LA PERCEPCIÓN DE LOS ESTUDIANTES DE MEDICINA SOBRE SU PARTICIPACIÓN EN UN PROGRAMA PARA HACER FRENTE AL COVID-19
THE PERCEPTION OF MEDICAL STUDENTS ABOUT THEIR PARTICIPATION IN A PROGRAM TO COPE WITH COVID-19
Eveline Tonelotto BARBOSA POTT1 Henrique POTT-JUNIOR2
RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo analizar las percepciones de los estudiantes de medicina brasileños sobre su participación en el programa "Brasil Conta Comigo", que propone insertar estudiantes de salud en diferentes contextos en medio de la pandemia COVID-19. Se realizó un estudio transversal entre estudiantes brasileños de medicina de último año de una universidad pública que respondieron un cuestionario autoaplicado (tasa de respuesta del 76%). Los estudiantes enfatizaron su sentimiento de seguridad y preparación para la experiencia de la práctica clínica en un contexto de pandemia. Además, también destacaron la importancia del programa para su formación como futuros profesionales y señalaron aspectos negativos de esta experiencia como el alejamiento de sus familias y la ansiedad ante un contexto incierto. Sin embargo, la exposición de los estudiantes de medicina
1 Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brasil. Pós-Doutoranda no Departamento de Metodologia de Ensino. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8263-6093. E-mail: evelinebarbosaa@gmail.com
2 Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brasil. Professor Adjunto no Departamento de Medicina. Doutorado em Infectologia (UNIFESP). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3126-2946. E-mail: henriquepott@ufscar.br
a la práctica clínica en el contexto de una pandemia es un factor importante en el desarrollo profesional. Los estudiantes de medicina juegan un papel clave en la salud pública, ayudando a ofrecer asistencia y atención médica a la población más vulnerable del país.
PALABRAS CLAVE: Educación médica. Educación de pregrado en medicina. Estudiantes de medicina. COVID-19.
ABSTRACT: This article aims to analyse the perceptions of Brazilian medical students about their participation in the program "Brasil Conta Comigo", which proposes to insert health students in different contexts amid the COVID-19 pandemic. To this end, a cross-sectional study was carried out among Brazilian senior medical students at a public university that answered a self-applied questionnaire (76% response rate). From the students' perception, they emphasize their feeling of secure and preparedness for the clinical practice experience in a pandemic context. In addition, they also highlighted the importance of the program for their training as future professionals and pointed out negative aspects of this experience such as the distancing from their families and the anxiety in the face of an uncertain context. Nevertheless, the exposure of medical students to clinical practice in the context of a pandemic is an important factor in professional development. Medical students play a key role in public health, in order to offer assistance and health care to the country's most vulnerable population.
KEYWORDS: Medical education. Undergraduate medical education. Medical students. COVID-19.
O coronavírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2) se espalhou pelo mundo em um período extremamente curto e o número de pessoas infectadas ainda está aumentando em escala global (HE; DENG; LI, 2020; LIU et al., 2020). O Brasil foi uma exceção até 26 de fevereiro de 2020, quando o Ministério da Saúde brasileiro confirmou o primeiro caso de infecção por SARS-CoV-2 no país (RODRIGUEZ-MORALES et al., 2020). Este momento foi um marco importante para o país, cuja população ultrapassa 640 milhões de pessoas e que tem enfrentado surtos significativos e recorrentes de infecções declaradas como Emergências de Saúde Pública de Interesse Internacional pela Organização Mundial de Saúde (BISCAYART et al., 2020).
Enquanto a rápida escalada da doença causada pelo SARS-CoV-2 (COVID-19) continua, o mundo tem tomado medidas extremas para conter a disseminação do vírus, incluindo a suspensão do funcionamento de escolas e universidades públicas e privadas. Ainda assim, é em um contexto repleto de preocupações quanto ao cuidado dos pacientes e acerca da segurança dos profissionais de saúde, que surgem os questionamentos: A educação
médica deve ser suspensa durante a pandemia? E o estágio prático? Quais os riscos e os benefícios da exposição de estudantes de medicina à prática clínica neste contexto?
