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Aspectos educacionais do diálogo russo
-
chinês no contexto da cooperação internacional
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Revista
on line de Política e Gestão Educacional
,
Araraquara,
v.
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esp. 7
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-
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21.
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ISSN: 1519
-
9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.7.16188
4331
ASPECTOS EDUCACIONAIS DO DIÁLOGO RUSSO
-
CHINÊS NO CONTEXTO DA
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
ASPECTOS EDUCATIVOS DEL DIÁLOGO RUSO
-
CHINO EN EL CONTEXTO DE LA
COOPERACIÓN INTERNACIONAL
EDUCATIONAL ASPECTS OF RUSSIAN
-
CHINESE DIALOGUE IN THE
CONTEXT
OF INTERNATIONAL COOPERATION
Ekaterina E. BOGODUKHOVA
1
Marina N. FOMINA
2
Svetlana E. KAPLINA
3
Natalia S. KONDAKOVA
4
RESUMO:
O artigo revela o surgimento e o desenvolvimento dos aspectos educacionais do
diálogo russo
-
chinês no
contexto das relações entre a Rússia e a China nos últimos anos. A
análise é baseada em documentos analíticos bilaterais de «Diálogo Rússia
-
China: Modelo
2015» a «Diálogo Rússia
-
China: Modelo 2020», que cobrem os aspectos educacionais e de
cooperação. A an
álise mostrou que, possuindo a igualdade de oportunidades das áreas
humanitárias russo
-
chinesas estabelecidas, os especialistas chineses e russos observam não só
os aspectos positivos da implementação do programa, mas também os problemas que surgem a
nível
de visão de mundo, em um momento que se justificou os resultados da cooperação e suas
perspectivas. Isso é facilitado pelo princípio do determinismo, abordagens históricas e
integrativas e análises fenomenológicas e comparativas.
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Diálogo
russo
-
chinês. Cooperação intere
stados
. Cooperação
internacional. Cooperação intercultural. Educação.
RESUMEN:
El artículo revela la aparición y desarrollo de los aspectos educativos del diálogo
ruso
-
chino en el contexto de las relaciones entre Rusia y Ch
ina en los últimos años. El análisis
se basa en documentos analíticos bilaterales desde el «Diálogo Rusia
-
China: Modelo 2015»
hasta el «Diálogo Rusia
-
China: Modelo 2020», que cubren los aspectos educativos y de
cooperación. El análisis ha demostrado que al
poseer la igualdad de oportunidades de las
áreas humanitarias ruso
-
chinas establecidas, los expertos chinos y rusos notan no solo los
aspectos positivos de la implementación del programa, sino también los problemas que surgen
a nivel de cosmovisión, en un
momento que se ha justificado. los resultados de la cooperación
y sus perspectivas. Esto se ve facilitado por el principio del determinismo, los enfoques
históricos e integradores y los análisis fenomenológicos y comparativos.
1
Universidade Estadual de Transbaikal
, Chita
–
Rússia
.
Departamento de Filosofia
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
7245
-
697X.
E
-
mail: 674232@mail.ru
2
Universidade Estadual de
Transbaikal
, Chita
–
Rússia
.
Departamento de Filosofia
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
5744
-
9402.
E
-
mail: marf_05@mail.ru
3
Universidade Estadual de Transbaikal
, Chita
–
Rússia
.
Departamento de Filosofia
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0001
-
7564
-
4909.
E
-
mail: kse2000@list.ru
4
Universidade Estadual de Transbaikal
, Chita
–
Rússia
.
Departamento de Filosofia
.
ORCID:
https://orcid.org/0000
-
0002
-
7477
-
2279.
E
-
mail: ntlz@list.ru
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Tat'yana Timofeevna SIDEL'NIKOVA
e
Irina Dmitrievna PORFIREVA
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4332
PALABRAS
CLAVE
:
Diálogo ruso
-
chino. Cooperación interestatal. Cooperación
internacional. Cooperación intercultural.
Educación.
ABSTRACT:
The article reveals the appearance and development of the educational aspects
of the Russian
-
Chinese dialogue in the context of relations between Russia and China in recent
years. The analysis is based on bilateral analytical documents from «Russia
-
China D
ialogue:
Model 2015» to «Russia
-
China Dialogue: Model 2020», which cover the educational aspects
of cooperation. The analysis has shown that possessing the equal opportunities of the
established Russian
-
Chinese humanitarian areas, Chinese and Russian exper
ts note not only
the positive aspects of the implementation of the program but also the problems that arise at
the worldview level, at a time having justified the results of cooperation and its prospects. This
is facilitated by the principle of determinism
, historical and integrative approaches, and
phenomenological and comparatives analyses.
KEYWORDS
:
Russian
-
Chinese dialogue. Interstate cooperation. International cooperation.
Intercultural cooperation. Education.
Introdução
Com o
desenvolvimento dos processos de globalização, aumenta o papel do diálogo
entre civilizações e Estados nas relações interestatais. Foi apresentado pela primeira vez como
um objetivo estratégico das relações interestatais nos programas de desenvolvimento da
UNESCO para 2002
-
2007 (Estratégia de Médio Prazo: Contribuindo para a Paz e o
Desenvolvimento Humano em uma Era de Globalização por meio da Educação). Em 2018, o
Relatório do Yalta Civilization Club observou que era necessário formar um diálogo
construtiv
o entre civilizações e estados em nível internacional (The Strategy of Establishment
of a Sustainable Multipolar World Order on the Basis of Partnership of Civilizations, 2018). E
no outono de 2020, o XV Fórum da Civilização foi realizado no 75º aniversári
o da formação
da UNESCO, em cuja decisão 2026
-
2035 foi proclamada a Década Mundial do Diálogo e
Parceria de Civilizações e Potências Líderes. Esses fatos indicam que o mundo globalizado dita
as condições nas quais um novo quadro de relações internacionais
deve ser formado, baseado
no diálogo.
