RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 1
APRENDIZAGEM POR OBSERVAÇÃO E A SALA DE AULA COMO ESPAÇO
SOCIAL DE APRENDIZAGEM: IMPLICAÇÕES DA TEORIA SOCIAL
COGNITIVA DE ALBERT BANDURA
APRENDIZAJE OBSERVACIONAL Y EL AULA COMO ESPACIO DE APRENDIZAJE
SOCIAL: IMPLICACIONES DE LA TEORÍA COGNITIVA SOCIAL DE ALBERT
BANDURA
OBSERVATIONAL LEARNING AND THE CLASSROOM AS A SOCIAL LEARNING
SPACE: IMPLICATIONS OF ALBERT BANDURA'S SOCIAL COGNITIVE THEORY
Elizabeth Matos ROCHA1
e-mail: elizabethrocha@ufgd.edu.br
Fernando Cesar FERREIRA2
e-mail: fernandoferreira@ufgd.edu.br
Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS3
e-mail: otaviojateioliveira@hotmail.com
Como referenciar este artigo:
ROCHA, E. M.; FERREIRA, F. C.; RAMOS, O. E. J. O.
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social
de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura. Revista on line de Política e Gestão Educacional,
Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029. DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521
| Submetido em: 26/08/2023
| Revisões requeridas em: 22/09/2023
| Aprovado em: 18/10/2023
| Publicado em: 28/11/2023
Editor:
Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados MS Brasil. Profa. Dra. lotada na Faculdade
de Educação a Distância da UFGD.
2
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados MS Brasil. Prof. Dr. lotado na Faculdade de
Ciências Exatas e Tecnologia da UFGD.
3
Escola Estadual Profa. Bernadete Santos Leite, Jateí MS Brasil. Prof. Me. da Educação Básica.
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 2
RESUMO: Este trabalho apresenta a teoria social cognitiva de Albert Bandura que caracteriza
a aprendizagem por observação. Objetiva-se elucidar aspectos existentes entre modelos
simbólicos e agentes que remetem à aprendizagem por observação na sala de aula. A
metodologia desenvolvida utilizou revisão bibliográfica, narrativa, do tipo exploratória, nos
meses de abril a junho de 2023, utilizando operador booleano, da seguinte forma: Espaço AND
social AND aprendizagem AND sala de aula AND observação AND Bandura. Os dados da
pesquisa possibilitaram a análise de 07 artigos, distribuídos no Quadro 1 e Quadro 2, que
corroboram para a compreensão da aprendizagem por observação na sala de aula. Os resultados
mostram que a sala de aula, como espaço social de aprendizagem, é possível pelo fato de
que códigos, habitus, que são esquemas de produção, percepção e apreciação,
compreendidos pelos agentes e que sustentam a representação simbólica dos seus papéis nesse
espaço.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem. Espaço social. Observação. Sala de aula. Bandura.
RESUMEN: Este trabajo presenta la teoría cognitiva social de Albert Bandura que caracteriza
el aprendizaje observacional. El objetivo es dilucidar aspectos que existen entre modelos
simbólicos y agentes que hacen referencia al aprendizaje a través de la observación en el aula.
La metodología desarrollada utilizó una revisión bibliográfica, narrativa, exploratoria, en los
meses de abril a junio de 2023, utilizando un operador booleano, así: Espacio Y social Y
aprendizaje Y aula Y observación Y Bandura. Los datos de la investigación permitieron el
análisis de 07 artículos, distribuidos en la Tabla 1 y Tabla 2, que corroboran la comprensión
del aprendizaje a través de la observación en el aula. Los resultados muestran que el aula,
como espacio social de aprendizaje, sólo es posible gracias a que existen códigos, habitus, que
son esquemas de producción, percepción y apreciación, comprendidos por los agentes y que
sustentan la representación simbólica de sus roles. en este espacio.
PALABRAS CLAVE: Aprendiendo. Espacio social. Observación. Aula. Bandura.
ABSTRACT: This work presents Albert Bandura's social cognitive theory that characterizes
observational learning. The aim is to elucidate aspects that exist between symbolic models and
agents that refer to learning through observation in the classroom. The methodology developed
used a bibliographical, narrative, exploratory review, in the months of April to June 2023,
using a Boolean operator, as follows: Space AND social AND learning AND classroom AND
observation AND Bandura. The research data enabled the analysis of 07 articles, distributed
in Table 3 and Table 4, which corroborate the understanding of learning through observation
in the classroom. The results show that the classroom, as a social learning space, is only
possible because there are codes, habitus, which are schemes of production, perception, and
appreciation, understood by the agents and which support the symbolic representation of their
roles in this space.
KEYWORDS: Learning. Social space. Observation. Classroom. Bandura.
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA e Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 3
Introdução
A visão de educação idealista, voltada, sobretudo, à formação de crianças pobres e órfãs,
advém do educador Johann Pestalozzi, cujo modelo pedagógico de ensino baseava-se em
estimular a aprendizagem memorística focada na observação e na experimentação, no sentido
de respeitar a gradação maturacional da criança (COLETTA et al., 2018).
Nessa mesma perspectiva, o psicólogo Willian James (1842-1910), defendia a
importância da observação do ensino e da aprendizagem “em sala de aula para aprimorar a
educação”, como ressalta Santrock (2009, p. 2-3), na leitura de Coletta et al. (2018, p. 15). Mais
recentemente, na década de 1980, o Psicólogo canadense Albert Bandura, seguindo a linha da
observação na busca por compreender sobre a aprendizagem, especialmente no ambiente
educacional, apresenta sua teoria da aprendizagem social por meio da observação, com o intuito
de “saber como as pessoas influenciam umas às outras e como são adquiridos os
comportamentos sociais por imitação”, como aponta Lefrançois (2018, p. 366).
Nesse sentido, a aprendizagem social se vincula à mudança de comportamento
decorrente das interações sociais, que remete “ao processo pelo qual aprendemos” ou, ainda,
aos adequados comportamentos que são esperados quando em atendimento às regras de
determinada sociedade, e, nesse caso, se refere “ao produto da aprendizagem”, como aponta
Lefrançois (2018, p. 365).
A teoria de Bandura (1986) utiliza tanto conceitos desenvolvidos no condicionamento
operante de Skinner (1954), como se utiliza, também, de aspectos da teoria cognitiva, quando,
por exemplo, leva em consideração o pensamento, o raciocínio, a lógica e os comportamentos
sociais.
A influência de ambas as teorias, behaviorista e cognitivista, caracterizam sua teoria da
aprendizagem social pela observação como uma teoria cognitivo-comportamental, pois, na
visão de Bandura (1986), as pessoas socialmente inseridas recebem o tempo inteiro influências
comportamentais decorrentes de diversos e variados modelos, sejam dos familiares, dos colegas
e professores no ambiente escolar, na igreja, no clube, enfim, onde existirem as interações
humanas.
Percebe-se, portanto, que a observação da reação do outro na interação escolar tem sido
uma ação importante que contribui para o desenvolvimento do ser humano em decorrência da
potencial mudança de comportamento, como visto desde Pestalozzi.
Considerando que comportamentos imitativos, de acordo com a teoria de Bandura,
tornam-se parte integrante e relevante da aprendizagem por observação, este texto tem como
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 4
objetivo apresentar argumentos que contribuam para elucidar aspectos da teoria social de
Bandura relacionados à interação entre modelos simbólicos e agentes que remetem à
aprendizagem por observação na sala de aula, enquanto espaço social.
Para isso, levanta alguns questionamentos: Como se constitui a aprendizagem por
observação? O que é um espaço social? Em que aspectos, sob a perspectiva da adequação
conceitual é possível compreender a sala de aula como espaço social? Considerando que
Bandura também alicerça sua teoria na vertente social cognitiva, elementos que ajudem a
identificar o espaço da sala de aula no apoio à formação social da mente?
Para maior compreensão dessas questões, além desta introdução, este texto apresenta as
características da teoria social cognitiva de Albert Bandura, bem como aborda as concepções
que remetem ao espaço social e insere a sala de aula nesse contexto. Este trabalho apresenta,
ainda, o caminho metodológico e a discussão com enfoque na viabilidade da sala de aula como
espaço social e sua relação com aprendizagem a partir da observação do outro, enquanto
modelo.
Aprendizagem por observação sob a perspectiva de Bandura
A aprendizagem, de acordo com Lefrançois (2018, p. 5) “é definida como toda mudança
relativamente permanente no potencial de comportamento, que resulta da experiência, mas não
é causada por cansaço, maturação, drogas, lesões ou doenças”.
É importante trazer o conceito de aprendizagem para que sirva de baliza na análise sobre
a influência da observação do outro no aumento do potencial e da motivação que evidenciem
mudanças no potencial de comportamento, ou seja, daquilo que se faz ou que se deixa de fazer.
Finalmente, se o processo de aprendizagem humana pode ser compreendido, de maneira
geral, como a aquisição de informações específicas e a mudança de comportamento, esse
fenômeno certamente resulta da interação com algo ou alguém, originando-se de uma
experiência vivida. Isso ocorre mesmo que, enquanto seres humanos, compartilhemos
características biológicas semelhantes, possuímos personalidades diversas e formas distintas de
pensar e aprender.
Dos diversos tipos de aprendizagem, este trabalho enfatiza aquela que decorre da
imitação por meio da observação de um modelo, advindo do convívio social, que, de modo
algum, deve ser vinculado apenas ao ato de observar e de repetir, de forma mecânica, o que
outra pessoa faz. O conhecimento decorrente da observação espelhada em outra pessoa
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA e Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 5
evidencia “que além de aprender o comportamento observado, as pessoas são capazes de
adaptá-lo e assim, originar novas formas de comportamento e expô-los quando requerido,
inclusive, em outros contextos”, como apontam Iaochite et al. (2019, p. 376).
A imitação do outro, sob a perspectiva observacional, deve ser interpretada como uma
busca intencional para assimilar um modelo atitudinal que atenda a uma necessidade de
interação comunicativa relacionada à aquisição de conhecimento específico, aceitação social,
ampliação da empatia com o próximo ou até mesmo fortalecimento da própria segurança
emocional. A imitação, portanto, é seletiva e não é um fim em si mesma, conforme
afirmado por Campos (1987, p. 74).
Considerando, portanto, a imitação como ação que ressignifica o aprendizado de quem
imita, Piaget (1982, p. 24-25) defende que as “relações interindividuais existem em germe desde
a segunda metade do primeiro ano, graças à imitação, cujos progressos estão em íntima conexão
com o desenvolvimento sensório-motor”. Piaget (1982) caracteriza as relações interindividuais
como decorrentes da ação comunicacional entre as pessoas. Nessa mesma linha, Vygotsky
(1994, p. 110) defende que é através da imitação dos adultos e através da instrução recebida
de como agir” que a criança aumenta não apenas seu aprendizado, mas também o seu próprio
desenvolvimento, como, por exemplo, a aquisição da fala.
