image/svg+xml
Impacto da aprendizagem cooperativa no desempenho acadêmico dos estudantes nas especialidades sociais e econômicas
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
1
IMPACTO DA APRENDIZAGEM COOPERATIVA NO DESEMPENHO
ACADÊMICO DOS ESTUDANTES NAS ESPECIALIDADES SOCIAIS E
ECONÔMICAS
IMPACTO DEL APRENDIZAJE COOPERATIVO EN EL RENDIMIENTO
ACADÉMICO DE LOS ESTUDIANTES DE ESPECIALIDADES SOCIOECONÓMICAS
IMPACT OF COOPERATIVE LEARNING ON STUDENTS’ ACADEMIC
PERFORMANCE IN SOCIAL AND ECONOMIC SPECIALTIES
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV
1
Svetlana Alexandrovna SERGEEVA
2
Diana Arkadevna DENISOVA
3
Svetlana V. PIVNEVA
4
Nataliaya G. VITKOVSKAYA
5
Olga SHALAMOVA
6
RESUMO
: O objetivo do presente estudo é implementar a tecnologia de AC no processo de
aprendizagem de alunos em especialidades socio-humanitárias e econômicas e comprovar sua
eficácia na formação profissional de alunos com base nos resultados de provas acadêmicas
intermediárias e notas finais do curso. É realizado um estudo experimental centrado na análise
comparativa dos resultados de aprendizagem em alunos de diferentes especialidades. Os
resultados da aprendizagem são avaliados por dois critérios: as notas dos alunos nos testes
acadêmicos intermediários e as suas notas finais. Ao contrário de outras tecnologias, a AC
apresenta componentes positivos: altos resultados no domínio do conhecimento e na obtenção
de competências e habilidades; os participantes aprendem a cooperar; a motivação para a
aprendizagem aumenta, as relações pessoais se desenvolvem entre os alunos; o nível de
atividades educacionais melhora. A utilização da tecnologia AC é um meio eficaz de formação
profissional dos alunos nas especialidades socio-humanitárias e econômicas, pois melhora
significativamente o desempenho nos testes intermediários e nas notas finais do curso.
PALAVRAS-CHAVE
: Aprendizagem cooperativa. Tecnologias de AC. Aprendizagem
estudantil. Ensino superior. Desempenho acadêmico.
1
Universidade Politécnica de Moscou, Moscou
–
Rússia. Professor adjunto. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-
2580-5927. E-mail: biryuko@yandex.ru
2
Instituto Estadual de Relações Internacionais de Moscou (MGIMO), Moscou
–
Rússia. Professora adjunta.
ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1387-7138. E-mail: ugmzmag@gmail.com
3
Universidade Estadual de Produção de Alimentos de Moscou, Moscou
–
Rússia. Professora adjunta. ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-3759-4557. E-mail: dina_D_05@mail.ru
4
Universidade Social Estatal Russa, Moscou
–
Rússia. Professora adjunta. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-
2288-9915. E-mail: tlt-swetlana@yandex.ru
5
Universidade Social Estatal Russa, Moscou
–
Rússia. Professora adjunta. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-
1277-9616. E-mail: natashavit@rambler.ru
6
Instituto de Aviação de Moscou (Universidade Nacional de Pesquisa), Moscou
–
Rússia. Professora adjunta.
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8192-1375. E-mail: familm274@mail.ru
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA e Olga SHALAMOVA
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
2
RESUMEN
: El presente estudio tiene como propósito implementar la tecnología de CL en el
proceso de aprendizaje de los estudiantes de las especialidades socio-humanitarias y
económicas y probar su efectividad en la formación profesional de los estudiantes a partir de
los resultados de las pruebas académicas intermedias y las calificaciones finales del curso. Se
realiza un estudio experimental centrado en el análisis comparativo de los resultados de
aprendizaje en estudiantes de diferentes especialidades. Los resultados de aprendizaje se
evalúan según dos criterios: las puntuaciones de los estudiantes en las pruebas académicas
intermedias y sus calificaciones finales. A diferencia de otras tecnologías, CL demuestra
componentes positivos: altos resultados en el dominio de conocimientos y obtención de
habilidades y destrezas; los participantes aprenden a cooperar; aumenta la motivación de
aprendizaje, se desarrollan las relaciones personales entre los estudiantes; el nivel de las
actividades educativas mejora. El uso de la tecnología CL es un medio eficaz de formación
profesional de los estudiantes en especialidades socio-humanitarias y económicas, ya que
mejora significativamente el rendimiento en las pruebas intermedias y las calificaciones finales
del curso.
PALABRAS CLAVE
:
Aprendizaje cooperativo. Tecnologías CL. Aprendizaje de estudiantes.
Educación superior. Rendimiento académico.
ABSTRACT
: The purpose of the present study is to implement the technology of CL in the
learning process of students in socio-humanitarian and economic specialties and prove its
effectiveness in the professional training of students based on the results of interim academic
tests and final course grades. An experimental study focused on a comparative analysis of
learning outcomes in students of different specialties is conducted. The learning outcomes are
assessed by two criteria: students’ scores in interim academic tests and their final grades.
Opposed to other technologies, CL demonstrates positive components: high results in
mastering knowledge and obtaining skills and abilities; participants learn to cooperate;
learning motivation increases, personal relations develop between students; the level of
educational activity improves. The use of CL technology is an effective means of professional
training of students in socio-humanitarian and economic specialties as it significantly improves
performance in interim tests and final course grades.
KEYWORDS
: Cooperative learning. CL technologies. Student learning. Higher education.
Academic performance.
Introdução
A aprendizagem cooperativa (CL, na sigla em inglês,
cooperative learning
) é baseada
na abordagem orientada para a personalidade dos estudantes e é realizada em pequenos grupos,
o que permite identificar o problema, provar e argumentar sua opinião para uma compreensão
mais profunda do material de aprendizagem, bem como um enriquecimento da atividade da fala
e do pensamento (DENISOVA
et al
., 2021; KOROTAEVA; KAPUSTINA, 2021).
Vamos fazer uma breve revisão dos princípios principais da tecnologia CL. O professor
divide os alunos em vários pequenos grupos e lhes dá instruções detalhadas. Cada aluno
image/svg+xml
Impacto da aprendizagem cooperativa no desempenho acadêmico dos estudantes nas especialidades sociais e econômicas
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
3
trabalha em suas tarefas, sua parte do material até chegar a uma compreensão completa do
problema estudado e sua conclusão. Mais tarde, os alunos trocam seus resultados, o que torna
o trabalho de cada um necessário e importante para os outros, pois o problema não pode ser
resolvido sem ele (uma parte das informações importantes é perdida, e os outros destinatários
não as recebem). A aprendizagem em cooperação é freqüentemente organizada em subgrupos
claramente definidos, formados dentro do grupo principal. O foco deve ser a cooperação e não
a competição, pois tal idéia garantirá melhores resultados para todos os participantes.
No presente estudo, queremos demonstrar que a tecnologia CL pressupõe o livre
desenvolvimento da personalidade e a presença de atividades criativas ou de pesquisa, assegura
o desenvolvimento das habilidades de comunicação dos estudantes, contribui para o
estabelecimento de sua identidade cultural e tem um efeito socializador quando utilizada no
treinamento de estudantes de várias especialidades.
