Rev. Sem Aspas, Araraquara, v. 14, n. 00, e024010, 2024. e-ISSN: 2358-4238
DOI: https://doi.org/10.29373/sas.v13i00.19153 1
VIRADA ONTOLÓGICO-LIBERTÁRIA NO PENSAMENTO POLÍTICO
DECOLONIAL PLANETÁRIO
GIRO ONTOLÓGICO-LIBERTARIO EN EL PENSAMIENTO POLÍTICO
DECOLONIAL PLANETARIO
ONTOLOGICAL-LIBERTARIAN TURN IN PLANETARY DECOLONIAL POLITICAL
THOUGHT
Milagros Elena RODRÍGUEZ 1
e-mail: melenamate@hotmail.com
Como referenciar este artigo:
RODRÍGUEZ, M. E. Virada ontológico-libertária no
pensamento político decolonial planetário. Rev. Sem Aspas,
Araraquara, v. 13, n. 00, e024010, 2024. e-ISSN: 2358-4238.
DOI: https://doi.org/10.29373/sas.v13i00.19153
| Enviado em: 22/03/2024
| Revisões requeridas em: 13/11/2024
| Aprovado em: 20/11/2024
| Publicado em: 19/12/2024
Editor:
Prof. Dr. Carlos Henrique Gileno
Editor Adjunto Executivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
Universidade de Oriente (UDO), Cumaná Sucre Venezuela. Professor-Pesquisador Titular.
Virada ontológico-libertária no pensamento político decolonial planetário
Rev. Sem Aspas, Araraquara, v. 14, n. 00, e024010, 2024. e-ISSN: 2358-4238
DOI: https://doi.org/10.29373/sas.v13i00.19153 2
RESUMO: Na presente investigação transmetódica rizomática, com o transparadigma
complexo, cumpre-se o complexo objetivo de pesquisa de analisar a virada ontológico-
anarquista (ou libertária) no pensamento político decolonial planetário. Fazemo-lo a partir de
transmétodos, desta vez da desconstrução rizomática, na sua desconstrução ou decolonialidade
da crise e depois na reconstrução. No quadro disruptivo, sem preeminência, a bandeira do
anarquismo é a libertação, pelo que a sua ação política desenvolve a consciência planetária. A
democracia no projecto descolonial planetário é a procura da felicidade humana e, portanto, da
libertação; o que não significa devassidão; pois bem, nas leis dos Estados temos estatutos a
cumprir; sua essência é trabalhar com ações para salvaguardar a vida em todos os sentidos.
PALAVRAS-CHAVE: Virada Ontológica. Anarquismo. Pensamento Político.
Descolonialidade Planetária.
RESUMEN: En la presente indagación rizomática transmetódica, con el transparadigma
complejo se cumple con objetivo complejo de investigación de analizar el giro ontológico-
anarquista (o libertario) en el pensamiento político decolonial planetario. Lo hacemos desde
los transmétodos, esta vez la deconstrucción rizomática, en su deconstrucción o decolonialidad
de la crisis y luego la reconstrucción. En el entramado rupturante, sin preeminencias, la
bandera del anarquismo es la liberación entonces su acción política desarrolla la conciencia
planetaria. La democracia en el proyecto decolonial planetario es la búsqueda de la felicidad
del ser humano, con ello la liberación; lo que no significa libertinaje; pues en las leyes de los
Estados tenemos estatutos que cumplir; esencia en ello trabajar con acciones en la salvaguarda
de la vida en todo sentido.
PALABRAS CLAVE: Giro Ontológico. Anarquismo. Pensamiento Político. Decolonialidad
Planetaria.
ABSTRACT: In the present rhizomatic transmethodical inquiry, with the complex
transparadigm the complex research objective of analyzing the ontological-anarchist (or
libertarian) turn in planetary decolonial political thought is fulfilled. We do it from
transmethods, this time rhizomatic deconstruction, in its deconstruction or decoloniality of the
crisis and then reconstruction. In the disruptive framework, without preeminence, the flag of
anarchism is liberation, so its political action develops planetary consciousness. Democracy in
the planetary decolonial project is the search for human happiness, thereby liberation; which
does not mean debauchery; Well, in the laws of the States we have statutes to comply with; It
is essential to work with actions to safeguard life in every sense.
KEYWORDS: Ontological Turn. Anarchism. Political Thought. Planetary Decoloniality.
Milagros Elena RODRÍGUEZ
Rev. Sem Aspas, Araraquara, v. 14, n. 00, e024010, 2024. e-ISSN: 2358-4238
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Preâmbulo. Relacionamento como desafio, meandros do pensamento político colonial,
panegírico e transmetodologia, investigação
Mais uma vez subvertemos a chamada ordem colonial global, pois os neófitos nesse
sentido lembramos que devemos entender a colonialidade como "um padrão que emerge no
contexto da colonização europeia das Américas ligado ao capitalismo mundial, ao controle,
dominação e subordinação da população através da ideia de raça" (Walsh, 2012, p. 98). Que
perpetua seus mecanismos de opressão mesmo disfarçados de decoloniais; com novos
instrumentos que pretendem perpetuar o status fascista e colonialista disfarçado de nossos
libertadores que sofreram o jugo e superaram o colonialismo imposto deste lado do planeta
desde 1492.
O anarquismo como corrente planetária explicitamente decolonial, para além do pós-
colonialismo e do pós-estruturalismo, sem disfarces socialistas ou comunistas que contornem o
colonialismo interno, situação presente em alguns países do Sul hoje, sabemos que o
anarquismo e as ideias anarquistas e libertárias passaram de inúmeras representações dentro da
contracultura e das artes. Advertindo o leitor de que não faremos um relato de subsistência das
várias correntes do anarquismo.
No campo acadêmico da filosofia, pesquisadores interessados no anarquismo surgiram
por meio da influência teórica de Foucault, Deleuze e Guattari, Derrida, entre outros. Esses
pesquisadores veem nas várias propostas teóricas do pós-estruturalismo ferramentas que
ressoam e enriquecem os desafios teóricos e práticos que o anarquismo histórico tem defendido
(Colson, 2003). Insistir que a decolonialidade planetária emerge como um projeto de libertação
do centro das civilizações secretas.
O pesquisador Carlos Taibo acredita que a diferença entre se considerar anarquista e ser
libertário é que o primeiro indica uma formação teórica nas ideias anarquistas, enquanto o
segundo caracteriza uma pessoa relacionada a práticas de autogestão, horizontalidade, entre
outras (Taibo, 2015, p. 32). Acreditamos que o anarquismo libertário ou impuro uma guinada
no anarquismo. É a virada decolonial que a abertura e a liberdade de pensamento e modos
de vida-outros (economias-outros, teorias políticas-outros)" (Mignolo, 2008, p.253); trata-se,
portanto, de promover uma vida digna a partir das visões de mundo das civilizações dos países,
dos grupos encobertos, sem preeminências ou superioridades do Ocidente ou do Norte. Essa é
a possibilidade viável e categórica da "limpeza da colonialidade do ser e do saber; o
distanciamento da retórica da modernidade e seu imaginário imperial articulado na retórica da
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democracia. O pensamento decolonial tem como razão de ser e objetivo a decolonialidade do
poder (isto é, da matriz colonial de poder)" (Mignolo, 2008, p.253).
Isso inclui, nesse sentido de libertação, avaliar as tentativas desenfreadas de populismo
que chegam ao fascismo e que são defeitos que impõem um sentido exclusivo de governar fora
da democracia, o que tem causado êxodo e fuga de nossos países devido à seca e à vida indigna
implantada. Nós nos desapegamos de nossos próprios defeitos herdados da longa subjugação
modernista-pós-modernista-colonial que nos impedem de ver claramente os instrumentos de
opressão. O compromisso de salvaguardar o que é nosso deve ser alcançado, "ir aos imaginários
sociais subjugados mais íntimos em que somos inferiores aos eurocêntricos, dessas
minimizações ainda estamos cheios no meio da era chamada recivilização" (Rodríguez, 2022a,
p.1); descolonizar desconstruindo opressões.
Por isso, a decolonialidade planetária é o projeto da transmodernidade, no qual o trans
como prefixo é doravante posicionado por Enrique Dussel, com um significado notório que diz
Esse além (trans) indica o ponto de partida da exterioridade da modernidade,
do que a modernidade excluiu, negou, ignorou como insignificante, sem
sentido, bárbaro, não cultural, alteridade opaca porque desconhecida; avaliado
como selvagem, incivilizado, subdesenvolvido, inferior, mero despotismo
oriental, modo de produção asiático etc. Diferentes nomes dados ao não
humano, ao irrecuperável, ao sem história, ao que se extinguirá diante do
avanço avassalador da "civilização" ocidental que está se globalizando
(Dussel, 1994, p. 222).
Devemos ter claro que, mesmo quando a transmodernidade como libertação começa na
exterioridade onde se encontram as vítimas da modernidade-pós-modernidade-colonialidade, a
libertação planetária e a convivência são notórias com a inclusão, uma vez que "esse projeto
transmoderno também será o resultado de um diálogo entre culturas" (Dussel, 1992, p.162).
Neste diálogo um aspecto fecundo para além das concepções de solidariedade e
compromisso da aceitação da diversidade como o maior tesouro da criação de Deus na terra.
Tenhamos em mente que erros aberrantes continuam a ser cometidos, por exemplo, o que na
modernidade capitalista foi adiado e silenciado, "a solidariedade como forma de conhecimento
é o reconhecimento do outro como igual, sempre que a diferença traz inferioridade; e tão
diferentes, desde que a igualdade coloque em risco sua identidade" (Santos, 2009, p.87).
Sob essas bases estritas de inclusão entende-se a libertação, onde "transmoderno
significa aquela novidade radical que significa a irrupção, como que do nada, da exterioridade
alterativa do sempre diferente, das culturas universais em processo de desenvolvimento, que
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assumem os desafios da modernidade, e mesmo da pós-modernidade euro-americana, mas que
respondem de outro lugar" (Dussel, 2005, g. 152). Estamos comprometidos com isso,
sabendo que as mudanças são difíceis, mas possíveis, e que a práxis como transformação deve
prevalecer em processos radicais de mudança. Mas eles começam a ser dignificados nos grupos
excluídos.
Este é "a partir do lugar de suas próprias experiências culturais, diferente do europeu
norte-americano, e, portanto, com a capacidade de responder com soluções que são
absolutamente impossíveis para uma cultura moderna" (Dussel, 2005, p. 152). Apostamos
nisso nas concepções da pesquisa. "Uma futura cultura transmoderna, que assume os momentos
positivos da modernidade (mas avaliada com critérios diferentes de outras culturas milenares),
terá uma rica pluriversidade e será o resultado de um autêntico diálogo intercultural" (Dussel,
2005, p. 152). Com isso, não damos uma varredura em nossas introspecções à modernidade;
mas avaliamos os momentos importantes e os aspectos inclusivos a serem melhorados.
O projeto da transmodernidade é a decolonialidade, que prefiro chamar de
decolonialidade planetária, não com isso me desligo do Sul, falo como autor na primeira pessoa;
mas ninho um processo planetário de decolonialidade; em virtude das várias evitações em todos
os continentes do planeta. No estilo freiriano, buscamos a libertação de todos, pois "a libertação
só é possível se afetar os dois polos da relação que deve ser transformada em seu ser; isto é, a
libertação do oprimido não é suficiente se não levar também a uma libertação do opressor"
(Restrepo; Rojas, 2010, p. 55-56). De fato, "a anarquia, an-arkhe, não é a ausência de princípios,
(...) O anarquismo se opõe a qualquer lógica instrumental e utilitária, objetiva e objetificante"
(Colson, 2015, p. 2)
Nas linhas de pesquisa: Transmetodologias Complexas e Transmétodos Decoloniais
Planetário-Complexos, Decolonialidade-Complexidade Planetária em Re-ligagem, cumprimos o
objetivo complexo de analisar a virada ontológico-libertária no pensamento político
decolonial planetário. Fazemo-lo no projeto decolonial planetário, no transparadigma
complexo, na ruptura de rizomas, com o transmetodológico e o transmétodo na desconstrução
rizomática. Explicamos cada concepção abaixo à luz da libertação das investigações coloniais.