A dinâmica de compreensão de um diálogo em ideias filosóficas evoluiu das abordagens
clássicas para sua justificação por L. Feuerbach, M. Heidegger e M. M. Bakhtin, ao diálogo das
culturas de M. Buber e V. S. Bibler, q
ue formou a base para modelos de diálogos como
culturais, políticos e assim por diante. O novo quadro do diálogo entre civilizações e Estados
exige não só a concepção do seu modelo, mas também a compreensão das relações
internacionais existentes, que se de
senvolvem de forma dialógica. Os princípios e valores do
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novo quadro de diálogo são apresentados nos documentos da UNESCO: cooperação, resolução
de contradições, segurança das tradições espirituais e religiosas, estabelecimento de uma
sociedade civil globa
l, entre outros. Eles diferem sem dúvida das atitudes clássicas que se
originam das ideias de Sócrates: coentendimento, coconfiança, coexistência e assim por diante.
Mas, provavelmente ao desenvolver uma nova estrutura de diálogo, os princípios declarados
da
UNESCO são os primeiros passos para o caminho real. É um caminho para o diálogo. A análise
dos autores do diálogo russo
-
chinês é uma confirmação dessa ideia.
Rússia e China no Caminho da Cooperação Internacional para o Diálogo Internacional
Hoje em d
ia, devido à cooperação sociocultural e político
-
econômica ativa, o papel da
cooperação entre o estado e os países limítrofes está aumentando. Uma das áreas prioritárias da
geopolítica global é a cooperação entre a Rússia e a China. A Rússia e a China são
duas grandes
potências que têm uma história rica e secular de cooperação. As relações amistosas formadas
hoje dentro dos limites dos interesses geopolíticos, realizam
-
se em várias direções, começando
do comercial e econômico, da segurança ao humanitário. A
construtividade das tarefas de
cooperação definidas pelas duas partes é condicionada pela era contemporânea, onde a
globalização define a necessidade de desenvolver e fortalecer a cooperação internacional tendo
em conta os interesses nacionais de cada est
ado. No nível humanitário, as áreas formadas de
comunicação intercultural desempenham o papel de uma das principais ferramentas no processo
de cooperação entre as culturas russa e chinesa. Sob a influência de seus componentes, como a
cooperação no âmbito d
a educação, arte, turismo, contatos científicos, forma
-
se o ambiente
sociocultural da cooperação internacional. A cooperação humanitária não apenas cria uma
imagem do outro país no nível da visão de mundo, mas também fornece uma base para estudar
e compree
nder a outra cultura. Isso também é apoiado por contatos interculturais, que são um
tradutor vívido de símbolos, sinais e imagens culturais não apenas em regiões transfronteiriças,
mas também entre países. O intercâmbio cultural não é apenas um produto do
desenvolvimento
da sociedade, mas também uma condição para o desenvolvimento da civilização moderna. Aqui
o diálogo de culturas torna
-
se uma das condições para a existência próspera de vários povos,
em que a imagem do país desempenha um papel importante. P
ortanto, as diferenças
significativas entre a cultura asiática da China e a cultura multinacional da Rússia, que inclui
características de etnias europeias e asiáticas, sugerem a busca de novas formas de comunicação
intercultural entre os Estados. Este pro
cesso inclui hoje não só a cooperação intercultural,
baseada na preservação da singularidade étnica dos povos dos dois países que percebem as
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realidades culturais de cada um por meio de contatos culturais, mas também a criação de um
novo quadro de diálogo,
envolvendo compreensão e confiança mútuas.
Hoje, a comunicação intercultural é um processo de cooperação entre as culturas russo
-
chinesa no nível de contatos internacionais. É realizado, por exemplo, no modelo de estrutura
cultural russa na Manchúria, que
funciona como uma apresentação da cultura russa e da vida
cotidiana para turistas chineses do sul do país. Quanto às áreas fronteiriças da Rússia, são os
centros culturais chineses: lojas, cafés, centros médicos. Os contatos interculturais tornam
-
se a
bas
e para o estabelecimento do diálogo russo
-
chinês, baseado no conhecimento e aceitação das
culturas de outras pessoas. Com isso, a cognição e a aceitação da cultura fornecem uma nova
maneira de entendê
-
la. A compreensão é a base da visão de mundo de um diál
ogo.
O estabelecimento do diálogo russo
-
chinês, baseado na comunicação intercultural entre
os países, implica também em relações interétnicas amistosas, que visam o surgimento de uma
diplomacia interpessoal. Se do ponto de vista econômico, a construção de
uma ponte sobre o
rio Amur no trecho Blagoveschensk
-
Heikhe (RPC) resolverá muitos problemas no volume de
negócios, turismo, é a diplomacia popular russo
-
chinesa que os resolve no nível da cooperação
local. Os concertos de música folclórica, danças nacionai
s de ambos os lados do rio Amur
provaram esse fato. De qualquer forma, os moradores das cidades de Haikhe e Blagoveschensk
estão estabelecendo um novo modelo de diálogo cultural. É um diálogo popular baseado em
elementos da diplomacia popular: compreensão
e confiança. Portanto, considerando o estado
atual das relações russo
-
chinesas, é importante observar que elas são atualmente de natureza de
parceria, que se manifesta em várias esferas da atividade estatal. De acordo com N.A.
Abramova e Zhou Yu, uma das á
reas prioritárias de desenvolvimento para a China é a
cooperação transfronteiriça com a Rússia. Eles observam que as áreas de fronteira, de acordo
com a estratégia chinesa de um estado poderoso, resolvem problemas de aproveitamento
máximo do potencial cult
ural. Assim, a zona fronteiriça assume o papel de principal plataforma
de demonstração da cultura chinesa. N. A. Abramova e Zhou Yu definem o diálogo fronteiriço
das culturas como discurso intercultural, considerando "a interação intercultural russo
-
chines
a
em estratégias discursivas e comunicativas, desdobrando
-
a como um quadro de cooperação de
diferentes mundos" (ABRAMOVA, 2016
, tradução nossa
). Isso confirma a interação
intercultural russo
-
chinesa, que está em estado de diálogo cultural e se reflete na m
odernização
da cultura regional dos estados, como na cidade de Manchúria (RPC).
Assim, a interação intercultural no contexto da cooperação internacional contribui para
o estabelecimento do diálogo russo
-
chinês: um diálogo de abertura, compreensão e confian
ça.
Isso é facilitado pela diplomacia popular, que implementa o «diálogo popular». Isso se
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manifesta na integração cultural das regiões fronteiriças. De fato, analistas russos e chineses
notaram o desejo de estabelecer um diálogo russo
-
chinês em documentos
bilaterais.