A pandemia de COVID-19 impôs mudanças na educação médica em todo o mundo, trazendo para a discussão central o papel dos estudantes de medicina em um contexto pandêmico. Para muitos, a exposição à prática clínica foi interrompida com a suspensão do funcionamento das universidades, voltando-se para o ensino a distância, atividades de revisão de literatura e atendimento virtual (ALMARZOOQ; LOPES; KOCHAR, 2020; BOODMAN; LEE; BULLARD, 2020; KANNEGANTI et al., 2020; MARSHALL; WOLANSKYJ-
SPINNER, 2020; TOKUÇ; VAROL, 2020). Por outro lado, em alguns locais os alunos dos últimos anos voltaram à prática clínica, mas foram retirados das enfermarias e das unidades de terapia intensiva, onde são tratados os pacientes com COVID-19 (WANG; TAN; RAUBENHEIMER, 2020).
A situação no Brasil não foi diferente. Ao longo de março de 2020, todos os estados ordenaram a suspensão das aulas em meio aos esforços para conter a disseminação viral. No mesmo mês, o governo federal lançou uma ação estratégica conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde - “O Brasil Conta Comigo”. Este programa visa a atender à necessidade de uma força de trabalho em saúde e também fornecer um contexto de aprendizagem para estudantes de saúde. No âmbito da graduação, a ação estratégica convidou alunos do 5º e 6º anos dos cursos de medicina e do último ano dos cursos de enfermagem, fisioterapia e farmácia. A proposta foi inserir esses alunos para atuarem junto ao sistema público de saúde no combate ao COVID-19 ou nas áreas de atendimento clínico não COVID-19. Com carga horária semanal de 20 ou 40 horas, esses alunos podem atuar em diferentes níveis de atenção e unidades do sistema público de saúde, como unidades básicas de saúde, pronto-socorros, unidades de internação, entre outros contextos. A participação neste programa foi voluntária e, caso tivesse interesse, o aluno deveria realizar um cadastro prévio junto às autoridades reguladoras. Como medida de bônus, os alunos participantes recebem uma bolsa de auxílio, além de um certificado (BRASIL, 2020).
A proposta e a implementação desse programa cria a possibilidade de o estudante de medicina atuar na área de saúde em um contexto de pandemia. No entanto, é de fundamental importância compreender a percepção dos alunos quanto à participação neste programa. Portanto, este artigo busca compreender a percepção de estudantes de medicina sobre sua participação no programa “O Brasil Conta Comigo” durante a pandemia COVID-19 no Brasil.
Trata-se de um estudo transversal com o objetivo de avaliar a percepção de estudantes de medicina sobre sua participação no programa “O Brasil Conta Comigo”. O estudo foi realizado em uma universidade pública do Brasil. Os participantes incluídos foram aqueles que estivessem cursando o último ano do curso de medicina e participassem do programa “O Brasil Conta Comigo”. Não houve critérios de exclusão para amostragem.
Os pesquisadores desenvolveram um instrumento de 05 itens, organizados em formato de escala Likert de cinco pontos, 1 item sim / não e uma questão aberta sobre as dificuldades durante a participação no programa (Tabela 1). Em seguida, o instrumento foi apresentado a uma banca de 04 juízes, especialistas na área de educação e medicina, para validação de face e conteúdo.
Q1. Diante do cenário atual de pandemia, como você se sente em relação ao atendimento em saúde?
Q2. Você acredita que o programa "O Brasil Conta Comigo" foi fundamental em sua formação acadêmica?
Q3. Você acredita que seu papel (enquanto aluno de medicina) no contexto de pandemia foi fundamental na assistência à saúde da população?
Q4. Você acredita que as atividades propostas pela universidade foram fundamentais para seu melhor preparo, enquanto futuro profissional médico?
Q5. Após concluir as atividades propostas pela universidade, você se sente mais seguro e confiante para atender a um paciente com COVID- 19?
Q6. Você teve alguma dificuldade durante a participação no programa "O Brasil Conte Comigo”?
Q7. Caso tenha respondido "Sim", cite e explique quais foram suas principais dificuldades na participação deste programa.
Fonte: Elaborado pelos autores
Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (CAAE: 18399119.0.0000.5504). A participação no estudo foi voluntária e as respostas anônimas. A pesquisa esteve disponível on-line por um período de 02 semanas entre agosto e setembro de 2020.