Enrique Dussel que sentido ao significado semântico do prefixo trans do
transparadigma, transmetodologias e transmétodos. O complexo transparadigma vai antes de
tudo além dos paradigmas, fora dos paradigmas, em sua exterioridade para complicar unindo o
tecido desunido da vida, neste centenário Edgar Morín mais dois anos nos diz que a terra como
uma unidade está cheia de uma diversidade maravilhosa em que a unidade e a diversidade "uma
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unidade dialógica entre compreensão e explicação, para ele, ambos podem se complementar e
controlar um ao outro; e ambos devem se referir um ao outro em um ciclo produtivo de
conhecimento" (Morín, 1988, p. 166).
De forma semelhante, as transmetodologias buscam na exterioridade, no execrado, o
reducionista para tirar e evidenciar o diminuído, na decolonialidade-complexidade planetária
em 2017, em sua primeira publicação (Rodríguez, 2017); dão significado à desconstrução dos
métodos de colonização, tornando-os mais complexos, buscando diatopicamente a sabedoria na
pesquisa sem separar o qualitativo-sócio-crítico-quantitativo; as subjetividades do autor, do
autor, emergem fora da suposta objetividade do pesquisador; não busca verdades acabadas e
abre o espectro das condições iniciais do problema para buscar nessa exterioridade.
O transmétodo da pesquisa é a desconstrução rizomática (Rodríguez, 2017) (Rodríguez,
2019) que entrelaça a desconstrução da crise colonial em geral dos complexos objetos de estudo
e reconstrói com esperançosa decolonialidade-complexidade planetária, transcendendo o pós-
colonialismo à decolonialidade; porque nasceu no estilo dulseniano, na exterioridade da
modernidade - pós-modernidade.
Aqui, na presente pesquisa, há a possibilidade de conexões entre quaisquer dois pontos,
formando com eles a totalidade de um platô, "uma multiplicidade que pode ser co-nectada a
outros por hastes subterrâneas superficiais, de modo a formar e estender um rizoma" (Deleuze;
Guattari, 2004, p. 26). Por isso, parecerá que em algum momento voltamos ao início ou
chegamos ao fim da investigação, rompemos e continuamos com o discurso, que nunca é linear,
mas entrelaçado. Ratifica-se a ruptura com a imposição de capítulos, de divisões como:
introdução, desenvolvimento, resultados e conclusões, síndrome obrigatória de muitos
periódicos e cursos de pós-graduação. O rizomático rompe com a estrutura vertical da raiz, mas
não constitui um sistema.
A seguir, vamos desconstruir e ao mesmo tempo reconstruir para atender ao objetivo do
estudo.
Desconstrução. Crise no pensamento político colonial-modernista-pós-modernista
Dissemos que os projetos que foram perseguidos na prática carecem de libertação e,
nesse sentido, o ser humano anarquista os critica e tende a construir uma reconstrução da
posição anarquista. Mas vamos responder à relacionalidade entre democracia e decolonialidade
como categoria da pesquisa. Uma democracia decolonial e planetária? Vamos rever
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rapidamente a democracia na Grécia à luz das grandes filosofias e como ela ainda é influenciada
hoje. A propósito, conseguimos nomear os sofistas, e entre eles especialmente Antífonte de
Atenas, Hípias de Elis e Alcidamas de Eleia, que anteciparam algumas opiniões primordiais do
anarquismo, como a diatribe contra a lei do Estado. O primeiro uso conhecido da palavra
anarquia também pertence à Grécia Antiga, na obra Os Sete Contra Tebas (467 ac) de Ésquilo
(Hamon, 1943), a palavra anarquia era usada naquela época com sentido negativo, não como
se referindo a uma doutrina contrária à autoridade.
Foi dito que a figura de Jesus de Nazaré é uma grande representação dos valores
anarquistas contra a opressão de Israel e contra as mulheres, os maus-tratos. Concordamos que
nosso Salvador, Libertador, Libertado e Senhor é um libertário excepcional que nos ganhou a
vida eterna com o perdão dos pecados, que o Cordeiro morto ganhou em seu sacrifício na cruz
por todo o planeta. Não estamos neste momento usando a figura de Deus como uma religião
opressora da colonialidade, estamos falando de uma relação pura, orgânica e justa que se chama
cristianismo. Este ponto será para futuras investigações.
Ao aparecer com as Sagradas Escrituras que mostram que a democracia se origina lá,
não estamos impondo religiões opressivas, não estamos alterando as visões de mundo e os
modos de vida das civilizações; nada disso é contradito, desde que a vida e sua natureza sejam
respeitadas. Onde o ser humano e as políticas do Estado devem ser conhecidos por uma
sociedade ancorada na libertação das mentes, como sua espécie: o ser humano é criação de Deus
(Gênesis, 1: 8), com uma terra maravilhosa arranjada por Deus para habitá-lo (Gênesis 1); não
para encobri-lo e destruí-lo; é um conhecimento da decolonialidade planetária nas Sagradas
Escrituras.
Mas, e este é o problema, a democracia que atualmente se impõe foi desviada de seu
propósito original e forjou a vida em uma disjunção, opressão que vem da colonização e da
colonialidade; como democracia, aparece como uma tigela de mendigo profundamente vazia.
A democracia no momento atual é apenas de: pobreza, discriminação, destruição do planeta,
desvio de Deus e seu uso para fins mesquinhos que desvendam sua criação, o desvio amesmo
dos resultados das ciências para violar a natureza da vida; Com isso a democracia está:
individualização, convivência, dor e infortúnio.
A democracia concebida nas Sagradas Escrituras se perde quando Deus é retirado da
equação de como viver; e veja que estamos falando de Deus e não de religiões opressivas; que,
é claro, cortaram diante dos seres humanos a essência do que Deus é. Para Platão, a democracia
é estudada e experimentada em sua obra-prima A República; o Stagyrite afirma que teve seu
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primeiro impulso com a constituição de Sólon, aproximadamente 594-593 ac (Platão, 1988). A
democracia grega por excelência é aquela que evoluiu na Atenas arcaica e clássica.
É quando a maioria governa em benefício exclusivo ou contra uma minoria. Aristóteles
diz em sua obra Política que a democracia ocorre quando os necessitados têm poder
(Aristóteles, 1988). Nesse sentido, esse poder significa progresso e renascimento de suas
potencialidades e não apelativos como o que acontece com o populismo e o uso indevido em
favor de ideologias que não são nada democráticas.
Estamos procurando os principais desvios e colonialidades da democracia como tal; não
fazemos um relato histórico disso, na Transmétodo nos permite e descolonizar. Sendo a
liberdade uma condição necessária, mas não suficiente, para o exercício da democracia,
sabemos então que a decisão do povo, das comunidades, é uma disposição de bem-estar ou de
mal. Mas as comunidades tiveram a oportunidade de decidir? Como tem sido esse exercício até
agora?
Embora a democracia seja geralmente percebida como um desenvolvimento
greco-europeu, vale a pena notar que algumas de suas raízes podem ser
encontradas na Bíblia. A Aliança entre Deus e as tribos de Israel no Monte
Sinai é baseada no consentimento do povo. Deus é visto como o Rei de Israel:
teocracia significa literalmente o governo de Deus, e não o governo dos
sacerdotes. Os reis terrenos são irmãos do povo e devem se submeter à lei
divina. Abraão pratica a liberdade de expressão quando discute com o Todo-
Poderoso sobre sua determinação de destruir Sodoma e Gomorra. Essa
liberdade tornou-se parte integrante da tradição israelita, exemplificada pelos
profetas e em tempos posteriores. De fato, a vitalidade da democracia no
moderno Estado de Israel pode ser devida em grande parte ao seu contexto
bíblico (Roshwald, 2006, p.151).
Gostaríamos de especificar que um dos principais desvios da democracia como sentido
de liberdade e concórdia do povo é o de se ter desviado da Palavra de Deus, daquele sentido
político original de bem-estar, ética e respeito pela obediência e saber que eles são responsáveis
por seus atos; em uma transcendência da alma e do espírito. O conceito de ser humano é assim
simplificado; e, claro, a da democracia. Está ancorado em concepções exclusivas de
conveniência, na convicção dos acordos que fazia com o Estado; e não responder à criação da
humanidade. A liberdade é excedida em licenciosidade ou diminuída em opressão; A elite
substitui o povo e, nesse ponto, há uma ruptura no complexo conceito de democracia.
Devemos ser claros sobre as críticas à democracia em tempos em que denegrir o
autoritarismo cobra seu preço; E assim, como opção, eles nos dão mais democracias ou
ditaduras expiradas. Sem dúvida, aspirar à liberdade com seriedade cidadã e tomar decisões
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sobre como viver na dignidade da criação de Deus é o nosso desejo. Na libertação onto-
epistemológica da colonialidade da democracia, então, damos algumas essências que a tornam
oprimida em meio à colonialidade do poder. Buscar a justiça no respeito ao ser humano e, com
ele, a toda a terra, é intencionalidade.
Em meio ao desvio da democracia, o planeta a decadência da solidariedade, com o
abuso e o ataque à natureza da vida; neste caso, em contraste com a busca da ética em nossa
práxis com os semelhantes, "a complexidade indica que um modo de pensar capaz de vincular
e solidarizar conhecimentos desconexos é capaz de se prolongar em uma ética do vínculo e da
solidariedade entre os humanos (...) A reforma do pensamento teria, portanto, consequências
existenciais, éticas e cívicas" (Morín, 2007, p.102). Sabemos mais que na redução e separação
do ser da natureza, alma, espírito e Deus uma árvore cortada que pouco poderia fazer para
responder pelas mesmas consequências de sua educação ultrapassada; aliado aos projetos
coloniais que o dominam e o levam à sua expressão mínima: infelicidade, falta de amor, falta
de solidariedade, enfim incivilização em pleno século das tecnologias; O ser desumanizado
procura construir um super-homem com base em sua própria exploração. Entre as críticas à
democracia significativa desviante encontramos a do autor Robert Paul Woff em seu texto
intitulado: Em Defesa do Anarquismo. Crítica da democracia representativa (Woff, 2023).
E entre os ataques à humanidade está o projeto colonial em que "a modernidade é vista
como moldadora de um sistema globalizado de poder que pode ser pensado a partir dessa
fratura, dessa ferida colonial" (Gimeno, 2012, p.36). É por isso que a colonialidade é seu
projeto, o contraprojeto que chamo de decolonialidade planetária, a palavra planetário tem um
sentimento de pertencimento preferível à globalização, autenticamente moriniano. Nisso,
sabemos que "o eurocentrismo deu à filosofia europeia uma hegemonia indiscutível entre as
elites coloniais e o "privilégio de ser o único desdobramento da razão humana sobre as histórias
míticas"" (Dussel, 2016, p.84).
