image/svg+xmlTerapia comunitária integrativa: Expectativas e motivações de estudantes em relação à formação Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162061TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: EXPECTATIVAS E MOTIVAÇÕES DE ESTUDANTES EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO TERAPIA COMUNITARIA INTEGRATIVA: EXPECTATIVAS Y MOTIVACIONES DEL ESTUDIANTE CON RESPECTO A LA FORMACIÓN INTEGRATIVE COMMUNITY THERAPY: STUDENT EXPECTATIONS AND MOTIVATIONS REGARDING TRAINING Lauriane Martins SANTANA1Sheila Soares de ASSIS2Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE3RESUMO: Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é um recurso que promove escuta acolhedora e empoderamento pessoal e comunitário. Na formação em TCI, o estudante é preparado para o exercício da prática. Visamos identificar as expectativas e motivações dos estudantes em relação à formação em TCI. Foi utilizado para coleta de dados um questionário composto por questões abertas. As respostas foram analisadas por meio da técnica Análise Textual Discursiva (ATD). Os resultados reportaram que os estudantes chegam à formação em TCI buscando uma técnica para intervenção coletiva, visando o aprimoramento profissional nos campos da saúde e educação, com enfoque na saúde mental de grupos e territórios vulneráveis. Consideramos que a TCI pode contribuir para o campo da saúde e educação e outros contextos, pois contempla a conjuntura sócio-histórica, cultural e econômica para a produção do cuidado. Além disso, a prática fomenta o exercício da cidadania, o empoderamento pessoal e coletivo. PALAVRAS-CHAVE: Terapia comunitária integrativa. Formação em saúde. Integralidade em saúde. Serviços de saúde comunitária. Promoção da saúde. RESUMEN: La Terapia Comunitaria Integrativa (TCI) es un recurso que promueve la escucha acogedora y el empoderamiento personal y comunitario. En la formación en TCI se imparte preparación para su aplicación y se promueve la atención a los estudiantes. Este resumen es un extracto de una investigación de tesis que aborda el camino formativo y el ejercicio en las TCI. A continuación, presentamos las expectativas y motivaciones de los estudiantes en relación con la formación. Para la recolección de datos se utilizó un cuestionario, analizado mediante la técnica de Análisis Textual Discursivo. Los resultados reflejan la búsqueda de una técnica de intervención colectiva, orientada a la superación profesional en los campos de la salud y la educación, con foco en la salud mental de colectivos y territorios. Creemos que la 1Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro RJ Brasil. Mestranda em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8582-6412. E- mail: laurimartins80@hotmail.com 2Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro RJ Brasil. Pós-doutoranda do Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8459-1642. E-mail: sheila.assisbiouff@gmail.com 3 Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Rio de Janeiro RJ Brasil. Pesquisadora Titular em Saúde Pública. Diretora do Instituto Oswaldo Cruz. Doutorado em Ciências (UFRJ). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8233-5845. E-mail: taniaaraujojorge@gmail.com
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS e Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162062TCI puede contribuir al campo de la salud y la educación y otros contextos, ya que contempla la situación socio-histórica, cultural y económica para la producción de cuidados. Además, la práctica fomenta el ejercicio de la ciudadanía, el empoderamiento personal y colectivo.PALABRAS CLAVE: Terapia comunitaria integrativa. Formación sanitaria. Integralidad en salud. Servicios comunitarios de salud. Promoción de la salud. ABSTRACT: Integrative Community Therapy (ICT) is a resource that promotes welcoming listening and personal and community empowerment. In ICT, training is