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Ciência russa e juventude: Problemas e perspectivas
RPGE
–
Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022070, mar. 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16569
1
CIÊNCIA RUSSA E JUVENTUDE: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
CIENCIA RUSA Y JUVENTUD: PROBLEMAS Y PERSPECTIVAS
RUSSIAN SCIENCE AND YOUTH: PROBLEMS AND PROSPECTS
Nikolay Vasilievich STAROSTENKOV
1
RESUMO
: O estudo aborda os problemas da ciência russa moderna e o papel e lugar de jovens
cientistas nela. São apresentados os dados que caracterizam o estado atual da ciência e do jovem
pessoal científico. São examinadas as estratégias de vida formadas entre jovens pesquisadores.
A
s causas das “ondas de migração” são investigadas. São avaliadas as perspectivas de
transformação da aglomeração de Moscou em um centro efetivo de desenvolvimento avançado.
O artigo fornece recomendações práticas para resolver a situação observada atualmente na
ciência russa.
PALAVRAS-CHAVE
: Ciência moderna. Problemas da juventude. Estratégias de vida.
RESUMEN
: El estudio aborda los problemas de la ciencia rusa moderna y el papel y el lugar
de los científicos jóvenes en ella. Se presentan los datos que caracterizan el estado actual de
la ciencia y el personal científico joven. Se examinan las estrategias de vida formadas entre los
jóvenes investigadores. Se investigan las causas de las "olas migratorias". Se evalúan las
perspectivas de transformación de la aglomeración de Moscú en un centro eficaz de desarrollo
avanzado. El artículo ofrece recomendaciones prácticas para resolver la situación que se
observa actualmente en la ciencia rusa.
PALABRAS CLAVE
:
Ciencia moderna. Problemas de la juventude. Estrategias de vida.
ABSTRACT
: The study addresses the problems of modern Russian science and the role and
place of young scientists in it. The data characterizing the current state of science and young
scientific personnel are presented. The life strategies formed among young researchers are
examined. The causes of “migration waves” are investigated. The prospects of the
transformation of the Moscow agglomeration into an effective center of advanced development
are assessed. The article provides practical recommendations for resolving the situation
currently observed in Russian science.
KEYWORDS
: Modern science. Youth problems. Life strategies.
1
Universidade Social do Estado Russo, Moscou, Rússia. Doutor em Ciências Históricas, Professor. ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-3158-3232. E-mail: starostenkov.n.v@mail.ru
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Nikolay Vasilievich STAROSTENKOV
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2
Introdução
Os problemas sociais e econômicos que vêm se acumulando na sociedade russa e o
fracasso reiterado das agências governamentais autorizadas em executar inúmeras "instruções",
"programas", "estratégias de desenvolvimento", decretos e planos, nos obriga a considerar a
razão desta situação.
Estamos diante de um fenômeno altamente complexo, cada um dos fatores que merece
um exame minucioso.
O presente estudo se concentra em explorar alguns aspectos de um único, mas muito
importante fator: o papel da ciência na sociedade russa contemporânea.
Infelizmente, durante as últimas três décadas, a ciência não se tornou a base para a
criação de uma economia competitiva, o principal ator na formação de uma política
socioeconômica, científica e tecnológica eficaz.
Por que a ciência não se tornou a força motriz para o desenvolvimento da sociedade
russa?
Em que estado a juventude russa se encontra na ciência russa contemporânea?
Finalmente, o que deve ser feito para tentar mudar a situação para melhor?
Estas são as questões que gostaríamos de abordar no presente trabalho.
Método
O objetivo do presente estudo é o estado atual da ciência russa e as perspectivas que ela
abre para os jovens cientistas.
A hipótese proposta é que o estado e as perspectivas da juventude na ciência russa são
determinados decisivamente pelas características de seu estado atual e desenvolvimento.