Revisão da literatura
As vantagens da CL, segundo os cientistas, incluem o melhor desempenho acadêmico
dos estudantes (YI; LU, 2012), o desenvolvimento de sua capacidade de pensar de forma crítica
e não estereotipada as outras pessoas, o clima psicológico positivo no grupo, o desejo dos
estudantes de cooperação e socialização construtiva, a presença de empatia, assistência mútua,
simpatia e relações amigáveis na equipe, a atitude positiva dos estudantes em relação ao
aprendizado, professores e a instituição educacional (JACOBS; LOH, 2003), crescimento
pessoal, alto nível de auto respeito e saúde mental manifestado no equilíbrio emocional,
consciência da individualidade pessoal, expressão de confiança e uma visão otimista do mundo
e do ambiente (SILVA; FARIAS; MESQUITA, 2021).
S. Samuel (2010) interpreta a CL como um tipo de aprendizado que dá a um pequeno
grupo de estudantes heterogêneo a possibilidade de alcançar um objetivo educacional comum
por meio de interação cooperativa. Os pesquisadores sugerem (DAVIDSON; MAJOR, 2014)
que o uso da tecnologia CL na formação profissional fomenta o desenvolvimento das
habilidades de trabalho em equipe dos estudantes, necessárias em suas atividades profissionais
posteriores.
Os pesquisadores observam (HUANG
et al
., 2012) que a CL sempre se realiza em
grupos, mas nem todos os grupos atendem aos princípios da CL. Para distinguir a CL de outras
formas de trabalho em grupo, professores proeminentes D.W. Johnson e R.T. Johnson (1990)
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA e Olga SHALAMOVA
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
4
desenvolveram cinco princípios fundamentais da CL que a tornam diferente das formas
tradicionais de trabalho em grupo em sala de aula:
- confiança na interdependência mútua, que, como argumentado por G.M. Jacobs
(2015), é fundamental para a cooperação. J.W. Strijbos (2016) afirma que para alcançar uma
interdependência positiva em um grupo, é necessário estabelecer a meta comum e formular os
objetivos para torná-los solvíveis somente por meio da cooperação. Além disso, observa-se
(EBRAHIM, 2012) que o professor precisa desenvolver as tarefas de tal forma que elas possam
ser resolvidas com a atividade individual direta de cada membro do grupo;
- o princípio da responsabilidade individual. Segundo os pesquisadores (LÓPEZ-
CANCELOS; COMESAÑA; BADAOUI, 2013), o professor deve controlar que todos os alunos
trabalhem ativamente e não permitam que alguns alunos realizem tarefas em vez de outros, bem
como identificar os alunos que precisam de ajuda. D.W. Johnson e R.T. Johnson (2007)
recomendam a escolha de pequenos grupos para o CL. Os pesquisadores acreditam que quanto
menor o grupo, maior a responsabilidade individual e mais fácil é para o professor manter um
olho em todos os alunos do grupo e corrigir seu trabalho. Y. Sharan (2010) considera os grupos
de quatro alunos os mais efetivos para a CL, que, se necessário, podem ser divididos em dois
pares;
- interação interpessoal próxima, na qual os alunos devem ser capazes de apoiar uns aos
outros, incentivar, elogiar o sucesso, estimular a atividade de aprendizagem uns dos outros,
responder cognitiva e empática ao comportamento dos parceiros. Os pesquisadores
(ONWUEGBUZIE; COLLINS; JIAO, 2009) enfatizam que, neste caso, a disposição física dos
estudantes em grupos não é de pouca importância. Outros autores (TSAY; BRADY, 2010)
enfatizam a necessidade de observar os limites de tempo ao realizar uma tarefa;
- todos os membros do grupo precisam ter certas habilidades sociais necessárias para
uma comunicação eficaz (YAMARIK, 2007). A interação interpessoal no grupo é
freqüentemente marcada por um conflito de idéias, opiniões, abordagens e a capacidade de
parar a disputa, de transformá-la em uma discussão construtiva, de criar uma atmosfera de
tolerância e confiança contribui para uma compreensão mais profunda e memorização do
material educacional, assim como proporciona motivação para o aprendizado (SHIMAZOE;
ALDRICH, 2010; GOLUBEVA et al., 2021). Os estudantes adquirem experiência na resolução
construtiva de conflitos através do diálogo, aprendendo a criar uma atmosfera de confiança,
convencendo parceiros e argumentando seu ponto de vista (THAKRAL, 2017; KHAN;
AHMAD, 2014);
image/svg+xml
Impacto da aprendizagem cooperativa no desempenho acadêmico dos estudantes nas especialidades sociais e econômicas
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
5
- análise de grupo dos resultados para avaliar a eficácia de alcançar o objetivo comum
de aprendizagem e cooperação produtiva (SHARAN, 2014).
Estes princípios distinguem a CL das formas tradicionais de trabalho em grupo na sala de aula.
Entretanto, os estudos mencionados dizem respeito principalmente à abordagem geral da
organização do aprendizado em colaboração. O estudo da eficácia da aplicação desta tecnologia
na universidade sobre o exemplo de estudantes de diferentes especialidades ainda não foi
estudado separadamente.
De acordo com o acima exposto, o objetivo do presente estudo é implementar a
tecnologia CL no processo de aprendizagem dos estudantes de especialidades sócio-
humanitárias e econômicas e provar sua eficácia na formação profissional dos estudantes com
base nos resultados dos testes temáticos e nas notas finais dos cursos.
A hipótese testada é que o uso da tecnologia CL é um meio eficaz de treinamento profissional
dos estudantes de especialidades sócio humanitárias e econômicas, pois melhora
significativamente seu desempenho em testes intermediários e notas finais de curso.
Com base no objetivo e na hipótese do estudo, são estabelecidos os seguintes objetivos
de pesquisa:
1. Realizar uma implementação gradual da tecnologia CL no processo de aprendizagem
dos estudantes de especialidades sócio humanitárias e econômicas.
2. Determinar a influência da tecnologia CL no desempenho acadêmico dos alunos com
base em suas notas médias e finais do curso.
Método
O estudo experimental é realizado com base em duas instituições de ensino superior: a
Universidade Estadual de Produção de Alimentos de Moscou (estudantes do 1º ano do curso
"História da Rússia") e a Universidade Politécnica de Moscou (estudantes do 1º ano do curso
"Economia").
O estudo experimental é realizado para comparar notas em sala de aula e notas finais
em quatro grupos de estudantes, dois experimentais (CL) e dois de controle (sem CL), com um
total de 204 estudantes.
Os alunos do primeiro grupo experimental (GE1, 52 pessoas) e do primeiro grupo de
controle (GC1, 54 pessoas) estudam o mesmo curso "História da Rússia" com o mesmo
professor (pesquisador).
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA e Olga SHALAMOVA
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
6
Os alunos do segundo grupo experimental (GE2, 48 pessoas) e do segundo grupo de
controle (GC2, 50 pessoas) estudam o mesmo curso de "Economia" ministrado pelo mesmo
professor (pesquisador).
Nos grupos experimentais, a tecnologia CL é gradualmente implementada no processo
de aprendizagem dos alunos.
Na primeira etapa da implementação, o processo de aprendizagem consiste em trabalhar
em pares em pequenos grupos. Inicialmente, o trabalho é realizado em pares estáticos (alunos
sentados na mesma mesa trabalham juntos), depois em pares dinâmicos (um grupo de quatro
alunos sentados em mesas adjacentes) e pares de variação (uma variação do trabalho em equipe
em um grupo de quatro alunos), com metade dos alunos respondendo e a outra metade
controlando em cada instância.
Na segunda etapa da implementação, o ensino é realizado pela tecnologia "Jigsaw-2"
CL, o que pressupõe que cada equipe de alunos trabalhe independentemente sobre o tema
comum, enquanto cada membro da equipe é apresentado com um fragmento do tema em estudo
para uma revisão particularmente próxima, tornando-os assim um "especialista" nesta questão.
