SALUD Y PROFESORES EN UNA SOCIEDAD ENFERMA: UN ESTUDIO EN EL ÁMBITO DE LA FORMACIÓN DE POSTGRADO
HEALTH AND TEACHERS IN A SICK SOCIETY: A STUDY IN THE FIELD OF POSTGRADUATE IN EDUCATION
Sumayra de Oliveira SILVA1 Acir Mário KARWOSKI2
Luciana Almeida Silva TEIXEIRA3
RESUMEN: El artículo trata sobre la literacia en salud de los profesores en un programa de educación de posgrado en una universidad federal en Brasil. El objetivo es comprender, dentro de la realidad de la educación superior brasileña, si estos profesionales ejercen sus capacidades de comprensión, gestión e inversión para adoptar un estilo de vida saludable. A través de entrevistas semiestructuradas, diez profesores respondieron un cuestionario europeo adaptado culturalmente y validado en Brasil, agregado a preguntas abiertas de los autores, el método utilizado durante el proceso de investigación fue la observación participante y se llevó a cabo en las instalaciones de la institución. Concluimos que el 80% de los encuestados tiene alfabetización en salud, pero el 70% de los profesores tiene alguna patología, a pesar de ejercitar sus habilidades de comprensión y gestión para su salud, sin
embargo, la inversión se ve obstaculizada por el hecho de que no se dispone de tiempo para la adopción. de un estilo de vida saludable del 70% de los encuestados.
PALABRAS CLAVE: Literacia. Salud. Cultura. Posgraduación.
ABSTRACT: The article is about the health literacy of teachers in a postgraduate education program at a federal university in Brazil. The objective is to understand, within the reality of Brazilian higher education, if these professionals exercise their understanding, management and investment skills to adopt a healthy lifestyle. Through semi-structured interviews, ten professors answered a European questionnaire culturally adapted and validated in Brazil, added to open questions by the authors, the method used during the investigation process was participant observation and took place in the institution's facilities. We conclude that 80% of respondents have health literacy, but 70% of the professors have some pathology, despite exercising their understanding and management skills for their health, however, the investment is hampered by the fact of the unavailable time for the adoption of a healthy lifestyle of 70% of respondents.
KEYWORDS: Literacy. Health. Culture. Postgraduate.
Este artigo é sobre uma pesquisa desenvolvida no Mestrado em Educação (2018- 2019), com objetivo de medir o nível de literacia para a saúde (LS) dos docentes que atuam na pós-graduação em educação, segmento inicialmente considerada referência em letramento4 e literacia, para o qual, apresentaremos um diagnóstico voltado ao campo de trabalho na pós- graduação stricto sensu, focalizado na LS dos docentes.
Literacia é uma capacidade humana de identificar, compreender, interpretar, criar, comunicar e usar as novas tecnologias, de acordo com diversos contextos. Envolve um processo contínuo de aprendizagem que capacita o indivíduo a alcançar os seus objetivos, a desenvolver seus potenciais e o seu conhecimento (UNESCO, 2003).
O termo literacia importado da literatura anglo-saxônica (literacy) está conectado com a compreensão que permite aprender algo por meio da captação das principais ideias que entendemos de textos, das artes visuais, da partitura de uma música, da troca simbólica nas relações sociais e, assim por diante, que por sua vez é a capacidade de interpretar determinado assunto (literacy), sem menosprezar a necessidade da intervenção pedagógica no ensino do
4 A partir de estudos publicados em inglês, foram criados termos equivalentes a “Literacy”, tais como alfabetismo e letramento. Em Portugal e na América Latina, a apropriação do termo “Literacy” se deu de forma específica e diferenciada. No Brasil, o termo usual é letramento e em Portugal Literacia. Para estes pesquisadores, letramento e literacia, não são conceitos excludentes e não competem entre si. Mas como estamos apoiados na metodologia de literacia para a saúde, da Escola Nacional de Saúde, da Universidade Nova de Lisboa, usaremos apenas o termo literacia.
uso de conectivos, tempos verbais, processos de referenciação anafórica e catafórica. A literacia no entendimento desta pesquisa só acontece a partir das trocas de símbolos culturais que impactam diretamente o desenvolvimento do cérebro humano.
Por esse entendimento, a pesquisa apoia-se em Geertz (2008), para abordar o conceito de cultura, ciência geral dos signos, isto é, a cultura é uma ciência interpretativa a procura de significados, que consiste em estruturas de significação socialmente estabelecidas, é algo ao qual podem ser atribuídos os acontecimentos sociais, os comportamentos, as instituições e/ou os processos. Dialogaremos também neste campo com Levi Strauss (2003), que em uma categoria de entendimento inspirado pela Linguística como o tema central para a cultura, em uma relação do social e do simbólico, compreendendo que relações sociais são uma realidade secundária à comunicação e toda relação é simbólica permeada por significados e sentidos, sendo o simbólico que constitui o social e não ao contrário, introduz a noção de sistema do eu e do outro, dentro do método fonológico, ou seja, a cultura é compreendida pela pela comunicação, pela fala, que são os símbolos a serem interpretados.
Já o termo literacia para a saúde, conceituada pela Organização Mundial da Saúde (OMS, 1998), como a compreensão e a utilização da informação com o objetivo de promover e manter uma boa saúde, o que não implica apenas conhecimento e capacidade intelectual, mas principalmente a tomada de decisão tendo por desígnio a melhoria da saúde individual e da saúde pública, que no entendimento desta pesquisa, dependem de símbolos culturais que representem a modificação de comportamento para um bem estar, símbolos que podem não estar presentes em uma sociedade adoecida, por isso, vale destacar o papel da esfera pública e coletiva da saúde.
Pois ao falar em “boa saúde” na atual sociedade, é fundamental apontar a redução urgente dos níveis de insucesso escolar, da insegurança pública, do desemprego e melhorar a habitação e o saneamento básico. As sociedades que permitem aos cidadãos ter um papel ativo social, econômico e cultural serão mais saudáveis do que aquelas nas quais os indivíduos enfrentam a insegurança, a sua classificação, exclusão e a carência social, econômica, cultural (Social Determinants of Health: The Solid Facts, 2003).
O conceito de literacia para a saúde com Nutbeam (2000), Kickbusch, (2001; 2006) coaduna com a perspectiva autoral do questionário que aplicamos em nosso campo de pesquisa5. Saboga (1999; 2016) e Saboga et al. (2014) informam que a LS é formatada a
5 Questionário Europeu de Literacia para a Saúde (HLS-EU), para o Brasil (HLS-EU-BR), aplicado com docentes de um Programa de Pós-Graduação em Educação, de uma Universidade Federal brasileira.
partir de determinantes sociais e ambientais, estas são caracterizadas em contextos pessoais que contribuem para a diferenciação das capacidades pessoais de compreensão, gestão e investimento. São ou Constituem-se como elementos fundamentais ao longo do ciclo vital de uma pessoa e à sua adoção de estilos de vida promotores de saúde. Refletiremos também, sob a perspectiva da sustentabilidade, porque a literacia para a saúde, significa o ser humano no controle dessa condição, visando melhorá-la e sendo capaz de gerir e tomar decisões determinantes para o bem-estar pessoal, social, cultural e ambiental, isto é, agir para o desenvolvimento sustentável, expressão que não se refere somente aos danos causados por poluição e erosão do ambiente físico, de um lado, e da pobreza, do outro, como se fossem fenômenos independentes (VECCHIATII, 2004). O desenvolvimento desejável propõe uma conciliação com o crescimento econômico, conectado à dimensão social, cultural e pessoal, por conseguinte, literacia para a saúde.
Portanto, os problemas levantados e as questões que respondemos são as seguintes:
qual a incidência da cultura com a saúde, o desenvolvimento humano e sustentável?
os docentes da pós-graduação em educação, considerados, inicialmente, com alto nível de literacia, saberão tomar decisões para identificar, compreender, interpretar, criar, comunicar e usar as novas tecnologias, de acordo com os diversos contextos para a sua saúde?
com toda a dinâmica, responsabilidades, cobranças e dificuldades na educação superior brasileira, o professor universitário de pós-graduação em educação, exercita suas capacidades pessoais de compreensão, gestão e investimento para adoção de um estilo de vida promotor de saúde?
respondendo a estas perguntas, será que podemos concluir que o ambiente em programas de pós-graduação é sustentavelmente profícuo?
Nesse processo de investigação das dimensões simbólicas da ação social humana, não nos afastaremos dos dilemas existenciais da vida, em favor de algum domínio empírico de formas não-emocionalizadas, e, sim, mergulharemos no meio delas. A vocação essencial da antropologia interpretativa não é responder às nossas questões mais profundas, mas colocar, à nossa disposição, as respostas que outros deram e, assim, incluí-las no registro de consultas sobre o que o homem falou (GEERTZ, 2008). A Escola Interpretativa Norte Americana de Geertz auxiliará para a intepretação cultural dos problemas indicados/evidenciados.
Logo, o objetivo deste artigo é demostrar o nível de literacia para a saúde dos docentes de pós-graduação em educação, de uma universidade federal, para compreender se estes profissionais exercitam suas capacidades pessoais de compreensão, gestão e investimento para
a adoção de um estilo de vida saudável na perspectiva sustentável. Para tanto, iremos identificar os estudos de literacia para a saúde nas produções teóricas sobre a temática, no contexto nacional e internacional; apresentaremos uma reflexão sobre o ambiente profissional dos docentes universitários em programas de pós-graduação; apontaremos o conceito de cultura para a competência em literacia, no caso, para a saúde, no contexto do desenvolvimento sustentável.
Por meio de entrevistas semiestruturadas audiogravadas, dez professores de um programa de pós-graduação em educação, de uma universidade pública federal brasileira, participaram respondendo a um questionário adaptado culturalmente e validado, no Brasil. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética sob número do Parecer: 3.247.621 O método durante o processo de investigação foi o da observação participante que teve duração de oito meses (de abril de 2019 a dezembro de 2019) e ocorreu nas instalações da própria instituição. Aos entrevistados foi explicado o objetivo da pesquisa e cada um assinou o termo de consentimento livre e esclarecido.
