RPGE – Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023031, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18340 1
EXPERIÊNCIAS PARENTAIS SOBRE OS EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19
EM CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NA ARÁBIA SAUDITA
EXPERIENCIAS VIVIDAS POR LOS PADRES SOBRE LOS EFECTOS DE LA
PANDEMIA DE COVID-19 EN LOS NIÑOS DISCAPACITADOS DE ARABIA SAUDÍ
PARENTAL LIVED EXPERIENCES ON THE EFFECTS OF THE COVID-19
PANDEMIC ON CHILDREN WITH DISABILITIES IN SAUDI ARABIA
Faris ALGAHTANI1
e-mail: fhalqahtani@uj.edu.sa
Sultan ALZAHRANI2
e-mail: ssaalhariri@uj.edu.sa
Como referenciar este artigo:
ALGAHTANI, F; ALZAHRANI, S. Experiências parentais sobre
os efeitos da pandemia de COVID-19 em crianças com deficiência
na Arábia Saudita. Política e Gestão Educacional, Araraquara, v.
27, n. 00, e023031, 2023. e-ISSN: 1519-9029. DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18340
| Submetido em: 10/03/2023
| Revisões requeridas em: 05/05/2023
| Aprovado em: 22/07/2023
| Publicado em: 08/08/2023
Editor:
Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade de Jeddah (UJ), Jeddah – Arábia Saudita. Professor Associado, Departamento de Educação
Especial, Faculdade de Educação.
2
Universidade de Jeddah (UJ), Jeddah – Professor Associado, Departamento de Educação Especial, Faculdade de
Educação.
Experiências parentais sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 em crianças com deficiência na Arábia Saudita
RPGE – Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023031, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18340 2
RESUMO: Trata-se de uma análise qualitativa interpretativa que explora as percepções dos
pais acerca dos impactos da COVID-19 em crianças com deficiência na Arábia Saudita. Foram
conduzidas vinte entrevistas semiestruturadas com os cuidadores dessas crianças e a análise dos
dados foi realizada utilizando a abordagem temática. Os resultados revelaram que a pandemia
teve impactos significativos tanto nas crianças quanto em seus pais, sendo notórios diversos
relatos de casos de depressão e estresse decorrentes dos desafios impostos por essa crise. Os
efeitos abarcaram as esferas psicológicas, acadêmicas e sociais. É salientado a relevância de
uma utilização eficiente das plataformas de ensino à distância. A cooperação entre diferentes
setores é apontada como fundamental para mitigar os efeitos da COVID-19 nas vidas das
crianças.
PALAVRAS-CHAVE: COVID-19. Crianças com deficiência. Experiência parental. Pandemia.
Percepções.
RESUMEN: Se trata de un análisis cualitativo interpretativo que explora las percepciones de
los padres sobre las repercusiones del COVID-19 en los niños discapacitados de Arabia Saudí.
Se realizaron veinte entrevistas semiestructuradas a los cuidadores de estos niños y el análisis
de los datos se llevó a cabo mediante el enfoque temático. Los resultados revelaron que la
pandemia tuvo impactos significativos tanto en los niños como en sus padres, con varios
informes de casos de depresión y estrés derivados de los retos impuestos por esta crisis. Los
efectos abarcaron las esferas psicológica, académica y social. Se hace hincapié en la
importancia de un uso eficaz de las plataformas de aprendizaje a distancia. Se destaca la
cooperación entre diferentes sectores como clave para mitigar los efectos de la COVID-19 en
la vida de los niños.
PALABRAS CLAVE: COVID-19. Niños con discapacidad. Experiencia de los padres.
Pandemia. Percepciones.
ABSTRACT: This qualitative interpretive analysis explores parents' perceptions of the impacts
of COVID-19 on children with disabilities in Saudi Arabia. Twenty semi-structured interviews
were conducted with caregivers of these kids, and data analysis was performed using a thematic
approach. The results revealed that the pandemic significantly impacted the children and their
parents, with numerous reports of depression and stress due to the challenges imposed by this
crisis. The effects encompassed psychological, academic, and social aspects. The efficient use
of distance learning platforms is emphasized as crucial. The cooperation between different
sectors is highlighted as essential to mitigate the effects of COVID-19 on the lives of children.
KEYWORDS: COVID-19. Children with disabilities. Parental experience. Pandemic.
Perceptions.
Faris ALGAHTANI e Sultan ALZAHRANI
RPGE – Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023031, 2023. e-ISSN: 1519-9029
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Introdução
A pandemia do SARS-CoV-2, declarada em janeiro de 2020, gerou bastante ansiedade,
preocupação e estresse na população em geral. Ela prejudicou a vida das crianças ao redor do
mundo, em especial aquelas com deficiência, tais como transtornos mentais, deficiências
intelectuais e problemas auditivos (UNICEF, 2020). Consequentemente, vários estudos
passaram a explorar os impactos das restrições do lockdown em crianças com insuficiência e
suas famílias em todo o mundo.
Por exemplo, Zhang et al. (2020) investigaram os impactos psicológicos e acadêmicos
da crise de COVID-19 em crianças com deficiência nos EUA. Os autores observaram que elas
tiveram mais dificuldade para acessar as aulas online do que seus colegas sem deficiência, além
de sofrerem com os efeitos psicológicos causados pela COVID-19, como medo e ansiedade. É
notável observar que essa afirmação se contrapõe diretamente aos resultados de estudos
realizados com adultos portadores de deficiência de diferentes países, os quais reportaram
efeitos positivos advindos dos lockdowns.
Pellicano et al. (2020) relataram que adultos autistas na Austrália perceberam algumas
mudanças positivas, tais como a adaptação na prestação de serviços, alterações nos ambientes
para proporcionar maior flexibilidade de espaço e tempo, bem como melhorias nos
relacionamentos familiares. Por sua vez, Lois Mosquera et al. (2021) constataram uma redução
nas tentativas de ''camuflagem'' em adultos autistas na Espanha. Além disso, Halstead et al.
(2021) observaram uma influência positiva do isolamento na qualidade e duração do sono,
resultando em um melhor desempenho durante o dia. Assim, é de extrema importância
considerar os fatores que podem explicar tais discrepâncias, as quais são predominantemente
observadas em crianças que residem em um contexto familiar e frequentam o ambiente
educacional formal.
Conforme os estudos de Morgül, Kallitsoglou e Essau (2020), foi constatado o impacto
psicológico relacionado à disseminação de COVID-19 em crianças do ensino fundamental. Os
autores observaram que os cuidadores notaram um efeito negativo das restrições no
funcionamento comportamental e emocional de seus filhos. Os sintomas mais prevalentes entre
as crianças incluíam tédio (73,8%), solidão (64,5%) e frustração (61,4%). Mais de 30% dos
cuidadores relataram a ocorrência de raiva, ansiedade, insônia, discussões com membros da
família e tristeza. Os pais relataram que seus filhos passaram mais tempo utilizando dispositivos
eletrônicos, o que reduziu o tempo destinado ao sono e às atividades físicas.
Experiências parentais sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 em crianças com deficiência na Arábia Saudita
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Spinelli et al. (2020) por sua vez, investigaram o impacto dos fatores de risco associados
ao período de COVID-19 no bem-estar das crianças e de sua família. Os pais de crianças entre
2 e 14 anos responderam a uma pesquisa online que examinava o estilo de vida afetado pela
quarentena. Eles também relataram problemas de estresse psicológico, bem como dificuldades
comportamentais e emocionais enfrentadas por seus filhos.
A pandemia teve impactos profundos em diversas áreas, tais como saúde, economias
governamentais e sistemas de educação em todo o mundo, principalmente na Arábia Saudita.
Muitos países optaram por fechar várias instituições educacionais, como universidades e
escolas, como medida para conter a disseminação do vírus. Notavelmente, as estatísticas
revelam que 107 nações suspenderam o ensino tradicional, afetando aproximadamente 862
milhões de crianças ao redor do globo (BUSAAD; ALNAIM, 2021). Esse número representa
quase metade da população mundial de estudantes.
Em março de 2020, a Arábia Saudita implementou restrições, incluindo políticas de
distanciamento social, quarentena domiciliar obrigatória e ensino online. A maioria dos estudos
realizados concentrou-se principalmente nas experiências de aprendizagem online de alunos
com desenvolvimento regular (ABUHAMMAD, 2020; DONG et al., 2020; GARBE et al.,
2020; KIM; LEE, 2020; HSIANG et al., 2020; RASMITADILA et al., 2020). Entretanto, essa
mudança na educação afetou desproporcionalmente as crianças com deficiência e suas famílias,
acarretando angústia emocional e psicológica (ALQRAINI; ALASIM, 2021). A necessidade de
fornecer aos pais a devida orientação sobre como utilizar de forma eficiente e satisfatória a
plataforma de aprendizagem online Madrasati tornou-se essencial. Ademais, é amplamente
reconhecido que as crianças com deficiência requerem formas distintas de apoio de suas escolas
e famílias para poderem beneficiar-se e obter sucesso em suas experiências educacionais.
Antes da pandemia, as escolas proporcionavam serviços básicos para essas crianças,
incluindo terapia fonoaudiológica, terapia ocupacional, programas de educação
individualizados (IEP), fisioterapia e consultoria (ABDELFATTAH et al., 2021; ALADWAN,
2021; MADHESH, 2021). No entanto, diferentemente de países como a Turquia
(YARIMKAYA; TÖMAN, 2021), os centros de educação especializados foram fechados na
Arábia Saudita, o que resultou na interrupção dos serviços educacionais especializados e
terapêuticos para essas crianças (MOHAMMED ALI, 2021). Esse cenário levou à realização
de vários estudos para examinar os efeitos da pandemia no bem-estar, na educação e nos
resultados sociais das crianças com deficiência.
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Uma pesquisa online demonstrou que os responsáveis relataram a ausência de
intervenções para abordar problemas de fala e linguagem (AL AWAJI et al., 2021). Os
cuidadores ficaram frustrados com a suspensão das sessões de terapia da fala, uma vez que seus
filhos ficaram sem acesso a esses serviços. O aumento de casos da doença também afetou os
serviços de telemedicina, como as chamadas de vídeo.
Em um estudo conduzido por Alqrain e Alasim (2021) aproximadamente 54% dos pais
de crianças com deficiência afirmaram que seus filhos se adaptaram à educação a distância,
enquanto 46% relataram que tiveram dificuldade em aceitar essa nova forma de educação.
Notavelmente, 10% dos pais mencionaram que seus filhos optaram por jogar online em vez de
se concentrarem em suas atividades escolares durante esse período.
Vários estudos de pesquisa corroboram que as crianças com deficiência da Arábia
Saudita foram afetadas negativamente pela COVID-19, apresentando impactos tanto
psicológicos e sociais quanto acadêmicos (ALJEDAANI et al., 2021; AZZAM, 2020;
MOHAMMED, 2021; SHARMA; EL-SOFANY; SEOUD, 2021). Por exemplo, Sharma et al.
(2021) relataram que os pais enfrentaram dificuldades para tomar decisões significativas
relacionadas ao cuidado de seus filhos e como desenvolver suas habilidades. Ademais, Busaad
e Alnaim (2021) em sua pesquisa com 310 cuidadores na Arábia Saudita, constataram que as
restrições impostas devido à pandemia de COVID-19 tiveram um impacto negativo
significativo no bem-estar psicológico das crianças, sendo elas portadoras de deficiência ou
não. Esses estudos ressaltam a importância de promover a conscientização em saúde pública
para mitigar os problemas decorrentes de pandemias globais, como a COVID-19, por meio da
organização de oficinas e cursos de treinamento.
