RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023064, 2023. e-ISSN: 1519-9029
DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18689 1
PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO: O MANEJO COMPORTAMENTAL COMO PRÁXIS
E ESTRATÉGIA DE ESTUDO PARA O TEA
PSICOLOGÍA Y EDUCACIÓN: MANEJO DEL COMPORTAMIENTO COMO
PRÁCTICA Y ESTRATEGIA DE ESTUDIO DEL TEA
PSYCHOLOGY AND EDUCATION: BEHAVIORAL MANAGEMENT AS PRAXIS AND
STUDY STRATEGY FOR ASD
Thaís YAZAWA1
e-mail: tatayazawa@gmail.com
Fabiola COLOMBANI 2
e-mail: fabiolacolombani@unimar.br
Gelci Saffiotte ZAFANI3
e-mail: gelciszafani@gmail.com
Como referenciar este artigo:
YAZAWA, T.; COLOMBANI, F.; ZAFANI, G. S. Psicologia e
Educação: O manejo comportamental como práxis e estratégia de
estudo para o TEA. Revista on line de Política e Gestão
Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023064, 2023. e-ISSN:
1519-9029. DOI: https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18689
| Submetido em: 22/06/2023
| Revisões requeridas em: 10/08/2023
| Aprovado em: 07/10/2023
| Publicado em: 17/11/2023
Editor:
Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), Lençóis Paulista SP Brasil. Psicóloga do Judiciário. Doutorado em
Psicologia (UNESP).
2
Universidade de Marília (UNIMAR), Marília SP Brasil. Professora Assistente do Curso de Psicologia e
Coordenadora da Clínica de Psicologia. Doutorado em Educação (UNESP).
3
Universidade de Marília (UNIMAR), Marília SP Brasil. Professora do Curso de Psicologia. Mestrado em
Educação (UNESP).
Psicologia e Educação: O manejo comportamental como práxis e estratégia de estudo para o TEA
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RESUMO: Este artigo tem como principal propósito discutir acerca do manejo
comportamental baseado na Análise do Comportamento com o intuito de suscitar a reflexão
para uma práxis e um estudo aprofundado sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por
meio da metodologia adotada utilizando o Aberrant Behavior Checklist (ABC) e filmagens pré
e pós-teste, foi possível descrever e comparar a frequência de comportamentos adequados e
inadequados de crianças que apresentavam atipias em atendimentos individuais e, o repertório
comportamental adequado e inadequado de profissionais da educação e da saúde no manejo
destes comportamentos, antes e depois da participação em um programa de ensino baseado na
forma de desenvolver o manejo. Os resultados foram positivos na medida em que houve um
aumento significativo de comportamentos adequados e uma diminuição significativa de
comportamentos inadequados tanto dos profissionais, quanto das crianças envolvidas.
PALAVRAS-CHAVE: Psicologia. Educação. Manejo comportamental. TEA.
RESUMEN: El objetivo principal de este artículo es discutir el manejo conductual basado en
el Análisis de Conducta con el objetivo de incentivar la reflexión para la praxis y el estudio en
profundidad del TEA. A través de la metodología adoptada utilizando el Aberrant Behavior
Checklist (ABC) y filmaciones pre y post-test, fue posible describir y comparar la frecuencia
de conductas apropiadas e inapropiadas de los niños que presentaron atipia en el cuidado
individual y el repertorio conductual apropiado e inapropiado. de los profesionales de la
educación y la salud en el manejo de estas conductas, antes y después de participar en un
programa de enseñanza basado en cómo desarrollar la gestión. Los resultados fueron positivos
ya que hubo un aumento significativo de conductas apropiadas y una disminución significativa
de conductas inapropiadas tanto por parte de los profesionales como de los niños involucrados.
PALABRAS CLAVE: Psicología. Educación. Manejo del comportamiento. TEA.
ABSTRACT: The primary objective of this article is to delve into behavioral management
grounded in Behavior Analysis, aiming to stimulate reflective praxis and a thorough exploration
of Autism Spectrum Disorder (ASD). Employing the methodology of the Aberrant Behavior
Checklist (ABC) and pre-and post-test filming, the study aimed to outline and compare the
frequency of appropriate and inappropriate behaviors among children displaying atypical
behavior in individual care. Additionally, it sought to assess the appropriate and improper
behavioral repertoire of education and health professionals in handling these behaviors before
and after participating in a training program centered on developing effective management
strategies. The results yielded positive outcomes, demonstrating a significant increase in
appropriate behaviors and a noteworthy decrease in inappropriate behaviors among
professionals and the children involved.
KEYWORDS: Psychology. Education. Behavioral management. ASD.
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI e Gelci Saffiotte ZAFANI
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023064, 2023. e-ISSN: 1519-9029
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Introdução
O procedimento de avaliação comportamental é um instrumento que colabora no suporte
de modificar comportamentos atípicos ou inadequados, mas para isso, é necessário observar
para compreender e analisar o comportamento alvo de mudança (MILTENBERGER, 2018).
Segundo Miltenberger (2018), a avaliação comportamental fornece informações para verificar
a eficácia do tratamento e se realmente houve mudanças comportamentais. Para ele, na
avaliação direta, o comportamento é observado e registrado à medida que ocorre e, para isso,
utilizam-se métodos de registro. Para comportamentos atípicos, a partir da observação é
possível identificar a sua função e iniciar estratégias de modificação comportamental
apropriadas.
Das estratégias de intervenções comportamentais mais frequentemente descritas na
literatura, estão a análise funcional e os reforçamentos diferenciais. Segundo Boutot e Tincani
(2009), dentre os reforçamentos diferenciais, o Differential Reinforcement of Alternative
Behavior (DRA) ou Reforçamento diferencial de comportamento alternativo, o Differential
Reinforcement of Incompatible Behavior (DRI) ou Reforçamento diferencial de comportamento
incompatível e o Differencial Reinforcement of Other Behavior (DRO) ou Reforçamento
diferencial de outro comportamento. No DRA, um comportamento específico, alternativo, é
escolhido e será reforçado imediatamente após sua ocorrência. Neste caso, ela não precisa ser
necessariamente incompatível topograficamente com o comportamento que se pretende
extinguir ou diminuir de frequência. No DRI são reforçados comportamentos incompatíveis e
apropriados considerando o comportamento que se deseja extinguir. No DRO, outro
comportamento emitido, diferente do comportamento inadequado, será reforçado, no momento
de sua ocorrência.
Cowdery, Iwata e Pace (1990) chamaram a atenção para a importância dos
reforçamentos diferenciais para diminuição de autolesão. O estudo realizado por eles teve como
participante um menino de nove anos que apresentava autolesão. Quando hospitalizado, Jerry
foi tratado com punição (com uma breve aplicação de gelo contingente ao arranhão) que reduziu
a autolesão em 30%. Na primeira fase foram coletados dados para a linha de base de análise
funcional com o objetivo de identificar as propriedades funcionais da autolesão de Jerry. Esta
fase foi realizada nos moldes de um estudo anterior (IWATA et al., 1994), utilizando quatro
condições, atenção, demanda, sozinho e brincar, acrescida de mais uma, sozinho com
brinquedos.