Ao constatar que tanto Piaget (1982) como Vygotsky (1994), dois pilares das teorias
cognitivas, assumiram em suas pesquisas que o ser humano aprende por meio da observação
do outro, isso nos mostra que a imitação se trata de uma estratégia que influencia o
desenvolvimento mental do indivíduo a partir de comportamentos observáveis que, de forma
intencional, estimula a cognição. Lefrançois (2018, p. 237) traz uma fala, baseada na pesquisa
de Piaget, sobre imitação:
Em contraposição, a imitação é primariamente acomodação. Quando estão
imitando, as crianças modificam seu comportamento de acordo com as
demandas que lhes são impostas pelo seu desejo de ser algo que não são, ou
para parecer com outra pessoa. Piaget argumenta que, pela imitação da
atividade, os repertórios comportamentais das crianças se expandem e
gradualmente começam a ser interiorizados. Interiorização é, na terminologia
de Piaget, equivalente à formação de conceitos mentais. Interiorização é o
processo pelo qual as atividades e eventos do mundo real adquirem
representação mental. Assim, primeiro vem a atividade, e então, a
representação mental dela. A interiorização é a base da aprendizagem
cognitiva.
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 6
Partindo da ideia de que uma ação consequente entre a observação do outro e, em
decorrência disso, aprendizagem, Bandura (1986) formulou “uma teoria social cognitivista
do comportamento humano”, como ressalta Lefrançois (2018, p. 366). Na sua teoria, Bandura
(1986) defende a imitação, ou aprendizagem por observação, como fator prevalente do
comportamento social do indivíduo.
A perspectiva da aprendizagem decorrente da observação vicária, de acordo com os
estudos desenvolvidos por Albert Bandura, relaciona-se à imitação de modelos, visto que se
inserem em contextos de aplicação associativa que envolve ação e reação, dado um
comportamento realizado e uma consequência decorrente. No entanto, apesar de trazer
elementos na sua teoria que se vinculam tanto ao aspecto behaviorista como cognitivista,
Bandura (1986), critica ambas teorias e insere elementos que agregam valor diferenciado à sua
própria teoria. Aguiar (1998, p. 64) nos ajuda a compreender melhor essa questão:
O aspecto distinto da teoria de Bandura é a inclusão de processos mediadores
de natureza cognitiva, dentre os quais se ressaltam os mecanismos simbólicos
de autorregulação, na explicação da aquisição de comportamentos sociais,
verbais, motores, morais e cognitivos, considerados como comportamentos
complexos. O autor critica, na teoria behaviorista radical, a construção de
esquemas explanatórios baseados numa forma de controle comportamental,
o reforçamento externo, com relativa negligência de outras variáveis e
processos internos e vicários, a seu ver, influentes. Critica igualmente os
cognitivistas por terem estado exclusivamente preocupados com processos
internos. Considera que uma teoria compreensiva do comportamento humano
tem que englobar três fontes de regulação do comportamento: o controle por
meio de estímulos, o controle por meio de processos simbólicos internos
(encobertos) e o controle pelas consequências.
Essas fontes de regulação do comportamento, por parte do modelo, remetem ao conceito
de agência humana, por parte do observador, que “consiste no gerenciamento que cada
indivíduo faz acerca de suas ações”, como afirma Hohendorf (2017, p.3), inspirado em Bandura.
Ou seja, o ser humano, enquanto indivíduo, “cria, modifica e destrói o seu entorno”, como
ressaltam Barros e Batista-dos-Santos (2010, p.2) na abordagem da autoeficácia.
Na aprendizagem por observação, os processos de atenção, retenção, reprodução motora
e motivação estão intrinsecamente ligados ao agente observador. O agente, que realiza a
imitação, é caracterizado pela intencionalidade, capacidade de previsão, autorreatividade e
autorreflexão. Ele busca eficácia tanto em nível pessoal quanto coletivo, uma vez que o cenário
de aprendizagem proposto envolve modelos, pessoas (atores sociais), situações planejadas e
metas a serem alcançadas, configurando assim situações de ensino.
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA e Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 7
Lefrançois (2018, p. 384) ao tecer explicações sobre a teoria social de Bandura, deixa
claro que a aprendizagem por observação diz respeito à aprendizagem pela imitação de
modelos” e que os “professores usam exaustivamente modelos em sala de aula”. Considerando,
portanto, que a sala de aula é um dos ambientes geográficos que compõem a escola e que, no
âmbito desta pesquisa, se configura como aspecto importante pelas importantes interações
interpessoais que nela acontecem nos períodos letivos, trataremos, no próximo tópico, sobre o
conceito de espaço social com o intuito de compreendê-la nesse contexto.
O conceito de espaço social e a sala de aula como espaço social de aprendizagem
A escola é reconhecida como um espaço social, assim como diversos outros ambientes
que compõem a experiência das pessoas, nos quais elas expressam-se cultural, intelectual e
emocionalmente por meio da linguagem, seja no trabalho, clube, igreja, entre outros. Contudo,
conceitualmente, o que define um espaço social?
A resposta a essa indagação vai além da mera identificação do local geográfico, como
exemplificado no caso da escola usado para ilustrar o espaço social. É necessário adentrar na
fundamentação conceitual desse termo. Para isso, nesta pesquisa utilizou-se a teoria do
sociólogo francês Pierre Bourdieu (1930-2002), pela “singular capacidade em conciliar
sinteticamente pares de opostos, tais como pesquisa teórica e pesquisa empírica, teoria das
estruturas e teoria da prática” como enfatizam Rodrigues e Narciso (2019, p. 682).
Tal característica singular de Bourdieu e sua interlocução com as teorias de Durkheim
e Weber, contribuem para a ressignificação prática conceitual de habitus, “tendo como objetivo
discutir a articulação entre o agente e a estrutura social/condições objetivas”, como ressaltam
Baldino e Donencio (2014, p. 264). A ideia de habitus ajudará a compreender o espaço social.
Bourdieu (2004, p. 158), considerando as pessoas como agentes integrantes do sistema social,
define habitus como sendo “as estruturas mentais através das quais eles apreendem o mundo
social, são, em essência, produto da interiorização das estruturas do mundo social”. Ainda sobre
habitus, Bourdieu (2004, p. 158) esclarece
O habitus é, ao mesmo tempo, um sistema de esquemas de produção de
práticas e um sistema de esquemas de percepção e apreciação das práticas. E,
nos dois casos, suas operações exprimem a posição social em que foi
construído. Em consequência, o habitus produz práticas e representações que
estão disponíveis para a classificação, que são objetivamente diferenciadas;
mas elas são imediatamente percebidas enquanto tal por agentes que
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 8
possuam o código, os esquemas classificatórios necessários para compreender
o seu sentido social.
A escola, nessa perspectiva, é um sistema em que transitam diversas percepções e de
apreciações de prática, em que os agentes, mais especificamente, na relação dialógica professor
e estudantes, desenvolvem habitus justamente porque compõem um sistema simbólico, em que
cada um ocupa seu lugar de representação social. Sobre essa perspectiva, Baldino e Donencio
(2014, p. 267) ressaltam que “os habitus individuais são produtos da socialização por diferentes
sistemas e em espaços distintos, como a família, a escola, o trabalho, os grupos de amigos”.
Logo, a escola é um sistema simbólico, enquanto estrutura estruturante e estruturada. Sobre isso
Bourdieu (1989, p. 9) quando afirma que:
“Os sistemas simbólicos”, como instrumentos de conhecimento e de
comunicação, podem exercer um poder estruturante, porque são
estruturados. O poder simbólico é um poder de construção da realidade que
tende a estabelecer uma ordem gnoseológica: o sentido imediato do mundo (e,
em particular, do mundo social) supõe aquilo que Durkheim chama o
conformismo lógico, quer dizer, “uma concepção homogénea do tempo, do
espaço, do número, da causa, que torna possível a concordância entre as
inteligências”
Os sistemas simbólicos, desta forma, compõem a base do espaço social, na medida em
que os símbolos são os instrumentos por excelência da “integração social”, como aponta
Bourdieu (1989, p. 10). Bourdieu (2004, p. 160) afirma que o espaço social “apresenta-se sob
a forma de agentes dotados de propriedades diferentes e sistematicamente ligadas entre si” e
que “tende a funcionar como um espaço simbólico, um espaço de estilos de vida e de grupos
de estatuto, caracterizados por diferentes estilos de vida”. Seguindo essa linha de raciocínio,
Pinçon e Pinçon-Charlot (1999, p. 14) complementam que “o ser humano é construído pela
sociedade, pela sua experiência no mundo social”. E a escola, enquanto instituição social,
contribui para o fortalecimento da identidade humana.
O espaço social, portanto, sob a construção teórica de Bourdieu (2004, p. 26), se
configura como “espaço de lutas históricas”, possui “agentes”, que desenvolvem habitus de
acordo com sua “posição no espaço social” e “estruturas mentais” que os ajudam a apreender
esse espaço. A escola apresenta essas características, logo é um espaço social. E a sala de aula
pode, igualmente, ser considerada como um espaço social?
Como sala de aula, muitas podem ser suas concepções. Para Novelli (1997, p. 49), “O
espaço da sala de aula não somente resulta da relação professor-aluno, mas também age sobre
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA e Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 9
tal relação, condicionando-a e domesticando-a”. Na perspectiva de Munsberg e Felicetti (2014,
p. 2), “A sala de aula é o espaço em que ensinante e aprendente interagem mutuamente, pois
ambos são sujeitos ativos no processo de ensino aprendizagem”. Já na visão de Beck (2016), a
sala de aula representa um ambiente educativo modelado, estabelecido em meio físico, em que
nele se apresentam e se desenvolvem interações humanas que visam trocas didáticas, numa
situação de ensino e de aprendizagem.
Nas percepções dos autores apresentados, convergência de pensamento quando
afirmam a necessidade do espaço físico, bem como as relações de trocas intelectuais entre as
pessoas que desempenham papéis distintos. Tais aspectos se aproximam da perspectiva de
espaço social identificado na teoria de Bourdieu (2004), como a presença de agentes diversos e
diversificados que se relacionam, sistema simbólico e habitus, de modo que constata-se que a
sala de aula é, também, um espaço social em que acontece, de forma estruturada, a troca de
saberes.