Ao longo do estudo do tema, especialistas de diferentes equipes se reúnem para acrescentar ao
conhecimento uns dos outros. No final do ciclo, é realizado um teste e, com base em seus
resultados, os membros da equipe recebem a mesma nota - a nota média.
Os resultados de aprendizagem dos alunos são avaliados usando dois critérios
principais: 1) notas dos alunos nos testes intermediários (nota máxima - 25 pontos) e 2) notas
finais para o curso (nota máxima - 100 pontos). Cada critério é analisado e apresentado
separadamente para os grupos de alunos de diferentes especialidades.
Este modelo de pesquisa foi projetado para proporcionar uma oportunidade de estudar
os resultados de aprendizagem dos participantes durante todo o processo de aprendizagem, e
assim determinar o impacto da tecnologia CL nos resultados de aprendizagem dos estudantes
(desempenho acadêmico).
Os participantes do estudo são informados sobre a confidencialidade dos resultados
obtidos e seu uso exclusivamente para análise estatística.
A análise estatística dos dados obtidos é conduzida utilizando vários métodos
matemáticos:
- análise quantitativa - cálculo da frequência, porcentagem, valor médio e desvio padrão
(SOROKOVA, 2020);
- análise comparativa - cálculo de testes t para amostras independentes para avaliar as
diferenças entre os grupos experimentais e de controle de estudantes de uma mesma
image/svg+xml
Impacto da aprendizagem cooperativa no desempenho acadêmico dos estudantes nas especialidades sociais e econômicas
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
7
universidade em termos de desempenho acadêmico (notas médias e nota final) (SOROKOVA,
2020).
Resultados
O efeito do uso da tecnologia CL sobre o desempenho acadêmico dos estudantes sócio
humanitários é descrito nas Tabelas 1 e 2.
Tabela 1 -
Características quantitativas do desempenho acadêmico dos estudantes sócio
humanitários em testes e notas finais
Critério
GC1
GE1
Abaixo da
média
Média
Acima da
média
Abaixo da
média
Média
Acima da
média
Categoria
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
Teste 1
17
31.5
20
37
17
31.5
0
0
16
30.8
36
69.2
Teste 2
21
38.9
18
33.3
15
27.8
0
0
14
26.9
38
73.1
Teste 3
15
27.8
23
42.6
16
29.6
0
0
15
28.8
37
71.2
Nota final
26
48.1
17
31.5
11
20.4
3
5,8
19
36.5
30
57.7
Fonte: Elaborado pelos autores
Nota: N - número de alunos (frequência), % - porcentagem no grupo
Tabela 2
–
Características estatísticas do desempenho acadêmico dos estudantes sócio
humanitários em testes e notas finais
Critério
Grupo
N
M
DP
t-test
Teste 1
GC1
54
16.74
4.01
-4.066
GE1
52
23.34
1.78
Teste 2
GC1
54
16.86
4.57
-4.232
GE1
52
22.95
1.69
Teste 3
GC1
54
17.54
3.87
-3.763
GE1
52
23.76
1.53
Nota final
GC1
54
70.43
15.72
-4.793
GE1
52
88.35
6.46
Fonte: Elaborado pelos autores
Nota: N - número de alunos, M - pontuação média do grupo; DP - desvio padrão do grupo
A influência da implementação da tecnologia CL sobre o desempenho acadêmico dos
estudantes de economia é descrita nas Tabelas 3 e 4.
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA e Olga SHALAMOVA
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
8
Tabela 3
–
C.aracterísticas quantitativas do desempenho acadêmico dos estudantes de
economia em testes e notas finais
Critério
GC2
GE2
Abaixo da
média
Média
Acima da
média
Abaixo da
média
Média
Acima da
média
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
N
%
Teste 1
16
32
19
38
15
30
0
0
13
27.1
35
72.9
Teste 2
20
40
15
30
15
30
0
0
14
29.2
34
70.8
Teste 3
14
28
20
40
16
32
0
0
12
25.0
36
75.0
Nota final
28
56
13
26
9
18
2
4.2
18
37.5
28
58.3
Fonte: Elaborado pelos autores
Nota: N - número de alunos (frequência), % - porcentagem no grupo
Tabela 4
–
Características estatísticas do desempenho acadêmico dos estudantes de economia
em testes e notas finais
Critério
Grupo
N
M
DP
t-test
Teste 1
GC2
50
15.36
3.54
-3.658
GE2
48
20.44
1.56
Teste 2
GC2
50
16.56
3.67
-3.895
GE2
48
21.84
1.63
Teste 3
GC2
50
17.22
3.24
-4.112
GE2
48
22.46
1.42
Nota final
GC2
50
66.84
14.66
-4.673
GE2
48
84.96
6.79
Fonte: Elaborado pelos autores
Nota: N - número de alunos, M - pontuação média do grupo; DP - desvio padrão do grupo
Os resultados mostram que o primeiro grupo experimental (GE1) supera
significativamente seus pares do primeiro grupo de controle (GC1) em todos os testes e notas
finais do curso em geral. O teste T para amostras independentes revela diferenças
estatisticamente significativas entre os dois grupos para todos os testes (t = -4,066, p < 0,001; t
= -4,232, p < 0,001; t = -3,763, p < 0,001).
Além disso, o GE1 tem melhor desempenho em todos os testes (M1 = 23,34, DP1 =
1,78; M2 = 22,95, DP2 = 1,69; M3 = 23,76, DP3 = 1,53) em comparação com o GC1 (M1 =
16,74, DP1 = 4,01; M2 = 16,86, DP2 = 4,57; M3 = 17,54, DP3 = 3,87).
image/svg+xml
Impacto da aprendizagem cooperativa no desempenho acadêmico dos estudantes nas especialidades sociais e econômicas
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
9
Os resultados obtidos também indicam influência significativa da tecnologia CL nas
notas finais dos alunos sócio humanitários: t = -4,793, p < 0,001; os alunos do GE1 recebem
notas mais altas (M = 88,35, DP = 6,46) que as do CG1 (M = 70,43, SD = 15,72).
Resultados similares são obtidos nos alunos do GE2 e GC2 (estudantes de economia).
Assim, é evidente uma correlação positiva significativa entre o aprendizado com a tecnologia
CL e o desempenho acadêmico dos estudantes.
Discussão
O primeiro objetivo do estudo diz respeito à implementação gradual da tecnologia CL
no processo de aprendizagem dos estudantes de especialidades sócio humanitárias e
econômicas. Vamos examinar mais de perto a forma como os princípios fundamentais da CL
são implementados no decorrer das aulas utilizando a tecnologia CL (JOHNSON; JOHNSON,
1990).
Durante as lições, cada grupo faz o seu melhor para contribuir para a causa comum, os
resultados do trabalho de cada aluno dependem do sucesso dos outros membros do grupo na
realização de suas tarefas. Isto vai de acordo com o argumento dos pesquisadores (JACOBS,
2015; PROKHOROVA, 2021) de que a interdependência positiva estimula os estudantes a
aprender, mostrar assistência mútua, cooperação ativa e responsabilidade mútua, requer
controle mútuo e assegura que os estudantes unam seus esforços para alcançar o objetivo
comum.
A interdependência positiva no trabalho de acordo com a tecnologia CL é assegurada
nas aulas através de uma distribuição especial de material educacional (por exemplo, cada aluno
tem apenas uma parte do material necessário para completar a tarefa comum); atribuição de
papéis (líder de grupo, especialista, repórter, observador, etc.); soma dos pontos recebidos por
cada membro do grupo na avaliação do trabalho; introdução de recompensas para a equipe.