provided for its application and care for students is promoted. This abstract is an excerpt from a research that addresses the formative path and exercise in ICT. Here, we present students' expectations and motivations regarding to training. One questionnaire was used for data collection, analyzed using the Discursive Textual Analysis technique. The results evidenced the search for a technique for collective intervention, aimed at professional improvement in the fields of health and education, with a focus on the mental health of groups and territories. We believe that ICT can contribute to the field of health and education and other contexts, as it contemplates the socio-historical, cultural and economic situation for the production of care. In addition, the practice encourages the exercise of citizenship, personal and collective empowerment. KEYWORDS:Integrative community therapy. Health training. Comprehensiveness in health. Community health services. Health education. IntroduçãoA Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é uma prática inclusa na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Define-se como uma tecnologia de cuidado pessoal e comunitário que proporciona o acolhimento, a escuta e a criação de vínculos sociais aos participantes, estimulando o empoderamento pessoal e comunitário (BARRETO, 2010; BRASIL, 2017). A formação em TCI possui conteúdo programático constituído por cinco pilares teóricos (pensamento sistêmico, teoria da comunicação, pedagogia de Paulo Freire, antropologia cultural e resiliência) que são entremeados aos exercícios e vivências terapêuticas (ABRATECOM, 2019; BARRETO, 2010). As intervisões, que são encontros entre formadores e estudantes realizados ao longo do curso, visam a troca de experiências e o esclarecimento de dúvidas para o aprimoramento da técnica. Nesses momentos, as repercussões relacionadas à dimensão emocional dos estudantes também são trabalhadas (GOMES, 2013). Orientada pelas perspectivas sociointeracionista e humanista, a formação em TCI enfatiza a interação dos sujeitos com o meio sociocultural e o desenvolvimento de seu protagonismo no processo de ensino aprendizagem (SANTANA; ASSIS; ARAUJO-JORGE, 2021).
image/svg+xmlTerapia comunitária integrativa: Expectativas e motivações de estudantes em relação à formação Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162063A interação entre os pares converge para a construção de uma rede de significados intermediados pela linguagem, produzindo novos sentidos no meio social onde encontram-se inseridos. Assim, a ética do cuidado na TCI envolve a relação entre formadores, estudantes, terapeutas comunitários e comunidade. Por meio do compartilhamento dos saberes pessoais, populares, culturais, comunitários e científicos é construída uma rede que promove vínculo, acolhimento e reconhecimento, propiciando empatia, solidariedade e transformação pessoal e social (TAVARES; ROCHA; CASTRO, 2018; VYGOTSKY, 2001). No trabalho em saúde, com o passar dos anos, as tecnologias leves (práticas relacionais e intersubjetivas) que são capazes de resgatar a dimensão do cuidado em saúde, propiciando o acolhimento, a escuta e a autonomia dos usuários no autocuidado têm sido pouco contempladas (AKERMAN; FEUERWERKER, 2009; MERHY et al., 2019; SCHUBERT; GEDRAT, 2016). Nosso ponto de vista compreende o emprego da TCI enquanto tecnologia leve, visto que considera a importância da relacionalidade no encontro, na intersubjetividade proveniente das interações entre formadores e estudantes e terapeutas comunitários e comunidade (BARROS; CEZAR, 2018; MERHY et al.,2019). É importante ressaltar que o cotidiano do trabalho em saúde é atravessado por outros aspectos que tensionam o modo de produzir saúde e conformam a forma de agir dos profissionais de saúde. Apesar dos avanços no debate sobre a formação dos profissionais que atuam no SUS, fomentado pela Política Nacional de Educação