RELACIONES INTERNACIONALES ESTADOS UNIDOS-COLOMBIA: EL CASO DEL PLAN COLOMBIA
US-COLOMBIA INTERNATIONAL RELATIONS: THE CASE OF PLAN COLOMBIA
RESUMO: Na segunda metade do século XX, o Estado colombiano preocupava-se em conter a insurgência das guerrilhas, propiciar a paz interna e reestruturar seu poder. O enfraquecimento estatal, maximizado pelo narcotráfico conduzido por grupos guerrilheiros e paramilitares, suscitou discussões acerca da instauração de um plano de segurança envolvendo os Estados Unidos e a Colômbia, intitulado como Plan Colombia em 1999. A política estadunidense de Bill Clinton, inserida em uma conjuntura de guerra aos ilícitos, visou interromper a institucionalização da violência no Estado colombiano, bem como conter os impactos da comercialização de drogas nos territórios adjacentes. Os investimentos majoritários foram provenientes do governo norte-americano, os quais permaneceriam maximizados em função dos episódios de 2001 – quando a “guerra ao terrorismo” converteu o plano como uma luta contra o narcoterrorismo. O presente artigo visa analisar o Plan Colombia na dinâmica das Relações Internacionais entre os EUA e a América Latina.
RESUMEN: En la segunda mitad del siglo XX, el Estado colombiano se preocupó por contener la insurgencia guerrillera, promover la paz interna y reestructurar su poder. El debilitamiento del Estado, maximizado por el narcotráfico liderado por la guerrilla y los grupos paramilitares, provocó discusiones sobre el establecimiento de un plan de seguridad entre Estados Unidos y Colombia, denominado Plan Colombia en 1999. La política estadounidense de Bill Clinton, insertada en una coyuntura de guerra sobre actividades ilícitas, encaminadas a interrumpir la institucionalización de la violencia en el Estado colombiano, así como a contener los impactos de la venta de drogas en territorios colindantes. La mayoría de las inversiones provinieron del gobierno de Estados Unidos, que se mantendría maximizado debido a los episodios de 2001, cuando la “guerra contra el terrorismo” convirtió el plan en una lucha contra el narcoterrorismo. Este artículo tiene como objetivo analizar el Plan Colombia en la dinámica de las Relaciones Internacionales entre Estados Unidos y América Latina.
PALABRAS CLAVE: Relaciones internacionales. Plan Colombia. Estados Unidos. El tráfico de drogas.
1 Universidade Estadual de Maringá (UEM), Maringá – PR – Brasil. Mestranda no Programa de Pós-Graduação em História. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-5911-9370. E-mail: gio_mantovani@hotmail.com
ABSTRACT: In the second half of the 20th century, the Colombian state was concerned with containing the guerrilla insurgency, promoting internal peace and restructuring its power. The weakening of the state, maximized by drug trafficking led by guerrilla and paramilitary groups, sparked discussions about the establishment of a security plan involving the United States and Colombia, entitled Plan Colombia in 1999. Bill Clinton's US policy, inserted in a conjuncture of war on illicit activities, aimed at interrupting the institutionalization of violence in the Colombian State, as well as containing the impacts of drug sales in adjacent territories. The majority of investments came from the US government, which would remain maximized due to the episodes of 2001 – when the “war on terrorism” converted the plan into a fight against narcoterrorism. This article aims to analyze Plan Colombia in the dynamics of International Relations between the US and Latin America.
KEYWORDS: International relations. Plan Colombia. United States. Drug trafficking.
A temática das Relações Internacionais, conforme suscita César Augusto Niño González (2016), permanece composta por um arcabouço complexo e dinâmico, sobretudo em função da multiplicidade dos atores que conformam o mundo social. A arquitetura internacional, portanto, não permanece restrita unicamente à atuação dos aparelhos estatais, mas está subordinada às influências pessoais, responsáveis por compor as organizações internacionais e as empresas multinacionais – as quais acabam por complementar o jogo das relações de poder. As Relações Internacionais correspondem a uma “[...] área tão complexa pelo simples fato se estar composta por atores que a fazem demasiado dinâmica” (NIÑO GONZÁLEZ, 2016, p. 12; tradução nossa2). Embora tenha surgido com o intuito primevo de apreender os conflitos bélicos entre os Estados, o campo acabou por compor “[...] um setor da realidade social, o das relações humanas entendidas por sua qualidade de ‘internacionais’, e ao mesmo tempo designa a consideração científica daquelas relações” (NIÑO GONZÁLEZ, 2016, p. 13; tradução nossa3). As Relações Internacionais, portanto, se referem às relações entre indivíduos e coletividades humanas que frequentemente transcendem os limites da comunidade política do Estado.
Fundamentada em movimentos brandos – intitulados como soft power e apreendidos por teóricos como Joseph S. Nye Jr (2010) e Francisco Guadalupe Torres Castillo (2008) – ou em ações mais contundentes – nomeadas como hard power pelos estudiosos Caio Barbosa Martinelli (2016) e Bruno Cardoso Reis (2011) –, as Relações Internacionais possuem como
2 “[...] área tan compleja por el simple hecho de estar compuesta por actores que la hacen demasiado dinámica” (NIÑO GONZÁLEZ, 2016, p. 12)
3 “[...] un sector de la realidad social, el de las relaciones humanas entendidas por su calidad de ‘internacionales’, y al mismo tiempo designa la consideración científica de aquellas relaciones” (NIÑO GONZÁLEZ, 2016, p. 13).
arcabouço as interações dos atores individuais ou institucionais no sistema internacional, cujos interesses manifestam-se em suas relações de poder. Embora não visemos maximizar os debates acerca das políticas internacionais pautadas nos princípios do biopoder (FOUCAULT, 1999), do estado de exceção (AGAMBEN, 2008) ou da necropolítica (MBEMBE, 2018), permanece consensual que as Relações Internacionais adquiriram múltiplas características no decorrer das últimas centúrias, amiúde protagonizadas por embaixadores ou por organismos de mediação. A própria trajetória do mundo ocidental a partir do século XIX suscita a pluralidade dos interesses e dos princípios ideológicos que guiaram as políticas externas dos Estados modernos – aquando de certos Estados tentarem impor seus interesses acima dos demais de acordo com a conjuntura internacional.