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Na análise dos resultados, Jerry arranhava-se quando estava sozinho. A autolesão não
ocorreu em nenhuma das demais condições. Tais resultados sugerem que outras formas de
estimulação (social, brinquedos, atividades acadêmicas) serviam como distratores efetivos para
a autolesão, provendo condições para um comportamento concorrente. Desta maneira, iniciou-
se a segunda fase de tratamento, utilizando fichas em um esquema de reforçamento em DRO,
conduzida com Jerry sozinho com o terapeuta em uma sala sem acesso a brinquedos. O
terapeuta disse a Jerry que “sairia da sala por alguns minutos e que ele não deveria arranhar-
se”. Se Jerry não se arranhasse e emitisse qualquer outro comportamento adequado, ganhava
uma moeda e reforçadores sociais. Ao final, era permitido a Jerry trocar as moedas por acesso
à TV, salgadinhos, videogames e outros materiais. O comportamento de autolesão zerou,
voltando às taxas de 78% quando revertido o procedimento.
Os procedimentos desenvolvidos pela Análise do Comportamento (AC) podem ser
utilizados dentro das salas de aula e de salas de atendimento individual. DiGennaro, Martens e
Kleinmann (2007) realizaram procedimentos de ensino para professores e afirmaram que o uso
de práticas baseadas em evidências é particularmente importante durante a frequência escolar
com um psicólogo, enquanto consultor, trabalhando em conjunto com o professor no
planejamento, implementação e avaliação de um plano de intervenção para o aluno. Ainda, os
autores afirmaram que a responsabilidade pelo plano de intervenção é primariamente do
professor, o que exige que estes adquiram novas habilidades a serem incorporadas em seu
repertório acadêmico.
A Psicologia é uma ciência que muito tem a contribuir com os educadores (HENKLAIN;
CARMO, 2013) mas ainda existem muitas barreiras e rótulos. A Análise do Comportamento,
dado ao desconhecimento dos seus princípios, tem sido considerada tecnicista e redutora do
homem, a despeito de outros autores demonstrarem o contrário (CARMO; BAPTISTA, 2003;
CARRARA, 2005; LUNA, 2000; TEIXEIRA, 2006; TODOROV; MOREIRA, 2008). Segundo
Henklain e Carmo (2013), uma demanda para identificação de práticas que facilitem o
ensino, sendo necessário estudar o comportamento por meio de uma análise experimental que
“permitam a proposição e aplicação de práticas e ensinos eficientes e eficazes” (p. 707).
Observar e descrever topograficamente os comportamentos, permite escolher as
principais respostas-alvo da intervenção e a escolha de estratégias emergenciais de intervenção,
com o objetivo de manter a segurança dos envolvidos, no caso de agressões e autolesões,
voltadas para o enfraquecimento ou eliminação de respostas agressivas a médio, ou longo prazo
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI e Gelci Saffiotte ZAFANI
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(REY, 2018). Compreender funcionalmente as respostas emitidas pelos clientes é uma das
premissas da capacitação que eles estão envolvidos.
Observar e descrever topograficamente, tanto o comportamento dos clientes, quanto o
comportamento dos profissionais seria, então, uma medida mais objetiva da aprendizagem dos
participantes.
O presente estudo pretendeu descrever e comparar a frequência de comportamentos
adequados e inadequados de crianças que apresentavam comportamentos atípicos em
atendimento individual e, o repertório comportamental adequado e inadequado de profissionais
da saúde e da educação no manejo destes comportamentos, antes e depois da participação em
um programa de ensino baseado em Análise do Comportamento.
O delineamento utilizado foi o quase experimental, com os participantes como seu
próprio controle em comparações antes e depois de uma intervenção em um delineamento ABC:
sendo A, a Linha de Base 1 (identificação de comportamentos atípicos das crianças e filmagens
dos comportamentos dos profissionais e clientes em sessões de atendimento), B a intervenção
(curso) e a condição C, a Linha de Base 2 (identificação de comportamentos atípicos das
crianças e filmagens dos comportamentos dos profissionais e clientes em sessões de
atendimento).
Para este estudo, 18 participantes, profissionais da saúde e da educação, com experiência
em educação especial e demandas análogas foram contatados para participar da pesquisa. Foi
utilizado o inventário Aberrant Behavior Checklist (ABC), desenvolvido por Aman et al.
(1985). O ABC é uma escala desenvolvida empiricamente para medir sintomas psiquiátricos e
comportamentais, classificada em cinco grandes domínios (irritabilidade, agitação e choro,
letargia, isolamento social e comportamento estereotipado). Além deste instrumento, foi
utilizado o material instrucional Graves problemas de comportamento no atendimento em
saúde: como lidar? (Yazawa; Fornazari; Rodrigues, 2018). Este material conta com três
módulos, no total de 70 páginas de textos e exercícios dissertativos e de múltipla escolha para
avaliação do material lido com crivo de autocorreção.
A coleta, realizada em quatro etapas, consistiu no contato com as participantes
(professoras e profissionais da saúde), que foram filmadas em atendimento ou em sala de aula,
em interação com as crianças com TEA ou outros diagnósticos, antes da intervenção com o
material didático (Linha de base 1). Posterior à filmagem realizaram o Curso “Graves
problemas no atendimento em Saúde Como lidar?com o material. Após a finalização do
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curso, foi agendada outra sessão de atendimento dos profissionais, ou um período na sala de
aula, para filmagem e obtenção de dados do pós-teste (Linha de Base 2).
Para a análise dos resultados das filmagens do pré e do pós-teste, os comportamentos
dos profissionais (adequados e inadequados) e dos clientes (adequados e inadequados) foram
codificados e quantificados. Os dados foram submetidos à análise de frequência relativa nos
dois momentos - antes e depois da intervenção. Além disso, foi realizada uma análise estatística
comparativa utilizando o teste não paramétrico de Wilcoxon.
A intervenção, compreendendo a filmagem do pré-teste, o curso e o pós-teste, teve uma
duração aproximada de cinco meses, sendo que três meses foram dedicados exclusivamente à
conclusão do curso.
Resultados
O primeiro conjunto de dados aborda os resultados do pré-teste e pós-teste referentes às
classes de comportamentos adequados dos profissionais. A Tabela 1 exibe a porcentagem de
ocorrência de comportamentos adequados e inadequados por parte dos profissionais. Ao
considerar os valores totais obtidos no pré-teste e pós-teste, verifica-se que no pré-teste, 75,5%
dos comportamentos emitidos pelos profissionais eram adequados, enquanto no pós-teste esse
número aumentou para 95%.
Tabela 1 - Comportamentos totais adequados dos profissionais no pré-teste e no pós-teste em
frequência absoluta e relativa
Pré-teste
Pós-teste
n
%
n
%
1828
75,5%
2512
95%
591
24,5%
131
5%
2419
100%
2643
100%
Fonte: Elaborado pelas autoras
A Tabela 2 apresenta os valores médios dos comportamentos adequados e inadequados
dos profissionais nos pré e pós-teste. A análise estatística mostrou que houve diferença
significativa tanto nos comportamentos adequados quanto nos inadequados (p=0,010 e
p=0,001).