A virada ontológica libertária ou anarquista está na desconstrução que é feita de todas
as tentativas malsucedidas de libertação nas supostas decolonialidades que Walter Mignolo,
entre outros, faz; como veremos em breve. Essa virada agora está alerta para cordialidades
disfarçadas de libertadoras porque vão contra o capitalismo, por exemplo; "Pode-se dizer que
existem dois aspectos da diferença colonial (epistêmico e ontológico) e que ambos estão
relacionados ao poder (exploração, dominação e controle). Em suma, a diferença subontológica
ou diferença ontológica colonial refere-se à colonialidade do ser de maneira semelhante à forma
como a diferença epistêmica colonial se relaciona com a colonialidade do conhecimento. A
Virada ontológico-libertária no pensamento político decolonial planetário
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diferença colonial, em geral, é, então, o produto da colonialidade do poder, do saber e do ser.
A diferença ontológica colonial é, mais especificamente, produto da colonialidade do ser"
(Maldonado-Torres, 2007, p. 147).
Em busca da liberdade como vitalidade democrática, inclusiva e assertiva para uma vida
digna, "a descolonização epistemológica, para então dar lugar a uma nova comunicação
intercultural, a uma troca de experiências e significados, como base de uma outra racionalidade
que pode legitimamente reivindicar alguma universalidade" (Quijano, 1992, p. 447); Deve
resgatar o encoberto da modernidade-pós-modernidade com inclusão assertiva e opressão
indisfarçável, onde a superioridade de pessoas, conhecimentos, regiões, espaços ou visões de
mundo continua a ser reivindicada. Nesse sentido, a virada ontológica libertária deve
compreender com profundos processos metacognitivos as diferentes colonialidades que ainda
prevalecem na terra. Observamos que "a colonialidade do poder se refere à inter-relação entre
as formas modernas de exploração e dominação, e a colonialidade do conhecimento tem a ver
com o papel da epistemologia e as tarefas gerais de produção de conhecimento na reprodução
dos regimes coloniais de pensamento" (Maldonado, 2007, p.130), enquanto "a colonialidade do
ser refere-se a, depois, à experiência vivida da colonização e seu impacto na linguagem"
(Maldonado, 2007, p.130).
Os fatos ocorridos nas falsas decolonialidades do planeta foram levados em
consideração, razão pela qual Walter Mignolo expressa com atenção que a decolonialidade "não
é mais esquerda, mas outra coisa: é distanciamento da episteme política moderna, articulada
como direita, centro e esquerda; é abertura para outra coisa, em movimento, buscando-se na
diferença" (Mignolo, 2008, p. 255). Não é socialismo disfarçado de comunismo, não é
castrismo, nem nunca é nazismo. A decolonialidade planetária não é comunismo, nem é um
projeto com diferentes objetivos libertadores onde é de alguma forma evitada, onde é oprimida;
nenhum desses propósitos pode designar o decolonial planetário. Com tudo isso, o sujeito
anarquista não concorda com nenhuma prática que se diz libertadora e trai essa concepção. Nem
é um sujeito nesta investigação que queira abolir o estado. Pelo contrário, defende o Estado de
Direito de uma nação.
Note-se que não coloco a concepção de sujeito anarquista a partir da perspectiva
eurocêntrica, mas que é o cidadão que exerce práticas libertárias em favor dos seres humanos e
se opõe a qualquer prática opressora do Estado, em qualquer esfera. Situar o ressurgimento em
escala planetária em um contexto ainda inexplorado de colonialidade global, onde os chamados
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Estados anticapitalistas são, finalmente, disfarces opressivos que não têm nenhuma intenção
libertadora. Ele é um sujeito político por excelência.
O sujeito anarquista ou libertário na desconstrução de sua concepção se opõe atualmente
a formas de pensar como o comunismo e o liberalismo, bem como a outros movimentos que
rejeitam essas inclinações como antidemocráticas, fascistas; porque não libertação sem
democracia, assim como não paz sem justiça. Anarquia não significa o apolítico de um
sujeito; pelo contrário, deve estabelecer uma posição libertária. Com isso, rejeitamos qualquer
maneira inadequada de fazer política; muito mais quando é feito em nome de projetos
decoloniais e da tomada de legados como nossos libertadores, ou na educação como Paulo
Freire, Simón Rodríguez, José Martí e essas figuras são usadas, mas a práxis política e
educacional está longe do legado dessas exaltações.
Reconstrução. A virada ontológico-libertária ou anarquista no pensamento político
decolonial planetário
Sem dúvida, o cidadão na virada ontológico-libertária ou anarquista no pensamento
político decolonial planetário, carrega em suas políticas subverter a ordem opressora de
qualquer Estado; e com isso subverter não significa alterar ou se manifestar contra suas leis ou
constituição, afinal não promove revoltas fascistas; sem dúvida o pensamento decolonial como
instrumento transgressor da globalização (Lara, 2015) carrega em si a planetarização, como sua
missão a salvaguarda da Terra. "O pensamento decolonial defende que devemos repensar a ação
política e, muito importante, nossa própria educação, para criar um diálogo horizontal que
contraste com o monólogo eurocêntrico da modernização e seu processo constituído pela
globalização" (Lara, 2015, p. 6-7).
Se a bandeira do anarquismo é a libertação, então sua ação política desenvolve a
consciência planetária; nisso "a libertação requer a capacidade reflexiva do oprimido, que deve
compreender as condições objetivas que sustentam sua opressão, ao mesmo tempo em que o
torna consciente da maneira como essa opressão o desumaniza e impede sua vocação de ser
mais". (Restrepo; Rojas, 2010, p.56). Ser mais não é entendido como medidas populistas que o
minimizam e não o empoderam, aqui temos que estar alertas; "Caso contrário, os oprimidos
podem transformar as condições de opressão apenas para invertê-las; isto é, apenas para
reproduzi-los, desta vez em seu antigo opressor" (Restrepo; Rojas, 2010, p.56). E isso acontece
quando vemos massas sofrendo, empobrecidas, mas apoiando um sistema opressivo por mera
sobrevivência. E esqueceram o verdadeiro potencial, porque o paternalismo quando a opressão
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começou estava criando uma minimização extrema, a ponto de não discernir, mas obedecer
cegamente.
Casos extremos de empoderamento humano podem resultar em gravidade; por exemplo,
devemos dar a guinada decolonial planetária libertando os seres humanos de sua suposta
superioridade com a natureza, de sua dominação como um massacre da natureza (Santos, 2018).
Para tanto, propomos a antropoética como nossas ações na recivilização da humanidade como
um dos eixos transepistêmicos, para além do que se sabe ser o ser humano, o que é ser um
indivíduo humano; indivíduo em autonomia e dependência (Rodríguez, 2022b); é um
reconhecimento de que somos uma unidade indivisível: natureza-corpo-mente-alma-espírito-
Deus em que se alguém é afetado tudo perece. A essência compassiva é uma verdadeira essência
libertária para ensinar na decolonialidade planetária que transgride a tradicionalidade e a
consciência planetária de que nos atacamos enquanto nos sentimos natureza, defendemos essa
essência de nossas próprias demências; ir constantemente às respostas para a pergunta: Como
o ser humano quer transcender? (Rodríguez, 2022b).
Devemos acabar com a falsa concepção de que a natureza é de ordem inferior, pois nos
foi ensinada na colonialidade das mentes e do poder a concepção dicotômica entre natureza-
sociedade ou natureza-humanidade e com ela foi estabelecido um princípio de diferenciação
hierárquica radical entre a superioridade da humanidade/sociedade e a inferioridade da
natureza. também falsamente inscritas nos planos da criação divina (Santos, 2018). E desde
que entendamos que falhamos na chamada conquista do planeta; porque "o mito bárbaro da
conquista da natureza, longe de humanizar a natureza, a instrumentaliza e degrada seu
degradador" (Morín, 2002, p. 495).
O sujeito é o ser que tem a autocompreensão como sua peculiaridade mais
transcendental; no estudo do ser humano, devemos integrar a ele a maneira como o ser humano
se entende. "Como será a autocompreensão se o ser não conhecer a si mesmo? Portanto, a
consciência e sua responsabilidade pela vida de alguém é a essência do que é humano. Nessa
consciência, as crenças, as representações sociais, entre outras, são parte essencial, marcadas
por sua cultura" (Rodríguez, 2022b, p.174).
Nesse sentido, a virada ontológico-anarquista no pensamento político decolonial
planetário, sem dúvida, se volta para o deslocamento na salvação da Terra e com isso deve
retomar a complexa concepção do ser humano e sua ação dependente da natureza, na qual, se
perecermos, será com todo o planeta. É urgente ter uma cabeça bem colocada no estilo de
Michel de Montaigne, e que Edgar Morín retoma em suas obras. Os aspectos biológicos,
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culturais, espirituais e naturais entrelaçados permeiam a totalidade desconhecida como um mar
de incertezas da relação natureza-corpo-mente-alma-espírito-Deus (Rodríguez, 2022b). Mas é
conveniente saber que na reforma do pensamento em direção a estágios metacognitivos
profundos, a transcendência, a consciência-consciência, a consciência, entre outras, são
condições únicas do ser que podem ser transformadas em sua recivilização.
Nesse sentido, da mesma forma que a falsidade de que Deus não existe foi feita no
humanismo para fazer o ser humano pensar que pode se salvar, como autor liberado em meu
sentimento de pensamento e subjetividades, não mais um objeto passivo, mas um ser humano
ativo na investigação, gostaria de esclarecer que a figura de Deus, do cristianismo evangélico,
daqueles que acreditam em Jesus Cristo como o homem libertador da história da terra que deu
sua vida por nossa salvação e transcendeu nossa alma e espírito; ele não é o deus usado na
evasão da Igreja Católica que manipula a figura de Deus (Rodríguez, 2023a); e que, por
exemplo, ocorre que "o colonizador europeu e isso traz consigo como consequência a
representação do outro não cristão como um ser que precisa ser evangelizado, seja o árabe, o
negro, o oriental ou o índio americano" (Abate, 2016, p. 182).
Em consonância com a complexidade e o reconhecimento da natureza da vida, estamos
indo para a "consciência da finitude humana no cosmos, que nos leva a conceber que, pela
primeira vez em sua história, a humanidade deve definir os limites de sua expansão material e,
correspondentemente, empreender seu desenvolvimento psíquico, moral e espiritual". mental"
(Morín, 2006, p. 181). E unitivo com o espiritual, à transcendência do ser humano, a crença de
sua finitude em seu fazer, e que dentro dele não há verdade; a humildade que tanto nos faltou
na crise do humanismo. "Reconheçamos que não podemos voltar e fazer no meio da terra; tanto
quanto pudermos; deixando o indizível e o grande poder de Deus que transcende nossa alma e
espírito" (Rodríguez, 2023b, p.14).
A democracia no projeto decolonial planetário é a busca da felicidade do ser humano,
com ela a libertação; o que não significa licenciosidade; porque nas leis dos Estados temos
estatutos a cumprir; a essência dela é trabalhar com ações na salvaguarda da vida em todos os
sentidos; o homem é sapiens-demens, é onde se encontram as forças da desconstrução de uma
democracia demagógica que perdeu seu Norte. Por isso, o processo democrático busca ao
mesmo tempo a descolonização das ciências, dos territórios, do pensamento e da pedagogia
como práxis contra-hegemônica na região latino-americana; e em todo o planeta; levando em
consideração que não somos os únicos colonizados.
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A democracia na decolonialidade planetária ou a decolonialidade planetária que
promove a democracia são incitadoras e subversivas da igualdade; nisso rompe com as
civilizações imponentes, ciências, conhecimentos que se acredita serem superiores, legalizando
outros países. É a imposição que o Ocidente fez com a colonização na qual, como diz Enrique
Dussel, nos fez sentir duplamente culpados: por sermos inferiores e por nos resistir. Observe
que na educação a igualdade não pode ser alcançada com disciplinas; é um tema a ser
aprofundado em pesquisas futuras, a disciplina é insuficiente, é uma forma errada de tentar
conceber, criar e disseminar conhecimento, as disciplinas que são colonizadas não permitem a
inclusão do conhecimento; e eles continuam a exercer seu poder recusando-se a quebrar os
limites de seu conhecimento; mas aí, ao quebrar seu pensamento abismal, essências dignas de
resgate para diatopias como democracia-igualdade, democracia-decolonialidade planetária;
entre outros.
