RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 1
EDITORIAL: BREVE REFLEXÃO SOBRE CIÊNCIA ABERTA E DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA NO SÉCULO XXI
EDITORIAL: BREVE REFLEXIÓN SOBRE CIENCIA ABIERTA Y DIVULGACIÓN
CIENTÍFICA EN EL SIGLO XXI
EDITORIAL: BRIEF REFLECTION ON OPEN SCIENCE AND SCIENTIFIC
DISSEMINATION IN THE 21ST CENTURY
José Anderson SANTOS CRUZ1
e-mail: anderson.cruz@unesp.br
Flávio Henrique Machado MOREIRA2
e-mail: flavio.machadomoreira@gmail.com
Alexander Vinicius LEITE DA SILVA3
e-mail: alexandervinicius.s@gmail.com
Sebastião de Souza LEMES4
e-mail: ss.lemes2@gmail.com
Como referenciar este artigo:
SANTOS CRUZ, J. A.; MOREIRA, F. H. M.; LEITE DA SILVA,
A. V.; LEMES, S. S. Editorial: Breve reflexão sobre Ciência Aberta
e Divulgação Científica no século XXI. Política e Gestão
Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN:
1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258
| Submetido em: 01/01/2023
| Publicado em: 01/01/2023
Editor:
Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (PECEGE) (ESALQ/USP MBAs),
Piracicaba SP Brasil. Professor Assistente. Doutorado em Educação Escolar (UNESP). Editor Adjunto
Executivo (RPGE).
2
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brasil. Mestrado em Ciência Política.
3
Centro Universitário Sagrado Coração (UNISAGRADO), Bauru SP Brasil. Graduando em Letras Tradutor
4
Universidade Estadual Paulista (UNESP), Araraquara SP Brasil. Professor no Departamento de Educação.
Doutorado em Psicologia (USP). Editor (RPGE).
Editorial: Breve reflexão sobre Ciência Aberta e Divulgação Científica no século XXI
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 2
Para abrir este novo número da Revista on-line de Política e Gestão Educacional,
convidamos os leitores a participarem de uma breve reflexão sobre a divulgação científica em
um contexto de ciência aberta, pois, mais que conceitos, são atitudes que buscamos reproduzir
continuamente nas páginas desta revista, em artigos que debatem a educação em suas mais
variadas formas, em todos os seus desafios e superações nos tempos atuais. Para tal, falaremos
um pouco sobre essas “atitudes”, conceitos que apresentamos nesta revista em nossos processos
editoriais e de publicação.
Primeiro, vamos compreender o conceito de divulgação científica, que, em termos
gerais, é semanticamente o que está escrito, porém se destrincha em uma série de processos e
procedimentos que envolvem a maneira de se selecionar os artigos a serem colocados em um
periódico, sua revisão e tradução, indexação e publicação, ou seja, toda a parte editorial de uma
revista científica, que ocorre antes que os artigos possam chegar até seu público-alvo e ao
público em geral. Tais processos, cada vez mais, demandam uma alta profissionalização e
especialização do corpo editorial, pois além de todas as questões científicas, de avaliação de
artigos, revisão ortográfica e gramatical, tradução etc., também se demanda um alto
conhecimento das tecnologias de comunicação do mundo digital, afinal, este, assim como
outros veículos de comunicação científica, existe na internet e, para isso, é necessário que a
equipe editorial seja capaz de realizar todos os procedimentos não para disponibilizar o
conteúdo virtualmente, mas também para conseguir ter relevância e aumentar a visibilidade
desse conteúdo científico a ser divulgado (SANTOS CRUZ, 2020).
É possível tratarmos do processo de divulgação científica como “[...] parte da arte de
disseminar a informação para que a sociedade possa acessar, utilizar e aplicar em suas práticas,
desde a formação do sujeito até novas possibilidades de inovação tecnológica” (SANTOS
CRUZ, 2020, p. 46). Justamente pelos avanços tecnológicos, cada vez mais impactantes no
campo da comunicação científica, é importante compreendermos o processo de divulgação
científica como uma tarefa especializada capaz de, por meio de diversos processos, fazer com
que o trabalho de pesquisadores alcance seus pares, seja isso em contexto nacional ou
internacional. Essa prática, de forma simplificada, consiste em trabalhar com um conjunto de
fatores de impacto e de busca que são capazes de fazer com que um trabalho científico consiga
ser buscado pelo seu público-alvo, mesmo na vastidão constitutiva da internet.