Considerando, portanto, que a sala de aula é um espaço social no qual as trocas
dialógicas, interações sociais e habitus se desenvolvem de forma regulamentada e regulada pela
presença dos agentes sociais, representados pelo professor e seus estudantes, configura-se a
aprendizagem social. Esse paradigma influencia nos comportamentos individuais e coletivos,
levando em consideração as regras socialmente estabelecidas em uma sala de aula, como o
debate, o raciocínio e a lógica, remetendo, assim, ao "produto da aprendizagem", conforme
indicado por Lefrançois (2018, p. 365).
Enquanto espaço social, a sala de aula, na perspectiva de Bandura (2001), favorece a
teia de relações em que o comportamento dos agentes e o ambiente geram mutuamente
influência e modificação. No próximo tópico, foi abordado o procedimento metodológico que
viabilizou encontrar dados atuais sobre esse tema.
Metodologia
Esclarecemos que as discussões realizadas neste artigo foram motivadas a partir da
dissertação de mestrado vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e
Matemática da Universidade Federal da Grande Dourados e decorrem de escrita conjunta do
orientado, orientador e coorientadora.
Para o desenvolvimento desta pesquisa foi feita, portanto, uma revisão bibliográfica
narrativa, do tipo exploratória (SOUSA et al., 2018). Para extração dos dados, a pesquisa
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 10
utilizou, em dois momentos, nos meses de abril a junho de 2023, o operador booleano AND
com palavras-chave, em duas perspectivas distintas, o que gerou a Tabela 1 e a Tabela 2, abaixo
apresentadas.
Cada Tabela apresenta o próprio critério de delimitação da pesquisa e, em ambas, foram
consideradas pesquisas na sala de aula presencial, do ensino fundamental, médio e superior. A
abordagem conceitual da aprendizagem considerada nesta pesquisa se vincula ao aspecto da
observação elencado por Bandura (1986), tendo em vista a influência que a mente do estudante
sofre, a partir da influência do ambiente social e dos demais agentes sociais, no qual estão
inseridos.
Os critérios estabelecidos na busca quantitativa e que geraram os dados tabelizados
foram: 1. seleção de textos apenas em português; 2. recorte temporal de 2018 a 2023, a fim de
dar ênfase à literatura mais atualizada sobre o tema; 3. pesquisa em bases de dados que
disponibilizam gratuitamente seus materiais, em que se optou pelas seguintes bases de dados:
Google Acadêmico, Scielo.br e Science Direct; 4. escolha apenas de artigos científicos, pela
possibilidade de obtenção de pesquisas mais consistentes, descartando, portanto, as demais
produções que retornaram da busca; 5. o último critério foi que a análise dos resultados seria
vinculada às dez primeiras páginas retornadas das bases consultadas.
Na primeira busca, que gerou os dados da Tabela 1, foram utilizadas cinco palavras-
chave, destacadas em negrito: o espaço AND social AND aprendizagem AND escola AND
Bandura. A pesquisa feita no Google Acadêmico retornou 3140 resultados, sendo analisados
em torno de 100 trabalhos nas 10 primeiras páginas, de modo que apenas 4 foram selecionados
pela afinidade com o objeto desta pesquisa. A base Scielo.br e a Science Direct não retornaram
resultados.
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA e Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 11
Tabela 1 Apenas trabalhos que tratam da escola como espaço social de aprendizagem
QUANTIDADE - PESQUISA FEITA DE 2018 A 2023
Palavras-chave: Espaço AND social AND aprendizagem AND escola
AND Bandura
GOOGLE ACADÊMICO -
Retornou 3140 trabalhos
SCIELO -
Retornou 0
trabalhos
SCIENCE DIRECT -
Retornou 0 trabalhos
4
0
0
4
0
0
Fonte: Elaborada pelos próprios autores
Os dados da Tabela 2, que seguiram os mesmos critérios e sites de busca da Tabela 1,
sendo que foram utilizadas as seguintes palavras-chave, também, destacadas em negrito e com
uso do operador booleano AND: Espaço AND social AND aprendizagem AND sala de aula
AND observação AND Bandura. A partir da segunda busca empreendida, o Google
Acadêmico retornou 1840 resultados, em que a análise dos trabalhos obtidos por meio das 10
primeiras páginas totalizou 100 trabalhos, dos quais apenas 3 corresponderam ao cerne desta
pesquisa. As duas outras bases de dados, Scielo Br e Science Direct não retornaram trabalhos.
Tabela 2 Apenas trabalhos que tratam da sala de aula como espaço social de aprendizagem
por meio da observação
QUANTIDADE - PESQUISA FEITA DE 2018 A 2023
Palavras-chave: Espaço AND social AND aprendizagem AND sala de aula
AND observação AND Bandura
GOOGLE ACADÊMICO -
Retornou 1840 resultados
SCIELO -
Retornou 0
trabalho
SCIENCE DIRECT -
Retornou 0 trabalho
3
0
0
3
0
0
Fonte: Elaborada pelos próprios autores
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 12
No próximo tópico, serão apresentadas as discussões acerca dos textos encontrados. É
relevante ressaltar, contudo, que foram considerados apenas aqueles que abordam a escola
como um espaço social de aprendizagem e a sala de aula como um ambiente que favorece a
aprendizagem por meio da observação.
Resultado e discussão da pesquisa
Os dados obtidos na Tabela 1 resultaram no Quadro 1 apresentado abaixo e que passam
a constar nas referências deste trabalho.
Quadro 1 Escola como espaço social de aprendizagem
Título do Artigo extraído do
Google Acadêmico
Descrição sucinta
Proximidade com o
objeto do Quadro 1
1. A autorregulação e o uso de
estratégias de aprendizagem no
curso de licenciatura em geografia
da Universidade Federal de Pelotas.
(BURKET; SANTOS; DIAS,
2019).
Abordagem teórica do conceito de
aprendizagem regulada prevista
na Teoria Social cognitiva de
Albert Bandura, com extração de
resultados por meio de
questionário e indica possibilidade
de aplicação futura no espaço
educacional.
Total, pois ênfase à
autorregulação e transita
pelo conceito da
aprendizagem por meio
da interação social e
possível aplicação no
espaço educacional
escolar.
2. Autorregulação da aprendizagem:
Construto e perspectivas de
intervenção na escola. (DIAS;
BONELLI, 2020).
Aborda a autorregulação da
aprendizagem na escola tendo a
interação entre os sujeitos como
aspecto de motivação a partir da
regulação do comportamento.
Total, pois toma a escola
como espaço social que
promove a
autorregulação e estimula
a aprendizagem a partir
das experiências
coletivas.
3. Potencialidades da aprendizagem
observacional para o ensino
inclusivo em educação física.
(IAOCHITEI et al., 2019).
Investiga a autoeficácia com
pesquisados de educação física,
como subsídio à preparação do
professor para melhorar seu
ensino, tendo como ênfase a
experiência vicária.
Total, pois assume a
aprendizagem,
decorrente da
autoeficácia, por meio da
observação no ambiente
escolar.
4. A influência dos pares na
aprendizagem: como as atitudes e
comportamentos dos colegas podem
afetar a motivação e o desempenho
dos alunos. (COSTA JÚNIOR et al.,
2023).
Assume a importância dos pares
no auxílio à aprendizagem,
configurando a interação social,
resultando em autoeficácia.
Total, pois leva em conta
a autoeficácia em
comparação com o outro,
com potencial para
aprendizagem por meio
da observação.
Fonte: Elaborado pelos próprios autores
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA e Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 13
A análise dos quatro artigos mostra que os autores reconhecem a importância da Teoria
Social Cognitiva de Bandura quando apontam, mesmo em suas especificidades de pesquisa,
aspectos convergentes que validam o papel do outro no fortalecimento à aprendizagem em meio
social escolar. As quatro pesquisas mostram modelos simbólicos, agentes que se observam e
imitam os comportamentos aprendidos, no espaço social mais amplo, seja em um curso de
graduação, seja na escola.
De forma mais específica, a sala de aula como espaço social traz como resultado da
Tabela 2, o Quadro 2, apresentado abaixo:
Quadro 2 A sala de aula como espaço social de aprendizagem por meio da observação
Título do Artigo extraído
do Google Acadêmico
Descrição sucinta
Proximidade com o objeto
do Quadro 2
1. Albert Bandura e o ensino
de ciências na educação de
jovens e adultos. (FARIAS,
2019).
Aborda a Teoria Social Cognitiva de
Bandura aplicada ao EJA, em busca do
alcance da aprendizagem nas práticas
da sala de aula.
Total, pois busca olhar
mais acurado de como as
interações entre os agentes
acontecem no espaço da
sala de aula, com ênfase na
observação.
2. Desenvolvimento Humano
e o “Ser Docente”:
concepções a partir da
experiência de educador com
uma turma de sexto ano.
(MORAES; PIRES;
CASTRO, 2019).
O trabalho aborda o sujeito com ser
biopsicossocial, pois seu
desenvolvimento sofre influência do
meio em que vive. Destaca
aprendizagem por meio da observação
do outro.
Total, visto que o
experimento ocorre dentro
de uma sala de aula do
ano, o que configura a
abordagem do tema de
forma prática e não
teórica. Usa o termo
Tendência Grupal para
fortalecimento das relações
sociais.
3. Aprendizagem,
modalidades e dificuldades de
aprendizagem: o trabalho de
prevenção do psicopedagogo
na instituição. (PEREIRA,
2021).
Faz um levantamento bibliográfico
sobre aprendizagem e defende que o
profissional psicopedagogo precisa
conhecer o estilo de aprendizagem
adequado ao aprendente.
Parcial, pois se utiliza da
Psicopedagogia como lupa
aos agentes professor e
estudante em situação de
ensino e aprendizagem na
sala de aula.
Fonte: Elaborado pelos próprios autores
Dos três artigos analisados, dois abordam a sala de aula como um espaço de interação
entre os sujeitos, representados pelos agentes, sendo o professor e o estudante. Esses artigos
consideram esse ambiente propício para a aprendizagem por meio da observação, destacando a
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 14
influência que o outro exerce sobre cada indivíduo, independentemente da área de
conhecimento abordada.
O construto teórico explorado nesta pesquisa, corroborado pelos artigos analisados,
evidencia que os comportamentos imitativos tornam-se parte integrante da aprendizagem por
meio da observação. Entretanto, ressalta-se que essa ação não é passiva, uma vez que o agente
é ativo, intencional, previsível, autorreativo e autorreflexivo. No contexto da sala de aula,
considerada um espaço social, essas características estimulam a realização de ações pautadas
tanto no aspecto pessoal quanto no coletivo.