É importante ressaltar que as crianças com deficiência representam um dos grupos
populacionais mais vulneráveis afetados pela pandemia. Suas limitações intelectuais e
cognitivas dificultam a compreensão das diretrizes governamentais destinadas a ajudá-las a se
proteger da propagação e contágio da COVID-19. Além disso, a educação online tem se
mostrado desafiadora para elas que necessitam de abordagens educacionais alternativas, devido
às dificuldades ao se adaptarem ao modelo de ensino fornecido pelo Ministério da Educação
durante este período pandêmico (ABDULLAH, 2021).
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Estudo Atual
Com base nos resultados de estudos anteriores, tornou-se fundamental conduzir uma
investigação qualitativa para analisar a compreenção dos pais em relação ao impacto da
pandemia de COVID-19 na saúde mental, educação e bem-estar geral de seus filhos. O objetivo
é explorar os seguintes aspectos:
• Opiniões dos pais sobre o efeito da pandemia COVID-19 em crianças com deficiência;
• Medidas adotadas pelos cuidadores para mitigar os efeitos da pandemia de COVID-19
em seus filhos;
• Recomendações dos pais para a implementação de estratégias eficazes no cuidado de
crianças com deficiência durante uma pandemia.
O objetivo deste estudo é fornecer informações relevantes para os envolvidos, a fim de
abordar os desafios enfrentados por essas crianças devido à pandemia de COVID-19. A
compreensão aprofundada desses aspectos contribui para o desenvolvimento de medidas mais
adequadas às necessidades desses grupos vulneráveis.
Métodos
Este estudo adotou uma abordagem interpretativista, que visa compreender as
percepções da população sobre um assunto específico. Nessa abordagem, os pesquisadores
separaram suas visões e posições das respostas dos participantes, a fim de garantir que as
opiniões e vozes dos integrantes fossem ouvidas (YANOW, 2017). Em vez de realizar
experimentos, os defensores dessa abordagem valorizam a observação e as conversas como
técnicas para interpretar os fenômenos sociais. A análise temática foi a metodologia utilizada
para examinar os dados da pesquisa. Os temas foram identificados com base nas informações
coletadas durante a realização do estudo qualitativo, na revisão de literatura e na identificação
de novos temas que surgiram a partir dos resultados. Essas questões foram cuidadosamente
correspondidas de acordo com os objetivos do estudo.
As conversas com os pais foram fundamentais para ouvir suas opiniões sobre os desafios
enfrentados ao garantir a educação de seus filhos durante a pandemia de COVID-19. A
abordagem interpretativista foi a escolha mais adequada para este estudo, pois permitiu que os
entrevistados (os pais) compartilhassem suas experiências em relação ao impacto de COVID-
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19 em crianças com deficiência. O método de entrevista semiestruturada foi empregado para
coletar os dados do estudo.
A pesquisa contou com a participação de vinte pais, cujas idades variaram entre 30 e 52
anos, e seus filhos com deficiência estavam na faixa etária de 10 a 16 anos, conforme
apresentado na Tabela 1 com informações demográficas.
Para garantir a abrangência dos cuidadores de todas as regiões da cidade, um
administrador do Ministério da Educação facilitou a seleção dos participantes. Os critérios de
inclusão exigiam que a criança tivesse pelo menos 5 anos, possuísse alguma deficiência e
estivesse matriculada em um centro de educação especial. Os pais foram contatados por
telefone, com o auxílio do administrador, e foi explicado a eles o propósito da pesquisa e o
processo de participação. Em seguida, os formulários de consentimento foram enviados por e-
mail aos cuidadores interessados em participar do estudo. Foi estabelecido um período para a
realização das entrevistas, onde informações sobre o trabalho foram fornecidas.
Foram conduzidas vinte entrevistas semiestruturadas em árabe que seguiram um guia
com perguntas centradas nos efeitos de COVID-19 em crianças com deficiência, bem como seu
impacto nas esferas social, acadêmica e física de suas vidas. Além disso, foram abordadas as
estratégias utilizadas pelos pais para lidar com os desafios causados pela pandemia. Cada
entrevista teve uma duração de 45 a 60 minutos, e os pesquisadores bilíngues traduziram as
transcrições para garantir a precisão da captura dos significados e da cultura árabe. Os
cuidadores foram identificados por códigos de R1 a R20 para manter o seu anonimato. As
declarações dos entrevistados foram traduzidas da forma mais literal possível. Ao considerar
tanto as respostas diretas dos participantes como suas expressões não verbais, os pesquisadores
puderam obter uma compreensão mais completa e aprofundada do fenômeno em estudo.
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Tabela 1 - Características dos Participantes
Escolaridade
Gênero
Renda
Idade dos Pais
Deficiência
Universidade
F
Baixa
33
Deficiência intelectual
Ensino médio
M
Média
42
Autismo
Ensino médio
M
Média
37
Deficiência intelectual
Universidade
F
Baixa
30
Autismo
Ensino médio
F
Média
48
Autismo
Universidade
F
Alta
52
Deficiência intelectual
Ensino médio
M
Baixa
35
Surdez
Universidade
F
Alta
32
Deficiência intelectual
Universidade
M
Média
49
Deficiência física
Universidade
M
Média
39
Deficiência intelectual
Universidade
F
Média
31
Surdez
Ensino médio
F
Baixa
38
Autismo
Universidade
M
Média
45
Deficiência intelectual
Ensino médio
F
Baixa
40
Deficiência intelectual
Universidade
M
Baixa
32
Deficiência visual
Ensino médio
F
Alta
33
Paralisia cerebral
Universidade
M
Média
35
Deficiência intelectual
Ensino médio
F
Alta
43
Deficiência intelectual
Universidade
F
Baixa
30
Deficiência visual
Universidade
F
Média
31
Deficiência intelectual
Fonte: Adaptado dos Resultados do Estudo pelos autores
A aprovação ética para a condução deste estudo foi obtida junto ao Comitê de Ética em
Pesquisa da Universidade de Jeddah. Todos os cuidadores deram consentimento, comunicado
por escrito, para participar da pesquisa.
Os dados obtidos das entrevistas foram transcritos e convertidos de texto verbal para
escrito. Em seguida, esses dados foram submetidos aos pais para que verificassem a precisão
de suas respostas. Esse exercício teve o propósito de aprimorar a confiabilidade e validade do
processo de análise qualitativa.
A equipe de pesquisadores realizou a codificação dos dados de forma independente, e
os temas representados pelos códigos foram comparados, demonstrando uma alta
compatibilidade entre os investigadores e acadêmicos envolvidos no estudo. Para garantir ainda
mais a confiabilidade dos dados, a fórmula de Huberman e Miles (2002)
(Consensus/(ConsensusþDissensus)100) foi utilizada. Quaisquer pontos de discordância foram
minuciosamente discutidos até que um consenso fosse alcançado. Além disso, as percepções
detalhadas dos pais foram incluídas nos temas obtidos sem intervenção do pesquisador.
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Resultados
Os resultados foram organizados com base nas perguntas de pesquisa, apresentando as
visões dos cuidadores e suas experiências e sendo agrupados em quatro temas para cada
pergunta, conforme exposto abaixo.
Quais são as percepções dos pais em relação ao impacto da pandemia de COVID-19 em
crianças com deficiência?
As descobertas relacionadas a essa questão foram organizadas em quatro temas
principais, apresentados nas seguintes subseções.
Mudança na Vida Social
A pandemia de COVID-19 teve um profundo impacto na vida das crianças com
deficiência, especialmente nos grupos vulneráveis que vivem em condições mais desfavoráveis
(United Nations Human Rights Office of the High Commissioner, 2020).
É de suma importância lembrar que essas crianças buscam orientação dos adultos para
lidar com eventos estressantes. As famílias se esforçaram para se adaptar às mudanças,
decorrentes da pandemia de COVID-19, na vida diária. Isso implicou em modificações nas
interações das crianças com seus colegas e professores, pois não podiam se encontrar
pessoalmente como costumavam fazer na escola. Os cuidadores relatam que seus filhos
enfrentam à discriminação na comunidade, uma vez que as pessoas muitas vezes enxergam
apenas suas limitações, ignorando suas habilidades.
Um dos pais de uma criança diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (R2)
relatou:
A pandemia impactou significativamente na vida social de nossas crianças,
reduzindo suas oportunidades de interação com outras pessoas, o que tem
causado sentimentos de solidão e abandono. Elas não podem mais interagir
com seus colegas e professores como costumavam fazer quando as escolas
estavam abertas.
Outro pai (R5) destacou: “As crianças não têm mais a possibilidade de encontrar seus
colegas como faziam quando as escolas estavam abertas, o que provavelmente afetará sua vida
social”. Outro entrevistado (R12) também enfatizou: “O isolamento pode contribuir para mais
quadros de solidão e até mesmo estresse”.
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Essas observações estão alinhadas com as descobertas de Imran, Zeshan e Pervaiz
(2020) que indicam que o afastamento e o isolamento social são duas vezes mais prejudiciais à
saúde física e mental das crianças, além de aumentarem significativamente comportamentos
indesejáveis.
Crianças com deficiência são altamente suscetíveis ao estigma, segregação e
discriminação de outros membros da família. Com a pandemia de COVID-19, elas estão
sujeitas a ainda mais exclusão, falta de acesso a serviços básicos e aumento da vulnerabilidade
à pobreza (CUSINATO et al., 2020). A crise global aumentou as diversas ameaças que essas
crianças já enfrentavam em suas vidas diárias, isso resultou em mudanças de humor,
comportamento e limitou a disponibilidade de serviços de apoio. Portanto, é esperado que os
pais enfrentem uma enorme carga de cuidados após essa pandemia.
Desnutrição Infantil
A pandemia também teve impacto nas economias das famílias, resultando na dificuldade
dos pais em prover adequada e efetiva alimentação para seus filhos. Os cuidadores expressaram
preocupação com a possibilidade de seus filhos sofrerem de condições médicas relacionadas à
desnutrição.
Isso se torna evidente nas palavras de um dos pais de uma criança diagnosticada com
deficiência intelectual (R18), que declarou: “Fiquei triste por não conseguir sustentar meu
filho, nem mesmo em relação às necessidades básicas, como comida. Foi uma das experiências
mais difíceis da minha vida”. Outro entrevistado (R6) mencionou: “Meu filho emagreceu
devido à falta de uma dieta equilibrada”. Além disso, outro participante (R7) compartilhou:
“A situação de baixa renda dificultou a compra de comida suficiente para minha família”.
Agravamento da Crise Educacional
O fechamento das escolas foi uma das medidas adotadas para controlar a propagação da
COVID-19. Esse cenário resultou em desafios educacionais para as crianças com deficiência
(Bhaumik et al., 2020), especialmente porque a maioria delas não estava familiarizada com o
novo método de educação à distância. Os pais acreditam que seus filhos foram discriminados e
não incluídos de forma equitativa no novo sistema educacional por serem um grupo
marginalizado.
Um dos entrevistados (R7) relatou:
Faris ALGAHTANI e Sultan ALZAHRANI
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Os pais devem receber informações detalhadas sobre o novo sistema
educacional para estarem adequadamente preparados a auxiliar seus filhos
no processo de aprendizado fora do ambiente escolar. É essencial que eles
sejam devidamente capacitados para oferecer suporte e monitorar o
progresso educacional.