No contexto atual da comunicação científica, a visibilidade dos periódicos é
uma condição necessária e importante, uma vez que ela faz parte do processo
de reconhecimento e legitimação deste veículo na sua comunidade científica.
Nesse sentido, o desenvolvimento de estratégias de divulgação científica
José Anderson SANTOS CRUZ; Flávio Henrique Machado MOREIRA; Alexander Vinicius LEITE DA SILVA e Sebastião de Souza LEMES
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 3
(marketing) focadas na presença on-line, é cada vez mais frequente nas
atividades dos editores das revistas científicas (SANTILLÁN-ALDANA,
2018, p. 77 apud SANTOS CRUZ, 2020, p. 65-66).
É possível imaginarmos de fato a existência de um campo de publicidade acadêmica,
voltada para um trabalho que, assim como as hashtags, trending topics, viralidade online, se
foque em fazer com que um determinado conteúdo científico possua mais destaque e alcance
no cenário proposto, seja na área de interesse de um pesquisador (educação, por exemplo), seja
em um estado, um país, um conjunto de países ou no globo todo. O processo de indexação e os
fatores de impacto vêm a condicionar como essa divulgação pode ocorrer e qual alcance ela
pode ter, permitindo, assim, uma maior integração do diálogo científico na forma de artigos em
publicações contínuas.
Apesar de não ser o foco do debate aqui constituído, é importante ressaltar que uma
equipe editorial profissionalizada e capacitada se torna um requerimento cada vez maior para
que os artigos possam alcançar um bom fator de impacto, consequentemente ter uma boa
quantidade de acessos e citações, através da indexação. O processo de desenvolvimento
tecnológico, especialmente as Tecnologias de Informação e Comunicação, possibilitaram um
rápido avanço nessa área nos últimos tempos, algo que foi grandemente potencializado e
adquiriu visibilidade durante a pandemia de Covid-19, demandando uma adaptação dos
periódicos acadêmicos aos padrões internacionais de indexação e divulgação científica. Além,
é claro, dos índices internacionais, a qualificação de uma revista no conceito Qualis se torna
um objetivo necessário para qualquer publicação que deseja se tornar relevante em cenário
nacional e ter alcance para seu conteúdo.
A realização de todos os processos necessários para essa qualificação, seja nacional ou
internacional, passa pela indexação e pelo cumprimento de diversas metas e demandas (por
exemplo, um periódico deve conter um mínimo de publicações de distintas universidades, de
distintos países, estar indexada em um número específico ou em bases de dados específicas etc.)
para que seu conceito e sua qualificação sejam melhorados. Logo, a atuação da equipe editorial
ocorre justamente nessa área, lidando com todos os processos necessários para que os
periódicos possam se aprimorar.
Além da divulgação científica, de forma simples, explicada como a viabilização do
acesso ao conteúdo científico publicado em determinado periódico para um público-alvo e/ou
um público geral desejado, também é importante tratarmos da compreensão do conceito de
ciência aberta (ou acesso aberto) e suas implicações nos processos de editoração e divulgação
científica, isso tanto para os autores quanto para editores e periódicos.
Editorial: Breve reflexão sobre Ciência Aberta e Divulgação Científica no século XXI
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 4
Acesso Aberto à literatura científica revisada por pares significa a
disponibilidade livre na Internet, permitindo a qualquer usuário ler, fazer
download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto
integral desses artigos, recolhê-los para indexação, introduzi-los como dados
em software, ou usá-los para outro qualquer fim legal, sem barreiras
financeiras, legais ou técnicas que não sejam inseparáveis ao próprio acesso a
uma conexão Internet. As únicas restrições de reprodução ou distribuição e o
único papel para o direito autoral neste domínio é dar aos autores o controle
sobre a integridade do seu trabalho e o direito de ser, devidamente,
reconhecido e citado (BOAI, 2002, online).