Como já disse, para continuar o estudo com a transdisciplinaridade em conjunto com as
disciplinas e silenciando seu exercício colonial na educação democrática, vamos deixar de lado
a ruptura da relação: ser humano-natureza-sociedade, e vamos para sua diatopia com
abordagens interdisciplinares e transdisciplinares sem sacrificar as disciplinas, e o uso de
diversos procedimentos, métodos e metodologias. Porque o que é conclusivo é a quebra de
fronteiras epistêmicas, a combinação de conteúdos cognitivos: conhecimento-conhecimento
para poder encontrar a realidade com toda a sua complexidade e incerteza nas universidades,
nas instituições de ensino.
Afinal, a democracia é possível no projeto de colonialidade planetária-complexa;
Melhor ainda, é que podemos alcançar o centro menos contaminado para um exercício
democrático em todos os sentidos nos países. Reafirmamos a democracia como decolonialidade
não restringe a liberdade; em vez disso, define-o no cumprimento de deveres e reivindicação
de direitos; aprender e buscar a descolonização, à qual o ensino e o conhecimento
necessariamente se unem, que por sua vez não podem prescindir da liberdade. Sabemos como
nasce a decolonialidade, ela nasce como uma proposta crítica, o oposto da herança colonial que
nos pisoteou durante anos em muitas partes do planeta, um vestígio evidente na organização
social e na reconstrução histórica e cultural. Como podemos alertar para a subversão dos
Estados fascistas que começaram com o paternalismo e continuam com a seca das regiões?
Voltamos agora ao rizoma inicial para mostrar a possibilidade do sujeito subversivo que,
no legado de Enrique Dussel, alcança no projeto decolonial um privilégio epistêmico dos
oprimidos por sua condição de exterioridade para articular a práxis e a filosofia da libertação:
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"a exterioridade é a profundidade insondável da sabedoria, a dos povos vernáculos, dominados,
pobres (...) Eles são os professores dos sábios, e a filosofia é sabedoria" (Dussel, 1996, p. 207).
Recuperando assim o conhecimento das visões de mundo originais.
Fora da hegemonia ocidental e do Norte, alcançamos essências especiais para essa
subversão como um grito libertador na práxis que, entendendo a salvaguarda da exterioridade,
entendemos que com Enrique Dussel "essa noção de exterioridade não implica um exterior
ontológico, mas se refere a um exterior que é precisamente constituído como diferença pelo
discurso hegemônico" (Escobar, 2003, p. 63). Essa hegemonia doentia, um ultraje da história
por prometer libertação e ser uma imitação do liberalismo e da globalização, deve ser subvertida
em favor do bem-estar das nações. Deve ficar claro que nem tudo o que foi feito para governar
ao contrário do capitalismo foi a decolonialidade, mas que eles se aproveitaram das grandes
necessidades para oprimir mais, agora com outros portadores de colonialidade disfarçada.
Acreditamos que fora das concepções teóricas, na práxis é hora de pensar nas melhores
essências do ser humano, que podem ser transcendidas e provocadas em um exercício de
consciência-consciência (Rodríguez, 2023b); pois sabemos hoje na desconstrução que
carregamos nós nos redimimos na vida diante de nossa magnífica criação; além de
competências desumanas, o desejo de dinheiro e os danos à vida. Fica claro, então, que "as lutas
para se libertar constituem, aqui e ali, processos originais por meio dos quais os miseráveis da
terra recuperam (e se reapropriam) de sua própria historicidade, criam seu lugar no mundo,
criam o mundo para acontecer e gestam sua própria filosofia" (GIMENO, 2012, p. 44).
E nas linhas de pesquisa que mencionamos onde se situa a pesquisa atual, subvertemos
a filosofia ocidental que dita e justifica o massacre da vida; saímos da filosofia colonizada para
salvaguardar sua exterioridade e as filosofias das civilizações execradas, com ela uma
transfilosofia que vai contra a filosofia sequestrada na colonialidade, além da epistemologia da
filosofia, transcende fronteiras e torna a filosofia mais complexa para o planeta, sem dívidas
continentais (Rodríguez, 2022c). Onde é resgatado propõe uma filosofia baseada no diálogo e
na escuta dos excluídos, do Outro radical, ou seja, do sujeito que foi transformado em objeto
pela dominação ocidental (Dussel, 1998).
As formas de resistência hoje devem ser dirigidas não apenas contra o Estado, mas
também contra outras forças opressoras e também opostas ao Estado; é o caso de muitos
movimentos fundamentalistas de natureza religiosa, alguns que violam a natureza da vida e
promovem aberrações como a pedofilia. Ora, nas formas de luta encontramos duas classes: na
primeira aqueles movimentos que representam uma parte da sociedade que é atacada e na
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qual o sujeito é levado à sua conversão e encurralado a tal ponto que é obrigado a participar
ativamente das lutas sociais; no segundo aquelas lutas que consideram que é o sistema que
está causando danos à sociedade, por isso é necessária uma mudança de sistema que, por meio
de uma reconstrução do Estado, consiga redirecionar a sociedade para a mudança.
Conclusões. Asserções em defeitos escorregadios do pensamento decolonial planetário
No fato de analisar a virada ontológico-anarquista (ou libertária) no pensamento
político decolonial planetário, obtivemos propostas na práxis para subverter e com a virada
ontológico-anarquista, que estão atentas ao contínuo ataque à vida em todos os sentidos, de
modo que o sujeito libertário ou anarquista tem como prioridade a salvaguarda da vida, de todas
as manifestações complexas da vida. Em primeiro lugar, atende à complexa concepção do ser
humano: natureza-corpo-mente-alma-espírito-Deus. Com isso, a salvaguarda da natureza é
essencial, na medida em que ela é cortada ou tratada como inferior, em grau de importância o
indivíduo perece.
Em segundo lugar, de acordo com a complexidade do ser humano, Deus como criador
e Pai Nosso é redimido diante de nossas ações e complexidade da vida; no estilo panikkarniano,
a intuição cosmoteândrica de Deus no mundo, a Trindade: uma experiência humana primordial
(Panikkar, 1998). Nisso, ter consciência do bem comum é promotor de uma consciência-
conscientização onde o espírito/cérebro não pode ser isolado da cultura, da educação
libertadora; isso é infalível para a incidência do espírito e para o pleno avanço do cérebro; bem
como a elevação à sabedoria como exercício do Espírito Santo que permeia nosso espírito
(Rodriguez, 2022b). Com isso desconstruímos a figura opressora de Deus das religiões para
evitar e no falso humanismo para promover a arrogância de que o ser humano pode agir como
bem entender e não tem ética. O sujeito anarquista que subverte formas opressivas de prejudicar
e violar a natureza da vida e, com ela, a pedofilia; entre outras aberrações resultantes da natureza
irracional do ser humano colonizado desumano alienado da colonialidade global. O sujeito deve
ser alertado para a libertação, resistir e persistir.
Terceiro, sem preeminência, se a bandeira do anarquismo é a libertação, então sua
ação política desenvolve a consciência planetária. A consciência planetária abrirá a cortina de
que fazemos parte de uma teia complexa que inclui todas as formas de vida do planeta. Um
planeta que foi atacado e minimizado como inimigo. "A consciência ecológica requer um duplo
piloto: um, profundo, que vem de todas as fontes inconscientes da vida e do homem, e o outro,
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que é o de nossa inteligência consciente" (Morín, 1996, p.10). Nisso, o anarquista deve entender
que o treinamento, atendendo às suas próprias fraquezas e treinamento reducionista lhe custou
ser subvertido e impôs-lhe a colonialidade do poder e o fazer, mesmo quando os libertadores
de seus países os tiraram do colonialismo e da invasão do Ocidente.
Em quarto lugar, a solidariedade como forma de conhecimento é o reconhecimento do
outro, não como outro, mas como si mesmo; da dor de nossos semelhantes e de seus
sofrimentos; mas essa solidariedade deve nos levar a tomar consciência de que essas pessoas
infelizes têm o poder de se libertar se você as capacitar fortemente à maneira freiriana.
Compaixão diante da dor na decolonialidade-complexidade planetária, quão estranha é?
(Rodríguez, 2023b), rezamos para que não usemos mais esse sentimento como outro; mas que
sob a consciência de que viemos servir, de que estamos unidos uniativamente no mesmo fim de
amor, entendamos que a compaixão leva à inclusão do ser humano na natureza,
"reconhecimento de nossa ecodependência, o cuidado da terra; sem reconhecimento do
pluriverso cultural, étnico, religioso e da biodiversidade. A compaixão deve levar ao diálogo
entre tradições culturais, religiosas, étnicas, filosóficas, espirituais e morais" (Rodríguez,
2023b, p. 1). Vamos em frente, viva a humanidade, a criação de Deus, Pai maravilhoso.
Agradecimentos e dedicação na liberação transmetódica do sujeito de pesquisa
Dedicatória: Dedico esta pesquisa ao filósofo da libertação: Você viveu um exemplo
de humanidade Don Enrique Dussel, obrigado por tanto! Fidelidade: sabendo que a libertação
e a salvação totais foram dadas por Deus amado com seu Filho Jesus Cristo na cruz, que é a
verdade e a vida, contribuímos para reivindicar novamente a criação; nos despedimos com o
devir do Primeiro e Segundo Mandamentos de DEUS, quando um intérprete da Lei lhe
perguntou: Mestre: Qual é o principal mandamento da Lei? Ele respondeu: "Amarás o Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento". O Segundo
Mandamento é semelhante a este: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Mateus 22:34-39).
O autor dedica Deus com toda a sua complexidade, cheio de sabedoria do Espírito Santo em
humildade, e abrindo caminhos em meio à desolação e à desgraça; e deseja usar os dons dados
em favor da humanidade, "a língua dos sábios brilho à sabedoria; a boca dos tolos ferve de
tolice" (Provérbios 15:2).
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Taurus Ediciones, S.A, 2023.
Milagros Elena RODRÍGUEZ
Rev. Sem Aspas, Araraquara, v. 14, n. 00, e024010, 2024. e-ISSN: 2358-4238
DOI: https://doi.org/10.29373/sas.v13i00.19153 21
CRediT Author Statement
Reconhecimentos: A todos os seres humanos que são cristãos no coração e nas obras.
Financiamento: Sem financiamento, realizado no quadro consciente do pesquisador da
Universidad de Oriente, Cumaná, Venezuela.
Conflitos de interesse: Não.
Aprovação ética: A natureza da vida é respeitada, pesquisa ética em todos os sentidos.
Disponibilidade de dados e materiais: Totalmente.
Contribuições dos autores: O autor realiza toda a pesquisa e é o portador das linhas de
investigação onde a pesquisa se encontra.
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GIRO ONTOLÓGICO-LIBERTARIO EN EL PENSAMIENTO POLÍTICO
DECOLONIAL PLANETARIO
VIRADA ONTOLÓGICO-LIBERTÁRIA NO PENSAMENTO POLÍTICO DECOLONIAL
PLANETÁRIO
ONTOLOGICAL-LIBERTARIAN TURN IN PLANETARY DECOLONIAL POLITICAL
THOUGHT
Milagros Elena RODRÍGUEZ 1
e-mail: melenamate@hotmail.com
Cómo hacer referencia a este artículo:
RODRÍGUEZ, M. E. Giro ontológico-libertario en el
pensamiento político decolonial planetario. Rev. Sem Aspas,
Araraquara, v. 13, n. 00, e024010, 2024. e-ISSN: 2358-4238.
