Práticas inclusivas de alunos com TEA: principais dificuldades na voz do professor e mediador

Autores

  • Célia de Jesus Silva Magalhães Universidade Regional do Cariri (URCA)
  • Jaíze Griffith Magalhães Cruz Faculdade Leão Sampaio
  • Cloves Santos de Moraes Universidade Regional do Cariri (URCA)
  • Lígia Maria Tavares Sampaio Universidade Regional do Cariri (URCA)

DOI:

https://doi.org/10.22633/rpge.v21.n.esp2.2017.10386

Palavras-chave:

Práticas inclusivas. Professor. Mediador. TEA.

Resumo

As práticas inclusivas para alunos com Transtorno do Espectro Autista – TEA são importantes no dia-a-dia da sala de aula, tendo em vista a prioridade na aprendizagem, comunicação e interação dos alunos, e não apenas à presença física. Porém, as dificuldades do professor e mediador com relação às práticas pedagógicas se apresentam como barreiras do processo nesses espaços de aprendizagem sem uma compreensão didática dos docentes que carecem de estudos. Partindo dessa problemática, esta pesquisa tem como objetivos investigar as dificuldades enfrentadas pelos professores e mediadores em sala de aula e identificar as práticas e intervenções pedagógicas mais eficientes direcionadas para a aprendizagem de crianças autistas. A pesquisa bibliográfica nos ajudou no diálogo com a legislação básica LDB 9.294/96, Lei 12.764/2012 e com os relatórios das observações das aulas, como proposta de perceber quais as práticas com melhores resultados e as dificuldades. Utilizamos a entrevista como instrumento de coleta de dados, com dois professores: um mediador e um coordenador pedagógico. Os sujeitos entrevistados revelaram nas suas falas que apesar de utilizarem os métodos ABA (análise Aplicada do Comportamento) e PECS (Sistema de Comunicação pela troca de figuras) como práticas pedagógicas eficientes,  ainda sentem muitas dificuldades com relação à adaptação de atividades (exercícios, trabalhos individuais e coletivos) e explicação dos conteúdos programáticos curriculares, como também a comunicação com os alunos autistas e a falta de formações continuadas para a efetivação das práticas inclusivas na escola, sendo esta última decisiva para a busca de conhecimentos capazes de provocar novas discussões e novas possibilidades didáticas.

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Biografia do Autor

Célia de Jesus Silva Magalhães, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Possui graduação em História pela Universidade Regional do Cariri (1986) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (2011). Atualmente é professor substituto da Universidade Regional do Cariri e diretora acadêmica - Unidade Missão Velha da Universidade Regional do Cariri. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: formação de professores, inclusão escolar, disciplinas didáticas e pedagógicas, história oral, biografia de mulheres professoras (Gênero), Escola Normal. Projetos de Leitura e formação de leitores.

Jaíze Griffith Magalhães Cruz, Faculdade Leão Sampaio

Aluna do Curso de Psicologia da Faculdade Leão Sampaio 8 º semestre e Membro da AMA -Cariri.

Cloves Santos de Moraes, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Graduando em Letras pela Universidade Regional do Cariri (URCA) – VI semestre. Tem experiência como professor na educação básica. Atualmente, é bolsista PIBIC/URCA/FUNCAP, desde 2016, vinculado ao projeto de Iniciação Científica: Fios e desafios na formação pedagógica dos licenciandos do curso de letras da Universidade Regional do Cariri (URCA), Campus Missão Velha (CE) e do projeto de extensão: ESTÍMULO A PRODUÇÃO CIENTÍFICA: construindo percursos de apropriação da linguagem científica escrita. Área de interesse: Didática e Pedagogia, trabalho docente e práticas pedagógicas, formação de professores.

Lígia Maria Tavares Sampaio, Universidade Regional do Cariri (URCA)

Aluna do 5º Semestre de Letras - URCA

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Publicado

01/11/2017

Como Citar

MAGALHÃES, C. de J. S.; CRUZ, J. G. M.; DE MORAES, C. S.; SAMPAIO, L. M. T. Práticas inclusivas de alunos com TEA: principais dificuldades na voz do professor e mediador. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, p. 1031–1047, 2017. DOI: 10.22633/rpge.v21.n.esp2.2017.10386. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/10386. Acesso em: 29 mar. 2024.