As informações coletadas incluíram idade, sexo e percepções sobre o programa "O Brasil Conta Comigo". As respostas às questões que utilizaram escala Likert de 05 pontos foram condensadas em 03 categorias (concordo / concordo totalmente, neutro e discordo / discordo totalmente). Os dados categóricos são apresentados como contagens e porcentagens, os dados contínuos como medianas e intervalos interquartis.
Todas as análises foram conduzidas usando o R versão 3.5.3 (The R Foundation for Statistical Computing, Viena, Áustria) no R-studio 1.1.463 (RStudio Inc., Boston, EUA).
Dos 33 alunos do último ano do curso de medicina da universidade, onde foi realizada a pesquisa, 25 alunos participaram do programa “O Brasil Conta Comigo” e, desses, 19 alunos aceitaram participar do estudo (taxa de resposta de 76%). O programa consistia em um estágio supervisionado de 14 semanas, dividido em atividades práticas no pronto-socorro COVID-19 e não COVID-19, enfermaria COVID-19 e não COVID-19, atendimento por telemedicina e atendimento ambulatorial não COVID-19. Os alunos participantes também receberam sessões de treinamento prático e teórico sobre equipamentos e medidas de proteção, juntamente com a discussão científica de pesquisas publicadas recentemente. A maioria dos participantes eram mulheres (68,8%) com uma idade mediana de 24,5 (intervalo interquartil 23 - 28) anos, relatando sentir-se seguro / muito seguro (81,2%) para a experiência de prática clínica em um contexto de pandemia.
A maioria (93,8%) dos alunos também relatou acreditar que a participação no programa "O Brasil Conta Comigo" foi fundamental para sua formação acadêmica. E, nesse contexto, a mesma proporção de alunos relatou que as atividades propostas pela universidade foram fundamentais para a sua preparação como futuros profissionais, sendo que após essas atividades eles se sentiram mais seguros e confiantes para atender um paciente com COVID-
19. Nesse sentido, a maioria (87,5%) dos estudantes acredita que seu papel (como estudante de medicina) foi fundamental para o cuidado à saúde da população neste contexto pandêmico (Tabela 2, Figura 1).
Perguntas | Discordo | Neutro | Concordo |
Q2. Você acredita que o programa "O Brasil Conta Comigo" foi fundamental em sua formação acadêmica? | 1 (6.2) | 0 (0) | 15 (93.8) |
Q3. Você acredita que seu papel (enquanto aluno de medicina) no contexto de pandemia foi fundamental na assistência à saúde da população? | 2 (12.5) | 0 (0) | 14 (87.5) |
Q4. Você acredita que as atividades propostas pela Universidade foram fundamentais para seu melhor preparo, enquanto futuro profissional médico? | 1 (6.2) | 0 (0) | 15 (93.8) |
Q5. Após concluir as atividades propostas pela Universidade, você se sente mais seguro e confiante para atender a um paciente com COVID-19? | 0 (0) | 1 (6.2) | 15 (93.8) |
Os dados estão apresentados sob a forma de frequência absoluta (frequência relativa). |
Fonte: Elaborado pelos autores
Fonte: Elaborado pelos autores
Quando questionados sobre a presença de alguma dificuldade durante a participação no programa, a maioria (81,2%) relatou não ter experimentado nenhuma dificuldade. Entre os que relataram alguma dificuldade, (1) o distanciamento social, principalmente, de seus familiares, e (2) o contexto de incerteza sobre a doença e a ansiedade foram os destaques.
A exposição à prática clínica é um processo indispensável ao estudante de medicina, pois permite a oportunidade de integrar a teoria à prática (BARBOSA POTT; POTT JUNIOR, 2019). A universidade onde foi realizado esse estudo utiliza uma proposta pedagógica que visa a inserir os estudantes de medicina em contextos de cuidados de saúde, desde o primeiro ano da formação médica, de modo que os dilemas e os problemas encontrados na prática sejam fontes de mobilização do saber acadêmico e do processo de estudo.
