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Políticas de formação para professores de língua estrangeira no estado do Ceará: O centro cearense de idiomas em foco
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 4, e022104, 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.4.17118
1
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA
NO ESTADO DO CEARÁ: O CENTRO CEARENSE DE IDIOMAS EM FOCO
PO
LÍTICAS DE FORMACIÓN PARA PROFESORES DE LENGUAS EXTRANJERAS
EN EL ESTADO DE CEARÁ: EL CENTRO CEARENSE DE IDIOMAS EN FOCO
TRAINING POLICIES FOR FOREIGN LANGUAGE TEACHERS IN THE STATE OF
CEARÁ: A FOCUS ON CENTRO CEARENSE DE IDIOMAS
Carlos Henrique Andrade de SOUSA
1
Francisco Thiago Chaves de OLIVEIRA
2
Elcimar Simão MARTINS
3
RESUMO
: Este trabalho discute as políticas públicas que envolvem o processo de formação
para os docentes de língua estrangeira no estado do Ceará, Brasil. De abordagem qualitativa,
assentado no método da pesquisa-formação, teve como objetivo compreender os conflitos e as
interações presentes no desenvolvimento da formação continuada de professores de língua
estrangeira do Centro Cearense de Idiomas (CCI). Para tal estudo foram analisadas as
características, os planos e as ações desenvolvidas pela Secretaria da Educação do Ceará
(SEDUC-CE) e pelo próprio CCI no que toca à formação continuada de seus docentes. Os
resultados revelam que refletir a formação com os pares é uma boa perspectiva de encontro
com a realidade; os docentes precisam de políticas públicas de formação que os ajudem a
ressignificar seu percurso formativo e não obstáculos que já cercam a profissão docente de
forma tão negativa e muitas vezes quase intransponíveis; o trabalho coletivo se apresentou
como uma possibilidade para a superação dos desafios.
PALAVRAS-CHAVE
: Formação docente. Políticas públicas. Práxis docente. Centro
Cearense de Idiomas. Língua estrangeira.
RESUMEN
: Este artículo discute las políticas públicas que involucran el proceso de
formación de profesores de lenguas extranjeras en el estado de Ceará, Brasil. Con un
enfoque cualitativo, basado en el método de investigación-formación, tuvo como objetivo
comprender los conflictos e interacciones presentes en el desarrollo de la formación
permanente de profesores de lenguas extranjeras en el Centro Cearense de Idiomas (CCI).
Para este estudio, se analizaron las características, planes y acciones desarrollados por la
Secretaría de Educación de Ceará (SEDUC-CE) y por la propia CCI en relación con la
formación continua de sus profesores. Los resultados revelan que reflexionar sobre la
formación con los pares es una buena perspectiva de encuentro con la realidad; los docentes
1
Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza – CE – Brasil. Doutorando em Educação (PPGE UECE).
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-3847-5293. E-mail: henriqueandrade1983@gmail.com
2
Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza – CE – Brasil. Doutorando em Educação (PPGE UECE).
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4626-2247. E-mail: thiagochaves.edu@yahoo.com
3
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), Redenção – CE – Brasil.
Professor do Instituto de Ciências Exatas e da Natureza. Pós-doutorado em Educação. ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-5858-5705. E-mail: elcimar@unilab.edu.br
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Carlos Henrique Andrade de SOUSA; Francisco Thiago Chaves de OLIVEIRA e Elcimar Simão MARTINS
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necesitan políticas públicas de formación que les ayuden a dar nuevos significados a su
camino formativo y no obstáculos que ya rodean a la profesión docente de manera tan
negativa y muchas veces casi insuperable; el trabajo colectivo se presentó como una
posibilidad de superación de desafíos.
PALABRAS CLAVE
: Formación docente. Políticas públicas. Praxis docente. Centro
Cearense de Idiomas. Lengua extranjera.
ABSTRACT
:
This work aims to discuss public policies that involve the process of training for
foreign language teachers in the State of Ceará, Brazil. Guided by a qualitative approach,
settled in the research-training method, aimed to understand the conflicts and interactions
present in the development of continuing training of foreign language teachers of the Centro
Cearense de Idiomas (CCI). For this study, the characteristics, plans, and actions developed
by the Education Departament of Ceará (SEDUC-EC) and the CCI itself were analyzed as to
the continuing training of its teachers. The results reveal that reflecting the training with
peers is a good perspective considering the reality; teachers need public training policies that
help them resign their formative route and non-obstacles that already surround the teaching
profession in such negative and often almost insurmountable way; collective work has
presented itself as a possibility for overcoming challenges.
KEYWORDS
: Teacher training. Praxis in teaching. Centro Cearense de Idiomas. Foreign
language.
Introdução
Refletir sobre as políticas públicas que envolvem o processo de formação para os
docentes de língua estrangeira (LE) na atualidade nos guia a uma reflexão sobre qual o papel
desses professores para além do ambiente escolar. Ambiente este que tem se tornado um
espaço cada vez mais complicado de se trabalhar. Grande parte dessa culpa pode ser atribuída
ao projeto neoliberal para a educação.
Tendo em vista que a escola está situada em um determinado contexto histórico,
social, político e econômico, há de se concordar que toda e qualquer política pública de
formação docente também é de alguma forma trespassada pelos contextos citados. Caberá a
pesquisadores e professores trabalhar em uma análise detalhada no intuito de descobrir se
essas políticas, através do modo com elas são atingidas pelos quatro contextos mencionados
anteriormente, favorecem ou não o trabalho docente e por qual razão isso ocorre.
Transformar e ressignificar a prática docente diante de um
cenário de tantas mudanças:
pandemia, transformação tecnológica, ameaças ao processo democrático, ascensão da extrema
direita e a ganância neoliberal que precariza o trabalho formal do professor deveria ser a
principal meta de uma política pública para uma efetiva formação docente.
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É complicado e doloroso notar que essas políticas públicas sobre o desenvolvimento
da formação docente, em desfavor do profissional da educação, cedem aos anseios do capital
(especulativo inclusive) para o que ele planeja para a docência: precarização,
desprofissionalização e desmantelamento da esfera pública para a educação. A educação
passa a ser vista através de planilhas que exibem cifras de alto valor que agradam somente ao
rentista que está de olho no lucro que será obtido. Ao educador resta um trabalho
estigmatizado por uma luta contra o capital que lhe parece impossível de ser vencida.
De abordagem qualitativa, assentado no método da pesquisa-formação, o estudo teve
como objetivo compreender os conflitos e as interações presentes no desenvolvimento da
formação continuada de professores de língua estrangeira do Centro Cearense de Idiomas
(CCI).
O pesquisador, quando se debruça em um estudo de natureza qualitativa, não pode se
transformar em mero relator passivo, ele deve, sim, realizar uma imersão no universo
estudado, para, com fundamento, poder construir os significados que os sujeitos da pesquisa
atribuíram ao fenômeno (CHIZZOTTI, 2006; FLICK, 2009).
Com o intuito de que pudesse ser efetiva em seu conceito interativo, coletivo e
comunitário, compreendemos a pesquisa-formação como “a construção de consensos, nos
quais a permanente circulação das informações se caracterize pela criação de condições, para
que todos os participantes tenham equitativas possibilidades de comunicar-se” (ALVARADO
PRADA, 2005, p. 631).
Para tanto, foram analisadas as características, os planos e as ações desenvolvidas pela
Secretaria da Educação do Ceará (SEDUC-CE) e pelo próprio CCI no que toca à formação
continuada de seus docentes. O estudo contou com a participação de sete professores do CCI
que se vincularam ao processo formativo e investigativo.