A base metodológica do estudo é formada por métodos gerais de pesquisa científica,
principalmente os princípios do historicismo, determinismo, abordagem social, pluralismo
metodológico, etc. e os métodos de pesquisa baseados neles, os mais importantes dos quais
(dentro da estrutura deste trabalho) são os métodos histórico-comparativos e histórico-
genéticos, o método de análise estrutural-funcional e alguns outros métodos que permitem
resolver os principais objetivos do estudo:
- investigar o papel desempenhado pela ciência na sociedade russa contemporânea;
- analisar as consequências do subfinanciamento crônico da ciência nos anos 90 e início
do século 21;
- avaliar o papel e as perspectivas dos jovens pesquisadores na ciência russa;
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- estudar as causas da migração de jovens cientistas no exterior e a dinâmica deste
processo;
- considerar as causas e consequências da chamada migração "de vaivém" de jovens
cientistas;
- examinar as atitudes da comunidade científica, particularmente de seus membros mais
jovens, em relação à introdução de sistemas internacionais de avaliação do trabalho dos
pesquisadores;
- determinar as principais formas de a ciência russa alcançar um lugar adequado na
divisão internacional do trabalho;
- analisar alguns problemas atuais do ensino da história do jornalismo nas instituições
de ensino superior;
- estudar as causas destas últimas e a natureza de sua influência no processo e nos
resultados do ensino da história do jornalismo;
- formular recomendações que permitam reduzir parcialmente a influência negativa dos
problemas que afetam o processo de ensino da história do jornalismo nas universidades.
A solução dos objetivos de pesquisa acima mencionados permite considerar a hipótese
formulada, na sua maioria confirmada.
Resultados
Uma das respostas mais aparentes e de nível superficial às perguntas feitas é o estado
em que a ciência russa se encontra atualmente. Isto é bastante razoável, dado que as perdas
sofridas pela ciência russa a partir dos anos 90 são difíceis de estimar. Além disso, a crise da
ciência russa não provém dos problemas acumulados do desenvolvimento interno, mas das
condições externas, o que é mais importante, financeiras.
O subfinanciamento da ciência russa tem consequências de longo alcance, contribuindo
para a degradação do capital humano.
Um papel extremamente negativo é desempenhado pelo fator do atraso da Rússia no
nível de gastos por pesquisador. De acordo com este indicador, a Rússia está três vezes atrás da
média global. Isto impede que muitos cientistas talentosos realizem pesquisas científicas na
Rússia.
Considerando o grau de remuneração dos pesquisadores, ele estava há muito tempo atrás
do salário médio nacional do país e os eventos recentes mostram que este problema ainda está
longe de ser resolvido, ao contrário dos relatos.
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No entanto, mesmo que os indicadores planejados sejam atingidos, os salários dos
acadêmicos russos ainda serão muitas vezes inferiores aos dos cientistas dos países
desenvolvidos. Não é, portanto, surpreendente que o número de pessoal científico na Rússia
mostre uma diminuição.
Os jovens cientistas têm a experiência mais difícil. Além das dificuldades enfrentadas
por seus colegas mais velhos, eles tiveram que sofrer as consequências da eliminação da
chamada "justiça intergeracional".
Ao mesmo tempo, deve-se notar que alguns dos problemas da juventude na ciência russa
surgiram na época soviética.
Em particular, no período de grande crescimento da esfera científica no início dos anos
60, foram criadas condições que não só causaram um aumento no número de jovens cientistas,
mas também lhes permitiram assumir posições de destaque nas instituições científicas. No final
dos anos 80, essas pessoas, estando no auge de seus poderes físicos e criativos, ocupavam
praticamente todos os cargos-chave na ciência, bloqueando as oportunidades de crescimento na
carreira para as gerações mais jovens de cientistas.
Como resultado, em 1988, a proporção de especialistas com menos de 40 anos era de
25% entre os candidatos à ciência e 2% entre os médicos (SHOKOREVA, 1992, p. 57).
Enquanto isso, a experiência mostra que em alguns ramos da ciência, as chamadas
invenções e descobertas "revolucionárias" foram feitas por cientistas com menos de 35-40 anos
de idade.
A queda catastrófica no financiamento da ciência que atingiu a comunidade científica
significou que um número significativo de jovens cientistas teve que deixar o país ou foram
forçados a procurar outras ocupações.