O questionário fechado aplicado HLS-EU-PT integra três domínios: cuidados de saúde, promoção da saúde e prevenção contra doença e, quatro níveis de processamento da informação essenciais à tomada de decisão para a saúde – acesso, compreensão, avaliação e utilização, um total de 91 perguntas fechadas. Desta forma, o HLS-EU-PT reflete a interação entre as competências individuais e as complexidades situacionais, buscando identificar um conjunto de competências básicas como o conhecimento e a informação, competências cognitivas, competências sociais, estilos de vida, atitudes, valores e motivação.
Também foram elaboradas e incluídas ao questionário HLS-EU-PT, pelos autores, perguntas abertas com objetivo de refletir sobre o ambiente de trabalho na pós-graduação e seus entendimentos mais profundos da relação meio social, cultura e impacto na saúde. As respostas estão transcritas conforme as convenções do Grupo de Pesquisa da Universidade Federal de Uberlância (PETEDI) relacionadas ao material oral.
Das 91 perguntas fechadas do questionário HLS-EU-PT, 47 questões utilizam uma escala de quatro pontos, em que o indivíduo auto se avalia com relação à dificuldade sentida na execução de tarefas relevantes na área da saúde. A escala de Likert6 usada consiste nas opções: 1 - Muito Fácil, 2 - Fácil, 3 - Difícil e 4 - Muito Difícil, havendo uma quinta alternativa que corresponde ao “Não Sabe/Não Responde”.
Para cada dimensão considerada na LS, os indicadores principais foram: Cuidados de Saúde (16 itens), Prevenção da Doença (15 itens) e Promoção da Saúde (16 itens). Nestes e em relação aos quatro níveis de processamento da informação, do “acesso” fazem parte 13 itens, da “compreensão” 11 itens, da “avaliação” 12 itens e da “aplicação” da “informação” 11 itens, distribuídos pelas 47 questões, existindo um número mínimo de respostas válidas para o cálculo da escala.
Para o cálculo dos índices do questionário fechado, os itens são invertidos. Assim, valores mais elevados demonstram maior literacia para a saúde com os seguintes valores numéricos: 1 = muito difícil; 2 = difícil; 3 = fácil; 4 = muito fácil. Para simplificar comparações, foram normalizadas numa métrica entre 0 e 50, com a seguinte fórmula: 𝐼𝑛𝑑𝑒𝑥
= (𝑚é𝑑𝑖𝑎 − 1) ( 50 /3 ).
Durante o processo investigativo e para análise das perguntas abertas foi utilizada a observação-participante, baseando-se em Brandão (1999) que discute esse método, no qual ocorre um entrelaçamento de atores-autores. É um momento de obtenção de conhecimento, pois mesmo havendo diferenças essenciais de saberes, todos aprendem uns com os outros e uns, por meio dos outros.
A observação-participante, referenciada pela Escola Interpretativa Norte Americana de Geertz, busca analisar os comportamentos com exatidão, por meio do fluxo de comportamento (ação social) que os sujeitos encontram em articulação. Essa análise é da avaliação das conjunturas de forma interpretativa, cujo objeto é o movimento do discurso social acompanhado do registro descritivo.
6 Escala tipo Likert é composta por um conjunto de frases (itens) que se pede ao sujeito que está sendo avaliado para manifestar o grau de concordância desde o discordo totalmente (nível 1), até ao concordo totalmente (nível 5, 7 ou 11). Mede-se a atitude do sujeito somando, ou calculando a média, do nível selecionado para cada item. Inicialmente Likert propôs um método de cálculo do resultado final através de uma média ponderada das respostas dadas, atribuindo em cada item um peso a cada nível de concordância expresso pelo sujeito. Esses pesos são calculados de acordo com a assumpção de que está subjacente à atitude uma distribuição normal e tomando como referência as frequências de resposta aquando da aferição da escala. Disponível em: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1229/1/18914_ULFC072532_TM.pdf Acesso em: 19 jan. 2020.
Os participantes são 60% do gênero feminino e 40% masculino, entre 38 a 60 anos de idade, a média de idade dos investigados é de 47 anos. A altura variou entre 1,64 cm a 1,91 cm, a média é de 1,71cm de altura. O peso oscilou entre 62 kg a 91 kg, apresentando uma média de 74 kg.
Em relação à educação, todos os entrevistados estão no nível seis do questionário, Doutores ou Pós-Doutores (PhD). Sobre estado civil, 70% são casados, 20% solteiros e 10% divorciados. 50% têm filhos com mais de 15 anos, 20% filhos com menos de 15 anos e 30% não tem filhos. A condição de trabalho é 100% em tempo integral, isto é, dedicação exclusiva na instituem em que atuam/trabalham.
30% dos entrevistados têm uma renda familiar entre 7,5 a 8 salários mínimos e 70% acima de 9,5 salários mínimos mensais. Em uma escala de nível social que vai de 01 mais baixo a 10 mais alto, os entrevistados se autodeclararam 50% no nível 5, 10% no nível 6, 20% no nível 7 e, 20% no nível 8 A média autodeclarada de nível social dos entrevistados é nível 6, que significa, no Brasil, classe média alta.
No que se refere a comprar com facilidade os seus medicamentos, 80% afirmaram ser muito fácil e 20% muito difícil. A respeito de ter facilidade em ser atendido pelo seu médico, 70% afirmaram que é muito fácil, 20% difícil e 10% fácil. E se nos últimos doze meses tiveram dificuldades em pagar suas contas ao final do mês, 80% disseram que quase nunca, 10% de vez em quando e 10% a maior parte das vezes.
Com base no recorte do público pesquisado que são docentes de um programa de pós- graduação em educação de uma Universidade Pública Federal, sendo, doutores ou pós- doutores, concluímos que a maioria são mulheres 60%, e, a média de idade geral é de 47 anos. Não há casos de obesidade alarmante. 70% são casados e tem filhos, portanto, contam com um companheiro para dividir a vida íntima e os cuidados com a família. Trabalham em tempo integral e 70% têm uma renda familiar de 9,5 salários mínimos, bem acima da média nacional7, que em nossa opinião, a média salarial nacional, é insuficiente para manter uma
7A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnadc), demostrou que rendimento médio mensal de 60% da população foi de R$ 928,00 em 2018, menor que um salário mínimo brasileiro. Já a renda média de dos trabalhadores ocupados é R$ 2.234. Disponível em:
vida digna. O que implica em uma baixa qualidade de vida nos quesitos alimentação, moradia, acesso à saúde, à educação e à cultura de 60% dos brasileiros.
Os entrevistados, talvez pelos seus rendimentos, conseguem, em sua maioria, 80% comprar suas medicações com facilidade e quase nunca têm dificuldades para pagar suas contas ao final do mês, o que alude a uma boa qualidade de vida nessas demonstrações quantitativas. Contudo, estas precisam ser melhor apuradas em outros quesitos do questionário HLS-EU-PT e nas perguntas abertas, pois como indicado nas referências para apontamentos teóricos nesta pesquisa, literacia e literacia para a saúde não tem correlação com renda, mas há uma forte correlação entre a LS e a privação financeira, considerando alguns fatores em conjunto como o rendimento líquido mensal baixo, a dificuldade em pagar contas ou comprar medicação.
Na avaliação da saúde em geral, 40% dos entrevistados autodeclaram que sua saúde está muito boa, 20% boa e 40% razoável. No que diz respeito à(s) doença(s) de longa duração, consideramos problemas que duraram seis meses ou mais, 50% disseram ter mais de uma doença, 30% não ter nenhuma e 20% ter uma doença. Daqueles com problemas de saúde, 40% responderam que seus problemas não limitaram suas atividades e 30% que limitaram, mas não severamente. Nas questões relacionadas à utilização do sistema de saúde, a maioria dos entrevistados, 70% usam planos privados, 20% usam plano privado e o Sistema Único de Saúde (SUS) e 10% não utiliza nenhum plano de saúde.
Sobre a utilização de um serviço de urgência nos últimos dois anos, 80% dos docentes nunca utilizaram e 20% usaram uma a duas vezes. Em relação a idas ao médico nos últimos 12 meses, 50% foram entre três e cinco vezes, 30% foram seis vezes ou mais e 20% foram uma ou duas vezes. Nenhum entrevistado utilizou serviço hospitalar nos últimos 12 meses. No que diz respeito à consulta de outros profissionais de saúde, como dentista, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista ou oftalmologista, nos últimos 12 meses, 50% referiram-se ter ido de uma a duas vezes, 20% de três a cinco vezes, 20% seis vezes ou mais e 10% nenhuma vez.
https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2019/10/renda-media-de-mais-da-metade-dos-brasileiros-e- inferior-um-salario-minimo.html. Acesso em: 14 jan. 2020.
A avaliação de saúde autodeclarada, corresponde uma média de “boa” saúde no geral, mas não existe correlação significativa entre o estado de saúde autodeclarado e a LS, mas quanto mais elevado o nível de LS, maior é a avaliação autodeclarada do estado de saúde mental e física avaliado pelos entrevistados.
Com relação a doenças de longa duração, a média é uma doença para cada professor, número alarmante. Ou seja, os professores deste programa de pós-graduação estão doentes ou com algum mal-estar, que difere da avaliação autodeclarada por eles como uma boa saúde, mas incide em alta LS, porque, estudos revelam que os indivíduos com literacia desadequada apresentam menor conhecimento em relação à doença do que indivíduos que apresentam literacia adequada.
Para verificar se existe correlação entre a utilização dos serviços de saúde e a LS, foram consideradas as respostas às questões do HLS-EU-PT que se referem à utilização de um serviço de urgência nos últimos dois anos (Urgência), idas aos médicos nos últimos doze meses (Médico), utilização de um serviço hospitalar nos últimos doze meses (Hospital) e o recurso a outros profissionais de saúde (Outros) que demostrou uma correlação positiva de LS.
90% dos entrevistados nunca fumaram e 10% costumavam fumar cachimbo, mas pararam. No quesito consumo de álcool, 90% afirmam que beberam nos últimos 12 meses e que nunca tomaram cinco ou mais bebidas em uma mesma ocasião. Já no que diz respeito ao consumo de álcool nos últimos 30 dias, 70% consumiram e destes, 50% beberam de duas a três vezes no mês e, 20%, duas a três vezes por semana e no dia que beberam bebidas alcoólicas costumavam beber de uma a duas bebidas. Em relação à prática de exercício físico no último mês, 40% praticaram alguma atividade quase todos os dias, 40% algumas vezes por semana, 10% algumas vezes por mês e 10% nunca praticaram atividade física.