Para implementar o princípio da responsabilidade individual nas aulas CL, um
professor, utilizando testes individuais, pesquisas ou outras medidas de controle, avalia não
apenas o resultado do trabalho de uma equipe, mas também o trabalho de cada aluno em
particular. Nisto, de acordo com pesquisadores (LÓPEZ-CANCELOS; COMESAÑA;
BADAOUI, 2013), o trabalho individual deve ser classificado mais alto se todos os alunos
completarem a tarefa com sucesso e atingirem a meta estabelecida. De acordo com as
recomendações (JOHNSON; JOHNSON; SMITH, 2007), os alunos são divididos em pequenos
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA e Olga SHALAMOVA
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
10
grupos de quatro alunos cada, que são divididos adicionalmente em pares quando necessário
(SHARAN, 2010).
O princípio da comunicação interpessoal próxima (JOHNSON; JOHNSON, 1990) é
realizado de acordo com recomendações (ONWUEGBUZIE; COLLINS; JIAO, 2009)
sugerindo que os estudantes estejam sentados "face a face" durante o trabalho. Neste caso, o
líder do grupo desempenha as funções tipicamente desempenhadas pelo professor nas aulas
tradicionais. Ao regular claramente o tempo para as tarefas de acordo com as recomendações
(TSAY; BRADY, 2010), o instrutor força os alunos a se concentrarem e os incentiva a não
perder tempo em tarefas secundárias.
As habilidades de comunicação interpessoal são formadas propositalmente pelo
professor em situações educacionais especialmente criadas de acordo com os quatro níveis de
dificuldades de desenvolvimento de habilidades de cooperação indicados no estudo (KHAN;
AHMAD, 2014). A formação de uma equipe em grupo e a formação de normas de
comportamento nela requer as habilidades de primeiro nível - dirigir-se uns aos outros pelo
nome, não interromper os outros, escutar atentamente os parceiros, e assim por diante. As
habilidades do segundo nível são necessárias para a organização e o apoio de um trabalho de
grupo eficaz. Entre elas estão as habilidades de expressar apoio, pedir ajuda, incentivar o
trabalho, e afins. As habilidades de resumir leituras, destacar os pontos principais, e ligar o
material ao que foi estudado anteriormente pertencem ao terceiro nível e proporcionam
cooperação mental para melhor assimilação do material de aprendizagem. As habilidades do
quarto e mais alto nível de criticar uma ideia em vez de um parceiro, argumentar, persuadir,
tirar conclusões, encontrar alternativas e similares, aprofundam a compreensão do material e
incentivam soluções criativas e racionais.
A análise em grupo dos resultados das lições de CL é conduzida, de acordo com
(SHARAN, 2014), durante práticas de reflexão na forma de discussão em grupo das
dificuldades e realizações individuais e coletivas. Os alunos avaliam a eficácia de sua interação,
analisam quais modelos de comportamento se revelam úteis no trabalho colaborativo e o que
precisa ser mudado para garantir um trabalho em equipe eficaz e tomam decisões sobre
melhorias adicionais da cooperação.
O segundo objetivo do estudo diz respeito a testar o efeito da tecnologia CL no
desempenho acadêmico dos alunos avaliado por suas notas em três testes intermediários e notas
finais do curso.
image/svg+xml
Impacto da aprendizagem cooperativa no desempenho acadêmico dos estudantes nas especialidades sociais e econômicas
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
11
Como demonstrado pelos resultados deste estudo, as tecnologias CL têm uma grande
influência positiva no desempenho acadêmico dos estudantes. Isto resulta em estudantes com
pontuações mais altas nos testes e melhores notas finais.
Conclusão
O estudo conduzido fornece provas empíricas da eficácia e significado da tecnologia CL
para melhorar os resultados de aprendizagem dos estudantes. Assim, os resultados do estudo
confirmam a hipótese proposta de que o uso da tecnologia CL tem um efeito positivo nos
resultados de aprendizado dos estudantes avaliados através de suas notas nos testes e notas
finais.
A novidade científica do estudo reside na análise abrangente realizada sobre a influência
da CL no desempenho acadêmico dos estudantes em termos de suas notas nos testes e notas
finais do curso.
Entretanto, os resultados obtidos têm certas limitações relacionadas a uma gama
insuficientemente ampla de alunos, disciplinas, variáveis independentes/fatoriais (por exemplo,
sexo, notas principais, médias e desempenho/resultados anteriores). Levá-las em consideração
no futuro pode ser uma perspectiva para pesquisas adicionais e proporcionar maior precisão,
validade e confiança nos resultados obtidos.
REFERÊNCIAS
DAVIDSON, N.; MAJOR, C. H. Boundary crossings: Cooperative learning, collaborative
learning, and problem-based learning.
Journal on Excellence in College Teaching
, v. 25, n.
3/4, p. 7-55, 2014.
DENISOVA, D. A.; LEVANOVA, N. G.; EVGRAFOVA, I. V., VERKHOVOD, A. S.
Formation of cognitive activity of technical university students using elements of blended
learning in the study of quantum physics.
Revista Tempos E Espaços Em Educação
, v. 14,
n. 33, e15296, 2021.
EBRAHIM, A. The effe
ct of cooperative learning strategies on elementary students’ science
achievement and social skills in Kuwait.
International Journal of Science and
Mathematics Education
, v. 10, p. 293-314, 2012.
GOLUBEVA, T. I.
et al
. The impact of visualization tools in distance english language
learning: the experience of the russian university teachers.
Revista Tempos E Espaços Em
Educação
, v. 14, n. 33, e16111, 2021.
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA e Olga SHALAMOVA
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
12
HUANG, M.; HSIAO, W.; CHANG, T.; HU, M. Design and implementation of a cooperative
learning system for digital content design curriculum: Investigation on learning effectiveness
and social presence.
TOJET
, v. 11, n. 4, p. 94-107, 2012.
JACOBS, G. M. Collaborative learning or cooperative learning? The name is not important;
flexibility is.
Beyond Words
, v. 3, n. 1, p. 32-52, 2015.
JACOBS, G. M.; LOH, W. I. Using cooperative learning in large classes.
In
: CHERIAN, M.;
MAU, R. (Eds.).
Large classes
. Singapore: McGraw-Hill, 2003. p. 142-157.
JOHNSON, D. W.; JOHNSON, R. T. Cooperative learning and achievement.
In
: SHARAN,
S. (Ed.).
Cooperative learning
: Theory and research. New York: Praeger, 1990, p. 23-37.
JOHNSON, D. W.; JOHNSON, R. T.; SMITH, K. The state of cooperative learning in
postsecondary and professional settings.
Educational Psychology Review
, v. 19, p. 15-29,
2007.
KHAN, S. A.; AHMAD, R. N. Evaluation of the effectiveness of cooperative learning method
versus traditional learning method on the reading comprehension of the students.
Journal of
Research and Reflections in Education
, v. 8, n. 1, p. 55-64, 2014.
KOROTAEVA, I. E.; KAPUSTINA, D. M. Features of the educational process organization
in foreign language classes with students of non-linguistic specialties when switching to
distance learning.
Revista EntreLinguas
, v. 7, esp. 4, e021075, 2021.
LÓPEZ-CANCELOS, R.; COMESAÑA, R.; BADAOUI, A. Analysis of workgroup
experience using the cooperative learning in engineering degrees in the European higher
education area.
In
:
EDULEARN13 Proceedings
. Barcelona, Spain: IATED, 2013. ISBN:
978-84-616-3822-2. p. 6638-6646.
ONWUEGBUZIE, A. J.; COLLINS, K. M. T.; JIAO, Q. G. Performance of cooperative
learning groups in a postgraduate education research methodology course.