O modelo de diálogo em documentos russo
-
chineses como reflexo de um diálogo
É sabido que as relações internacionais russo
-
chinesas começaram a se fortalecer com
a construção da Ferrovia Oriental Chinesa no início do século XX. Depois que a
URSS e a
China assinaram o «Tratado de Amizade, União e Assistência Mútua», a ferrovia foi transferida
para a China. Foi quando a cidade chinesa de Harbin se transformou em um centro da cultura
russa. Os emigrantes russos, entre os quais membros da intell
igentsia − escritores, professores,
médicos, artistas, arquitetos, criaram a «cara» da cidade, que deixou a sua marca na história das
relações culturais russo
-
chinesas como «Harbin Russa». Foi moldado pela arquitetura dos
edifícios, pelo estilo e modo de v
ida, pela música russa e pela tradução da literatura clássica
russa para o chinês. Os chineses de Harbin perceberam o espírito russo, a ortodoxia russa, a
cultura russa em contato direto com eles. Ao longo das décadas, ainda hoje Harbin, cujas ruas
estão r
epletas de sons da língua russa a par dos chineses, não perdeu a sua «face russa». Tornou
-
se um exemplo vívido não apenas de interação intercultural e integração de culturas, mas
também um exemplo de diálogo, no qual a coexistência se funde com a cocompree
nsão, com a
coconfiança. Portanto, ao especular sobre o corpo de artigos analíticos de «Diálogo Russo
-
Chinês: 2015» a «Diálogo Russo
-
Chinês: Modelo 2020», a percepção do conceito de «diálogo»
é consistente com a prática direta de sua formação. Assim, o cer
ne do problema é a percepção
de um diálogo, construído a partir de uma interpretação orientada para a prática.
Os documentos analíticos anuais «Diálogo Russo
-
Chinês» (2015
-
2020) são preparados
em conjunto pelo Conselho Russo de Assuntos Internacionais, jun
tamente com o Instituto de
Estudos do Extremo Oriente da Academia Russa de Ciências e o Instituto de Estudos
Internacionais da Universidade Fudan de a RPC. Especialistas russos e chineses fornecem uma
avaliação detalhada das conquistas, problemas e perspec
tivas em várias áreas de interação entre
a Rússia e a China. Os autores dos relatórios analisam as oportunidades de expansão da
cooperação comercial, econômica, política e científica. A seção humanitária é representada por
intercâmbios culturais, programas
educacionais conjuntos, ampliação de contatos turísticos etc.
Como as demais, a área humanitária é baseada na análise e perspectivas de implementação
prática de acordos bilaterais.
O Relatório de 2015 expressa a opinião de especialistas russo
-
chineses de
que a
cooperação humanitária, que inclui a interação entre os dois países em cultura, educação, mídia,
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turismo etc., é uma das áreas prioritárias. Destina
-
se a fortalecer a cooperação entre os países
em diversas áreas, melhorando os contatos interpessoais
entre os russos e os chineses. Ao
mesmo tempo, os autores consideram a interação entre a Rússia e a China insuficientemente
próxima. Isso se explica pelo fato de que a cooperação é realizada de forma mais intensa no
nível estadual do que no nível público.
Os especialistas chineses chamam essa teoria de
“relações russo
-
chinesas de dois andares”, quando “o andar de cima é quente e o andar de baixo
é frio” (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2015). Eles explicam sua opinião pelo fato de que
todas as atividades vo
ltadas para o fortalecimento das relações entre os estados são realizadas
nas áreas de fronteira e nas grandes cidades, o que limita seu impacto no restante dos países.
Ao identificar os benefícios, os especialistas russos também destacam os riscos da coop
eração.
Eles enfatizam o ambiente ideológico e político em que a parceria estratégica está se
desenvolvendo, a orientação ocidental da juventude chinesa e a fraca percepção da cultura e
política russas (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2015). Por sua vez, o
s especialistas chineses
constatam os ecos da herança histórica existente ao nível da consciência, que dão origem à
percepção da China como uma ameaça, baixo nível de conhecimento das culturas dos países e
conservadorismo de pontos de vista (Russian
-
Chines
e Dialogue: Modelo 2015). Os
especialistas concordam que os problemas existentes representam sérios riscos para a
cooperação humanitária.
Os especialistas definem o ano de 2016 como um período de desenvolvimento ativo das
relações russo
-
chinesas no campo d
a cooperação educacional, científica e cultural. Associações
de universidades russas e chinesas estão sendo estabelecidas, um acordo sobre o
estabelecimento da Associação de Universidades Clássicas da Rússia e da China foi assinado e
os contatos no campo d
o intercâmbio de jovens estão se expandindo. As principais
apresentações e obras musicais são apresentadas nos palcos teatrais dos países e nas salas de
concerto. A esfera dos negócios culturais foi expandida (Russian
-
Chinese Dialogue: Model
2016). No enta
nto, o problema do ano anterior manteve
-
se. A cooperação russo
-
chinesa
permaneceu local, abrangendo apenas algumas regiões dos dois países. Analistas russos e
chineses sugeriram a organização de conferências, reuniões dedicadas aos problemas das
relações R
ússia
-
China, como uma das opções para ampliar os limites da cooperação. Um grande
papel também foi dado às atividades dos meios de comunicação de massa. Como observam os
especialistas, a mídia continua periodicamente a onda de formar uma imagem negativa do
parceiro internacional (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2016). A lacuna entre as intenções
políticas (política de Estado) e a intensidade dos contatos públicos (cooperação no nível da
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diplomacia pública) também continua sendo um problema (Russian
-
Chinese
Dialogue: Model
2016).
No Relatório de 2017, a ideia de criar uma imagem positiva dos dois países como
caminho para o entendimento mútuo pode ser considerada dominante nos programas de
cooperação humanitária. Mas é limitado à estrutura de acordos internaci
onais (Russian
-
Chinese
Dialogue: Model 2017). Os especialistas observam outro problema. A mídia ocidental descreve
criticamente as relações russo
-
chinesas (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2017). E esta
tendência no sistema de informação russo é apoiada por
publicações sobre a «ameaça chinesa»
(Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2017). Segundo Valentina Morozova há um «entupimento
da consciência de massa» (MOROZOVA, 2017). Assim, podemos resumir o seguinte. Depois
de vários anos, analistas russos e chineses com
eçam a se concentrar não apenas nos resultados
práticos da cooperação, mas também em seus riscos, que existem entre os povos dos dois países
no nível da consciência comum.