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI e Gelci Saffiotte ZAFANI
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Tabela 2 - Comparação das médias dos comportamentos totais adequados e inadequados dos
profissionais no pré-teste e no pós-teste (Teste Wilcoxon)
Comportamentos
Pré-teste
Pós-teste
p
Média
DP
Média
DP
Adequados
101,56
41,88
139,56
49,17
0,010
Inadequados
32,83
55,19
7,28
13,14
0,001
Fonte: Elaborado pelas autoras
Considerando os valores totais obtidos no pré-teste e no pós-teste, para cada
comportamento é possível visualizar um aumento de 1828 para 2512 comportamentos totais
contabilizados. O comportamento de Elogiar outro comportamento aumentou a frequência
absoluta de 34 para 184, assim como Elogiar atividade completa aumentou de 112 para 252 e
Conversar aumentou de 1175 para 1560 (Tabela 3).
Tabela 3 - Comportamentos adequados dos profissionais no pré-teste e no pós-teste em
frequência absoluta e relativa
Comportamentos adequados
Pré-teste
Pós-teste
Conter o cliente em agressão
21
1,15%
4
0,16%
Desenvolver atividades lúdicas
193
10,55%
234
9,31%
Desenvolver atividades específicas
292
15,97%
278
11,07%
Conversar
1175
64,28%
1560
62,11%
Elogiar atividade completa
112
6,13%
252
10,03%
Elogiar a emissão de outro comportamento
34
1,86%
184
7,32%
Elogiar comportamento incompatível
1
0,06%
0
0,00%
Total
1828
100,00%
2512
100,00%
Fonte: Elaborado pelas autoras
A Tabela 4 mostra as médias dos comportamentos adequados antes e depois da
intervenção. Observa-se que quatro dos sete comportamentos tiveram medias maiores nos pós-
teste. A análise estatística mostrou que a classe de comportamento Elogiar atividade completa
apresentou mudança significativa do pré para o pós-teste (p=0,031).
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Tabela 4 – Comparação pré e pós de profissionais por classes de comportamentos adequados
Comportamentos
Pré-teste
Pós-teste
Z
p
Média
DP
Média
DP
Conter o cliente em agressão
1,17
3,31
0,22
0,64
-
1,62
0,1
Desenvolver atividades lúdicas
10,72
8,51
13
12,54
-
0,76
0,44
Desenvolver atividades específicas
16,22
18,69
15,44
11,3
-
0,04
0,96
Conversar
65,28
39,15
86,67
38,58
-
1,72
0,08
Elogiar atividade completa
6,22
8,427
14
13,31
-
2,15
0,031
Elogiar a emissão de outro comportamento
1,89
2,96
10,22
20,87
-
1,82
0,06
Elogiar comportamento incompatível
0,06
0,23
0
0
-1
0,31
Fonte: Elaborado pelas autoras
Com relação aos comportamentos inadequados, quase todos os comportamentos
diminuíram de frequência, com exceção do Interromper atendimento, que permaneceu com os
mesmos valores no pré e no pós-teste. Estes dados estão descritos na Tabela 5.
Tabela 5 - Comportamentos inadequados dos profissionais no pré-teste e no pós-teste em
frequência absoluta e relativa
Comportamentos inadequados
Pré-teste
Pós-teste
Ignorar o cliente em agressão
88
14,89%
19
14,50%
Reforçar o comportamento inadequado
210
35,53%
31
23,66%
Interromper atividades-fim
108
18,27%
28
21,37%
Não elogiar DRO
117
19,79%
45
34,35%
Interromper o atendimento
8
1,35%
8
6,10%
Total
591
100%
131
100%
Fonte: Elaborado pelas autoras
Investigou-se, também, as mudanças nas médias pré e pós-intervenção. Dos cinco
comportamentos observados, quatro tiveram médias menores no pós-teste do que no pré. Os
dados indicaram que três delas diminuíram significativamente sendo Reforçar comportamento
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI e Gelci Saffiotte ZAFANI
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inadequado (p=0,001), Interromper atividade-fim de sua especialidade (p=0,002) e Não
elogiar emissão de DRO (p=0,013), como podem ser observados na Tabela 6.
Tabela 6 - Comparação pré e pós de profissionais por classes de comportamentos
inadequados
Comportamentos
Pré-teste
Pós-teste
Z
p
Média
DP
Média
DP
Ignorar agressão
4,89
13,17
1,06
2,64
-
1,36
0,17
Reforçar inadequado
11,67
21,96
1,72
2,63
-
3,10
0,001
Interromper atividade-fim
6,00
9,24
1,56
3,14
-
3.10
0,002
Não elogiar emissão de outro comportamento
9,83
14,00
2,50
4,89
-
2,48
0,013
Interromper atendimento
0,44
0,78
0,44
1,65
-
0,97
0,33
Fonte: Elaborado pelas autoras
Os comportamentos dos clientes também foram analisados considerando o total dos
comportamentos adequados e inadequados no pré e pós-teste e, depois, os comportamentos
específicos analisados para cada classe. Observa-se que aumentaram os comportamentos
adequados, de 69% para 84,7% e, diminuíram os inadequados de 30,8% para 15,3%.
Tabela 7 - Comportamentos totais adequados dos profissionais no pré-teste e no pós-teste em
frequência absoluta e relativa
Pré-teste
Pós-teste
n
%
n
%
997
69,2%
1073
84,7%
443
30,8%
193
15,3%
1440
100%
1266
100%
Fonte: Elaborado pelas autoras
A Tabela 8 apresenta os valores médios dos comportamentos adequados e inadequados
dos profissionais nos pré e pós-teste. A análise estatística mostrou que os comportamentos
inadequados (p=0,024) diminuíram significativamente do pré para o pós-teste.
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Tabela 8 - Comparação das médias dos comportamentos totais adequados dos clientes no pré-
teste e no pós-teste (Teste Wilcoxon)
Comportamentos
Pré-teste
Pós-teste
p
Média
DP
Média
DP
Adequados
55,39
41,77
59,61
40,76
0,76
Inadequados
24,61
33,93
10,72
19,00
0,024
Fonte: Elaborado pelas autoras
Referente aos comportamentos adequados específicos dos clientes, apresentados na
Tabela 9, é possível identificar aumento na categoria Aderir à atividade e no total dos
comportamentos emitidos.
Tabela 9 - Comportamentos adequados dos clientes no pré-teste e no pós-teste em frequência
absoluta e relativa
Comportamentos adequados
Pré-teste
Pós-teste
Aderir à atividade
174
17,45%
365
34,01%
Comunicar adequadamente
512
51,35%
487
45,38%
Acatar à orientação
311
31,19%
221
20,59%
Total
997
100,00%
1073
100,00%
Fonte: Elaborado pelas autoras
Foram comparadas, também, as médias dos comportamentos adequados nos dois
momentos. Deles, apenas a classe de comportamento Aderir à atividade teve uma diferença
estatisticamente significativa (p=0,003), aumentando do pré para o pós-teste, como pode ser
observado na Tabela 10.
Tabela 10 - Comparação pré e pós de clientes por classes de comportamentos adequados
Comportamentos
Pré-teste
Pós-teste
Z
p
Média
DP
Média
DP
Aderir à atividade
9,67
5,85
29,28
12,37
-3,00
0,003
Comunicar adequadamente
28,44
28,60
27,06
38,76
-0,37
0,70
Acatar orientação
17,28
15,79
12,28
10,08
-1,19
0,23
Fonte: Elaborado pelas autoras
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Os comportamentos inadequados podem ser visualizados na Tabela 11. Apenas a
categoria Masturbar-se não diminuiu do pré para o pós-teste, sendo que as demais categorias
diminuíram em suas frequências.