No que tange às relações interestaduais no continente americano, a ingerência implícita ou explícita do governo estadunidense na América Latina permaneceu maximizada a partir do novecentos, inaugurada pelo conflito hispano-americano de 1898 e pelo bloqueio internacional nos portos venezuelanos (STUART, 2011). Os interesses norte-americanos mediaram o contato do “irmão do norte” com as demais localidades do continente, fosse em prol de ideais mercantis ou princípios ideológicos. De fato, “A primeira nação surgida nos moldes da democracia liberal no continente Americano, também é aquela que mais fortemente impõe sua presença na América Latina ainda hoje” (VILLAÇA, 2011, p. 65). A bibliografia dedicada à temática das Relações Internacionais dos Estados Unidos para com os países da América Latina dedica-se majoritariamente ao século XX, especialmente no que se refere à mediação estadunidense nos golpes militares latino-americanos inseridos no anticomunismo da Guerra Fria (DREIFUSS, 1981).
Os mitos políticos constituintes da política expansionista norte-americana permanecem inúmeros para legitimar as intervenções brandas e contundentes do país nos governos latino- americanos, especialmente no que tange à providência divina do Destino Manifesto dedicada à missão de civilizar. Conquanto propiciador da ordem ou do policiamento ocidental, a influência dos Estados Unidos na América Latina permaneceu caracterizada por notórios contrastes – em detrimento da “imagem de uma política internacional norte-americana coerente e homogênea” (VILLAÇA, 2011, p. 67). A complexidade das relações interestatais subjugadas pelos interesses norte-americanas nem sempre se manifestou em campanhas bélicas – tal como o desembarque das tropas estadunidenses no território cubano na conjuntura revolucionária –, mas se expressou também em barganhas e negociações, moldadas por estratégias constituídas por discursos e elaborações simbólicas – tal como suscitara Daniella Maria Barandier Toscano (2017) acerca de uma cooperação educacional
entre o governo estadunidense e o Brasil no intento de moldar o capital simbólico brasileiro em relação ao “irmão do norte”.
Evidentemente, as políticas de estabilização econômica – tal como o controle financeiro da inflação – e de estabilização política – especialmente no que tange ao apoio às democracias representativas – comporam as Relações Internacionais norte-americanas em torno da América Latina a partir do decênio de 1990. A aparente “calmaria” instaurada com o término do conflito capitalismo-socialismo permaneceria rompida com o Plan Colombia, firmado em 1999 entre o então presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e o presidente colombiano Andrés Pastrana Arango em prol da finalização do narcotráfico e sob a égide da segurança continental. O plano predispôs o envolvimento de países adjacentes – tal como o Brasil e o Peru – na neutralização das guerrilhas e do narcotráfico colombiano (VILLAÇA, 2011). A imprescindibilidade em se promover a pacificação da Colômbia e se conter a insurgência das guerrilhas e dos paramilitares constituiu na principal justificativa para a construção do acordo estadunidense-colombiano.
A despeito das modificações na ingerência externa norte-americana mediante os fatos de 2001 e a invasão bélica no Iraque em 2003, o Plan Colombia convergiu as características da política internacional dos Estados Unidos para com a América Latina no contexto do alvorecer do século XXI: um poder que comunga simultaneamente do caráter de soft e de hard, pautado na elevada aplicação financeira em prol da derrota de um inimigo terrorista e que conta amiúde com militares terceirizados. Tal arcabouço legitimaria a áurea antiterrorista que auferiu o plano, conduzido pelo combate ao “narcoterrorismo” da região – cujas implicâncias transcendiam a América Latina e reverberavam na economia e na criminalidade da “civilização” setentrional e europeia. A contundência das tropas estadunidenses somou-se aos incentivos econômicos em prol da sociedade colombiana prejudicada pela violência do tráfico de ilícitos, unindo o hard e o soft power a fim de propiciar a paz interna e combater a comercialização das drogas locais para os consumidores estadunidenses e europeus.
No decorrer desse trabalho, discorreremos acerca do Plan Colombia açambarcados nos conceitos das Relações Internacionais – sobretudo no que tange às terminologias soft power e hard power. Abordaremos o Plan Colombia enquanto uma manifestação das Relações Internacionais norte-americanas para com a América Latina no contexto do alvorecer do Terceiro Milênio, imbuída por uma conjuntura de guerra ao terrorismo e de combate às violações dos direitos humanos.
Plan Colombia nas relações internacionais EUA-Colômbia
A instabilidade política consiste em uma característica determinante da Colômbia desde o século XIX. Os antagonismos entre conservadores e liberais marcaram a política da centúria, sendo maximizados no transcurso do novecentos mediante a ascensão da Guerra dos Mil Dias (1899-1902). As disputas internas estender-se-iam no âmbito internacional com a emancipação panamenha mediada pela intervenção estadunidense de Theodore Roosevelt – interessado no controle de um canal interoceânico de cunho estratégico. De fato, “A separação dos territórios em questão foi fruto de uma política expansionista estadunidense, e não de um acordo entre as partes envolvidas ou resultado de qualquer manifestação da população” (CAIXETA, MENDONÇA, 2018, p. 03-04).
Embora a emancipação panamenha tenha se realizado somente no ano de 1903, o Estado colombiano reconheceria o Panamá apenas em 1921, mediante o pagamento de 25 milhões de dólares pelo governo norte-americano a fim de reparar os prejuízos ocasionados pela divisão. A transação ratificaria o alinhamento incondicional entre os EUA e a Colômbia encaminhada ainda em 1918 nos termos da Doutrina Respice Polum, determinante nas relações bilaterais de ambos os países no transcurso de grande parte do século XX (CAIXETA; MENDONÇA, 2018). A intervenção estadunidense também se manifestaria no assassinato do líder de esquerda Jorge Gaitán em consonância com o comando do Partido Conservador colombiano no ano de 1948, a qual culminou na emergência de amplos movimentos sociais denominados de Bogotazo. De fato, no dia 9 de abril de 1948, a população colombiana foi às ruas a fim de destruir construções e solicitar a derrubada do governo associado ao “imperialismo ianque”. A oposição social fora fortemente reprimida na Colômbia a partir desses episódios, manifesta por agressões, mortes, torturas e saques. Tal ínterim da história colombiana permaneceria intitulado de La Violencia, um período de guerra civil fundamentado na Doutrina de Segurança Nacional estadunidense – “na qual os EUA incentivavam, por meio de apoio financeiro, logístico e técnico aos militares colombianos, a luta contra movimentos de esquerda e grupos sociais” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 05).