Os caminhos que envolveram a pesquisa-formação foram trilhados simultaneamente,
assim como a utilização dos dois termos “pesquisa” e “formação” não puderam estar
separados quando o propósito da pesquisa foi a manutenção do diálogo com os sujeitos
investigados e não somente sobre eles.
A relação entre o contexto histórico e as políticas de públicas de formação docente
Ao percorrer o caminho da forma
ção docente nas últimas décadas até o momento
atual, nosso olhar consegue captar um tipo de formação caracterizada basicamente pelo
tecnicismo, pela burocratização dos processos e verticalização da transmissão de ideias.
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Muitas desses vocábulos que continuam em uso por formadores e professores, como
capacitar e reciclar, provavelmente pela falta de conscientização dos docentes sobre sua
própria formação, são termos que somente não se tornam ultrapassadas devido ao alto grau de
utilização no discurso docente e que nos dão uma ideia de que existe um conflito entre aquilo
que se tinha antes e o que se espera da formação no século XXI.
A dicotomia entre esses dois momentos se faz necessária tanto no discurso, como na
prática, para que possamos finalmente deixar de lado um modelo formativo tradicional que se
caracteriza pelo distanciamento do que ocorre na trajetória profissional do professor.
Candau (1997) faz uma severa crítica ao “processo de reciclagem”, pois este modelo
nos traria de volta à universidade (formação inicial) para reiniciar o ciclo inicial de formação.
Marin (1995) chama nossa atenção para o sentido da capacitação, que pode ser entendido
como um processo de convencimento ou persuasão, o que geraria um treino sem abordagem
crítica e reflexiva.
Os pesquisadores que estudam a formação docente na atualidade (a partir do início
deste novo século) e que iremos detalhar a seguir, nos mostram o valor da busca por um
processo formativo que ocorra conectado ao trabalho exercido pelo professor e que o leve a
pensar sobre todas as questões que envolvem essa atividade laboral. Entretanto, ainda
observamos, em grande medida, forte vinculação aos modelos formativos dos últimos trinta
anos do século XX.
Podemos comprovar isso por meio dos escritos de alguns autores que citam que a
formação do novo século ainda traz características do processo formativo que lhe antecede.
Oliveira (2011), diz que o processo formativo dos docentes parece não estar conectado às
mudanças do século XXI, “predominando o ensino enciclopédico e continuamente voltado
para a solução de problemas através da aplicação de teorias, métodos e técnicas” (OLIVEIRA,
2011, p. 288).
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (9394/96), de maneira
superficial e pouco zelosa, cita o termo “formação continuada” somente quatro vezes e a trata
como algo a ser promovido pelo poder público em todas as instâncias educacionais (BRASIL,
1996). Cita também que para a execução dessas formações os recursos tecnológicos poderão
ser utilizados. Por outro lado, o documento citado não se aprofunda sobre as características
primordiais que devem reger uma formação docente que se aproxime daquilo que os
estudiosos têm preconizado.
Por consequência, formadores e professores que estão distanciados do qu
e os
pesquisadores falam sobre o assunto, serão mais facilmente abarcados pelos conceitos
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mercantilistas e neoliberais de uma formação tecnicista. Conceitos esses que em determinado
momento podem ser tomados como ideais, seja pela falta de conhecimento ou simplesmente
pelo comodismo.
O docente, de forma alguma, deverá ser compreendido apenas como um sujeito
receptor e mero repetidor de propostas originadas por outras pessoas que consideram a
realidade da sala de aula como única e padronizada. Esse modelo de visão aniquila a produção
de novos conhecimentos que buscam oportunizar o que as realidades distintas e singulares de
cada professor têm para oferecer quando da diversificação dos processos de ensino e
aprendizagem.
Aliar teoria e prática e discutir profundamente como os autores caracterizam o
processo de formação docente serviu de base para o desenvolvimento dessa investigação. Para
isso, consideramos a perspectiva crítico-reflexiva como finalidade do processo formativo e o
modo de execução da prática docente de cada sujeito participante da pesquisa.
Conceitos e consciência sobre formação docente
É preciso buscar a consciência de que a formação docente, seja para o professor ou
para o formador, passe por estudos teóricos e epistemológicos sobre a temática, tendo em
vista a necessidade de tê-los como embasamento durante qualquer trajetória formativa.
Pensamos que esse deve ser o primeiro passo para o afastamento daquilo que parecia se
adequar a um momento histórico anterior e para uma aproximação daquilo que os teóricos
dizem ser o essencial na atualidade.
Políticas que afastam o professor das discussões atualizadas sobre diversidade, política
e economia, por exemplo, são políticas falhas que fazem com que quaisquer intencionalidades
na busca por transformações esbarrem na dura realidade da sala de aula que se impõe ao
professor diariamente.
Quando analisamos algumas políticas públicas de formação docente precisamos
elaborar uma análise integrada que dê conta dos processos de formulação, avaliação e
finalmente implementação nos trabalhos dos docentes (no caso específico dos professores de
LE).
Entendemos que um estudo mais aprofundado e detalhado é importante para a
pr
odução e divulgação do conhecimento entre os pares. Nosso desafio é entender essas
relações que existem entre políticas públicas e programas de formação docente. Dale (2010, p.
1116), aponta que o ponto de partida de pesquisas na área são as práticas educativas (ou
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discursivas) e que as questões importantes a serem tratadas são: “Quem é ensinado (ou
aprende através de processos explicitamente concebidos para promover aprendizagem)? O
que? Como? Por quê? Quando? Onde? Por/a partir de quem? Em que circunstâncias imediatas
e condições mais amplas? Com que resultados?”. Por fim, indagar o modo, os envolvidos e a
finalidade da avaliação desse percurso.
Ainda levando em consideração um nível mais elevado de políticas educacionais,
considerando o contexto socioeconômico, político e educativo, Dale (2010, p. 1116) propõe
as seguintes questões: “[...] com que padrão de coordenação de governança educacional; por
quem; e segundo quais dependências de trajetória (path dependencies) setoriais e culturais,
essas são coisas problematizadas, decididas, administradas, geridas?”.
Imbernón (2010, p. 11), também reflete sobre o que envolve esse processo, pois “a
formação dos professores, mais do que atualizá-los, deve ser capaz de criar espaços de
formação, de pesquisa, de imaginação etc., os formadores de professores devem saber criar
tais espaços para passarem do ensinar ao aprender”.
O docente é um profissional que necessita ser formado e ter acesso a novas formas de
conhecimento e é neste espaço de formação que ele precisa descobrir elementos materiais
para que consiga ter o poder de examinar sua práxis. Ofertar espaços ao desenvolvimento de
processos que eliminem a dicotomia existente entre teoria e prática e que nos leva a crer que
“na prática, a teoria é outra”, sem pelo menos pensar que essa teoria pode estar ultrapassada e
então aceitá-la como o único caminho formativo possível dentro de um contexto geralmente
caracterizado pela precariedade, além de ser um vetor de desmotivação, pode significar a
estagnação profissional.
Costa, S
antos e Martins (2020) explicitam o processo de formação docente como algo
contínuo, parte de um processo educacional no qual o professor é o agente e ao mesmo tempo
o sujeito de sua prática, além de ser também o responsável pela (re) construção do
conhecimento promovendo o seu desenvolvimento e o de seus alunos.
Importante lembrar
que todo o processo que envolve o papel da formação docente
envolve não apenas a geração atual, mas gerações inteiras que exigem tempo e dedicação para
construir um caminho para as que estão por vir. García (1999, p. 22), destaca que “a formação
representa outra dimensão do ensino como atividade intencional, que se desenvolve para
contribuir para a profissionalização dos sujeitos encarregados de educar as novas gerações”.