DOI: https://doi.org/10.29373/sas.v13i00.19153
| Presentado en: 22/03/2024
| Revisiones requeridas en: 13/11/2024
| Aprobado en: 20/11/2024
| Publicado en: 19/12/2024
Editor:
Prof. Dr. Carlos Henrique Gileno
Editor Adjunto Ejecutivo:
Prof. Dr. José Anderson Santos Cruz
Universidad de Oriente (UDO), Cumaná Sucre Venezuela. Docente-Investigadora Titular.
Giro ontológico-libertario en el pensamiento político decolonial planetario
Rev. Sem Aspas, Araraquara, v. 14, n. 00, e024010, 2024. e-ISSN: 2358-4238
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RESUMEN: En la presente indagación rizomática transmetódica, con el transparadigma
complejo se cumple con objetivo complejo de investigación de analizar el giro ontológico-
anarquista (o libertario) en el pensamiento político decolonial planetario. Lo hacemos desde
los transmétodos, esta vez la deconstrucción rizomática, en su deconstrucción o decolonialidad
de la crisis y luego la reconstrucción. En el entramado rupturante, sin preeminencias, la bandera
del anarquismo es la liberación entonces su acción política desarrolla la conciencia planetaria.
La democracia en el proyecto decolonial planetario es la búsqueda de la felicidad del ser
humano, con ello la liberación; lo que no significa libertinaje; pues en las leyes de los Estados
tenemos estatutos que cumplir; esencia en ello trabajar con acciones en la salvaguarda de la
vida en todo sentido.
PALABRAS CLAVE: Giro Ontológico. Anarquismo. Pensamiento Político. Decolonialidad
Planetaria.
RESUMO: Na presente investigação transmetódica rizomática, com o transparadigma
complexo, cumpre-se o complexo objetivo de pesquisa de analisar a virada ontológico-
anarquista (ou libertária) no pensamento político decolonial planetário. Fazemo-lo a partir de
transmétodos, desta vez da desconstrução rizomática, na sua desconstrução ou
decolonialidade da crise e depois na reconstrução. No quadro disruptivo, sem preeminência,
a bandeira do anarquismo é a libertação, pelo que a sua acção política desenvolve a
consciência planetária. A democracia no projecto descolonial planetário é a procura da
felicidade humana e, portanto, da libertação; o que não significa devassidão; Pois bem, nas
leis dos Estados temos estatutos a cumprir; sua essência é trabalhar com ações para
salvaguardar a vida em todos os sentidos.
PALAVRAS-CHAVE: Virada Ontológica. Anarquismo. Pensamento Político.
Descolonialidade Planetária.
ABSTRACT: In the present rhizomatic transmethodical inquiry, with the complex
transparadigm the complex research objective of analyzing the ontological-anarchist (or
libertarian) turn in planetary decolonial political thought is fulfilled. We do it from
transmethods, this time rhizomatic deconstruction, in its deconstruction or decoloniality of the
crisis and then reconstruction. In the disruptive framework, without preeminence, the flag of
anarchism is liberation, so its political action develops planetary consciousness. Democracy in
the planetary decolonial project is the search for human happiness, thereby liberation; which
does not mean debauchery; Well, in the laws of the States we have statutes to comply with; It
is essential to work with actions to safeguard life in every sense.
KEYWORDS: Ontological Turn. Anarchism. Political Thought. Planetary Decoloniality.
Milagros Elena RODRÍGUEZ
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Preámbulo. Relación como desafío, entresijos en el pensamiento político colonial,
panegírico y transmetodología de la indagación
Nuevamente subvertimos el orden pretendido colonial global, para los neófitos en tal
sentido recordamos que debemos entender a la colonialidad como “un patrón que emerge en el
contexto de la colonización europea a las Américas ligado al capitalismo mundial, al control,
la dominación y la subordinación de la población a través de la idea de raza” (Walsh, 2012, p.
98). Que perpetua sus mecanismos de opresión incluso en disfraces taras vestidas de
decoloniales; con nuevos instrumentos que pretende perpetuar el estatus fascista, colonialista
disfrazado de nuestros libertadores que padecieron el yugo y sobre pasaron el colonialismo
impuesto de este lado del planeta desde 1492.
El anarquismo como corriente explícitamente decolonial planetaria, más allá del
postcolonialismo y del postestructuralismo, sin disfraces socialista o comunistas soslayadores
en colonialismos interno, situación presentada en algunos países del Sur actualmente, sabemos
que el anarquismo y las ideas anarquistas y libertarias transitaron de representaciones
numerosas en el seno de la contracultura y de las artes. Advirtiendo al lector que no haremos
un recuento subsisto de las diversas corrientes del anarquismo.
En el ámbito académico de la filosofía, surgen investigadores interesados en el
anarquismo a través de la influencia teórica de Foucault, Deleuze y Guattari, Derrida, entre
otros. Estos investigadores ven en las diversas propuestas teóricas del posestructuralismo
herramientas que resuenan y enriquecen las apuestas teóricas y prácticas que el anarquismo
histórico ha defendido (Colson, 2003). Insistiendo que la decolonialidad planetaria surge como
proyecto de liberación desde el centro de los encubiertos de las civilizaciones encubiertas.
El investigador Carlos Taibo opina que la diferencia entre considerarse anarquista y ser
libertario consiste en que le primero señala una formación teórica en las ideas anarquistas,
mientras que el segundo caracteriza a una persona afín a prácticas de autogestión,
horizontalidad, entre otras (Taibo, 2015, p. 32). Creemos que lo libertario o anarquismo impuro
da un viraje al anarquismo. Se trata del giro decolonial que “es la apertura y la libertad del
pensamiento y de formas de vida-otras (economías-otras, teorías políticas-otras)” (Mignolo,
2008, p.253); se trata entonces de promover una vida digna desde las cosmovisiones de las
civilizaciones de los países, de los grupos encubiertos, sin preeminencias ni superioridades de
Occidente o el Norte. Esto es la posibilidad factible y tajante de “la limpieza de la colonialidad
del ser y del saber; el desprendimiento de la retórica de la modernidad y de su imaginario
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imperial articulado en la retórica de la democracia. El pensamiento decolonial tiene como razón
de ser y objetivo la decolonialidad del poder (es decir, de la matriz colonial de poder)”
(Mignolo, 2008, p.253).
Esto incluye en ese sentido de liberación evaluar intentos desenfrenados de populismo
que llegan al fascismo y que son taras que imponen un sentido exclusivo de gobernar fuera de
la democracia, que ha provocado éxodos y huidas de nuestros países por la sequía y la vida
indigna implantada. Nos desligamos de nuestras propias taras heredadas de la larga
subyugación modernista-postmodernista-colonial que nos impiden ver con claridad los
instrumentos de opresión. Se debe lograr el compromiso de la salvaguarda de lo nuestro, “ir a
los más íntimos imaginarios sociales subyugados en el que somos inferiores a los eurocéntricos,
de esas minimizaciones estamos llenos aún en plena era denominada re-civilizatoria”
(Rodríguez, 2022a, p.1); para ir a decolonizar deconstruyendo las opresiones.
Por ello, siendo la decolonialidad planetaria el proyecto de la transmodernidad, en la
que el trans como prefijo en lo adelante lo posiciona Enrique Dussel, con una significancia
notoria que dice
Ese más al(trans) indica el punto de arranque desde la exterioridad de la
modernidad, desde lo que la modernidad excluyó, negó, ignoró como
insignificante, sinsentido, bárbaro, no cultural, alteridad opaca por
desconocida; evaluada como salvaje, incivilizada, subdesarrollada, inferior,
mero despotismo oriental, modo de producción asiático, etc. Diversos
nombres puestos a lo no humano, a lo irrecuperable, a lo sin historia, a lo que
se extinguirá ante el avance arrollador de la “civilización” occidental que se
globaliza (Dussel, 1994, p. 222).
Debemos estar claro que aun cuando la transmodernidad como liberación comienza en
la exterioridad donde se encuentran las víctimas de la modernidad-postmodernidad-
colonialidad, la liberación planetaria y la convivencia es notoria con la inclusión, pues “ese
proyecto transmoderno será también fruto de un diálogo entre culturas” (Dussel, 1992, p.162).
En ese dialogo existe una vertiente fructífera más allá de las conceptualizaciones de solidaridad
y avenencia de la aceptación de la diversidad como el tesoro más grande de la creación de Dios
en la tierra. Tengamos en cuenta que los aberrantes errores se siguen cometiendo, por ejemplo,
aquello que en la modernidad capitalista ha sido postergado y silenciado, “la solidaridad como
forma de conocimiento es el reconocimiento del otro como igual, siempre que la diferencia le
acarree inferioridad; y como diferente, siempre que la igualdad le ponga en riesgo la identidad”
(Santos, 2009, p.87).
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Bajo esas bases estrictas de inclusión se entiende la liberación, donde “trans-moderno
quiere indicar esa radical novedad que significa la irrupción, como desde la nada, desde la
exterioridad alterativa de lo siempre distinto, de culturas universales en proceso de desarrollo,
que asumen los desafíos de la modernidad, y aún de la post-modernidad europeo-
norteamericana, pero que responden desde otro lugar” (Dussel, 2005, p. 152). En ello apostamos
sabiendo que los cambios son difíciles pero posibles y que la praxis como transformación debe
imperar en procesos radicales de cambios. Pero que comienzan en los grupos excluidos a ser
dignificados.
Esto es “desde el lugar de sus propias experiencias culturales, distinta al europeo
norteamericano, y por ello con capacidad de responder con soluciones absolutamente
imposibles para una cultura moderna” (Dussel, 2005, p. 152). En ello apostamos en las
concepciones de la pesquisa. “Una futura cultura transmoderna, que asume los momentos
positivos de la modernidad (pero evaluados con criterios distintos desde otras culturas
milenarias), tendrá una pluriversidad rica y sefruto de un auténtico dialogo intercultural”
(Dussel, 2005, p. 152). Con ello no damos un barrido en nuestras introspecciones a la
modernidad; sino que evaluamos los momentos y aspectos importantes inclusivos a ser
mejorados.
El proyecto de la transmodernidad es la decolonialidad, que prefiero llamar
decolonialidad planetaria, no con esto me desprendo del Sur, hablo como autora en primera
persona; sino que anido un proceso planetario de decolonialidad; en virtud de las diversas
soslayaciones en todos los continentes del planeta. Al estilo Freiriano pretendemos la liberación
de todos, pues “la liberación sólo es posible si afecta a ambos polos de la relación que deben
ser transformados en su ser; es decir, no basta con la liberación del oprimido si ésta no conduce
también a una liberación del opresor” (Restrepo; Rojas, 2010, p. 55-56). En efecto, “la anarquía,
la an-arkhe, no es la ausencia de principios, (…) El anarquismo se opone a cualquier lógica
instrumental y utilitaria, objetiva y objetivante” (Colson, 2015, p. 2)
En las líneas de investigación: Transmetodologías complejas y los transmétodos decoloniales
planetarios-complejos, Decolonialidad planetaria-complejidad en re-ligaje cumplimos con el
objetivo complejo de analizar el giro ontológico-libertario en el pensamiento político
decolonial planetario. Lo hacemos en el proyecto decolonial planetario, le transparadigma
complejo, en rizomas rupturantes, con transmetodológicas y el transmétodo la deconstrucción
rizomática. Explicitamos a continuación cada concepción a la luz de la liberación de las
indagaciones coloniales.