Um preeminente alvo militar consistia nos grupos guerrilheiros surgidos em decorrência do término da Segunda Guerra Mundial, guiados pelos ideais do Partido Comunista que havia estimulado a defesa do campesinato colombiano – muito prejudicado pelo expansionismo dos latifundiários norte-americanos. Os grupos guerrilheiros articulavam propostas adjacentes ao Estado colombiano e contribuíam para maximizar a histórica
instabilidade política. A criação da Frente Nacional em 1958 – um sistema governamental fundamentado no bipartidarismo, no qual haveria uma alternância de poder entre liberais e conservadores por dezesseis anos – não eliminou os conflitos interpartidários e a violência institucionalizada, contribuindo para que se fortalecessem os movimentos guerrilheiros, que reagiam em discordância ao Estado mediante sequestros e tinham no narcotráfico sua fonte de investimentos. Crendo que a Frente Nacional seria somente um acordo elitista para conter a democracia, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (1964) e o Exército de Libertação Nacional (1965) ganharam cada vez mais força e se organizaram de forma independente das autoridades governamentais. O narcotráfico era o principal financiador dos movimentos guerrilheiros.
À medida que as guerrilhas se potencializavam, o Estado colombiano publicou em 1968 o Decreto 3398 e a Lei 48, permitindo à população criar organizações e exércitos de autodefesa. De fato, “Como consequência, na década de 1970, foram formados grupos armados, em sua maioria de ideais conservadores, tradicionais e anticomunistas, que deram origem às associações paramilitares, apoiadas pelas Forças Armadas e pela elite econômica colombiana” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 07). Os grupos paramilitares também usufruíam do tráfico de drogas enquanto mecanismo de poder e de autofinanciamento, manifestando a terceirização da segurança pelo governo colombiano. A corrupção e a violência possuem como pano de fundo a economia das drogas, que conduzia a política e a economia da Colômbia já há trinta anos, impondo seus efeitos corrosivos para uma sociedade cuja violência era institucionalizada. De fato, o narcotráfico alimentava os protagonistas do conflito armado que ameaçava transcender as fronteiras legais do país, prejudicando a influência norte-americana na política e na economia colombiana – o que justifica a posterior tentativa dos EUA em eliminar a produção e o comércio de drogas através do Plan Colombia.
Mediante a ascensão de Ronald Reagan à presidência norte-americana, o narcotráfico tornar-se-ia objeto primevo de preocupação internacional, intensificando-se a guerra às drogas. A diretiva Narcotics and National Security identificou o tráfico de drogas enquanto uma nova ameaça regional e militarizou o combate ao narcotráfico, associando as guerrilhas de esquerda ao comércio de cocaína em 1986. No governo de Bill Clinton (1993-2001), a guerra às drogas permaneceria legitimada com o mecanismo de Certificação, segundo o qual os países latino-americanos vinculados aos EUA possuíam responsabilidade militar na erradicação da produção e do tráfico de produtos ilícitos que prosperavam em seus respectivos domínios. As nações que descumprissem a determinação sofreriam sanções do governo estadunidense e das instituições econômicas internacionais. O intento permanecia visível:
conter a proliferação do narcotráfico na América Latina e circunscrevê-lo à Colômbia, tornando-o um caso local de resolução mais simples. Assim, “países como Peru e Bolívia, que possuíam altos índices de cultivo de coca, intensificaram seus esforços militares na eliminação dos plantios, causando o ‘efeito balão’ na região andina, que culminou na transferência do narcotráfico para o território colombiano” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018,
p. 08). Sob tal conjuntura, os EUA e a Colômbia iniciaram a articulação, em 1999, de um plano de contenção ao narcotráfico fundamentado no exponencial financiamento e no aparato militar, a fim de conter sua expansão em ambos os países. De fato, pacificar a Colômbia mostrava-se fundamental para restituir a intervenção norte-americana na América Latina, ameaçada por um novo inimigo interno: o terrorismo. Os presidentes Andrés Pastrana e Bill Clinton foram protagonistas na criação do Plan Colombia.
Conforme suscita Nerissa Krebs Farret (2014), a Escola de Copenhagen propiciou um novo paradigma nas Relações Internacionais mediante a Teoria da Securitização, segundo a qual uma temática internacional que ameaçasse a segurança e a existência dos Estados e que possuísse um cunho emergencial requereria medidas externas e intervenções interestatais a fim de resolver uma problemática que determinado país não fora apto em solucionar. O narcotráfico intensificado no decênio de 1950 seria considerado um crime organizado transnacional passível de securitização, sendo protagonista na manutenção da indústria de drogas – a segunda maior do mundo, sobreposta somente pela armamentista (FARRET, 2014). A Teria da Securitização fundamentaria a firmação do plano bilateral em 1999 na medida em que tomava o tráfico de entorpecentes como uma problemática internacional que demandava da intervenção econômica e militar externa. O protagonismo norte-americano no Plan Colombia se circunscreve em uma histórica rede de influências entre o “irmão do norte” e os países latino-americanos a partir do alvorecer do século XX e que tomou distintos formatos no transcurso da centúria. O comércio dos narcóticos iria substituir o marxismo nas preocupações norte-americanas quanto à América Latina, sobretudo por financiar grupos político-militares que não aderiam aos seus interesses na localidade.
A conjuntura política e socioeconômica da Colômbia no decênio de 1990 correspondia a de um Estado debilitado e impossibilitado de conter o narcotráfico no país. A maximização substancial do cultivo de coca tornaria inevitável a internacionalização da problemática do tráfico de drogas colombiano. No que tange ao Plan Colombia, Noam Chomsky (2000) corrobora que no transcurso de 1999, a Colômbia converter-se-ia no principal país receptor da assistência militar e policial norte-americana, sobrepondo-se à Turquia e aos demais países da América Latina – alcançando a recepção de 300 milhões de dólares do “irmão do norte”.
Muitas das justificativas repousam em uma violência estrutural inerente à sociedade colombiana, classificada com o pior índice de violação dos direitos humanos naquela conjuntura (CHOMSKY, 2000). Em teoria, tal plano consistia em um programa do governo colombiano com uma durabilidade cronologicamente estipulada de seis anos, mediante o qual
7.500 milhões de dólares seriam injetados pelos EUA no aparato militar do Estado da Colômbia e 6 milhões de dólares seriam fornecidos pelo FMI, pela Europa e pelo Banco Mundial a fim de financiar programas sociais e econômicos naquele país. Os interesses repousavam, notoriamente, na contenção do comércio e consumo das drogas colombianas pelo mundo – fato que justifica a redação inicial do plano na língua inglesa, de mais fácil acesso pelos governantes do ocidente.
