Currículo por campos de experiência na educação infantil: ainda é possível preservar o ensino desenvolvente?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v24i2.13312

Palavras-chave:

Educação infantil, Base Nacional Comum Curricular, Pedagogia histórico-crítica, Escola de Vigotski.

Resumo

O presente artigo efetua a caracterização geral e o exame crítico daquilo que impõe a legislação atual para a Educação Infantil, com o objetivo explorar caminhos possíveis para a formulação de propostas curriculares de orientação histórico-crítica diante da vigência da noção de “campos de experiência”. A partir da análise do capítulo da Base Nacional Comum Curricular dedicado à Educação Infantil e do documento “Campos de experiências: efetivando direitos e aprendizagens na Educação Infantil”, de 2018, identificam-se aspectos válidos e problematiza-se a persistência do enfoque antiescolar e da concepção liberal e idealista de educação. Conclui-se com busca de caminhos possíveis para o trabalho pedagógico colocando em tela as experiências infantis e seus conteúdos.

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Biografia do Autor

Juliana Campregher Pasqualini, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Docente do Departamento de Psicologia da UNESP, câmpus Bauru, e do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar do câmpus Araraquara.

Lígia Márcia Martins, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Docente aposentada do Departamento de Psicologia da UNESP, câmpus Bauru. Professora credenciada no Programa de Pos-Graduação em Educação Escolar da UNESP câmpus Araraquara.

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Publicado

09/04/2020

Como Citar

PASQUALINI, J. C.; MARTINS, L. M. Currículo por campos de experiência na educação infantil: ainda é possível preservar o ensino desenvolvente?. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 24, n. 2, p. 425–447, 2020. DOI: 10.22633/rpge.v24i2.13312. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/13312. Acesso em: 28 mar. 2024.

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