Active Learning
in Higher Education
, v. 10, no. 3, p. 265-277, 2009.
PROKHOROVA, M. P.
et al
. Aprendizado invertido: análise de dificuldade e intensidade.
Laplage Em Revista
, v. 7, no. Extra-E, p. 51-59, 2021.
SAMUEL, S. Cooperative Learning.
University News
, v. 48, p. 5-9, 2010.
SHARAN, Y. Cooperative Learning for Academic and Social Gains: valued pedagogy,
problematic practice.
European Journal of Education
, v. 45, n. 2, p. 300-313, 2010.
SHARAN, Y. Learning to cooperate for cooperative learning.
Anales de Psicología
, v. 30, n.
3, p. 802-807, 2014.
SHIMAZOE, J.; ALDRICH, H. Group work can be gratifying: Understanding and
overcoming resistance to cooperative learning.
College Teaching
, v. 58, p. 52-57, 2010.
SILVA, R.; FARIAS, C.; MESQUITA, I. Cooperative Learning Contribution to Student
Social Learning and Active Role in the Class.
Sustainability
, v. 13, p. 8644, 2021.
image/svg+xml
Impacto da aprendizagem cooperativa no desempenho acadêmico dos estudantes nas especialidades sociais e econômicas
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
13
SOROKOVA, M. G.
Matematicheskie metody v psikhologo-pedagogicheskikh
issledovaniiakh
: Uchebnoe posobie [Mathematical methods in psychological and
pedagogical research: Textbook]. Moscow: Neolit, 2020.
STRIJBOS, J. W. Assessment of collaborative learning.
In
: BROWN, G.T.L.; HARRIS, L.
(Eds.).
Handbook of social and human conditions in assessment
. New York: Routledge,
2016. p. 302-318.
THAKRAL, P. Cooperative Learning: An Innovative Strategy to Classroom Instruction.
Learning Community
, v. 8, n. 1, p. 17-22, 2017.
TSAY, M.; BRADY, M. A case study of cooperative learning and communication pedagogy:
Does working in teams make a difference?
Journal of the Scholarship of Teaching and
Learning
, v. 10, n. 2, p. 78-89, 2010.
YAMARIK, S. Does Cooperative Learning Improve Student Learning Outcomes?
The
Journal of Economic Education
, v. 38, n. 3, p. 259-277, 2007.
YI, Z.; LU, X. Z. Implementing a cooperative learning.
Educational studies
, v. 38, n. 2, p.
165-173, 2012.
Como referenciar este artigo
BIRYUKOV, V. A.; SERGEEVA, S. A.; DENISOVA, D. A.; PIVNEVA, S. V.;
VITKOVSKAYA, N. G.; SHALAMOVA, O. Impacto da aprendizagem cooperativa no
desempenho acadêmico dos estudantes nas especialidades sociais e econômicas.
Revista online
de Política e Gestão Educacional
, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, mar. 2022. e-ISSN:
1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
Submetido em
:
08/11/2021
Revisões requeridas em
: 26/12/2021
Aprovado em
: 19/02/2022
Publicado em
: 31/03/2022
Gestão de traduções e versões: Editora Ibero
–
Americana de Educação
image/svg+xml
Impact of cooperative learning on students’ academic performance in social and economic specialties
IMPACT OF COOPERATIVE LEARNING ON STUDENTS’ ACADEMIC
PERFORMANCE IN SOCIAL AND ECONOMIC SPECIALTIES
IMPACTO DA APRENDIZAGEM COOPERATIVA NO DESEMPENHO ACADÊMICO
DOS ESTUDANTES NAS ESPECIALIDADES SOCIAIS E ECONÔMICAS
IMPACTO DEL APRENDIZAJE COOPERATIVO EN EL RENDIMIENTO
ACADÉMICO DE LOS ESTUDIANTES DE ESPECIALIDADES SOCIOECONÓMICAS
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV
1
Svetlana Alexandrovna SERGEEVA
2
Diana Arkadevna DENISOVA
3
Svetlana V. PIVNEVA
4
Nataliaya G. VITKOVSKAYA
5
Olga SHALAMOVA
6
ABSTRACT
: The purpose of the present study is to implement the technology of CL in the
learning process of students in socio-humanitarian and economic specialties and prove its
effectiveness in the professional training of students based on the results of interim academic
tests and final course grades. An experimental study focused on a comparative analysis of
learning outcomes in students of different specialties is conducted. The learning outcomes are
assessed by two criteria: students’ scores in interim academic tests and their final grades.
Opposed to other technologies, CL demonstrates positive components: high results in
mastering knowledge and obtaining skills and abilities; participants learn to cooperate;
learning motivation increases, personal relations develop between students; the level of
educational activity improves. The use of CL technology is an effective means of professional
training of students in socio-humanitarian and economic specialties as it significantly
improves performance in interim tests and final course grades.
KEYWORDS
: Cooperative learning. CL technologies. Student learning. Higher education.
Academic performance.
RESUMO
: O objetivo do presente estudo é implementar a tecnologia de AC no processo de
aprendizagem de alunos em especialidades socio-humanitárias e econômicas e comprovar
sua eficácia na formação profissional de alunos com base nos resultados de provas
1
Moscow Polytechnic University,
Moscow – Russia. Associate professor. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-
2580-5927. E-mail: biryuko@yandex.ru
2
Moscow State Institute of International Relations (MGIMO),
Moscow – Russia. Associate professor. ORCID:
https://orcid.org/0000-0003-1387-7138. E-mail: ugmzmag@gmail.com
3
Moscow State University of Food Production,
Moscow – Russia. Associate professor. ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-3759-4557. E-mail: dina_D_05@mail.ru
4
Russian State Social University,
Moscow – Russia. Associate professor. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-
2288-9915. E-mail: tlt-swetlana@yandex.ru
5
Russian State Social University,
Moscow – Russia. Associate professor. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-
1277-9616. E-mail: natashavit@rambler.ru
6
Moscow Aviation Institute (National Research University),
Moscow – Russia. Associate professor. ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-8192-1375. E-mail: familm274@mail.ru
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.165521
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA and Olga SHALAMOVA
acadêmicas intermediárias e notas finais do curso. É realizado um estudo experimental
centrado na análise comparativa dos resultados de aprendizagem em alunos de diferentes
especialidades. Os resultados da aprendizagem são avaliados por dois critérios: as notas dos
alunos nos testes acadêmicos intermediários e as suas notas finais. Ao contrário de outras
tecnologias, a AC apresenta componentes positivos: altos resultados no domínio do
conhecimento e na obtenção de competências e habilidades; os participantes aprendem a
cooperar; a motivação para a aprendizagem aumenta, as relações pessoais se desenvolvem
entre os alunos; o nível de atividades educacionais melhora. A utilização da tecnologia AC é
um meio eficaz de formação profissional dos alunos nas especialidades socio-humanitárias e
econômicas, pois melhora significativamente o desempenho nos testes intermediários e nas
notas finais do curso.
PALAVRAS-CHAVE
: Aprendizagem cooperativa. Tecnologias de AC. Aprendizagem
estudantil. Ensino superior. Desempenho acadêmico.
RESUMEN
: El presente estudio tiene como propósito implementar la tecnología de CL en el
proceso de aprendizaje de los estudiantes de las especialidades socio-humanitarias y
económicas y probar su efectividad en la formación profesional de los estudiantes a partir de
los resultados de las pruebas académicas intermedias y las calificaciones finales del curso.