Essa exposição precoce à prática clínica parece oferecer uma sensação de segurança aos alunos, sendo expressa pela maioria dos participantes (81,2%), mesmo em um contexto de pandemia. Além disso, todos os participantes do estudo relataram que sua participação no programa foi um elemento importante para promover preparo e confiança para lidar com as demandas de saúde no atendimento de pacientes com COVID-19.
A satisfação de quase todos os alunos com os conhecimentos e as habilidades adquiridas foi observada na medida em que 93,8% dos participantes relataram acreditar que sua participação no programa foi fundamental para sua formação acadêmica. Ainda assim, ressaltaram que, para eles, seu envolvimento também foi fundamental para o funcionamento dos serviços públicos, uma vez que puderam contribuir para a continuidade dos serviços de saúde, os quais se encontram bastante sobrecarregados no atual contexto pandêmico. De acordo com Noronha et al. (2020), o Brasil encontra-se em situação crítica em relação ao atendimento das demandas adicionais ocasionadas pela COVID-19. Além das demandas reais e potenciais por equipamentos médicos, também faltam profissionais de saúde qualificados para atender às demandas existentes. Assim, a participação dos estudantes de medicina, sob a tutela de um corpo docente qualificado, desempenha um papel de extrema importância na saúde pública do país.
Em relação às dificuldades encontradas durante a participação no programa, a maioria dos alunos relatou não ter experimentado nenhuma dificuldade significativa. Dentre os que refletiram sobre a vivência de alguma dificuldade, destacou-se a necessidade do distanciamento social da família, visto que precisavam reforçar as medidas de isolamento social devido à exposição sofrida durante as atividades do programa. Além disso, outro elemento que apareceu como dificuldade foi o contexto de incerteza sobre a doença e a ansiedade tanto do aluno quanto do corpo docente. Assim, apesar das dificuldades enfrentadas na escolha de participar do programa, os alunos avaliaram sua participação como uma importante oportunidade para a continuidade da prática profissional na formação médica.
Nossos resultados indicam que o ano não foi perdido, pelo contrário, os alunos puderam vivenciar na prática os dilemas e as dificuldades enfrentadas em um sistema público de saúde em um contexto de pandemia. Este, sem dúvida, surge como um contexto de aprendizagem diferenciado que possibilitou a esses alunos exercerem o seu compromisso social relacionado com a sua futura profissão, norteados por novas evidências científicas, sob a tutela de um corpo docente qualificado.
Este artigo traz a experiência de uma universidade brasileira na implantação do programa “O Brasil Conta Comigo”, que visa a inserir, voluntariamente, estudantes de medicina na prática clínica durante a pandemia COVID-19. Na percepção dos alunos, eles apresentaram uma avaliação positiva dos resultados do programa, e enfatizaram que após as atividades do programa se sentiram mais seguros e confiantes para atender um paciente com COVID-19. No entanto, dificuldades também foram observadas ao longo do programa.
A partir da percepção dos alunos participantes, é possível refletir sobre o papel e a importância da participação dos alunos da área de saúde no enfrentamento de contextos pandêmicos. Os estudantes de medicina desempenham um papel fundamental na saúde pública, ajudando a oferecer assistência e cuidados de saúde à população mais vulnerável do país. Assim, a partir de atividades planejadas criteriosamente, é possível dar continuidade à formação prática dos alunos de medicina e, consequentemente, dos serviços de saúde prestados ao sistema público de saúde.
ALMARZOOQ, Z. I.; LOPES, M.; KOCHAR, A. Virtual Learning During the COVID-19 Pandemic: A Disruptive Technology in Graduate Medical Education. Journal of the American College of Cardiology, v. 75, n. 20, p. 2635-2638, 2020. DOI: http://doi.org/10.1016/j.jacc.2020.04.015
BARBOSA POTT, E. T.; POTT JUNIOR, H. Mapeando os estudos sobre educação médica no Brasil: tendências e perspectivas. Revista Sustinere, Rio de Janeiro, v. 7, n. 1, p. 132-152, 2019. DOI: https://doi.org/10.12957/sustinere.2019.38418
BISCAYART, C. et al. The next big threat to global health? 2019 novel coronavirus (2019- nCoV): What advice can we give to travellers? – Interim recommendations January 2020, from the Latin-American society for Travel Medicine (SLAMVI). Travel Medicine and Infectious Disease, v. 33, p. 101567, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.tmaid.2020.101567
BOODMAN, C.; LEE, S.; BULLARD, J. Idle medical students review emerging COVID-19 research. Medical Education Online, v. 25, n. 1, 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 492, de 23 de março de 2020. Institui a Ação Estratégica “O Brasil Conta Comigo”, voltada aos alunos dos cursos da área de saúde, para o enfrentamento à pandemia do coronavírus (COVID-19). Diário Oficial da União: Seção 1, Brasília, DF, p. 4, 2020.