Entretanto, a situação atual de um jovem cientista que não mudou sua profissão é
exacerbada pelo que o Prêmio Nobel Zhores Alferov descreveu como "a falta de demanda por
resultados científicos por parte da economia e da sociedade" (AL-AIASH, 2017).
Se Alferov estiver correto, o que ele é, muitas das escolas científicas que ainda existem
estão condenadas a morrer, o que será mais um duro golpe para a continuidade das gerações na
ciência.
Parece que a falta de oportunidade de ter uma carreira produtiva na esfera desejada e a
insatisfação com o status social e a situação financeira desempenharam o papel principal na
formação da onda de emigração dos anos 90 e do início do século XXI.
É difícil estimar o número de jovens cientistas que foram trabalhar no exterior. Segundo
V. Kalinushkin, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Científicos da Rússia, de 200 a 800
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mil cientistas russos deixaram o país para trabalhar no exterior neste período (TIMOFEEVA,
2009).
A crise da ciência que se desenvolveu na Federação Russa nos últimos anos parece ter
levado a uma nova "onda de emigração".
Embora atualmente não haja dados confiáveis sobre quantos membros da comunidade
científica russa deixaram sua pátria, há razões para supor que eles não são poucos.
Além de ir para o exterior para residência permanente, os jovens cientistas também
utilizam outras estratégias de vida. Um exemplo é o trabalho por contrato ou a chamada
migração "shuttling", que é um caminho de compromisso ao qual os jovens cientistas recorrem
devido à falta do equipamento moderno necessário no país. Enquanto realizam experiências
complexas no exterior, eles voltam regularmente para casa para processar seus resultados
(DEZHINA, 2003, p. 85).
Assim, muitos jovens cientistas veem a ida ao exterior como uma oportunidade para
continuar fazendo o que gostam, ou pelo menos para receber fundos para financiar suas
pesquisas.
O Estado deve assumir a função administrativa de regular a migração do pessoal
científico? A maioria dos membros da comunidade científica (65,2%) acredita que não deveria.
Entretanto, na opinião deles, o Estado deveria tomar medidas para criar as condições que
encorajariam os cientistas a retornar ao seu país de origem (DEZHINA, 2003, p. 83).
É claro que o Estado, representado por seus órgãos autorizados, tomou e está tomando
certas medidas.
Nos últimos anos, o financiamento para a ciência tem aumentado. No entanto, de acordo
com a Câmara de Contas, os gastos com ciência civil não aumentaram e permanecem no nível
de 1,1% do produto interno bruto. Por este indicador, a Rússia está em 34º lugar na classificação
global e está muito atrás dos países líderes, que gastam mais de 3% de seu PIB em ciência
(GLIKIN, 2020).
Também é verdade, entretanto, que o número de pesquisadores empregados em todos
os centros de pesquisa públicos, privados e universitários está começando a crescer
gradualmente. Ainda assim, o número de jovens pesquisadores está aumentando a um ritmo
muito lento. Especificamente, a proporção de jovens pesquisadores (com menos de 29 anos)
aumentou apenas 3% desde 2008, enquanto que a proporção de pesquisadores com menos de
39 anos aumentou em 7%. Por sua vez, a idade média de todos os pesquisadores aumentou em
dois anos (de 45 a 47 anos).
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A comunidade científica e os jovens cientistas têm numerosas perguntas a respeito da
introdução de sistemas internacionais de avaliação de publicações e citações científicas, que se
concentram principalmente em revistas em inglês (principalmente americanas). O objetivo,
como sempre, foi bem intencionado: ajudar a ciência russa a ocupar seu devido lugar na
comunidade científica mundial.
Com relação a esta questão, o cientista político Professor S. Cherniakhovskii observa
que, no mínimo, é estranho "... julgar o trabalho dos cientistas pelo quanto suas publicações são
apreciadas pelos rivais geopolíticos da Rússia" (CHERNIAKHOVSKII, 2021).
O que é então conveniente fazer sob tais condições?
É improvável que devemos procurar restaurar a infra-estrutura da ciência nacional que
se perdeu com o colapso da União Soviética.