Para que revistas possam estar dentro das normas a fim de serem consideradas de acesso
aberto, algumas exigências (para além das já existentes para a indexação e qualificação destas)
devem ser atendidas
para ser caracterizada como revista de Acesso Aberto, alguns critérios
precisam ser considerados: “1) possuem rigor acadêmico; b) regras de
avaliação e submissão são itens de controle de qualidade; 3) são em formato
digital; 4) disponíveis de forma gratuita; 5) utilizam-se de licenças Creative
Commons ou similares” (SANTOS CRUZ, 2020, p. 132).
A execução de tais tarefas, com vistas a cumprir todos os requisitos condizentes ao
acesso aberto e conseguir avançar nos critérios vinculados ao fator de impacto e almejando o
Qualis, demanda grande trabalho e especialização da equipe editorial responsável pelo
periódico. Isso coloca uma questão frente às revistas: para que um periódico seja considerado
de acesso aberto, o conteúdo deve estar disponível de forma gratuita; isto posto, quem paga as
contas pela manutenção da revista e da equipe de profissionais necessários?
A questão do financiamento de todo esse processo é complexa e muito disso vem de
taxas de processamento, tradução, submissão etc., que podem ser cobradas por revistas. No caso
brasileiro, normalmente, as revistas são gerenciadas por pequenas editoras que cobram taxas
visando apenas pagar sua equipe, sem ter fins lucrativos, apenas recebendo aquilo que é
necessário para realizar o trabalho com qualidade e pagar os profissionais envolvidos em todo
esse processo de forma justa (SANTOS CRUZ, 2020). Contudo, no exterior, existem revistas e
empresas que cobram taxas significativas para o processamento e para a publicação de artigos,
muitas vezes oferecendo menos serviços do que as revistas brasileiras. Logo, se a existência
de maiores incentivos para o Open Access no exterior, especialmente na Europa, em contraste
ao Brasil
Os critérios da revista eram extremamente rigorosos e, quando a aprovação
saiu, o câmbio explodiu e os recursos já não eram mais suficientes para pagar
os exorbitantes US$ 1.850. [...] Os preços na PLoS One continuam “dentro do
José Anderson SANTOS CRUZ; Flávio Henrique Machado MOREIRA; Alexander Vinicius LEITE DA SILVA e Sebastião de Souza LEMES
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 5
aceitável”, segundo o pesquisador, na faixa de US$ 1.500 a US$ 1.600. Mas
ele diz que diversas outras revistas acabaram transformando o modelo Open
Access em um negócio milionário (CASTRO, 2018 apud SANTOS CRUZ,
2020, p. 133).
Os financiamentos e as bolsas de estudo dos próprios pesquisadores que “contribuem”
com as revistas por meio de uma taxa de processamento são a fonte de renda dessas editoras,
que fazem o trabalho de divulgação científica para boa parte das universidades do Brasil (essas
editoras podem ser privadas ou vinculadas à Universidade, mas, em muitos casos, a situação é
mais precária e as revistas são editoradas pelo Professor Editor-Chefe que criou/mantém a
revista com a ajuda de um pequeno corpo de voluntários, ou em alguns casos, até remunerando
precariamente a equipe com dinheiro retirado do bolso do próprio professor). Esse campo ainda
está em franco desenvolvimento e as universidades, as editoras e os pesquisadores passam por
um contínuo processo de adaptação a esse novo modelo de publicação, visando garantir um
acesso cada vez mais amplo à produção científica.
Com a finalidade de promover o acesso à informação para todos, demandando apenas
uma conexão com a internet, o movimento de ciência aberta toma cada vez mais espaço e forma,
garantindo que o conhecimento possa ser adquirido, ter suas propostas replicadas, quando for
pertinente, e também que a verificação dos dados apresentados seja acessível, tudo isso de
forma gratuita e aberta aos interessados. O único requisito para o uso desse material científico
é que os créditos sejam dados corretamente aos pesquisadores que desenvolveram o trabalho,
por meio das citações e referências.