Permanente (PNEP) e Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEP), por meio de espaços coletivos para discussões crítico-reflexivas sobre os saberes e práticas profissionais, ainda são incipientes abordagens que contemplem a interdisciplinaridade e a interprofissionalidade nos planos de ensino das formações acadêmicas na área da saúde (BITENCOURT et al., 2020; BRASIL, 2007; OLIVEIRA, 2011). Geralmente, as formações sistematizam no processo de ensino aprendizagem o modelo hegemônico biomédico, o que pode causar o esfriamento nas problematizações e reflexões provenientes do cotidiano de trabalho em saúde no SUS; e o enfraquecimento das ações interprofissionais e interdisciplinares e dos espaços de formação dos trabalhadores do SUS (BITENCOURT et al., 2020; CARVALHO; CECCIM, 2009). Além disso, entendemos que o trabalho em saúde, no âmbito das ações de promoção da saúde nos territórios, perpassa pelas condições de vida e de saúde da população, sendo imprescindível contextualizá-las à história de vida e trabalho, relações comunitárias, sociedade e cultura, pois esses fatores influenciam no processo saúde- doença dos sujeitos. A oferta de práticas coletivas em saúde pode ser uma estratégia importante nesses contextos, pois
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS e Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162064possibilita a materialidade dos princípios de participação social, empoderamento comunitário e intersetorialidade preconizados pela Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS) (BRASIL, 2018; PETTRES; DA ROS, 2018). O presente estudo é o recorte de uma pesquisa de mestrado que propõe uma análise sobre o percurso formativo e o exercício profissional em TCI. Estudos relacionados a essas temáticas são raros. Portanto, em outro manuscrito no qual apresentamos um panorama sobre a produção científica em TCI, enfatizamos a necessidade de aprofundamento das pesquisas no âmbito da formação, em função da expansão da prática no campo da PNPIC. A formação em TCI consiste na carga horária de 240 horas/aula, sendo 50 horas/aula de módulos teóricos, 50 horas/aula de vivências terapêuticas, 80 horas/aula de encontros de intervisão e 60 horas de estágio prático, referente à execução de 30 rodas de TCI. Os polos de formação em TCI credenciados pela ABRATECOM (Associação Brasileira de Terapia Comunitária) ofertam a capacitação e a prática é exclusiva aos terapeutas formados (GOMES, 2013; ABRATECOM, 2019). O objetivo do estudo é identificar as expectativas e motivações de estudantes em relação ao percurso formativo em TCI. O cuidado em saúde no âmbito da formação em TCI: perspectivas a partir de Freire e Habermas As contribuições dos estudos de Freire e Habermas para o campo das ciências sociais, humanas e da saúde refletem sobre a importância do diálogo nas relações humanas. Intermediado pela linguagem, constitui-se como a base dos processos de autonomia, emancipação cidadã e engajamento social na vida dos sujeitos e comunidades (FREIRE, 2006; HABERMAS, 1989; VYGOTSKY, 2001). A TCI, caracterizada como uma tecnologia leve na produção do cuidado em saúde, efetua-se como recurso dialógico e comunicativo. A prática enfoca e prioriza o diálogo nas interações humanas, estabelecendo a reciprocidade e respeito mútuo entre os sujeitos participantes da interação. Ademais, busca o consenso, pactuações e acordos para que prevaleça o entendimento mútuo (FREIRE, 2006; HABERMAS, 2012; MERHY et al., 2019) Configura-se no âmbito da TCI, desde o percurso formativo até o exercício profissional, que a produção do cuidado em saúde deve ser norteada pela ideia de intersubjetividade, pois constrói-se a partir do encontro dialógico entre formadores, estudantes, terapeutas comunitários e grupos/comunidades. Através da linguagem, as experiências compartilhadas tomam sentido e surgem movimentos de cooperação entre os atores envolvidos (FLENIK, 2018).