A experiência histórica nos ensina que leva muitos anos ou mesmo décadas para
restaurar o ambiente científico destruído (FEIGELMAN, 2017).
O que se exige de nós é, antes de tudo, compreender que lugar ocupamos no mundo
moderno e, com base nisso, avaliar nossas reais perspectivas, inclusive na esfera da participação
efetiva nas atividades da ciência global.
Avaliando imparcialmente as peculiaridades do desenvolvimento do mundo global pós-
industrial moderno, é impossível ignorar que seu modelo baseado nas suposições de M.
McLuhan e F. Fukuyama não é, no mínimo, coerente com os processos reais da globalização.
Em vez de benefícios praticamente iguais para todos os países em sua órbita, a globalização
moderna traz uma pronunciada diferenciação social e econômica.
Outra característica importante do estágio que estamos vivendo atualmente é a
"formação ativa de 'centros de influência' compactos com uma estrutura relativamente idêntica
(SYCHEVA, 2014)". Tais zonas de desenvolvimento avançado são referidas por especialistas
como "portas de entrada para o mundo global".
Assim, para entrar plenamente no mundo global com base na participação adequada na
divisão moderna do trabalho no campo da alta tecnologia e ciência, é necessário ter zonas
efetivas de desenvolvimento avançado.
Na Federação Russa, o papel de tal centro é reivindicado principalmente por Moscou.
No entanto, embora a capital russa seja um importante centro de transporte, ela não se tornou
uma grande artéria de transporte entre a Europa e a Ásia, como era de se esperar.
Além disso, Moscou como centro financeiro fica significativamente atrás da maioria das
zonas européias de desenvolvimento avançado.
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Considerando as inovações científicas, deve-se observar que Moscou tem de fato um
potencial científico e pedagógico substancial, porém, devido a vários fatores, está se
transformando em um centro científico e educacional de escala meramente regional e não global
(SYCHEVA, 2014).
Dado o exposto acima, devemos afirmar que, num futuro próximo, Moscou dificilmente
se tornará um centro eficaz de desenvolvimento avançado.
No entanto, a Rússia ainda tem a chance de ocupar um lugar legítimo na divisão
internacional do trabalho.
De acordo com os especialistas, a produção de todos os produtos de conhecimento
intensivo hoje se baseia em 50-55 macrotecnologias. A Rússia conseguiu manter de 10 a 15
delas. Isto teoricamente permite ao país ocupar de 10 a 20% do mercado mundial de produtos
intensivos em conhecimento (POPADIUK, 2009, p. 78). Entretanto, esta é apenas uma
oportunidade, que se torna mais ilusória a cada ano que passa.
Além disso, vários cientistas de renome argumentam (FEIGELMAN, 2017) que a escola
científica russa continua a ser de valor independente para a comunidade científica internacional.
Além disso, a experiência dos cientistas russos em trabalhar sob condições de crise pode
ajudar nossos colegas estrangeiros a encontrar uma saída para a crise vivida atualmente pela
esfera científica em vários países "avançados".
Uma redução sensível da demanda por pesquisa em muitos ramos da ciência e
tecnologia, as deficiências do sistema de subsídios para financiar atividades de pesquisa e o
sistema ineficiente de avaliação do trabalho científico dificultam o desenvolvimento da ciência
em países economicamente desenvolvidos.
O trabalho colaborativo de cientistas russos e estrangeiros pode contribuir para uma
integração mais profunda das equipes de pesquisa no espaço científico e educacional
internacional e permitir que os jovens cientistas vejam as perspectivas de seu crescimento
científico..
Conclusão
Portanto, as tarefas que a ciência russa enfrenta hoje e que ditam não apenas seu futuro,
mas sua existência contínua, são complexas, mas não intransponíveis.
Resolvê-las exige decisões políticas, recursos materiais suficientes e, o mais importante, o
trabalho duro e altruísta de todas as gerações de cientistas russos.
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Os jovens cientistas russos podem desempenhar um papel importante na solução dos problemas
enfrentados pela ciência doméstica.
REFERÊNCIAS
AL-AIASH, A.