E o Relatório de 2018 já terá divulgado a falta de confiança mútua e o baixo
nível de
entendimento mútuo (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2018). Segundo os especialistas, esse
fato limita a implementação de projetos de grande porte. Para eliminar esses problemas, os
analistas sugerem desenvolver a interação cultural entre os jovens
por meio da Internet, recursos
de vídeo que podem ser usados durante eventos públicos e culturais (Russian
-
Chinese
Dialogue: Model 2018). E no Relatório de 2019, os analistas russos já se concentraram no
número insuficiente de especialistas em língua chin
esa e, por sua vez, os especialistas chineses
apontaram o problema do envelhecimento do pessoal que possui a língua e a cultura russa
(Diálogo Russo
-
Chinês: Modelo 2019). Os analistas observam que é necessário superar a falta
de entendimento mútuo entre Mo
scou e Pequim, percepções estereotipadas com um programa
de ação para o futuro (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2019).
O conteúdo da área humanitária do Relatório 2020 está imbuído do problema global
causado pelo COVID
-
19. Isso dita a necessidade de desenv
olver um novo formato de
cooperação internacional. No contexto de tendências negativas, os analistas apontam que um
dos mecanismos para formar uma imagem positiva é a educação. Na Rússia, a educação nas
áreas de construção de aeronaves, aeroespacial, indús
tria de novos materiais e várias outras é
considerada promissora. Quanto à China, são indústria leve, eletrônica, comunicações e assim
por diante (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2020). A ênfase também é feita no trabalho
conjunto dos países na melhoria do
suporte de informação e atividade de mídia de massa
(Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2020), na coordenação do trabalho de negócios turísticos
(Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2020). E no contexto da análise da cooperação russo
-
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chinesa na parte de averigua
ção do Relatório, a questão do diálogo de especialistas é levantada
pela primeira vez. Deve estar aberto para especialistas russos e chineses discutirem e resolverem
os problemas existentes (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2020).
A análise da área humanitá
ria dos Relatórios analíticos de 2015
-
2020 permitiu
-
nos tirar
a seguinte conclusão. O modelo de diálogo entre a Rússia e a China é criado no quadro da
cooperação internacional, onde a área humanitária desempenha um papel dominante. Isto
porque visa a «aber
tura ao diálogo» por parte de cada país; carrega o potencial de compreensão,
respeito e abertura entre os povos dos dois países. Ao mesmo tempo, os analistas referem
-
se
aos riscos existentes no modelo de diálogo russo
-
chinês: falta de conhecimento da image
m
cultural dos países, bem como da língua de cada um; a política de cooperação ainda não atingiu
o nível da diplomacia pública; e a imagem negativa do país na mídia. Como consequência,
ainda há falta de compreensão, desconfiança e cautela. Qual é a base pa
ra falar sobre a
existência de um diálogo russo
-
chinês? É a sua criação. O modelo do diálogo russo
-
chinês é o
caminho para um diálogo de coexistência, coentendimento e coconfiança.
O diálogo não é um conjunto de estruturas estatais. É um processo que se fo
rma e se
constitui como resultado do trabalho conjunto dos dois lados. E aqui é preciso considerar a
singularidade cultural, pois culturas de diferentes civilizações geram mal
-
entendidos. Kalervo
Oberg escreveu sobre isso na segunda metade do século XX (OB
ERG, 2021). E Ekaterina
Tarasova descreveu os problemas de comunicação intercultural, que são consequência de um
«choque cultural» (TARASOVA, 2019). O caminho histórico percorrido conjuntamente por
Rússia e China, segundo Sun Yan e Valentina Morozova, form
aram
-
se na zona fronteiriça
russo
-
chinesa "profundas raízes históricas das tradições culturais da região; a presença de
experiência na preservação e tradução dos valores culturais regionais; atividade dos membros
da comunidade regional na criação da sua cu
ltura". Na visão dos autores, isso dá razão para
dizer que o princípio da dialogicidade das culturas visa o esquema de complementaridade, que
é um dos fatores da efetividade do espaço cultural entre a Rússia e a China (SUN YAN, 2019).
Conclusão
Analisan
do o diálogo russo
-
chinês a partir de posições ontológicas e epistemológicas,
os autores do artigo chegaram às seguintes conclusões. A natureza ontológica do modelo de
diálogo russo
-
chinês é justificada pela implementação de acordos bilaterais no âmbito da
cooperação. A interação intercultural entre as regiões fronteiriças da Rússia e da China
caracteriza
-
se atualmente pelo processo de criação de um quadro cultural único, que possui
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diferentes características étnicas e civilizacionais
-
históricas de cada est
ado. O diálogo entre as
regiões fronteiriças dos dois estados é inevitável. Está se tornando um dos fatores importantes
para fortalecer e desenvolver relações amistosas não apenas no nível do estado, mas também
dentro da sociedade. Portanto, a política de
criação da cultura regional dos estados fronteiriços
visa não apenas a interação das culturas, mas também o estabelecimento de respeito e
compreensão das tradições, costumes e normas de comportamento dos representantes dos
demais representantes culturais e
ntre a população. Esta é a base da existência do modelo de
diálogo russo
-
chinês, que se origina no contexto da cooperação internacional. O fator
gnoseológico do diálogo russo
-
chinês permite que ele seja substanciado como um fenômeno,
como um fenômeno único
, que pode ser visto de duas posições. A partir da base axiológica de
seu conteúdo visto como modelo de diálogo russo
-
chinês. Do ponto de vista da reflexão
filosófica, é um modelo de criação de diálogo no sistema de relações internacionais.
O estabelecimen
to da cooperação humanitária russo
-
chinesa é a realização do caminho
para o diálogo. O desenvolvimento de contatos interculturais entre a Rússia e a China abrange
vários âmbitos da sociedade, não se limitando às relações bilaterais, pois o diálogo formaliz
a
as condições para o desenvolvimento das formas culturais mundiais e o envolvimento de outros
países parceiros. A Rússia e a China são estados únicos que preservaram a identidade de sua
cultura por um longo período histórico, apesar de inúmeras transforma
ções e reformas. Eles
sintetizam características das culturas étnicas locais, mantendo sua singularidade. A cultura
chinesa foi moldada por várias ideologias filosóficas, a principal delas é o confucionismo. Já a
cultura russa integra características das c
ulturas europeia e asiática, sendo uma espécie de ponte
entre elas. O novo formato de diálogo no contexto das relações internacionais estabelece as
relações russo
-
chinesas como dialógicas com base na resolução de contradições, consolidação
de interesses e
respeito às culturas e valores dos países. Essas posições contribuem para o
nascimento da cocompreensão e da coconfiança. O estabelecimento do modelo de diálogo
russo
-
chinês é um exemplo vívido de uma nova forma de diálogo.