Na interação social, 60% afirmam que tem alguém para acompanhar em uma consulta médica, seja amigo ou familiar. Em relação ao envolvimento ativo na comunidade, seja em voluntariado ou na participação de atividades locais, a maioria, 80% dos inquiridos não participam de modo nenhum, 10% algumas vezes ao mês e 10% algumas vezes ao ano.
A correlação entre hábitos de vida saudáveis e comportamentos de saúde foi investigada por Vozikis (2014) chegando a resultados que permitiram concluir uma forte correlação entre a prática de exercício físico e a LS mais elevada e uma correlação negativa e pouco significativa entre a LS e os indivíduos que referem fumar e/ou beber.
Sobre o ato de beber bebidas alcoólicas, Freud (1927), afirma que a vida é árdua demais para nós; proporciona-nos muitos sofrimentos, decepções e tarefas impossíveis. A fim de suportá-la, não podemos dispensar as medidas paliativas. Existem talvez três medidas desse tipo: derivativos poderosos, que nos fazem extrair luz de nossa desgraça; satisfações substitutivas, que a diminuem; e substâncias tóxicas que nos tornam insensíveis a ela. Algo desse tipo é indispensável (Aquele que tem preocupações tem também aguardente, Wilhelm Busch em Die Fromme Helene).
Então, o mais grosseiro desses três métodos citados por Freud, embora também o mais eficaz seja o químico: a intoxicação. Devemos a tais veículos não só a produção imediata de prazer, mas também um grau altamente desejado de independência do mundo externo, pois se sabe que, com auxílio desse “amortecedor de preocupações”, é possível afastar-se da pressão da realidade e encontrar refúgio num mundo próprio, com melhores condições de sensibilidade. Mas Freud alerta que essa propriedade dos intoxicantes é que determina o seu perigo e a sua capacidade de causar dano, pois são responsáveis pelo desperdício de uma grande quota de energia que poderia ser empregada para o aperfeiçoamento humano. Então, saber beber moderadamente sem perder sua capacidade de produção é ter LS.
Em relação aos resultados da LS, dos dez professores do programa de pós-graduação em educação de uma Universidade Pública Federal, a apuração dos dados foi realizada pelo setor de Gestão de Pesquisa e Inovação Tecnológica da Gerência de Ensino e Pesquisa do Hospital de Clínicas de uma Universidade Federal brasileira, que fez os cálculos conforme orientando pelo protocolo de análise do questionário e os gráficos das perguntas 1 a 47.
Os resultados são os seguintes no índice geral (GEN-HL) (Gráfico 1): 20% dos professores têm LS problemática; 70% LS suficiente; 10% LS excelente.
Fonte: Acervo dos autores
Dos dados apresentados, podemos concluir que 80% dos professores pesquisados inscritos no programa de pós-graduação em educação, têm literacia para a saúde. No gráfico 2 apresentamos os índices de domínio da saúde:
índice de cuidados da saúde (HC): 30% LS problemática; 60% LS suficiente; 10% LS excelente;
índice prevenção da doença (DP): 20% LS problemática; 50% LS suficiente; 30% LS excelente;
índice promoção da saúde (HP): 30% LS problemática; 50% LS suficiente; 20% LS excelente.
Entrevistados | GEN-HL | HC | DP | HP |
1 | 35,1 | 27,1 | 34,4 | 43,8 |
2 | 29,4 | 27,1 | 28,9 | 32,3 |
3 | 36,9 | 37,5 | 41,1 | 32,3 |
4 | 40,8 | 35,4 | 41,1 | 45,8 |
5 | 30,5 | 29,2 | 30,0 | 32,3 |
6 | 38,3 | 41,7 | 40,0 | 33,3 |
7 | 42,8 | 42,2 | 47,8 | 38,5 |
8 | 40,8 | 36,5 | 44,4 | 41,7 |
9 | 36,2 | 34,4 | 40,0 | 34,4 |
10 | 41,1 | 38,5 | 47,8 | 37,5 |
Fonte: Elaborado pelos autores
Importante ressaltar que os 20% com literacia para a saúde problemática são os entrevistados 2 e 5 com baixo índice: de cuidado da saúde (HC); prevenção da doença (DP) e; promoção da saúde (HP). Já no quadro geral (tabela 2), as porcentagens de todos os itens da matriz do HLS-EU-PT presentes nas 47 questões, revelam alguma variação na dificuldade e facilidade atribuída a cada item:
Questões | Numa escala que vai de “muito fácil” a “muito difícil”, quão fácil diria que é: | Muito fácil | Fácil | Difícil | Muito difícil | Não sabe | |
Q1 | Encontrar informações sobre sintomas de doenças que lhe dizem respeito ou preocupam? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q2 | Encontrar informações sobre tratamentos de doenças que lhe dizem respeito ou preocupam? | 30,0% | 40,0% | 10,0% | 20,0% | 0,0% | |
Q3 | Descobrir o que fazer em caso de emergência médica? | 40,0% | 20,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q4 | Descobrir onde obter ajuda especializada quando está doente? | 30,0% | 60,0% | 0,0% | 10,0% | 0,0% | |
Q5 | Compreender o que o seu médico lhe diz? | 40,0% | 50,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q6 | Compreender a bula (os folhetos) que acompanham o seu medicamento? | 10,0% | 50,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% | |
Q7 | Compreender o que fazer numa emergência médica? | 10,0% | 60,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q8 | Compreender instruções do seu médico ou farmacêutico sobre o modo de tomar um medicamento que lhe foi receitado? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q9 | Avaliar como é que a informação proveniente do seu médico se aplica ao seu caso? | 20,0% | 60,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q10 | Avaliar vantagens e desvantagens de diferentes opções de tratamento? | 0,0% | 50,0% | 30,0% | 10,0% | 10,0% | |
Q11 | Avaliar quando pode necessitar de uma segunda opinião de outro médico? | 30,0% | 40,0% | 10,0% | 20,0% | 0,0% | |
Q12 | Avaliar se a informação sobre a doença, nos meios de comunicação é de confiança? | 30,0% | 30,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% | |
Q13 | Usar informações que o seu médico lhe dá para tomar decisões sobre a sua doença? | 10,0% | 90,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q14 | Seguir/Cumprir instruções sobre medicação? | 60,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q15 | Chamar uma ambulância numa emergência? | 50,0% | 30,0% | 10,0% | 10,0% | 0,0% | |
Q16 | Seguir/Cumprir as instruções do seu médico ou farmacêutico? | 70,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q17 | Encontrar informações para lidar com comportamentos que afetam a sua saúde, tais como fumar, atividade física insuficiente e tomar bebidas alcoólicas em demasia? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% | |
Q18 | Encontrar informações para lidar com problemas de saúde mental, tais como stresse ou depressão? | 70,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% |
Q19 | Encontrar informações sobre vacinas e exames de saúde que deveria fazer? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q20 | Encontrar informações sobre como prevenir ou controlar condições, tais como excesso de peso, tensão arterial ou colesterol alto? | 70,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q21 | Compreender avisos relativos à saúde e comportamentos, tais como fumar, atividade física insuficiente e tomar bebidas alcoólicas em demasia? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q22 | Compreender por que precisa de vacinas? | 70,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q23 | Compreender por que precisa de exames de saúde? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q24 | Avaliar quão seguras são as advertências envolvendo a saúde, em aspectos tais como fumar, atividade física insuficiente e tomar bebidas alcoólicas em demasia? | 70,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q25 | Avaliar quando precisa ir a um médico para um check- up ou exame geral de saúde? | 60,0% | 20,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% |
Q26 | Avaliar quais são as vacinas de que pode precisar? | 30,0% | 30,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% |
Q27 | Avaliar que exames de saúde precisa fazer? | 30,0% | 50,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% |
Q28 | Avaliar se as informações sobre os riscos de saúde nos meios de comunicação são de confiança? | 30,0% | 20,0% | 40,0% | 10,0% | 0,0% |
Q29 | Decidir se deve fazer a vacina contra a gripe? | 40,0% | 30,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% |
Q30 | Decidir como se pode proteger da doença com base nos conselhos da família e amigos? | 40,0% | 20,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% |
Q31 | Decidir como pode proteger-se da doença com base em informações dadas através dos meios de comunicação? | 30,0% | 40,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% |
Q32 | Encontrar informações sobre actividades saudáveis tais como atividade física, alimentação saudável e nutrição? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q33 | Saber mais sobre as actividades que são boas para o seu bem-estar mental? | 70,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q34 | Encontrar informações que contribuam para que o seu bairro possa tornar-se mais amigo da saúde? | 30,0% | 10,0% | 20,0% | 40,0% | 0,0% |
Q35 | Saber mais sobre as mudanças políticas que possam afectar a saúde? | 20,0% | 40,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% |
Q36 | Saber mais sobre os esforços para promover a sua saúde no local onde trabalha? | 20,0% | 60,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% |
Q37 | Compreender conselhos sobre saúde que lhe chegam dos familiares? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q38 | Compreender informação contida nas embalagens dos alimentos? | 40,0% | 50,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% |
Q39 | Compreender a informação recebida dos meios de comunicação para se tornar mais saudável? | 50,0% | 50,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q40 | Compreender a informação que visa manter a sua mente saudável? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q41 | Avaliar até que ponto a zona onde vive, afeta a sua saúde e bem-estar? | 30,0% | 30,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% |
Q42 | Avaliar o modo como as condições da sua habitação ajudam a manter-se saudável? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q43 | Avaliar que comportamento seu do dia a dia está relacionado com a sua saúde? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q44 | Tomar decisões para melhorar a sua saúde? | 40,0% | 40,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% |
Q45 | Integrar um clube desportivo ou aula de ginástica se desejar? | 40,0% | 30,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% |
Q46 | Influenciar as condições da sua vida que afetam a sua saúde e bem-estar? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q47 | Participar em acividades que melhoram a saúde e o bem-estar na sua comunidade? | 10,0% | 20,0% | 60,0% | 10,0% | 0,0% |
Fonte: Elaborado pelos autores
As questões (Q1, Q17, Q21, Q23 e Q32) são às porcentagens mais altas de facilidade, 80% dos professores afirmaram que encontrar e compreender informações sobre sua saúde é uma tarefa “muito fácil”. A questão (Q34) foi considerada a mais difícil que é sobre o bairro ser mais amigo da saúde. O mesmo foi percebido na participação de atividades de voluntariado discutidas no item “Comportamentos de Saúde”, que assinalou a não interação social neste quesito, seguindo nesta lógica da coletividade, a questão (Q47) que é a mais alta em dificuldade, afirmando os apontamentos anteriores, que a participação em atividades comunitárias fora do universo acadêmico é de execução difícil para os docentes entrevistados.