Após essa breve reflexão, reiteramos a postura de nosso periódico e o compromisso com
a qualidade e a gratuidade do acesso ao conteúdo científico publicado. Ao longo dos anos, a
Revista on-line de Política e Gestão Educacional se adequou e se modificou continuamente,
porém, sempre com o compromisso de divulgar conhecimento, ciência de qualidade e de forma
aberta para todos. Com isso, finalizamos nossa introdução e reiteramos o nosso convite ao leitor
para que continue a pensar sobre esses temas apresentados e desejamos uma excelente leitura.
Editorial: Breve reflexão sobre Ciência Aberta e Divulgação Científica no século XXI
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 6
REFERÊNCIAS
BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE (OAI). A Iniciativa de Acesso Aberto de
Budapeste 10 anos depois. Tradução: Gabinete de Projetos Open Access dos Serviços de
Documentação da Universidade do Minho. 2011. Disponível em:
https://www.budapestopenaccessinitiative.org/boai10/portuguese-brazilian-translation/.
Acesso em: 10 dez. 2022.
SANTOS CRUZ, J. A. S. Gestão do conhecimento e gestão editorial: qualificadores da
avaliação de periódicos da área de educação. 2020. 282 f. Tese (Doutorado em Educação
Escolar) Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP,
2020.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 1
EDITORIAL: BRIEF REFLECTION ON OPEN SCIENCE AND SCIENTIFIC
DISSEMINATION IN THE 21ST CENTURY
EDITORIAL: BREVE REFLEXÃO SOBRE CIÊNCIA ABERTA E DIVULGAÇÃO
CIENTÍFICA NO SÉCULO XXI
EDITORIAL: BREVE REFLEXIÓN SOBRE CIENCIA ABIERTA Y DIVULGACIÓN
CIENTÍFICA EN EL SIGLO XXI
José Anderson SANTOS CRUZ1
e-mail: anderson.cruz@unesp.br
Flávio Henrique Machado MOREIRA2
e-mail: flavio.machadomoreira@gmail.com
Alexander Vinicius LEITE DA SILVA3
e-mail: alexandervinicius.s@gmail.com
Sebastião de Souza LEMES4
e-mail: ss.lemes2@gmail.com
How to reference this paper:
SANTOS CRUZ, J. A.; MOREIRA, F. H. M.; LEITE DA SILVA,
A. V.; LEMES, S. S. Editorial: Brief reflection on Open Science
and Scientific Dissemination in the 21st century. Política e Gestão
Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN:
1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258
| Submitted: 01/01/2023
| Published: 01/01/2023
Editor:
Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Continuing Education Program in Economics and Business Management (PECEGE/ESALQ/USP MBAs),
Piracicaba SP Brazil. Associate Professor. Doctorate in School Education (UNESP). Deputy Executive Editor
(RPGE).
2
Federal University of São Carlos (UFSCar), São Carlos SP Brazil. Master's in Political Science.
3
Centro Universitário Sagrado Coração (UNISAGRADO), Bauru SP Brazil. Undergraduate student of
Languages Translating.
4
São Paulo State University (UNESP), Araraquara SP Brazil. Professor at the Department of Education.
Doctorate in Psychology (USP). Editor (RPGE).
Editorial: Brief reflection on Open Science and Scientific Dissemination in the 21st century
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 2
To open this new issue of the Revista on line de Política e Gestão Educacional, we invite
readers to participate in a brief reflection on scientific dissemination in an open science context,
as they are more than just concepts, they are attitudes that we seek to continuously reproduce
in the pages of this journal, in articles that discuss education in its most varied forms, in all its
challenges and overcoming in current times. To do so, let's start by talking a little about these
“attitudes”, concepts that we present in this journal in our editorial and publication processes.
First, let's understand the concept of scientific dissemination, which, in general terms,
is semantically what is written, but is broken down into a series of processes and procedures
that involve from the way of selecting articles to be placed in a journal, their review and
translation, indexing and publication, that is, the entire editorial part of a scientific journal,
which takes place before the articles can reach their target audience and the general public.
