M.; HAYNES, K. T. Reconciling data from different sources: Practical realities of using mixed methods to identify effective high school practices.

Teachers College Record, v. 118, p. 1-34, 2016.


STAIRS, A. Examining the construct of perfectionism: A factor-analytic study. 2009. Tesis (Doctoral) – University of Kentucky, 2009.


STERNBACH, D. Stress in the lives of music students. Music Educators Journal, v. 94, n. 3, p. 42-48, 2008.


WANG, K. T.; YUEN, M.; SLANEY, R. B. Perfectionism, Depression, Loneliness, and Life Satisfaction. A Study of High School Students in Hong Kong. The Counseling Psychologist, v. 37, n. 2, p. 249-274, 2008.


ZARZA-ALZUGARAY, F.; CASANOVA-LÓPEZ, O.; ROBLES-RUBIO, JRelación entre

ansiedad escénica, perfeccionismo y calificaciones en estudiantes del Título Superior de Música. ReiDoCrea, v. 5, n. 3, p. 16-21, 2016.





How to reference this article


MONTERO TORRES, M.; AGUIRRE DELGADO, T.; BORGES DEL ROSAL, M. Á.

Coping strategies, mental health and perfectionism in undergraduates: differences between music students and university students. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 25, n. esp. 4, p. 1976-1998, Dec. 2021. e-ISSN:1519-9029. DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.4.15935


Submitted: 20/08/2021 Required revisions: 12/10/2021 Approved: 15/11/2021 Published: 08/12/2021