Rossiia
: Utechka mozgov uskoriaetsia, ugrozhaia budushchemu strany kak
“velikoi derzhavy” [Russia: Brain drain accelerates, threatening the future of the country as a
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Inosmi, 2017. Disponível em:
http://inosmi.ru/politic/20170403/239025595.html. Acesso em: 7 mar. 2021.
CHERNIAKHOVSKII, S.
Mistifikatsiia Minobrnauki
. [Mystification of the Ministry of
Education and Science]. KM.RU, 2021. Disponível em: https://www.km.ru/v-
rossii/2021/02/16/vladimir-putin/885657-mistifikatsiya-minobranauki. Acesso em: 7 mar.
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DEZHINA, I. G. Molodezh v nauke [Youth in science].
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[Russian science by 2017]. Polit.ru,
2017. Disponível em: http://polit.ru/article/2006/10/18/nauka_2017/. Acesso em: 7 mar. 2021.
GLIKIN, K.
Finansirovanie natsproekta “Nauka” idet neravnomerno, schitaet Schetnaia
palata
[Funding of the national project “Science” is uneven, says the Accounts Chamber].
Vedomosti. 1 Sep. 2020. Disponível em:
https://www.vedomosti.ru/society/articles/2020/08/31/838343-finansirovanie-natsproekta.
Acesso em: 7 mar. 2021.
POPADIUK, T. G. Strukturirovanie promyshlennosti po makrotekhnologiiam kak uslovie
strategicheskoi konkurentosposobnosti [The structurization of industry by macro-technology
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76
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82, 2009.
SHOKOREVA, T. A.
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USSR: analysis and statistics. February 1992]. Moscow: TsISN, 1992.
SYCHEVA, A. A.
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world]. Center For Strategic Assessments and Forecasts. 2014. Disponível em:
http://csef.ru/ru/politica-i-geopolitica/326/vorota-rossii-v-globalnyj-mir-5573; Acesso em: 7
mar. 2021.
TIMOFEEVA, I. Mozgi, kotorye my poteryali [The brains we lost].
Novaia gazeta
, n. 121,
30 Oct. 2009. Disponível em: https://www.novayagazeta.ru/articles/2009/10/30/40638-mozgi-
kotorye-my-poteryali. Acesso em: 7 mar. 2021.
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Como referenciar este artigo
STAROSTENKOV, N. V. Ciência russa e juventude: Problemas e perspectivas.
Revista online
de Política e Gestão Educacional
, Araraquara, v. 26, n. esp. 2, e022070, mar. 2022. e-ISSN:
1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.2.16569
Submetido em
:
07/11/2021
Revisões requeridas em
: 21/12/2021
Aprovado em
: 19/02/2022
Publicado em
: 31/03/2022
Gestão de traduções e versões: Revista Ibero
–
Americana de Educação
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Russian science and youth:
Problems
and prospects
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Revista on line
de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 2,
e022070
, Mar. 2022.
e
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ISSN: 1519
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RUSSIAN SCIENCE AND YOUTH: PROBLEMS AND PROSPECTS
CIÊNCIA RUSSA E JUVENTUDE: PROBLEMAS E PERSPECTIVAS
CIENCIA RUSA Y JUVENTUD: PROBLEMAS Y PERSPECTIVAS
Nikolay Vasilievich STAROSTENKOV
1
ABSTRACT:
The study addresses the problems of modern Russian science and the role and
place of young scientists in it. The data characterizing the current state of science and young
scientific personnel are presented. The life strategies formed among young research
ers are
examined. The causes of “migration waves” are investigated. The prospects of the
transformation of the Moscow agglomeration into an effective center of advanced
development are assessed. The article provides practical recommendations for resolving
the
situation currently observed in Russian science.
KEYWORDS:
M
odern science
.
Y
outh problems
.
L
ife strategies.
RESUMO
: O estudo aborda os problemas da ciência russa moderna e o papel e lugar de
jovens cientistas nela. São apresentados os dados que cara
cterizam o estado atual da ciência
e do jovem pessoal científico. São examinadas as estratégias de vida formadas entre jovens
pesquisadores. As causas das “ondas de migração” são investigadas. São avaliadas as
perspectivas de transformação da aglomeração d
e Moscou em um centro efetivo de
desenvolvimento avançado. O artigo fornece recomendações práticas para resolver a
situação observada atualmente na ciência russa.