Nos seis trabalhos alinhados à busca por indícios que caracterizam a escola e a sala de
aula como espaços sociais, verifica-se que os artigos 1 e 2 (Quadro 1) destacam que a
autorregulação contribui para uma maior compreensão e motivação individual, ao mesmo
tempo em que se configura como o código utilizado entre os agentes sociais. Os artigos 3 e 4
(Quadro 1) e Artigo 1 (Quadro 2) trazem a autoeficácia como código social que gera nos agentes
o efeito da comparação de uns sobre os outros. O artigo 2 (Quadro 2) reforça, além da
autoeficácia, o conceito de Tendência Grupal (KNOBEL, 1981), que, no âmbito deste trabalho,
pode ser considerado um signo social vinculado à aceitação do outro para se estabelecer no
grupo. Por fim, o artigo 3 (Quadro 2), analisa a aprendizagem do sujeito, a partir da formação
do psicopedagogo, mas defende a aprendizagem como processo que também envolve interações
entre os agentes escolares.
Observa-se, portanto, que os códigos desenvolvidos pelos agentes representam, na
verdade, os modelos simbólicos, habitus, que atuam como esquemas de produção, percepção e
apreciação das práticas que se desdobram no espaço social da sala de aula. Esses códigos têm
o potencial de resultar em mudanças de comportamento, caracterizando, assim, a aprendizagem
tanto a nível individual quanto coletivo.
Considerações finais
A partir dos estudos realizados nesta pesquisa, chegamos à conclusão de que a sala de
aula é um espaço social que favorece a aprendizagem por meio da observação do outro. O fato
de haver aprendizagem por observação não implica que a ação de observar seja alienante,
mecânica, desprovida de reflexão e posicionamento por parte de quem observa o modelo
imitado. Observar o outro para aprender com o outro não aliena, justamente pelo fato de que a
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA e Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 15
inteligência humana lida o tempo inteiro com situações cotidianas, que, em linhas gerais, ajuda
que a pessoa se posicione de maneira mais consciente e eficiente (RAMOS, 2023).
No âmbito deste trabalho, não foram utilizados conceitos vinculados à sala de aula
invertida pelo fato de que entendemos se tratar de uma metodologia de ensino, na mesma
perspectiva de compreensão de Pavanelo e Lima (2017, p. 742), quando afirmam se tratar de
“uma técnica educacional que consiste em duas partes: atividades de aprendizagem interativas
em grupo em salas de aula e orientação individual baseada em computador fora da sala de aula”.
De toda maneira, ao empregar essa técnica educacional, quando o professor e seus
estudantes se reúnem na sala de aula, seja como um espaço geográfico físico ou virtual, o
momento interativo desses agentes educacionais configura-se como um comportamento social,
habitus, na perspectiva de Bourdieu. Nesse contexto, não importa se o professor esclarecerá
dúvidas específicas dos estudantes ou se abordará uma teoria conceitual específica.
A sala de aula, enquanto espaço social de aprendizagem, torna-se viável devido ao fato
de que as pessoas atribuem significado à ação, desejando participar e desenvolver a
representação simbólica de seus papéis nesse ambiente. Esse processo exige naturalmente
participação sensorial, motora e cerebral, uma vez que, como explicado por Bandura (2001, p.
4) citado por Lefrançois (2018, p. 380), elas são agentes das experiências, e não apenas
submissas a elas.
Sendo agentes ativos, Bandura (1986), em sua teoria social cognitiva, destaca a
aprendizagem por observação, enfatizando a influência real dos modelos simbólicos, que
possuem intencionalidade, previsibilidade, auto reatividade e autorreflexão na aquisição da
aprendizagem. Isso é feito em busca de alcançar eficácia pessoal e coletiva, desenvolvendo, em
conformidade com esses modelos simbólicos, o habitus.
Quando o professor tem consciência desse universo teórico, pode se utilizar do conceito
de habitus professoral, e realinhar sua prática didático-pedagógica do ato de ensinar, como
aponta Silva (2005), assumindo-se como modelo simbólico (agente) no espaço social da sala
de aula. Essa percepção de modelo pedagógico, de olhar o outro, sob a perspectiva da
observação, tem sido validada, como visto, por pensadores como Pestalozzi e James. Isso
apenas ressalta que, tanto eles, quanto Bandura e nós, os professores de todas as épocas da
história, estamos em busca do aperfeiçoamento do ensino e da aprendizagem e da educação
como um todo.
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 16
REFERÊNCIAS
AGUIAR, J. S. Aprendizagem observacional. Revista de Educação, Campinas, SP, v. 3, n. 5,
p. 64-68, nov. 1998. Disponível em https://periodicos.puc-
campinas.edu.br/reveducacao/article/view/438/418. Acesso em: 23 jul. 2023.
BALDINO, J. M.; DONENCIO, M. C. B. O habitus professoral na constituição das práticas
pedagógicas. Polyphonía, Goiânia, v. 25/1, 2014. Disponível em:
https://sites.pucgoias.edu.br/pos-graduacao/wp-content/uploads/sites/61/2018/05/Maria-
Concei%C3%A7%C3%A3o-Barbosa-Donencio.pdf. Acesso em: 2 ago. 2023.
BANDURA, A. Social Foundations of Thought and Action: A Social Cognitive Theory.
Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1986.
BANDURA, A. Social cognitive theory: An agentic perspective. Annual Review of
Psychology, [S. l.], v. 52. p. 1-26, 2001. Disponível em:
https://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev.psych.52.1.1. Acesso em: 3 ago.
2023.
BARROS, M.; BATISTA-DOS-SANTOS, A. C. Por dentro da autoeficácia: um estudo sobre
seus fundamentos teóricos, suas fontes e conceitos correlatos. Revista Espaço Acadêmico,
[S. l.], v. 10, n. 112. p. 1-9, set. 2010. Disponível em:
https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/espacoacademico/article/view/10818. Acesso em: 1
jul. 2023.
BECK, C. Sala de Aula: uma nova percepção. Andragogia Brasil, 28 dez. 2016. Disponível
em: https://andragogiabrasil.com.br/sala-de-aula/. Acesso em: 3 ago. 2023.
BOURDIEU, P. Espaço social e poder simbólico. In: BOURDIEU, P. Coisas ditas. São
Paulo: Brasiliense, 2004.
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil S.A, 1989.
BURKET, F. A.; SANTOS, C. B.; DIAS, L. C. A autorregulação e o uso de estratégias de
aprendizagem no curso de licenciatura em geografia da universidade federal de pelotas. Ateliê
de pesquisas e práticas em ensino de geografia, Campinas, SP, v. 1, n. 1, p. 3140-3150,
2019. Disponível em: https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/anais14enpeg/article/view/3142/3005.
Acesso em: 10 maio 2023.
CAMPOS, D. M. S. Psicologia da Aprendizagem. 31. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1987.
COLETTA, E. D. et al. Psicologia da educação [recurso eletrônico]. Porto Alegre: SAGAH,
2018.
COSTA JÚNIOR, J. F. et al. A influência dos pares na aprendizagem: como as atitudes e
comportamentos dos colegas podem afetar a motivação e o desempenho dos alunos. Revista
Educação, Humanidades e Ciências Sociais, Itabuna, BA, v. 07, n. 13. p. 2-25,
jan./jun.2023. Disponível em:
https://periodicos.educacaotransversal.com.br/index.php/rechso/article/view/73. Acesso em: 8
jun. 2023.
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA e Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 17
DIAS, A. M. B.; BONELLI, S. M. S. Autorregulação da aprendizagem: Construto e
perspectivas de intervenção na escola. Caderno Marista de Educação, Curitiba, v. 10, n. 1,
p. 30-43, 2020. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/caderno-marista-
de-educacao/article/view/39596. Acesso em: 10 maio 2023.
FARIAS, L. S. Albert Bandura e o ensino de ciências na educação de jovens e adultos.
Scientia Naturalis, Rio Branco, AC, v. 1, n. 5, p. 184-193, 2019. Disponível em:
https://periodicos.ufac.br/index.php/SciNat/article/view/3017. Acesso em: 8 jun. 2023.
HOHENDORF, J. V. A agência humana coletiva é fundamental à publicação científica.
Revista de Psicologia da IMED, Passo Fundo, RS, v. 9, n. 1, p. 3-4, jan./jun. 2017.
Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpi/v9n1/01.pdf. Acesso em: 1 ago. 2023.
IAOCHITEI, R. T. et al. Potencialidades da aprendizagem observacional para o ensino
inclusivo em educação física. Educação: Teoria e Prática, Rio Claro, SP, v. 29 n. 61, p. 370-
378, 2019. Disponível em: http://educa.fcc.org.br/pdf/eduteo/v29n61/1981-8106-eduteo-29-
61-370.pdf. Acesso em: 8 jun 2023.
KNOBEL, M. A síndrome da adolescência normal. In: ABERASTURY, A.; KNOBEL, M.
Adolescência normal: um enfoque psicanalítico. Porto Alegre, Artes Médicas, 1981. p. 24-
62.
LEFRANÇOIS, G. R. Teorias da aprendizagem: o que o professor disse. São Paulo:
Cengage Learning, 2018.
MORAES, G. P.; PIRES, F. L. B.; CASTRO, G. D. Desenvolvimento humano e o “ser
docente”: concepções a partir da experiência de educador com uma turma de sexto ano.
Revista Insignare Scientia, Cerro Largo, RS, v. 2, n. 4. p. 314-331, 2019. Disponível em:
https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RIS/article/view/11012/7333. Acesso em: 8 jun.
2023.
MUNSBERG, J. A. S.; FELICETTI, V. L. A sala de aula como espaço de formação mútua
dos sujeitos. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
EDUCAÇÃO COMPARADA, 6., 2014, Bento Gonçalves. Anais [...]. [S. l.: s. n], 2014.
Disponível em: https://www.sbec.fe.unicamp.br/node/1695. Acesso em: 9 out. 2023.
NOVELLI, P. G. The classroom as a space for communication: reflections on the theme.
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, SP, v. 1, n. 1, p. 43-50, 1997.
Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/c58M6Bc7KNHW3Rp35zRBzMr/?format=pdf.
Acesso em: 3 ago 2023.
PAVANELO, E.; LIMA, R. Sala de Aula Invertida: a análise de uma experiência na
disciplina de Cálculo I. Bolema, Rio Claro, SP, v. 31, n. 58, p. 739-759, 2017. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/bolema/a/czkXrB369jBLfrHYGLV4sbb/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 3 ago. 2023.
PEREIRA, L. A. Aprendizagem, modalidades e dificuldades de aprendizagem: o trabalho de
prevenção do psicopedagogo na instituição. Revista Acadêmica Educação e Cultura em
Aprendizagem por observação e a sala de aula como espaço social de aprendizagem: Implicações da teoria social cognitiva de Albert
Bandura
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 18
Debate, Goiânia, v. 7, n. 1, p. 169-189, 2021. Disponível
em:https://revistas2.unifan.edu.br/index.php/RevistaISE/article/view/684. Acesso em: 8 jun.