As indagações consideradas para discussão, são: a) Qual o impacto do meio social em que você vive sobre suas decisões, ações e atitudes para a sua saúde? b) O seu trabalho enquanto professor na pós-graduação favorece uma boa saúde? c) Se não, o que deveria mudar para melhorar a sua saúde?
O objetivo foi qualificar o tamanho do impulso do meio social para a interrogação seguinte, sobre o trabalho na pós-graduação favorecer ou não uma boa saúde. Para 90% dos professores, o meio social impacta em suas decisões sobre saúde. No campo da observação, é notório que se aprende a ficar doente de acordo com o meio social que influencia diretamente a forma como o sujeito sente as doenças, expressa seus sintomas e utiliza os recursos de cura à sua disposição. A forma de promover a “doença” é modelada culturalmente.
Freud (1927) afirma que a civilização ou a sociedade destrói de forma fria, cruel e incansavelmente o indivíduo. E que vida é difícil de suportar, porque o meio social impõe-lhe certa quantidade de privação e os homens lhe trazem sofrimentos que causam doenças, como a neurose. Reconhecemos a influência do meio social, o que estamos tentando medir é extensão deste controle na saúde para saber se a literacia permite tomar a melhor decisão sob
esse forte alcance, do ponto de vista científico, é tratar os fatores biológicos, psicológicos, sociológicos e culturais como variáveis dentro dos sistemas unitários de análise, para ajudar o homem a ter uma melhor qualidade de vida.
Então, o que podemos informar nesse sentido é que ter literacia para a saúde, é ter controle sobre os eventos da vida, sobre a saúde individual, sobre a capacidade de procurar informação e de assumir responsabilidades. Como entendemos que literacia é uma prática cultural vista como um conjunto de controle (planos, receitas, regras e instruções) para governar o comportamento, que só se traduz pelas relações sociais e consiste em um tráfego entre símbolos significantes que são dados na vida em comunidade. Podemos concluir que este símbolo “saúde” não está presente no meio social, resultando em uma sociedade doente que troca influências para o desenvolvimento de doenças e não da promoção da saúde do próximo.
Para 70% dos professores, seu trabalho na pós-graduação não favorece uma boa saúde devido à cobrança quantitativa de produção acadêmica científica, falta de infraestrutura ou inadequação da mesma, o não entendimento do papel da pós-graduação na instituição e a burocracia a qual os participantes deste estudo se deparam no e com sua rotina de trabalho no referido programa de pós-graduação em educação.
A principal causa do mal-estar é a pressão sofrida pela quantidade de publicações e a causa secundária da infraestrutura e falta de recursos. Os cursos de mestrado e doutorado no Brasil devem submeter informações anuais na forma de relatórios para fins de acompanhamento e avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). O processo referente a essa obrigação, implica na alimentação de planilhas do chamado sistema Data Capes ou Coleta Capes ou Plataforma Sucupira, a fim de especificar os avaliadores, todas as atividades de pesquisa e ensino realizadas ao longo do ano pelo corpo docente e discente resultando, assim, em uma avaliação e conceito do programa de pós-graduação.
Conforme a Ficha de Avaliação do Programa, a partir da reformulação do sistema de avaliação, em 1998, os conceitos básicos que caracterizam o nível de desempenho dos programas/cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) são expressos pelas notas e atribuídos conceitos: 5 (muito bom), “4” (bom) e “3” (regular). As notas “6” e “7” são
reservadas e atribuídas aos programas enquadrados como conceito “5” na primeira fase de realização da avaliação trienal, que apresentem desempenho equivalente ao dos centros internacionais de excelência e tenham um nível de desempenho altamente diferenciado em relação aos demais programas (CASSANDRE, 2011).
Na atualidade, as ameaças de fechamento e corte de verbas aos programas de pós- graduação com notas “baixas”, agrava a situação de mal-estar. Quando o contexto político é instável, é impossível manter um princípio de prazer e bem-estar, pois, quando as mudanças são constantes, até o mais saudável encontra dificuldade para enfrentar o excesso de estímulo no aparelho mental, o que causa ansiedade, estresse, angústia ou depressão.
Em relação ao tempo, há uma corrida em submeter os resultados dos trabalhos de pesquisa para garantir que o programa ao qual o docente pertence, no mínimo, permaneça com o mesmo conceito perante a CAPES ou, quem sabe, aumente o conceito. Não havendo condições deste trabalhador produzir cientificamente com qualidade e respeitando o seu tempo livre (CASSANDRE, 2011).
Para 10% dos docentes é indiferente e 20% dos respondentes afirma que sim, seu trabalho enquanto professor na pós-graduação favorece uma boa saúde porque, já viram colegas adoecerem e conseguem sublimar os problemas enfrentados na docência. Essa capacidade de sublimação, segundo Freud (1930), é uma das técnicas para afastar o sofrimento que causa doenças, reside em reorientar os objetivos instintivos de maneira que eludam a frustração do mundo externo. Por exemplo, quando se consegue intensificar suficientemente a produção de prazer a partir das fontes do trabalho psíquico e intelectual.
Uma satisfação desse tipo, como por exemplo, a alegria do artista em criar ou do cientista em solucionar problemas, possui uma qualidade especial que podemos dizer que tais satisfações parecem mais refinadas e mais altas. O ponto fraco desse método reside em não ser geralmente aplicável, de uma vez que só é acessível a poucas pessoas e não proporciona uma proteção completa contra o sofrimento. Não cria uma armadura impenetrável contra as investidas do destino e habitualmente falha quando a fonte do sofrimento é o próprio corpo da pessoa8.
8 Nenhuma outra técnica para a conduta da vida prende o indivíduo tão firmemente à realidade quanto a ênfase concedida ao trabalho, pois este, pelo menos, fornece-lhe um lugar seguro numa parte da realidade e na comunidade humana. A atividade profissional constitui fonte de satisfação especial, se for livremente escolhida, isto é, por meio da sublimação, tornar-se possível o uso de inclinações existentes.
Conceito-chave em todas as repostas dos docentes é o sofrimento com a exigência de uma produção acadêmica quantitativa, definida por comissões reguladoras e normatizadoras da pós-graduação no Brasil. A pressão em publicar causa mal-estar que gera insônia, ansiedade, estresse e frustração.
Para 100% dos pesquisados o sistema de avaliação da CAPES precisa mudar, para atuar com diferenciação entre áreas e a partir da realidade de cada programa. Talvez a CAPES precise retomar o relatório de Rudolph P. Atcon publicado pelo MEC em 1966 que propõe a criação de dois fundos, em cada programa de pós-graduação: um fundo de Aperfeiçoamento de Pessoal Docente e o outro de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (ALMEIDA, 2017). Pois o excesso de cobrança sem investimento é a reprodução da exploração do mercado capitalista na produção científica acadêmica. O que deveria ser um princípio libertador de uma nação, o conhecimento, este está cada vez mais voltado para superação de números frios e da burocracia que perpassa todo esse processo sem considerar tampouco o real desenvolvimento científico do país e daqueles pesquisadores e professores que dela participam e contribuem ativamente.
Podemos falar em hipocrisia, porque não faz sentido que a pós-graduação continue com objetivos de um sistema projetado para uma elite, uma vez que ainda mantém um ensino massificado para um mercado de trabalho saturado. E na forma de objetivação que é preciso colocar à parte como se observa em relação ao título de Mestre ou Doutor, pois confere o capital cultural de que é supostamente a garantia de propriedades inteiramente originais (NOGUEIRA; CATANI, 2015) ainda ocorre o poder de instituir, de reconhecer e estabelece o valor no plano do capital cultural em dinheiro, pelo qual poderia ser trocado no mercado de trabalho, havendo, desta maneira, o que compreendemos por um rebaixamento do conhecimento, que nem mais isso há quando se trata da sua garantia na academia brasileira.
Indicamos no início deste artigo, três problemas para contrapormos. As respostas com relação ao problema (a) Qual a incidência da cultura com a saúde, o desenvolvimento humano e sustentável? Apontamos que o pensamento humano é um ato aberto conduzido em termos de materiais objetivos da cultura comum, no sentido tanto do raciocínio orientado como da formulação dos sentimentos, assim como da integração de ambos, os processos mentais do
homem ocorrem nos espaços de trocas simbólicas nas relações sociais situados historicamente. Significa que conceber o pensar como um ato social realizado junto a outras ações coletivas que podem desempenhar um papel muito construtivo, isto é, abre-se a perspectiva de que o pensamento consiste em um tráfico de símbolos significantes e objetos em experiência sobre e com os quais os homens imprimem e produzem significados. Assim, a cultura não somente incide na saúde e no desenvolvimento sustentável, mas são por intermédio dos padrões culturais amontoados, ordenados e carregados de símbolos significativos que o homem encontra sentido nos acontecimentos vividos para se orientar no mundo, independentemente do seu nível de atuação. Por mais intrincado que seja o princípio orientador é o mesmo: cada sociedade contém suas próprias interpretações desenvolvidas nas práticas culturais, trocas e relações sociais e estas, por sua vez, impactam o desenvolvimento cerebral e a construção de uma sociedade superior. Assim, se não vivemos a partir de uma forma saudável e sustentável é, porque, estes símbolos não estão presentes na sociedade em que convivemos.