Se realiza un estudio experimental centrado en el análisis comparativo de los resultados de
aprendizaje en estudiantes de diferentes especialidades. Los resultados de aprendizaje se
evalúan según dos criterios: las puntuaciones de los estudiantes en las pruebas académicas
intermedias y sus calificaciones finales. A diferencia de otras tecnologías, CL demuestra
componentes positivos: altos resultados en el dominio de conocimientos y obtención de
habilidades y destrezas; los participantes aprenden a cooperar; aumenta la motivación de
aprendizaje, se desarrollan las relaciones personales entre los estudiantes; el nivel de las
actividades educativas mejora. El uso de la tecnología CL es un medio eficaz de formación
profesional de los estudiantes en especialidades socio-humanitarias y económicas, ya que
mejora significativamente el rendimiento en las pruebas intermedias y las calificaciones
finales del curso.
PALABRAS CLAVE
:
Aprendizaje cooperativo. Tecnologías CL. Aprendizaje de estudiantes.
Educación superior. Rendimiento académico.
Introduction
Cooperative learning (CL) is based on the personality-oriented approach to students
and is realized in small groups, which allows to identify the problem, prove and argue one’s
opinion for a more thorough further understanding of the learning material, as well as an
enrichment of speech activity and thinking (DENISOVA
et al.
, 2021; KOROTAEVA;
KAPUSTINA, 2021).
Let us briefly review the main principles of CL technology. The teacher divides the
students into several small groups and gives them detailed instructions. Each student works on
their tasks, their part of the material until they reach a complete understanding of the studied
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.165522
image/svg+xml
Impact of cooperative learning on students’ academic performance in social and economic specialties
problem and completion. Later on, the students exchange their results, which makes each
person’s work necessary and important for others as the problem cannot be resolved without it
(a part of important information is lost, and the other recipients do not get it). Learning in
cooperation is often organized in clearly defined subgroups formed within the main group.
The focus should be on cooperation rather than competition because such an idea will ensure
better results for all participants.
In the present study, we wish to demonstrate that CL technology presupposes free
development of personality and the presence of creative or research activities, ensures the
development of students’ communication skills, contributes to the establishment of their
cultural identity, and has a socializing effect when used in training students of various
specialties.
Literature review
The advantages of CL, according to scientists, include the improved academic
performance of students (YI; LU, 2012), the development of their ability to think critically
and non-stereotypically perceive other people, the positive psychological climate in the group,
students’ desire for cooperation and constructive socialization, the presence of empathy,
mutual assistance, sympathy, and friendly relations in the team, students’ positive attitude
towards learning, teachers, and the educational institution (JACOBS; LOH, 2003), personal
growth, high level of self-respect and mental health manifested in emotional balance,
awareness of personal individuality, expression of trust, and an optimistic view of the world
and the environment (SILVA; FARIAS; MESQUITA, 2021).
S. Samuel (2010) interprets CL as a type of learning giving a small heterogeneous
student group to achieve a common educational goal by means of cooperative interaction.
Researchers suggest (DAVIDSON; MAJOR, 2014) that the use of CL technology in
professional training fosters the development of students’ teamwork skills required in their
further professional activities.
Researchers note (HUANG
et al.
, 2012) that CL always takes place in groups, but not
every group meets the principles of CL. To distinguish CL from other forms of group work,
prominent teachers D.W. Johnson and R.T. Johnson (1990) have developed five fundamental
principles of CL that make it different from traditional group forms of work in class:
- reliance on mutual interdependence, which, as argued by G.M. Jacobs (2015), is
fundamental for cooperation. J.W. Strijbos (2016) states that to achieve positive
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.165523
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA and Olga SHALAMOVA
interdependence in a group, it is necessary to set the common goal and formulate the
objectives to make them solvable only by means of cooperation. Furthermore, it is noted
(EBRAHIM, 2012) that the teacher needs to develop the tasks in such a way that they could
be solved with the direct individual activity of each group member;
- the principle of individual responsibility. According to researchers (LÓPEZ-
CANCELOS; COMESAÑA; BADAOUI, 2013), the teacher must control that all students
work actively and not allow some students to perform tasks instead of others, as well as
identify the students who need help. D.W. Johnson and R.T. Johnson (2007) recommend
choosing small groups for CL. Researchers believe that the smaller the group, the greater the
individual responsibility and the easier it is for the teacher to keep an eye on all students in the
group and correct their work. Y. Sharan (2010) considers groups of four students the most
effective for CL, which, if necessary, can be divided into two pairs;
- close interpersonal interaction, in which students should be able to support each
other, encourage, praise for success, stimulate each other’s learning activity, cognitively and
empathically respond to partners’ behavior. Researchers (ONWUEGBUZIE; COLLINS;
JIAO, 2009) emphasize that, in this case, the physical arrangement of students in groups is of
no small importance. Other authors (TSAY; BRADY, 2010) stress the necessity of observing
time limits when performing a task;
- all group members need to have certain social skills necessary for effective
communication (YAMARIK, 2007). Interpersonal interaction in the group is often marked by
a conflict of ideas, opinions, approaches, and the ability to stop the dispute, to transform it
into a constructive discussion, to create an atmosphere of tolerance and trust contributes to a
deeper understanding and memorization of educational material, as well as provides learning
motivation (SHIMAZOE; ALDRICH, 2010; GOLUBEVA
et al.
, 2021). Students gain
experience in constructive conflict resolution through dialogue, learning to create an
atmosphere of trust, convincing partners, and arguing their point of view (THAKRAL, 2017;
KHAN; AHMAD, 2014);
- group analysis of the results to assess the effectiveness of achieving the common
goal of learning and productive cooperation (SHARAN, 2014).
These principles distinguish CL from the traditional group forms of work in the
classroom. However, the mentioned studies mainly concern the general approach to the
organization of learning in collaboration. The study of the effectiveness of applying this
technology in the university on the example of students of different specialties has not yet
been studied separately.
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.165524
image/svg+xml
Impact of cooperative learning on students’ academic performance in social and economic specialties
In accordance with the above, the goal of the present study is to implement CL
technology in the learning process of students in socio-humanitarian and economic specialties
and prove its effectiveness in students’ professional training based on the results of thematic
tests and final course grades.
The hypothesis tested is that the use of CL technology is an effective means of
professional training of students in socio-humanitarian and economic specialties as it
significantly improves their performance in interim tests and final course grades.
Based on the goal and hypothesis of the study, the following research objectives are
established:
1. To carry out a gradual implementation of CL technology in the learning process of
students in socio-humanitarian and economic specialties.
2. To determine the influence of CL technology on the academic performance of
students based on their middle test scores and final grades for the course.
Methods
The experimental study is conducted based on two higher education institutions: the
Moscow State University of Food Production (1st-year social-humanitarian students, “History
of Russia” course) and Moscow Polytechnic University (1st-year economics students,
“Economics” course).
The experimental study is conducted to compare in-class marks and final grades in
four groups of students, two experimental (CL) and two control (no CL), with a total of 204
students.
Students in the first experimental (EG1, 52 people) and the first control (CG1, 54
people) groups study the same “History of Russia” course with the same teacher (researcher).
Students in the second experimental (EG2, 48 people) and second control (CG2, 50
people) groups study the same “Economics” course taught by the same teacher (researcher).
In the experimental groups, CL technology is gradually implemented in the students’
learning process.
At the first stage of the implementation, the learning process consists in work in pairs
in small groups. Initially, work is performed in static pairs (students sitting at the same table
work together), then in dynamic pairs (a group of four students sitting at adjacent tables) and
variation pairs (a variation of teamwork in a group of four students), with half of the students
answering and the other half controlling at each instance.