[...] cinco principais fatores abriram espaço sobre a discussão e a necessidade da implantação do Plano Colômbia, sendo eles: a dificuldade do Estado colombiano de conter cartéis como o de Medelín e o de Cali e, posteriormente, os micro cartéis dispersos em regiões distintas do país; o ciclo de ampliação dos recursos econômicos provocados pela disseminação e pela intensificação do tráfico de drogas, que aumentava a violência, estendia a corrupção e, por conseguinte, engrandecia o poder dos paramilitares e das guerrilhas na Colômbia; a retirada do mecanismo de “Certificação”, sob o qual os Estados Unidos aplicavam sanções e pressões aos países latino- americanos ao mesmo tempo em que monitoravam seus estímulos no combate ao narcotráfico, caracterizando o território como uma “narcodemocracia”, depreciando a imagem da Colômbia frente ao exterior; os interesses de grupos econômicos, políticos e sociais na política de internacionalização da doutrina de aniquilação do tráfico de estupefacientes, beneficiando seus propósitos; e a necessidade de auxílio estrangeiro para encarar os confrontos nacionais (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 11-12).
A visão colombiana acerca do plano auferia visava negociar com os grupos insurgentes, conter o narcotráfico e, principalmente, tratar as raízes dos problemas nacionais, reformando e reestruturando suas instituições. Para a Colômbia, o fortalecimento econômico, a maximização da democracia, a existência de um adequado sistema de saúde e o acesso universal à educação consistiram nos instrumentos fundamentais para a redução da violência e para a retomada do estado de direito – projetos que contariam com o financiamento internacional. Para Andrés Pastrana, portanto, o Plan Colombia propiciaria a pacificação, a prosperidade e o fortalecimento do Estado colombiano. Os investimentos externos seriam divididos em uma tríade de objetivos: a contenção do narcotráfico – representando cerca de 50% das arrecadações –, o crescimento socioeconômico e o fortalecimento das instituições estatais. Tais esforços, traçados por Andrés Pastrana na firmação no plano, seriam efetivamente praticados no governo de Álvaro Uribe, que buscava nas Forças Armadas da
Colômbia uma forma de solucionar a problemática do narcotráfico. Segundo as estimativas iniciais, seis anos seriam necessários para a reestruturação da paz e da prosperidade no país.
Muitos investimentos foram direcionados aos programas sociais, tal como o intitulado Famílias en Acción – implementado pela Rede de Apoio Social (RAS) com o fim de propiciar qualidade de vida à população. Assim, “A RAS também foi responsável por outros programas que concederam subsídios a mais de 500.000 famílias colombianas a fim de incentivar uma melhora na alimentação e educação das comunidades” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 14). Contudo, o grande foco do Plan Colombia consistia na eliminação das plantações de coca. A região colombiana de Putumayo correspondia ao principal território responsável pelo cultivo na planta do país, estimulando a fumigação das áreas de plantio e, concomitantemente, a busca pela substituição da coca por outras culturas. Diversos projetos socioeconômicos direcionados a indígenas e camponeses foram criados com tal intuito.
O redirecionamento do plano se daria em função das mudanças no cenário internacional ocasionadas pelos ataques terroristas aos EUA em 2001 – os quais marcaram transformações na política de segurança norte-americana, responsável por identificar no terrorismo a principal ameaça à estabilidade política do continente. Os mecanismos estratégicos adotados passaram a focar o combate militar ao narcotráfico, secundarizando as anteriores políticas socioeconômicas de erradicação dos problemas estruturais (GODOY, 2003). Internamente, Alvaro Uribe adotou uma estratégia de governo intitulada “segurança democrática”, atuando mediante a tentativa de desmobilizar os paramilitares através de negociações e visando eliminar as guerrilhas através da força militar, sobretudo nas regiões meridionais da Colômbia – sempre amparado econômica e militarmente pelo governo estadunidense. Pode-se observar que os EUA empregaram uma política externa mais incisiva na conjuntura pós-2001 de combate ao narcotráfico colombiano, dada sua associação com o terrorismo e sua transformação em inimigo interno da América. O hard power manifestava-se sobretudo no envio de tropas norte-americanas e no treinamento de militares locais, intervindo na política colombiana de forma legítima aos olhares internacionais.
Ainda em artigo imediato à implementação do Plan Colombia, Chomsky (2000) suscita as atrocidades inerentes à atuação dos militares estadunidenses, culminando na expulsão anual de 300 mil refugiados e no massacre de 3 mil vidas. A violência permaneceu majoritariamente atribuída às forças paramilitares colombianas, tal como àquelas subordinadas ao poderio de Carlos Castaño – dedicadas ao combate das guerrilhas marxistas, conforme indicou em uma entrevista ao jornalista Jeremy McDermott em 2002. Fato é que informes publicados pela ONU ainda em 2000 evidenciam que os militares norte-americanos
participaram dos massacres de forma direta ou indiretamente mediante sua omissão, permitindo as atrocidades paramilitares (CHOMSKY, 2000). O patrocínio norte-americano à violência era identificado ainda no ano seguinte à criação do plano, permitindo-nos compreender o porquê da maximização de 20% do índice de homicídios ainda em 1999.
O Plan Colombia consistiu em uma preeminente manifestação da política estadunidense de guerra às drogas, associando a Colômbia como a principal responsável pelo crescimento do consumo de ilícitos no território norte-americano. A estratégia, contudo, culminou no aumento da mortalidade local e não priorizou mudanças estruturais na sociedade colombiana, implicando na prorrogação das problemáticas do narcotráfico latino-americano. De fato, a guerra às drogas constituiu em uma manobra para a ingerência estadunidense na América Latina a fim de manter sua hegemonia no continente americano. As plantações de coca se maximizaram no decorrer da implantação do plano – especialmente a partir de 2007 –, representando um retrocesso nas políticas de contenção então adotadas. Assim, “[...] a estratégia não foi capaz de solucionar a questão estrutural da cultura de drogas ilícitas, baseada no conflito histórico colombiano, na desigualdade, na falta de oportunidades e pobreza no país” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 16). O intento de erradicar os protagonistas do narcotráfico e a consequente militarização do conflito implicaram no crescimento da indústria bélica, viabilizando o “mercado da violência” que acabou contribuindo para o alongamento do tráfico de entorpecentes na Colômbia.
As políticas antidrogas na América Latina transformar-se-iam novamente em função de mudanças no cenário político norte-americano em 2007 – devido a vitória dos democratas para o Congresso dos Estados Unidos. A ideologia política estadunidense – fundamentada agora em ideais protecionistas – mudaria as relações para com os países latino-americanos, acarretando na redução dos investimentos no Plan Colombia e propiciando o rejuvenescer do narcotráfico no país. Segundo Marcelo Santos (2010), a nova perspectiva dos EUA em relação à Colômbia permanecia justificada pela baixa dedicação do governo colombiano no combate às violações dos Direitos Humanos em seu domínio, assim como seu reduzido interesse na contenção dos grupos paramilitares e guerrilheiros. Nota-se que a aplicação do plano se modificou conforme a conjuntura política interna dos EUA, ora financiando o desenvolvimento socioeconômico e militar da Colômbia, ora reduzindo seus investimentos no país.