image/svg+xmlTerapia comunitária integrativa: Expectativas e motivações de estudantes em relação à formação Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162065Além disso, as perspectivas dialógicas e comunicativas expressas por Freire e Habermas articulam-se à noção de cuidado entendida como experiência relacional e intersubjetiva, na qual os profissionais devem incorporar os saberes provenientes das experiências dos usuários, o que pressupõe um constante movimento de reformulação das práticas de cuidado, já que são produzidas junto ao outro, e com base nas problematizações e reflexões implicadas no cotidiano do trabalho em saúde (BARROS; CEZAR, 2018). Portanto, a associação entre os dois referenciais teóricos aqui destacados auxilia na compreensão do cenário referente à formação em TCI, sobretudo em relação à (re)construção e apropriação da prática como uma tecnologia do SUS. Metodologia O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz (CEP/IOC-Fiocruz), sob o registro CAAE n° 30803220.9.0000.5248 em setembro de 2020.A pesquisa foi adaptada para a modalidade remota devido à ausência de contato presencial e do protocolo de isolamento social recomendados pelas autoridades oficiais em razão da pandemia do coronavírus. O recrutamento dos sujeitos foi realizado por meio de contato telefônico com duas formadoras do curso de formação em TCI, ministrado pela instituição Movimento Integrado de Saúde Comunitária do Rio de Janeiro (MISC-RJ), do qual disponibilizaram os e-mails dos estudantes, mediante a autorização prévia. Os sujeitos participantes estavam inscritos na formação com início previsto para o ano de 2020. Contudo, devido ao agravamento da pandemia o início da formação foi adiado para maio de 2021. Foi utilizado um questionário, recurso composto por um conjunto de perguntas que geram informações que subsidiam as respostas aos objetivos de um projeto (MELO; BIANCHI, 2015). O instrumento foi elaborado através da ferramenta Google Formse apresentou inovação e vantagens à pesquisa, por sua capacidade de alcance aos sujeitos respondentes, versatilidade, economia nos gastos e organização na compilação dos dados (ANDRES et al., 2020). O convite aos participantes da pesquisa aconteceu entre os meses de dezembro de 2020 a fevereiro de 2021, através de e-mail com uma breve introdução sobre a pesquisa e o link para acesso ao formulário. Na página inicial do formulário constava o Termo de Consentimento Live e Esclarecido (TCLE) para o aceite ou recusa na participação da pesquisa e o questionário divido em perguntas abertas e fechadas sobre os dados pessoais, trajetória profissional e expectativas e motivações em relação à formação em TCI. Apresentamos a seguir, o quadro 1, que caracteriza o perfil dos estudantes:
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS e Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162066Quadro 1 Perfil dos estudantes participantes da pesquisaFonte: Elaborado pelas autoras Na segunda parte, empregamos a Análise Textual Discursiva (ATD), que é uma técnica que transita pela análise do discurso e análise do conteúdo, permitindo um maior aprofundamento das informações e novas interpretações aos dados investigados (MORAES; GALIAZZI, 2016). Por meio da leitura atenta e criteriosa do formulário, reunimos as informações e, posteriormente, agrupamo-las em três categorias de análise com ênfase nas expectativas e motivações dos estudantes em relação ao curso. Apresentamos no quadro 2 os temas abordados nas categorias no qual se baseiam os resultados:Quadro 2 Temas abordados na amostra investigada IDCategoriaAspectos AbordadosA Intervenção coletiva Abrange reflexões sobre a produção do cuidado no âmbito do SUS, aspectos relativos à produção do cuidado à nível coletivo e correlações com a TCI. B Contextos de atuação profissional Aborda sobre os aspectos referentes ao contexto de trabalho e os seus desdobramentos para a atuação profissional. C Sentidos do cuidar em saúde Relaciona as concepções sobre o cuidado em saúde e a TCI. Fonte: Elaborado pelas autoras Resultados e discussão Intervenção Coletiva As expectativas em relação à formação em TCI repercutiram sobre seu enfoque coletivo e intervenção grupal. O interesse despertado nos estudantes voltou-se à eficiência da técnica para aplicação em nível local (grupos de funcionários, usuários, estudantes) e