PALAVRAS
-
CHAVE
: Ciência moderna
.
P
roblemas da juventude
.
E
stratégias de vida
.
RESUMEN
: El
estudio aborda los problemas de la ciencia rusa moderna y el papel y el
lugar de los científicos jóvenes en ella. Se presentan los datos que caracterizan el estado
actual de la ciencia y el personal científico joven. Se examinan las estrategias de vida
for
madas entre los jóvenes investigadores. Se investigan las causas de las "olas migratorias".
Se evalúan las perspectivas de transformación de la aglomeración de Moscú en un centro
eficaz de desarrollo avanzado. El artículo ofrece recomendaciones prácticas p
ara resolver la
situación que se observa actualmente en la ciencia rusa
.
PALABRAS CLAVE
:
C
iencia moderna
.
P
roblemas de la
juventude.
E
strategias de vida.
1
Russian State Social University, Moscow, Russia. Doctor of Historical Scie
nces, Professor.
ORCID
:
https://orcid.org/0000
-
0002
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3158
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mail:
starostenkov.n.v@mail.ru
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2
Introduction
Social and economic problems that have been accumulating in Russian society and the
r
epeated failure of authorized government agencies to execute numerous “instructions,”
“programs,” “development strategies,” decrees, and plans forces us to consider the reason for
this situation.
We are facing a highly complex phenomenon, each of the facto
rs of which deserves a
close examination.
The present study focuses on exploring some aspects of a single, but very important
factor: the role of science in contemporary Russian society.
Unfortunately, over the past three decades, science has not become
the basis for the
creation of a competitive economy, the main actor in the formation of effective socio
-
economic, scientific, and technological policy.
Why has science not become the driving force for the development of Russian
society?
In what state does
Russian youth find itself in contemporary Russian science?
Finally, what
must
be done to try to change the situation for the better?
These are the questions we would like to address in the present work.
Methods
The object of the present study is the current state of Russian science and the prospects
it
opens
for young scientists.
The proposed hypothesis is that the state and prospects of youth in Russian science are
decisively determined by the characteristics of
its present state and development.
The methodological foundation for the study is formed by general scientific research
methods, primarily the principles of historicism, determinism, social approach,
methodological pluralism, etc. and the research methods
based on them, the most important of
which (within the framework of this work) are the historical
-
comparative and historical
-
genetic methods, the method of structural
-
functional analysis, and some other methods
allowing to solve the main objectives of the
study:
-
to investigate the role performed by science in contemporary Russian society;
-
to analyze the consequences of the chronic underfunding of science in the 1990s and
early 21st century;
-
to assess the role and prospects of young researchers in R
ussian science;
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Russian science and youth:
Problems
and prospects
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-
to study the causes of the migration of young scientists abroad and the dynamics of
this process;
-
to consider the causes and consequences of the so
-
called “shuttling” migration of
young scientists;
-
to examine the attitudes of the sc
ientific community, particularly its younger
members, to the introduction of international systems of the evaluation of researchers’ work;
-
to determine the main ways for Russian science to attain a proper place in the
international division of labor;
-
to analyze some current problems of teaching the history of journalism in higher
education institutions;
-
to study the causes of the latter and the nature of their influence on the process and
outcomes of teaching the history of journalism;
-
to formulate
recommendations allowing to partially reduce the negative influence of
the problems affecting the process of teaching journalism history at universities.
The solution of the above
-
mentioned research objectives provides for considering the
formulated hypot
hesis mostly confirmed.
Results
One of the most apparent and surface
-
level answers to the posed questions is the state
in which Russian science currently finds itself. This is quite reasonable given that the losses
suffered by Russian science starting f
rom the 1990s are difficult to estimate. Moreover, the
crisis of Russian science stems not from the accumulated problems of internal development
but external conditions, most importantly, financial.
The underfunding of Russian science has far
-
reaching con
sequences, contributing to
the degradation of human capital.