O entrevistado R10 mencionou: “Muitos pais não possuem conhecimentos em
informática e precisam ser ensinados a utilizá-la”. Além disso, outro participante, R13,
afirmou: “O aprendizado foi prejudicado, pois as crianças preferem jogar videogames online
ao invés de estudar”.
Podemos concluir que a pandemia de COVID-19 impactou as crianças com deficiência
de várias maneiras: enfraquecimento de sua imunidade devido à falta de acesso a cuidados
especializados; impactos emocionais e sociais significativos; e uma consequência considerável
na educação. É importante ressaltar que essas crianças dependem de tutores em sala de aula que
utilizem recursos de aprendizado que nem sempre estão disponíveis em casa quando as escolas
estão fechadas. Portanto, é provável que elas tenham perdido oportunidades de aprendizado e
corram o risco de ficar para trás em sua educação, o que pode afetar seu progresso acadêmico.
Problemas Comportamentais
Os problemas comportamentais entre crianças são caracterizados por condutas
disruptivas, frequentemente acompanhadas de ações antissociais, negatividade, hostilidade e
agressividade. É importante destacar que crianças com problemas comportamentais podem
apresentar habilidades emocionais e relacionamentos interpessoais precários. Esses
comportamentos indesejáveis são muitas vezes intensificados por emoções como raiva, tristeza,
agressividade, baixa autoestima e solidão.
Considerando que a COVID-19 é uma doença viral, o enfraquecimento do sistema
imunológico das crianças representa um fator de risco. Por exemplo, crianças com Transtorno
do Espectro Autista (TEA) frequentemente possuem um sistema imunológico mais frágil. O
participante R17 expressou: “Tenho enfrentado dificuldades para lidar com o comportamento
indesejado e a atitude do meu filho. Acredito que a pandemia o afetou mentalmente”. Essa
declaração evidencia a vulnerabilidade das crianças com deficiência a distúrbios
comportamentais. Outro entrevistado, R16, relatou: “Em algumas situações, meu filho danífica
objetos em casa puramente movido pela raiva”. O entrevistado R9 também comentou: “Meu
filho se tornou mais hostil e agressivo do que antes”. De acordo com Singh et al. (2020), os
Experiências parentais sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 em crianças com deficiência na Arábia Saudita
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pais enfrentam dificuldades para lidar com seus filhos e apresentam níveis mais elevados de
estresse, o que pode agravar os problemas comportamentais e emocionais das crianças.
Em resumo, os cuidadores relatam que a pandemia afetou seus filhos de maneiras
distintas, desde problemas de desnutrição até o agravamento de crises emocionais e distúrbios
comportamentais. As crianças afetadas e vulneráveis, juntamente com suas famílias, necessitam
de apoio psicossocial para enfrentar os problemas de condutas (UNICEF, 2020).
Após o surgimento da COVID-19, as crianças com deficiência deixaram de receber
serviços de educação especial, e suas famílias enfrentaram mudanças comportamentais devido
à hipersensibilidade e alterações no apetite e sono (HEATH et al., 2021; MUTLUER;
DOENYAS; GENC, 2020).
Como os pais podem amenizar os efeitos da pandemia de COVID-19 em crianças com
deficiência?
As descobertas relacionadas a essa questão foram organizadas em quatro temas, os quais
serão detalhados nas seguintes subseções.
Organização da Rotina Diária
Uma abordagem importante é estabelecer uma rotina diária estruturada, com cada
atividade ocorrendo em horários estipulados. Reservar tempo para atividades específicas,
como conversar e incentivar a prática de exercícios, é especialmente relevante para crianças
com deficiência intelectuais e aquelas que podem realizar atividades físicas, como crianças
surdas. Os pais reconhecem que uma rotina diária bem planejada contribui para minimizar os
efeitos da COVID-19. Por exemplo, o entrevistado R7 enfatizou: “Uma rotina diária para as
crianças melhorará a consistência na mitigação dos efeitos da COVID-19”. Outro
entrevistado (R15) também afirmou: “É importante ter um horário estipulado para cada
exercício, para garantir que a criança participe de diversas atividades”.
Uma rotina diária organizada, regular e previsível pode proporcionar segurança e
proteção no ambiente doméstico (KARVOUNIDES et al., 2021). Além disso, a prática de
atividades físicas é benéfica para a saúde física e mental dessas crianças, promovendo a
inclusão, melhorando o seu funcionamento corporal e contribuindo para seu bem-estar geral
(MURPHY; CARBONE, 2008).
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É importante oferecer novas rotinas que ajudem a manter elas ocupadas e que
forneçam suporte às famílias, para que consigam lidar com o estresse provocado pela
pandemia. Essa abordagem pode incluir conversas sobre seus e aconselhamentos para reduzir
a ansiedade, bem como encorajar a resolução de problemas de forma independente.
Organização das Refeições
Os cuidadores enfatizaram a importância de fornecer uma quantidade adequada de
alimentos para seus filhos a fim de prevenir doenças relacionadas à desnutrição. Essa
abordagem também foi considerada fundamental para fortalecer a imunidade das crianças e
reduzir sua vulnerabilidade à COVID-19. O entrevistado R13 destacou: “Uma dieta suficiente
e equilibrada minimizará a desnutrição entre crianças com deficiência”. Além disso, o
respondente R11 enfatizou: “As famílias devem implementar medidas para fornecer
alimentos de emergência para famílias vulneráveis”.
A organização das refeições se tornou um desafio mais acentuado durante a pandemia.
A preparação das comidas requer a análise de quatro dimensões distintas: acesso,
disponibilidade, estabilidade e aproveitamento de alimentos (FAO, 2021). A COVID-19 teve
um impacto significativo em diversos aspetos da vida das crianças com deficiência, incluindo
seu estilo de vida (ABAWI et al., 2020). As diversas mudanças ocorridas no cotidiano
resultaram no aumento da obesidade infantil, portanto, é crucial que as famílias garantam o
acesso a alimentos adequados por meio de refeições bem-organizadas.
Prevê-se que a pandemia tenha um grande impacto na saúde das crianças, abrangendo
seu bem-estar físico, mental e social, conforme definido pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). Estudos como o de Pietrobelli
et al. (2020) evidenciaram a diminuição da atividade física e o aumento da ingestão de
alimentos e horas de sono durante o lockdown da COVID-19. Nesse contexto, é crucial
implementar programas de nutrição de qualidade que demonstrem a importância de uma
alimentação adequada para o desenvolvimento saudável da criança, e que ressaltem o impacto
negativo da refeição inadequada (GUNDERSEN; ZILIAK, 2014).
Experiências parentais sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 em crianças com deficiência na Arábia Saudita
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Aprendizado e Serviços Remotos
Os pais enfrentaram dificuldades em compreender as implicações do fechamento das
escolas e em superar os desafios para encontrar estratégias viáveis que facilitassem o
aprendizado de crianças com deficiência por meio de tutoria remota. A pandemia trouxe
mudanças significativas nas operações de aprendizado em diversos países. Por exemplo, o
Ministério da Educação da Arábia Saudita adotou métodos alternativos de ensino após o
fechamento das escolas (ABDULLAH, 2021), implementando um quadro de aprendizado
remoto em substituição ao sistema tradicional de ensino.
Os cuidadores acreditaram que promover o aprendizado online para seus filhos
aliviaria os efeitos de COVID-19 em sua vida acadêmica. Eles destacaram que as crianças
permaneceriam engajadas e não enfrentariam longos períodos de ociosidade, uma vez que
suas mentes estariam envolvidas no processo de ensino. É importante observar que, em
estudos anteriores à pandemia de COVID-19, alguns pais já apresentavam sentimentos
contraditórios em relação às experiências de formação remota, mesmo nas melhores
circunstâncias (SØRENSEN, 2012).
Conforme mencionado por um dos entrevistados (R7), “Os pais devem ser
devidamente informados sobre o ensino remoto para estarem preparados para auxiliar seus
filhos a aprenderem fora do ambiente escolar. Além disso, é essencial que sejam treinados
para fornecer apoio e monitoramento eficazes em um ambiente de aprendizagem online”. Tal
esforço permitirá que os cuidadores compreendam o funcionamento das aulas remotas. Outro
entrevistado (R4) destacou: “Embora o sistema escolar tradicional seja mais eficiente do que
o ensino remoto, precisamos nos adaptar a essa nova modalidade”. Ademais, outro
respondente (R7) ressaltou: “O ensino remoto para crianças com deficiência melhorará seu
desempenho acadêmico”.
Com relação ao aprendizado remoto, é crucial que as autoridades competentes
considerem formas adequadas de oferecer educação especial às crianças com deficiência. Isso
contribuirá significativamente para a eficácia das abordagens de ensino. Algumas medidas
importantes incluem o treinamento das famílias, para que possam apoiar e promover o
desenvolvimento educacional de seus filhos em casa, além da disponibilização de terapia
ocupacional, suporte comportamental, intervenções em linguagem e fala e teleatendimento
(MEADAN; DACZEWITZ, 2015). A transição abrupta do atendimento presencial para
técnicas virtuais durante os primeiros meses da resposta governamental à pandemia pode ter
sido desafiadora para os profissionais de educação especial na primeira infância e para o
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pessoal responsável por serviços associados, principalmente devido à falta de experiência
prévia com tecnologia.
Aplicação de um Plano de Modificação Comportamental
A pandemia de COVID-19 representa o ápice de uma crise de saúde mundial, dado
que demandou mudanças comportamentais significativas e impôs consideráveis fardos
psicológicos às crianças. Perspectivas oriundas das ciências comportamentais e sociais podem
ser empregadas para mitigar padrões de condutas indesejáveis nessas crianças.
Algumas abordagens, como a Resposta à Intervenção (RTI), têm o potencial de
oferecer soluções para os desafios comportamentais e melhorar o desempenho acadêmico
(PEARCE, 2018). Com o intuito de atenuar esses problemas, os pais acreditam ser
fundamental monitorar e avaliar criteriosamente os comportamentos de seus filhos, com o
auxílio de especialistas em apoio psicossocial. Tais profissionais contribuirão com estratégias
valiosas para lidar com as emoções das crianças. Como mencionado por um dos entrevistados
(R9), “Profissionais de apoio psicológico precisam se envolver na melhoria da saúde mental
de crianças com deficiência e seus pais”. Outro entrevistado (R12) enfatizou: “Os cuidadores
precisam aconselhar seus filhos, ajudando-os a enfrentar as mudanças trazidas pela COVID-
19”.
O pesquisador concorda com as ideias dos pais, reconhecendo que os procedimentos
mencionados acima desempenham um papel crucial em amenizar os efeitos de COVID-19 em
crianças com deficiência e possibilitar uma vida melhor durante a pandemia. A
implementação de atividades como a organização de rotinas diárias, o fornecimento de
alimentos saudáveis, a adoção de abordagens viáveis para o aprendizado remoto e o
monitoramento cuidadoso dos comportamentos das crianças são medidas eficazes para reduzir
os impactos da pandemia em várias áreas de suas vidas, incluindo aspectos psicológicos,
sociais e acadêmicos. De acordo com Dursun et al. (2020) a aplicação de planos de
modificação comportamental, combinada com suporte psiquiátrico e tratamento médico,
representa uma abordagem abrangente e eficiente para o manejo de crianças com deficiência,
tanto em sessões presenciais quanto virtuais.