territorial (comunidades). As possibilidades de intervenção grupal foram associadas principalmente ao cuidado do sofrimento mental no campo da saúde e educação. Foram destacados no âmbito da saúde o cuidado aos usuários da atenção primária em saúde, com quadros de depressão e EstudanteIdadeGêneroFormação AcadêmicaTempo de experiência profissionalE122FemininoPsicologiaGraduanda há 04 anosE262Feminino(não informado)18 anos como funcionária pública municipalE332FemininoPsicologia12 anosE437MasculinoPsicologiaRecém-formadoE548FemininoPsicologiaNão atua na profissãoE658FemininoMedicina35 anos (medicina) 25 (docência)E741FemininoFisioterapia17 anosE851FemininoEnfermagem30 anos
image/svg+xmlTerapia comunitária integrativa: Expectativas e motivações de estudantes em relação à formação Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162067ansiedade e, na educação, aos estudantes e docentes de cursos de graduação, pós-graduação e comunidade. No âmbito do ensino, a TCI foi apontada como possibilidade de modalidade de intervenção na formação dos discentes do curso de graduação em medicina e fisioterapia, tornando-se uma ferramenta de ensino aprendizagem nos territórios, transversalizada aos eixos formação, internato/estágio, comunidade e saúde mental. Além disso, a prática foi vista como oportunidade de aprimoramento para atuação em grupos com demandas em saúde mental. pode agregar tanto no cuidado aos usuários e usuárias dos serviçosem que atuamos (clínicas da família e outros), bem como na formação dos alunosde medicina e de outras categorias da saúde que poderão também participar das rodas oferecidas nas unidades de saúde (E6, grifo nosso). [...] poderei facilitar rodas em projetos de extensãocom a comunidade interna e externa ao I. e na clínica da família onde supervisiono o estágio de fisioterapia(E7, grifo nosso). As demandas para cuidado na área de saúde mental nos gruposcom os quais trabalho me fizeram buscar uma formação capaz de me oferecer mais ferramentas de cuidadoe a TCI me pareceu uma boa opção (E8, grifo nosso). Cabe destacar que a assistência à saúde da população nos territórios é atravessada pelas condições de vida e saúde dos sujeitos que são determinadas pelas relações de produção e de trabalho e repercutem no processo saúde-doença. Tal processo é multifatorial e configura-se a partir do contexto sócio-histórico de uma determinada sociedade, num momento específico (PETTRES; DA ROS, 2018). Entretanto, a formação do profissional de saúde centra-se em um processo de ensino aprendizagem pragmático, conteudista e fragmentado em áreas do conhecimento. O docente enfoca um protocolo prescritivo ao supervisionar os discentes, pouco enfatiza a importância da partilha de saberes e da produção do conhecimento gerada pela experiência vivida, na apreensão da realidade por eles captada (CARVALHO; CECCIM, 2009). Aliás, as práticas interprofissionais e a educação permanente no âmbito do SUS, ainda são pouco abordadas nos planos de ensino das formações dos profissionais de saúde (BITENCOURT et al., 2020). O modelo hegemônico biomédico centraliza o cuidado no especialista, fragmentando os corpos e delegando cada parte a um profissional que empreende uma assistência protocolar e prescritiva, respondendo mecanicamente sob o jugo de seu saber estruturado. Ocorre que esse processo tende ao automatismo, quando o profissional não reflete criticamente sobre a própria
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS e Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162068ação, comprometendo a qualidade do cuidado ofertado (BITENCOURT et al., 2020; CARVALHO; CECCIM, 2009). Nesse sentido, a formação em TCI se contrapõe a esse modelo, pois adota uma perspectiva holística, interdisciplinar e transcultural sobre o cuidado, propondo um olhar ampliado sobre o processo saúde doença ao refletir sobre a indissociabilidade entre os sujeitos e o meio interacional, uma vez que essa interrelação repercute significativamente no adoecimento (BARRETO, 2017). A prática reporta às dinâmicas familiares, às relações sociais, ao contexto comunitário e às dimensões culturais, políticas e econômicas trazendo uma leitura crítico-reflexiva sobre como esses aspectos interatuam e repercutem na promoção do cuidado em saúde (BARRETO, 2017; FREIRE, 2006; VYGOTSKY, 2001). Historicamente, a formação