An extremely negative role is played by the factor of Russia lagging in the level of
spending per researcher. According to this indicator, Russia is three times behind the global
average. This prevents many talented scientists from conducting scientific re
search in Russia.
Considering researchers’ paygrade, it had been lagging behind the country’s average
national wage for a long time and recent events show that this problem is still far from being
solved, contrary to reports.
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Nevertheless, even if the
planned indicators are achieved, the salaries of Russian
academics will still be many times inferior to those of scientists in developed countries. It is,
therefore, unsurprising that the number of scientific personnel in Russia shows a decrease.
Young sci
entists have the hardest experience. In addition to the hardships faced by
their older colleagues, they had to suffer the consequences of the elimination of the so
-
called
“intergenerational justice”.
At the same time, it should be noted that some of the p
roblems of youth in Russian
science surfaced back in Soviet times.
In particular, in the period of extensive growth of the scientific sphere in the early
1960s, conditions were created that not only caused an increase in the number of young
scientists but
allowed them to take prominent positions in scientific institutions. In the late
1980s, these people, being at the peak of their physical and creative powers, occupied
practically all key positions in science, blocking career growth opportunities for the
younger
generations of scientists.
As a result, in 1988, the share of specialists under the age of 40 was 25% among
candidates of science and 2% among doctors (SHOKOREVA, 1992, p. 57).
Meanwhile, experience shows that in some branches of science, the so
-
c
alled
“breakthrough” inventions and discoveries were made by scientists under the age of 35
-
40.
The catastrophic drop in funding for science that hit the scientific community meant
that a significant number of young scientists had to either leave the count
ry or were forced to
seek other occupations.
However, the present status of a young scientist who has not changed their profession
is exacerbated by what the Nobel Prize laureate Zhores Alferov described as “the lack of
demand for scientific results by th
e economy and society” (AL
-
AIASH, 2017).
If Alferov is correct, which he is, many of the scientific schools that still exist are
doomed to die out, which will be another severe blow to the continuity of generations in
science.
It appears that the lack of
opportunity to have a productive career in the desired sphere
and dissatisfaction with the social status and financial situation played the leading role in
shaping the emigration wave of the 1990s and the early 21st century.
It is difficult to estimate th
e number of young scientists who went to work abroad.
According to V. Kalinushkin, chairman of the Trade Union of Scientific Workers of Russia,
from 200 to 800 thousand Russian scientists left the country to work abroad in this period
(TIMOFEEVA, 2009).
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T
he crisis of science that has developed in the Russian Federation in recent years
appears to have led to a new “emigration wave”.
Although there is currently no reliable data on how many members of the Russian
scientific community have left their homeland,
there is reason to assume that they are not few.
Aside from going abroad for permanent residence, young scientists use other life
strategies, too. One example is contract work or the so
-
called “shuttling” migration, which is a
compromise path to which yo
ung scientists resort due to the country lacking the necessary
modern equipment. While conducting complex experiments abroad, they regularly return
home to process their results (DEZHINA, 2003, p. 85
)
.
Thus, many young scientists view going abroad as an op
portunity to continue doing
what they love, or at least to receive funds to finance their research.
Should the state assume the administrative function of regulating the migration of
scientific personnel? Most members of the scientific community (65.2%) b
elieve that it
should not. However, in their opinion, the state should take action to create the conditions that
would encourage scientists to return to their home country (DEZHINA, 2003, p. 83).
Of course, the state, represented by its authorized bodies,
has taken and is taking
certain steps.
In recent years, funding for science has increased. However, according to the
Accounts Chamber, spending on civil science has not risen and remains at the level of 1.1%
of gross domestic product. By this indicator, R
ussia is in 34th place in the global rating and
lags far behind the leading countries, which spend over 3% of their GPD on science (GLIKIN,
2020).
It is also true, however, that the number of researchers employed at all public, private,
and university rese
arch centers is starting to gradually grow. Still, the number of young
researchers is increasing at too slow of a rate. Specifically, the share of young researchers
(under 29 years old) has increased by only 3% since 2008, while the share of researchers
un
der 39 years old has risen by 7%. In turn, the average age of all researchers increased by
two years (from 45 to 47 years old).