Com relação ao problema (b), os docentes da pós-graduação em educação, considerados, inicialmente, com alto nível de literacia, saberão tomar decisões para identificar, compreender, interpretar, criar, comunicar e usar as novas tecnologias, de acordo com os diversos contextos para a sua saúde? Afirmamos que sim, já que 80% dos pesquisados têm literacia para a saúde, mas consideramos que se trata de uma questão que não é tão simples. Os professores estão inseridos em um contexto que a saúde não é simbolicamente representada, o que foi comprovado pelo questionário HLS-EU-PT, 50% dos entrevistados afirmaram ter mais de uma doença e 20% ter uma doença de longa duração. Evidenciamos assim, que 70% dos docentes deste programa de pós-graduação possuem com alguma patologia.
Sobre a questão (c) em relação a toda a dinâmica, responsabilidades, cobranças e dificuldades na educação superior brasileira, o professor universitário de pós-graduação em educação, exercita suas capacidades pessoais de compreensão, gestão e investimento para adoção de um estilo de vida promotor de saúde? Concluímos que os docentes exercem suas capacidades de compreensão e gestão, mas a promoção da saúde é prejudicada pelo fato do tempo indisponível para adoção de um estilo de vida saudável a partir das respostas de 70% dos pesquisados.
E, por último a questão (d), respondendo a todas essas questões: será que podemos concluir que o ambiente em programas de pós-graduação é sustentavelmente profícuo? Demostramos que os docentes sofrem pressões para publicação em revistas e periódicos, que
não são reconhecidos muitas das vezes pelos seus próprios pares (não atuante na pós- graduação), uma vez que não é uma “obrigação”, não há aumento salarial e ou diminuição da carga horária na graduação, visto apenas como uma vaidade individual. Para os professores na pós-graduação, é um sofrimento lidar com a não compreensão de outros professores, pois a pós-graduação é o local de desenvolvimento de pesquisa de uma Universidade, é lugar de diálogo, de interação entre os pares.
Verificamos que o trabalho docente causa instabilidade na saúde mental, por não ter tempo livre e que muitas das suas horas de trabalho não são consideradas. Um dos grandes índices de excitação do aparelho mental que gera adoecimento está diretamente vinculado ao sistema de avaliação das agências de fomento, que nivela todos os pesquisadores e instituições com base em parâmetros que podem não diferenciar e nem respeitar as condições de cada programa: sua infraestrutura, seu histórico em pesquisa e seu tempo de existência. Questiona-se, também, se a base desses critérios para o estabelecimento de regras de desempenho dos programas não teria sido criada observando o desempenho dos programas das universidades brasileiras de referência, detentoras de reconhecimento nacional e até mesmo internacional e que, inclusive, podem estar atuando há muito tempo na pesquisa acadêmica estando, portanto, institucionalizada e legitimada a prática da pesquisa como aquela a ser exemplo a seguir no campo acadêmico.
O universo de gestão na pós-graduação parece que está na lógica capitalista e produtivista e os educadores estão criando uma cultura organizacional que mantém o poder político institucionalizado, legitimado, oficial, que afeta diretamente a saúde mental dos docentes. O professor é influenciado pelo meio social e enxerga que suas particularidades e subjetividades podem não estar sendo consideradas, sendo substituídas por um comportamento padronizado e hierarquizado pelos diferentes campos do saber que são mais ou menos válidos, mais ou menos “relevantes” que outros. Admite-se existir uma força opressora da organização produtiva intelectual, muito próxima de um modelo exportado norte americano que tem prejudicado a saúde dos docentes, exigindo para além daquilo que suas condições de produção podem produzir, podem dar conta da demanda que lhe é posta e imposta. Discursos e modos operandi que acabam produzindo, reproduzindo e induzindo o docente a práticas que precisam seguir nessa direção e, desta maneira, contribui para o adoecimento de professores da pós-graduação, como é o caso desta investigação.
Conclui-se que a saúde mental dos docentes está diretamente relacionada ao processo produtivo e que há um aumento da produção intelectual, mas os problemas desse desenho têm trazido complicações de ordem mental. Assim, cabe ao gestor, em qualquer natureza
institucional, reconhecer esses problemas e encontrar alternativas para que os trabalhadores não deixem de ser produtivos, mas também possam atuar em um ambiente que favoreça o seu bem-estar, o seu reconhecimento e a sua contribuição para o desenvolvimento nacional.
O objetivo desta pesquisa foi o de avaliar o nível de literacia para a saúde dos docentes de pós-graduação em educação, de uma universidade federal, para compreender se esses profissionais exercitam suas capacidades pessoais de compreensão, gestão e investimento para a adoção de um estilo de vida saudável na perspectiva sustentável. Assim chegamos ao final da tessitura deste artigo com uma indagação: Os participantes desta pesquisa têm literacia para a saúde (LS), mas até que ponto um indivíduo com LS suficiente ou excelente pode ser realmente saudável em um trabalho ou um sistema adoecido? Se a saúde é um fenômeno psicossocial construído, então, o desenvolvimento da LS conseguirá promover o empoderamento do indivíduo em uma sociedade sem os símbolos culturais do significado do que é saúde, necessários para constituir o ato de pensar e de ordenar suas vidas?
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SAÚDE E DOCENTES EM UMA SOCIEDADE ADOECIDA: UM ESTUDO NO CAMPO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO
SALUD Y PROFESORES EN UNA SOCIEDAD ENFERMA: UN ESTUDIO EN EL ÁMBITO DE LA FORMACIÓN DE POSTGRADO
Sumayra de Oliveira SILVA1 Acir Mário KARWOSKI2
Luciana Almeida Silva TEIXEIRA3
RESUMO: O artigo é sobre a literacia para a saúde dos docentes de um programa de pós- graduação em educação de uma universidade federal no Brasil. O objetivo é compreender, dentro da realidade da educação superior brasileira, se estes profissionais exercitam suas capacidades de compreensão, gestão e investimento para a adoção de um estilo de vida saudável. Por meio de entrevistas semiestruturadas, dez professores responderam a um questionário Europeu adaptado culturalmente e validado no Brasil, acrescido de perguntas abertas pelos autores. O método durante o processo de investigação foi o da observação participante e aconteceu nas instalações da própria instituição. Considera-se, que 80% dos pesquisados têm literacia para a saúde, contudo, evidenciou-se que 70% dos docentes possuem alguma patologia, apesar de exercerem suas capacidades de compreensão e gestão
para a sua saúde. Deste modo, a promoção da saúde é prejudicada pelo fato do tempo indisponível para adoção de um estilo de vida saudável de 70% dos pesquisados.
PALAVRAS-CHAVE: Literacia. Saúde. Cultura. Pós-graduação.
RESUMEN: El artículo trata sobre la literacia en salud de los profesores en un programa de educación de posgrado en una universidad federal en Brasil. El objetivo es comprender, dentro de la realidad de la educación superior brasileña, si estos profesionales ejercen sus capacidades de comprensión, gestión e inversión para adoptar un estilo de vida saludable. A través de entrevistas semiestructuradas, diez profesores respondieron un cuestionario europeo adaptado culturalmente y validado en Brasil, agregado a preguntas abiertas de los autores, el método utilizado durante el proceso de investigación fue la observación participante y se llevó a cabo en las instalaciones de la institución. Concluimos que el 80% de los encuestados tiene alfabetización en salud, pero el 70% de los profesores tiene alguna patología, a pesar de ejercitar sus habilidades de comprensión y gestión para su salud, sin embargo, la inversión se ve obstaculizada por el hecho de que no se dispone de tiempo para la adopción. de un estilo de vida saludable del 70% de los encuestados.
PALABRAS CLAVE: Literacia. Salud. Cultura. Posgraduación.
This article is about a research developed in the Master in Education (2018-2019), aiming to measure the level of health literacy (LS) of faculty members working in postgraduate education, a segment initially considered a reference in literacy4, for which, we will present a diagnosis aimed at the field of work in graduate stricto sensu, focused on the LS of faculty members.
Literacy is a human capacity to identify, understand, interpret, create, communicate, and use new technologies according to diverse contexts. It involves a continuous learning process that enables individuals to achieve their goals, develop their potentials and their knowledge (UNESCO, 2003).
The term literacy imported from the Anglo-Saxon literature is connected with the understanding that allows us to learn something through the capture of the main ideas we understand from texts, visual arts, the score of a song, the symbolic exchange in social relations, and so on, which in turn is the ability to interpret a given subject (literacy), without
4 From studies published in English, equivalent terms to “Literacy” were created, such as alphabetism and literacy. In Portugal and Latin America, the appropriation of the term “Literacy” took place in specific and different ways. In Brazil, the usual term is “Letramento”, and in Portugal “Literacia”. For these researchers, literacy and literacy are not mutually exclusive concepts and do not compete. But since we are supported by the health literacy methodology of the Escola Nacional de Saúde, at Universidade Nova de Lisboa, we will use only the term literacy.
underestimating the need for pedagogical intervention in teaching the use of connectives, verb tenses, anaphoric and cataphoric referencing processes. Literacy in the understanding of this research only happens from the exchanges of cultural symbols that directly impact the development of the human brain.
For this understanding, the research relies on Geertz (2008), to address the concept of culture, general science of signs, that is, culture is an interpretive science in search of meanings, which consists of structures of meaning socially established, is something to which can be attributed social events, behaviors, institutions and / or processes. We will also dialogue in this field with Levi Strauss (2003), who, in a category of understanding inspired by Linguistics as the central theme for culture, in a relation of the social and the symbolic, understanding that social relations are a secondary reality to communication and that every relation is symbolic, permeated by meanings and senses, with the symbolic constituting the social and not the other way around, introduces the notion of the system of the self and the other, within the phonological method, that is, culture is understood by communication, by speech, which are the symbols to be interpreted.
The term health literacy, on the other hand, is defined by the World Health Organization (WHO, 1998) as the understanding and use of information to promote and maintain good health, which does not imply only knowledge and intellectual capacity, but mainly decision making with the purpose of improving individual and public health, which in the understanding of this research, depend on cultural symbols that represent the modification of behavior for a wellbeing, symbols that may not be present in a sick society, therefore, it is worth highlighting the role of the public and collective health sphere.
For when speaking of "good health" today, it is essential to point to the urgent reduction of school failure levels, public insecurity, unemployment, and improved housing and sanitation. Societies that allow citizens to play an active social, economic, and cultural role will be healthier than those in which individuals face insecurity, rank, exclusion, and social, economic, and cultural deprivation (SOCIAL DETERMINANTS OF HEALTH, 2003).