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Enrique Dussel el que le da sentido a la significancia semántica del prefijo trans del
transparadigma, las transmetodologías y de los transmétodos. El transparadigma complejo van
en primer lugar más allá de los paradigmas, fuera de los paradigmas, en su exterioridad a
complejizar uniendo lo desunido del tejido de la vida, en ello Edgar Morín centenario más dos
años nos habla de que la tierra como unidad está llena de una diversidad maravillosa en la que
unidad y diversidad “una unidad dialógica entre comprensión y explicación, para él, ambas
pueden complementarse y controlarse mutuamente; y ambas deben remitirse la una a la otra en
un bucle productivo de conocimiento” (Morín, 1988, p. 166).
De manera similar las transmetodologías buscar en la exterioridad en lo execrado lo
reduccionista a sacar y evidenciar lo disminuido, en la decolonialidad planetaria-complejidad
en el año 2017, en su primera publicación (Rodríguez, 2017); dan significancia a deconstruir
los métodos decolonizarlos, complejizarlos, diatópicamente buscando la sabiduría en el
investigar sin separar lo cualitativo-sociocrítico-cuantitativo; emergiendo la subjetividades de
la autora, el autor, fuera de la pretendida objetividad del que investiga; no busca verdades
acabadas y abre el espectro de las condiciones iniciales del problema para buscar en esa
exterioridad.
El transmétodo de la pesquisa es la deconstrucción rizomática (Rodríguez, 2017)
(Rodríguez, 2019) que entreteje la deconstrucción de la crisis colonial en general de los objetos
complejos de estudio y reconstruye con esperanzadora decolonialidad planetaria-complejidad,
transcendiendo el postcolonialismo a la decolonialidad; pues nace al estilo Dulseniano en la
exterioridad de la modernidad - postmodernidad.
Acá, en la presente investigación existe la posibilidad de conexiones entre cualesquiera
dos puntos formando con ellas la totalidad de una meseta, “multiplicidad co-nectable con otras
por tallos subterráneos superficiales, a fin de formar y extender un rizoma” (Deleuze; Guattari,
2004, p. 26). Por ello, parecerá en algún momento que se regresa al inicio o se llega al fin de la
indagación, se ruptura y se continua con el discurso, que jamás es lineal sino entramado. Se
ratifica el rompimiento con la imposición de capítulos, de divisiones como: introducción,
desarrollo, resultados y conclusiones, síndrome obligatorio de muchas revistas y postgrados.
Lo rizomático rompe con la estructura vertical de la raíz, mas no por ello se constituye en un
sistema.
En lo que sigue vamos a deconstruir y al mismo tiempo reconstruimos para cumplir con
el objetivo de estudio.
Milagros Elena RODRÍGUEZ
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Deconstrucción. Crisis en el pensamiento político colonial-modernista-postmodernista
Hemos dicho que los proyectos que han pretendido en la práctica adolecen de ello de
liberación y en tal sentido el ser humano anarquista los critica y tiende a construir una
reconstrucción de la posición anarquista. Pero vamos a responder como categoría de la pesquisa
la relacionalidad entre democracia y decolonialidad. ¿Una democracia decolonial planetaria-
compleja? Vamos a revisar rápidamente la democracia en Grecia a la luz de grandes filosofías
y como aún se influye en ello actualmente. Por cierto, conseguimos denominar a los sofistas, y
entre ellos especialmente a Antifón de Atenas, Hipias de Elis y Alcidamas de Elea, quienes
anticiparon algunas opiniones primordiales del anarquismo como la diatriba a la ley del Estado.
A la Antigua Grecia pertenece también el primer uso conocido de la palabra anarquía, en la
obra Los siete contra Tebas (467 a. C.) de Esquilo (Hamon, 1943), el vocablo anarquía se
esgrimía en aquellos tiempos con un sentido negativo, no como referente a una doctrina
contraria a la autoridad.
Se ha dicho que la figura de Jesús de Nazaret es una gran representación de los valores
anarquistas en contra de la opresión a Israel y en contra de la mujer, el maltrato. Estamos de
acuerdo que nuestro Salvador, Libertador, Liberado y Señor es un libertario excepcional que
nos ha ganado la vida eterna con el perdón de los pecados, que el Cordero inmolado gano en su
sacrificio en la cruz para el planeta entero. No estamos en este punto usando la figura de Dios
como religión opresiva de la colonialidad, hablamos de una relación pura, orgánica y de justicia
que se llama cristianismo. Este punto será de indagaciones futuras.
Al figurar con las Sagradas Escrituras que muestran que allí se origina la democracia no
imponemos religiones opresivas, no estamos alterando las cosmovisiones y maneras de vivir de
las civilizaciones; nada de ello esta contradicho siempre que se respeten la vida y su naturaleza.
Donde el ser humano y las políticas de Estado deben saberse a una sociedad anclada en la
liberación de las mentes, en tanto su especie: el ser humano es creación de Dios (Génesis, 1: 8),
con una tierra maravillosa acomodada por Dios para habitarla (Génesis 1); no para solaparla y
destruirla; es un conocimiento de la decolonialidad planetaria en las Sagradas Escrituras.
Pero, y he allí la problemática la democracia que se impone actualmente ha sido
desviada de su propósito original y ha fraguado la vida en una disyunción, opresión que deviene
de la colonización y la colonialidad; en tanto democracia aparece como un cuenco de mendigo
profundamente vacío. Democracia en los actuales momentos es sino de: pobreza,
discriminación, destrucción del planeta, desviación de Dios y su utilización con fines
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mezquinos destrinco a su creación, la desviación inclusive de los resultados de las ciencias para
violar la naturaleza de la vida; con ello democracia es: individualización, in-convivencia, dolor
y desgracia.
La democracia concebida en las Sagradas Escrituras se pierde cuando se extrae a Dios
de la ecuación de cómo vivir; y vean que hablamos de Dios y no de religiones opresivas; que
desde luego han tronchado ante el ser humano la esencia de lo que es Dios. Para Platón la
democracia es estudiada y vivenciada en su obra cumbre La República; al Estagirita, afirma
que tuvo su primer impulso con la constitución de Solón, aproximadamente 594-593 a. C.
(Platon, 1988). La democracia griega por antonomasia es la que evolucionó en la Atenas arcaica
y clásica.
Es cuando la mayoría gobierna en beneficio exclusivo o contra una minoría. Aristóteles
dice en su obra Política que la democracia se da cuando tienen el poder los menesterosos
(Aristóteles, 1988). En tal sentido ese poder significar progreso y avivamiento de sus
potencialidades y no apelativos como lo que ocurre con el populismo y la mala utilización a
favor de ideologías para nada democráticas.
Estamos buscando las principales desviaciones y colonialidades de la democracia como
tal; no hacemos un recuento historio de ella, en transmétodo nos permite y decolonizando.
Siendo la libertad condición necesaria más no suficiente del ejercicio democrático sabemos
entonces que la decisión del pueblo, de las comunidades es disposición de bienestar o de mal.
Pero ¿han tenido las comunidades la oportunidad de decidir? ¿Cómo ha sido ese ejercicio hasta
ahora?
Si bien la democracia generalmente se percibe como un desarrollo greco-
europeo, vale la pena señalar que algunas de sus raíces se pueden encontrar en
la Biblia. El Pacto entre Dios y las tribus de Israel en el Monte Sinaí se basa
en el consentimiento del pueblo. Dios es visto como el Rey de Israel: teocracia
significa literalmente el gobierno de Dios, y no el gobierno de los sacerdotes.
Los reyes terrenales son hermanos del pueblo y deben someterse a la ley
divina. Abraham practica la libertad de expresión cuando discute con el
Todopoderoso sobre su resolución de destruir a Sodoma y Gomorra. Tal
libertad se convirtió en parte integrante de la tradición israelita, ejemplificada
por los profetas y en épocas posteriores. De hecho, la vitalidad de la
democracia en el moderno estado de Israel puede deberse en gran parte a sus
antecedentes bíblicos (Roshwald, 2006, p.151).
Quisiéramos precisar que una de las principales desviaciones de la democracia como
sentido de libertad y acuerdo en el pueblo es haberse desviado de la palabra de Dios, de ese
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sentido originario político de bienestar, eticidad y respeto ante la obediencia y el saberse
responsable de sus actos; en una transcendencia del alma y espíritu. Es así simplificado el
concepto de ser humano; y desde luego el de democracia. Se ancla está en concepciones
exclusivas de conveniencia en el convencimiento de los acuerdos estaba con el estado; y no
respondiendo a la creación de la humanidad. La libertad se excede en libertinaje o se disminuye
en opresión; la elite sustituye al pueblo y en ese punto hay un quiebre del concepto complejo
de democracia.
Debemos estar claro ante la crítica de la democracia en tiempos donde el autoritarismo
denigrante hace mella; y así como opción nos dan más democracias caducadas o dictadura. Sin
duda, aspirar a la libertad con seriedad ciudadana y tomar decisiones de cómo vivir en dignidad
de la creación de Dios es nuestro anhelo. En la liberación ontoepistemológica de la colonialidad
de la democracia damos entonces algunas esencias que le hacen oprimida en medio de la
colonialidad del poder. Buscar la justicia en el respeto al ser humano, y con ello toda la tierra,
es la intencionalidad.
En plena desviación de la democracia se ve en el planeta el decaimiento de la
solidaridad, con el abuso y ataque a la naturaleza de la vida; en este caso en contraposición
buscando la eticidad en nuestra praxis con los congéneres, “la complejidad indica que un modo
de pensar capaz de vincular y solidarizar conocimientos disjuntos es capaz de prolongarse en
una ética del vínculo y de la solidaridad entre humanos (…) La reforma del pensamiento tendría,
por lo tanto, consecuencias existenciales, éticas y cívicas” (Morín, 2007, p.102). Más sabemos
que en la reducción y separación del ser de la naturaleza, alma, espíritu y Dios es un árbol
tronchado que poco pudo hacer para responder por las mismas consecuencias de su caducada
educación; aunado a los proyectos coloniales que lo dominan y llevan a su mínima expresión:
infelicidad, desamor, falta de solidaridad, al fin incivilización en pleno siglo de las tecnologías;
el ser deshumanizado pretende construir un per hombre sobre las bases de su propia
explotación. Entre las críticas a la desviada democracia significativa conseguimos la del autor
Robert Paul Woff en su texto titulado: En defensa del anarquismo. Crítica de la democracia
representativa (Woff, 2023).
Y entre el atentado a la humanidad está el proyecto colonial en que “la modernidad es
vista conformando un sistema mundializado de poder que puede ser pensado desde esa fractura,
esa herida colonial” (Gimeno, 2012, p.36). Por ello siendo la colonialidad su proyecto, el
contraproyecto lo llamo decolonialidad planetaria, la palabra planetaria tiene sentido de
pertenencia preferible a la mundialización, auténticamente Moríniana. En ello, sabemos que “el
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eurocentrismo dio a la filosofía europea una indiscutida hegemonía entre las élites coloniales y
el “privilegio de ser el único despliegue de la razón humana por sobre los relatos míticos””
(Dussel, 2016, p.84).
El giro ontológico libertario o anarquista estriba en la deconstrucción que se hace de
todos los intentos no exitosos de la liberación en las supuestas decolonialidades es de las que
Walter Mignolo, entre otros hacemos; como veremos en breve. Ese giro ahora esta alerta a las
cordialidades disfrazadas de liberadoras porque van en contra del capitalismo, por ejemplo;
uno podría decir que hay dos aspectos de la diferencia colonial (epistémico y ontológico) y
que ambos están relacionados con el poder (explotación, dominación y control). En resumen,
la diferencia sub-ontológica o diferencia ontológica colonial se refiere a la colonialidad del ser
en una forma similar a como la diferencia epistémica colonial se relaciona con la colonialidad
del saber. La diferencia colonial, de forma general, es, entonces, el producto de la colonialidad
del poder, del saber y del ser. La diferencia ontológica colonial es, más específicamente, el
producto de la colonialidad del ser” (Maldonado-Torres, 2007, p. 147).