Experiências parentais sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 em crianças com deficiência na Arábia Saudita
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Quais são as recomendações dos pais segundo as estratégias eficazes para lidar com
crianças com deficiência durante uma pandemia?
É importante salientar que estudos nacionais e internacionais evidenciam que durante o
lockdown, crianças com deficiência enfrentaram diversos desafios, incluindo transtornos
comportamentais, emocionais e ansiedade (JIAO et al., 2020; SPINELLI et al., 2020; XIE et
al., 2020). Os cuidadores forneceram recomendações referentes às estratégias mais eficazes
para lidar com seus filhos durante a pandemia de COVID-19, como treinamento online tanto
para as crianças quanto para seus pais, provisão de alimentos saudáveis, inclusão no novo
sistema educacional e disponibilização de treinamento comportamental.
As descobertas desta questão estão organizadas em quatro temas, conforme apresentado
nas próximas subseções.
Inclusão para Crianças com Deficiência
Crianças com deficiência são um dos grupos populacionais mais vulneráveis durante
a pandemia de COVID-19, expostas a diversos efeitos negativos, como abuso e redução do
acesso a serviços essenciais. As mudanças na rotina dessas crianças demandam de um apoio
substancial de serviços de cuidados, tecnologia assistiva e suporte educacional fundamental.
A atual crise pandêmica proporciona uma oportunidade para reavaliar a necessidade de uma
educação inclusiva e acessível, exigindo apoio para os sistemas educacionais, de modo a
garantir que a aprendizagem a distância esteja disponível para todos. Os professores precisam
ser capacitados e amparados para fornecer educação remota de qualidade às crianças com
deficiência, assim como os cuidadores, que também devem receber suporte adequado. É
essencial oferecer abordagens apropriadas para melhorar a saúde mental dessas crianças,
incluindo o suporte nutricional e psicossocial, beneficiando tanto elas como suas famílias.
Ademais, é imprescindível realocar recursos para assegurar serviços sociais, de saúde e
educacionais mais inclusivos.
Além disso, é de suma importância coletar dados fragmentados sobre deficiência para
a resposta emergencial e o monitoramento, visando auxiliar intervenções personalizadas,
aprimorando o apoio às crianças com deficiência em seu ambiente de aprendizagem.
Dessa maneira, é obrigatório garantir que essas crianças recebam uma educação a
distância acessível por meio de uma aprendizagem flexível e virtual (BAILEY, 2017). É
fundamental que sejam incluídas no novo sistema educacional de educação a distância,
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proporcionando-lhes os materiais educacionais adequados, como computadores, para facilitar
o ensino online. Por exemplo, um dos pais entrevistados (R20) afirmou: “O governo deve
fornecer recursos de aprendizagem acessíveis para crianças com deficiência, a fim de
promover a educação a distância”. Além disso, seus direitos educacionais devem ser
respeitados e observados. Como destacou o entrevistado R16: “As crianças com deficiência
devem receber tratamento igualitário em relação às outras crianças na escola”. Elas também
devem ser incluídas na sociedade e reconhecidas como membros integrais da comunidade,
não sofrendo marginalização ou discriminação em virtude de suas deficiências.
A resposta e a recuperação de COVID-19 devem ser pautadas pela inclusão das
pessoas com deficiência. Esta pandemia representa uma oportunidade única para promover
uma educação mais inclusiva para esse grupo, ao mesmo tempo que se aprimora o acesso aos
serviços de saúde e se amplia à proteção social e outros serviços de apoio (TOQUERO, 2020).
Alimentação Saudável
É de suma importância que as crianças adotem uma dieta saudável desde os primeiros
anos de vida, a fim de fortalecer sua imunidade e promover um crescimento e
desenvolvimento adequados no futuro. O aleitamento materno é reconhecido como a melhor
maneira de fornecer nutrição, reforçando a imunidade em crianças pequenas, pois abrange
todos os nutrientes essenciais de que necessitam, além de oferecer proteção contra infecções.
Contudo, é relevante salientar que a atual pandemia tem gerado perturbações na vida cotidiana
das famílias, resultando em condições financeiras mais restritas para muitos pais.
Consequentemente, alguns têm enfrentado dificuldades para adquirir alimentos saudáveis.
Esse cenário afeta tanto a qualidade do leite materno disponível para os bebês, já que a
nutrição das mães pode ser afetada pelas limitações financeiras, quanto a alimentação das
crianças mais velhas, que podem estar privadas dos alimentos essenciais para seu adequado
crescimento.
Os pais devem estar cientes das necessidades alimentares específicas de seus filhos. É
de extrema importância enfatizar que as indispensabilidades dessas crianças podem variar,
sendo influenciadas por fatores como deficiências físicas, uso de medicamentos e questões
comportamentais. Suas exigências nutricionais também se mostram distintas. Os cuidadores
recomendam que, dada a vulnerabilidade imunológica de suas crianças, indivíduos
benevolentes e autoridades pertinentes devem fornecer doações de alimentos saudáveis para
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auxiliá-los na alimentação de seus filhos. Muitos deles enfrentam fragilidade financeira e
encontram dificuldades em prover uma alimentação saudável para suas crianças. Um dos
entrevistados (R17) expressou: “Indivíduos benevolentes devem doar alimentos para as
famílias de crianças com deficiência, a fim de garantir sua saúde”. Outro entrevistado (R12)
afirmou: “O governo deve implementar medidas para distribuir alimentos de auxílio às
famílias”.
Dietas saudáveis são cruciais para fortalecer o sistema imunológico, e uma nutrição
adequada reduz a probabilidade de desenvolvimento de outras questões de saúde, como
obesidade, doenças cardíacas e diabete (BERASATEGI et al., 2021). Conforme enfatizado
por Mbazzi et al. (2020) uma dieta saudável e equilibrada é essencial para o crescimento e
desenvolvimento de crianças com deficiência, auxiliando-as a levar uma vida mais ativa.
Treinamento Online
Após o desencadeamento da pandemia de COVID-19 e o fechamento das escolas,
muitos cuidadores se viram privados do apoio diário que anteriormente recebiam. Essa
situação tem acarretado uma considerável pressão sobre os pais, que se veem obrigados a
assumir múltiplos papéis além do seu papel tradicional de cuidador. Durante o período de
aprendizagem online, os pais se tornam professores, terapeutas e orientadores para seus filhos.
A pandemia causou um impacto profundo no sistema educacional, especialmente para as
crianças com deficiência, que necessitam de uma educação especializada. Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas com deficiência podem ser
desproporcionalmente afetadas pela pandemia de COVID-19, uma vez que ocorreram
interrupções nos serviços dos quais dependem. A OMS recomenda que as crianças com
deficiência “continuem brincando, lendo, aprendendo e se conectando com amigos” (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2020, p. 4). Visando garantir que as crianças com necessidades
especiais possam prosseguir com sua educação e receber o atendimento especializado exigido
por lei (LIM, 2020), os distritos escolares têm se esforçado para manter a oferta dos serviços
educacionais de forma remota e online.
Os pais devem participar ativamente da aprendizagem online de seus filhos,
oferecendo apoio moral e tomando decisões importantes em relação à educação deles (SMITH
et al., 2016). Neste estudo, os cuidadores recomendaram que eles e seus filhos passem por
treinamentos para aprender a utilizar plataformas de ensino eletrônico, tornando-se assim mais
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familiares com ambientes de aprendizagem online. Esse treinamento permitirá que os pais
monitorem e auxiliem seus filhos na utilização das plataformas de ensino. Assim, as crianças
se sentirão mais confortáveis com a aprendizagem remota, e as dificuldades relacionadas à
utilização dessas ferramentas serão amenizadas.
A plataforma de aprendizagem online empregada no sistema de educação a
distância provou ser extremamente desafiadora para mim. Em minha opinião,
é fundamental que o Ministério da Educação da Arábia Saudita adote
medidas para orientar os pais sobre como apoiar e guiar seus filhos no uso
adequado dessa ferramenta (R6).
O participante R8 expressou a seguinte opinião: “É imprescindível que os pais e seus
filhos recebam treinamento regular sobre o uso adequado de ferramentas de aprendizagem
online.” Por outro lado, o entrevistado R11 relatou: “Até o momento, tenho enfrentado
dificuldades para orientar meu filho na realização das tarefas através do ensino eletrônico.”
Os pais que possuem filhos com deficiência e estão envolvidos em atividades de aprendizado
remoto percebem a necessidade de assumir um papel ativo no processo de ensino à distância,
fornecendo orientações e instruções (AVERETT, 2021).
Treinamento Comportamental
Para mitigar os problemas comportamentais, é recomendável que os cuidadores
participem de projetos, como o Programa de Treinamento de Habilidades Comportamentais
(KUMALASARI; KURNIAWATI, 2018). Esses programas podem auxiliar na redução das
deficiências intelectuais, fornecendo às crianças orientações para controlar suas emoções e
enfrentar os desafios da vida de forma mais eficiente. "Especialistas em psicologia são
benéficos para amenizar problemas comportamentais entre crianças com deficiência",
enfatizou R20. Os pais também devem ser capacitados para monitorar o comportamento de
seus filhos e auxiliá-los na adoção de comportamentos mais apropriados. R10 expressa “Os
pais também devem passar por treinamentos para lidar com os problemas comportamentais
apresentados por seus filhos”.
Ao implementar tais recomendações, as crianças estarão em uma posição mais
favorável para enfrentar os impactos significativos da COVID-19. Sua inclusão no novo
sistema educacional e na comunidade elevará a autoestima delas, tornando-as parte integrante
da sociedade. Além disso, uma alimentação saudável fortalecerá sua imunidade, e o
treinamento online permitirá que elas se familiarizem melhor com o aprendizado eletrônico.
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Por fim, o treinamento comportamental garantirá que essas crianças estejam mais aptas a
controlar emoções negativas, como raiva, hostilidade e tristeza.
Evidências anteriores apontam que as restrições sociais necessárias para conter a
propagação de COVID-19 tiveram impactos negativos na prática de atividades físicas
(GUTIÉRREZ-ORTIZ et al., 2020; MOORE et al., 2020; ZENIC et al., 2020), e resultaram
em um aumento do sedentarismo entre as crianças (MARGARITIS et al., 2020;
VANDERLOO et al., 2020). Cox et al. (2020), LeBlanc et al. (2020), e Columbo et al. (2020)
apresentaram argumentos contrários a uma interrupção generalizada dos serviços de
treinamento comportamental para crianças com deficiência, e reconheceram os profissionais
comportamentais como essenciais durante a crise de saúde. Nesse contexto, o treinamento de
habilidades comportamentais é considerado crucial para a promoção da saúde e a mitigação
de riscos associados.
Discussão e Recomendações
Treinamento dos Pais
É essencial que os pais sejam educados sobre o uso eficiente e eficaz da plataforma de
ensino eletrônico Madrasati, recebendo suporte e soluções para questões comuns. Com esse
conhecimento, eles poderão orientar seus filhos de forma mais eficiente no aprendizado
online, assegurando uma transição tranquila do ensino presencial para o ambiente de educação
a distância. Esse envolvimento dos cuidadores possibilitará um melhor monitoramento das
atividades acadêmicas de suas crianças, garantindo que elas estejam dedicadas ao aprendizado
e evitem distrações, como jogos online, conforme relatado por Alqraini e Alasim (2021).
