O “Programa Ler e Escrever” no contexto de uma escola municipal

Autores

  • Carlos da Fonseca Brandão
  • Fátima Gil de Oliveira Trevelin

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v21.n1.2017.9990

Palavras-chave:

Currículo. Materiais didático-pedagógicos. Avaliações externas. Papel do professor.

Resumo

As reformas educacionais dos anos de 1990 regulamentaram parâmetros e diretrizes gerais, por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, de 1996, para que fossem desenvolvidos na forma de currículos pelos sistemas de ensino em todo o país. No Estado de São Paulo, definiu-se um currículo mínimo e comum a todas as escolas paulistas, o que se deu de forma explícita para o segmento da educação básica de primeira a quarta séries (1º ao 5º anos) através da estruturação do “Programa Ler e Escrever” a partir do ano de 2007. Neste artigo procuramos contextualizar esse programa numa escola municipal, contemplando reflexões sobre o trabalho docente, a formação curricular e as avaliações externas. A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa-descritiva, por meio da análise do material do “Programa Ler e Escrever” e entrevistas com as professoras alfabetizadoras da escola em questão.

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Publicado

15/01/2017

Como Citar

BRANDÃO, C. da F.; TREVELIN, F. G. de O. O “Programa Ler e Escrever” no contexto de uma escola municipal. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, p. 167–189, 2017. DOI: 10.22633/rpge.v21.n1.2017.9990. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/9990. Acesso em: 28 mar. 2024.

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