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.165525
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA and Olga SHALAMOVA
At the second stage of the implementation, teaching is carried out by the “Jigsaw-2”
CL technology, which presupposes that each team of students works independently on the
common topic, while each team member is presented with one fragment of the topic under
study for a particularly close review, thereby making them an “expert” on this issue.
Throughout the study of the topic, experts from different teams have meetings to add to each
other’s knowledge. At the end of the cycle, a test is held, and based on its results, the team
members receive the same grade – the average score.
Students’ learning outcomes are assessed using two main criteria: 1) students’ scores
on interim tests (maximum score – 25 points) and 2) final grades for the course (maximum
score – 100 points). Each criterion is analyzed and presented separately for the groups of
students in different specialties.
This research model was designed to provide an opportunity to study the participants’
learning outcomes throughout the learning process, and thereby determine the impact of CL
technology on student learning outcomes (academic performance).
Participants in the study are informed of the confidentiality of the obtained results and
their use exclusively for statistical analysis.
Statistical analysis of the obtained data is conducted using several mathematical
methods:
-quantitative analysis – calculation of frequency, percentage, mean value, and
standard deviation (SOROKOVA, 2020);
-comparative analysis – calculation of t-tests for independent samples to assess the
differences between the experimental and control groups of students of the same
university in terms of academic performance (middle test scores and final grade)
(SOROKOVA, 2020).
Results
The effect of the use of CL technology on the academic performance of socio-
humanitarian students is described in Tables 1 and 2.
Table 1 –
Quantitative characteristics of socio-humanitarian students’ academic performance
in tests and final grades
CriterionCG1EG1
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.165526
image/svg+xml
Impact of cooperative learning on students’ academic performance in social and economic specialties
below
average
averageabove
average
below
average
averageabove
average
CategoryN%N%N%N%N%N%
Test 11731.520371731.5001630.83669.2
Test 22138.91833.31527.8001426.93873.1
Test 31527.82342.61629.6001528.83771.2
Final grade2648.11731.51120.435,81936.53057.7
Source: Devised by the authors
Note: N – number of students (frequency), % – percentage in the group
Table 2 –
Statistical characteristics of socio-humanitarian students’ academic performance in
tests and final grades
CriterionGroupNMSDt-test
Test 1CG15416.744.01-4.066
EG15223.341.78
Test 2CG15416.864.57-4.232
EG15222.951.69
Test 3CG15417.543.87-3.763
EG15223.761.53
Final gradeCG15470.4315.72-4.793
EG15288.356.46
Source: Devised by the authors
Note: N – number of students, M – group mean score; SD – group standard deviation
The influence of the implementation of CL technology on the academic performance
of economics students is described in Tables 3 and 4.
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.165527
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA and Olga SHALAMOVA
Table 3 –
Quantitative characteristics of economics students’ academic performance in tests
and final grades
CriterionCG2EG2
below
average
averageabove
average
below
average
averageabove
average
N%N%N%N%N%N%
Test 1163219381530001327.13572.9
Test 2204015301530001429.23470.8
Test 3142820401632001225.03675.0
Final grade2856132691824.21837.52858.3
Source: Devised by the authors
Note: N – number of students (frequency), % – percentage in the group
Table 4 –
Statistical characteristics of economics students’ academic performance in tests and
final grades
CriterionGroupNMSDt-test
Test 1CG25015.363.54-3.658
EG24820.441.56
Test 2CG25016.563.67-3.895
EG24821.841.63
Test 3CG25017.223.24-4.112
EG24822.461.42
Final gradeCG25066.8414.66-4.673
EG24884.966.79
Source: Devised by the authors
Note: N – number of students, M – group mean score; SD – group standard deviation
The results show that the first experimental group (EG1) significantly outperforms
their peers from the first control group (CG1) in all tests and final course grades overall. T-
test for independent samples reveals statistically significant differences between the two
groups for all tests (t = -4.066, p < 0.001; t = -4.232, p < 0.001; t = -3.763, p < 0.001).
Moreover, EG1 performs better in all of the tests (M1 = 23.34, SD1 = 1.78; M2 =
22.95, SD2 = 1.69; M3 = 23.76, SD3 = 1.53) compared to CG1 (M1 = 16.74, SD1 = 4.01; M2
= 16.86, SD2 = 4.57; M3 = 17.54, SD3 = 3.87).
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.165528
image/svg+xml
Impact of cooperative learning on students’ academic performance in social and economic specialties
The obtained results also indicate significant influence of the CL technology on the
final grades of socio-humanitarian students: t = -4.793, p < 0.001; students in EG1 receive
higher grades (M = 88.35, SD = 6.46) than those of CG1 (M = 70.43, SD = 15.72).
Similar results are obtained in EG2 and CG2 students (economics students).
Thus, a significant positive correlation between learning with CL technology and
students’ academic performance is evident.
Discussion
The first objective of the study concerns the gradual implementation of CL technology
in the learning process of students in socio-humanitarian and economic specialties. Let us
more closely examine the way the fundamental principles of CL are implemented in the
course of lessons using CL technology (JOHNSON; JOHNSON, 1990).
During the lessons, each group does their best to contribute to the common cause, the
results of each student’s work depend on the other group members’ success in completing
their tasks. This goes in line with the argument of researchers (JACOBS, 2015;
PROKHOROVA, 2021) that positive interdependence stimulates students to learn, show
mutual assistance, active cooperation, and mutual responsibility, necessitates mutual control,
and ensures that students unite their efforts in achieving the common goal.
The positive interdependence in work according to the CL technology is ensured in the
lessons through a special distribution of educational material (for instance, each student has
only a part of the material necessary to complete the common task); assignment of roles
(group leader, expert, reporter, observer, etc.); summation of the points received by each
group member in the assessment of the work; introduction of team rewards.
To implement the principle of individual responsibility in the CL lessons, a teacher,
using individual tests, surveys, or other control measures, assesses not only the result of a
team’s work but also the work of each student in particular. In this, according to researchers
(LÓPEZ-CANCELOS; COMESAÑA; BADAOUI, 2013), individual work must be graded
higher if all students complete the task successfully and reach the set goal. In accordance with
the recommendations (JOHNSON; JOHNSON; SMITH, 2007), the students are divided into
small groups of four students each, which are additionally divided into pairs when needed
(SHARAN, 2010).
The principle of close interpersonal communication (JOHNSON; JOHNSON, 1990) is
realized according to recommendations (ONWUEGBUZIE; COLLINS; JIAO, 2009)
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.165529
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA and Olga SHALAMOVA
suggesting that students are seated “face to face” during the work. In this case, the group
leader performs the functions typically performed by the teacher in traditional lessons. By
clearly regulating the time for assignments according to the recommendations (TSAY;
BRADY, 2010), the instructor forces students to concentrate and encourages them not to
waste time on secondary tasks.
The skills of interpersonal communication are purposefully formed by the teacher in
specially created educational situations according to the four levels of difficulties of
cooperation skills development indicated in the study (KHAN; AHMAD, 2014). Team
building in a group and the formation of norms of behavior in it require the first level skills –
addressing each other by name, not interrupting others, listening to the partners closely, and
so on. The second level skills are required for the organization and support of effective group
work. Among these are the skills of expressing support, asking for help, encouraging work,
and the like. The skills of summarizing readings, highlighting the main points, and linking the
material to what has been studied before belongs to the third level and provide for mental
cooperation for better assimilation of the learning material. The fourth and highest-level skills
of critiquing an idea rather than a partner, arguing, persuading, drawing conclusions, finding
alternatives, and the like deepen understanding of the material and encourage creative,
rational solutions.