A tendência, portanto, consistiu na retomada da produção e do comércio das drogas na Colômbia a partir de 2007, bem como sua expansão nos territórios boliviano e peruano que até então haviam erradicado o cultivo das plantas entorpecentes. O crescimento do
narcotráfico, de certa forma, visava atender a ampla procura por drogas entre americanos e europeus – principais consumidores das drogas latino-americanas e que viam a lucratividade de sua comercialização no “mundo civilizado”. Os cartéis seriam deslocados para as localidades menos povoadas da Colômbia, integrando cada vez mais o cotidiano dos camponeses e maximizando a violência e a mortalidade no país. Por conseguinte, “Com o Plano Colômbia, a consequência seria a mesma, apenas a transição do problema do tráfico de entorpecentes para áreas diferentes e mais suscetíveis ao seu desenvolvimento” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 19).
Nota-se que a tentativa de solucionar o narcotráfico como uma questão isolada da história política colombiana não foi uma escolha bem-sucedida, dada a ineficiência de se desconsiderar as características peculiares de uma sociedade singular. O Plan Colombia acabou postergando as consequências do narcotráfico e escondeu seus impactos na sociedade local. O conflito colombiano ainda não foi solucionado e as disputas internas prosseguiram mesmo após a dissolução do principal grupo guerrilheiro da Colômbia em 2016 – as FARC. O plano acabou construindo uma visão negativa do país no cenário internacional, associado ao tráfico de drogas e à violência excessiva. De fato, o Plan Colombia foi somente mais um dos episódios da política internacional dos EUA na América Latina que ainda não foi finalizado. Somente o futuro nos permitirá avaliar as efetivas implicâncias do plano na Colômbia e no mundo ocidental.
Os interesses políticos e econômicos convergiram para legitimar a intervenção militar do “irmão do norte” no território colombiano. Apesar dos focos dos investimentos terem se modificado no decorrer da implantação do plano, o interesse do governo estadunidense sempre se justapôs aos do Estado colombiano – especialmente no que se refere ao intuito de melhorar a qualidade de vida da população. No entanto, em virtude da marginalização das problemáticas estruturais, o Plan Colombia acabaria somente postergando os problemas do país e acentuando a mortalidade e a violência. De fato, o combate ao narcotráfico visava unicamente restabelecer a influência norte-americana prejudicada pelas guerrilhas e pelos paramilitares colombianos. Na atualidade, os cartéis permanecem disseminados pela Colômbia e pelos países adjacentes, financiando organismos político-militares avessos às determinações do Estado colombiano e às influências do governo norte-americano.
A preeminência da temática torna-se visível. A contemporaneidade, conforme suscita Andreza da Silva Galdioli (2008), permanece marcada pela penetração da cultura ocidental e do conceito de Estado-Nação nas mais diversas regiões do mundo, fomentando amplos debates acerca da universalização da cultura ocidental. O contexto, de fato, implica em uma necessária abordagem de temáticas como imperialismo, hegemonia e poder, especialmente no que se refere à política externa norte-americana – definida ora sob o soft power ou hard power. A própria diplomacia cultural do governo norte-americano constituiu uma ferramenta preeminente nas relações internacionais entre EUA e a América Latina, unindo-se à intervenção militar em dadas ocasiões – tal como visualizado no caso colombiano no século
XXI. Muito mais que esgotar o tema, o presente trabalho somente será concluído com o desenvolvimento das consequências do Plan Colombia.
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MULZA, G. E. M. Relações internacionais EUA-Colômbia: o caso do Plan Colombia. Rev. Sem Aspas, Araraquara, v. 10, n. 00, e021016, jan./dez. 2021. e-ISSN: 2358-4238. DOI: https://doi.org/10.29373/sas.v10i00.15757
RELAÇÕES INTERNACIONAIS EUA-COLÔMBIA: O CASO DO PLAN COLOMBIA
RELACIONES INTERNACIONALES ESTADOS UNIDOS-COLOMBIA: EL CASO DEL PLAN COLOMBIA
Giovana Eloá Mantovani MULZA1
RESUMO: Na segunda metade do século XX, o Estado colombiano preocupava-se em conter a insurgência das guerrilhas, propiciar a paz interna e reestruturar seu poder. O enfraquecimento estatal, maximizado pelo narcotráfico conduzido por grupos guerrilheiros e paramilitares, suscitou discussões acerca da instauração de um plano de segurança envolvendo os Estados Unidos e a Colômbia, intitulado como Plan Colombia em 1999. A política estadunidense de Bill Clinton, inserida em uma conjuntura de guerra aos ilícitos, visou interromper a institucionalização da violência no Estado colombiano, bem como conter os impactos da comercialização de drogas nos territórios adjacentes. Os investimentos majoritários foram provenientes do governo norte-americano, os quais permaneceriam maximizados em função dos episódios de 2001 – quando a “guerra ao terrorismo” converteu o plano como uma luta contra o narcoterrorismo. O presente artigo visa analisar o Plan Colombia na dinâmica das Relações Internacionais entre os EUA e a América Latina.
PALAVRAS-CHAVE: Relações internacionais. Plan Colombia. Estados Unidos. Narcotráfico.
RESUMEN: En la segunda mitad del siglo XX, el Estado colombiano se preocupó por contener la insurgencia guerrillera, promover la paz interna y reestructurar su poder. El
debilitamiento del Estado, maximizado por el narcotráfico liderado por la guerrilla y los grupos paramilitares, provocó discusiones sobre el establecimiento de un plan de seguridad entre Estados Unidos y Colombia, denominado Plan Colombia en 1999. La política estadounidense de Bill Clinton, insertada en una coyuntura de guerra sobre actividades ilícitas, encaminadas a interrumpir la institucionalización de la violencia en el Estado colombiano, así como a contener los impactos de la venta de drogas en territorios colindantes. La mayoría de las inversiones provinieron del gobierno de Estados Unidos, que se mantendría maximizado debido a los episodios de 2001, cuando la “guerra contra el terrorismo” convirtió el plan en una lucha contra el narcoterrorismo. Este artículo tiene como objetivo analizar el Plan Colombia en la dinámica de las Relaciones Internacionales entre Estados Unidos y América Latina.
PALABRAS CLAVE: Relaciones internacionales. Plan Colombia. Estados Unidos. El tráfico de drogas.