2023.
PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária
Ltda, 1982.
PINÇON, M.; PINÇON-CHARLOT, Monique. A teoria de Pierre Bourdieu aplicada às
pesquisas sobre a grande burguesia: uma metodologia plural para uma abordagem
pluridisciplinar. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, n. 25, p. 11-20, 1999.
Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/23664/21259.
Acesso em: 2 ago. 2023.
RAMOS, O. E. J. O. Contribuições da teoria social cognitiva de Albert Bandura para
compreensão da aprendizagem por observação no espaço da sala de aula: docentes e
discentes enquanto agentes das experiências. 2023. Dissertação (Mestrado em Ensino de
Ciências e Matemática) Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal
da Grande Dourados, Dourados, MS, 2023. Disponível em
https://portal.ufgd.edu.br/setor/biblioteca/repositorio. Acesso em: 19 out. 2023.
RODRIGUES, L. P.; NARCISO, P. F. Teoria Social: vinte lições fundamentais. Caderno C
R H, Salvador, v. 32, n. 87, p. 679-683, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ccrh/a/gSkWL88w3XNhKpbPsNVwDFb/?format=pdf&lang=pt.
Acesso em: 2 ago. 2023.
SANTROCK, J. W. Psicologia educacional. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2009.
SILVA, M. O habitus professoral: o objeto dos estudos sobre o ato de ensinar na sala de aula.
Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 29, p.152-163, 2005. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/LdBdvGQ66DwZBCTXx8qnRcd/abstract/?lang=pt. Acesso
em: 1 ago. 2023.
SKINNER, B. F. The science of learning and the art of teaching. Harvard Educational
Review, [S. l.], n. 24, p. 8697, 1954. Disponível em: https://psycnet.apa.org/record/1955-
02985-001. Acesso em: 1 ago. 2023.
SOUSA, L. M. M. et al. Revisões da literatura científica: tipos, métodos e aplicações em
enfermagem. Revista Portuguesa de Enfermagem, Silvalde, v. 1, n. 1, p. 45-54, 2018.
Disponível em: https://rper.aper.pt/index.php/rper/article/view/20. Acesso em: 8 jun. 2023.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA e Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 19
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Agradecemos ao PPGECMat pelo apoio no desenvolvimento desta
pesquisa. Agradecemos, ainda, os estudantes voluntários que participaram da pesquisa de
Mestrado, cujos estudos contribuíram para a escrita deste artigo.
Financiamento: Agradecemos o financiamento da PROPP/UFGD para publicação deste
artigo.
Conflitos de interesse: Não há conflitos de interesse.
Aprovação ética: A pesquisa que gerou este trabalho passou pelo Comitê de Ética da
UFGD, obtendo parecer favorável.
Disponibilidade de dados e material: Os dados e materiais utilizados no trabalho estão
disponíveis para acesso na internet pela disponibilização do link das pesquisas nas
referências bibliográficas.
Contribuições dos autores: A escrita e revisão do artigo foi feita de forma colaborativa
pelos autores. A autora 1 fez o levantamento bibliográfico do artigo. Os autores 2 e 3,
contribuíram com levantamento de dados durante a pesquisa de campo sobre aprendizagem
por observação, o que resultou na necessidade de investigar, de forma mais acurada, a sala
de aula como espaço social de aprendizagem.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: 1
OBSERVATIONAL LEARNING AND THE CLASSROOM AS A SOCIAL
LEARNING SPACE: IMPLICATIONS OF ALBERT BANDURA'S SOCIAL
COGNITIVE THEORY
APRENDIZAGEM POR OBSERVAÇÃO E A SALA DE AULA COMO ESPAÇO SOCIAL
DE APRENDIZAGEM: IMPLICAÇÕES DA TEORIA SOCIAL COGNITIVA DE
ALBERT BANDURA
APRENDIZAJE OBSERVACIONAL Y EL AULA COMO ESPACIO DE APRENDIZAJE
SOCIAL: IMPLICACIONES DE LA TEORÍA COGNITIVA SOCIAL DE ALBERT
BANDURA
Elizabeth Matos ROCHA1
e-mail: elizabethrocha@ufgd.edu.br
Fernando Cesar FERREIRA2
e-mail: fernandoferreira@ufgd.edu.br
Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS3
e-mail: otaviojateioliveira@hotmail.com
How to reference this paper:
ROCHA, E. M.; FERREIRA, F. C.; RAMOS, O. E. J. O.
Observational learning and the classroom as a social learning space:
Implications of Albert Bandura's social cognitive theory. Revista
on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00,
e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029. DOI:
| Submitted: 26/08/2023
| Revisions required: 22/09/2023
| Approved: 18/10/2023
| Published: 28/11/2023
Editor:
Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Federal University of Grande Dourados (UFGD), Dourados MS Brazil. Prof. Ph.D. holding a position in the
Distance Education Faculty of UFGD.
2
Federal University of Grande Dourados (UFGD), Dourados MS Brazil. Prof. Ph.D. holding a position in the
Faculty of Exact Sciences and Technology of UFGD.
3
Escola Estadual Profa. Bernadete Santos Leite, Jateí MS Brazil. M.A. in Basic Education.
Observational learning and the classroom as a social learning space: Implications of Albert Bandura's social cognitive theory
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 2
ABSTRACT This work presents Albert Bandura's social cognitive theory that characterizes
observational learning. The aim is to elucidate aspects that exist between symbolic models and
agents that refer to learning through observation in the classroom. The methodology developed
used a bibliographical, narrative, exploratory review from April to June 2023, using a Boolean
operator: Space AND social AND learning AND classroom AND observation AND Bandura.
The research data enabled the analysis of 07 articles, distributed in Table 3 and Table 4, which
corroborate the understanding of learning through observation in the classroom. The results
show that the classroom, as a social learning space, is only possible because there are codes and
habitus, which are schemes of production, perception, and appreciation understood by the
agents and which support the symbolic representation of their roles in this space.
KEYWORDS: Learning. Social space. Observation. Classroom. Bandura.
RESUMO: Este trabalho apresenta a teoria social cognitiva de Albert Bandura que
caracteriza a aprendizagem por observação. Objetiva-se elucidar aspectos existentes entre
modelos simbólicos e agentes que remetem à aprendizagem por observação na sala de aula. A
metodologia desenvolvida utilizou revisão bibliográfica, narrativa, do tipo exploratória, nos
meses de abril a junho de 2023, utilizando operador booleano, da seguinte forma: Espaço AND
social AND aprendizagem AND sala de aula AND observação AND Bandura. Os dados da
pesquisa possibilitaram a análise de 07 artigos, distribuídos no Quadro 1 e Quadro 2, que
corroboram para a compreensão da aprendizagem por observação na sala de aula. Os
resultados mostram que a sala de aula, como espaço social de aprendizagem, só é possível pelo
fato de que códigos, habitus, que são esquemas de produção, percepção e apreciação,
compreendidos pelos agentes e que sustentam a representação simbólica dos seus papéis nesse
espaço.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem. Espaço social. Observação. Sala de aula. Bandura.
RESUMEN: Este trabajo presenta la teoría cognitiva social de Albert Bandura que caracteriza
el aprendizaje observacional. El objetivo es dilucidar aspectos que existen entre modelos
simbólicos y agentes que hacen referencia al aprendizaje a través de la observación en el aula.
La metodología desarrollada utilizó una revisión bibliográfica, narrativa, exploratoria, en los
meses de abril a junio de 2023, utilizando un operador booleano, así: Espacio Y social Y
aprendizaje Y aula Y observación Y Bandura. Los datos de la investigación permitieron el
análisis de 07 artículos, distribuidos en la Tabla 1 y Tabla 2, que corroboran la comprensión
del aprendizaje a través de la observación en el aula. Los resultados muestran que el aula,
como espacio social de aprendizaje, sólo es posible gracias a que existen códigos, habitus, que
son esquemas de producción, percepción y apreciación, comprendidos por los agentes y que
sustentan la representación simbólica de sus roles. en este espacio.
PALABRAS CLAVE: Aprendiendo. Espacio social. Observación. Aula. Bandura.
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA and Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 3
Introduction
The vision of idealistic education aimed, above all, at the training of poor and orphaned
children comes from the educator Johann Pestalozzi, whose pedagogical teaching model was
based on stimulating memoiristic learning focused on observation and experimentation in order
to respect the maturational gradation of the child (COLETTA et al., 2018).
From this same perspective, psychologist Willian James (1842-1910), defended the
importance of observing teaching and learning “in the classroom to improve education”, as
highlighted by Santrock (2009, p. 2-3), in reading by Coletta et al. (2018, p. 15). More recently,
in the 1980s, Canadian psychologist Albert Bandura, following the line of observation in the
search for understanding learning, especially in the educational environment, presented his
theory of social learning through observation, with the aim of “knowing how people influence
each other and how social behaviors are acquired through imitation”, as Lefrançois (2018, p.
366, our translation) appoints.
In this sense, social learning is linked to the change in behavior resulting from social
interactions, which refers to “the process through which we learn” or, even, to the appropriate
behaviors that are expected when complying with the rules of a given society, and, in this case,
refers to “the product of learning”, as Lefrançois (2018, p. 365, our translation) points out.
Bandura's theory (1986) uses both concepts developed in Skinner's operant conditioning
(1954), and uses aspects of cognitive theory when, for example, it considers thought, reasoning,
logic, and social behaviors.
The influence of both theories, behaviorist and cognitivist, characterize his theory of
social learning through observation as a cognitive-behavioral theory since, in Bandura's view
(1986), socially inserted people receive behavioral influences arising from various and varied
models, whether from family members, colleagues, and teachers in the school environment, in
the church, in the club, in short, wherever human interactions exist.
It can be seen, therefore, that observing the reaction of others in school interactions has
been an important action that contributes to the development of human beings as a result of the
potential change in behavior, as seen since Pestalozzi.
Considering those imitative behaviors, according to Bandura's theory, become an
integral and important part of observational learning, this text aims to present arguments that
help to elucidate aspects of Bandura's social theory that configure existing aspects between
symbolic models and agents that refer learning through observation in the classroom, as a social
space.
Observational learning and the classroom as a social learning space: Implications of Albert Bandura's social cognitive theory
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 4
To do this, it raises some questions: How is observational learning constituted? What is
a social space? In what aspects, from the perspective of conceptual adequacy, is it possible to
understand the classroom as a social space? Considering that Bandura also bases his theory on
the social cognitive aspect, are there elements that help to identify the space of the classroom
in supporting the social formation of the mind?
For a greater understanding of these issues, in addition to this introduction, this text
presents the characteristics of Albert Bandura's social cognitive theory and addresses the
concepts that refer to social space and inserting the classroom in this context. This work also
presents the methodological path and the discussion focusing on the viability of the classroom
as a social space and its relationship with learning from the observation of others as a model.