Além disso, é fundamental que os pais recebam orientação sobre como lidar com seu
próprio estresse. Isso permitirá que eles acompanhem melhor as necessidades dos filhos e
prestem o cuidado necessário. Eles devem ser instruídos a controlar a raiva, tratar do cansaço
e melhorar seu autocontrole. Também é indispensável que sejam conscientizados sobre a
importância de evitar expor suas fraquezas para as crianças, a fim de não aumentar a ansiedade
delas.
Para medir o estresse dos pais, pode ser utilizada uma escala Likert com cinco pontos
(1-5), na qual pontuações mais baixas indicam menor estresse parental e pontuações mais altas
indicam maior estresse. Essa medida de estresse auxiliará os legisladores a entender se as
crianças com deficiência estão sendo uma fonte de exaustão para seus cuidadores e em que
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proporção isso está ocorrendo. Dessa forma, será possível tomar medidas adequadas para
oferecer suporte e recursos apropriados às famílias e garantir um ambiente mais saudável para
o desenvolvimento das crianças.
Criação de Consciência
Todos os interessados devem estar cientes das consequências de COVID-19 nas
crianças com deficiência no Reino da Arábia Saudita. O Ministério da Saúde desempenha um
papel crucial ao comunicar os cidadãos sauditas sobre as vulnerabilidades enfrentadas por esse
grupo populacional. É fundamental que as massas sejam informadas de que essas crianças não
devem ser sujeitas a qualquer forma de discriminação e devem ser tratadas com igualdade
perante os demais membros da sociedade.
O Ministério da Saúde deve garantir que os profissionais de saúde estejam cientes da
possibilidade de discriminação e preconceito contra crianças com deficiência. Todos os
envolvidos devem se conscientizar sobre o risco de violência enfrentado e promover sistemas
de apoio que visem aprimorar o bem-estar delas (UNITED NATIONS HUMAN RIGHTS
OFFICE OF THE HIGH COMMISSIONER, 2020).
O governo saudita também deve estabelecer contato com as famílias e informá-las
sobre os direitos educacionais de seus filhos. Essa medida visa incentivar aqueles que ainda
não se matricularam na escola a garantir o acesso adequado à educação.
Fornecendo Soluções
Como nação, é de suma importância que cooperemos e compreendamos os efeitos da
pandemia, buscando enfrentar cada desafio à medida que surgir. É fundamental mantermos
nossa capacidade de assistência e fortalecimento, atuando como membros da família e da
comunidade para aprimorar a situação das crianças com deficiência.
As organizações internacionais, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), têm
um papel crucial na provisão de informações sobre o impacto de COVID-19 em crianças com
deficiência. É importante que a OMS monitore de perto a situação delas em conjunto com os
governos nacionais, e compartilhe essas informações com as autoridades e o público em geral.
Além disso, a OMS deve oferecer orientações abrangentes sobre técnicas, ferramentas e
Experiências parentais sobre os efeitos da pandemia de COVID-19 em crianças com deficiência na Arábia Saudita
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intervenções que possam ser adotadas para lidar com os desafios enfrentados no decorrer da
pandemia de COVID-19.
É de grande importância que indivíduos, membros da família, amigos, comunidade e
o governo se envolvam com essas crianças e participem ativamente de suas vidas diárias.
Essas pessoas também devem estar atentas às necessidades especiais da saúde mental dessas
crianças, procurando compreender seus comportamentos psicológicos e sociais para abordá-
los de maneira adequada. Proporcionar atenção e carinho é fundamental para acalmar seus
medos e incertezas. Os cuidadores devem agir com honestidade ao explicar a pandemia de
forma simples e compreensível para seus filhos. Além disso, devem incentivar as crianças a
expressar seus sentimentos e pensamentos por meio de atividades criativas e estabelecer
rotinas diárias, especialmente quando estão em casa. É imprescindível que se disponibilizem
serviços de proteção infantil e apoio psicossocial para melhorar o cuidado das crianças com
deficiência e suas famílias.
Para enfrentar os transtornos de ansiedade entre as crianças com deficiência, uma
ferramenta útil é o Generalized Anxiety Disorder 7 (GAD-7), um questionário que consiste
em sete componentes para avaliar os sintomas de medo e ansiedade (LIGHTER et al., 2020).
Os elementos são avaliados por meio de uma escala Likert, na qual os participantes atribuem
uma pontuação de 0 a 3 para cada item. A soma dos resultados desses tópicos resulta em score
que pode variar de 0 a 21. Pontuações mais altas no GAD-7 indicam níveis mais elevados de
ansiedade.
O Ministério da Saúde e o Ministério da Educação da Arábia Saudita devem unir
esforços para abordar os efeitos adversos da COVID-19, especialmente em relação à saúde
mental e aos transtornos de ansiedade enfrentados por crianças com deficiência. As agências
governamentais sauditas e as organizações educacionais devem promover estratégias
inclusivas para estudantes surdos, garantindo a implementação de abordagens educacionais
opcionais, incluindo a educação a distância.
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Conclusão
A pandemia de COVID-19 teve impactos significativos nas crianças, tanto no âmbito
acadêmico, quanto social e psicológico. A transição do ensino presencial nas escolas para o
formato de educação à distância, após o fechamento das instituições, agravou a crise
educacional. Tanto as crianças quanto seus pais não possuíam familiaridade com as plataformas
de ensino online, tornando o novo sistema educacional ineficiente.
Além disso, a pandemia também acentuou os problemas comportamentais,
manifestando-se em formas de agressividade e tristeza. Outros desafios incluem questões
relacionadas à desnutrição, limitações na vida social e agravamento das doenças mentais.
Diante dessa realidade, é imprescindível que todas as partes envolvidas colaborem de forma
conjunta para mitigar os efeitos da COVID-19 nas crianças.
Portanto, é imperativo que ao implementar a educação à distância para crianças com
deficiência, sejam devidamente ponderados os efeitos mencionados, para assegurar uma
educação apropriada que esteja em consonância com suas necessidades psicológicas, sociais e
acadêmicas. Esse cuidado é essencial para garantir que elas sejam devidamente apoiadas e que
possam desenvolver seu potencial educacional, mesmo diante dos desafios impostos pela
pandemia de COVID-19.
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CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Este trabalho foi financiado pela Universidade de Jeddah, Jeddah,
Arábia Saudita, por meio da bolsa n.º (UJ 40837). Os autores, portanto, expressam sua
sincera gratidão à Universidade de Jeddah pelo seu apoio técnico e financeiro.
Financiamento: Universidade de Jeddah, Jeddah, Arábia Saudita.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: Não aplicável.
Disponibilidade de dados e material: Não aplicável.
Contribuições dos autores: Os autores pesquisaram e escreveram o artigo conjuntamente.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RPGE – Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023031, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18340 1
PARENTAL LIVED EXPERIENCES ON THE EFFECTS OF THE COVID-19
PANDEMIC ON CHILDREN WITH DISABILITIES IN SAUDI ARABIA
EXPERIÊNCIAS PARENTAIS SOBRE OS EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19
EM CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA NA ARÁBIA SAUDITA
EXPERIENCIAS VIVIDAS POR LOS PADRES SOBRE LOS EFECTOS DE LA
PANDEMIA DE COVID-19 EN LOS NIÑOS DISCAPACITADOS DE ARABIA SAUDÍ
Faris ALGAHTANI1
e-mail: fhalqahtani@uj.edu.sa
Sultan ALZAHRANI2
e-mail: ssaalhariri@uj.edu.sa
How to reference this paper:
ALGAHTANI, F; ALZAHRANI, S. Parental lived experiences on
the effects of the COVID-19 Pandemic on children with disabilities
in Saudi Arabia. Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27,
n. 00, e023031, 2023. e-ISSN: 1519-9029. DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18340
| Submitted: 10/03/2023
| Revisions required: 05/05/2023
| Approved: 22/07/2023
| Published: 08/08/2023
Editor:
Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
University of Jeddah (UJ), Jeddah – Saudi Arabia. Associate Professor, Department of Special Education, College
of Education.
2
University of Jeddah (UJ), Jeddah – Saudi Arabia. Associate Professor, Department of Special Education, College
of Education.
Parental lived experiences on the effects of the COVID-19 Pandemic on children with disabilities in Saudi Arabia
RPGE – Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023031, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18340 2
ABSTRACT: This qualitative interpretive analysis explores parents' perceptions of the impacts
of COVID-19 on children with disabilities in Saudi Arabia. Twenty semi-structured interviews
were conducted with caregivers of these kids, and data analysis was performed using a thematic
approach. The results revealed that the pandemic significantly impacted the children and their
parents, with numerous reports of depression and stress due to the challenges imposed by this
crisis. The effects encompassed psychological, academic, and social aspects. The efficient use
of distance learning platforms is emphasized as crucial. The cooperation between different
sectors is highlighted as essential to mitigate the effects of COVID-19 on the lives of children.
KEYWORDS: COVID-19. Children with disabilities. Parental experience. Pandemic.
Perceptions.
RESUMO: Trata-se de uma análise qualitativa interpretativa que explora as percepções dos
pais acerca dos impactos da COVID-19 em crianças com deficiência na Arábia Saudita. Foram
conduzidas vinte entrevistas semiestruturadas com os cuidadores dessas crianças e a análise
dos dados foi realizada utilizando a abordagem temática. Os resultados revelaram que a
pandemia teve impactos significativos tanto nas crianças quanto em seus pais, sendo notórios
diversos relatos de casos de depressão e estresse decorrentes dos desafios impostos por essa
crise. Os efeitos abarcaram as esferas psicológicas, acadêmicas e sociais. É salientado a
relevância de uma utilização eficiente das plataformas de ensino à distância. A cooperação
entre diferentes setores é apontada como fundamental para mitigar os efeitos da COVID-19
nas vidas das crianças.
PALAVRAS-CHAVE: COVID-19. Crianças com deficiência. Experiência parental. Pandemia.
Percepções.
RESUMEN: Se trata de un análisis cualitativo interpretativo que explora las percepciones de
los padres sobre las repercusiones del COVID-19 en los niños discapacitados de Arabia Saudí.
Se realizaron veinte entrevistas semiestructuradas a los cuidadores de estos niños y el análisis
de los datos se llevó a cabo mediante el enfoque temático. Los resultados revelaron que la
pandemia tuvo impactos significativos tanto en los niños como en sus padres, con varios
informes de casos de depresión y estrés derivados de los retos impuestos por esta crisis. Los
efectos abarcaron las esferas psicológica, académica y social. Se hace hincapié en la
importancia de un uso eficaz de las plataformas de aprendizaje a distancia. Se destaca la
cooperación entre diferentes sectores como clave para mitigar los efectos de la COVID-19 en
la vida de los niños.
PALABRAS CLAVE: COVID-19. Niños con discapacidad. Experiencia de los padres.
Pandemia. Percepciones.
Faris ALGAHTANI and Sultan ALZAHRANI
RPGE – Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023031, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18340 3
Introduction
The SARS-CoV-2 pandemic, declared in January 2020, has generated considerable
anxiety and stress in the general population. It has adversely affected the lives of children
worldwide, especially those with disabilities, such as mental disorders, intellectual disabilities,
and hearing problems (UNICEF, 2020). Consequently, several studies have explored the
impacts of lockdown restrictions on children with disabilities and their families worldwide.