A fo
rmação possibilita o desenvolvimento de um conhecimento que seja palpável,
excitante, motivador e transformador. O processo formativo deve mencionar a obtenção de
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novas experiências, algo totalmente antagônico à repetição de técnicas que não consideram a
peculiaridade da enorme quantidade de sujeitos envolvidos nesse processo.
Macedo (2015, p. 740), observando o cenário das experiências formativas define esse
conceito de formação como “o que acontece a partir do mundo/consciência do ser ao aprender
formativamente, isto é, transformando em experiência significativa acontecimentos,
informações e saberes que o envolvem”.
O processo formativo quando se apoia em uma ideia de protagonismo do professor irá
favorecer ao docente um perfil de busca da inovação em sua práxis. Algo que a cada
passagem de tempo possa fazer suscitar uma adequação efetiva aos movimentos históricos
que inevitavelmente interferem no sistema educacional. Movimentos estes que se devem se
distanciar de experiências defasadas que aparentam ter algum tipo de sucesso pelo simples
fato de serem reproduzidas nos ambientes escolares.
Protagonizar o docente significa possibilitar ao professor conhecer todos os processos
que envolvem a docência para além da sala de aula. O professor precisa compreender
historicamente por que o seu salário é baixo, por que a profissão é desvalorizada, por qual
razão o docente é passivo de ser agredido pelas forças de segurança em períodos de greve, e
tudo isso para que ele possa se situar historicamente para além do tempo presente e assim
poder vislumbrar caminhos futuros que o faça perceber que resolver certos problemas da
profissão deve ser possível.
Dessa forma, as ações de formações baseadas em reciclagens e treinamentos podem se
repetir centenas de vezes nos sistemas de ensino, porém, se não incentivarem a um processo
de protagonismo dos docentes, através da partilha de conhecimentos, troca de saberes, essas
formações não serão funcionais, pois estarão afastadas de seu proposto inicial por inorar um
fato importante: o contexto histórico.
Os docentes, independentemente de sua área, precisam ser estimulados ao ato de ler,
sobretudo leituras especializadas para que possam, em debates formativos, discutir com
propriedade, argumentar, defender e mesmo valorar aspectos práticos de sua vida enquanto
trabalhador intelectual.
Fistarol, Fischer e Bailer (2019) apontam que as práticas de ensino (ou letramento)
devem ressignificar a elaboração do planejamento pedagógico e a própria ação do docente,
para algo além da simples decodificação do texto de LE e para ampliação do sentido do
aprendizado deste idioma de acordo com o contexto.
Confirmam o pensamento acima Pacheco e Eyng (2020) quando afirmam que o
diálogo constante entre pesquisadores e interlocutores se efetiva numa construção sem
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hierarquias e que possibilita um pensar sobre o fazer docente que considera seu tempo e
territorialidade.
Os professores anseiam pela melhoria contínua de diversos aspectos que cercam a
pr
ofissão, mas reconhecemos que diversas perspectivas, principalmente o atual cenário
político nacional, é um fator complicador para o desenvolvimento de algumas transformações.
Estas mudanças se tratam de além de reconhecer a importância do docente para a construção
de uma sociedade democrática, “[...] é preciso valorizá-lo com uma política salarial digna,
com condições materiais e de infraestrutura adequadas ao exercício de sua prática pedagógica.
Não é possível dissociar a formação docente das políticas públicas voltadas para a educação”
(MARTINS, 2014, p. 24).
Observamos que no contexto atual, professores esgotados (ou explorados!) com cargas
horárias elevadas e salários distantes das realidades que vivem, classes lotadas, estruturas
físicas insalubres – em alguns casos, é urgente que, para além de dar espaço para a fala dos
docentes, haja a busca pelo entendimento e pela adequação dos processos formativos para
cada grupo de professores.
Ofertar um local em que o professor possa compartilhar com o formador e com seus
pares é fundamental nesse processo de descobertas de formas e de reflexão sobre o agir em
sala de aula e aplicação do conhecimento elaborado e construído no processo formativo.
Somente assim o professor é o fomentador de sua própria formação para além dos espaços
físicos em que elas ocorrem. É preciso que fronteiras e limites sejam superados: o espaço da
formação precisa mudar o lugar da práxis. Costa (2014, p. 163), esclarece sobre conjecturas
da reflexão e da ação na/e sobre a prática docente, posto que “a reflexão sobre a prática tem a
possibilidade de promover uma ampliação na compreensão do professor acerca de seu próprio
trabalho, saindo da ideia relacionada à simples transmissão de conteúdo para a possibilidade
de construção de conhecimentos”, de modo crítico, contribuindo para a emancipação humana.
Somente a construção de um ambiente coletivo e consciente, que permita um espaço
de reflexão e adequação dos conteúdos poderá considerar a singularidade de cada contexto
educacional que propicie ao professor uma real transformação em sua atividade laboral.
Adorno (
1996), dentro de um olhar educacional, aponta o processo emancipatório do
ser como “processo arraigado a um combate intelectual e comportamental aos processos
alienantes impostos pela semiformação” (ADORNO, 1996, p. 389). Aqui podemos
caracterizar esse modelo de formação com os conceitos tecnicistas e burocráticos de um
formato anterior e criar um contraponto ao modelo mais atual que propusemos aos docentes
de LE participantes desse trabalho investigativo-formativo.
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O professor quando consciente de que a sua participação ativa na produção e execução
dos momentos formativos é necessária e devida, obterá a partir daí um maior domínio sobre a
reflexão da sua práxis de uma forma menos limitada, menos individualista e mais coletiva, e o
mais importante, de um modo menos coadjuvante e mais protagonista, partindo de um ponto
crucial que permita, além da emancipação formativa, a emancipação pessoal e profissional.
A relação entre o professor e a sua formação deve fugir da rigidez com todas as suas
representações tradicionais e distantes da realidade. As políticas públicas devem funcionar
como um intermediário para que seja possível a consolidação de uma relação mais sólida,
porém não rígida do docente com as perspectivas que afetam a sua trajetória profissional.
O mundo pós-moderno segue seu caminho de construção, desconstrução e
reconstrução, o que acontece também com a língua estrangeira que, dentro de cada momento
histórico e político sofre mudanças constantes. Para que ocorra a emancipação formativa de
um profissional da educação, o requisito básico é que ele possua a chance de também
participar desse mesmo processo.
Não se pode esperar que o processo emancipatório de um professor ocorra em um
mundo pós-moderno se o saber que é trabalhado nas formações é algo totalmente
descontextualizado da perspectiva do professor sobre o universo que o cerca. Quanto mais as
políticas públicas de formação cedem a processos alienantes e não autorizantes que partem da
retórica do neoliberalismo, mais o docente se afasta de contextos que poderiam possibilitar
uma transformação social.
É preciso possibilitar ao professor espaços que oportunizem a produção de saberes a
partir de suas experiências relacionando-as com os conceitos teóricos que hoje parecem estar
distantes de parte do professorado por diversas razões incluindo aqui a lógica neoliberal da
valorização da prática somente.
Uma situação é clara: os professores têm muito a compartilhar. As formações não
podem desconsiderar as vozes represadas a partir de políticas que deixem de lado uma
abordagem tão importante para as mudanças pretendidas para a educação que é a perspectiva
do fazer docente.
De forma a explicitar um momento em que os professores puderam verbalizar seus
anseios sobre formação, a próxima seção traz elementos das discussões dos docentes do CCI
durante os encontros formativos realizados pela pesquisa a partir da vivência e da consciência
de cada um sobre a importância da formação na trajetória de cada participante.