Tabela 11 - Comportamentos inadequados dos clientes no pré-teste e no pós-teste em
frequência absoluta e relativa
Comportamentos inadequados
Pré-teste
Pós-teste
Autoagressão
13
2,93%
2
1,03%
Heteroagressão
17
3,83%
0
0%
Masturbar-se
0
0%
31
16,06%
Evacuar
1
0,22%
0
0%
Destruir Ambiente
67
15,12%
26
13,47%
Gritar
100
22,57%
47
24,35%
Estereotipia
239
53,95%
87
45,07%
Pica
3
0,67%
0
0
Chorar
3
0,67%
0
0
Total
443
100,00%
193
100,00%
Fonte: Elaborado pelas autoras
Investigou-se, também, mudanças significativas nas médias dos comportamentos
inadequados. Dos comportamentos observados, oito deles tiveram médias menores no pós-
teste, mas apenas uma das classes de comportamentos inadequados, Estereotipia (p=0,007),
teve diferença significativa entre os dois momentos de avaliação, como pode ser observado na
Tabela 12.
Tabela 12 - Comparação pré e pós de clientes por classes de comportamentos inadequados
(Teste de Wilcoxon)
Comportamentos
Pré-teste
Pós-teste
Z
p
Média
DP
Média
DP
Autoagressão
0,72
2,6
0,11
0,32
-0,73
0,46
Heteroagressão
0,94
2,46
0
0
-1,84
0,06
Masturbar
0
0
1,72
7,3
-1
0,31
Evacuar
0,06
0,23
0
0
-1
0,31
Destruir ambiente
3,72
9,15
1,44
5,17
-1,95
0,051
Gritar
5,56
13,12
2,61
7,6
-1,48
0,13
Estereotipia
13,28
23,25
4,83
10,46
-2,68
0,007
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Pica
0,17
0,51
0
0
-1,34
0,18
Chorar
0,17
0,38
0
0
-1,73
0,08
Fonte: Elaborado pelas autoras
Discussão
Os dados obtidos apontam para mudanças significativas após a intervenção. Com
relação aos comportamentos adequados e inadequados dos profissionais nos pré e no pós-teste,
ambos apresentaram diferenças significativas fortes, sinalizando aumento de comportamentos
adequados e diminuição considerável dos comportamentos inadequados no pós-teste,
confirmando as hipóteses levantadas.
Os dados encontrados relacionados aos comportamentos adequados dos profissionais na
primeira filmagem nos trazem um panorama geral dos comportamentos iniciais dos
participantes, como “Conversar”, sendo o comportamento que mais apareceu, seguido de
Desenvolver atividade específica e Desenvolver atividade lúdica. Tais comportamentos são
observados no repertório inicial destes participantes, por fazerem parte do repertório laboral
destes profissionais. Após conhecerem os conceitos da AC, Análise funcional (AF) e DRA e
DRI por meio do programa de capacitação, esperava-se um aumento nas categorias de
comportamentos como elogiar atividade completa, elogiar emissão de outro comportamento, e
elogiar comportamento incompatível.
A classe de comportamento Elogiar atividade completa apresentou significância
estatística, o que pode ser inferido como uma tentativa de reforçar comportamentos adequados
dos clientes/alunos. Destes, apenas elogiar comportamento incompatível não apresentou
aumento, o que pode sinalizar que os participantes compreenderam a necessidade de sequenciar
apropriadamente os comportamentos adequados que seus clientes emitiam. De acordo com
Cowdery, Iwata e Pace (1990), os reforçamentos diferenciais tem bons resultados na
autoagressão. Outro resultado esperado é que ao reforçar outros comportamentos mais
adequados, os inadequados diminuem de frequência, aumentando o repertório comportamental.
Os comportamentos inadequados também apresentaram resultados esperados após os
participantes entrarem em contato com o material, diminuindo sua frequência, apenas
“interromper atendimento” manteve-se com a mesma pontuação. Com relação aos
comportamentos inadequados dos profissionais, as classes que diminuíram significativamente
no pós-teste foram: reforçar comportamento inadequado; interromper atividade-fim de sua
especialidade e, não elogiar emissão de DRO. Estes dados sugerem que, após tomar
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conhecimento de conceitos da AC, os profissionais atentaram às consequências emitidas por
estes aos comportamentos de seus clientes, com diminuição do reforçamento de
comportamentos inadequados, de interromper as atividades realizadas e não elogiar outros
comportamentos adequados que pudessem surgir durante o atendimento. No que concerne às
categorias de comportamentos que evidenciaram diferença estatisticamente significativa,
observa-se que a estereotipia demonstrou uma diferença significativa robusta. Tal diferença
sugere uma redução nos comportamentos associados a essa classe do pré-teste para o pós-teste.
Relacionado aos comportamentos adequados das crianças, aderir à atividade e os totais
de comportamento apresentaram um aumento. Os comportamentos adequados totais
aumentaram de frequência e as crianças passaram a aderir mais às atividades propostas pelos
profissionais. Este mesmo dado apresentou diferença significativa forte na análise estatística.
Conforme apontado por Boutot e Tincani (2009), ao propiciar condições para que as crianças
manifestem comportamentos mais apropriados, observa-se um aumento na frequência desses
comportamentos por meio da implementação de reforçamentos diferenciais.
Os comportamentos inadequados das crianças apresentaram diminuição em quase todas
as categorias, exceto em Masturbar-se. Infere-se que houve uma variável não identificada,
ambiental ou medicamentosa, que alterou o comportamento da criança com relação a esta classe
comportamental. Uma diminuição significativa moderada pôde ser observada nos
comportamentos inadequados das crianças, o que sugere uma diminuição dos comportamentos
inadequados do pré para o pós-teste. Os dados obtidos com os clientes mostram que a melhora
nas práticas educativas dos profissionais refletiu rapidamente no comportamento dos seus
clientes, possibilitando melhores condições de aprendizagem nos atendimentos terapêuticos ou
pedagógicos.
Alguns comportamentos, como elogiar atividade completa, elogiar a emissão de outro
comportamento, são comportamentos em que o emissor deve estar atento para ser contingente.
Emitir tais comportamentos de maneira adequada exige a aprendizagem de algumas
habilidades, como a de realizar a Análise Funcional, e desta forma, fazer a discriminação correta
dos comportamentos do cliente e comportar-se apropriadamente.
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Considerações finais
O presente estudo buscou descrever e comparar os comportamentos adequados e
inadequados manifestados por profissionais e crianças com comportamentos atípicos após a
implementação do programa de capacitação. Os resultados indicaram um aumento significativo
nos comportamentos adequados e uma diminuição significativa nos comportamentos
inadequados, tanto por parte dos profissionais quanto das crianças envolvidas. Os profissionais
demonstraram uma maior atenção em fornecer consequências reforçadoras para os
comportamentos de seus clientes, evidenciando um aumento nos elogios, bem como uma maior
aderência às atividades por parte das crianças.
Os profissionais também reforçaram menos comportamentos inadequados e
interromperam menos as atividades-fim que estavam sendo desenvolvidas com as crianças. Os
pacientes-clientes dos participantes aderiram mais às atividades propostas no pós-teste, o que
pode ser consequência do comportamento elogiar atividade completa que também foi emitido
em maior frequência no pós-teste. Os participantes tornaram-se mais atentos aos
comportamentos que emitiam frente às condutas das crianças, o que pode ter como resultado os
números observados no pós-teste. A categoria Masturbar-se permaneceu na mesma frequência,
muito possivelmente pelas consequências reforçadoras sensoriais deste comportamento. Os
profissionais, provavelmente, aprenderam a avaliar os comportamentos que emitiam enquanto
consequência dos comportamentos das crianças, mesmo que não soubessem ao certo nomear
os procedimentos (DRA, DRI ou DRO) dessa forma, os pacientes-clientes aumentaram os
comportamentos adequados (Aderir à atividade e Comunicar adequadamente).