For instance, Zhang et al. (2020) investigated the psychological and academic impacts
of the COVID-19 crisis on children with disabilities in the United States. The authors noted that
these children faced more significant difficulties accessing online classes than their non-
disabled peers and experienced psychological effects such as fear and anxiety due to COVID-
19. This finding contrasts directly with the results of studies conducted with disabled adults
from different countries, which reported positive effects resulting from lockdowns.
Pellicano et al. (2020) reported that autistic adults in Australia perceived some positive
changes, such as adaptations in service delivery, alterations in environments to provide greater
flexibility of space and time, as well as improvements in family relationships. Likewise, Lois
Mosquera et al. (2021) found a reduction in ''camouflaging'' attempts among autistic adults in
Spain. Furthermore, Halstead et al. (2021) observed a positive influence of isolation on sleep
quality and duration, resulting in improved daytime performance. Therefore, it is of utmost
importance to consider the factors that may explain such discrepancies, predominantly observed
in children living in a family context and attending formal educational settings.
According to studies by Morgül, Kallitsoglou and Essau (2020), the psychological
impact related to the spread of COVID-19 in elementary school children was observed. The
authors noted that caregivers noticed a negative effect of restrictions on their children’s
behavioral and emotional functioning. The most prevalent symptoms among children included
boredom (73.8%), loneliness (64.5%), and frustration (61.4%). More than 30% of caregivers
reported the occurrence of anger, anxiety, insomnia, arguments with family members, and
sadness. Parents said that their children spent more time using electronic devices, which
reduced the time allocated for sleep and physical activities.
On the other hand, Spinelli et al. (2020) investigated the impact of risk factors associated
with the COVID-19 period on the well-being of children and their families. Parents of children
between the ages of 2 and 14 responded to an online survey that examined the lifestyle affected
by quarantine. They reported psychological stress problems and behavioral and emotional
difficulties faced by their children.
Parental lived experiences on the effects of the COVID-19 Pandemic on children with disabilities in Saudi Arabia
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The pandemic profoundly impacted various areas, such as health, government
economies, and education systems worldwide, especially in Saudi Arabia. Many countries
chose to close multiple educational institutions, such as universities and schools, to contain the
virus spread. Notably, statistics reveal that 107 nations suspended traditional education,
affecting approximately 862 million children around the globe (BUSAAD; ALNAIM, 2021).
This number represents almost half of the world's student population.
In March 2020, Saudi Arabia implemented restrictions, including social distancing
policies, mandatory home quarantine, and online learning. Most studies conducted focused
primarily on the online learning experiences of students with regular development
(ABUHAMMAD, 2020; DONG et al., 2020; GARBE et al., 2020; KIM; LEE, 2020; HSIANG
et al., 2020; RASMITADILA et al., 2020). However, this shift in education disproportionately
affected children with disabilities and their families, resulting in emotional and psychological
distress (ALQRAINI; ALASIM, 2021). The need to provide parents with proper guidance on
effectively and satisfactorily utilizing the Madrasati online learning platform became essential.
Moreover, it is widely recognized that children with disabilities require distinct support from
their schools and families to benefit from and succeed in their educational experiences.
Before the pandemic, schools provided essential services for these children, including
speech therapy, occupational therapy, individualized education programs (IEP), physiotherapy,
and counseling (ABDELFATTAH et al., 2021; ALADWAN, 2021; MADHESH, 2021). Unlike
countries such as Turkey (YARIMKAYA; TÖMAN, 2021), specialized education centers were
closed in Saudi Arabia, interrupting technical educational and therapeutic services for these
children (MOHAMMED ALI, 2021). This scenario led to several studies examining the
pandemic's effects on the well-being, education, and social outcomes of children with
disabilities.
An online survey showed that caregivers reported the absence of interventions to
address speech and language problems (AL AWAJI et al., 2021). Caregivers were frustrated
with the suspension of speech therapy sessions, as their children were left without access to
these services. The increase in disease cases also affected telemedicine services, such as video
calls.
In a study by Alqrain and Alasim (2021) approximately 54% of parents of children with
disabilities stated that their children adapted to distance education, while 46% reported having
difficulty accepting this new form of education. Notably, 10% of parents mentioned that their
kids chose to play online games instead of focusing on school activities during this period.
Faris ALGAHTANI and Sultan ALZAHRANI
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Several research studies corroborate that children with disabilities in Saudi Arabia were
negatively affected by COVID-19, experiencing impacts on psychological, social, and
academic aspects (ALJEDAANI et al., 2021; AZZAM, 2020; MOHAMMED ALI, 2021;
SHARMA; EL-SOFANY; SEOUD, 2021). For example, Sharma et al. (2021) reported that
parents faced difficulties in making significant decisions related to the care of their kids and
how to develop their skills. Additionally, Busaad and Alnaim (2021) in their study with 310
caregivers in Saudi Arabia, found that the restrictions imposed due to the COVID-19 pandemic
significantly negatively impacted the psychological well-being of children, whether they had
disabilities or not. These studies emphasize the importance of promoting public health
awareness to mitigate the issues arising from global pandemics like COVID-19 through the
organization of workshops and training courses.
It is important to note that children with disabilities represent one of the most vulnerable
populations affected by the pandemic. Their intellectual and cognitive limitations make it
difficult for them to understand government guidelines aimed at helping them protect
themselves from the spread and contagion of COVID-19. In addition, online education has
proven challenging for them, who require alternative educational approaches due to difficulties
adapting to the teaching model provided by the Ministry of Education during this pandemic
(ABDULLAH, 2021).
Current Study
Based on the results of previous studies, it has become essential to conduct a qualitative
investigation to analyze parents' perceptions regarding the impact of the COVID-19 pandemic
on their children's mental health, education, and overall well-being. The objective is to explore
the following aspects:
• Parents' opinions on the effect of the COVID-19 pandemic on kids with disabilities;
• Measures adopted by caregivers to mitigate the effects of the COVID-19 pandemic on
their children;
• Recommendations from parents for implementing effective strategies in caring for
children with disabilities during a pandemic.
This study aims to provide relevant information for stakeholders, to address the
challenges faced by these kids due to the COVID-19 pandemic. A deep understanding of
Parental lived experiences on the effects of the COVID-19 Pandemic on children with disabilities in Saudi Arabia
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these aspects contributes to developing more appropriate measures tailored to the needs of
these vulnerable groups.
Methods
This study adopted an interpretivist approach, whose aim is to understand the
population’s perceptions about a specific subject. In this approach, researchers separated their
views and positions from the participants’ responses to ensure the members’ opinions and
voices were heard (YANOW, 2017). Instead of conducting experiments, advocates of this
approach value observation and conversations as techniques for interpreting social phenomena.
Thematic analysis was the methodology used to examine the survey data. Themes were
identified based on information collected during the qualitative study, literature review, and
identification of new themes that emerged from the results. These issues were carefully matched
according to the study’s objectives.
The conversations with the parents were crucial in hearing their opinions about the
challenges they faced in ensuring their children's education during the COVID-19 pandemic.
The interpretivist approach was deemed the most suitable choice for this study as it allowed the
interviewees (the parents) to share their experiences regarding the impact of COVID-19 on
children with disabilities. The method of semi-structured interviews was employed to collect
the study's data.
The research involved the participation of twenty parents, whose ages ranged from 30
to 52 years, and their kids with disabilities were between the ages of 10 and 16 years, as
presented in Table 1 with demographic information.
To ensure the inclusivity of parents from all city regions, an administrator from the
Ministry of Education facilitated the selection of participants. The inclusion criteria required
that the child be at least 5 years old, have some form of disability, and be enrolled in a particular
education center. Parents were contacted by phone, with the administrator's assistance, and the
purpose of the research and the participation process was explained to them. Subsequently,
consent forms were emailed to caregivers interested in participating in the study. A timeframe
for conducting the interviews was established, and information about the research was provided.
Twenty semi-structured interviews were conducted in Arabic that followed a guide with
questions focused on the effects of COVID-19 on kids with disabilities and its impact on the
social, academic, and physical spheres of their lives. In addition, the strategies used by parents
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to cope with the challenges caused by the pandemic were addressed. Each interview lasted 45
to 60 minutes, and bilingual researchers translated the transcripts to ensure the accuracy of
capturing Arabic meanings and culture. Caregivers were identified by codes from R1 to R20 to
maintain their anonymity. The statements of the interviewees were translated as literally as
possible. By considering both the direct responses of the participants and their non-verbal
expressions, researchers were able to gain a more complete and in-depth understanding of the
phenomenon under study.
Table 1 - Participants' characteristics
Education
Gender
Income
Age of parents
Condition
University
F
Low
33
Intellectual disability
High School
M
Middle
42
Autism
High School
M
Middle
37
Intellectual disability
University
F
Low
30
Autism
High School
F
Middle
48
Autism
University
F
High
52
Intellectual disability
High School
M
Low
35
Deafness
University
F
High
32
Intellectual disability
University
M
Middle
49
Physical disability
University
M
Middle
39
Intellectual disability
University
F
Middle
31
Deafness
High School
F
Low
38
Autism
University
M
Middle
45
Intellectual disability
High School
F
Low
40
Intellectual disability
University
M
Low
32
Visual impairment
High School
F
High
33
Cerebral Palsy
University
M
Middle
35
Intellectual disability
High School
F
High
43
Intellectual disability
University
F
Low
30
Visual impairment
University
F
Middle
31
Intellectual disability
Source: Adapted from Survey Results by the authors
Ethical approval for conducting this study was obtained from the University of Jeddah
Research Ethics Committee. All caregivers provided written consent to participate in the
research.
The data obtained from the interviews were transcribed and converted from verbal to
written text. Subsequently, these data were presented to the parents to verify their responses'
accuracy. This exercise aimed to enhance the reliability and validity of the qualitative analysis
process.
The research team independently coded the data, and the themes represented by the
codes were compared, showing a high level of agreement among the investigators and
academics involved in the study. To further ensure data reliability, Huberman and Miles'
formula (2002) (Consensus/(ConsensusþDissensus)100) was used. Any points of disagreement
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were thoroughly discussed until a consensus was reached. Furthermore, the parents' detailed
perceptions were included in the themes obtained without any intervention from the researcher.
Results
The results were organized based on the research questions, presenting the caregivers'
views and experiences and being grouped into four themes for each question, as shown below.
What are parents' perceptions regarding the impact of the COVID-19 pandemic on
children with disabilities?
The findings related to this question were organized into four main themes, presented
in the following subsections.
Change in Social Life
The COVID-19 pandemic profoundly impacted the lives of children with disabilities,
especially those from vulnerable groups living in less favorable conditions (United Nations
Human Rights Office of the High Commissioner, 2020).
It is important to remember that these kids seek guidance from adults to cope with
stressful events. Families made efforts to adapt to the changes brought about by the COVID-19
pandemic in their daily lives. This implied modifications in the interactions of children with
their peers and teachers as they could not meet in person as they used to at school. Caregivers
reported that their kids face discrimination in the community, as people often focus only on
their limitations, overlooking their abilities.
One of the parents of a child diagnosed with Autism Spectrum Disorder (R2) reported:
The pandemic has significantly impacted our children's social lives, reducing
their opportunities for interaction with others, which has caused feelings of
loneliness and abandonment. They can no longer interact with their peers and
teachers as they used to when schools were open.
Another parent (R5) highlighted, "Children no longer have the opportunity to meet their
peers as they did when schools were open, which will likely affect their social life." Another
interviewee (R12) emphasized, "Isolation can contribute to more feelings of loneliness and
even stress."