En búsqueda de la libertad como vitalidad democratiza, inclusiva y asertiva para una
vida digna, “la decolonización epistemológica, para dar paso luego a una nueva comunicación
ínter-cultural, a un intercambio de experiencias y de significaciones, como la base de otra
racionalidad que pueda pretender, con legitimidad, a alguna universalidad” (Quijano, 1992, p.
447); debe rescatar al encubierto de la modernidad-postmodernidad con asertiva inclusión y no
disimulada opresión donde se siguen pretendiendo superioridades de personas, saberes,
regiones, espacios o cosmovisiones. En tal sentido, el giro ontológico libertario debe entender
con procesos metacognitivos profundos las diferentes colonialidad que aún imperan en la tierra.
Atendemos a que “la colonialidad del poder se refiere a la interrelación entre formas modernas
de explotación y dominación, y la colonialidad del saber tiene que ver con el rol de la
epistemología y las tareas generales de producción del conocimiento en la reproducción de
regímenes de pensamiento coloniales” (Maldonado, 2007, p.130), mientras que “la colonialidad
del ser se refiere, entonces, a la experiencia vivida de la colonización y su impacto en el
lenguaje” (Maldonado, 2007, p.130).
Los hechos acecidos en las falsas decolonialidades en el planeta ya han dado cuenta, por
eso expresa con la atención Walter Mignolo que la decolonialidad “ya no es izquierda, sino otra
cosa: es desprendimiento de la episteme política moderna, articulada como derecha, centro e
izquierda; es apertura hacia otra cosa, en marcha, buscándose en la diferencia” (Mignolo, 2008,
p. 255). No es socialismo disfrazado de comunismo, no es castrismo, ni jamás nazismo. La
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decolonialidad planetaria no es comunismo, ni algún proyecto con diferentes objetivos
liberadores donde se soslaya de alguna manera, donde se oprime; ninguno de esos propósitos
puede designar lo decolonial planetario. Con todo ello el sujeto anarquista no está de acuerdo
con ninguna práctica que se dice liberadora y traiciona dicha concepción. Tampoco es un sujeto
en esta pesquisa que quiere abolir el estado. Por el contrario, defiende el estado de derecho de
una nación.
Nótese que no ubico la concepción del sujeto anarquista desde la mirada eurocéntrica,
sino que es el ciudadano que ejerce prácticas libertarias a favor de los seres humanos y se opone
a cualquier práctica de estado opresiva, en cualquier ámbito. Situar la reemergencia a escala
planetaria en un contexto aún inexplorado de la colonialidad global donde los mal denominados
Estados anticapitalistas al fin son disfraces opresivos que no tienen para nada intenciones
liberadoras. Se trata de un sujeto político por excelencia.
Es que, el sujeto anarquista o libertario en la deconstrucción de su concepción se ve
contrapuesto actualmente a formas de pensar como el comunismo y el liberalismo, así como a
otros movimientos rechazando estas inclinaciones por antidemocráticos, fascistas; pues no hay
liberación sin democracia, así como no hay paz sin justicia. La anarquía no significa lo no
político de un sujeto; por el contrario, este debe fijar posición libertaria. Con ello rechazamos
cualquier forma inadecuada de hacer política; mucho más cuando se hace en nombre proyectos
decoloniales y la toma de legados como nuestros libertadores, o en la educación como Paulo
Freire, Simón Rodríguez, José Martí y se utilizan estas figuras, pero la praxis política y
educadora dista mucho del legado de estas excelsitudes.
Reconstrucción. El giro ontológico-libertario o anarquista en el pensamiento político
decolonial planetario
Sin duda el ciudadano en el giro ontológico-libertario o anarquista en el pensamiento
político decolonial planetario, lleva en sus políticas subvertir el orden opresivo de cualquier
estado; y con ello subvertir no significa alterar o manifestar en contra de sus leyes o
constitución, no promueve revueltas fascistas al fin y al cabo; sin duda el pensamiento
decolonial como instrumento transgresor de la globalización (Lara, 2015) lleva en sí mismo la
planetarización, como misión la salvaguarda de la tierra. “El pensamiento decolonial sostiene
que debemos repensar la acción política, y mucho importante nuestra propia educación, para
crear un diálogo horizontal que contraste con el monólogo eurocéntrico de la modernización y
su proceso constituido por la globalización” (Lara, 2015, p. 6-7).
Giro ontológico-libertario en el pensamiento político decolonial planetario
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Si la bandera del anarquismo es la liberación entonces su acción política desarrolla la
conciencia planetaria; en ello “la liberación requiere de la capacidad reflexiva del oprimido,
que debe comprender las condiciones objetivas que soportan su opresión, al tiempo que hace
conciencia sobre la manera como dicha opresión lo deshumaniza e impide su vocación de ser
más” (Restrepo; Rojas, 2010, p.56). El ser más no se entiende c0omo medidas populistas que
lo minimicen y no lo empoderen, aquí tenemos que estar alertas; “de lo contrario, el oprimido
puede transformar las condiciones de opresión sólo para invertirlas; es decir, sólo para
reproducirlas, esta vez sobre su antiguo opresor” (Restrepo; Rojas, 2010, p.56). Y sucede
cuando vemos masas sufridas, empobrecidas, pero apoyando a un sistema opresivo por mera
sobrevivencia. Y se han olvidado del verdadero potencial, pues el paternalismo como se
comenzó la opresión les fue creando una minimización extrema, hasta el punto de no discernir
sino obedecer a ciegas.
Los casos extremos de empoderamiento del ser humano pueden resultar en una
gravedad; por ejemplo, debemos dar el viraje decolonial planetario liberando al ser humano de
su supuesta superioridad con la naturaleza, de su domino como masacre de esta (Santos, 2018).
Para ello proponemos la antropoética como nuestro accionar en la recivilización de la
humanidad como uno de los ejes transepistémicos, más allá de lo que se conoce que es el ser
humano, de lo que es ser individuo humano; individuo en autonomía y dependencia (Rodríguez,
2022b); se trata de un reconocimiento que somos una unidad indivisible: naturaleza-cuerpo-
mente-alama-espíritu-Dios en la que si una se afecta todo perece. La esencia compasiva es una
verdadera esencia libertaria para enseñar en la decolonialidad planetaria que transgrede la
tradicionalidad y la conciencia planetaria que nos atacamos a nosotros mismos en tanto al
sentirnos naturaleza esa esencia la defendemos de nuestras propias demencias; constantemente
ir a respuestas a la pregunta: ¿cómo quiere transcender el ser humano? (Rodríguez, 2022b).
Debemos caducar la falsa concepción de que la naturaleza es de orden inferior, pues nos
enseñaron en la colonialidad de las mentes y el poder la concepción dicotómica entre naturaleza
sociedad o naturaleza-humanidad y con ello se estableció un principio de diferenciación
jerárquica radical entre la superioridad de la humanidad/sociedad y la inferioridad de la
naturaleza, inscrita también falsamente en los planes de la creación divina (Santos, 2018). Y en
tanto comprendemos que hemos fracasado en la mal llamada conquista del planeta; pues “el
mito bárbaro de la conquista de la naturaleza, lejos de humanizar la naturaleza, la
instrumentaliza y degrada a su degradador” (Morín, 2002, p. 495).
Milagros Elena RODRÍGUEZ
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El sujeto es el ser que tiene a la autocomprensión como su peculiaridad más
transcendental; en el estudio del ser humano debemos integrar en ello el modo con el que el ser
humano se comprende a sí mismo. “¿Cómo será la autocomprensión si el ser no se conoce a sí
mismo? Por ello, la conciencia y su responsabilidad ante su vida es esencia de lo humano. En
esa conciencia las creencias, representaciones sociales entre otras forman parte esencial,
marcada por su cultura” (Rodríguez, 2022b, p.174).
En este sentido, el giro ontológico-anarquista en el pensamiento político decolonial
planetario sin duda pone su mirada en el desplazamiento en la salvación de la Tierra y con ello
debe retomar la concepción compleja del ser humano y su accionar dependiente de la
naturaleza, en la que si perecemos serán con todo el planeta. Es urgente la cabeza bien puesta
al estilo Michel de Montaigne, y que Edgar Morín retoma en sus obras. Los aspectos imbricados
biológicos, culturales, espirituales, naturales permean a la totalidad desconocida como un mar
de incertidumbre de la relación naturaleza-cuerpo-mente-alma-espíritu-Dios (Rodríguez,
2022b). Pero es conveniente saber que en la reforma del pensamiento hacia estadios
metacognitivos profundos la transcendencia, concientización-concienciación, conciencia, entre
otras son condiciones únicas del ser que puede transformar en su recivilización.
En tal sentido, de la misma manera como se hizo en el humanismo la falsedad de que
Dios no existe para hacerle pensar al ser humano que se puede salvar así mismo, como autora
liberada en mi sentipensar y subjetividades, ya no objeto pasivo, sino ser humano activo en la
indagación quisiera aclarar que la figura de Dios, del cristianismo evangélico, de los que
creemos en Jesucristo como el hombre liberador de la historia de la tierra que dio su vida por
nuestra salvación y transcendía de nuestra alma y espíritu; no es el dios usado en la soslayación
de la Iglesia Católica que manipula la figura de Dios (Rodríguez, 2023a); y que por ejemplo
ocurre que al colonizador europeo y que trae aparejada como consecuencia la representación
del otro no cristiano como un ser al que es necesario evangelizar, ya sea el árabe, el negro, el
oriental o el indio americano” (Abate, 2016, p. 182).
En consonancia con la complejidad y el reconocimiento de la naturaleza de la vida,
vamos a la toma: “de conciencia de la finitud humana en el cosmos, que nos conduce a concebir
que, por primera vez en su historia, la humanidad debe definir los límites de su expansión
material y correlativamente emprender su desarrollo psíquico, moral, mental” (Morín, 2006, p.
181). Y unitivo con lo espiritual, a la transcendencia del ser humano, la creencia de su finitud
en su hacer, y que dentro de él no se encuentra la verdad; la humildad de la que tanto nos hizo
falta en la crisis del humanismo. “Reconozcamos que no podemos volver atrás, y hacer en
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medio de la tierra; hasta donde podamos; dejando lo indecible y el gran poder de Dios que
transciende nuestra alma y espíritu” (Rodríguez, 2023b, p.14).
La democracia en el proyecto decolonial planetario es la búsqueda de la felicidad del
ser humano, con ello la liberación; lo que no significa libertinaje; pues en las leyes de los
Estados tenemos estatutos que cumplir; esencia en ello trabajar con acciones en la salvaguarda
de la vida en todo sentido; el hombre es sapiens-demens, es donde pueden encontrarse las
fuerzas de la deconstrucción de una democracia demagógica que perdió su norte, por ello el
proceso democrático al mismo tiempo busca la decolonización de las ciencias, de los territorios,
del pensamiento y en la pedagogía como praxis contra hegemónica en la región
latinoamericana; y en todas las del planeta; teniendo en cuenta que no somos los únicos
colonizados.