Enquanto limitações deste estudo, um maior número de participantes poderia prover
dados mais generalizáveis para as práticas laborais. Outra limitação se refere ao fato de que o
programa de ensino utilizado era universal, não associado diretamente às necessidades deles.
Não foi possível prever e controlar variáveis estranhas que podem ter influenciado alguns
comportamentos como o de masturbar-se, no pós-teste, que foi emitido por um único
participante.
Para estudos futuros, sugere-se a realização de follow-up para verificar se há mudanças
nos resultados. Sugere-se, ainda, na intervenção a realização de encontros presenciais, para o
uso do vídeo feedback que possibilita que o participante visualize seu próprio comportamento
e o do seu cliente, tanto em situações adequadas como inadequadas, possibilitando a reflexão
conjunta com o pesquisador sobre como utilizar as estratégias de reforçamento diferencial nas
situações onde o comportamento inadequado ocorreu, tanto do profissional como do cliente.
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI e Gelci Saffiotte ZAFANI
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Psicologia e Educação: O manejo comportamental como práxis e estratégia de estudo para o TEA
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023064, 2023. e-ISSN: 1519-9029
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YAZAWA, T.; FORNAZARI, S. A.; RODRIGUES, O. M. P. R. R. Graves problemas de
comportamento no atendimento em saúde: como lidar? 2018. (Material de capacitação não
publicado).
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: Gostaria de agradecer alguém ou alguma instituição? UNESP de Bauru
e UNESP de Marília.
Financiamento: Não aplicável.
Conflitos de interesse: Não aplicável.
Aprovação ética: O trabalho respeitou a ética durante a pesquisa? Passou por algum comitê
de ética? Sim. Projeto aprovado no Comitê de ética em pesquisa. CAEE
76995717.2.0000.5398.
Disponibilidade de dados e material: Os instrumentos estão citados nas referências.
Contribuições dos autores: Conceitualização: Thaís Yazawa, Fabiola Colombani e Gelci
Saffiotte Zafani. Metodologia: Thaís Yazawa. Redação Primeira Versão: Thaís Yazawa,
Fabiola Colombani e Gelci Saffiotte Zafani. Revisão Final: Thaís Yazawa, Fabiola
Colombani.
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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PSYCHOLOGY AND EDUCATION: BEHAVIORAL MANAGEMENT AS PRAXIS
AND STUDY STRATEGY FOR ASD
PSICOLOGIA E EDUCAÇÃO: O MANEJO COMPORTAMENTAL COMO PRÁXIS E
ESTRATÉGIA DE ESTUDO PARA O TEA
PSICOLOGÍA Y EDUCACIÓN: MANEJO DEL COMPORTAMIENTO COMO
PRÁCTICA Y ESTRATEGIA DE ESTUDIO DEL TEA
Thaís YAZAWA1
e-mail: tatayazawa@gmail.com
Fabiola COLOMBANI 2
e-mail: fabiolacolombani@unimar.br
Gelci Saffiotte ZAFANI3
e-mail: gelciszafani@gmail.com
How to reference this paper:
YAZAWA, T.; COLOMBANI, F.; ZAFANI, G. S. Psychology and
education: Behavioral management as praxis and study strategy for
ASD. Revista on line de Política e Gestão Educacional,
Araraquara, v. 27, n. 00, e023064, 2023. e-ISSN: 1519-9029. DOI:
https://doi.org/10.22633/rpge.v27i00.18689
| Submitted: 22/06/2023
| Revisions required: 10/08/2023
| Approved: 07/10/2023
| Published: 17/11/2023
Editor:
Prof. Dr. Sebastião de Souza Lemes
Deputy Executive Editor:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
1
São Paulo Court of Justice (TJSP), Lençóis Paulista SP Brazil. Psychologist in the Judiciary. Doctoral degree
in Psychology (UNESP).
2
University of Marília (UNIMAR), Marília SP Brazil. Assistant Professor of Psychology Course and
Coordinator of the Psychology Clinic. Doctoral degree in Education (UNESP).
3
University of Marília (UNIMAR), Marília SP Brazil. Professor of the Psychology Course. Master's degree in
Education (UNESP).
Psychology and education: Behavioral management as praxis and study strategy for ASD
RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023064, 2023. e-ISSN: 1519-9029
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ABSTRACT: The primary objective of this article is to delve into behavioral management
grounded in Behavior Analysis, aiming to stimulate reflective praxis and a thorough exploration
of Autism Spectrum Disorder (ASD). Employing the methodology of the Aberrant Behavior
Checklist (ABC) and pre-and post-test filming, the study aimed to outline and compare the
frequency of appropriate and inappropriate behaviors among children displaying atypical
behavior in individual care. Additionally, it sought to assess the appropriate and improper
behavioral repertoire of education and health professionals in handling these behaviors before
and after participating in a training program centered on developing effective management
strategies. The results yielded positive outcomes, demonstrating a significant increase in
appropriate behaviors and a noteworthy decrease in inappropriate behaviors among
professionals and the children involved.
KEYWORDS: Psychology. Education. Behavioral management. ASD.
RESUMO: Este artigo tem como principal propósito discutir acerca do manejo
comportamental baseado na Análise do Comportamento com o intuito de suscitar a reflexão
para uma práxis e um estudo aprofundado sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Por
meio da metodologia adotada utilizando o Aberrant Behavior Checklist (ABC) e filmagens pré
e pós-teste, foi possível descrever e comparar a frequência de comportamentos adequados e
inadequados de crianças que apresentavam atipias em atendimentos individuais e, o repertório
comportamental adequado e inadequado de profissionais da educação e da saúde no manejo
destes comportamentos, antes e depois da participação em um programa de ensino baseado na
forma de desenvolver o manejo. Os resultados foram positivos na medida em que houve um
aumento significativo de comportamentos adequados e uma diminuição significativa de
comportamentos inadequados tanto dos profissionais, quanto das crianças envolvidas.
PALAVRAS-CHAVE: Psicologia. Educação. Manejo comportamental. TEA.
RESUMEN: El objetivo principal de este artículo es discutir el manejo conductual basado en
el Análisis de Conducta con el objetivo de incentivar la reflexión para la praxis y el estudio en
profundidad del TEA. A través de la metodología adoptada utilizando el Aberrant Behavior
Checklist (ABC) y filmaciones pre y post-test, fue posible describir y comparar la frecuencia
de conductas apropiadas e inapropiadas de los niños que presentaron atipia en el cuidado
individual y el repertorio conductual apropiado e inapropiado. de los profesionales de la
educación y la salud en el manejo de estas conductas, antes y después de participar en un
programa de enseñanza basado en cómo desarrollar la gestión. Los resultados fueron positivos
ya que hubo un aumento significativo de conductas apropiadas y una disminución significativa
de conductas inapropiadas tanto por parte de los profesionales como de los niños involucrados.
PALABRAS CLAVE: Psicología. Educación. Manejo del comportamiento. TEA.