do profissional de saúde consolidou-se no modelo de atendimento individual e hospitalocêntrico, que compreende a “saúde” como a ausência de doença (CARVALHO; CECCIM, 2009), descontextualizando as dinâmicas familiares e comunitárias do contexto sociocultural, econômico e político no qual o sujeito está inserido. Nesse sentido, concebemos as perspectivas da educação permanente e da clínica ampliada como bem apropriadas para nossa discussão, uma vez que consideram o cuidado uma construção coletiva que passa pela elaboração e reformulações das práticas cuidadoras (BARROS; CEZAR, 2018). Tais perspectivas enfocam o trabalho interprofissional, interdisciplinar e intersetorial para a promoção e prevenção da saúde dos sujeitos e coletividade. Estimulam a autonomia, a participação e a corresponsabilidade dos usuários e comunidade na implementação das ações de saúde. Entre profissionais, essas perspectivas também fomentam a criação de espaços de diálogo para a troca de conhecimento e desenvolvimento de estratégias locais mais efetivas (AZANKI et al., 2020; FREIRE, 1967). Tendo em vista as implicações intrínsecas ao mundo do trabalho no SUS, ressaltamos que os aspectos abordados pela Educação Permanente em Saúde (EPS) e a clínica ampliada contribuem para nossas reflexões sobre intervenções no âmbito coletivo, pois estimulam as ações crítico-reflexivas que culminam na reinvenção do cuidado, em um novo olhar sobre o processo de trabalho e novas formas de organização e gestão do cuidado (BARROS; CESAR, 2018; FREIRE, 2006). Assim, a TCI consiste em uma prática que condensa tais quesitos, desde o percurso formativo, com a abordagem da reciprocidade e troca de saberes entre formadores e estudantes, focando no diálogo para a elaboração das atividades e exercícios trabalhados no curso, até a
image/svg+xmlTerapia comunitária integrativa: Expectativas e motivações de estudantes em relação à formação Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162069consecução das rodas de TCI, onde os estudantes partilharão saberes, estimulando a troca de experiências e de recursos de empoderamento na comunidade que atuam (FREIRE, 1987). Para a TCI, a aprendizagem coletiva despertada nos encontros torna-se o ponto central, visto que o saber do especialista nesse momento precisa estar em “suspensão” para que emerja entre os participantes o reconhecimento dos recursos internos disponíveis ao enfrentamento e superação de adversidades do cotidiano (BARRETO, 2010; BARROS; CESAR, 2018). De certo modo, compreendemos que a TCI pode operar inicialmente um deslocamento na posição do estudante, até então voltado às demandas individuais e subjetivamente centrado em questões de cunho pessoal, para um novo posicionamento, que ousa coletivizar as experiências de vida e estimular processos emancipatórios. A partir do reconhecimento de si mesmo, ressonado pela história do outro, instaura-se o paradigma da intersubjetividade da interação humana (FLENIK, 2018). Essa lógica configura-se como estratégia importante para incutir movimentos de engajamento social em contextos comunitários. Contextos de atuação profissional A atuação profissional dos estudantes de TCI concentra-se na área da saúde, obtendo destaque a formação acadêmica em psicologia. As outras profissões foram a medicina, a fisioterapia e a enfermagem. Notamos que a busca pela aplicação de técnica direcionada a grupos foi uma tendência dos estudantes conforme o material analisado. Inferimos que esse dado pode estar relacionado à necessidade do desenvolvimento de novas competências e habilidades para o trabalho em campo, uma vez que a visão cartesiana que dicotomiza mente e corpo ainda influencia o campo das ciências sociais e humanas e da saúde. Assim, o aprendizado de abordagens de cuidado não apresentadas no meio acadêmico pode colaborar para a produção de novos saberes adquiridos com a experiência em novas atividades (MATA; OLIVEIRA; BARROS, 2017). Dentre os oito estudantes respondentes, seis exercem suas atividades profissionais e dois declararam estar afastadas da profissão, apesar de exercerem atividade laborativa de cunho comunitário. Em relação à inserção profissional, os participantes E6, E7, E8 possuem trajetórias profissionais na docência em cursos de graduação em instituições de ensino superior (medicina, fisioterapia e enfermagem). Informaram sobre as experiências em consultório particular e, na assistência e gerência de serviços da atenção básica. Os participantes com formação em psicologia atuam na área organizacional, em recursos humanos (E4); na gestão de projetos socioambientais em organização não governamental (E3); na formação de agentes em