REFERÊNCIAS
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. 2021.
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Tat'yana Timofeevna SIDEL'NIKOVA
e
Irina Dmitrievna PORFIREVA
RPGE
–
Revista
on line de Política e Gestão Educacional
,
Araraquara,
v.
25
, n.
esp. 7
, p.
4331
-
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dez.
20
21.
e
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ISSN: 1519
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chinês no contexto da cooperação internacional
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ISSN: 1519
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DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.7.16188
4341
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http://yaltapeace. ru/15
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civilizacionniy
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forum/.
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: 10 mar. 2021.
Como referenciar este artigo
SIDEL'NIKOVA
, T. T.;
PORFIREVA
, I. D
.
Aspectos educacionais do diálogo russo
-
chinês no
contexto da cooperação internacional
.
Revista on line de Política e Gestão Educacional
,
Araraquara, v. 25, n. esp. 7, p. 4331
-
4341, dez. 2021. e
-
ISSN:1519
-
9029. DOI:
htt
ps://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.7.16188
Submetido em
: 13/03/2021
Revisões requeridas em
: 26/07/2021
Aprovado em
: 28/11/2021
Publicado em
: 3
1
/12/2021
Processamento e edição: Editora Ibero
-
Americana de Educação.
Correção, formatação, normalização e tradução.
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Educational aspects of Russ
ian
-
Chinese dialogue in the context of international cooperation
RPGE
–
Revista
on line de Política e Gestão Educacional
,
Araraquara,
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esp. 7
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ISSN: 1519
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DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.7.16188
4331
EDUCATIONAL ASPECTS OF RUSSIAN
-
CHINESE DIALOGUE IN THE
CONTEXT OF INTERNATIONAL COOPERATION
ASPECTOS EDUCACIONAIS DO DIÁLOGO RUSSO
-
CHINÊS NO CONTEXTO DA
COOPERAÇÃO INTERNACIONAL
ASPECTOS EDUCATIVOS DEL DIÁLOGO RUSO
-
CHINO EN EL
CONTEXTO DE LA
COOPERACIÓN INTERNACIONAL
Ekaterina E. BOGODUKHOVA
1
Marina N. FOMINA
2
Svetlana E. KAPLINA
3
Natalia S. KONDAKOVA
4
ABSTRACT
:
The article reveals the appearance and development of the educational aspects
of the Russian
-
Chinese dialogue in the context of relations between Russia and China in recent
years. The analysis is based on bilateral analytical documents from «Russia
-
China D
ialogue:
Model 2015» to «Russia
-
China Dialogue: Model 2020», which cover the educational aspects
of cooperation. The analysis has shown that possessing the equal opportunities of the
established Russian
-
Chinese humanitarian areas, Chinese and Russian exper
ts note not only the
positive aspects of the implementation of the program but also the problems that arise at the
worldview level, at a time having justified the results of cooperation and its prospects. This is
facilitated by the principle of determinism
, historical and integrative approaches, and
phenomenological and comparatives analyses.
KEYWORDS
:
Russian
-
Chinese dialogue. Interstate cooperation. International cooperation.
Intercultural cooperation. Education.
RESUMO
:
O artigo revela o surgimento e
o desenvolvimento dos aspectos educacionais do
diálogo russo
-
chinês no contexto das relações entre a Rússia e a China nos últimos anos. A
análise é baseada em documentos analíticos bilaterais de «Diálogo Rússia
-
China: Modelo
2015» a «Diálogo Rússia
-
China:
Modelo 2020», que cobrem os aspectos educacionais e de
cooperação. A análise mostrou que, possuindo a igualdade de oportunidades das áreas
humanitárias russo
-
chinesas estabelecidas, os especialistas chineses e russos observam não só
os aspectos positivos
da implementação do programa, mas também os problemas que surgem
a nível de visão de mundo, em um momento que se justificou os resultados da cooperação e
suas perspectivas. Isso é facilitado pelo princípio do determinismo, abordagens históricas e
integrati
vas e análises fenomenológicas e comparativas.
1
Transbaikal State University, Chita
–
Russia
. Philosophy Department.
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0001
-
7245
-
697X.
E
-
mail: 674232@mail.ru
2
Transbaikal State University, Chita
–
Russia.
Philosophy Department.
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
5744
-
9402.
E
-
mail: marf_05@mail.ru
3
Transbaikal State University, Chita
–
Russia. Philosophy Department.
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0001
-
7564
-
4909.
E
-
mail: kse2000@list.ru
4
Transbaikal State Un
iversity, Chita
–
Russia. Philosophy Department.
ORCID: https://orcid.org/0000
-
0002
-
7477
-
2279.
E
-
mail: ntlz@list.ru
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Tat'yana Timofeevna SIDEL'NIKOVA and
Irina Dmitrievna PORFIREVA
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Revista
on line de Política e Gestão Educacional
,
Araraquara,
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4331
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4341
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ISSN:
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DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.7.16188
4332
PALAVRAS
-
CHAVE
:
Diálogo russo
-
chinês. Cooperação intere
stados
. Cooperação
internacional. Cooperação intercultural. Educação.
RESUMEN
:
El artículo revela la aparición y desarrollo de los
aspectos educativos del diálogo
ruso
-
chino en el contexto de las relaciones entre Rusia y China en los últimos años. El análisis
se basa en documentos analíticos bilaterales desde el «Diálogo Rusia
-
China: Modelo 2015»
hasta el «Diálogo Rusia
-
China: Modelo
2020», que cubren los aspectos educativos y de
cooperación. El análisis ha demostrado que al poseer la igualdad de oportunidades de las
áreas humanitarias ruso
-
chinas establecidas, los expertos chinos y rusos notan no solo los
aspectos positivos de la imp
lementación del programa, sino también los problemas que surgen
a nivel de cosmovisión, en un momento que se ha justificado. los resultados de la cooperación
y sus perspectivas. Esto se ve facilitado por el principio del determinismo, los enfoques
históric
os e integradores y los análisis fenomenológicos y comparativos.