Such processes increasingly demand a high degree of professionalization and specialization
from the editorial board, as in addition to all the scientific issues, article evaluation, spelling
and grammatical review, translation etc., a high level of knowledge of the communication
technologies of the digital world, after all this, and many other scientific communication
vehicles, exists on the internet and for that it is necessary for the editorial team to be able to
carry out all the procedures not only to make the content available online, but also to achieve
relevance and increase the visibility of this scientific content to be disclosed (SANTOS CRUZ,
2020).
It is possible to treat the process of scientific dissemination as “[...] part of the art of
disseminating information so that society can access, use and apply it in its practices, from the
formation of the subject to new possibilities for technological innovation” (SANTOS CRUZ,
2020, p. 46, our translation). Precisely because of technological advances, which are
increasingly impacting in the field of scientific communication, it is important to understand
the process of scientific dissemination as a specialized task capable of, through various
processes, making the work of researchers reach their peers, be it in national or international
context. This practice, in a simplified way, consists of working with a set of impact and search
factors that are capable of making a scientific work be found by its target audience even in the
vastness that constitutes the internet today.
In the current context of scientific communication, the visibility of journals is
a necessary and important condition, since it is part of the process of
recognition and legitimation of this vehicle in its scientific community. In this
sense, the development of scientific dissemination (marketing) strategies
focused on online presence is increasingly common in the activities of
José Anderson SANTOS CRUZ; Flávio Henrique Machado MOREIRA; Alexander Vinicius LEITE DA SILVA and Sebastião de Souza
LEMES
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 3
scientific journal editors (SANTILLÁNALDANA, 2018, p. 77 apud
SANTOS CRUZ, 2020, p. 65-66, our translation).
It is possible to actually imagine the existence of a field of academic advertising, focused
on work that, like hashtags, trending topics, online virality, focuses on making certain scientific
content more prominent and reachable in the proposed scenario, whether in a researcher's area
of interest (education, for example), or in a state, a country, a group of countries, and across the
globe. The indexing process and impact factors come to condition how this dissemination can
occur and what reach it can have, thus allowing greater integration of scientific dialogue in the
form of articles in continuous publications.
Despite not being the focus of the debate constituted here, it is important to emphasize
that a professionalized and qualified editorial team becomes an increasing requirement for
articles to achieve a good impact factor, consequently having a good number of accesses and
citations, through indexing. The technological development process, especially Information and
Communication Technologies, has enabled rapid progress in this area in recent times,
something that was greatly enhanced and gained visibility during the Covid-19 pandemic,
demanding an ever-increasing adaptation of academic journals to the international indexing
standards and scientific dissemination, in addition to international indexes, the qualification of
a journal in the Qualis concept becomes a necessary objective for any publication that wishes
to become relevant in the national scenario and have reach for its content.
Carrying out all the necessary processes for this qualification, whether national or
international, it involves indexing and meeting different goals and demands (for example, a
journal must contain a minimum of publications from different universities, from different
countries, be indexed in a specific number or in specific databases etc.) so that its concept and
qualification are improved, these demands always increasing according to the improvement in
the concept. The work of the editorial team takes place precisely in this area, dealing with all
the necessary processes so that journals can improve.
In addition to scientific dissemination, in a simple way, explained as enabling access to
scientific content published in a given journal for a target audience and/or a desired general
audience, it is also important to address the understanding of the concept of open science (or
open access) and its implications for publishing and scientific dissemination processes, both for
authors and for editors and journals.
Open Access to peer-reviewed scientific literature means making it freely
available on the Internet, allowing any user to read, download, copy,
Editorial: Brief reflection on Open Science and Scientific Dissemination in the 21st century
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 4
distribute, print, search or reference the full text of these articles, collect them
for indexing, input them as data in software, or use them for any other legal
purpose, without financial, legal or technical barriers that are not inseparable
from accessing an Internet connection. The only restrictions on reproduction
or distribution and the only role for copyright in this domain is to give authors
control over the integrity of their work and the right to be properly recognized
and cited (BOAI, 2002, online).