La democracia en la decolonialidad planetaria o la decolonialidad planetaria promotora
de la democracia son incitadora y subversiva de la igualdad; en ello se rompe con las
impositivas civilizaciones, ciencias, conocimientos que se creen superiores, legalizadoras a los
demás países. Es la imposición que ha hecho Occidente con la colonización en la que como
dice Enrique Dussel nos ha hecho sentir doblemente culpable: por ser inferiores y por
resistirnos. Nótese que en la educación la igualdad no puede conseguirse con las disciplinas; es
un tema a profundizar en las futuras investigaciones la disciplina es insuficiente, es una forma
errada de procurar concebir, crear y difundir el conocimiento, ellas las disciplinas que están
colonizadas no permiten la inclusión de los saberes; y siguen ejerciendo su poder negándose a
romper con las fronteras de sus conocimientos; pero allí se consiguen rompiendo su
pensamiento abismal esencias dignas de rescatar para las diatopías como democracia-igualdad,
democracia-decolonialidad planetaria; entre otras.
Como he dicho para seguir el estudio con la transdisciplinariedad conjuncionada las
disciplinas y quietándole su ejercicio colonial en la educación democrática vamos a dejar de
lado el rompimiento de la relación: ser humano-naturaleza-sociedad, y vamos a su diatopia con
abordajes interdisciplinarios y transdisciplinarios sin sacrificar las disciplinas, y el uso de
procedimientos, métodos y metodologías diversas, porque lo concluyente es la ruptura de
fronteras epistémicas, la combinación de contenidos cognoscitivos: conocimientos-saberes a
fin de poder encontrar la realidad con toda su complejidad e incertidumbre en las universidades,
en las instituciones educativas.
Al fin y al cabo, sí es posible una democracia en el proyecto decolonialidad planetaria-
compleja; mejor aún es allí donde podemos conseguir el centro menos contaminado para un
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ejercicio democrático en todo sentido en los países. Reafirmamos la democracia como
decolonialidad no restringe la libertad; más bien la define en el cumplimiento de los deberes y
reclamo de los derechos; aprender y buscar a decolonizar, a los que necesariamente se juntan
enseñar y conocer, que por su parte no pueden prescindir de libertad. Sabemos cómo nace la
decolonialidad, nace como una propuesta crítica, contracara de la herencia colonial que nos
pisoteo por años en muchas partes del planeta, vestigio evidente en la organización social y la
reconstrucción histórica y cultural, ¿Podremos subvertir nuestros propios errores y advertir la
falsedad de nuestras acciones? ¿Cómo alertar subvertir los estados fascistas que comenzaron
con el paternalismo y siguen con la sequía de las regiones?
Volvemos ahora rupturando en el rizoma inicial a fin de evidenciar la posibilidad del
sujeto subversivo que en el legado de Enrique Dussel consigue en el proyecto decolonial un
privilegio epistémico de los oprimidos por su condición de exterioridad para articular la praxis
y filosofía de la liberación: “la exterioridad es el hontanar insondable de la sabiduría, la de los
pueblos vernáculos, dominados, pobres (…) Ellos son los maestros de los sabios, y la filosofía
es sabiduría” (Dussel, 1996, p. 207). Reclamando con ello los saberes de las cosmovisiones
originarias.
Fuera de la hegemonía Occidental y del Norte conseguimos esencias especiales para
dicha subversión como un grito liberador en la praxis que comprendiendo la salvaguarda de la
exterioridad comprendamos que con Enrique Dussel “esta noción de exterioridad no implica un
afuera ontológico, sino que se refiere a un afuera que es precisamente constituido como
diferencia por el discurso hegemónico” (Escobar, 2003, p. 63). Esta hegemonía no sana,
adefesio de la historia por prometer liberación y ser imitación del liberalismo y la globalización
debe subvertirse a favor del bienestar de las naciones. Tener claro que no todo lo que se ha
hecho para gobernar contrario al capitalismo ha sido decolonialidad, sino que se han
aprovechado de las grandes necesidades para oprimir más, ahora con otros portadores de la
colonialidad disfrazada.
Creemos que fuera de las concepciones teóricas, en la praxis es hora de pensar en las
mejores esencias del ser humano, que se pueden hacer transcender y provocar en un ejercicio
de concientización-concienciación (Rodríguez, 2023b); ya que sabemos hoy en la
deconstrucción que llevamos Nos redimimos en la vida ante nuestra magnífica creación; más
allá de las competencias inhumanas, el afán por el dinero y el daño a la vida. En claro entonces
que “las luchas por liberarse constituyen, aquí y allá, procesos originales a través de los cuales
los condenados de la tierra recuperan (y se reapropian de) su propia historicidad, crean su lugar
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en el mundo, crean el mundo para tener lugar, y gestan su propia filosofía” (GIMENO, 2012,
p. 44).
Y en las líneas de investigación que hemos mencionado donde se ubica la actual
pesquisa, hemos subvertido la filosofía occidental que nos dictamina y justifica la masacre de
la vida; vamos fuera de la filosofía colonizada a salvaguardad su exterioridad y las filosofías de
las civilizaciones execradas, con ello una transfilosofía que va en contracara de la filosofía
secuestrada en la colonialidad, más allá de la epistemología de la filosofía, transciende fronteras
y complejiza la filosofía al planeta, sin deudas de continentes (Rodríguez, 2022c). Donde se
rescata propone una filosofía basada en el diálogo y la escucha de los excluidos, del Otro
radical, es decir, del sujeto que ha sido convertido en objeto por la dominación occidental
(Dussel, 1998).
En la actualidad las formas de resistencia no solo deben estar dirigidas contra el Estado,
sino también contra otras fuerzas que son opresivas y que también se oponen al Estado; tal es
el caso de muchos movimientos fundamentalistas de carácter religioso, algunos que violan la
naturaleza de la vida y que promueven aberraciones como la pedofilia. Ahora bien, en las
formas de lucha encontramos dos clases: en la primera están aquellos movimientos que
representan a una parte de la sociedad que se ve atacada y en los que se conduce al sujeto a su
conversión y se lo arrincona a tal punto que se le exige participar activamente en las luchas
sociales; en la segunda están aquellas luchas que consideran que es el sistema el que está
ocasionando daño en la sociedad, por lo que es necesario un cambio de sistema que, por medio
de una reconstrucción de Estado, logre redirigir la sociedad hacia un cambio.
Conclusiones. Aseveraciones en taras resbaladizas del pensamiento decolonial planetario
En el hecho de analizar el giro ontológico-anarquista (o libertario) en el pensamiento
político decolonial planetario, hemos conseguido propuestas en la praxis para subvertir y con
el giro ontológico-anarquista, que son alertas al ataque continuo a la vida en todo sentido, asi
el sujeto libertario o anarquista tiene como prioridad la salvaguarda de la vida, de toda
manifestación compleja de vida. En primer lugar, atiende a la concepción compleja del ser
humano: naturaleza-cuerpo-mente-alma-espíritu-Dios. Con ello la salvaguarda de la naturaleza
es esencial, en tanto si ella es tronchada o tratada como inferior, en grado de importancia el
individuo perece.
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En segundo lugar, de acuerdo con la complejidad del ser humano, Dios como creador
y Padre Nuestro es redimido ante nuestro accionar y complejidad de vida; al estilo
Panikkarniano, la intuición cosmoteándrica de Dios en el mundo, la Trinidad: una experiencia
humana primordial (Panikkar, 1998). En ello, el ser concienciado con el bien común es
promotor de una concienciación-concientización donde el espíritu/cerebro no puede aislarse de
la cultura, de la educación liberadora; ésta es indefectible para la incidencia del espíritu y para
el pleno avance del cerebro; así como la elevación a la sabiduría como un ejercicio del Espíritu
Santo que permea nuestro espíritu (Rodriguez, 2022b). Con esto deconstruimos la figura
opresiva de Dios desde las religiones para soslayar y en el falso humanismo para promover la
soberbia de que el ser humano puede actuar como le parezca y no tiene eticidad. El sujeto
anarquista que subvierte las formas opresivas de dañar y violar la naturaleza de la vida, y con
ello la pedofilia; entre otras aberraciones productos del irrazonable del inhumano ser humano
colonizado alienado a la colonialidad global. Se debe alertar desde el sujeto comprometido con
la liberación, resistir y persistir.
En tercer lugar, sin preeminencias, si la bandera del anarquismo es la liberación
entonces su acción política desarrolla la conciencia planetaria. La conciencia planetaria nos
correr la cortina que somos parte de una red compleja que incluye todas las formas de vida del
planeta. Planeta que se ha atacado y minimizado como un enemigo. “La conciencia ecológica
requiere un doble pilotaje: uno, profundo, que viene de todas las fuentes inconscientes de la
vida y del hombre, y otro, que es el de nuestra inteligencia consciente” (Morín, 1996, p.10). En
ello el anarquista debe comprender que formarse, que atender a sus propias debilidades y
formación reduccionista le ha costado que lo subviertan y que le impongan la colonialidad del
poder y hacer, aun cuando los libertadores de sus países los han sacado del colonialismo, e
invasión de Occidente.
En cuarto lugar, la solidaridad como forma de conocimiento es el reconocimiento del
otro, no como otro sino como uno mismo; del dolor de nuestros congéneres y de su
padecimiento; pero esa solidaridad debe llevar a concientizarnos de que estas personas
desafortunadas tienen el poder de liberarse si los empoderas fuertemente al estilo Freiriano. La
compasión ante el dolor en la decolonialidad planetaria-complejidad, ¿qué tan ajeno es?
(Rodríguez, 2023b), rogamos que no utilicemos más ese sentir como otro; sino que bajo la
consciencia de que llegamos a servir, que estamos unitivamente unidos en el mismo fin amor,
comprendamos que la compasión lleva la inclusión del ser humano en la naturaleza,
“reconocimiento de nuestra eco-dependencia, el cuidado de la tierra; sin reconocimiento del
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pluriverso cultural, étnico, religioso y de la biodiversidad. La compasión debe llevar al diálogo
entre las tradiciones culturales, religiosas, étnicas, filosóficas, espirituales y morales”
(Rodríguez, 2023b, p. 1). Vamos por ello, viva la humanidad, creación de Dios, maravilloso
Padre.
Agradecimientos y dedicatoria en la liberación transmetódica del sujeto investigador
Dedicatoria: Dedico esta pesquisa al filósofo de la liberación: ¡Ejemplo de humanidad
has vivido Don Enrique Dussel, gracias por tanto! Fidelidad: sabiendo que la liberación total
la salvación la ha cedido Dios amado con su Hijo Jesucristo en la cruz, que es la verdad y la
vida coadyuvamos en re-vindicar la creación; nos despedimos con el devenir del Primer y
Segundo Mandamiento de DIOS, cuando un intérprete de la Ley le pregunto Maestro: ¿Cuál es
el principal mandamiento de la Ley? Él le respondió: Amarás al Señor tu Dios con todo tu
corazón y con toda tu alma y con toda tu mente. El Segundo Mandamiento es semejante a éste:
Amarás a tu prójimo como a ti mismo (Mateo 22: 34-39). La autora dedica a Dios con toda su
complejidad llena de sabiduría del Espíritu Santo en humildad, y labrar caminos en medio de
la desolación y el oprobio; y deseos de usar los dones dados a favor de la humanidad, “la lengua
de los sabios da lustre a la sabiduría; hierve en necedades la boca de los fatuos” (Proverbios
15:2).
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Milagros Elena RODRÍGUEZ
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CRediT Author Statement
Reconocimientos: A todos los seres humanos cristianos de corazón y obras.
Financiación: Sin financiamiento, realizado en el marco consciente de investigadora de la
Universidad de Oriente, Cumaná, Venezuela.
Conflictos de intereses: Ningunos.
Aprobación ética: Sé respeta la naturaleza de la vida, el investigar ético en todo sentido.
Disponibilidad de datos y material: Totalmente.
Contribuciones de los autores: La autora realiza toda la indagación y es la portadora de
las líneas de pesquisa donde está la indagación.