The theme of International Relations, as suggested by César Augusto Niño González (2016), remains composed of a complex and dynamic framework, especially due to the multiplicity of actors that make up the social world. International architecture, therefore, does not remain restricted solely to the performance of state apparatuses, but is subordinated to personal influences, responsible for composing international organizations and multinational companies – which end up complementing the game of power relations. International Relations correspond to a “[...] such a complex area due to the simple fact of being made up of actors that makes it too dynamic” (NIÑO GONZÁLEZ, 2016, p. 12; our translation). Although it emerged with the primary purpose of apprehending the war conflicts between States, the field ended up composing “[...] a sector of social reality, that of human relations understood by their "international" quality, and at the same time designates the scientific consideration of those relations” (NIÑO GONZÁLEZ, 2016, p. 13; our translation). International Relations, therefore, refers to the relationships between human individuals and collectivities that often transcend the limits of the political community of the State.
Based on soft movements – called soft power and apprehended by theorists such as Joseph S. Nye Jr (2010) and Francisco Guadalupe Torres Castillo (2008) – or on more forceful actions – named as hard power by scholars Caio Barbosa Martinelli (2016) and Bruno Cardoso Reis (2011) –, International Relations have as a framework the interactions of individual or institutional actors in the international system, whose interests are manifested in their power relations. Although we do not aim to maximize debates about international policies based on the principles of biopower (FOUCAULT, 1999), the state of exception
(AGAMBEN, 2008) or necropolitics (MBEMBE, 2018), it remains consensual that International Relations have acquired multiple characteristics over the course of the last centuries, often carried out by ambassadors or mediation agencies. The trajectory of the Western world from the 19th century onwards raises the plurality of interests and ideological principles that guided the foreign policies of modern States – when certain States try to impose their interests above others according to the international conjuncture.
Regarding interstate relations on the American continent, the implicit or explicit interference of the US government in Latin America remained maximized from the 1900s onwards, inaugurated by the Spanish-American conflict of 1898 and the international blockade of Venezuelan ports (STUART, 2011). North American interests mediated the contact of the “brother from the north” with other locations on the continent, whether in favor of mercantile ideals or ideological principles. In fact, “The first nation that emerged along the lines of liberal democracy on the American continent is also the one that most strongly imposes its presence in Latin America even today” (VILLAÇA, 2011, p. 65, our translation). The bibliography dedicated to the theme of International Relations between the United States and the countries of Latin America is mostly dedicated to the 20th century, especially regarding US mediation in Latin American military coups inserted in the anti-communism Cold War (DREIFUSS, 1981).
The political myths that constitute the North American expansionist policy remain numerous to legitimize the country's mild and forceful interventions in Latin American governments, especially regarding the divine providence of Manifest Destiny dedicated to the mission of civilizing. Although a promoter of Western order or policing, the influence of the United States in Latin America remained characterized by notorious contrasts – to the detriment of the “image of a coherent and homogeneous North American international policy” (VILLAÇA, 2011, p. 67, our translation). The complexity of interstate relations subjugated by US interests was not always manifested in war campaigns – such as the landing of US troops in Cuban territory in the revolutionary conjuncture –, but was also expressed in bargains and negotiations, shaped by strategies constituted by discourses and symbolic elaborations – such as Daniella Maria Barandier Toscano (2017) had raised about an educational cooperation between the US government and Brazil in an attempt to shape Brazilian symbolic capital in relation to the “brother of the north”.
Evidently, the policies of economic stabilization – such as the financial control of inflation – and political stabilization – especially regarding support for representative democracies – formed part of North American International Relations around Latin America
from the 1990s onwards. The apparent “calm” established with the end of the capitalism- socialism conflict would remain broken with Plan Colombia, signed in 1999 between then US President Bill Clinton and Colombian President Andrés Pastrana Arango in favor of ending drug trafficking and under the aegis of continental security. The plan predisposed the involvement of adjacent countries – such as Brazil and Peru – in the neutralization of Colombian guerrillas and drug trafficking (VILLAÇA, 2011). The indispensability of promoting the pacification of Colombia and containing the insurgency of the guerrillas and paramilitaries constituted the main justification for the construction of the US-Colombian agreement.
Despite the changes in US foreign interference as a result of the events of 2001 and the military invasion of Iraq in 2003, Plan Colombia converged the characteristics of US international policy towards Latin America in the context of the dawn of the 21st century: a power that simultaneously shares the character of soft and hard, based on high financial investment in favor of the defeat of a terrorist enemy and that often relies on outsourced military personnel. Such a framework would legitimize the anti-terrorist aura of the plan, driven by the fight against “narco-terrorism” in the region – whose implications transcended Latin America and reverberated in the economy and criminality of the northern and European “civilization”. The forcefulness of the US troops was added to the economic incentives in favor of Colombian society harmed by the violence of illicit trafficking, uniting hard and soft power in order to promote internal peace and combat the sale of local drugs to US and Europeans consumers.
In the course of this work, we will discuss the Plan Colombia monopolized in the concepts of International Relations - especially regarding the terminologies soft power and hard power. We will approach Plan Colombia as a manifestation of North American International Relations towards Latin America in the context of the dawn of the Third Millennium, imbued by a conjuncture of war on terrorism and the fight against human rights violations.
Plan Colombia in US-Colombia international relations
Political instability has been a defining feature of Colombia since the 19th century. The antagonisms between conservatives and liberals marked the policy of the century, being maximized in the course of the 1900s through the rise of the Thousand Days War (1899- 1902). The internal disputes would spread internationally with Panamanian emancipation
mediated by the US intervention of Theodore Roosevelt – interested in controlling an interoceanic channel of a strategic nature. In fact, “The separation of the territories in question was the result of an expansionist US policy, and not of an agreement between the parties involved or the result of any manifestation of the population” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 03-04, our translation).
Although Panamanian emancipation took place only in 1903, the Colombian state would recognize Panama only in 1921, upon payment of 25 million dollars by the US government in order to repair the damage caused by the division. The transaction would ratify the unconditional alignment between the US and Colombia, which was carried out in 1918 under the terms of the Respice Polum Doctrine, which was decisive in the bilateral relations of both countries during most of the 20th century (CAIXETA; MENDONÇA, 2018). The US intervention would also manifest itself in the assassination of the leftist leader Jorge Gaitán in line with the command of the Colombian Conservative Party in 1948, which culminated in the emergence of broad social movements called Bogotazo. In fact, on 9 April 1948, the Colombian population took to the streets to destroy buildings and demand the overthrow of the government associated with “Yankee imperialism”. The social opposition had been strongly repressed in Colombia from these episodes, manifested by aggressions, deaths, torture and looting. Such an interim in Colombian history would remain called La Violencia, a period of civil war based on the US National Security Doctrine – “in which the US encouraged, through financial, logistical and technical support to the Colombian military, the fight against leftist movements and social groups” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 05, our translation).