For journals to be within the norms and thus be considered open access, there are some
requirements (some in addition to those already existing for their indexing and qualification)
that must be met.
to be characterized as an Open Access journal, some criteria need to be
considered: “1) have academic rigor; b) evaluation and submission rules are
quality control items; 3) are in digital format; 4) available free of charge; 5)
use Creative Commons or similar licenses (SANTOS CRUZ, 2020, p. 132,
our translation).
The execution of such tasks, in order to fulfill all the requirements to fit in the open
access and to be able to advance in the criteria for an improvement of the impact factor and
Qualis concept, demands great work and specialization of the editorial team responsible for the
journal. So, this generates a question to journals: since the content must be available free of
charge, who would pay the bills for maintaining the journal and the team of professionals?
The issue of financing this whole process is complex and much of it comes from
processing, translation, submission fees etc. that can be charged by journals. In the case of
Brazil, these journals are usually managed by small publishers who charge fees just to pay their
staff, without declared intent for profit, only receiving what is necessary to carry out the work
with quality and pay the professionals involved in this whole process fairly (CRUZ, 2020). But,
abroad, there are journals and companies that charge very high fees for the processing and
publication of articles, often offering less services than Brazilian journals. So, it is possible to
see the existence of greater incentives for Open Access abroad, especially in Europe, in contrast
to Brazil
The journal's criteria were extremely rigorous and, when approval came out,
the exchange rate exploded and resources were no longer enough to pay the
exorbitant US$ 1,850. [...] Prices at PLoS One remain “within acceptable”,
according to the researcher, in the range of US$ 1,500 to US$ 1,600. But he
says that several other magazines ended up transforming the Open Access
model into a millionaire business (CASTRO, 2018, apud SANTOS CRUZ,
2020, p. 133, our translation).
José Anderson SANTOS CRUZ; Flávio Henrique Machado MOREIRA; Alexander Vinicius LEITE DA SILVA and Sebastião de Souza
LEMES
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 5
The funding and scholarships of the researchers who “contribute” to the journals
through a processing fee are the source of income for these publishers who carry out the work
of scientific dissemination for a large part of the universities in Brazil (these publishers may be
private or linked to the University, but in many cases the situation is more precarious and the
journals are edited by the Professor Editor-in-Chief who created/maintains the journal with the
help of a small body of volunteers, or in some other cases, precariously remunerating the team
with money taken from the teacher's own earnings). This field is still in full development and
universities, publishers and researchers are undergoing a continuous process of adapting to this
new publication model, aiming to guarantee ever-wider access to scientific production.
In order to promote access to information for everyone, requiring only an internet
connection, the open science movement is taking on more and more space and form, ensuring
that knowledge can be acquired, what is proposed can be replicated and also that the verification
of the data presented is accessible, all this free of charge and open to all interested parties. The
only requirement for the use of this scientific material is that the credits are correctly given to
the researchers who developed the work through citations and references.
After this brief reflection, we reiterate our journal's posture and commitment to quality
and free access to published scientific content, over the years, the Revista on-line de Política e
Gestão Educacional has adapted and changed continuously, but always with a commitment to
disseminating knowledge, quality science and openly to all. With this, we conclude our
introduction and reiterate our invitation to the reader to continue to think about these topics
presented and we wish you an excellent reading.
Editorial: Brief reflection on Open Science and Scientific Dissemination in the 21st century
RPGE Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023001, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18258 6
REFERENCES
BUDAPEST OPEN ACCESS INITIATIVE (OAI). A Iniciativa de Acesso Aberto de
Budapeste 10 anos depois. Tradução: Gabinete de Projetos Open Access dos Serviços de
Documentação da Universidade do Minho. 2011. Available:
https://www.budapestopenaccessinitiative.org/boai10/portuguese-brazilian-translation/.
Access: 10 Dec. 2022.
SANTOS CRUZ, J. A. S. Gestão do conhecimento e gestão editorial: qualificadores da
avaliação de periódicos da área de educação. 2020. 282 f. Tese (Doutorado em Educação
Escolar) Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, SP,
2020.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Review, formatting, normalization and translation.