HE, F.; DENG, Y.; LI, W. Coronavirus Disease 2019 (COVID‐19): What we know? Journal of Medical Virology, v. 92, p. 719-725, 2020. DOI: https://doi.org/10.1002/jmv.25766.
KANNEGANTI, A. et al. Pedagogy in a pandemic – COVID-19 and virtual continuing medical education (vCME) in obstetrics and gynecology. Acta Obstetricia et Gynecologica Scandinavica. Acta Obstet Gynecol Scand, v. 99, p. 692-695, 2020. DOI: https://doi.org/10.1111/aogs.13885.
LIU, Y. et al. Anti-hypertensive Angiotensin II receptor blockers associated to mitigation of disease severity in elderly COVID-19 patients. medRxiv, 2020. DOI: https://doi.org/10.1101/2020.03.20.20039586.
MARSHALL, A. L.; WOLANSKYJ-SPINNER, A. COVID-19: Challenges and
Opportunities for Educators and Generation Z Learners. Mayo Clin. Proc., v. 95, n. 6, p. 1135-1137, 2020. DOI: https://doi.org/10.1016/j.mayocp.2020.04.015.
NORONHA, K. V. M. S. et al. Pandemia por COVID-19 no Brasil: análise da demanda e da oferta de leitos hospitalares e equipamentos de ventilação assistida segundo diferentes cenários. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 36, n. 6, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311x00115320.
RODRIGUEZ-MORALES, A. J. et al. COVID-19 in Latin America: The implications of the first confirmed case in Brazil. Travel Medicine and Infectious Disease, p. 101613, 2020.
DOI: https://doi.org/10.1016/j.tmaid.2020.101613.
TOKUÇ, B.; VAROL, G. Medical education in Turkey in the time of COVID-19. Balkan Medical Journal, v. 37, n. 4, p. 180-181, 2020. DOI: https://dx.doi.org/10.4274%2Fbalkanmedj.galenos.2020.2020.4.003.
WANG, J. H.S.; TAN, S.; RAUBENHEIMER, K. Rethinking the role of senior medical students in the COVID-19 response. Medical Journal of Australia, v. 212, n. 10, p. 490-490, 2020. DOI: https://doi.org/10.5694/mja2.50601.
BARBOSA POTT, E. T.; POTT-JUNIOR, H. A percepção dos estudantes de medicina sobre sua participação em um programa de enfrentamento ao COVID-19. Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 17, n. 00, p. e021001, 2021. e-ISSN 2526-3471. DOI:
https://doi.org/10.26673/tes.v17i00.14681.
A PERCEPÇÃO DOS ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE SUA PARTICIPAÇÃO EM UM PROGRAMA DE ENFRENTAMENTO AO COVID-19
LA PERCEPCIÓN DE LOS ESTUDIANTES DE MEDICINA SOBRE SU PARTICIPACIÓN EN UN PROGRAMA PARA HACER FRENTE AL COVID-19
Eveline Tonelotto BARBOSA POTT1 Henrique POTT-JUNIOR2
RESUMO: Este artigo tem como objetivo analisar as percepções de estudantes de medicina brasileiros sobre sua participação no programa "Brasil Conta Comigo", que se propõe a inserir estudantes da área de saúde em diferentes contextos em meio à pandemia COVID-19. Foi realizado um estudo transversal com estudantes brasileiros de medicina do último ano de uma universidade pública que responderam um questionário autoaplicável (taxa de resposta de 76%). Os alunos enfatizaram seu sentimento de segurança e preparo para a experiência da prática clínica em um contexto de pandemia. Além disso, também destacaram a importância do programa para a formação dos futuros profissionais e apontaram aspectos negativos dessa vivência, como o distanciamento da família e a ansiedade diante de um contexto incerto. No entanto, a exposição dos estudantes de medicina à prática clínica no contexto de uma pandemia é um fator importante no desenvolvimento profissional. Os
1 Federal University of São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brazil. Postdoctoral Student, Department of Teaching Methodology. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8263-6093. E-mail: evelinebarbosaa@gmail.com
2 Federal University of São Carlos (UFSCAR), São Carlos – SP – Brazil. Adjunct Professor, Department of Medicine. Doctorate in Infectology (UNIFESP). ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3126-2946. E-mail: henriquepott@ufscar.br
estudantes de medicina desempenham um papel fundamental na saúde pública, ajudando a oferecer assistência e cuidados de saúde à população mais vulnerável do país.