A prominent military target consisted of the guerrilla groups that emerged as a result of the end of the Second World War, guided by the ideals of the Communist Party that had stimulated the defense of the Colombian peasantry – greatly harmed by the expansionism of North American landowners. Guerrilla groups articulated proposals adjacent to the Colombian State and contributed to maximize the historic political instability. The creation of the Frente Nacional in 1958 – a government system based on bipartisanship, in which there would be an alternation of power between liberals and conservatives for sixteen years – did not eliminate inter-party conflicts and institutionalized violence, contributing to the strengthening of guerrilla movements, which they reacted in disagreement with the State through kidnappings and had drug trafficking as their source of investment. Believing that the National Front would only be an elitist agreement to contain democracy, the Revolutionary Armed Forces of Colombia (1964) and the National Liberation Army (1965) gained increasing strength and
organized themselves independently of government authorities. Drug trafficking was the main financier of the guerrilla movements.
As the guerrillas grew stronger, the Colombian State published Decree 3398 and Law 48 in 1968, allowing the population to create self-defense organizations and armies. In fact, “As a consequence, in the 1970s, armed groups were formed, mostly with conservative, traditional and anti-communist ideals, which gave rise to paramilitary associations, supported by the Armed Forces and the Colombian economic elite” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018,
p. 07, our translation). Paramilitary groups also took advantage of drug trafficking as a mechanism of power and self-financing, demonstrating the outsourcing of security by the Colombian government. Corruption and violence are set against the backdrop of the drug economy, which has driven Colombia's politics and economy for thirty years, imposing its corrosive effects on a society whose violence was institutionalized. In fact, drug trafficking fed the protagonists of the armed conflict that threatened to transcend the country's legal borders, harming US influence in Colombian politics and economy - which justifies the subsequent US attempt to eliminate drug production and trade through Plan Colombia.
With Ronald Reagan's rise to the US presidency, drug trafficking would become a primeval object of international concern, intensifying the war on drugs. The Narcotics and National Security directive identified drug trafficking as a new regional threat and militarized the fight against drug trafficking, associating leftist guerrillas with the cocaine trade in 1986. Under Bill Clinton (1993-2001), the war on drugs would remain legitimized with the Certification mechanism, according to which Latin American countries linked to the USA had military responsibility in the eradication of the production and trafficking of illicit products that prospered in their respective domains. Nations that did not comply with the determination would face sanctions from the US government and international economic institutions. The intent remained visible: to contain the proliferation of drug trafficking in Latin America and limit it to Colombia, making it a simpler local case to resolve. Thus, “countries such as Peru and Bolivia, which had high levels of coca cultivation, intensified their military efforts to eliminate plantations, causing the 'balloon effect' in the Andean region, which culminated in the transfer of drug trafficking to Colombian territory” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 08). In this context, in 1999, the USA and Colombia began to articulate a plan to contain drug trafficking based on exponential funding and the military apparatus, in order to contain its expansion in both countries. In fact, pacifying Colombia proved to be essential to restore US intervention in Latin America, threatened by a new internal enemy: terrorism. Presidents Andrés Pastrana and Bill Clinton were protagonists in the creation of Plan Colombia.
As suggested by Nerissa Krebs Farret (2014), the Copenhagen School provided a new paradigm in International Relations through the Securitization Theory, according to which an international theme that threatened the security and existence of States and that had an emergency nature would require external measures and interstate interventions in order to solve a problem that a particular country was not able to solve. Drug trafficking intensified in the 1950s would be considered a transnational organized crime subject to securitization, being a protagonist in the maintenance of the drug industry – the second largest in the world, superimposed only by the arms industry (FARRET, 2014). The Securitization Territory would support the establishment of the bilateral plan in 1999, as it took drug trafficking as an international problem that demanded external economic and military intervention. The North American role in Plan Colombia is limited to a historical network of influences between the “brother of the North” and Latin American countries from the dawn of the 20th century and which took different formats during the course of the century. The narcotics trade would replace Marxism in North American concerns about Latin America, above all by financing political-military groups that did not adhere to their interests in the locality.
The political and socio-economic situation in Colombia in the 1990s corresponded to a weakened State, unable to contain drug trafficking in the country. The substantial maximization of coca cultivation would make the internationalization of the Colombian drug trafficking problem inevitable. Regarding Plan Colombia, Noam Chomsky (2000) corroborates that in the course of 1999, Colombia would become the main recipient country of US military and police assistance, overlapping Turkey and other countries in the Latin America – reaching the reception of 300 million dollars from the “brother of the north”. Many of the justifications rest on a structural violence inherent to Colombian society, classified as having the worst rate of human rights violations at that juncture (CHOMSKY, 2000). In theory, such a plan consisted of a program of the Colombian government with a chronologically stipulated duration of six years, through which 7,500 million dollars would be injected by the US into the military apparatus of the State of Colombia and 6 million dollars would be provided by the IMF, the Europe and the World Bank to finance social and economic programs in that country. The interests rested, notoriously, on the containment of the trade and consumption of Colombian drugs around the world – a fact that justifies the initial writing of the plan in the English language, which is easier for western rulers to access.
[...] five main factors opened space on the discussion and the need to implement Plan Colombia, namely: the difficulty of the Colombian State to contain cartels such as those in Medellin and Cali and, later, the micro
cartels dispersed in different regions of the country; the cycle of expansion of economic resources caused by the spread and intensification of drug trafficking, which increased violence, spread corruption and, consequently, increased the power of paramilitaries and guerrillas in Colombia; the withdrawal of the “Certification” mechanism, under which the United States applied sanctions and pressures to Latin American countries at the same time as they monitored their stimuli in the fight against drug trafficking, characterizing the territory as a “narcodemocracy”, depreciating the image of Colombia abroad; the interests of economic, political and social groups in the policy of internationalization of the doctrine of annihilation of drug trafficking, benefiting its purposes; and the need for foreign assistance to face national confrontations (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 11-12, our translation).
The Colombian vision of the plan was aimed at negotiating with insurgent groups, containing drug trafficking and, above all, addressing the roots of national problems, reforming and restructuring their institutions. For Colombia, economic strengthening, the maximization of democracy, the existence of an adequate health system and universal access to education were the fundamental instruments for the reduction of violence and for the resumption of the rule of law - projects that would count on the international funding. For Andrés Pastrana, therefore, Plan Colombia would provide pacification, prosperity and the strengthening of the Colombian State. External investments would be divided into a triad of objectives: the containment of drug trafficking – representing around 50% of collections –, socioeconomic growth and the strengthening of state institutions. Such efforts, outlined by Andrés Pastrana in the signing of the plan, would be effectively practiced in the government of Álvaro Uribe, who looked to the Colombian Armed Forces for a way to solve the problem of drug trafficking. According to initial estimates, six years would be needed for the restructuring of peace and prosperity in the country.