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Vozes que pavimentam caminhos para uma política de formação ideal
Ao delinear as políticas públicas de formação existentes, nota-se que, de alguma
forma, o docente pode encarar certa dificuldade para encontrar algum espaço que considere o
muito que ele tem a dizer sobre si como profissional. Os docentes realizam o seu trabalho em
um local onde diversas subjetividades convergem fazendo com que surja uma gama de
experiências ditas inenarráveis, mas que, paradoxalmente, precisam ser evidenciadas para que
elas se apropriem de um sentido maior que objetiva a construção de novos conhecimentos.
Não ter a oportunidade de “contar as boas histórias” entre seus pares pode servir como
mais um motivo que, dentre tantos outros que já se sabe, pode frustrar o professorado e fazer
com que esse grupo se sinta ainda mais desvalorizado se considerarmos o que já acontece.
Dessa forma, o modo como docentes enxergam a possibilidade de suas vozes serem
ouvidas em formações que favoreçam o conhecimento que surge a partir de suas experiências
foi descrito da seguinte forma por dois deles e corroborado no discurso de outros professores
que participaram do encontro formativo em questão:
Em que momento eu vou poder discutir de fato sobre uma situação real da
nossa vida prática? Geralmente isso não é considerado, ou fica no final
finalzinho ou só é dado 3 minutos para você falar com alguém, enfim, nunca
é o mais importante da formação ou o que tem maior relevância. E quando
os autores citam sobre posicionar o professor como protagonista há uma
necessidade de considerar, assim, pode ser uma leitura errada que eu esteja
fazendo, mas eu sinto que a imensa maioria das formações que eu participei
sempre desconsideram o professor, considerando-o como inferior (O
primeiro professor).
Esse sentimento de que quando a gente vai para as formações a gente só
recebe, recebe, recebe e aceita (risos) e é isso que vai ser e por mais que a
gente tente puxar um momento na reunião para a gente poder falar sobre os
nossos desafios raramente conseguimos. Ninguém quer saber o que a gente
realmente tem a dizer e eles poderem trabalhar em cima disso e fazerem
com que a gente se sinta parte do processo (A segunda professora).
A partir das falas acima evidencia-se que as políticas de formação podem estar se
mostrando incapazes de considerar a vasta experiência dos docentes. Estes que trazem
consigo não só a prática, mas importantes conceitos teóricos adquiridos durante toda a
carreira, principalmente durante a formação inicial. Assim, é um fato que impor uma política
de formação que considere o professor somente como um receptor de ideias sem possibilitar
um espaço para que elas sejam minimante discutidas e lapidadas a partir da subjetividade de
todos os sujeitos envolvidos com a comunidade escolar, faz dessas políticas algo incapaz de
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garantir o sucesso de todas as outras questões que envolvem esse tema, a começar pela
diversidade das vozes que o compõe (SOUSA, 2021).
A condição essencial para o sucesso e a sedimentação de políticas de formação
propostas pelo modelo neoliberal é o silenciamento do professor ao transmitir-lhe a ideia de
que ele não precisa trazer para o debate aquilo que o aflige, pois o material proposto nas
formações e oferecido pelas grandes editoras traz consigo as “respostas” para todas as
perguntas. Como o ambiente real e diverso da escola fica distante de ser plenamente
considerado por esses materiais, é certo que, para muitos conflitos que surgem no ambiente
escolar, a situação mais cômoda para esses setores é deixar determinadas pautas importantes
aparentemente sem qualquer solução.
O exemplo de uma situação que se encaixa nesse contexto que gera dificuldade para o
docente trata-se da relação dos professores com as novas tecnologias durante o período mais
crítico da pandemia (2021-2022). Se por um lado as políticas de formação não puderam
prever a chegada da doença, por outro, pudemos nos certificar que em vários casos, as
formações antes desse período não prepararam o professor para lidar com o aparato
tecnológico de maneira mais aprofundada. Tecnologias essas que para alguns docentes já
eram utilizadas no cotidiano, mas que por outro lado encontravam dificuldades de articulá-las
com o dia a dia dos processos formativos (PRETTO; BONILLA; SENNA, 2020). Com efeito,
Eu me senti um pouco perdida quando tive que encarar as novas tecnologias
no ensino remoto emergencial pois, em determinado momento me pareceu
haver muitas alternativas, muitas ferramentas, sendo que ao mesmo tempo
parecia não existir solução em nenhuma (A terceira professora).
Uma política de formação coerente com o real propósito educacional, que seja, apontar
um novo rumo para uma sociedade em dificuldades, a partir da escuta dos profissionais da
educação, conseguirá obter novos unguentos para feridas abertas que parecem nunca sarar.
Esse tipo de política formativa será baseada em teorias e práticas que favoreçam o docente
sob toda e qualquer perspectiva quando este for o principal agente na construção de novos
conhecimentos.
A satisfação de serem ouvidos n
as formações e saber que são capazes de agir
ativamente na busca pelas transformações que almejam, eleva a autoestima do professor em
relação a sua profissão. Essa situação pode fazer com que seja aguçado no coletivo docente o
desejo de pôr em prática novas ideias que tragam uma nova caracterização e uma moral maior
para a comunidade escolar que tem sido duramente maculada durante o governo do atual
presidente (2019-2022).
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Carlos Henrique Andrade de SOUSA; Francisco Thiago Chaves de OLIVEIRA e Elcimar Simão MARTINS
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Os professores são, na prática, o grupo mais decidido e mais avançado em querer
melhorias para as políticas de formação docente, e para isso, oportunizar condições propícias
para que eles sejam protagonistas dos debates deve ser a primeira tarefa daqueles que são
responsáveis por essas políticas. Vejamos as reações de alguns dos docentes quando tomam
consciência de que são plenamente ouvidos durante as formações que eles participam:
Eu quero agradecer esse momento aqui, da formação com vocês, foi
maravilhoso, pois a gente falou, a gente teve muito espaço. Muito diferente
das formações que são propostas para a gente. Daquelas que a gente vai e
fica só ouvindo sem participar (A quarta professora).
Eu fiquei muito satisfeito com o processo em si, pois ele não foi cansativo.
Foi uma prova de que nem tudo que é feito para o professor deve ser
cansativo e demorado. Foi muito instigante (O quinto professor).
Percebe-se a partir das falas que os professores estão dispostos a participar das
mudanças necessárias de forma bastante ativa. As proposições que partem dos docentes
durante os encontros formativos jamais se assentarão sobre ideias pré-formuladas ou pré-
determinadas por setores uniformizantes e/ou por lógicas estandardizadas (MACEDO, 2015),
pois tamanha é a grandeza das experiências que podem ser partilhadas por cada um deles.
Experiências estas que são diversas e que são a expressão geral de um grupo que está
acostumado a usar a potência de sua voz para alcançar e atingir, através de experiências
positivas, todos os setores que compõem o grupo do qual cada docente faz parte.
Considerações finais
Esse trabalho pretendeu compreender os conflitos e as interações presentes no
desenvolvimento da formação continuada de professores de língua estrangeira do Centro
Cearense de Idiomas (CCI). Para tal objetivo os professores foram convidados a participar de
um grupo formativo em que buscamos compreender as opiniões, análises e principalmente as
críticas sobre os momentos de formação, tentando também compreender como se estrutura a
relação entre o conhecimento desenvolvido e a partilha da prática em sala de aula.