PALAVRAS-CHAVE: Educação médica. Educação de graduação em medicina. Estudantes de medicina. COVID-19.
RESUMEN: Este artículo tiene como objetivo analizar las percepciones de los estudiantes de medicina brasileños sobre su participación en el programa "Brasil Conta Comigo", que propone insertar estudiantes de salud en diferentes contextos en medio de la pandemia COVID-19. Se realizó un estudio transversal entre estudiantes brasileños de medicina de último año de una universidad pública que respondieron un cuestionario autoaplicado (tasa de respuesta del 76%). Los estudiantes enfatizaron su sentimiento de seguridad y preparación para la experiencia de la práctica clínica en un contexto de pandemia. Además, también destacaron la importancia del programa para su formación como futuros profesionales y señalaron aspectos negativos de esta experiencia como el alejamiento de sus familias y la ansiedad ante un contexto incierto. Sin embargo, la exposición de los estudiantes de medicina a la práctica clínica en el contexto de una pandemia es un factor importante en el desarrollo profesional. Los estudiantes de medicina juegan un papel clave en la salud pública, ayudando a ofrecer asistencia y atención médica a la población más vulnerable del país.
PALABRAS CLAVE: Educación médica. Educación de pregrado en medicina. Estudiantes de medicina. COVID-19.
Severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2) has spread worldwide in an extremely short period and the number of infected people is still increasing on a global scale (HE; DENG; LI, 2020; LIU et al., 2020). Brazil was an exception until February 26, 2020, when the Brazilian Ministry of Health confirmed the first case of SARS- CoV-2 infection in the country (RODRIGUEZ-MORALES et al., 2020). This moment was an important milestone for the region, whose population exceeds 640 million people, and which has faced recurrent significant outbreaks of infections declared as Public Health Emergencies of International Interest by the World Health Organization (BISCAYART et al., 2020).
While the rapid escalation of coronavirus disease-2019 (COVID-19) continues, the world has taken extreme measures to curb viral spread, including suspending the functioning of public and private schools and universities (MARSHALL; WOLANSKYJ-SPINNER, 2020). Yet, it is in a context full of concerns regarding the care of patients and the safety of health professionals, that questions arise: Should medical education be suspended during the pandemic? What about the practical internship? What are the risks and benefits of the exposure of medical students to clinical practice in this context?
The COVID-19 pandemic-imposed changes in medical education worldwide, bringing to the central discussion the role of medical students in a pandemic context (ALMARZOOQ; LOPES; KOCHAR, 2020; BOODMAN; LEE; BULLARD, 2020; KANNEGANTI et al., 2020; MARSHALL; WOLANSKYJ-SPINNER, 2020; TOKUÇ; VAROL, 2020). For many,
exposure to clinical practice was interrupted with the suspension of the operation of universities, turning to distance learning, literature review activities and virtual assistance. (ALMARZOOQ; LOPES; KOCHAR, 2020; BOODMAN; LEE; BULLARD, 2020; KANNEGANTI et al., 2020; MARSHALL; WOLANSKYJ-SPINNER, 2020; TOKUÇ;
VAROL, 2020). On the other hand, in some locations students taking the last few years returned to clinical practice, but were removed from the wards and intensive care units where patients with COVID-19 are treated (WANG; TAN; RAUBENHEIMER, 2020).