Observational learning from Bandura's perspective
Learning, according to Lefrançois (2018, p. 5, our translation) “is defined as any
relatively permanent change in behavioral potential, which results from experience, but is not
caused by fatigue, maturation, drugs, injuries or illnesses”.
It is important to bring the concept of learning to serve as a guide in the analysis of the
influence of observing others in increasing potential and motivation that demonstrates changes
in behavioral potential, that is, in what is done or what is not done.
After all, if the act of human learning can be understood, in general, as the acquisition
of certain information and change in behavior, this fact certainly arises from the interaction
with something or someone based on a lived experience, nevertheless, as human beings humans,
we have similar biological characteristics, different personalities and different ways of thinking
and learning.
Of the different types of learning, this work emphasizes that which arises from imitation
through observation of a model, arising from social interaction, which, in no way, should be
linked only to the act of observing and repeating, in a mechanical way, what someone else does.
The knowledge resulting from observation mirrored in another person shows “that in addition
to learning the observed behavior, people are capable of adapting it and thus originating new
forms of behavior and exposing them when required, including in other contexts”, such as point
out Iaochite et al. (2019, p. 376, our translation).
From an observational perspective, the imitation of others must be taken as a purposeful
search to grasp an attitudinal model that meets a need for communicational exchange linked to
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA and Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 5
the acquisition of certain knowledge, social acceptance, expansion of empathy with others, or
even strengthening one’s emotional security. Imitation, therefore, is “selective” and “is not an
end in itself”, as Campos (1987, p. 74) states.
Considering, therefore, imitation as an action that gives new meaning to the learning of
those who imitate, Piaget (1982, p. 24-25, our translation) argues that “interindividual relations
exist in germ since the second half of the first year, thanks to imitation, whose progress is in
intimate connection with sensorimotor development”. Piaget (1982) characterizes
interindividual relationships as arising from communicational action between people. Along
the same lines, Vygotsky (1994, p. 110, our translation) argues that it is “through imitation of
adults and through the instruction received on how to act” that children increase not only their
learning, but also their own development, as, for example, example, the acquisition of speech.
When we see that both Piaget (1982) and Vygotsky (1994), two pillars of cognitive
theories, assumed in their research that human beings learn through observing others, this shows
us that imitation is a strategy that influences the individual's mental development based on
observable behaviors that, intentionally, stimulate cognition. Lefrançois (2018, p. 237, our
translation) brings a speech, based on Piaget's research, about imitation:
In contrast, imitation is primarily accommodation. When they are imitating,
children modify their behavior according to the demands placed on them by
their desire to be something they are not, or to look like someone else. Piaget
argues that through imitation of activity, children's behavioral repertoires
expand and gradually begin to be internalized. Internalization is, in Piaget's
terminology, equivalent to the formation of mental concepts. Internalization
is the process by which real-world activities and events acquire mental
representation. So, first comes the activity, and then the mental representation
of it. Internalization is the basis of cognitive learning.
Starting from the idea that there is a consequent action between the observation of others
and, as a result, there is learning, Bandura (1986) formulated “a social cognitivist theory of
human behavior”, as highlighted by Lefrançois (2018, p. 366, our translation). In his theory,
Bandura (1986) defends imitation, or observational learning, as a prevalent factor in an
individual's social behavior.
The perspective of learning resulting from vicarious observation, according to studies
developed by Albert Bandura, is related to the imitation of models, as they are inserted in
contexts of associative application that involves action and reaction, given a behavior
performed and a resulting consequence. However, despite bringing elements in his theory that
are linked to both the behaviorist and cognitivist aspects, Bandura (1986) criticizes both theories
Observational learning and the classroom as a social learning space: Implications of Albert Bandura's social cognitive theory
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 6
and inserts elements that add different value to his own theory. Aguiar (1998, p. 64, our
translation) helps us to better understand this issue:
The distinct aspect of Bandura’s theory is the inclusion of mediating processes
of a cognitive nature, among which the symbolic mechanisms of self-
regulation stand out in explaining the acquisition of social, verbal, motor,
moral, and cognitive behaviors, considered as behavior complexes. In radical
behaviorist theory, the author criticizes the construction of explanatory
schemes based on a single form of behavioral control, external reinforcement,
with relative neglect of other internal and vicarious variables and processes,
in his view, influential. He also criticizes cognitivism for having been
exclusively concerned with internal processes. He considers that a
comprehensive theory of human behavior must encompass three sources of
behavior regulation: control through stimuli, internal (covert) symbolic
processes, and control through consequences.
These sources of behavior regulation, on the part of the model, refer to the concept of
human agency, on the part of the observer, which “consists of the management that each
individual makes regarding their actions”, as stated by Hohendorf (2017, p. 3, our translation),
inspired by Bandura. In other words, the human being, as an individual, “creates, modifies and
destroys his surroundings”, as highlighted by Barros and Batista-dos-Santos (2010, p. 2, our
translation) in their approach to self-efficacy.
Suppose the processes of attention, retention, motor reproduction, and motivation are
involved in learning by observation. In that case, such aspects are closely linked to the
observing agent, that is, the agent that imitates, since it has intentionality, predictive capacity,
self-reactivity, and self-reflection, as it seeks both personal and collective effectiveness, as the
proposed learning scenario contains models, people (social actors), planned situations and goals
to be achieved that configure teaching situations.
Lefrançois (2018, p. 384, our translation), when explaining Bandura's social theory,
makes it clear that “learning by observation concerns learning by imitating models” and that
“teachers use models extensively in the classroom”. Considering, therefore, that the classroom
is one of the geographic environments that make up the school and that, within the scope of this
research, it is an important aspect due to the important interpersonal interactions that take place
there during school periods, we will deal, in the next topic, with the concept of social space in
order to understand it in this context.
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA and Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 7
The concept of social space and the classroom as a social learning space
The school is, notably, a social space, like so many spaces that are part of people’s
experiences, which, through language, express themselves culturally, intellectually, and
emotionally, whether at work, at the club, or at church, among others. But what is a social space,
conceptually speaking?
To answer this question, we must go beyond identifying the geographic locus, as in
the case of the school that we use as an illustration of social space, and move forward in search
of its conceptual foundation. To achieve this, in this research, we use the theory of the French
sociologist Pierre Bourdieu (1930-2002), due to his “unique ability to synthetically reconcile
pairs of opposites, such as theoretical research and empirical research, theory of structures and
theory of practice” as emphasized by Rodrigues and Narciso (2019, p. 682, our translation).
This unique characteristic of Bourdieu and his interlocution with the theories of
Durkheim and Weber, contribute to the conceptual practical resignification of habitus, “aiming
to discuss the articulation between the agent and the social structure/objective conditions”, as
highlighted by Baldino and Donencio (2014, p. 264, our translation). The idea of habitus will
help us understand social space. Bourdieu (2004, p. 158, our translation), considering people as
agents that are part of the social system, defines habitus as being “the mental structures through
which they apprehend the social world, are, in essence, the product of the internalization of the
structures of the social world”. Still on habitus, Bourdieu (2004, p. 158, our translation)
clarifies:
At the same time, the habitus is a system of schemes to produce practices and
a system of schemes for the perception and appreciation of practices. And in
both cases, its operations express the social position in which it was built. As
a result, habitus produces practices and representations that are available for
classification, that are objectively differentiated, but they are only
immediately perceived as such by agents who possess the code, the
classificatory schemes necessary to understand their social meaning.
School, from this perspective, is a system in which different perceptions and
assessments of practice pass through, in which agents, more specifically, in the dialogical
relationship between teacher and students, develop habitus precisely because they make up a
symbolic system, in which each one occupies their own place of social representation.
Regarding this perspective, Baldino and Donencio (2014, p. 267, our translation) emphasize
that “individual habitus are products of socialization through different systems and in different
spaces such as family, school, work, groups of friends”. Therefore, the school is a symbolic
Observational learning and the classroom as a social learning space: Implications of Albert Bandura's social cognitive theory
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 8
system, as a structuring and structured structure. This Bourdieu (1989, p. 9, our translation) he
states that:
“Symbolic systems”, as instruments of knowledge and communication, can
only exercise structuring power, because they are structured. Symbolic power
is a power to construct reality that tends to establish a gnoseological order: the
immediate meaning of the world (and, in particular, the social world)
presupposes what Durkheim calls logical conformism, that is, “a
homogeneous conception of time, space, number, cause, which makes
agreement between intelligences possible.”
Symbolic systems, in this way, make up the basis of social space, insofar as symbols are
the instruments par excellence of “social integration”, as Bourdieu (1989, p. 10) points out.
Bourdieu (2004, p. 160, our translation) states that social space “presents itself in the form of
agents endowed with different properties and systematically linked to each other” and that “it
tends to function as a symbolic space, a space of lifestyles and of status groups, characterized
by different lifestyles”. Following this line of reasoning, Pinçon and Pinçon-Charlot (1999, p.
14, our translation) add that “the human being is constructed by society, by his experience in
the social world”. And the school, as a social institution, contributes to strengthening human
identity.
The social space, therefore, under the theoretical construction of Bourdieu (2004, p. 26),
is configured as a “space of historical struggles”, has “agents”, who develop habitus according
to their “position in the social space” and “mental structures” that help them to understand this
space. The school has these characteristics, so it is a social space. And can the classroom also
be considered a social space?
As a classroom, your conceptions can be many. For Novelli (1997, p. 49, our
translation), “The classroom space not only results from the teacher-student relationship, but
also acts on this relationship, conditioning and domesticating it”. From the perspective of
Munsberg and Felicetti (2014, p. 2, our translation), “The classroom is the space in which the
teacher and learner interact with each other, as both are active subjects in the teaching-learning
process”. In Beck's view (2016), the classroom represents a modeled educational environment,
established in a physical environment, in which human interactions are presented and developed
aimed at didactic exchanges, in a teaching and learning situation.
In the perceptions of the authors presented, there is a convergence of thought when they
state the need for physical space and the relationships of intellectual exchange between people
who play different roles. Such aspects are close to the perspective of social space identified in
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA and Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 9
Bourdieu’s theory (2004), such as the presence of diverse agents that interact with each other,
symbolic system, and habitus, so that we can see that the classroom is also a space social
environment in which the exchange of knowledge takes place in a structured way.
Considering, therefore, that the classroom is a social space in which dialogical
exchanges, social interactions, and habitus, develop in a regulated manner and are regulated by
the presence of social agents, who in the classroom space are represented by the teacher and
their students, social learning is configured since this paradigm influences individual and
collective behaviors, taking into account the socially established rules of a classroom, such as
debate, reasoning, logic, therefore referring “to the product of learning” as Lefrançois (2018, p.