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS e Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620610comunidades para apoio às ações de órgão governamental (E5) e; como estudante do curso de graduação em psicologia (E1). O participante E2 atua no funcionalismo público municipal e não informou sua formação acadêmica. Agregar a TCI à atividade laboral foi uma motivação abordada pelos sujeitos como um recurso para o desenvolvimento de novas habilidades e competências, devido à ausência da abordagem de técnicas grupais no plano de ensino da graduação, ou pela necessidade de uma modalidade de acompanhamento aos usuários com sofrimento mental ocasionado por situações vulneráveis nos territórios; complementarmente, foram citados a estratégia de empoderamento comunitário e o espaço de escuta em ambientes organizacionais. porque uma das coisas que mais sinto falta na minha formação superior é de técnicas e maneiras para trabalhar com grupos[...]. A TCI me proporcionaria técnicas para trabalhar com grupos e, assim, mais pessoas teriam atendimento (E1, grifo nosso). senti falta de uma ferramenta que propiciasse um acompanhamento sobretudo das pessoas que vinham com vários graus de sofrimento, causados pelas dificuldades da vida, das relações, do contexto socioeconômico cultural e de muita violência em que estamos mergulhadas (E6, grifo nosso). queria aprender uma ferramenta para trabalhar saúde mental que fosse aplicável a contextos rurais, atendendo a especificidades tais como pouca prática na elaboração das emoções e fortalecendo a coletividade(E3, grifo nosso). Muitas pessoas estão em sofrimento em seus ambientes de trabalho, então gostaria de ajudar criando espaços de escuta(E4, grifo nosso). Refletindo sobre a atuação dos futuros terapeutas comunitários, remetemos à visão ampliada sobre o processo saúde-doença, no que se refere à condição sócio-histórica, cultural e econômica dos sujeitos e das comunidades inseridos em uma realidade social. O entrelaçamento de tais questões apresenta-se como aspecto condicionante da situação de adoecimento (ALMEIDA-FILHO, 2010). A produção do cuidado em saúde reformula-se a partir desse contexto, sendo necessário ações comunicativas em saúde que promovam a coparticipação comunitária na implementação das estratégias e ações em saúde (HABERMAS, 2012; MERHY et al., 2019). Pela primazia do diálogo, entendemos que podem emergir nesse processo a conscientização, conceito discutido por Freire (2006), por meio do processo de ação-reflexão-ação que reflete na transformação da realidade social vivida, pois estimula cada vez mais a reflexão crítica sobre si e o mundo. O reposicionamento dos sujeitos, sejam terapeutas
image/svg+xmlTerapia comunitária integrativa: Expectativas e motivações de estudantes em relação à formação Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620611comunitários ou usuários do SUS, toma espaço e permite uma nova compreensão sobre sua condição existencial. Do mesmo modo, Habermas propõe que as ações comunicativas sejam fomentadas na instância mundo da vida para que a reflexão crítica acerca do mundo sistêmico proporcione processos emancipatórios e democráticos. O espaço de ações comunicativas designado como esfera pública promove debates entre os atores sociais e a esfera governamental, a fim de mediar os interesses para que prevaleça o melhor argumento, ou seja, a vontade coletiva (CARDOZO et al., 2019; PERLATTO, 2012). Em nosso debate, a TCI representa a possibilidade de transformação pessoal e social podendo desvelar as questões apontadas, gerando possibilidades de enunciação e afirmação da vida por meio de uma comunicação dialógica que promova a conscientização e encorajamento das massas no que tange aos desafios encontrados na busca pela compreensão da condição de existência no mundo. Sentidos do cuidar Os participantes registraram suas percepções em relação à TCI: prática que possibilita o exercício da escuta e da fala através do compartilhamento de experiências e recursos; a formação de vínculos