Group analysis of the results in CL lessons is conducted, in accordance with
(SHARAN, 2014), during reflection practices in the form of group discussion of individual
and collective difficulties and achievements. The students evaluate the effectiveness of their
interaction, review which models of behavior prove useful in collaborative work and what
needs to be changed to ensure effective teamwork and make decisions on further
improvement of the cooperation.
The second objective of the study relates to testing the effect of CL technology on
students’ academic performance assessed by their scores in three interim tests and final grades
for the course.
As demonstrated by the results of this study, CL technologies have a major positive
influence on students’ academic performance. This results in students having higher scores in
tests and better final grades.
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.1655210
image/svg+xml
Impact of cooperative learning on students’ academic performance in social and economic specialties
Conclusion
The conducted study provides empirical evidence of the effectiveness and significance
of CL technology in improving students’ learning outcomes. Thus, the study results confirm
the proposed hypothesis that the use of CL technology has a positive effect on students’
learning outcomes assessed through their test scores and final grades.
The scientific novelty of the study lies in the performed comprehensive analysis of the
influence of CL on students’ academic performance in terms of their scores on tests and final
grades in the course.
However, the results obtained have certain limitations related to an insufficiently wide
range of students, disciplines, independent/factor variables (e.g., gender, major, average
grades, and prior performance/achievements). Taking them into account in the future may be
a prospect for further research and provide greater accuracy, validity, and confidence in the
results obtained.
REFERENCES
DAVIDSON, N.; MAJOR, C. H. Boundary crossings: Cooperative learning, collaborative
learning, and problem-based learning.
Journal on Excellence in College Teaching
, v. 25, n.
3/4, p. 7-55, 2014.
DENISOVA, D. A.; LEVANOVA, N. G.; EVGRAFOVA, I. V., VERKHOVOD, A. S.
Formation of cognitive activity of technical university students using elements of blended
learning in the study of quantum physics.
Revista Tempos E Espaços Em Educação
, v. 14,
n. 33, e15296, 2021.
EBRAHIM, A. The effect of cooperative learning strategies on elementary students’ science
achievement and social skills in Kuwait.
International Journal of Science and
Mathematics Education
, v. 10, p. 293-314, 2012.
GOLUBEVA, T. I.
et al
. The impact of visualization tools in distance english language
learning: the experience of the russian university teachers.
Revista Tempos E Espaços Em
Educação
, v. 14, n. 33, e16111, 2021.
HUANG, M.; HSIAO, W.; CHANG, T.; HU, M. Design and implementation of a cooperative
learning system for digital content design curriculum: Investigation on learning effectiveness
and social presence.
TOJET
, v. 11, n. 4, p. 94-107, 2012.
JACOBS, G. M. Collaborative learning or cooperative learning? The name is not important;
flexibility is.
Beyond Words
, v. 3, n. 1, p. 32-52, 2015.
JACOBS, G. M.; LOH, W. I. Using cooperative learning in large classes.
In
: CHERIAN, M.;
MAU, R. (Eds.).
Large classes
. Singapore: McGraw-Hill, 2003. p. 142-157.
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.1655211
image/svg+xml
Vladimir Aleksandrovich BIRYUKOV; Svetlana Alexandrovna SERGEEVA; Diana Arkadevna DENISOVA; Svetlana V. PIVNEVA;
Nataliaya G. VITKOVSKAYA and Olga SHALAMOVA
JOHNSON, D. W.; JOHNSON, R. T. Cooperative learning and achievement.
In
: SHARAN,
S. (Ed.).
Cooperative learning
: Theory and research. New York: Praeger, 1990, p. 23-37.
JOHNSON, D. W.; JOHNSON, R. T.; SMITH, K. The state of cooperative learning in
postsecondary and professional settings.
Educational Psychology Review
, v. 19, p. 15-29,
2007.
KHAN, S. A.; AHMAD, R. N. Evaluation of the effectiveness of cooperative learning method
versus traditional learning method on the reading comprehension of the students.
Journal of
Research and Reflections in Education
, v. 8, n. 1, p. 55-64, 2014.
KOROTAEVA, I. E.; KAPUSTINA, D. M. Features of the educational process organization
in foreign language classes with students of non-linguistic specialties when switching to
distance learning.
Revista EntreLinguas
, v. 7, esp. 4, e021075, 2021.
LÓPEZ-CANCELOS, R.; COMESAÑA, R.; BADAOUI, A. Analysis of workgroup
experience using the cooperative learning in engineering degrees in the European higher
education area.
In
:
EDULEARN13 Proceedings
. Barcelona, Spain: IATED, 2013. ISBN:
978-84-616-3822-2. p. 6638-6646.
ONWUEGBUZIE, A. J.; COLLINS, K. M. T.; JIAO, Q. G. Performance of cooperative
learning groups in a postgraduate education research methodology course.
Active Learning
in Higher Education
, v. 10, no. 3, p. 265-277, 2009.
PROKHOROVA, M. P.
et al
. Aprendizado invertido: análise de dificuldade e intensidade.
Laplage Em Revista
, v. 7, no. Extra-E, p. 51-59, 2021.
SAMUEL, S. Cooperative Learning.
University News
, v. 48, p. 5-9, 2010.
SHARAN, Y. Cooperative Learning for Academic and Social Gains: valued pedagogy,
problematic practice.
European Journal of Education
, v. 45, n. 2, p. 300-313, 2010.
SHARAN, Y. Learning to cooperate for cooperative learning.
Anales de Psicología
, v. 30, n.
3, p. 802-807, 2014.
SHIMAZOE, J.; ALDRICH, H. Group work can be gratifying: Understanding and
overcoming resistance to cooperative learning.
College Teaching
, v. 58, p. 52-57, 2010.
SILVA, R.; FARIAS, C.; MESQUITA, I. Cooperative Learning Contribution to Student
Social Learning and Active Role in the Class.
Sustainability
, v. 13, p. 8644, 2021.
SOROKOVA, M. G.
Matematicheskie metody v psikhologo-pedagogicheskikh
issledovaniiakh
: Uchebnoe posobie [Mathematical methods in psychological and
pedagogical research: Textbook]. Moscow: Neolit, 2020.
STRIJBOS, J. W. Assessment of collaborative learning.
In
: BROWN, G.T.L.; HARRIS, L.
(Eds.).
Handbook of social and human conditions in assessment
. New York: Routledge,
2016. p. 302-318.
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.1655212
image/svg+xml
Impact of cooperative learning on students’ academic performance in social and economic specialties
THAKRAL, P. Cooperative Learning: An Innovative Strategy to Classroom Instruction.
Learning Community
, v. 8, n. 1, p. 17-22, 2017.
TSAY, M.; BRADY, M. A case study of cooperative learning and communication pedagogy:
Does working in teams make a difference?
Journal of the Scholarship of Teaching and
Learning
, v. 10, n. 2, p. 78-89, 2010.
YAMARIK, S. Does Cooperative Learning Improve Student Learning Outcomes?
The
Journal of Economic Education
, v. 38, n. 3, p. 259-277, 2007.
YI, Z.; LU, X. Z. Implementing a cooperative learning.
Educational studies
, v. 38, n. 2, p.
165-173, 2012.
How to reference this article
BIRYUKOV, V. A.; SERGEEVA, S. A.; DENISOVA, D. A.; PIVNEVA, S. V.;
VITKOVSKAYA, N. G.; SHALAMOVA, O. Impact of cooperative learning on students’
academic performance in social and economic specialties.
Revista online de Política e
Gestão Educacional
, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029.
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16552
Submitted
:
08/11/2021
Required revisions
: 26/12/2021
Approved
: 19/02/2022
Published
:
31/03/2022
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022056, Mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.1655213