The concept of health literacy with Nutbeam (2000), Kickbusch, (2001; 2006) coheres with the authorial perspective of the questionnaire we applied in our research field5. Saboga (1999; 2016) and Saboga et al. (2014) report that LS is formatted from social and environmental determinants, these are characterized in personal contexts that contribute to the differentiation of personal abilities to understand, manage, and invest. They are or are
5 European Health Literacy Questionnaire (HLS-EU), for Brazil (HLS-EU-BR), applied to professors of a Postgraduate Program in Education, of a Brazilian Federal University.
constituted as key elements throughout a person's life cycle and to their adoption of health- promoting lifestyles. We will also reflect, from the perspective of sustainability, because health literacy means the human being in control of this condition, aiming to improve it and being able to manage and make determinant decisions for personal, social, cultural and environmental well-being, that is, to act for sustainable development, an expression that does not refer only to the damage caused by pollution and erosion of the physical environment, on the one hand, and poverty, on the other, as if they were independent phenomena (VECCHIATII, 2004). Desirable development proposes a reconciliation with economic growth, connected to the social, cultural, and personal dimension, therefore, health literacy.
Therefore, the problems raised and the questions we answer are as follows:
What is the incidence of culture with health, human and sustainable development?
Will postgraduate education faculty, initially considered to have a high level of literacy, know how to make decisions to identify, understand, interpret, create, communicate, and use new technologies, according to the various contexts for their health?
With all the dynamics, responsibilities, demands and difficulties in Brazilian higher education, does the post-graduate university professor in education exercise his or her personal capacities of understanding, management, and investment in the adoption of a health-promoting lifestyle?
By answering these questions, can we conclude that the environment in graduate programs is sustainably fruitful?
In this process of investigating the symbolic dimensions of human social action, we will not retreat from the existential dilemmas of life in favor of some empirical realm of non- emotionalized forms, but rather immerse ourselves in their midst. The essential vocation of interpretive anthropology is not to answer our deepest questions, but to make available to us the answers that others have given, and thus to include them in the record of inquiry into what man has said (GEERTZ, 2008). Geertz's North American Interpretive School will assist in the cultural interpretation of the problems indicated/evidenced.
Therefore, the objective of this article is to demonstrate the level of health literacy of postgraduate professors in education at a federal university, to understand whether these professionals exercise their personal capabilities of understanding, management, and investment for the adoption of a healthy lifestyle in a sustainable perspective. To do so, we will identify the studies of health literacy in theoretical productions on the theme, in the
national and international context; we will present a reflection on the professional environment of university professors in graduate programs; we will point out the concept of culture for literacy competence, in this case, for health, in the context of sustainable development.
By means of audio-recorded semi-structured interviews, ten professors from a graduate program in education, from a Brazilian federal public university, participated by answering a culturally adapted and validated questionnaire, in Brazil. The research was approved by the ethics committee under Opinion number: 3.247.621 The method during the research process was that of participant observation that lasted eight months (from April 2019 to December 2019) and occurred on the premises of the institution itself. The interviewees were explained the purpose of the research and each one signed the informed consent form.
The closed-ended questionnaire HLS-EU-PT integrates three domains: health care, health promotion, and disease prevention, and four levels of information processing essential for health decision making - access, understanding, evaluation, and use, a total of 91 closed- ended questions. Thus, the HLS-EU-PT reflects the interaction between individual skills and situational complexities, seeking to identify a set of basic skills such as knowledge and information, cognitive skills, social skills, lifestyles, attitudes, values, and motivation.
Open-ended questions were also designed and included to the HLS-EU-PT questionnaire by the authors with the aim of reflecting on the postgraduate work environment and their deeper understandings of the relationship of social environment, culture, and impact on health. The answers are transcribed according to the conventions of the Federal University of Uberlância Research Group (PETEDI) related to oral material.
Of the 91 closed-ended questions in the HLS-EU-EN questionnaire, 47 questions use a four-point scale, in which the individual self-evaluates the difficulty experienced in
performing relevant tasks in the health area. The Likert scale6used consists of the options: 1 - Very Easy, 2 - Easy, 3 - Difficult, and 4 - Very Difficult, with a fifth alternative, "Don't Know/No Answer.
For each dimension considered in the LS, the main indicators were Health Care (16 items), Disease Prevention (15 items) and Health Promotion (16 items). In these and in relation to the four levels of information processing, "access" includes 13 items, "understanding" 11 items, "evaluation" 12 items and "application" of "information" 11 items, distributed by 47 questions, with a minimum number of valid answers for the scale calculation.
To calculate the indices of the closed questionnaire, the items are inverted. Thus, higher values demonstrate greater health literacy with the following numerical values: 1 = very difficult; 2 = difficult; 3 = easy; 4 = very easy. To simplify comparisons, they were normalized into a metric between 0 and 50 with the following formula: Index = (mean − 1) (50/3).
During the investigative process and for the analysis of the open questions, participant observation was used, based on Brandão (1999) who discusses this method, in which an interweaving of actors-authors occurs. It is a moment of obtaining knowledge, because even though there are essential differences in knowledge, everyone learns with each other and through each other.
The participant-observation, referenced by the North American Interpretive School of Geertz, seeks to analyze behaviors accurately, through the flow of behavior (social action) that the subjects find in articulation. This analysis is of the assessment of conjunctures in an interpretative way, whose object is the movement of social discourse accompanied by the descriptive record.
6 Likert-type scale is composed of a set of sentences (items) that the subject being evaluated is asked to express the degree of agreement from strongly disagree (level 1), to strongly agree (level 5, 7 or 11). The subject's attitude is measured by summing, or averaging, the selected level for each item. Initially Likert proposed a method of calculating the result by a weighted average of the answers given, assigning in each item a weight to each level of agreement expressed by the subject. These weights are calculated according to the assumption that a normal distribution underlies the attitude and taking as reference the frequencies of response when gauging the scale. Available: https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/1229/1/18914_ULFC072532_TM.pdf. Access: 19 Dec. 2020.
The participants are 60% female and 40% male, ranging from 38 to 60 years old, the average age of those investigated is 47 years old. Height ranged from 1.64 cm to 1.91 cm, the average is 1.71 cm tall. Weight ranged from 62 kg to 91 kg, presenting an average of 74 kg.
Regarding education, all respondents are at level six of the questionnaire, Doctors or Post Doctors (PhD). Regarding marital status, 70% are married, 20% are single, and 10% are divorced. 50% have children older than 15, 20% children younger than 15, and 30% have no children. The working condition is 100% full time, i.e., exclusive dedication to the institution where they work.
30% of the interviewees have a family income between 7.5 and 8 minimum wages and 70% above 9.5 minimum wages per month. On a scale of social level ranging from 01 lowest to 10 highest, the respondents declared themselves 50% at level 5, 10% at level 6, 20% at level 7 and, 20% at level 8. The average self-reported social level of the respondents is level 6, which means, in Brazil, upper middle class.
Regarding easily buying their medicines, 80% said it was very easy and 20% very difficult. Regarding the ease of being seen by their doctor, 70% said it was very easy, 20% difficult, and 10% easy. And if in the last twelve months they had trouble paying their bills at the end of the month, 80% said almost never, 10% occasionally, and 10% most of the time.
Based on the surveyed public who are professors of a graduate program in education at a Federal Public University, either PhD or post-doctoral, we concluded that most of them are women, 60%, and the average age is 47 years old. There are no cases of alarming obesity. 70% are married and have children, so they count on a partner to share the intimate life and the care of the family. They work full time and 70% have a family income of 9.5 minimum wages, well above the national average7, which in our opinion, the national average wage, is
7 The National Continuous Household Sample Survey (Pnadc) showed that the average monthly income of 60% of the population was R$ 928.00 in 2018, less than the Brazilian minimum wage. The average income of employed workers, on the other hand, is R$ 2,234. Available at: https://epocanegocios.globo.com/Brasil/noticia/2019/10/renda-media-de-mais-da-metade-dos-brasileiros- einferior-um-salario-minimo.html. Access: 14 Dec. 2020.
insufficient to maintain a decent life. This implies a low quality of life in terms of food, housing, access to health, education, and culture for 60% of Brazilians.
Respondents, perhaps because of their incomes, are mostly able to buy their medications easily and almost never have difficulty paying their bills at the end of the month, which alludes to a good quality of life in these quantitative demonstrations. However, these need to be further refined in other questions in the HLS-EU-PT questionnaire and in the open- ended questions, because as indicated in the references for theoretical notes in this research, literacy and health literacy do not correlate with income, but there is a strong correlation between LS and financial deprivation, considering some factors together such as low monthly net income, difficulty paying bills or buying medication.
In assessing general health, 40% of respondents self-reported that their health is very good, 20% good, and 40% fair. Regarding long-term illness(es), we considered problems that lasted six months or more, 50% said they had more than one illness, 30% had none, and 20% had one illness. Of those with health problems, 40% responded that their problems did not limit their activities and 30% that they did, but not severely. In the questions related to the use of the health system, the majority of the interviewees, 70% use private plans, 20% use a private plan and the Unified Health System (SUS), and 10% do not use any health plan.
Regarding use of an emergency room in the past two years, 80% of the faculty members have never used it and 20% have used it once or twice. Regarding trips to the doctor in the past 12 months, 50% were between three and five times, 30% were six times or more, and 20% were once or twice. No respondents used hospital service in the last 12 months. Regarding visits to other health professionals, such as dentist, physical therapist, psychologist, nutritionist, or ophthalmologist, in the past 12 months, 50% reported going once or twice, 20% three to five times, 20% six times or more, and 10% not at all.
The self-reported health assessment corresponds to an average of "good" health overall, but there is no significant correlation between self-reported health status and LS, but the higher the LS level, the higher the self-reported assessment of mental and physical health status assessed by the respondents.
Regarding long-term illnesses, the average is one illness for each professor, an alarming number. In other words, the professors in this graduate program are sick or have some illness, which differs from their self-reported assessment of good health, but incurs in high LS, because studies reveal that individuals with inadequate literacy have less knowledge regarding illness than individuals with adequate literacy.