365) points out.
As a social space, the classroom, from Bandura’s (2001) perspective, favors the web of
relationships in which the behavior of agents and the environment mutually generate influence
and modification. In the next topic, we address the methodological procedure that made it
possible to find current data on this topic.
Methodology
We clarify that the discussions in this article were motivated by the master's thesis linked
to the Postgraduate Program in Science and Mathematics Teaching at the Federal University of
Grande Dourados and resulted from joint writing by the supervisee, supervisor, and co-advisor.
To develop this research, an exploratory, narrative bibliographical review was therefore
carried out (SOUSA et al., 2018). To extract the data, the research used, in two moments, from
April to June 2023, the Boolean operator AND with keywords, in two different perspectives,
which generated Table 1 and Table 2, presented below.
Each table presents its criteria for delimiting the research, and in both, research was
considered in the face-to-face classroom and elementary, secondary, and higher education. The
conceptual approach to learning considered in this research is linked to the observation aspect
listed by Bandura (1986), considering the influence that the student's mind suffers from the
influence of the social environment and other social agents in which they are inserted.
The criteria established in the quantitative search and which generated the tabulated data
were: 1. selection of texts only in Portuguese; 2. time frame from 2018 to 2023, in order to
emphasize the most up-to-date literature on the topic; 3. research in databases that make their
materials available free of charge, in which the following databases were chosen: Google
Observational learning and the classroom as a social learning space: Implications of Albert Bandura's social cognitive theory
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 10
Scholar, Scielo.br and Science Direct; 4. choose only scientific articles, due to the possibility
of obtaining more consistent research, therefore discarding other productions that returned from
the search; 5. the last criterion was that the analysis of the results would be linked to the first
ten pages returned from the databases consulted.
In the first search, which generated the data in Table 1, five keywords were used,
highlighted in bold: space AND social AND learning AND school AND Bandura. The search
carried out on Google Scholar returned 3140 results, with around 100 works being analyzed on
the first 10 pages, so only 4 were selected due to their affinity with the object of this research.
The Scielo Br database and Science Direct did not return results.
Table 1 Only works that deal with the school as a social learning space
QUANTITY - RESEARCH DONE FROM 2018 TO 2023
Keywords: Space AND social AND learning AND school AND Bandura
GOOGLE SCHOLAR -
Returned 3140 works
SCIELO - 0
works returned
SCIENCE DIRECT - 0
works returned
4
0
0
4
0
0
Source: Prepared by the authors
The data in Table 2 followed the same criteria and search sites as in Table 1, with the
following keywords also used, highlighted in bold and using the Boolean operator AND: Space
AND social AND learning AND classroom AND observation AND Bandura. From the
second search undertaken, Google Scholar returned 1840 results, in which the analysis of the
works obtained through the first 10 pages totaled 100 works, of which only 3 corresponded to
the core of this research. The two other databases, Scielo Br and Science Direct did not return
work.
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA and Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 11
Table 2 Only works that deal with the classroom as a social space for learning through
observation
QUANTITY - RESEARCH DONE FROM 2018 TO 2023
Keywords: Space AND social AND learning AND classroom AND
observation AND Bandura
GOOGLE SCHOLAR -
Returned 1840 results
SCIELO - 0
works returned
SCIENCE DIRECT -
0 works returned
3
0
0
3
0
0
Source: Prepared by the authors
The next topic will discuss the texts found, highlighting, however, that only those that
deal with the school as a social space for learning and the classroom as a social space that favors
learning through observation were considered.
Research result and discussion
The data obtained in Table 1 resulted in Table 3 presented below, which is now included
in the references of this work.
Table 3 School as a social learning space
Article Title extracted from
Google Scholar
Brief description
Proximity to the object
in Table 3
1. A autorregulação e o uso de
estratégias de aprendizagem no
curso de licenciatura em geografia
da Universidade Federal de Pelotas
(BURKET; SANTOS; DIAS,
2019).
A theoretical approach to the
concept of regulated learning is
provided for in Albert Bandura's
Social Cognitive Theory, with
extraction of results through a
questionnaire and indicates the
possibility of future application in
the educational space.
Total, as it emphasizes
self-regulation and
involves the concept of
learning through social
interaction and possible
application in the school
educational space.
2. Autorregulação da
aprendizagem: Construto e
perspectivas de intervenção na
escola (DIAS; BONELLI, 2020).
Addresses the self-regulation of
learning at school, with interaction
between subjects as an aspect of
motivation based on the regulation
of behavior.
Total, as it considers
school as a social space
that promotes self-
regulation and
encourages learning from
collective experiences.
Observational learning and the classroom as a social learning space: Implications of Albert Bandura's social cognitive theory
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 12
3. Potencialidades da aprendizagem
observacional para o ensino
inclusivo em educação física
(IAOCHITEI et al., 2019).
Investigates self-efficacy with
physical education researchers to
support teacher preparation to
improve their teaching,
emphasizing vicarious experience.
Total, as it assumes
learning, resulting from
self-efficacy, through
observation in the school
environment.
4. A influência dos pares na
aprendizagem: como as atitudes e
comportamentos dos colegas podem
afetar a motivação e o desempenho
dos alunos (COSTA JÚNIOR et al.,
2023).
Assumes the importance of peers
in aiding learning and configuring
social interaction, resulting in self-
efficacy.
Total, as it considers self-
efficacy in comparison
with others, with
potential for learning
through observation.
Source: Prepared by the authors
The analysis of the four articles shows us that the authors recognize the importance of
Bandura's social cognitive theory when they point out, even in their research specificities,
convergent aspects that validate the role of the other in strengthening learning in a school's
social environment. The four studies show symbolic models, agents that observe and imitate
learned behaviors in the broader social space, whether in an undergraduate course or at school.
More specifically, the classroom as a social space result in Table 2, Table 4, presented
below:
Table 4 The classroom as a social space for learning through observation
Article Title extracted from
Google Scholar
Brief description
Proximity to the object in
Table 4
1. Albert Bandura e o ensino
de ciências na educação de
jovens e adultos (FARIAS,
2019).
Addresses Bandura's Social Cognitive
Theory applied to EJA, in search of the
scope of learning in classroom
practices.
Total, as it seeks a more
accurate look at how
interactions between agents
happen in the classroom
space, with an emphasis on
observation.
2. Desenvolvimento Humano
e o “Ser Docente”:
concepções a partir da
experiência de educador com
uma turma de sexto ano
(MORAES; PIRES;
CASTRO, 2019).
The work addresses the subject as a
biopsychosocial being, as their
development is influenced by the
environment in which they live.
Highlights learning through
observation of others.
Total, since the experiment
takes place within a 6th-
year classroom, it
configures the approach to
the topic practically and not
just theoretically. Uses the
term Group Tendency to
strengthen social
relationships.
3. Aprendizagem,
modalidades e dificuldades de
aprendizagem: o trabalho de
Conducts a bibliographical survey on
learning and argues that the
professional psycho-pedagogue needs
Partial, as
Psychopedagogy is used as
a magnifying glass for
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA and Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 13
prevenção do psicopedagogo
na instituição (PEREIRA,
2021).
to know the learning style appropriate
to the learner.
teacher and student agents
in teaching and learning
situations in the classroom.
Source: Prepared by the authors
Of the three articles analyzed, two treat the classroom as a space for interaction between
subject agents, in the figures of the teacher and the student, considering this space as favorable
to the aspect of learning through observation given the influence that the other exerts on each
one of us, regardless of the area of knowledge covered.
The theoretical construct addressed in this research and reinforced with the articles
analyzed show that imitative behaviors, in fact, become an integral part of learning through
observation, but that this is not a passive action since the agent is active, intentional, predictable,
self-reactive, self-reflective and, within the classroom, as a social space, it encourages actions
to be carried out taking both the personal and collective aspects as their axis.
In the six works that had a total affinity with the search for evidence that configures the
school and the classroom as social spaces, it appears that articles 1 and 2 (Table 3) show that
self-regulation contributes to greater understanding and motivation of itself, at the same time
as it constitutes the code used among social agents. Articles 3 and 4 (Table 3) and Article 1
(Table 4) present self-efficacy as a social code that generates in agents the effect of comparing
one to another. Article 2 (Table 4) reinforces, in addition to self-efficacy, the concept of Group
Tendency (KNOBEL, 1981), which, within the scope of this work, can be considered a social
sign linked to the acceptance of others to establish themselves in the group. Finally, article 3
(Table 4) analyzes the subject's learning, based on the training of the psycho-pedagogue, but
defends learning as a process that also involves interactions between school agents.
We see, therefore, that the codes developed by the agents are symbolic models, habitus,
which function as schemes of production, perception, and appreciation of the practices that
develop in the social space of the classroom and which can result in behavior change, that is,
learning, individual and collective.
Observational learning and the classroom as a social learning space: Implications of Albert Bandura's social cognitive theory
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 14
Final considerations
From the studies carried out in this research, we concluded that the classroom is a social
space that favors learning through observation of others. The fact that there is learning through
observation does not imply that the action of observation is alienating, mechanical, and devoid
of reflection and positioning on the part of those observing the imitated model. Observing others
to learn from others does not alienate, precisely because human intelligence deals with everyday
situations all the time, which generally helps the person position themselves more consciously
and efficiently (RAMOS, 2023).
Within the scope of this work, we do not use concepts linked to the flipped classroom
due to the fact that we understand that it is a teaching methodology, from the same perspective
of understanding as Pavanelo and Lima (2017, p. 742, our translation), when they state that it
is “an educational technique consisting of two parts: interactive group learning activities in
classrooms and individual computer-based guidance outside the classroom”.
In any case, when applying this educational technique, when the teacher and his students
meet in the classroom, as a physical or even virtual geographic space, the interactive moment
of these educational actors is configured as social behavior, habitus, from the perspective of
Bourdieu and, in this sense, it does not matter whether the teacher will answer specific questions
from students or whether he will address a specific conceptual theory.
The classroom as a social learning space is only possible due to the fact that people have
a sense of action to want to be and develop the symbolic representation of their roles in this
space, which, naturally, requires sensory, motor and cerebral participation, since “They are
agents of experiences, and not just submissive to them”, as explained in Bandura’s speech
(2001, p. 4) apud Lefrançois (2018, p. 380, our translation).
And precisely because they are active agents, Bandura (1986), in his social cognitive
theory, highlights learning by observation through the real influence of symbolic models that
have intentionality, predictability, self-reactivity and self-reflection for the acquisition of
learning, in search of achieving personal and collective efficacy, developing, in accordance with
their symbolic models, the habitus.