Acreditamos que o diferencial deste trabalho foi colocar na pesquisa-
formação os
anseios na busca de encontros formativos que tivessem em sua característica principal uma
formação atualizada, que associasse teoria e prática, mas que fosse também centrada nos
caminhos da solidariedade, acolhimento, empatia, graça, leveza, desejo e expectativas
supridas e que o resultado reverberasse no protagonismo dos participantes, com o intuito de
que se consiga atingir seu público-alvo: os estudantes.
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Políticas de formação para professores de língua estrangeira no estado do Ceará: O centro cearense de idiomas em foco
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Durante os encontros muitas perspectivas foram expostas, mas sabemos que, assim
como a formação docente só termina para um professor depois de findada sua carreira, os
questionamentos sobre ela demandarão outros encontros formativos durante sua trajetória
profissional. Questionamentos servem como bússola para dar sentido ao sujeito e como ele
deve seguir com sua vida profissional frente aos atos desumanizantes do mundo pós-moderno.
Verificamos que, no que concerne às formações que contaram com as participações
dos docentes, existe uma determinada interação entre os sujeitos a partir daquilo que eles
refletem sobre o ensino de idiomas, o que gera convergências quando se trata da importância
de se ter e participar de encontros formativos, mas que podem ser sublimados por conflitos
entre o que se espera de uma formação atualizada e os encontros que os professores estão
habituados a presenciar.
A distância que existe entre a formação que temos e a formação que devemos ou
desejamos ter não é pequena, mas também não é algo que possa ser metrificado de forma
exata. Processos de escuta e acolhimento têm sido deixados de lado e um tecnicismo cada vez
mais presente nas pautas formativas e que apenas não favorecem o professor parecem ter o
intuito de calar a fala do docente e o deixar mais afastado de experiências exitosas, troca de
saberes e mesmo novas direções que transformem seu trabalho, como algo já sacralizado e
visto como imutável.
Aos docentes precisam ser ofertadas trilhas que o possam ajudar a ressignificar seu
percurso formativo e não obstáculos que já cercam a profissão docente de forma tão negativa
e muitas vezes quase intransponíveis.
Essa escrita nos permitiu entender que, ponderar as novas teorias sobre formação
docente é um dos caminhos que devemos tomar para alcançar a adequação do contexto
formativo dos professores do CCI. São essas teorias que servem de fator motivacional para
que o professor perceba a sua formação com o sentimento da falta, da perda e que para
pavimentar novos caminhos ele necessita partilhar com seus companheiros experiências
importantes da sua história como educador.
Foi perceptível a interação entre os professores que compuseram nossos encontros a
fim de que para além de todos os obstáculos, o processo formativo não fosse prejudicado pelo
ineditismo da situação que temos vivido desde 2019. Ao final, conseguimos atestar que todas
as interações, convergências e conflitos são frutos de movimentos coletivos e é exatamente
através da coletividade que poderemos solucionar os questionamentos surgidos durante essa
pesquisa.
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Políticas de formação para professores de língua estrangeira no estado do Ceará: O centro cearense de idiomas em foco
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– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 4, e022104, 2022. e-ISSN: 1519-9029
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Carlos Henrique Andrade de SOUSA; Francisco Thiago Chaves de OLIVEIRA e Elcimar Simão MARTINS
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– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 4, e022104, 2022. e-ISSN: 1519-9029
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Como referenciar este artigo
SOUSA, C. H. A.; OLIVEIRA, F. T. C.; MARTINS, E. S. Políticas de formação para
professores de língua estrangeira no estado do Ceará: O centro cearense de idiomas em foco.
Revista on line de Política e Gestão Educacional
, Araraquara, v. 26, n. esp. 4, e022104,
2022. e-ISSN: 1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.4.17118
Submetido em
: 09/03/2022
Revisões requeridas em
: 21/05/2022
Aprovado em
: 30/07/2022
Publicado em
: 01/09/2022
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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Training policies for foreign language teachers in the state of Ceará: A focus on centro cearense de idiomas
RPGE
– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 26, n. esp. 4, e022104, 2022. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.4.17118
1
TRAINING POLICIES FOR FOREIGN LANGUAGE TEACHERS IN THE STATE
OF CEARÁ: A FOCUS ON CENTRO CEARENSE DE IDIOMAS
POLÍTICAS DE FORMAÇÃO PARA PROFESSORES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA NO
ESTADO DO CEARÁ: O CENTRO CEARENSE DE IDIOMAS EM FOCO
POLÍTICAS DE FORMACIÓN PARA PROFESORES DE LENGUAS EXTRANJERAS
EN EL ESTADO DE CEARÁ: EL CENTRO CEARENSE DE IDIOMAS EN FOCO
Carlos Henrique Andrade de SOUSA
1
Francisco Thiago Chaves de OLIVEIRA
2
Elcimar Simão MARTINS
3
ABSTRACT
: This work aims to discuss public policies that involve the process of training for
foreign language teachers in the State of Ceará, Brazil. Guided by a qualitative approach, settled
in the research-training method, aimed to understand the conflicts and interactions present in
the development of continuing training of foreign language teachers of the Centro Cearense de
Idiomas (CCI). For this study, the characteristics, plans, and actions developed by the Education
Departament of Ceará (SEDUC-EC) and the CCI itself were analyzed as to the continuing
training of its teachers. The results reveal that reflecting the training with peers is a good
perspective considering the reality; teachers need public training policies that help them resign
their formative route and non-obstacles that already surround the teaching profession in such
negative and often almost insurmountable way; collective work has presented itself as a
possibility for overcoming challenges.
KEYWORDS
: Teacher training. Praxis in teaching. Centro Cearense de Idiomas. Foreign
language.
RESUMO
: Este trabalho discute as políticas públicas que envolvem o processo de formação
para os docentes de língua estrangeira no estado do Ceará, Brasil. De abordagem qualitativa,
assentado no método da pesquisa-formação, teve como objetivo compreender os conflitos e as
interações presentes no desenvolvimento da formação continuada de professores de língua
estrangeira do Centro Cearense de Idiomas (CCI). Para tal estudo foram analisadas as
características, os planos e as ações desenvolvidas pela Secretaria da Educação do Ceará
(SEDUC-CE) e pelo próprio CCI no que toca à formação continuada de seus docentes. Os
resultados revelam que refletir a formação com os pares é uma boa perspectiva de encontro
com a realidade; os docentes precisam de políticas públicas de formação que os ajudem a
ressignificar seu percurso formativo e não obstáculos que já cercam a profissão docente de
1
State University of Ceará (UECE), Fortaleza – CE – Brazil. PhD student in Education (PPGE UECE). ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-3847-5293. E-mail: henriqueandrade1983@gmail.com
2
State University of Ceará (UECE), Fortaleza – CE – Brazil. PhD student in Education (PPGE UECE). ORCID:
https://orcid.org/0000-0002-4626-2247. E-mail: thiagochaves.edu@yahoo.com
3
University of International Integration of Afro-Brazilian Lusophony (UNILAB), Redenção – CE – Brazil.
Professor at the Institute of Exact Sciences and Nature. Post-Doctor in Education. ORCID: https://orcid.org/0000-
0002-5858-5705. E-mail: elcimar@unilab.edu.br
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Carlos Henrique Andrade de SOUSA; Francisco Thiago Chaves de OLIVEIRA and Elcimar Simão MARTINS
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forma tão negativa e muitas vezes quase intransponíveis; o trabalho coletivo se apresentou
como uma possibilidade para a superação dos desafios.
PALAVRAS-CHAVE
: Formação docente. Políticas públicas. Práxis docente. Centro
Cearense de Idiomas. Língua estrangeira.