The situation in Brazil was no different. Throughout March 2020, all states ordered the suspension of classes amid efforts to curb viral spread. In the same month, the federal government launched a joint strategic action by the ministries of Education and Health - "O Brasil Conta Comigo". This program aims to meet the need for a health workforce and provide a learning context for health students. As part of the undergraduate program, the strategic action invited students from the 5th and 6th years of medical courses and the last year of nursing, physiotherapy and pharmacy courses. The proposal is to insert these students to work with the public health system to combat COVID-19 and / or in the non-COVID-19 clinical care areas. With a weekly workload of 20 or 40 hours, these students can act at different levels of care and units of the public health system, such as primary healthcare units, emergency departments, and inpatient care wards among other contexts. Participation in this program is voluntary and, if interested, the student must perform a prior registration to regulatory authorities. As a bonus measure, participating students receive an aid grant in addition to a certificate (BRASIL, 2020).
The proposal and implementation of this program creates the possibility for medical students to act in health care in a pandemic context. However, it is of fundamental importance to understand the students' perceptions regarding their participation in this program. Therefore, this article seeks to understand the perceptions of medical students about their participation in the “O Brasil Conta Comigo” program during the COVID-19 pandemic in Brazil.
This is a cross-sectional study to assess the perceptions of medical students about their participation in the “O Brasil Conta Comigo” program. The study was conducted in a public university in Brazil. Participants were included if they were enrolled in the last year of medical school and participated in the “O Brasil Conta Comigo” program. There were no excluding criteria for sampling.
The researchers developed a 5-item instrument organized in a five-point Likert scale format, 1 yes/no item and an open-ended question on difficulties while participating in the program (Table 1). Afterwards, the instrument was presented to a panel of 4 judges, experts in education and medicine, for face and content validation.
Comigo”.
Question about health care | Very insecure | Insecure | Neutral | Secure | Very secure |
Q1. In the current pandemic scenario, how do you feel about health care? | |||||
Questions about the program "O Brasil Conta Comigo" | Strongly disagree | Disagree | Undecide d | Agree | Strongly Agree |
Q2. Do you believe that the program "O Brasil Conta Comigo" was fundamental in your academic formation? | |||||
Q3. Do you believe that your role (as a medical student) in the context of the pandemic was fundamental in providing health care to the population? | |||||
Q4. Do you believe that the activities proposed by the university were fundamental for your better preparation as a future medical professional? | |||||
Q5. After completing the activities proposed by the university, did you feel safer and more confident in caring for a patient with COVID-19? | |||||
Q6. Did you have any difficulties while participating in the program "O Brasil Conte Comigo? | □ Yes | □ No | |||
Q7. If you answered "Yes", please quote and explain what were your main difficulties in participating in this program |
Source: Prepared by the authors.
This study was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of São Carlos (CAAE: 18399119.0.0000.5504). Participation in the study was voluntary and responses were anonymous. The questionnaire was available online for 4 weeks on the Google Forms platform.
The following data were gathered from those meeting inclusion criteria: age, sex (male, female) and the questionnaire. The answers to the questions that used a 5-point Likert scale were condensed into 3 categories (strongly agree / agree, neutral and strongly disagree / disagree). Categorical data are presented as counts and percentages, continuous data as medians and interquartile ranges.
All analyzes were conducted using R version 3.5.3 (The R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria) in R-studio 1.1.463 (RStudio Inc., Boston, USA).
Of the 33 senior medical students at the university where this research was carried out, a total of 25 students participated in the “O Brasil Conta Comigo” program, and of these 19 students agreed to participate in the study (76% response rate). The program consisted of a supervised internship of 14 weeks, divided into practical activities in the COVID-19 and non- COVID-19 emergency department, COVID-19 and non-COVID-19 inpatient ward, telemedicine assistance, and non-COVID-19 outpatient care. Participating students also received sessions of practical and theoretical training on protective equipment and measures along with scientific discussion of recently published research. Most participants were women (68.8%) with a median age of 24.5 (interquartile range 23 - 28) years, reporting feeling secure
/ very secure (81.2%) for the clinical practice experience in a pandemic context.