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These observations align with Imran, Zeshan, and Pervaiz's (2020) findings, which
indicate that social distancing and isolation are twice as harmful to kids' physical and mental
health, significantly increasing undesirable behaviors.
Children with disabilities are highly susceptible to stigma, segregation, and
discrimination from other family members. With the COVID-19 pandemic, they are subject to
even more exclusion, lack of access to essential services, and increased vulnerability to poverty
(CUSINATO et al., 2020). The global crisis has amplified the various threats these kids already
face in their daily lives, resulting in changes in mood, behavior and limited availability of
support services. Therefore, parents are expected to meet an enormous caregiving burden after
this pandemic.
Child Malnutrition
The pandemic has also impacted family economies, resulting in difficulty for parents to
provide adequate and effective nutrition for their kids. Caregivers have expressed concern about
the possibility of their kids suffering from malnutrition-related medical conditions.
This becomes evident in the words of one parent of a child diagnosed with intellectual
disability (R18), who stated, "I felt sad that I couldn't support my child, not even with basic
needs like food. It was one of the most challenging experiences of my life." Another interviewee
(R6) mentioned, "My child lost weight due to the lack of a balanced diet." Another participant
(R7) also shared, "The low-income situation made it difficult to buy enough food for my family."
Worsening of the Educational Crisis
The closure of schools was one of the measures adopted to control the spread of COVID-
19. This scenario resulted in educational challenges for children with disabilities (AWAN et
al., 2020), mainly because most of them were not familiar with the new method of distance
education. Parents believe their kids were discriminated against and not equitably included in
the new educational system due to being marginalized.
One of the interviewees (R7) reported:
Parents should receive detailed information about the new educational system
to be adequately prepared to assist their children in learning outside of the
school environment. They must be appropriately trained to provide support
and monitor academic progress.
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Interviewee R10 mentioned, "Many parents do not have computer knowledge and need
to be taught how to use it." Another participant, R13, also stated, "Learning was affected as
kids prefer playing online video games instead of studying."
We can conclude that the COVID-19 pandemic impacted children with disabilities in
various ways: weakened immunity due to a lack of access to specialized care, significant
emotional and social impacts, and a considerable consequence on education. It is important to
emphasize that these kids rely on classroom tutors who use learning resources not always
available at home when schools are closed. Therefore, they likely miss learning opportunities
and risk falling behind in their education, which could affect their academic progress.
Behavioral Problems
Behavioral problems among children are characterized by disruptive behaviors, often
accompanied by antisocial actions, negativity, hostility, and aggression. It is essential to
highlight that kids with behavioral problems may have poor emotional skills and interpersonal
relationships. Anger, sadness, aggression, low self-esteem, and loneliness often intensify these
undesirable behaviors.
Since COVID-19 is a viral disease, weakening children's immune systems is a risk
factor. For example, kids with Autism Spectrum Disorder (ASD) often have a fragile immune
system. Participant R17 expressed, "I have been facing difficulties dealing with my child's
unwanted behavior and attitude. I believe the pandemic has affected him mentally." This
statement highlights the vulnerability of kids with disabilities to behavioral disorders. Another
interviewee, R16, reported, "In some situations, my child damages objects at home purely out
of anger." Interviewee R9 commented, "My child has become more hostile and aggressive."
According to Singh et al. (2020), parents face difficulties in dealing with their children and
experience higher stress levels, aggravating their kids's behavioral and emotional problems.
In summary, caregivers report that the pandemic has affected their children differently,
from malnutrition problems to worsening emotional crises and behavioral disorders. Affected
and vulnerable kids and their families need psychosocial support to deal with conduct problems
(UNICEF, 2020).
After the emergence of COVID-19, children with disabilities ceased to receive special
education services, and their families faced behavioral changes due to hypersensitivity and
alterations in appetite and sleep (HEATH et al., 2021; MUTLUER; DOENYAS; GENC, 2020).
Faris ALGAHTANI and Sultan ALZAHRANI
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How can parents alleviate the effects of the COVID-19 pandemic on children with
disabilities?
The findings related to this question were organized into four themes, which will be
detailed in the following subsections.
Establishment of a Daily Routine
An essential approach is establishing a structured daily routine, each activity occurring
at designated times. Allocating time for specific actions, such as engaging in conversations
and encouraging physical exercises, is especially relevant for kids with intellectual disabilities
and those capable of physical activities, such as deaf children. Parents recognize that a well-
planned daily routine contributes to minimizing the effects of COVID-19. For example,
interviewee R7 emphasized, "A daily routine for kids will improve consistency in mitigating
the effects of COVID-19." Another interviewee (R15) also stated, "It's important to have a
designated schedule for each exercise to ensure that the child participates in various
activities."
An organized, regular, and predictable daily routine can provide security and
protection in the home environment (KARVOUNIDES et al., 2021). Additionally, engaging
in physical activities is beneficial for these kids' physical and mental health, promoting
inclusion, improving their bodily functioning, and contributing to their overall well-being
(MURPHY; CARBONE, 2008).
It is essential to offer new routines that keep their occupied and support families in
coping with the stress caused by the pandemic. This approach may include discussions about
their fears and counseling to reduce anxiety and encourage independent problem-solving.
Meal Organization
Caregivers emphasized the importance of providing adequate food for their kids to
prevent malnutrition-related diseases. This approach was also crucial to strengthen the
children's immunity and reduce their vulnerability to COVID-19. Interviewee R13
highlighted, "A sufficient and balanced diet will minimize malnutrition among kids with
disabilities." Additionally, respondent R11 emphasized, "Families should implement
measures to provide emergency food for vulnerable families."
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Meal organization has become a more pronounced challenge during the pandemic.
Preparing meals requires analyzing four distinct dimensions: access, availability, stability, and
utilization of food (FAO, 2021). COVID-19 has significantly impacted various aspects of the
lives of children with disabilities, including their lifestyle (ABAWI et al., 2020). The multiple
changes in daily life have increased childhood obesity; therefore, families must ensure access
to proper food through well-organized meals.
It is anticipated that the pandemic will significantly impact kids’ health, encompassing
their physical, mental, and social well-being, as defined by the World Health Organization
(WHO) in the International Classification of Functioning (ICF). Studies like Pietrobelli et al.
(2020) have evidenced a decrease in physical activity and increased food intake and hours of
sleep during the COVID-19 lockdown. In this context, it is crucial to implement quality
nutrition programs that demonstrate the importance of proper nutrition for the child's healthy
development and emphasize the negative impact of inadequate meals (GUNDERSEN; ZILIAK,
2014).
Remote Learning and Services
Parents faced difficulties understanding the implications of school closures and
overcoming the challenges of finding viable strategies to facilitate the remote learning of
children with disabilities through tutoring. The pandemic brought significant changes to
learning operations in various countries. For example, the Ministry of Education of Saudi
Arabia adopted alternative teaching methods after the closure of schools (ABDULLAH,
2021), implementing a framework for remote learning to replace the traditional education
system.
Caregivers believed that promoting online learning for their kids would alleviate the
effects of COVID-19 on their academic life. They emphasized that kids would remain engaged
and not face long periods of idleness, as their minds would be involved in the teaching process.
It is important to note that even in pre-COVID-19 studies, some parents already had
conflicting feelings about remote learning experiences, even under the best circumstances
(SØRENSEN, 2012).
As one of the interviewees (R7) mentioned, "Parents must be properly informed about
remote learning to be prepared to assist their kids in learning outside the school environment.
Additionally, they must receive training to provide effective support and monitoring in an
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online learning environment." Such efforts will enable caregivers to understand how remote
classes function. Another interviewee (R4) highlighted, "Although the traditional school
system is more efficient than remote learning, we need to adapt to this new mode of
education." Furthermore, another respondent (R7) emphasized, "Remote learning for children
with disabilities will improve their academic performance."
Regarding remote learning, the competent authorities must consider appropriate ways
to offer exceptional education to children with disabilities. This will significantly contribute
to the effectiveness of teaching approaches. Some critical measures include training families
to support and promote their kids' educational development at home and providing
occupational therapy, behavioral support, language and speech interventions, and teletherapy
(MEADAN; DACZEWITZ, 2015). The abrupt transition from in-person services to virtual
techniques during the early months of the government's response to the pandemic may have
been challenging for early childhood exceptional education professionals and personnel
responsible for related services, mainly due to a lack of prior experience with technology.
Implementation of a Behavioral Modification Plan
The COVID-19 pandemic represents the peak of a global health crisis, as it demanded
significant behavioral changes and imposed considerable psychological burdens on kids.
Behavioral and social sciences perspectives can be employed to mitigate undesirable
behavioral patterns in these kids.
Some approaches, such as Response to Intervention (RTI), have the potential to offer
solutions for behavioral challenges and improve academic performance (PEARCE, 2018). To
mitigate these problems, parents believe it is essential to carefully monitor and evaluate their
children's behaviors with specialists in psychosocial support. Such professionals will
contribute valuable strategies to deal with the children's emotions. As one of the interviewees
(R9) mentioned, "Psychological support professionals need to be involved in improving the
mental health of kids with disabilities and their parents." Another interviewee (R12)
emphasized, "Caregivers need to counsel their kids, helping them cope with the changes
brought about by COVID-19."
The researcher agrees with the parents' ideas, acknowledging that the procedures
above play a crucial role in mitigating the effects of COVID-19 on children with disabilities
and enabling a better life during the pandemic. Implementing activities such as organizing
Parental lived experiences on the effects of the COVID-19 Pandemic on children with disabilities in Saudi Arabia
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daily routines, providing healthy food, adopting feasible approaches for remote learning, and
carefully monitoring kids' behaviors are effective measures to reduce the impacts of the
pandemic on various aspects of their lives, including psychological, social, and academic
factors. According to Dursun et al. (2020) the application of behavioral modification plans,
combined with psychiatric support and medical treatment, represents a comprehensive and
efficient approach to managing kids with disabilities in in-person and virtual sessions.
What are the parents' recommendations for practical strategies for dealing with children
with disabilities during a pandemic?
It is important to note that national and international studies show that during lockdown,
kids with disabilities face various challenges, including behavioral disorders, emotional issues,
and anxiety (JIAO et al., 2020; SPINELLI et al., 2020; XIE et al., 2020). Caregivers provided
recommendations regarding the most effective strategies for dealing with their children during
the COVID-19 pandemic, such as online training for kids and their parents, providing healthy
food, including in the new educational system, and offering behavioral training.
The findings related to this issue are organized into four themes, as presented in the
following subsections.
Inclusion for Children with Disabilities
Children with disabilities are among the most vulnerable population groups during the
COVID-19 pandemic, exposed to various adverse effects such as abuse and reduced access to
essential services. The changes in these kids' routines demand substantial support from care
services, assistive technology, and fundamental educational support. The current pandemic
crisis provides an opportunity to reassess the need for inclusive and accessible education,
requiring authorization for educational systems to ensure that distance learning is available to
all. Teachers need to be trained and supported to provide quality remote education to children
with disabilities and caregivers who also require appropriate support. It is essential to offer
suitable approaches to improve the mental health of these kids, including nutritional and
psychosocial support, benefiting them and their families. Furthermore, it is imperative to
reallocate resources to ensure more inclusive social, health, and educational services.
Faris ALGAHTANI and Sultan ALZAHRANI
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Moreover, collecting disaggregated data on disability for emergency response and
monitoring is paramount, aiming to assist personalized interventions and enhance support for
children with disabilities in their learning environment.