PALABRAS
CLAVE
:
Diálogo ruso
-
chino. Cooperación interestatal. Cooperación
internacional. Cooperación intercultural.
Educación.
Introduction
With the development of globalization processes, the role of dialogue between
civilizations and states in inter
-
state relations is increasing. It was first presented as a strategic
goal of interstate relations in the development programs of UNESCO for 2002
-
2007 (Medium
-
Term Strategy: Contributing to Peace and Human Development in an Era of Globalization
through Education). In 2018, the Report of the Yalta Civilization Club noted that it was
necessary to form a constructive dialogue between civilizations and
states at the international
level (The Strategy of Establishment of a Sustainable Multipolar World Order on the Basis of
Partnership of Civilizations, 2018). And in the fall of 2020, the XV Civilization Forum was
held on the 75th anniversary of the UNESCO
formation, in the decision of which 2026
-
2035
was proclaimed as the World Decade of Dialogue and Partnership of Civilizations and Leading
Powers
5
.
These facts indicate that the globalizing world dictates the conditions under which a
new framework of inte
rnational relations must be formed, based on a dialogue.
The dynamics of comprehending a dialogue in philosophical ideas evolved from the
classical approaches to its justification by L. Feuerbach, M. Heidegger, and M.M. Bakhtin, to
the dialogue of culture
s by M. Buber and V.S. Bibler, who formed the basis for models of
dialogues such as cultural, political and so on. The new framework of the dialogue between
civilizations and states requires not only the design of its model, but also the comprehension of
5
More at:
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Educational aspects of Russ
ian
-
Chinese dialogue in the context of international cooperation
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Revista
on line de Política e Gestão Educacional
,
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t
he existing international relations, which are developed as dialogical. The principles and values
of the new dialogue framework are presented in the documents of UNESCO: cooperation,
resolution of contradictions, safety of spiritual and religious tradition
s, establishment of a global
civil society, and others. They differ without doubt from the classical attitudes that originate
from Socrates’ ideas: co
-
understanding, co
-
trust, co
-
existence, and the like. But,
probably when
developing a new dialogue framewo
rk, the declared principles of UNESCO are the first steps
to the real way. It is a way to the dialogue. The authors’ analysis of the Russian
-
Chinese
dialogue is a confirmation of this idea.
Russia and China on the Way from the International Cooperation t
o the International
Dialogue
Nowadays due to the active socio
-
cultural and political
-
economic cooperation, the role
of cooperation between the state and bordering countries is increasing. One of the priority areas
of global geopolitics is the
cooperation between Russia and China. Russia and China are two
great powers that have a rich, centuries
-
long history of cooperation. The friendly relations
formed today within the limits of geopolitical interests, are realized in various directions,
beginn
ing from trade and economic, security to humanitarian. The constructiveness of the
cooperation tasks set by the two sides is conditioned by the contemporary era, where
globalization defines the necessity of developing and strengthening international cooper
ation
taking into account national interests of each state. On the humanitarian level, the formed areas
of intercultural communication play the role of one of the main tools in the cooperation
process
between Russian and Chinese cultures. Under the influen
ce of its components, such as
cooperation in the framework of education, art, tourism, scientific contacts, the socio
-
cultural
environment of international cooperation is formed. Humanitarian cooperation not only creates
an image of the other country on th
e worldview level, but also provides a basis for studying and
understanding the other culture. This is also
supported by intercultural contacts, which are a
vivid translator of cultural symbols, signs and images not only in cross
-
border regions, but also
b
etween countries. Cultural interchange is not only a product of the development of society, but
also a condition for the modern civilization’s development. Here the dialogue of cultures is
becoming one of the conditions for the prosperous existence of vari
ous peoples, in which the
image of the country plays an important role. Therefore, the significant differences between the
Asian culture of China and the multinational culture of Russia, which includes features of
European and Asian ethnicities, suggest th
e search for new forms of intercultural
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Tat'yana Timofeevna SIDEL'NIKOVA and
Irina Dmitrievna PORFIREVA
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communication between states. This process today includes not only intercultural
cooperation,based on preserving the ethnic uniqueness of the two countries’ peoples who
perceive the cultural realities of each other t
hrough cultural contacts, but also the creation of a
new dialogue framework, involving mutual understanding and trust.
Today, intercultural communication is a process of cooperation between Russian
-
Chinese cultures at the level of international contacts.
It is realized, for example, in the model
of Russian cultural framework in Manchuria, which acts as a presentation of Russian culture
and everyday life for Chinese tourists from the south of the country. As for the border areas of
Russia, they are Chinese
cultural centers: stores, cafes, medical centers. Intercultural contacts
become the basis for establishment of the Russian
-
Chinese dialogue, based on knowledge and
acceptance of cultures of other people. Herewith cognition and acceptance of culture provide
s
a new way of understanding it. Understanding is the worldview basis of a dialogue.
The establishment of the Russian
-
Chinese dialogue, based on the foundation of
intercultural communication between the countries, also implies friendly inter
-
ethnic relati
ons,
which are aimed at the emergence of people
-
to
-
people diplomacy. If on economics account, the
construction of a bridge over the Amur River on the Blagoveschensk
-
Heikhe (PRC) section
will solve many issues in trade turnover, tourism, it is the Russian
-
C
hinese people’s diplomacy
that solves them at the level of local cooperation. The concerts of folk music, national dances
from both sides of the Amur River have proved this fact. At all events the residents of the
Haikhe and Blagoveschensk
cities are estab
lishing a new model of the cultural dialogue. It is a
people’s dialogue based on elements of people’s diplomacy: understanding and trust. Therefore,
considering the current state of Russian
-
Chinese relations, it is important to note that they are
currently
of a partnership nature, which manifests itself in various spheres of state activity.
According to N.A. Abramova and Zhou Yu, one of the priority areas of development for China
is cross
-
border cooperation with Russia. They note that border areas, accordin
g to the Chinese
strategy of a powerful state, solve problems of maximum use of cultural potential.
Therefore,
the border area is given a role of the main platform for demonstration of Chinese culture. N.A.