To verify if there is a correlation between the use of health services and LS, we considered the answers to the HLS-EU-PT questions referring to the use of an emergency room in the last two years (ER), visits to doctors in the last twelve months (Physician), use of a hospital service in the last twelve months (Hospital), and the use of other health professionals (Other), which showed a positive correlation of LS.
90% of those interviewed have never smoked and 10% used to smoke a pipe but stopped. As for alcohol consumption, 90% said they drank in the last 12 months and never had five or more drinks on the same occasion. As for alcohol consumption in the last 30 days, 70% had consumed alcohol, and of these, 50% drank two to three times a month, and 20% two to three times a week, and on the day, they drank alcohol they usually drank one to two drinks. Regarding the practice of physical exercise in the last month, 40% practiced some activity almost every day, 40% a few times a week, 10% a few times a month, and 10% never practiced physical activity.
In social interaction, 60% say that they have someone to accompany them to a medical appointment, be it a friend or a family member. Regarding active involvement in the community
, either volunteering or participating in local activities, the majority, 80% of the respondents do not participate at all, 10% a few times a month, and 10% a few times a year.
The correlation between healthy lifestyle habits and health behaviors was investigated by Vozikis (2014) arriving at results that concluded a strong correlation between physical exercise and higher HL and a negative and not very significant correlation between HL and individuals reporting smoking and/or drinking.
About the act of drinking alcoholic beverages, Freud (1927), states that life is too hard for us; it gives us too many sufferings, disappointments, and impossible tasks. To endure it, we cannot do without palliative measures. There are perhaps three such measures: powerful derivatives, which make us extract light from our misfortune; substitute satisfactions, which diminish it; and toxic substances, which make us insensitive to it. Something of this kind is indispensable (He who has worries also has spirits, Wilhelm Busch in Die Fromme Helene).
So, the grossest of these three methods mentioned by Freud, although also the most effective is the chemical one: intoxication. We owe to such vehicles not only the immediate production of pleasure, but also a highly desirable degree of independence from the external world, because it is known that with the help of this "worry buffer" it is possible to get away from the pressure of reality and find refuge in a world of one's own, with better conditions of sensitivity. But Freud warns that this property of intoxicants is what determines their danger and their capacity to cause harm, because they are responsible for wasting a large amount of energy that could be used for human improvement. So, to know how to drink moderately without losing your capacity for production is to have LS.
Regarding the results of the LS, of the ten professors of the graduate program in education of a Federal Public University, the calculation of the data was performed by the Research and Technological Innovation Management sector of the Teaching and Research Management of the Clinical Hospital of a Brazilian Federal University, which made the calculations as guided by the questionnaire analysis protocol and the charts of questions 1 to 47.
The results are as follows in the general index (GEN-HL) (Chart 1): 20% of the teachers have problematic LS; 70% have sufficient LS; 10% have excellent LS.
Source: Collection of the authors
From the data presented, we can conclude that 80% of the surveyed teachers enrolled in the graduate program in education, have health literacy. In chart 2 we present the indices of health mastery:
Health Care Index (HC): 30% problematic LS; 60% sufficient LS; 10% excellent LS;
Disease prevention rate (DP): 20% problematic LS; 50% sufficient LS; 30% excellent LS;
Health Promotion Index (HP): 30% problematic LS; 50% sufficient LS; 20% excellent LS.
Interviewees | GEN-HL | HC | DP | HP |
1 | 35,1 | 27,1 | 34,4 | 43,8 |
2 | 29,4 | 27,1 | 28,9 | 32,3 |
3 | 36,9 | 37,5 | 41,1 | 32,3 |
4 | 40,8 | 35,4 | 41,1 | 45,8 |
5 | 30,5 | 29,2 | 30,0 | 32,3 |
6 | 38,3 | 41,7 | 40,0 | 33,3 |
7 | 42,8 | 42,2 | 47,8 | 38,5 |
8 | 40,8 | 36,5 | 44,4 | 41,7 |
9 | 36,2 | 34,4 | 40,0 | 34,4 |
10 | 41,1 | 38,5 | 47,8 | 37,5 |
Source: Prepared by the authors
Importantly, the 20% with problematic health literacy are respondents 2 and 5 with low index: health care (HC); disease prevention (DP) and; health promotion (HP). Already in the general framework (table 2), the percentages of all items of the HLS-EU-PT matrix present in the 47 questions, reveal some variation in the difficulty and ease attributed to each item:
Questions | On a scale from "very easy" to "very difficult", how easy would you say it is: | Very easy | Easy | Hard | Very difficult | Don’t know |
Q1 | To find information about symptoms of diseases that concern or worry you? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q2 | To find information about treatments for diseases that concern or worry you? | 30,0% | 40,0% | 10,0% | 20,0% | 0,0% |
Q3 | To find out what to do in case of a medical emergency? | 40,0% | 20,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% |
Q4 | To find out where to get expert help when you are sick? | 30,0% | 60,0% | 0,0% | 10,0% | 0,0% |
Q5 | To understand what your doctor tells you? | 40,0% | 50,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% |
Q6 | To understand the package inserts that accompany your medicine? | 10,0% | 50,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% |
Q7 | To understand what to do in a medical emergency? | 10,0% | 60,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% |
Q8 | To understand instructions from your doctor or pharmacist on how to take a medicine that you have been prescribed? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q9 | To assess how the information coming from your doctor applies to your case? | 20,0% | 60,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% |
Q10 | To evaluate advantages and disadvantages of different treatment? | 0,0% | 50,0% | 30,0% | 10,0% | 10,0% |
Q11 | To assess when you may need a second opinion from another doctor? | 30,0% | 40,0% | 10,0% | 20,0% | 0,0% |
Q12 | To assess whether the information about the disease in the media is reliable? | 30,0% | 30,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% |
Q13 | To use information your doctor gives you to make decisions about your illness? | 10,0% | 90,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q14 | To follow instructions on medication? | 60,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% |
Q15 | To call an ambulance in an emergency? | 50,0% | 30,0% | 10,0% | 10,0% | 0,0% |
Q16 | To follow the instructions of your doctor or pharmacist? | 70,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% |
Q17 | To find information to deal with behaviors that affect your health, such as smoking, not enough physical activity, and drinking too much alcohol? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q18 | To find information to deal with mental health problems such as stress or depression? | 70,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% |
Q19 | To find information about vaccinations and health checkups I should get? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q20 | To find information on how to prevent or control conditions such as being overweight, having high blood pressure or high cholesterol? | 70,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q21 | To understand health warnings and behaviors such as smoking, not enough physical activity, and drinking too much alcohol? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q22 | To understand why you need vaccines? | 70,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q23 | To understand why you need health checkups? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q24 | How safe are the health warnings, on aspects such as smoking, not enough physical activity, and drinking too much alcohol? | 70,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q25 | To assess when you need to go to a doctor for a checkup or general health check? | 60,0% | 20,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% |
Q26 | To assess what vaccines you may need? | 30,0% | 30,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% |
Q27 | To assess what health tests you need to do? | 30,0% | 50,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% |
Q28 | To assess whether information about health risks in the media can be trusted? | 30,0% | 20,0% | 40,0% | 10,0% | 0,0% |
Q29 | Deciding whether to get a flu shot? | 40,0% | 30,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% |
Q30 | To decide how you can protect yourself from the disease based on the advice of family and friends? | 40,0% | 20,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% |
Q31 | To decide how you can protect yourself from the disease based on information given through the media? | 30,0% | 40,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% |
Q32 | To find information about healthy activities such as physical activity, healthy eating and nutrition? | 80,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q33 | To know more about the activities that are good for your mental well-being? | 70,0% | 30,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q34 | To find information that will help your neighborhood become more health-friendly? | 30,0% | 10,0% | 20,0% | 40,0% | 0,0% |
Q35 | To know more about policy changes that may affect health? | 20,0% | 40,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% |
Q36 | To learn more about efforts to promote your health where you work? | 20,0% | 60,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% |
Q37 | To understand health advice that comes to you from family members? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q38 | To understand information on food packaging? | 40,0% | 50,0% | 10,0% | 0,0% | 0,0% |
Q39 | To understand the information received from the media to become healthier? | 50,0% | 50,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q40 | To understand information aimed at keeping your mind healthy? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q41 | To assess to what extent the area where you live affects your health and well-being? | 30,0% | 30,0% | 30,0% | 10,0% | 0,0% |
Q42 | To assess how the conditions of your dwelling help you stay healthy? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q43 | To evaluate which of your day-to-day behaviors are related to your health? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q44 | To make decisions to improve your health? | 40,0% | 40,0% | 20,0% | 0,0% | 0,0% |
Q45 | To join a sports club or gym class if you wish? | 40,0% | 30,0% | 20,0% | 10,0% | 0,0% |
Q46 | To influence the conditions in your life that affect your health and well-being? | 60,0% | 40,0% | 0,0% | 0,0% | 0,0% |
Q47 | To participate in activities that improve health and wellbeing in your community? | 10,0% | 20,0% | 60,0% | 10,0% | 0,0% |
Source: Prepared by the authors
The questions (Q1, Q17, Q21, Q23 and Q32) are the highest percentages of ease, 80% of the teachers stated that finding and understanding information about their health is a "very easy" task. The question (Q34) was considered the most difficult which is about the neighborhood being more health friendly. The same was perceived in the participation of volunteer activities discussed in the item "Health Behaviors", which marked the non-social interaction in this item, following in this logic of collectivity, the question (Q47) that is the highest in difficulty, affirming the previous notes, that participation in community activities outside the academic universe is of difficult execution for the interviewed teachers.
The questions considered for discussion, are: a) What impact does the social environment in which you live have on your decisions, actions, and attitudes towards your health? b) Does your work as a professor in graduate school favor good health? c) If not, what should you change to improve your health?
The goal was to qualify the size of the social environment impetus for the next question, about whether working in graduate school promotes good health. For 90% of the professors, the social environment impacts their decisions about health. In the field of observation, it is notable that one learns how to get sick according to the social environment that directly influences how the subject experiences illness, expresses his or her symptoms, and uses the healing resources at his or her disposal. The way "illness" is promoted is culturally shaped.