In this way, it is mandatory to ensure that these kids receive accessible distance
education through flexible and virtual learning (BAILEY, 2017). Including them in the new
distance education system is essential, providing them with appropriate educational materials,
such as computers, to facilitate online teaching. For example, one of the interviewed parents
(R20) stated, "The government should provide accessible learning resources for kids with
disabilities to promote distance education." Furthermore, their educational rights must be
respected and observed. As emphasized by interviewee R16, "Children with disabilities
should receive equal treatment compared to other kids in school." They should also be
included in society and recognized as integral community members, not suffering
marginalization or discrimination because of their disabilities.
Including people with disabilities should guide the response and recovery from
COVID-19. This pandemic represents a unique opportunity to promote more inclusive
education for this group while improving access to health services and expanding social
protection and other support services (TOQUERO, 2020).
Healthy Nutrition
It is of paramount importance for children to adopt a healthy diet from their early years
to strengthen their immunity and promote proper growth and development in the future.
Breastfeeding is recognized as the best way to provide nutrition, reinforcing immunity in
young kids, as it encompasses all the essential nutrients they need and offers protection against
infections. However, it is vital to note that the current pandemic has caused disruptions in the
daily lives of families, resulting in tighter financial conditions for many parents.
Consequently, some have faced difficulties in acquiring healthy foods. This situation affects
both the quality of breast milk available for babies, as the nutrition of mothers may be affected
by financial limitations, and the diet of older children, who may be deprived of essential foods
for their proper growth.
Parents must be aware of the specific dietary needs of their kids. It is essential to
emphasize that the requirements of these children can vary, influenced by factors such as
physical disabilities, medication usage, and behavioral issues. Their nutritional demands also
Parental lived experiences on the effects of the COVID-19 Pandemic on children with disabilities in Saudi Arabia
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differ. Caregivers recommend that, given the immunological vulnerability of their kids,
benevolent individuals and relevant authorities should provide donations of healthy food to
assist them in feeding their children. Many faces financial hardship and struggle to provide a
healthy diet for their kids. One of the interviewees (R17) expressed, "Benevolent individuals
should donate food to families of children with disabilities to ensure their health." Another
interviewee (R12) stated, "The government should implement measures to distribute food
assistance to families."
Healthy diets are crucial for strengthening the immune system, and adequate nutrition
reduces the likelihood of developing other health issues such as obesity, heart disease, and
diabetes (BERASATEGI et al., 2021). As emphasized by Mbazzi et al. (2020) a healthy and
balanced diet is essential for the growth and development of kids with disabilities, helping
them lead more active life.
Online Training
After the onset of the COVID-19 pandemic and the closure of schools, many
caregivers found themselves deprived of the daily support they previously received. This
situation has placed considerable pressure on parents, who are now forced to take on multiple
roles beyond their traditional caregiver role. During online learning, parents become teachers,
therapists, and guides for their kids. The pandemic has profoundly impacted the education
system, especially for children with disabilities who require specialized education. According
to the World Health Organization (WHO), people with disabilities may be disproportionately
affected by the COVID-19 pandemic, as disruptions have occurred in the services they depend
on. The WHO recommends that children with disabilities "keep playing, reading, learning,
and connecting with friends" (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2020, p. 4, our
translation). To ensure that kids with special needs can continue their education and receive
the specialized support required by law (LIM, 2020), school districts have been making efforts
to maintain the provision of educational services remotely and online.
Parents must actively participate in their children's online learning, offering moral
support and making important educational decisions (SMITH et al., 2016). In this study,
caregivers recommended that they and their kids undergo training to use electronic teaching
platforms, thus becoming more familiar with online learning environments. This training will
enable parents to monitor and assist their children in utilizing these educational platforms. As
Faris ALGAHTANI and Sultan ALZAHRANI
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a result, children will feel more at ease with remote learning, and the difficulties related to
using these tools will be mitigated.
The online learning platform employed in the distance education system has
proven to be highly challenging for me. The Saudi Arabian Ministry of
Education needs to adopt measures to guide parents in properly supporting
and teaching their kids to use this tool (R6).
Participant R8 expressed: "It is essential for parents and their children to receive
regular training on the appropriate use of online learning tools." On the other hand,
interviewee R11 reported: "So far, I have been facing difficulties in guiding my child through
electronic teaching tasks." Parents who have kids with disabilities and are engaged in remote
learning activities recognize the need to take an active role in the distance education process
by providing guidance and instructions (AVERETT, 2021).
Behavioral Training
To mitigate behavioral problems, it is recommended that caregivers participate in
projects such as the Behavioral Skills Training Program (KUMALASARI; KURNIAWATI,
2018). These programs can assist in reducing intellectual disabilities by providing kids with
guidance to control their emotions and face life's challenges more efficiently. "Psychology
experts are beneficial in alleviating behavioral problems among children with disabilities,"
emphasized R20. Parents should also be empowered to monitor their children's behavior and
help them adopt more appropriate behaviors. R10 expresses, "Parents should also undergo
training to deal with the behavioral problems presented by their kids."
By implementing such recommendations, children will be more likely to face the
significant impacts of COVID-19. Their inclusion in the new educational system and the
community will boost their self-esteem, making them integral parts of society. Additionally,
a healthy diet will strengthen their immunity, and online training will familiarize them better
with electronic learning. Lastly, behavioral training will ensure these kids are better equipped
to manage negative emotions such as anger, hostility, and sadness.
Previous evidence indicates that the necessary social restrictions to contain the spread
of COVID-19 have had negative impacts on physical activity (GUTIÉRREZ-ORTIZ et al.,
2020; MOORE et al., 2020; ZENIC et al., 2020), leading to an increase in sedentary behavior
among children (MARGARITIS et al., 2020; VANDERLOO et al., 2020). Cox et al. (2020),
LeBlanc et al. (2020), and Colombo et al. (2020) presented arguments against a widespread
Parental lived experiences on the effects of the COVID-19 Pandemic on children with disabilities in Saudi Arabia
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interruption of behavioral training services for kids with disabilities and recognized behavioral
professionals as essential during the health crisis. Behavioral skills training is crucial for
health promotion and risk mitigation in this context.
Discussion and Recommendations
Parental Training
Parents need to be educated about the efficient and effective use of the Madrasati
online learning platform, receiving support and solutions for common issues. With this
knowledge, they can guide their children more effectively in online learning, ensuring a
smooth transition from in-person to distance education. This caregiver involvement will
enable better monitoring of their kids' academic activities, ensuring that they remain dedicated
to learning and avoid distractions, such as online games, as Alqraini and Alasim (2021)
reported.
Furthermore, parents must receive guidance on how to deal with their stress. This will
enable them to better attend to their children's needs and provide necessary care. They should
be instructed on anger management, fatigue treatment, and improving their self-control. It is
also indispensable to raise awareness about the importance of avoiding exposing their
weaknesses to kids to prevent increasing anxiety.
A five-point Likert scale (1-5) can be used to measure parental pressure, where lower
scores indicate lower parental stress, and higher scores indicate higher stress. This measure of
stress will help policymakers understand if children with disabilities are a source of anxiety
for their caregivers and to what extent this is occurring. In this way, appropriate measures can
be taken to offer support and proper resources to families and ensure a healthier environment
for the kids' development.
Creation of Awareness
All stakeholders must be aware of the consequences of COVID-19 on children with
disabilities in the Kingdom of Saudi Arabia. The Ministry of Health plays a crucial role in
communicating with Saudi citizens about the vulnerabilities faced by this population group.
The public needs to be informed that these kids should not be subjected to any form of
discrimination and must be treated equally alongside other members of society.
Faris ALGAHTANI and Sultan ALZAHRANI
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The Ministry of Health should ensure that healthcare professionals know the
possibility of discrimination and prejudice against children with disabilities. Everyone
involved should be conscious of the risk of violence and promote support systems to enhance
their well-being (UNITED NATIONS HUMAN RIGHTS OFFICE OF THE HIGH
COMMISSIONER, 2020).
The Saudi government should also reach out to families and inform them about their
kids' educational rights. This measure aims to encourage those who have not yet enrolled their
kids in school to ensure proper access to education.
Providing Solutions
As a nation, it is paramount that we cooperate and understand the effects of the
pandemic, addressing each challenge as it arises. Maintaining our capacity for assistance and
empowerment is crucial, acting as family and community members to enhance the situation
of children with disabilities.
International organizations, such as the World Health Organization (WHO), play a
crucial role in providing information about the impact of COVID-19 on children with
disabilities. It is essential for the WHO to closely monitor their situation in conjunction with
national governments and share this information with authorities and the general public.
Additionally, the WHO should offer comprehensive guidance on techniques, tools, and
interventions that can be adopted to address the challenges faced during the COVID-19
pandemic.
It is vital that individuals, family members, friends, the community, and the
government engage with these kids and actively participate in their daily lives. These
individuals should also be attentive to these kids' mental health needs, seeking to understand
their psychological and social behaviors to address them appropriately. Providing attention
and affection is fundamental in calming their fears and uncertainties. Caregivers should be
honest when explaining the pandemic simply and understandably to their children. Moreover,
they should encourage kids to express their feelings and thoughts through creative activities
and establish daily routines, especially at home. Providing child protection services and
psychosocial support is essential to enhance the care of kids with disabilities and their families.
To address anxiety disorders among children with disabilities, a helpful tool is the
Generalized Anxiety Disorder 7 (GAD-7), a questionnaire consisting of seven components to
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assess fear and anxiety symptoms (LIGHTER et al., 2020). These elements are evaluated
using a Likert scale, where participants assign a score of 0 to 3 for each item. The sum of these
topics' results yields a score ranging from 0 to 21. Higher scores on the GAD-7 indicate higher
levels of anxiety.
The Ministry of Health and the Ministry of Education of Saudi Arabia must collaborate
to address the adverse effects of COVID-19, especially concerning the mental health and
anxiety disorders faced by kids with disabilities. Saudi government agencies and educational
organizations should promote inclusive strategies for deaf students, ensuring the
implementation of optional educational approaches, including distance education.
Conclusion
The COVID-19 pandemic has significantly impacted children's academic, social, and
psychological well-being. The transition from in-person schooling to distance education
following the closure of institutions exacerbated the educational crisis. Both kids and their
parents were unfamiliar with online learning platforms, making the new educational system
inefficient.
Moreover, the pandemic also intensified behavioral problems, manifesting aggression
and sadness. Other challenges included malnutrition, limitations in social life, and the
exacerbation of mental illnesses. Faced with this reality, all parties involved must collaborate
to mitigate the effects of COVID-19 on children.
Therefore, it is imperative that when implementing distance education for kids with
disabilities, the mentioned effects are carefully considered to ensure appropriate education that
aligns with their psychological, social, and academic needs. This care is essential to ensure that
they are adequately supported and can develop their educational potential, even in the face of
challenges posed by the COVID-19 pandemic.
Faris ALGAHTANI and Sultan ALZAHRANI
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: This work was funded by the University of Jeddah, Jeddah, Saudi
Arabia, through grant number (UJ 40837). The authors, therefore, express their sincere
gratitude to the University of Jeddah for its technical and financial support.
Funding: University of Jeddah, Jeddah, Saudi Arabia.
Conflicts of interest: There are no conflicts of interest.
Ethical approval: Not applicable.
Data and material availability: Not applicable.
Authors' contributions: The authors researched and drafted the paper jointly.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.