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI and Gelci Saffiotte ZAFANI
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Introduction
The behavioral assessment procedure is an instrument that contributes to the support of
modifying atypical or inappropriate behaviors. However, it is necessary to observe,
comprehend, and analyze the target behavior for change (MILTENBERGER, 2018). According
to Miltenberger (2018), behavioral assessment provides information to verify the effectiveness
of treatment and whether there have indeed been behavioral changes. In direct examination,
behavior is observed and recorded as it occurs using recording methods. It is possible to identify
their function through observation and initiate appropriate behavioral modification strategies
for atypical behaviors.
Among the most frequently described behavioral intervention strategies in the literature
are functional analysis and differential reinforcements. According to Boutot and Tincani (2009),
among the differential reinforcements are the Differential Reinforcement of Alternative
Behavior (DRA), Differential Reinforcement of Incompatible Behavior (DRI), and Differential
Reinforcement of Other Behavior (DRO). A specific alternative behavior is chosen and
reinforced immediately after its occurrence in DRA. In this case, it does not necessarily have
to be topographically incompatible with the behavior intended for extinction or reduction in
frequency. In DRI, incompatible and appropriate behaviors are reinforced, considering the
behavior to be extinguished. In DRO, another behavior emitted, different from the inappropriate
behavior, will be supported at the time of its occurrence.
Cowdery, Iwata and Pace (1990) drew attention to the importance of differential
reinforcements for the reduction of self-injury. Their study involved a nine-year-old boy, Jerry,
who exhibited self-injurious behavior. When hospitalized, Jerry was treated with punishment
(brief application of ice contingent on scratching), which reduced self-injury by 30%. In the
first phase, data were collected for the baseline of functional analysis to identify the functional
properties of Jerry's self-injury. This phase was conducted following the model of a previous
study (IWATA et al., 1994), using four conditions: attention, demand, alone, and play, with the
addition of one more condition, along with toys.
In analyzing the results, Jerry engaged in self-scratching when he was alone. Self-injury
did not occur in any of the other conditions. These findings suggest that other forms of
stimulation (social interaction, toys, academic activities) served as effective distractors for self-
injury, providing conditions for concurrent behavior. Thus, the second phase of treatment
commenced, utilizing tokens in a Differential Reinforcement of Other Behavior (DRO)
schedule, conducted with Jerry alone in a room without access to toys. The therapist informed
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Jerry that he would "leave the room for a few minutes and should not scratch himself." If Jerry
refrained from self-scratching and exhibited other appropriate behavior, he earned a token and
social reinforcers. Ultimately, Jerry was allowed to exchange the tokens for access to TV,
snacks, video games, and other materials. Self-injurious behavior was reduced to zero, returning
to rates of 78% when the procedure was reversed.
Procedures developed by Behavior Analysis (BA) can be applied within classrooms and
individual counseling settings. DiGennaro, Martens and Kleinmann (2007) implemented
teaching procedures for teachers and emphasized that using evidence-based practices is
particularly crucial when a psychologist collaborates with the teacher in planning,
implementing, and evaluating an intervention plan for the student. Furthermore, the authors
stated that the responsibility for the intervention plan primarily lies with the teacher, requiring
them to acquire new skills to be incorporated into their academic repertoire.
Psychology is a science that has much to contribute to educators (HENKLAIN;
CARMO, 2013) but many barriers and labels still exist. Behavior Analysis, due to the
unfamiliarity with its principles, has been considered technocratic and reductionist towards
humans, despite other authors demonstrating the opposite (CARMO; BAPTISTA, 2003;
CARRARA, 2005; LUNA, 2000; TEIXEIRA, 2006; TODOROV; MOREIRA, 2008).
According to Henklain and Carmo (2013), there is a demand for the identification of practices
that facilitate teaching, necessitating the study of behavior through experimental analysis that
"allows the proposal and application of efficient and effective practices and teachings" (p. 707,
our translation).
Observing and topographically describing behaviors enables the selection of the primary
target responses for intervention and the choice of emergency intervention strategies, aiming to
maintain the safety of those involved in the case of aggression and self-injury, focused on
weakening or eliminating aggressive responses in the medium or long term (REY, 2018).
Functionally understanding the responses emitted by clients is one of the premises of the
training in which they are involved.
Observing and topographically describing both the behavior of clients' and
professionals' behavior would be a more objective measure of participant learning. The present
study aimed to describe and compare the frequency of appropriate and inappropriate behaviors
in children exhibiting atypical behaviors during individual sessions. Additionally, it sought to
assess the repertoire of appropriate and inappropriate behaviors exhibited by healthcare and
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI and Gelci Saffiotte ZAFANI
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education professionals in managing these behaviors before and after participating in a behavior
analysis-based training program.
The research design employed was quasi-experimental, with participants serving as their
controls in pre- and post-intervention comparisons within an ABC design: A representing
Baseline 1 (identification of atypical behaviors in children and recording of professional and
client behaviors during sessions), B denoting the intervention (training course), and C
signifying Baseline 2 (identification of atypical behaviors in children and recording of
professional and client behaviors during sessions).
For this study, 18 participants, healthcare and education professionals with experience
in special education and related demands, were contacted to participate in the research. The
Aberrant Behavior Checklist (ABC), developed by Aman et al. (1985), was employed. The
ABC is an empirically developed scale designed to measure psychiatric and behavioral
symptoms, categorized into five major domains (irritability, agitation and crying, lethargy,
social withdrawal, and stereotyped behavior). In addition to this instrument, the instructional
material "Serious Behavior Problems in Health Care: How to Deal With Them?" (Yazawa;
Fornazari; Rodrigues, 2018). was utilized. This material consists of three modules, totaling 70
pages of texts and essays, and multiple-choice exercises for assessing the material read, with a
self-correction mechanism.
The data collection, conducted in four stages, involved contacting the participants
(teachers and healthcare professionals) who were filmed during sessions or in classrooms
interacting with children with Autism Spectrum Disorder (ASD) or other diagnoses before the
intervention with the educational material (Baseline 1). After filming, participants underwent
the "Serious Behavior Problems in Health Care How to Deal With Them?" course with the
instructional material. After completing the course, another session of professional interactions
or classroom periods was scheduled for filming and data collection for the post-test (Baseline
2).
To analyze pre and post-test filming results, both professional (appropriate and
inappropriate) and client behaviors (appropriate and inappropriate) were coded and quantified.
The data were subjected to relative frequency analysis at two-time points - before and after the
intervention. Additionally, a comparative statistical analysis was conducted using the non-
parametric Wilcoxon test.
The intervention, comprising the pre-test filming, the course, and the post-test, lasted
approximately five months, with three months exclusively dedicated to completing the course.
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Results
The first set of data addresses the results of the pre-test and post-test concerning the
categories of appropriate behaviors exhibited by professionals. Table 1 displays the percentage
occurrence of appropriate and inappropriate behaviors by professionals. When considering the
total values obtained in the pre-test and post-test, it is observed that 75.5% of behaviors
exhibited by professionals were deemed appropriate in the pre-test, while in the post-test, this
number increased to 95%.
Table 1 - Total appropriate behaviors of professionals in pre-test and post-test in absolute and
relative frequency
Pre-test
Post-test
n
%
n
%
1828
75,5%
2512
95%
591
24,5%
131
5%
2419
100%
2643
100%
Source: Compiled by the authors
Table 2 presents the mean values of appropriate and inappropriate behaviors of
professionals in the pre and post-test. The statistical analysis showed a significant difference in
appropriate and inappropriate behaviors (p=0.010 and p=0.001).