Many investments were directed to social programs, such as the one entitled Famílias en Acción – implemented by the Social Support Network (Rede de Apoio Social - RAS) with the aim of providing quality of life for the population. Thus, “RAS was also responsible for other programs that granted subsidies to more than 500,000 Colombian families in order to encourage an improvement in food and education in the communities” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 14, our translation). However, the main focus of Plan Colombia was the elimination of coca plantations. The Colombian region of Putumayo corresponded to the main territory responsible for the cultivation of the plant in the country, stimulating the fumigation of planting areas and, at the same time, the search for the replacement of coca with other crops. Several socio-economic projects aimed at indigenous people and peasants were created for this purpose.
The redirection of the plan would be due to the changes in the international scenario caused by the terrorist attacks on the US in 2001 – which marked changes in US security policy, responsible for identifying terrorism as the main threat to the political stability of the continent. The strategic mechanisms adopted began to focus on the military fight against drug trafficking, putting the former socio-economic policies for the eradication of structural problems in second place (GODOY, 2003). Internally, Alvaro Uribe adopted a government strategy called “democratic security”, acting through an attempt to demobilize the paramilitaries through negotiations and aiming to eliminate the guerrillas through military force, especially in the southern regions of Colombia – always supported economically and militarily by the American government. It can be seen that the US employed a more incisive foreign policy in the post-2001 context of combating Colombian drug trafficking, given its association with terrorism and its transformation into America's internal enemy. Hard power manifested itself above all in the deployment of US troops and in the training of local soldiers, intervening in Colombian politics in a legitimate manner in the eyes of the international community.
Still in an article immediately following the implementation of Plan Colombia, Chomsky (2000) raises the atrocities inherent to the actions of the US military, culminating in the annual expulsion of 300,000 refugees and the massacre of 3,000 lives. The violence remained mostly attributed to Colombian paramilitary forces, such as those subordinated to the power of Carlos Castaño – dedicated to combating Marxist guerrillas, as indicated in an interview with journalist Jeremy McDermott in 2002. The fact is that reports published by the UN in 2000 show that the US military participated in the massacres directly or indirectly through their omission, allowing paramilitary atrocities (CHOMSKY, 2000). American sponsorship of violence was identified in the year after the plan was created, allowing us to understand why the homicide rate was maximized by 20% in 1999.
Plan Colombia was a prominent manifestation of the US policy on the war on drugs, associating Colombia as the main responsible for the growth of illicit consumption in North American territory. The strategy, however, culminated in an increase in local mortality and did not prioritize structural changes in Colombian society, implying in the extension of the problems of Latin American drug trafficking. In fact, the war on drugs constituted a maneuver for US interference in Latin America in order to maintain its hegemony on the American continent. Coca plantations were maximized during the implementation of the plan – especially from 2007 onwards –, representing a setback in the containment policies adopted at the time. Thus, “[...] the strategy was not able to solve the structural issue of the illicit drug
culture, based on the historic Colombian conflict, inequality, lack of opportunities and poverty in the country” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 16, our translation). The attempt to eradicate the protagonists of drug trafficking and the consequent militarization of the conflict resulted in the growth of the war industry, enabling the “market of violence” that ended up contributing to the extension of the drug trade in Colombia.
Anti-drug policies in Latin America would change again as a result of changes in the US political landscape in 2007 – due to the Democrats' victory for the US Congress. The US political ideology – now based on protectionist ideals – would change relations with Latin American countries, leading to a reduction in investments in Plan Colombia and promoting the rejuvenation of drug trafficking in the country. According to Marcelo Santos (2010), the new US perspective on Colombia remained justified by the Colombian government's low dedication to combating human rights violations in its domain, as well as its reduced interest in containing paramilitary and guerrilla groups. It is noted that the application of the plan has changed according to the domestic political situation of the USA, either by financing the socio-economic and military development of Colombia, or by reducing its investments in the country.
The trend, therefore, consisted of the resumption of drug production and trade in Colombia from 2007 onwards, as well as its expansion in the Bolivian and Peruvian territories that until then had eradicated the cultivation of narcotic plants. The growth of drug trafficking, in a way, aimed to meet the broad demand for drugs among Americans and Europeans – the main consumers of Latin American drugs and who saw the profitability of their commercialization in the “civilized world”. The cartels would be relocated to the less populated areas of Colombia, increasingly integrating the daily lives of peasants and maximizing violence and mortality in the country. Therefore, “With Plan Colombia, the consequence would be the same, only the transition of the problem of drug trafficking to different areas, more susceptible to its development” (CAIXETA; MENDONÇA, 2018, p. 19, our translation).
It is noted that the attempt to solve drug trafficking as an isolated issue of Colombian political history was not a successful choice, given the inefficiency of disregarding the peculiar characteristics of a unique society. Plan Colombia ended up postponing the consequences of drug trafficking and hiding its impacts on local society. The Colombian conflict is still unresolved and internal disputes continued even after the dissolution of Colombia's main guerrilla group in 2016 – the FARC. The plan ended up building a negative view of the country on the international scene, associated with drug trafficking and excessive
violence. In fact, Plan Colombia was just one more episode of US international policy in Latin America that has yet to be finalized. Only the future will allow us to assess the actual implications of the plan in Colombia and in the Western world.
Political and economic interests converged to legitimize the military intervention of the “brother of the north” in Colombian territory. Although the focus of investments has changed during the implementation of the plan, the interests of the US government have always been juxtaposed with those of the Colombian State – especially regarding the aim of improving the population's quality of life. However, due to the marginalization of structural problems, Plan Colombia would only end up postponing the country's problems and accentuating mortality and violence. In fact, the fight against drug trafficking aimed solely at re-establishing US influence damaged by Colombian guerrillas and paramilitaries. Currently, the cartels remain widespread in Colombia and adjacent countries, funding political-military organizations that are averse to the determinations of the Colombian State and to the influences of the North American government.
The pre-eminence of the theme becomes visible. Contemporaneity, as suggested by Andreza da Silva Galdioli (2008), remains marked by the penetration of Western culture and the concept of the Nation-State in the most diverse regions of the world, fostering broad debates about the universalization of Western culture. The context, in fact, implies a necessary approach to themes such as imperialism, hegemony and power, especially regarding US foreign policy – defined either as soft power or hard power. The US government's own cultural diplomacy was a prominent tool in international relations between the US and Latin America, joining military intervention on certain occasions – as seen in the Colombian case in the 21st century. Much more than exhausting the topic, the present work will only be concluded with the development of the consequences of Plan Colombia.
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