When the teacher is aware of this theoretical universe, he can use the concept of
professorial habitus, and realign his didactic-pedagogical practice of teaching, as Silva (2005)
points out, assuming himself as a symbolic model (agent) in the social space of the room of
class. This perception of a pedagogical model of looking at others, from the perspective of
observation has been validated, as we have seen, by thinkers such as Pestalozzi and James. This
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA and Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 15
only highlights that both they, Bandura, and we, teachers from all periods of history, are seeking
to improve teaching, learning, and education.
REFERENCES
AGUIAR, J. S. Aprendizagem observacional. Revista de Educação, Campinas, SP, v. 3, n. 5,
p. 64-68, nov. 1998. Available at https://periodicos.puc-
campinas.edu.br/reveducacao/article/view/438/418. Accessed in: 23 July 2023.
BALDINO, J. M.; DONENCIO, M. C. B. O habitus professoral na constituição das práticas
pedagógicas. Polyphonía, Goiânia, v. 25/1, 2014. Available at:
https://sites.pucgoias.edu.br/pos-graduacao/wp-content/uploads/sites/61/2018/05/Maria-
Concei%C3%A7%C3%A3o-Barbosa-Donencio.pdf. Accessed in: 2 Aug. 2023.
BANDURA, A. Social Foundations of Thought and Action: A Social Cognitive Theory.
Englewood Cliffs, NJ: Prentice-Hall, 1986.
BANDURA, A. Social cognitive theory: An agentic perspective. Annual Review of
Psychology, [S. l.], v. 52. p. 1-26, 2001. Available at:
https://www.annualreviews.org/doi/abs/10.1146/annurev.psych.52.1.1. Accessed in: 3 Aug.
2023.
BARROS, M.; BATISTA-DOS-SANTOS, A. C. Por dentro da autoeficácia: um estudo sobre
seus fundamentos teóricos, suas fontes e conceitos correlatos. Revista Espaço Acadêmico,
[S. l.], v. 10, n. 112. p. 1-9, set. 2010. Available at:
https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/espacoacademico/article/view/10818. Accessed in: 1
July 2023.
BECK, C. Sala de Aula: uma nova percepção. Andragogia Brasil, 28 dez. 2016. Available
at: https://andragogiabrasil.com.br/sala-de-aula/. Accessed in: 3 Aug. 2023.
BOURDIEU, P. Espaço social e poder simbólico. In: BOURDIEU, P. Coisas ditas. São
Paulo: Brasiliense, 2004.
BOURDIEU, P. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil S.A, 1989.
BURKET, F. A.; SANTOS, C. B.; DIAS, L. C. A autorregulação e o uso de estratégias de
aprendizagem no curso de licenciatura em geografia da universidade federal de pelotas. Ateliê
de pesquisas e práticas em ensino de geografia, Campinas, SP, v. 1, n. 1, p. 3140-3150,
2019. Available at: https://ocs.ige.unicamp.br/ojs/anais14enpeg/article/view/3142/3005.
Accessed in: 10 May 2023.
CAMPOS, D. M. S. Psicologia da Aprendizagem. 31. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1987.
COLETTA, E. D. et al. Psicologia da educação [recurso eletrônico]. Porto Alegre: SAGAH,
2018.
Observational learning and the classroom as a social learning space: Implications of Albert Bandura's social cognitive theory
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 16
COSTA JÚNIOR, J. F. et al. A influência dos pares na aprendizagem: como as atitudes e
comportamentos dos colegas podem afetar a motivação e o desempenho dos alunos. Revista
Educação, Humanidades e Ciências Sociais, Itabuna, BA, v. 07, n. 13. p. 2-25,
jan./jun.2023. Available at:
https://periodicos.educacaotransversal.com.br/index.php/rechso/article/view/73. Accessed in:
8 June 2023.
DIAS, A. M. B.; BONELLI, S. M. S. Autorregulação da aprendizagem: Construto e
perspectivas de intervenção na escola. Caderno Marista de Educação, Curitiba, v. 10, n. 1,
p. 30-43, 2020. Available at: https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/caderno-marista-
de-educacao/article/view/39596. Accessed in: 10 May 2023.
FARIAS, L. S. Albert Bandura e o ensino de ciências na educação de jovens e adultos.
Scientia Naturalis, Rio Branco, AC, v. 1, n. 5, p. 184-193, 2019. Available at:
https://periodicos.ufac.br/index.php/SciNat/article/view/3017. Accessed in: 8 June 2023.
HOHENDORF, J. V. A agência humana coletiva é fundamental à publicação científica.
Revista de Psicologia da IMED, Passo Fundo, RS, v. 9, n. 1, p. 3-4, jan./jun. 2017. Available
at: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpi/v9n1/01.pdf. Accessed in: 1 Aug. 2023.
IAOCHITEI, R. T. et al. Potencialidades da aprendizagem observacional para o ensino
inclusivo em educação física. Educação: Teoria e Prática, Rio Claro, SP, v. 29 n. 61, p. 370-
378, 2019. Available at: http://educa.fcc.org.br/pdf/eduteo/v29n61/1981-8106-eduteo-29-61-
370.pdf. Accessed in: 8 June 2023.
KNOBEL, M. A síndrome da adolescência normal. In: ABERASTURY, A.; KNOBEL, M.
Adolescência normal: um enfoque psicanalítico. Porto Alegre, Artes Médicas, 1981. p. 24-
62.
LEFRANÇOIS, G. R. Teorias da aprendizagem: o que o professor disse. São Paulo:
Cengage Learning, 2018.
MORAES, G. P.; PIRES, F. L. B.; CASTRO, G. D. Desenvolvimento humano e o “ser
docente”: concepções a partir da experiência de educador com uma turma de sexto ano.
Revista Insignare Scientia, Cerro Largo, RS, v. 2, n. 4. p. 314-331, 2019. Available at:
https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/RIS/article/view/11012/7333. Accessed in: 8 June
2023.
MUNSBERG, J. A. S.; FELICETTI, V. L. A sala de aula como espaço de formação mútua
dos sujeitos. In: ENCONTRO INTERNACIONAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE
EDUCAÇÃO COMPARADA, 6., 2014, Bento Gonçalves. Anais [...]. [S. l.: s. n], 2014.
Available at: https://www.sbec.fe.unicamp.br/node/1695. Accessed in: 9 Oct. 2023.
NOVELLI, P. G. The classroom as a space for communication: reflections on the theme.
Interface - Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, SP, v. 1, n. 1, p. 43-50, 1997.
Available at: https://www.scielo.br/j/icse/a/c58M6Bc7KNHW3Rp35zRBzMr/?format=pdf.
Accessed in: 3 Aug. 2023.
Elizabeth Matos ROCHA; Fernando Cesar FERREIRA and Otávio Enrique José de Oliveira RAMOS
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 17
PAVANELO, E.; LIMA, R. Sala de Aula Invertida: a análise de uma experiência na
disciplina de Cálculo I. Bolema, Rio Claro, SP, v. 31, n. 58, p. 739-759, 2017. Available at:
https://www.scielo.br/j/bolema/a/czkXrB369jBLfrHYGLV4sbb/?format=pdf&lang=pt.
Accessed in: 3 Aug. 2023.
PEREIRA, L. A. Aprendizagem, modalidades e dificuldades de aprendizagem: o trabalho de
prevenção do psicopedagogo na instituição. Revista Acadêmica Educação e Cultura em
Debate, Goiânia, v. 7, n. 1, p. 169-189, 2021. Available at:
https://revistas2.unifan.edu.br/index.php/RevistaISE/article/view/684. Accessed in: 8 June
2023.
PIAGET, J. Seis estudos de Psicologia. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária
Ltda, 1982.
PINÇON, M.; PINÇON-CHARLOT, Monique. A teoria de Pierre Bourdieu aplicada às
pesquisas sobre a grande burguesia: uma metodologia plural para uma abordagem
pluridisciplinar. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, n. 25, p. 11-20, 1999.
Available at: https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/23664/21259.
Accessed in: 2 Aug. 2023.
RAMOS, O. E. J. O. Contribuições da teoria social cognitiva de Albert Bandura para
compreensão da aprendizagem por observação no espaço da sala de aula: docentes e
discentes enquanto agentes das experiências. 2023. Dissertação (Mestrado em Ensino de
Ciências e Matemática) Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Universidade Federal
da Grande Dourados, Dourados, MS, 2023. Available at
https://portal.ufgd.edu.br/setor/biblioteca/repositorio. Accessed in: 19 Oct. 2023.
RODRIGUES, L. P.; NARCISO, P. F. Teoria Social: vinte lições fundamentais. Caderno C
R H, Salvador, v. 32, n. 87, p. 679-683, 2019. Available at:
https://www.scielo.br/j/ccrh/a/gSkWL88w3XNhKpbPsNVwDFb/?format=pdf&lang=pt.
Accessed in: 2 Aug. 2023.
SANTROCK, J. W. Psicologia educacional. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 2009.
SILVA, M. O habitus professoral: o objeto dos estudos sobre o ato de ensinar na sala de aula.
Revista Brasileira de Educação, São Paulo, n. 29, p.152-163, 2005. Available at:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/LdBdvGQ66DwZBCTXx8qnRcd/abstract/?lang=pt. Accessed
in: 1 Aug. 2023.
SKINNER, B. F. The science of learning and the art of teaching. Harvard Educational
Review, [S. l.], n. 24, p. 8697, 1954. Available at: https://psycnet.apa.org/record/1955-
02985-001. Accessed in: 1 Aug. 2023.
SOUSA, L. M. M. et al. Revisões da literatura científica: tipos, métodos e aplicações em
enfermagem. Revista Portuguesa de Enfermagem, Silvalde, v. 1, n. 1, p. 45-54, 2018.
Available at: https://rper.aper.pt/index.php/rper/article/view/20. Accessed in: 8 June 2023.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos
psicológicos superiores. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Observational learning and the classroom as a social learning space: Implications of Albert Bandura's social cognitive theory
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023065, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18521 18
CRediT Author Statement
Acknowledgments: We would like to express our gratitude to PPGECMat for the support
in the development of this research. Additionally, we extend our thanks to the voluntary
students who participated in the Master’s research and whose studies contributed to the
writing of this article.
Funding: We appreciate the funding provided by PROPP/UFGD for the publication of this
article.
Conflicts of Interest: There are no conflicts of interest.
Ethical Approval: The research that led to this work was reviewed and received approval
from the Ethics Committee of UFGD.
Data and Material Availability: The data and materials used in this work are available for
access on the Internet through the provided links in the bibliographic references.
Author’s Contributions: The authors' collaborative efforts contributed to the article's
writing and revision. Author 1 conducted the literature review. Authors 2 and 3 contributed
to data collection during the field research on observational learning, prompting a more
detailed investigation of the classroom as a social space for learning.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.