Table 2 - Comparison of means of total appropriate and inappropriate behaviors of
professionals in pre-test and post-test (Wilcoxon Test)
Behaviors
Pre-test
Post-test
p
Mean
DP
Mean
DP
Appropriate
101,56
41,88
139,56
49,17
0,010
Inappropriate
32,83
55,19
7,28
13,14
0,001
Source: Compiled by the authors
Considering the total values obtained in the pre-test and post-test for each behavior, an
increase from 1828 to 2512 total behaviors is evident. The behavior of Praising another
behavior saw an absolute frequency increase from 34 to 184; similarly, Praising complete
activity increased from 112 to 252, and Talking increased from 1175 to 1560 (Table 3).
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI and Gelci Saffiotte ZAFANI
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Table 3 - Appropriate behaviors of professionals in pre-test and post-test in absolute and
relative frequency
Appropriate Behaviors
Pre-test
Post-test
Containing the client in aggression
21
1,15%
4
0,16%
Developing playful activities
193
10,55%
234
9,31%
Developing specific activities
292
15,97%
278
11,07%
Talking
1175
64,28%
1560
62,11%
Praising complete activity
112
6,13%
252
10,03%
Praising the emission of another behavior
34
1,86%
184
7,32%
Praising incompatible behavior
1
0,06%
0
0,00%
Total
1828
100,00%
2512
100,00%
Source: Compiled by the authors
Table 4 shows the means of appropriate behaviors before and after the intervention. It
is observed that four out of the seven behaviors had higher means in the post-test. The statistical
analysis showed that the Praising complete activity behavior class significantly changed from
pre to post-test (p=0.031).
Table 4 - Pre and post-comparison of professionals by classes of appropriate behaviors
Behaviors
Pre-test
Post-test
Z
p
Mean
DP
Mean
DP
Containing the client in aggression
1,17
3,31
0,22
0,64
-
1,62
0,1
Developing playful activities
10,72
8,51
13
12,54
-
0,76
0,44
Developing specific activities
16,22
18,69
15,44
11,3
-
0,04
0,96
Talking
65,28
39,15
86,67
38,58
-
1,72
0,08
Praising complete activity
6,22
8,427
14
13,31
-
2,15
0,031
Praising the emission of another behavior
1,89
2,96
10,22
20,87
-
1,82
0,06
Praising incompatible behavior
0,06
0,23
0
0
-1
0,31
Source: Compiled by the authors
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Regarding inappropriate behaviors, almost all decreased in frequency, except for
Interrupting service, which remained at the same values in the pre and post-test. These data are
described in Table 5.
Table 5 - Inappropriate behaviors of professionals in pre-test and post-test in absolute and
relative frequency
Inappropriate Behaviors
Pre-test
Post-test
Ignoring the client in aggression
88
14,89%
19
14,50%
Reinforcing inappropriate behavior
210
35,53%
31
23,66%
Interrupting end activities
108
18,27%
28
21,37%
Not praising DRO
117
19,79%
45
34,35%
Interrupting the service
8
1,35%
8
6,10%
Total
591
100%
131
100%
Source: Compiled by the authors
The investigation also examined changes in pre- and post-intervention averages. Of the
five observed behaviors, four had lower averages in the post-test than in the pre-test. The data
indicated that three of them decreased significantly: Reinforcing inappropriate behavior
(p=0.001), Interrupting end activities of their specialty (p=0.002), and Not praising the
emission of DRO (p=0.013), as can be seen in Table 6.
Table 6 - Pre and post-comparison of professionals by classes of inappropriate behaviors
Behaviors
Pre-test
Post-test
Z
p
Mean
DP
Mean
DP
Ignoring aggression
4,89
13,17
1,06
2,64
-
1,36
0,17
Reinforcing inappropriate behavior
11,67
21,96
1,72
2,63
-
3,10
0,001
Interrupting end activities
6,00
9,24
1,56
3,14
-
3.10
0,002
Not praising the emission of another behavior
9,83
14,00
2,50
4,89
-
2,48
0,013
Interrupting the service
0,44
0,78
0,44
1,65
-
0,97
0,33
Source: Compiled by the authors
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI and Gelci Saffiotte ZAFANI
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The clients' behaviors were also analyzed, considering the total of appropriate and
inappropriate behaviors in the pre and post-test, and then the specific behaviors analyzed for
each class. It is observed that appropriate behaviors increased from 69% to 84.7%, while
inappropriate behaviors decreased from 30.8% to 15.3%.
Table 7 - Total appropriate behaviors of professionals in pre-test and post-test in absolute and
relative frequency
Pre-test
Post-test
n
%
n
%
997
69,2%
1073
84,7%
443
30,8%
193
15,3%
1440
100%
1266
100%
Source: Compiled by the authors
Table 8 presents the mean values of appropriate and inappropriate behaviors of
professionals in the pre and post-test. The statistical analysis showed that inappropriate
behaviors (p=0.024) significantly decreased from pre- to post-test.
Table 8 - Comparison of means of total appropriate behaviors of clients in the pre-test and
post-test (Wilcoxon Test)
Behaviors
Pre-test
Post-test
p
Mean
DP
Mean
DP
Appropriate
55,39
41,77
59,61
40,76
0,76
Inappropriate
24,61
33,93
10,72
19,00
0,024
Source: Compiled by the authors
Regarding specific appropriate behaviors of clients, presented in Table 9, an increase in
the category Adhering to the activity and the total of emitted behaviors can be identified.
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Table 9 - Appropriate behaviors of clients in pre-test and post-test in absolute and relative
frequency
Appropriate Behaviors
Pre-test
Post-test
Adhering to the activity
174
17,45%
365
34,01%
Communicating appropriately
512
51,35%
487
45,38%
Following guidance
311
31,19%
221
20,59%
Total
997
100,00%
1073
100,00%
Source: Compiled by the authors
The means of appropriate behaviors at both moments were also compared. Only the
behavior class Adhering to the activity had a statistically significant difference (p=0.003),
increasing from pre to post-test, as observed in Table 10.
Table 10 - Pre and post-comparison of clients by classes of appropriate behaviors
Behaviors
Pre-test
Post-test
Z
p
Mean
DP
Mean
DP
Adhering to the activity
9,67
5,85
29,28
12,37
-
3,00
0,003
Communicating appropriately
28,44
28,60
27,06
38,76
-
0,37
0,70
Following guidance
17,28
15,79
12,28
10,08
-
1,19
0,23
Source: Compiled by the authors
Inadequate behaviors can be viewed in Table 11. Only the category Masturbating did
not decrease from pre- to post-test, while the other categories decreased in their frequencies.
Table 11 - Inadequate behaviors of clients in pre-test and post-test in absolute and relative
frequency
Inadequate Behaviors
Pre-test
Post-test
Self-aggression
13
2,93%
2
1,03%
Other-aggression
17
3,83%
0
0%
Masturbating
0
0%
31
16,06%
Defecating
1
0,22%
0
0%
Environment Destruction
67
15,12%
26
13,47%
Screaming
100
22,57%
47
24,35%
Stereotypy
239
53,95%
87
45,07%
Thaís YAZAWA; Fabiola COLOMBANI and Gelci Saffiotte ZAFANI
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Allotriophagia
3
0,67%
0
0
Crying
3
0,67%
0
0
Total
443
100,00%
193
100,00%
Source: Compiled by the authors
Significant changes in the means of inappropriate behaviors were also investigated. Of
the observed behaviors, eight had lower standards in the post-test, but only one of the wrong
behavior classes, Stereotypy (p=0.007), had a significant difference between the two assessment
moments, as seen in Table 12.