The scientific community and young scientists have numerous questions regarding the
introduction of international systems for th
e evaluation of scientific publications and citations,
which mainly focus on English
-
language (mostly American) journals. The goal, as always,
was well
-
intentioned: to help Russian science take its rightful place in the world scientific
community.
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Regardin
g this issue, political scientist Professor S. Cherniakhovskii notes that, at the
very least, it is strange to “... judge the work of scientists by how much their publications are
liked by Russia’s geopolitical rivals” (CHERNIAKHOVSKII, 2021).
What is then
expedient to do under such conditions?
It is unlikely that we should seek to restore the infrastructure of national science that
was lost with the collapse of the Soviet Union.
Historical experience teaches us that it takes many years or even decades to r
estore the
destroyed scientific environment (FEIGELMAN, 2017).
What is required from us is, first of all, to comprehend what place we occupy in the
modern world and, on this basis, to evaluate our real prospects, including in the sphere of
effective parti
cipation in the activities of global science.
Assessing the peculiarities of the development of the modern post
-
industrial global
world impartially, it is impossible to overlook that its model founded on the assumptions of
M. McLuhan and F. Fukuyama is, t
o put it mildly, not consistent with the real processes of
globalization. Instead of practically equal benefits for all countries in its orbit, modern
globalization brings a pronounced social and economic differentiation.
Another important feature of the s
tage we are currently experiencing is the “active
formation of compact ‘centers of influence’’ with a relatively identical structure (SYCHEVA,
2014). Such zones of advanced development are referred to by specialists as “gateways to the
global world”.
Thus, to fully enter the global world based on proper participation in the modern
division of labor in the field of high technology and science, it is necessary to have effective
zones of advanced development.
In the Russian Federation, the role of such a
center is primarily claimed by Moscow.
Yet even though the Russian capital is a major transport hub, it has not become a major
transport artery between Europe and Asia as it was expected.
Furthermore, Moscow as a financial center significantly lags behind
most European
zones of advanced development.
Considering scientific innovations, it should be noted that Moscow does indeed have
substantial scientific and pedagogical potential, however, due to several factors, it is
transforming into a scientific and ed
ucational center of merely a regional scale and not the
global one (SYCHEVA, 2014).
Given the above, we
must
state that in the foreseeable future, Moscow is unlikely to
become an effective center of advanced development.
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Nevertheless, Russia still has a chance to take a rightful place in the international
division of labor.
According to experts, the production of all knowledge
-
intensive products today is
based on 50
-
55 macro
-
technologies. Russia has managed to keep 10
-
15
of them. This
theoretically allows the country to occupy from 10 to 20% of the world market of knowledge
-
intensive products (POPADIUK, 2009, p. 78). However, this is only an opportunity, which
becomes more illusory with each passing year.
Moreover, several
authoritative scientists argue (FEIGELMAN, 2017) that the Russian
scientific school continues to be of independent value to the international scientific
community.
In addition, the experience of Russian scientists in working under crisis conditions
may a
ssist our foreign colleagues in finding a way out of the crisis currently experienced by
the scientific sphere in several “advanced” countries.
A sensible reduction in the demand for research in many branches of science and
technology, the shortcomings of
the grant system for financing research activities, and the
inefficient system of evaluation of scientific work hinder the development of science in
economically developed countries.
Collaborative work of Russian and foreign scientists can contribute to a
deeper
integration of research teams in the international scientific and educational space and allow
young scientists to see the prospects for their scientific growth.
Conclusion
Thus, the tasks that face Russian science today and dictate not only its
future, but its
continued existence, are complex, but not insurmountable.
Resolving them calls for political decisions, sufficient material resources, and, most
importantly, the hard, selfless work of all generations of Russian scientists.
Young Russian sc
ientists can play a major role in solving the problems faced by
domestic science
.
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ISSN: 1519
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9029.
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Submitted
:
07/11/2021
Required
revisions
: 21/12/2021
Approved
: 19/02/2022
Published
:
31/03/2022