RESUMEN
: Este artículo discute las políticas públicas que involucran el proceso de
formación de profesores de lenguas extranjeras en el estado de Ceará, Brasil. Con un enfoque
cualitativo, basado en el método de investigación-formación, tuvo como objetivo comprender
los conflictos e interacciones presentes en el desarrollo de la formación permanente de
profesores de lenguas extranjeras en el Centro Cearense de Idiomas (CCI). Para este estudio,
se analizaron las características, planes y acciones desarrollados por la Secretaría de
Educación de Ceará (SEDUC-CE) y por la propia CCI en relación con la formación continua
de sus profesores. Los resultados revelan que reflexionar sobre la formación con los pares es
una buena perspectiva de encuentro con la realidad; los docentes necesitan políticas públicas
de formación que les ayuden a dar nuevos significados a su camino formativo y no obstáculos
que ya rodean a la profesión docente de manera tan negativa y muchas veces casi insuperable;
el trabajo colectivo se presentó como una posibilidad de superación de desafíos.
PALABRAS CLAVE
: Formación docente. Políticas públicas. Praxis docente. Centro
Cearense de Idiomas. Lengua extranjera.
Introduction
Reflecting on public policies that involve the training process for foreign language (LE)
teachers today guides us to a reflection on the role of these teachers beyond the school
environment. This environment has become an increasingly complicated space to work with.
Much of this guilt can be attributed to the neoliberal project for education.
Considering that the school is situated in a certain historical, social, political and
economic context, it must be agreed that any public policy of teacher education is also somehow
pierced by the contexts mentioned. It will be up to researchers and teachers to work on a detailed
analysis in order to find out if these policies, through the way they are achieved by the four
contexts mentioned above, favor or not the teaching work and why this occurs.
Transforming and resignifying the teaching practice in the face of a scenario of so many
changes: pandemic, technological transformation, threats to the democratic process, rise of the
extreme right and the neoliberal greed that destroy the formal work of the teacher should be the
main goal of a public policy for effective teacher education.
It is complicated and painful to note that these public policies on the development of
teacher education, in favor of the education professional, give in to the desires of the capital,
for what it plans for teaching: precariousness, deprofessionalization and dismantling of the
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public sphere for education. Education is now seen through spreadsheets that display high-value
figures that appeal only to the rentier who is keeping an eye on the profit that will be obtained.
The educator remains a work stigmatized by a fight against capital that seems impossible to
overcome.
With a qualitative approach, based on the training research method, the study aimed to
understand the conflicts and interactions present in the development of continuing education of
foreign language teachers of the Centro Cearense de Idiomas (CCI).
The researcher, when looking at a qualitative study, cannot become a mere passive
rapporteur, he must, yes, perform an immersion in the studied universe, in order to, on the basis,
be able to construct the meanings that the research subjects attributed to the phenomenon
(CHIZZOTTI, 2006; FLICK, 2009).
In order to be effective in its interactive, collective and community concept, we
understand training research as "the construction of consensus, in which the permanent
circulation of information is characterized by the creation of conditions, so that all participants
have equal possibilities to communicate" (ALVARADO PRADA, 2005, p. 631, our
translation).
To this end, the characteristics, plans and actions developed by the Department of
Education of Ceará (SEDUC-CE) and the CCI itself in the continuing education of its teachers
were analyzed. The study had the participation of seven CCI teachers who were linked to the
formative and investigative process.
The paths that involved the research-training were trodden simultaneously, as well as
the use of the two terms "research" and "training" could not be separated when the purpose of
the research was to maintain dialogue with the investigated subjects and not only about them.
The relationship between the historical context and public policies of teacher education
By walking the path of teacher education in recent decades to the present moment, our
gaze manages to capture a type of training characterized basically by technicality, the
bureaucratization of processes and verticalization of the transmission of ideas.
Many of these words that are still in use by trainers and teachers, such as training and
recycling, probably due to the lack of awareness of teachers about their own training, are terms
that only do not become outdated due to the high degree of use in teaching discourse and that
give us an idea that there is a conflict between what was previously known and what is expected
of training in the 21st century.
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The dichotomy between these two moments is necessary both in discourse and in
practice, so that we can finally leave aside a traditional formative model that is characterized
by the distancing of what occurs in the teacher's professional trajectory.
Candau (1997) makes a severe criticism of the "recycling process", because this model
would bring us back to university (initial training) to restart the initial cycle of training. Marin
(1995) draws our attention to the sense of training, which can be understood as a process of
convincing or persuasion, which would generate a training without a critical and reflective
approach.
The researchers who study the teacher education nowadays (from the beginning of this
new century) and that we will detail below, show us the value of the search for a formative
process that occurs connected to the work performed by the teacher and that leads him to think
about all the issues that involve this work activity. However, we still observe, to a large extent,
strong linkage to the formative models of the last thirty years of the twentieth century.
We can prove this through the writings of some authors who mention that the training
of the new century still brings characteristics of the formative process that precedes it. Oliveira
(2011), says that the formative process of teachers does not seem to be connected to the changes
of the 21st century, "prevailing encyclopedic teaching and continuously focused on problem
solving through the application of theories, methods and techniques" (OLIVEIRA, 2011, p.
288, our translation).
The Law of Guidelines and Bases of National Education - LDB (9394/96), superficially,
cites the term "continuing education" only four times and treats it as something to be promoted
by the public authorities in all educational instances (BRASIL, 1996). It also mentions that for
the implementation of these trainings technological resources can be used. On the other hand,
the cited document does not go into the primordial characteristics that should govern a teacher's
education that approaches what the scholars have advocated.
Consequently, trainers and teachers who are distanced from what researchers talk about
will be more easily encompassed by the mercantilist and neoliberal concepts of a technicist
training. Concepts that at a given time can be taken as ideals, either by lack of knowledge or
simply by comodism.
The teacher, in no way, should be understood only as a receiving subject and mere
repeater of proposals originated by other people who consider the reality of the classroom as
unique and standardized. This model of vision annihilates the production of new knowledge
that seeks to provide opportunities for what the distinct and singular realities of each teacher
have to offer when diversifying the teaching and learning processes.
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Combining theory and practice and deeply discussing how the authors characterize the
teaching education process served as the basis for the development of this research. For this,
we consider the critical-reflexive perspective as the purpose of the formative process and the
way of execution of the teaching practice of each subject participating in the research.
Concepts and awareness about teacher education
It is necessary to seek the awareness that teacher education, whether for the teacher or
for the trainer, goes through theoretical and epistemological studies on the theme, in view of
the need to have them as a basis during any formative trajectory. We think that this should be
the first step towards the removal of what seemed to fit a previous historical moment and to an
approximation of what theorists say is the essential today.
Policies that keep the teacher away from the updated discussions on diversity, politics
and economics, for example, are flawed policies that cause any intentions in the search for
transformations to bump into the harsh reality of the classroom that is imposed on the teacher
daily.
When we analyze some public policies of teacher training, we need to elaborate an
integrated analysis that gives account of the processes of formulation, evaluation and finally
implementation in the work of teachers (in the specific case of LE teachers).
We understand that a more in-depth and detailed study is important for the production
and dissemination of knowledge among peers. Our challenge is to understand these
relationships that exist between public policies and teacher training programs. Dale (2010, p.
1116) points out that the starting point of research in the area is educational (or discursive)
practices and that the important issues to be addressed are: "Who is taught (or learns through
processes explicitly designed to promote learning)? What? How? Why is that? When? Where?
By/from whom? Under what immediate circumstances and broader conditions? With what
results?" Finally, to instill the mode, those involved and the purpose of evaluating this route.