Abramova and Zhou Yu define the border dialogue o
f cultures as intercultural discourse,
considering «Russian
-
Chinese intercultural interaction in discursive and communicative
strategies, deploying it as a framework of different worlds’ cooperation» (ABRAMOVA,
2016). This confirms the Russian
-
Chinese inte
rcultural interaction, which is in a state of cultural
dialogue and is reflected in the modernization of the states’ regional culture, such as in the city
of Manchuria (PRC).
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Educational aspects of Russ
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Chinese dialogue in the context of international cooperation
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Revista
on line de Política e Gestão Educacional
,
Araraquara,
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Thus, intercultural interaction in the context of international cooperation cont
ributes to
the establishment of the Russian
-
Chinese dialogue: a dialogue of openness, understanding, and
trust. This is facilitated by people’s diplomacy, which implements «people’s dialogue». This is
manifested in the cultural integration of border region
s. As a matter of fact Russian and Chinese
analysts have noted the desire to establish a Russian
-
Chinese dialogue in bilateral documents.
The Dialogue Model in Russian
-
Chinese Documents as A Reflection of a Dialogue
It is well known that the Russian
-
Chinese international relations began to strengthen
with the construction of the Chinese Eastern Railway at the beginning of the 20th century. After
the USSR and China signed the «Treaty of Friendship, Union and Mutual Ass
istance», the
railroad was transferred to China. It was when the Chinese city of Harbin had transformed into
a center of Russian culture. Russian emigrants, among whom were members of the intelligentsia
− writers, teachers, doctors, artists, architects, cr
eated the «face» of the city, which has left its
mark in the history of Russian
-
Chinese cultural relations as «Russian Harbin». It was shaped
by the architecture of buildings, the style and way of life, Russian music, and translation of
Russian classical l
iterature into Chinese. The Harbin Chinese perceived the Russian spirit,
Russian Orthodoxy, Russian culture in direct contact with them. Over the decades, even today
Harbin, which streets are filled with the Russian language sounds on a par with the Chines
e
ones, has not lost its «Russian face». It has become a vivid example not only of intercultural
interaction and integration of cultures, but an example of a dialogue, in which co
-
existence
merges with co
-
understanding, with co
-
trust. Therefore, when specu
lating over the body of
analytical papers from «Russian
-
Chinese Dialogue: 2015» to «Russian
-
Chinese Dialogue:
Model 2020», the perception of the concept of «dialogue» is consistent with the direct practice
of its formation. Thus the core of the problem is
the perception of a dialogue, built on a practice
-
oriented interpretation.
The annual analytical documents «Russian
-
Chinese Dialogue» (2015
-
2020) are jointly
prepared by the Russian Council on International Affairs, together with the Institute of Far
East
ern Studies of the Russian Academy of Sciences and the Institute of International Studies
of Fudan University of the PRC. Russian and Chinese experts provide a detailed assessment of
the achievements, problems and prospects in various areas of interaction
between Russia and
China. The authors of the reports analyze opportunities for expanding trade, economic, political
and scientific cooperation. The humanitarian section is represented by cultural exchanges, joint
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Tat'yana Timofeevna SIDEL'NIKOVA and
Irina Dmitrievna PORFIREVA
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https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.7.16188
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educational programs, and expansion of tour
ist contacts, etc. Like the others the humanitarian
area is based on the analysis and prospects of practical implementation of bilateral agreements.
The 2015 Report expresses the opinion of Russian
-
Chinese experts that humanitarian
cooperation, which inclu
des interaction between the two countries in culture, education, media,
tourism, etc., is one of the priority areas. It is designed to strengthen cooperation between the
countries in various areas by improving interpersonal contacts between the Russians an
d the
Chinese. At the same time, the authors consider the interaction between Russia and China to be
insufficiently close. This is explained by the fact that cooperation is carried out more intensively
at the state level, rather than at the public level. C
hinese experts call this theory «two
-
storey
Russian
-
Chinese relations», when «the top floor is hot and the bottom floor is cool» (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2015). They explain their opinion by the fact that all activities aimed
at strengthening the r
elationship between the states are carried out in the border areas and in
major cities, which limits their impact on the rest of the countries. While identifying the
benefits, Russian experts also highlight the risks of cooperation. They emphasize the
ideo
logical and political environment in which the strategic partnership is developing, the
Western orientation of the Chinese youth, and the weak perception of Russian culture and
politics (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2015). In their turn, Chinese experts
note the echoes
of the historical heritage existing at the level of consciousness, which give rise to the perception
of China as a threat, low level of knowledge of the countries’ cultures and conservatism of
views (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2015).
Experts agree that the existing problems are
serious risks for humanitarian cooperation.
Experts define 2016 year as a time of active development of Russian
-
Chinese relations
in the field of educational, scientific and cultural cooperation. Associations o
f Russian and
Chinese universities are being established, an agreement on the establishment of the
Association of Classical Universities of Russia and China has been signed, and contacts in the
field of youth exchanges are expanding. Leading performances a
nd musical works are presented
on the theatrical stages of the countries and in concert halls. The sphere of cultural business has
been expanded (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2016). Nevertheless, the problem of the
previous year has remained. The Russia
n
-
Chinese cooperation remained local, covering only
certain regions of the two countries. Russian and Chinese analysts suggested the organization
of conferences, meetings devoted to the problems of Russia
-
China relations as one of the
options for expanding
the boundaries of cooperation. A large role was also given to the activities
of the mass media. As experts note, the media periodically continue the wave of forming a
negative image of the international partner (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2016). The
gap
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Chinese dialogue in the context of international cooperation
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between political intentions (state policy) and the intensity of public contacts (cooperation at
the level of public diplomacy) also remains a problem (Russian
-
Chinese Dialogue: Model
2016).
In the 2017 Report, the idea of creating a positive
image of the two countries as a path
to mutual understanding can be considered dominant in humanitarian cooperation programs.
But it is limited to the framework of international agreements (Russian
-
Chinese Dialogue:
Model 2017). Experts note another proble
m. The Western media critically describe the Russian
-
Chinese relations (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2017). And this trend in the Russian
information system is supported by publications about the «Chinese threat» (Russian
-
Chinese
Dialogue: Model 2017).
According to Valentina Morozova there is a «clogging of mass
consciousness» (MOROZOVA, 2017). Thus, we can sum up the following. After several years,
Russian and Chinese analysts begin to focus not only on the practical results of cooperation,
but also on
its risks, which exist among the peoples of the two countries at the level of ordinary
consciousness.