Table 12 - Pre and post-comparison of clients by classes of inappropriate behaviors
(Wilcoxon Test)
Behaviors
Pre-test
Post-test
Z
p
Mean
DP
Mean
DP
Self-aggression
0,72
2,6
0,11
0,32
-0,73
0,46
Other-aggression
0,94
2,46
0
0
-1,84
0,06
Masturbating
0
0
1,72
7,3
-1
0,31
Defecating
0,06
0,23
0
0
-1
0,31
Environment
Destruction
3,72
9,15
1,44
5,17
-1,95
0,051
Screaming
5,56
13,12
2,61
7,6
-1,48
0,13
Stereotypy
13,28
23,25
4,83
10,46
-2,68
0,007
Allotriophagia
0,17
0,51
0
0
-1,34
0,18
Crying
0,17
0,38
0
0
-1,73
0,08
Source: Compiled by the authors
Discussion
The obtained data point to significant changes after the intervention. Regarding
professionals' appropriate and inappropriate behaviors in the pre and post-test, both showed
significant solid differences, indicating an increase in proper behaviors and a considerable
decrease in problematic behaviors in the post-test, confirming the hypotheses raised.
The data related to the appropriate behaviors of professionals in the first filming provide
an overall view of the participants' initial behaviors, such as "Talking" being the most frequently
observed behavior, followed by Developing specific activity and Developing playful activity.
These behaviors are kept in the initial repertoire of these participants as they are part of the
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working repertoire of these professionals. After becoming familiar with the concepts of AC,
Functional Analysis (FA), and DRA and DRI through the training program, an increase in
categories of behaviors such as praising complete activity, praising the emission of another
behavior, and praising incompatible behavior was expected.
The behavior Praising complete activity class showed statistical significance, which can
be inferred as an attempt to reinforce appropriate behaviors of clients/students. Among these,
only Praising incompatible behavior did not increase, which may signal that the participants
understood the need to sequence the appropriate behaviors their clients emitted appropriately.
According to Cowdery, Iwata and Pace (1990), differential reinforcement has good results in
self-aggression. Another expected result is that by reinforcing other, more appropriate
behaviors, inappropriate ones decrease in frequency, thus expanding the behavioral repertoire.
The inappropriate behaviors also showed expected results after participants came into
contact with the material, decreasing in frequency, with only Interrupting the session
maintaining the same score. Regarding the inappropriate behaviors of professionals, the classes
that significantly decreased in the post-test were: reinforcing inappropriate behavior,
interrupting end-of-session activities in their specialty, and not praising the emission of DRO.
These data suggest that, after becoming aware of AC concepts, professionals paid attention to
the consequences issued by these behaviors of their clients, with a decrease in reinforcing
inappropriate behaviors, interrupting ongoing activities, and not praising other appropriate
behaviors that might arise during the session. As for the categories of behaviors that showed a
statistically significant difference, it is observed that stereotypy demonstrated a robust
considerable difference. This difference suggests a reduction in behaviors associated with this
class from the pre-test to the post-test.
Related to the appropriate behaviors of the children, adhering to the activity and the total
behaviors showed an increase. Total appropriate behaviors increased in frequency, and the
children started to stick more to the actions proposed by the professionals. This same data
showed a vital statistically significant difference in the analysis. As pointed out by Boutot and
Tincani (2009), by providing conditions for children to manifest more appropriate behaviors,
the frequency of these behaviors is observed through the implementation of differential
reinforcements.
Inappropriate behaviors of the children decreased in almost all categories except for
Masturbating. It is inferred that an unidentified variable, environmental or medicinal, altered
the child's behavior regarding this behavioral class. A moderate significant decrease could be
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observed in the children's inappropriate behaviors, suggesting a reduction in inappropriate
behaviors from pre-test to post-test. The data obtained from the clients show that improvements
in the professionals' educational practices are quickly reflected in their clients' conduct,
enabling better learning conditions in therapeutic or pedagogical sessions.
Some behaviors, such as praising a complete activity, praising the emission of another
behavior, are behaviors in which the emitter must be attentive to be contingent. Emitting such
behaviors appropriately requires learning some skills, such as conducting a Functional Analysis,
and thus, making the correct discrimination of the client's behaviors and behaving appropriately.
Final considerations
The present study aimed to describe and compare the appropriate and inappropriate
behaviors exhibited by professionals and children with atypical behaviors after the
implementation of the training program. The results indicated a significant increase in
appropriate behaviors and a significant decrease in inappropriate behaviors for professionals
and the involved children. Professionals showed greater attention in providing reinforcing
consequences for their clients' behaviors, demonstrating an increase in praise and greater
adherence to activities by the children.
Professionals also reinforced fewer inappropriate behaviors and interrupted the end
activities that were being developed with the children. Participants' patient-clients adhered more
to the proposed activities in the post-test, which may be a consequence of the behavior of
Praising a complete training, which was also emitted more frequently in the post-test.
Participants became more attentive to the behaviors they radiated in response to the children's
conduct, which may have resulted in the observed numbers in the post-test. The category
Masturbating remained at the same frequency, most likely due to the sensory reinforcing
consequences of this behavior. Professionals probably learned to assess the behaviors they
emitted as a consequence of children's behaviors, even if they could not precisely name the
procedures (DRA, DRI, or DRO) thus, patient-clients increased appropriate behaviors
(Adhering to the activity and Communicating appropriately).
As a limitation of this study, more participants could provide more generalizable data
for professional practices. Another limitation is that the teaching program was universal not
directly associated with their specific needs. It was not possible to predict and control
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RPGE Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 27, n. 00, e023064, 2023. e-ISSN: 1519-9029
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extraneous variables that may have influenced some behaviors, such as masturbation in the
post-test, which was emitted by a single participant.
For future studies, it is suggested to conduct follow-ups to assess any changes in the
results. Additionally, it is recommended to incorporate in-person meetings during the
intervention, allowing for video feedback. This approach enables participants to observe their
behavior and that of their clients in appropriate and inappropriate situations. It facilitates
collaborative reflection with the researcher on implementing differential reinforcement
strategies in cases where inappropriate behavior occurs for both the professional and the client.
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CRediT Author Statement
Acknowledgements: UNESP from Bauru and UNESP from Marília.
Funding: Not applicable.
Conflicts of interest: Not applicable.
Ethical approval: Yes. The project was approved by the Research Ethics Committee.
CAEE 76995717.2.0000.5398.
Data and material availability: The instruments are cited in the references.
Authors' contributions: Conceptualization: Thaís Yazawa, Fabiola Colombani and Gelci
Saffiotte Zafani. Methodology: Thaís Yazawa. Writing First Draft: Thaís Yazawa, Fabiola
Colombani and Gelci Saffiotte Zafani. Final Review: Thaís Yazawa, Fabiola Colombani.
Processing and editing: Editora Ibero-Americana de Educação.
Proofreading, formatting, normalization and translation.