Still considering a higher level of educational policies, considering the socioeconomic,
political and educational context, Dale (2010, p. 1116, our translation) proposes the following
questions: "[...] with what standard of coordination of educational governance; by whom; and
according to which sectoral and cultural path dependencies, are these things problematized,
decided, managed, managed?".
Imbernón (2010, p. 11, our translation), also reflects on what this process involves,
because " the training of teachers, rather than updating them, must be able to create spaces of
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training, research, imagination, etc., teacher trainers must know how to create such spaces to
move from teaching to learning".
The teacher is a professional who needs to be trained and have access to new forms of
knowledge and it is in this space of training that he needs to discover material elements so that
he can have the power to examine his praxis. Offer spaces for the development of processes
that eliminate the existing dichotomy between theory and practice and that leads us to believe
that "in practice, theory is different", without at least thinking that this theory can be outdated
and then accept it as the only formative path possible within a context usually characterized by
precariousness, besides being a vector of demotivation, can mean professional stagnation.
Costa, Santos and Martins (2020) explain the process of teacher education as something
continuous, part of an educational process in which the teacher is the agent and at the same time
the subject of his practice, besides being also responsible for the (re) construction of knowledge
promoting his development and that of his students.
It is important to remember that the whole process that involves the role of teacher
training involves not only the current generation, but entire generations that require time and
dedication to build a path for those to come. García (1999, p. 22, our translation), points out
that "training represents another dimension of teaching as an intentional activity, which
develops to contribute to the professionalization of the subjects in charge of educating the new
generations".
The training enables the development of a knowledge that is palpable, exciting,
motivating and transformative. The formative process should mention the acquisition of new
experiences, something totally antagonistic to the repetition of techniques that do not consider
the peculiarity of the enormous amount of subjects involved in this process.
Macedo (2015, p. 740, our translation), observing the scenario of formative experiences
defines this concept of training as "what happens from the world/consciousness of being by
learning formatively, that is, transforming into significant experience events, information and
knowledge that involve it".
The formative process when based on an idea of the teacher's protagonism will favor
the teacher a profile of search for innovation in his praxis. Something that with each passage of
time can give rise to an effective adaptation to the historical movements that inevitably interfere
in the educational system. These movements should be distanced from lame experiences that
appear to have some kind of success by the simple fact of being reproduced in school
environments.
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Leading the teacher means enabling the teacher to know all the processes that involve
teaching beyond the classroom. The teacher needs to understand historically why his salary is
low, why the profession is devalued, why the teacher is passive to be assaulted by the security
forces in periods of strike, and all this so that he can be historically beyond the present time and
thus be able to envision future paths that make him realize that solving certain problems of the
profession should be possible.
Thus, the actions of training based on recycling and training can be repeated hundreds
of times in the education systems, however, if they do not encourage a process of protagonism
of teachers, through the sharing of knowledge, exchange of knowledge, these trainings will not
be functional, because they will be far from their initial proposal for ignoring an important fact:
the historical context.
Teachers, regardless of their area, need to be encouraged to read, especially specialized
readings so that they can, in formative debates, discuss with property, argue, defend and even
value practical aspects of their life as an intellectual worker.
Fistarol, Fischer and Bailer (2019) point out that teaching practices (or literacy) should
resignify the elaboration of pedagogical planning and the teacher's own action, to something
beyond the simple decoding of the text of LE and to expand the meaning of learning this
language according to the context.
They confirm the above thought Pacheco and Eyng (2020) when they affirm that the
constant dialogue between researchers and interlocutors takes place in a construction without
hierarchies and that allows a thinking about the teaching practice that considers its time and
territoriality.
Teachers yearn for the continuous improvement of several aspects surrounding the
profession, but we recognize that several perspectives, especially the current national political
scenario, is a complicating factor for the development of some transformations. These changes
are in addition to recognizing the importance of teachers for the construction of a democratic
society, "[...] it is necessary to value it with a decent wage policy, with material conditions and
appropriate infrastructure to the exercise of its pedagogical practice. It is not possible to
dissociate teacher education from public policies focused on education" (MARTINS, 2014, p.
24, our translation).
We observed that in the current context, exhausted (or exploited!) teachers with high
workloads and salaries far from the realities they live in, crowded classes, unhealthy physical
structures – in some cases, it is urgent that, in addition to giving space for teachers' speech,
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there is a search for understanding and adequacy of formative processes for each group of
teachers.
Offering a place where the teacher can share with the trainer and with his peers is
fundamental in this process of discovery of forms and reflection on the action in the classroom
and application of knowledge elaborated and constructed in the formative process. Only in this
way is the teacher the promoter of his own training beyond the physical spaces in which they
occur. Borders and boundaries must be overcome: the space of training needs to change the
place of praxis. Costa (2014, p. 163, our translation), clarifies on conjectures of reflection and
action in/and on teaching practice, since "reflection on practice has the possibility of promoting
an expansion in the teacher's understanding of his own work, leaving the idea related to the
simple transmission of content to the possibility of building knowledge", contributing to human
emancipation.
Only the construction of a collective and conscious environment that allows a space for
reflection and adequacy of the contents can consider the uniqueness of each educational context
that provides the teacher with a real transformation in his work activity.
Adorno (1996), within an educational perspective, points to the emancipatory process
of being as "an ingrained process to an intellectual and behavioral fight against the alienating
processes imposed by semi-training" (ADORNO, 1996, p. 389, our translation). Here we can
characterize this training model with the technical and bureaucratic concepts of a previous
format and create a counterpoint to the most current model that we proposed to the LE teachers
participating in this investigative-formative work.
The teacher, when aware that his active participation in the production and execution of
formative moments is necessary and due, will gain from there a greater mastery over the
reflection of his praxis in a less limited, less individualistic and more collective way, and more
importantly, in a less supporting and more protagonist, starting from a crucial point that allows,
in addition to formative emancipation, personal and professional emancipation.
The relationship between the teacher and his/her education must escape from rigidity
with all his traditional representations and distant from reality. Public policies should act as an
intermediary so that it is possible to consolidate a stronger but not rigid relationship of the
teacher with the perspectives that affect his/her professional trajectory.
The postmodern world follows its path of construction, deconstruction and
reconstruction, which also happens with the foreign language that, within every historical and
political moment, undergoes constant changes. For the formative emancipation of an education
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professional to occur, the basic requirement is that he has the chance to also participate in this
same process.
One cannot expect the emancipatory process of a teacher to occur in a postmodern world
if the knowledge that is worked in the trainings is something totally decontextualized from the
teacher's perspective on the universe that surrounds him. The more public education policies
give in to alienating and non-authorizing processes that start from the rhetoric of neoliberalism,
the more the teacher moves away from contexts that could enable a social transformation.
It is necessary to enable teachers to allow spaces that allow the production of knowledge
from their experiences relating them to the theoretical concepts that today seem to be distant
from part of the teacher for various reasons including here the neoliberal logic of valuing
practice only.
One situation is clear: teachers have a lot to share. The trainings cannot disregard the
voices dammed from policies that leave aside such an important approach to the intended
changes to education that is the perspective of teaching.
In order to explain a moment when teachers were able to verbalize their longings about
training, the next section brings elements of the discussions of CCI teachers during the
formative meetings conducted by the research based on the experience and awareness of each
one about the importance of training in the trajectory of each participant.
Voices paving the way for an ideal training policy
When we gather the existing public training policies, it is noted that, somehow, the
teacher may face some difficulty to find some space that considers the much he has to say about
himself as a professional. Teachers perform their work in a place where various subjectivities
converge, causing a range of so-called unspeakable experiences to emerge, but which,
paradoxically, need to be evidenced so that they appropriate a greater meaning that aims at the
construction of new knowledge.