Freud (1927) states that civilization or society coldly, cruelly, and relentlessly destroys the individual. And that life is hard to bear, because the social environment imposes a certain amount of deprivation on him and men bring him sufferings that cause diseases, such as neurosis. We recognize the influence of the social environment, what we are trying to measure is extent of this control on health to know if literacy allows to make the best decision under this strong scope, from a scientific point of view, is to treat biological, psychological, sociological, and cultural factors as variables within unitary systems of analysis, to help man to have a better quality of life.
So, what we can inform in this sense is that to have literacy for health, is to have control over life events, over individual health, over the ability to seek information and to take responsibility. As we understand that literacy is a cultural practice seen as a set of controls (plans, recipes, rules, and instructions) to govern behavior, which is only translated by social relations and consists of a traffic between signifying symbols that are given in community life. We can conclude that this symbol "health" is not present in the social environment, resulting in a sick society that exchanges influences for the development of diseases and not the promotion of the health of others.
For 70% of the professors, their work at the graduate school is not conducive to good health due to the quantitative demand for scientific academic production, the lack of infrastructure or its inadequacy, the lack of understanding of the graduate school's role in the institution, and the bureaucracy which the participants of this study face in and with their work routine in the referred graduate education program.
The main cause of the malaise is the pressure suffered by the quantity of publications and the secondary cause infrastructure and lack of resources. Masters and PhD courses in Brazil must submit annual information in the form of reports for monitoring and evaluation purposes to the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES). The process related to this obligation involves the feeding of spreadsheets into the so-called Data Capes or Coleta Capes system or Plataforma Sucupira, to specify the evaluators, all the research and teaching activities carried out throughout the year by the faculty and students resulting, thus, in an evaluation and concept of the graduate program.
According to the Program Evaluation Form, after the reformulation of the evaluation system in 1998, the basic concepts that characterize the level of performance of the programs/courses recognized by the Ministry of Education (MEC) are expressed by grades and assigned concepts: 5 (very good), "4" (good) and "3" (regular). Grades "6" and "7" are reserved and assigned to programs framed as concept "5" in the first phase of the triennial evaluation, which show performance equivalent to that of international centers of excellence and have a highly differentiated level of performance in relation to other programs (CASSANDRE, 2011).
At present, the threats of closing and cutting of funds to graduate programs with "low" grades, aggravates the situation of uneasiness. When the political context is unstable, it is impossible to maintain a principle of pleasure and well-being, because when changes are constant, even the healthiest person finds it difficult to cope with the excess of stimulus in the mental apparatus, which causes anxiety, stress, anguish, or depression.
Regarding time, there is a race to submit the results of research papers to ensure that the program to which the teacher belongs, at least, remains with the same concept before CAPES or, who knows, increase the concept. There are no conditions for this worker to produce scientifically with quality and respecting his free time (CASSANDRE, 2011).
For 10% of the professors, it is indifferent and 20% of the respondents said yes, their work as a graduate professor favors good health because they have seen colleagues fall ill and are able to sublimate the problems faced in teaching. This capacity for sublimation, according to Freud (1930), is one of the techniques to remove the suffering that causes illness and resides in reorienting instinctive goals in a way that eludes the frustration of the external world. For example, when one can sufficiently intensify the production of pleasure from the sources of psychic and intellectual work.
A satisfaction of this kind, such as the artist's joy in creating or the scientist's joy in solving problems, has such a special quality that we can say that such satisfactions seem more
refined and higher. The weak point of this method is that it is not generally applicable since it is only accessible to a few people and does not provide complete protection against suffering.
It doesn't create an impenetrable armor against the onslaughts of fate, and it usually fails when the source of suffering is the person's own body8.
A key concept in all the answers of the professors is the suffering with the requirement of a quantitative academic production, defined by regulatory and normative commissions of post-graduation in Brazil. The pressure to publish causes uneasiness that generates insomnia, anxiety, stress, and frustration.
For 100% of those surveyed, CAPES's evaluation system needs to change, to act with differentiation between areas and based on the reality of each program. Perhaps CAPES needs to resume the Rudolph P. Atcon's report published by the MEC in 1966, which proposed the creation of two funds in each graduate program: a fund for the Improvement of Teaching Staff and another for the Improvement of Higher-Level Staff (ALMEIDA, 2017). For overcharging without investment is the reproduction of the exploitation of the capitalist market in academic scientific production. What should be a liberating principle of a nation, the knowledge, this is increasingly focused on overcoming cold numbers and bureaucracy that permeates this entire process without considering the real scientific development of the country and those researchers and teachers who participate and contribute actively.
We can talk about hypocrisy, because it makes no sense that the post-graduation continues with objectives of a system designed for an elite, since it still maintains a massified education for a saturated labor market. And in the form of objectification that needs to be set aside as observed in relation to the title of Master or Doctor, because it confers the cultural capital that is supposedly the guarantee of entirely original properties (NOGUEIRA; CATANI, 2015) still occurs the power to institute, to recognize and establishes the value at the level of cultural capital in money, for which it could be exchanged in the labor market, there is, in this way, what we understand by a lowering of knowledge, that there is not even that anymore when it comes to its guarantee in the Brazilian academy.
8 No other technique for the conduct of life holds the individual so firmly to reality as the emphasis placed on work, for it at least provides him with a secure place in a part of reality and in the human community. Professional activity is a source of special satisfaction if it is freely chosen, that is, by means of sublimation, it makes possible the use of existing inclinations.
We indicated at the beginning of this article, three problems for us to contrast. The answers with respect to the problem (a) What is the incidence of culture with health, human and sustainable development? We point out that human thinking is an open act conducted in terms of the objective materials of the common culture, in the sense of both oriented reasoning and the formulation of feelings, as well as the integration of both, man's mental processes occur in the spaces of symbolic exchanges in historically situated social relations. This means that to conceive thinking as a social act performed together with other collective actions that can play a very constructive role, that is, it opens the perspective that thinking consists of a traffic of meaningful symbols and objects in experience on and with which men imprint and produce meanings. Thus, culture not only influences health and sustainable development, but it is through the cultural patterns piled up, ordered, and loaded with meaningful symbols that man finds meaning in the events experienced in order to orient himself in the world, regardless of his level of action. However, intricate the guiding principle is the same: each society contains its own interpretations developed in cultural practices, exchanges, and social relations, and these, in turn, impact brain development and the construction of a higher society. Thus, if we do not live in a healthy and sustainable way, it is because these symbols are not present in the society in which we live.
Regarding problem (b), will postgraduate education teachers, initially considered to have a high level of literacy, know how to make decisions to identify, understand, interpret, create, communicate, and use new technologies, according to the various contexts for their health? We affirm that yes, since 80% of those surveyed have health literacy, but we consider that this is a question that is not so simple. Teachers are inserted in a context that health is not represented, which was proven by the HLS-EU-PT questionnaire, 50% of the respondents stated that they have more than one illness and 20% have a long-term illness. Thus, it is evident that 70% of the professors of this graduate program have some pathology.
Regarding question (c), regarding all the dynamics, responsibilities, demands and difficulties in Brazilian higher education, does the post-graduation university professor in education exercise his/her personal capacities of understanding, management, and investment to adopt a health-promoting lifestyle? We conclude that professors exercise their understanding and management capacities, but health promotion is hindered by the fact that they do not have enough time to adopt a healthy lifestyle, according to the answers of 70% of those surveyed.
And, finally, question (d), answering all these questions: can we conclude that the environment in graduate programs is sustainably fruitful? We have shown that professors are pressured to publish in journals and periodicals, which are often not recognized by their own peers (not active in graduate studies), since it is not an "obligation", there is no salary increase or reduction in the workload at graduation, seen only as an individual vanity. For postgraduation teachers, it is a suffering to deal with the non-understanding of other teachers, because the post-graduation is the place of research development of a university, it is a place of dialogue, of interaction among peers.
We verified that the teaching work causes instability in mental health, because they have no free time and that many of their working hours are not considered. One of the great indices of excitation of the mental apparatus that generates illness is directly linked to the evaluation system of the funding agencies, which levels all researchers and institutions based on parameters that may not differentiate nor respect the conditions of each program: its infrastructure, its history in research, and its time of existence. It is also questioned whether the basis of these criteria for the establishment of rules of performance of the programs would not have been created by observing the performance of the programs of Brazilian universities of reference, holders of national and even international recognition and that, inclusive, may have been working for a long time in academic research being, therefore, institutionalized and legitimized the practice of research as an example to be followed in the academic field.
The management universe in graduate school seems to be in the capitalist and productivist logic and educators are creating an organizational culture that maintains the institutionalized, legitimized, official political power, which directly affects the mental health of teachers. The teacher is influenced by the social environment and sees that his particularities and subjectivities may not be being considered, being replaced by a standardized and hierarchized behavior by the different fields of knowledge that are valid, more or less "relevant" than others. It is admitted that there is an oppressive force of intellectual productive organization, very close to a model exported from North America that has harmed the teachers' health, demanding more than what their production conditions can produce, that they can meet the demand that is placed and imposed on them. Discourses and modes of operation that end up producing, reproducing, and inducing the teacher to practices that need to follow this direction and, in this way, contribute to the illness of graduate teachers, as is the case of this research.
It is concluded that the mental health of professors is directly related to the productive process and that there is an increase in intellectual production, but the problems of this design
have brought mental complications. Thus, it is up to the manager, in any institutional nature, to recognize these problems and find alternatives so that the workers do not stop being productive but can also act in an environment that favors their well-being, their recognition, and their contribution to national development.
The purpose of this research was to assess the level of health literacy of graduate education faculty members at a federal university to understand whether these professionals exercise their personal capacities to understand, manage, and invest in adopting a healthy lifestyle from a sustainable perspective. Thus, we come to the end of the weaving of this article with an inquiry: The participants in this research have health literacy (HL), but to what extent can an individual with sufficient or excellent HL be truly healthy in a diseased work or system? If health is a constructed psychosocial phenomenon, then will the development of LS succeed in promoting the empowerment of the individual in a society without the cultural symbols of what health means, necessary to constitute the act of thinking and ordering their lives?
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Responsible for the translation: Editora Ibero-Americana de Educação.
Translated by: Alexander Vinicius Leite da Silva - ORCID: https://orcid.org/0000-0002- 4672-8799.