The majority (93.8%) of the students also reported believing that their participation in the program "O Brasil Conta Comigo" was fundamental for their academic training. And in this context, the same proportion of students reported that the activities proposed by the university were fundamental for their preparation as future professionals, and after these activities they felt securer and more confident to assist a patient with COVID-19. Accordingly, the majority (87.5%) of the students believed that their role (as a medical student) was fundamental to the health care of the population in this pandemic context (Table 2, Figure 1).
program
Questions | Disagree | Neutral | Agree |
Q2. Do you believe that the program "O Brasil Conta Comigo" was fundamental in your academic formation? | 1 (6.2) | 0 (0) | 15 (93.8) |
Q3. Do you believe that your role (as a medical student) in the context of the pandemic was fundamental in providing health care to the population? | 2 (12.5) | 0 (0) | 14 (87.5) |
Q4. Do you believe that the activities proposed by the university were fundamental for your better preparation as a future medical professional? | 1 (6.2) | 0 (0) | 15 (93.8) |
Q5. After completing the activities proposed by the University, did you feel safer and more confident in caring for a patient with COVID-19? | 0 (0) | 1 (6.2) | 15 (93.8) |
Data are presented as counts (percentage). |
Source: Prepared by the authors.
Source: Prepared by the authors.
When asked about the presence of any difficulties while participating in the program, the majority (81.2%) reported not having experienced any difficulties. Among those who reported any difficulty, (1) social distancing, especially from their families, and (2) the context of uncertainty about the disease and anxiety were the highlights.
The exposure to clinical practice is an indispensable process to medical students as it allows the opportunity to integrate theory with practice (BARBOSA POTT; POTT JUNIOR, 2019). The university where this study was carried out uses a pedagogical proposal that aims to insert medical students in health care contexts since their first year of medical education, so that the dilemmas and problems encountered in practice are sources of mobilization of academic knowledge and the study process.
This early exposure to clinical practice seems to offer a sense of secure self to students, being expressed by most participants (81.2%), even in a pandemic context. In addition, all study participants reported that their participation in the program was an important element to promote preparation and confidence to deal with health demands while caring for patients with COVID-19.
The satisfaction of almost all students with the acquired knowledge and skills gained could be seen as 93.8% of the participants reported believing that their participation in the program was fundamental for their academic training. Still, they also pointed out that, to them, their involvement was fundamental for the functioning of public services, since they were able to contribute to the continuation of health care services, which is quite overburdened in the current pandemic context. According to Noronha et al. (2020), Brazil is in a critical situation in relation to meeting the additional demands caused by COVID-19. In addition to the real and potential demands for medical equipment, there is also a lack of qualified health professionals to meet existing demands. Thus, the participation of medical students, under the tutelage of a qualified teaching staff, plays an extremely important role in the country's public health.
Regarding the difficulties encountered while participating in the program, most of the students reported not having experienced any significant difficulties. Among those who reflected on the experience of some difficulty, the need for social distancing from the family was highlighted, as they needed to reinforce the measures of social isolation due to the exposure, they suffered during the program activities. In addition, another element that appeared as a difficulty was the context of uncertainty about the disease and the anxiety of both the student and the faculty. Thus, despite the difficulties faced when choosing to participate in the program, students assessed their participation as an important opportunity to continue their professional practice in medical education.
Our results indicate that the year was not lost, on the contrary, students were able to experience in practice the dilemmas and difficulties faced within a public health system in a pandemic context. This undoubtedly appears as a differentiated learning context that enabled these students to exercise their social commitment related to their future profession, guided by new scientific evidence under the tutelage of a qualified teaching staff.
This article brings the experience of a Brazilian university in the implementation of the “O Brasil Conta Comigo” program, which aims to voluntarily insert medical students in clinical practice during the COVID-19 pandemic. From the students' perception, they presented a positive evaluation of the results of the program and emphasized that after the programs' activities they felt securer and more confident to assist a patient with COVID-19. Nevertheless, difficulties were also observed during the program.
Based on the perceptions of the participating students, it is possible to think about the role and the importance of the participation of health students in facing pandemic contexts. Medical students play a key role in public health, helping to offer assistance and health care to the country's most vulnerable population. Therefore, based on activities that are planned carefully, it is possible to continue the practical training of medical students and, consequently, the health care services provided to the public health system.
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