Not having the opportunity to "tell the good stories" among your peers can serve as
another reason that, among many others that is already known, can frustrate the teacher and
make this group feel even more devalued if we consider what already happens.
Thus, the way teachers see the possibility of their voices being heard in trainings that
favor the knowledge that arises from their experiences was described as follows by two of them
and corroborated in the discourse of other teachers who participated in the formative meeting
in question:
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At what point will I actually be able to discuss a real situation in our practical
life? Usually this is not considered, or is at the end of the day or is only given
3 minutes for you to talk to someone, in short, it is never the most important
of the training or the one that has greater relevance. And when the authors
cite about positioning the teacher as the protagonist there is a need to
consider, so it may be a wrong reading that I am doing, but I feel that the vast
majority of the trainings That I participated always disregard the teacher,
considering it as inferior (The first teacher).
This feeling that when we go to the trainings we only receive, receive, receive
and accept (laughs) and that's what it will be and as much as we try to pull a
moment in the meeting so that we can talk about our challenges rarely we get.
Nobody cares what we really have to say and they can work on it and make
us feel part of the process (The second teacher).
From the above statements it is evident that the training policies may be incapable of
considering the vast experience of teachers. These bring with them not only the practice, but
important theoretical concepts acquired throughout the career, especially during the initial
training. Thus, it is a fact that imposing a training policy that considers the teacher only as a
receiver of ideas without allowing a space for them to be discussed and cut from the subjectivity
of all subjects involved with the school community, makes these policies something incapable
of guaranteeing the success of all other issues that involve this theme, starting with the diversity
of the voices that compose it (SOUSA, 2021).
The essential condition for the success and sedimentation of training policies proposed
by the neoliberal model is the silencing of the teacher by transmitting to him the idea that he
does not need to bring to the debate what afflicts him, because the material proposed in the
trainings and offered by the major publishers brings with him the "answers" to all questions. As
the real and diverse environment of the school is far from being fully considered by these
materials, it is certain that, for many conflicts that arise in the school environment, the most
comfortable situation for these sectors is to leave certain important agendas apparently without
any solution.
The example of a situation that fits this context that generates difficulty for teachers is
the relationship of teachers with new technologies during the most critical period of the
pandemic (2021-2022). If, on the one hand, the training policies could not predict the arrival of
the disease, on the other hand, we were able to make sure that in several cases, the training
sprees before that period did not prepare the teacher to deal with the technological equipment
in a more in-depth way. These technologies that for some teachers were already used in daily
life, but which on the other hand found difficulties to articulate them with the day-to-day of
formative processes (PRETTO; BONILLA; SENNA, 2020). Indeed,
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I felt a little lost when I had to face the new technologies in emergency remote
education because at one point there seemed to be many alternatives, many
tools, and at the same time there seemed to be no solution in any (The third
teacher).
A policy of training consistent with the real educational purpose, that is, to point a new
direction for a society in difficulties, from the listening of education professionals, will be able
to obtain new ointments for open wounds that never seem to heal. This type of formative policy
will be based on theories and practices that favor teachers from any perspective when this is the
main agent in the construction of new knowledge.
The satisfaction of being heard in the trainings and knowing that they are able to act
actively in the search for the transformations they desire, increases the teacher's self-esteem in
relation to their profession. This situation can cause the desire to put into practice new ideas
that bring into practice new characterization and a higher morale for the school community that
has been severely tainted during the current president's administration (2019-2022).
Teachers are, in practice, the most determined and advanced group in wanting
improvements to teacher training policies, and for this, providing favorable conditions for them
to be protagonists of the debates should be the first task of those who are responsible for these
policies. Let us look at the reactions of some of the teachers when they become aware that they
are fully heard during the trainings they participate in:
I want to thank this moment here, the training with you, it was wonderful,
because we said, we had a lot of space. Very different from the trainings that
are proposed for us. The kind that we go and just listen to without
participating (The fourth teacher).
I was very pleased with the process itself, as it was not tiring. It was proof that
not everything that is done for the teacher should be tiring and time
consuming. It was very thought provoking (The fifth teacher).
It is perceived from the statements that teachers are willing to participate in the
necessary changes in a very active way. The propositions that come from teachers during the
formative meetings will never be based on ideas pre-formulated or predetermined by
standardized sectors and/or standardized logics (MACEDO, 2015), because such is the
greatness of the experiences that can be shared by each of them. These experiences are diverse
and that are the general expression of a group that is accustomed to use the power of its voice
to reach and achieve, through positive experiences, all the sectors that make up the group of
which each teacher is part.
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Final considerations
This work aimed to understand the conflicts and interactions present in the development
of continuing education of foreign language teachers of the Centro Cearense de Idiomas (CCI).
For this purpose, teachers were invited to participate in a training group in which we sought to
understand opinions, analyses and especially criticisms about the moments of training, also
trying to understand how the relationship between the knowledge developed and the sharing of
practice in the classroom is structured.
We believe that the differential of this work was to place in the research-training the
longings in the search for formative meetings that had in their main characteristic an updated
training, which associated theory and practice, but that was also centered on the paths of
solidarity, welcoming, empathy, grace, lightness, desire and expectations provided and that the
result reverberated in the participants' protagonism, in order to reach its target audience:
students.
During the meetings many perspectives were exposed, but we know that, just as teacher
education only ends for a teacher after the end of his career, questions about it will require other
formative meetings during his/her professional career. Questions serve as a compass to give
meaning to the subject and how he should continue with his professional life in the face of the
dehumanizing acts of the postmodern world.
We found that, with regard to the training scans that had the participation of teachers,
there is a certain interaction between the subjects from what they reflect on the teaching of
languages, which generates convergences when it comes to the importance of having and
participating in formative meetings, but which can be sublimated by conflicts between what is
expected of an updated training and the meetings that teachers are accustomed to attend.
The distance that exists between the training we have and the training we wish to have
is not small, but it is also not something that can be accurately calculated. Processes of listening
and welcoming have been left aside and a technicality increasingly present in the training
guidelines and that just do not favor the teacher seem to have the intention of silencing the
teacher's speech and leaving him more away from successful experiences, exchange of
knowledge and even new directions that transform his work, as something already sacralized
and seen as immutable.
Teachers need to be offered trails that can help them resignify their formative journey
and not obstacles that already surround the teaching profession in such a negative and often
almost insurmountable way.
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This work allowed us to understand that considering the new theories about teacher
education is one of the paths we must take to achieve the adequacy of the formative context of
CCI teachers. It is these theories that serve as a motivational factor for the teacher to perceive
his/her training with the feeling of lack, loss and that to pave new paths he needs to share
important experiences of his history as an educator with the colleagues.
The interaction between the teachers who composed our meetings was noticeable so
that, in addition to all obstacles, the formative process would not be impaired by the novelty of
the situation we have been experiencing since 2019. In the end, we were able to attest that all
interactions, convergences and conflicts are the fruit of collective movements and it is precisely
through the collectivity that we can solve the questions arising during this research.
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SOUSA, C. H. A.; OLIVEIRA, F. T. C.; MARTINS, E. S. Training policies for foreign
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Revista on
line de Política e Gestão Educacional
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ISSN:1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v26iesp.4.17118
Submitted
: 09/03/2022
Revisions required
: 21/05/2022
Approved
: 30/07/2022
Published
: 01/09/2022
Processing and publication by the Editora Ibero-Americana de Educação.
Correction, formatting, standardization and translation.