And the 2018 Report will have already disclose the lack of mutual trust and the low
level of mutual understanding (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2018).
According to the
experts this fact limits the implementation of large
-
scale projects. To eliminate these problems,
the analysts suggest developing cultural interaction among young people through the Internet,
video resources that can be used during public
and cultural events (Russian
-
Chinese Dialogue:
Model 2018). And in the 2019 Report, the Russian analysts have already focused on the
insufficient number of Chinese language specialists, and in turn the Chinese experts have
pointed out the problem of aging
personnel who are in possession of
Russian language and
culture (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2019). The analysts note that it is necessary to
overcome the lack of mutual understanding between Moscow and Beijing, stereotypical
perceptions as an action p
rogram for the future (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2019).
The content of the humanitarian area of the Report 2020 is imbued with the global
problem caused by COVID
-
19. This dictates the need to develop a new format of international
cooperation. Against
the background of negative trends, analysts point out that one of the
mechanisms to form a positive image is education. In Russia, education in the fields of aircraft
building, aerospace, new materials industry and a number of others is considered promisi
ng. As
for China these are light industry, electronics, communications and so on (Russian
-
Chinese
Dialogue: Model 2020). The emphasis is also made on joint work of the countries on
improvement of information support and mass media activity (Russian
-
Chinese
Dialogue:
Model 2020), on coordination of work of tourist business (Russian
-
Chinese Dialogue: Model
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Tat'yana Timofeevna SIDEL'NIKOVA and
Irina Dmitrievna PORFIREVA
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2020). And against the background of the analysis of the Russian
-
Chinese cooperation in the
ascertaining part of the Report the issue of expert dialogue i
s raised for the first time. It should
be open for Russian and Chinese experts to discuss and resolve existing problems (Russian
-
Chinese Dialogue: Model 2020).
The analysis of the humanitarian area of the analytical Reports of 2015
-
2020 has
allowed us to d
raw the following conclusion. The model of the dialogue between Russia and
China is created within the framework of international cooperation, where the humanitarian
area plays a dominant role. This is due to the fact that it is aimed at «opening to a dial
ogue» by
each country; it carries the potential for understanding, respect, and openness between the
peoples of the two countries. At the same time, analysts refer to the existing risks of the Russian
-
Chinese model of a dialogue: lack of knowledge of count
ries’ cultural image as well as each
other’s language; the policy of cooperation has not yet reached the level of public diplomacy;
and the negative image of the country in the media. As a consequence, there is still a lack of
understanding, mistrust, and
wariness. What is the basis for talking about the existence of a
Russian
-
Chinese dialogue? It is its creation. The model of the Russian
-
Chinese dialogue is the
way to a dialogue of coexistence, co
-
understanding, and co
-
trust.
Dialogue is not a set from sta
te structures. It is a process that is formed and is becoming
constitutive as a result of the two sides working together. And here it is necessary to
consider
cultural uniqueness, because cultures of different civilizations generate misunderstanding.
Kaler
vo Oberg wrote about this back in the second half of the 20th century (OBERG, 2021).
And Ekaterina Tarasova
has described the problems of intercultural communication, which are
a consequence of a «culture shock» (TARASOVA, 2019). The historical path traver
sed jointly
by Russia and China, according to Sun Yan and Valentina
Morozova, has formed in the
Russian
-
Chinese border area «deep historical roots of cultural traditions of the region; the
presence of experience in the preservation and translation of regio
nal cultural values; activity
of members of the regional community in the creation of its culture». From authors view this
gives a reason to say that the principle of dialogicity of cultures is aimed at the scheme of
complementarity, which is one of the fa
ctors of the cultural space effectiveness between Russia
and China (SUN YAN, 2019).
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Chinese dialogue in the context of international cooperation
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Conclusion
Analyzing the Russian
-
Chinese dialogue from ontological and epistemological
positions the authors of the article have come to the following conclusions. The ontological
nature of the Russian
-
Chinese dialogue model is justified by the implementation of bila
teral
agreements in the framework of cooperation. Intercultural interaction between the border
regions of Russia and China is currently characterized by the process of a single cultural
framework creation, which has different ethnic and civilizational
-
hist
orical features of each
state. The dialogue between the border regions of the two states is inevitable. It is becoming
one of the important factors in strengthening and developing friendly relations not only at the
level of the state, but also within socie
ty. Therefore, the policy of the regional culture creation
of the border states is aimed not only at the interaction of cultures, but also at establishing
respect and understanding of traditions, customs and norms of
behavior
of representatives of
the othe
r culture representatives among the population. This is the basis of the Russian
-
Chinese
dialogue model existence, which originates in the context of international cooperation. The
gnoseological factor of the Russian
-
Chinese dialogue allows it to be substa
ntiated as a
phenomenon, as a unique phenomenon, which can be viewed from two positions. From the
axiological basis of its content viewed as the Russian
-
Chinese dialogue model. From the
standpoint of philosophical reflection, it is a model of dialogue
crea
tion in the system of
international relations.
The establishment of the Russian
-
Chinese humanitarian cooperation is the realization
of the path to dialogue. The development of intercultural contacts between Russia and China
covers various areas of society,
not limited to bilateral relations, as the dialogue formalizes the
conditions for the development of world cultural forms and the involvement of other partner
countries. Russia and China are unique states that have preserved the identity of their culture
over a long historical period despite numerous transformations and reforms. They synthesize
features of local ethnic cultures while maintaining their uniqueness. The Chinese culture has
been shaped by various philosophical ideologies, chief among which is
Confucianism. As for
the Russian culture, it integrates the features of European and Asian cultures, being a kind of
bridge between them. The new format of dialogue in the context of international relations
establishes the Russian
-
Chinese relations as dial
ogical ones on the basis of resolving
contradictions, consolidating interests, and respecting cultures and values of the countries.
These positions contribute to the birth of co
-
understanding and co
-
trust. The establishment of
the Russian
-
Chinese dialogue
model is a vivid example of a new form of a dialogue.
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Tat'yana Timofeevna SIDEL'NIKOVA and
Irina Dmitrievna PORFIREVA
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How to reference this article
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DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v25iesp.7.16188
Submitted
: 13/03/2021
Required revisions
: 26/07/2021
Approved
: 28/11/2021
Published
: 3
1
/12/2021
Processing and editing
: Editora Ibero
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Americana de Educação.
Correction, formatting, normalization and translation.