comunitários; mobilização do potencial dos sujeitos, famílias e comunidades; o fortalecimento pessoal e comunitário; a promoção da resiliência. A formação foi vista como possibilidade de resposta às demandas referentes ao cuidado de questões emocionais e de saúde mental. O cuidado em saúde consiste na diversidade de saberes e práticas que orientam os profissionais na assistência às necessidades de saúde de sujeitos e coletividade de acordo com as suas singularidades, num determinado contexto (AKERMAN; ROCHA, 2018). Como dimensão que envolve as relações humanas, baseia-se no diálogo por meio da comunicação consensual para a produção do cuidado, tendo como propósito a formação de vínculos para o compromisso e coparticipação de usuários e profissionais na produção do cuidado (OLIVEIRA, 2011). Reportamo-nos à clínica da atenção psicossocial e saúde mental, que se norteia pelo cuidado mediado por tecnologias leves, pelo encontro entre profissionais e usuários demarcado pela relacionalidade e pelo ineditismo. Como as práticas de cuidado não estão dadas à priori, elas se constroem dialogicamente em meio a negociações, pactuações, coparticipação e compromisso (AMARANTE, 2007; MERHY et al., 2019). O grande desafio é a promoção da
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS e Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620612autonomia e a participação no autocuidado para que se tornem protagonistas de suas histórias. A educação popular transversalizada às ações dos profissionais de saúde fomenta a participação dos sujeitos no plano do cuidado e na elaboração e implementação de projetos coletivos para a promoção e melhoria das condições de saúde da população (BARROS; CEZAR, 2018; OLIVEIRA, 2011). Assim acontece na formação em TCI, que engloba as perspectivas sociointeracionista e humanista no processo de ensino aprendizagem (FREIRE, 2006; SANTANA; ASSIS; ARAUJO-JORGE, 2021; VYGOTSKY, 2001), e contribui de forma significativa para a qualificação do cuidado no âmbito da prática e no cotidiano de trabalho dos profissionais de saúde. O entrecruzamento dos conhecimentos adquiridos pelo exercício profissional, das histórias e experiências de vida e das vivências adquiridas no percurso formativo, agrega valor ao campo dos saberes e práticas da atenção à saúde, pois refletem a materialidade da dimensão do cuidado em saúde no âmbito do SUS. Considerações finais Acreditamos que a TCI possa contribuir para o exercício dos profissionais de saúde, pois apresenta elementos essenciais ao debate no campo da promoção da saúde nos territórios. A possibilidade de fala e escuta do outro propicia o exercício de cidadania, posiciona o sujeito como enunciador da própria vida e do mundo. O fomento de ações coletivas que produzam esse efeito é cada vez mais desafiador, frente aos constantes ataques à democracia, aos movimentos sociais e a toda ordem de tentativas de reunir esforços em prol de uma coletividade. Entretanto, consideramos fundamental a ideia de integrar, agregar e difundir o conhecimento proveniente das camadas populares, dos movimentos sociais, das iniciativas de cunho comunitário, tão presentes nos territórios, que nos ensinam a seu modo outros saberese “fazeres” em saúde. Então, uma nova forma de relação se estabelece, fortalecida e potencialmente geradora de saúde. Em última análise, ressaltamos que esse pensamento pode contribuir para uma maior aproximação entre academia e sociedade no vislumbre à construção de um novo paradigma do cuidado em saúde nos processos formativos e no exercício das atividades laborativas. Ressaltamos a necessidade do fortalecimento das ações voltadas à formação em TCI e que estas estejam alinhadas com as expectativas e demandas dos profissionais que buscam se aperfeiçoar na prática.
image/svg+xmlTerapia comunitária integrativa: Expectativas e motivações de estudantes em relação à formação Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620613AGRADECIMENTOS: Ao Instituto Oswaldo Cruz; Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e ao Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde. REFERÊNCIAS ABRATECOM. Caderno Orientador n. 2: Capacitação em Terapia Comunitária Integrativa e capacitação em Técnicas de Resgate da Autoestima - Cuidando do cuidador. Itálico, 2019. ALMEIDA-FILHO, N. A problemática teórica da determinação social da saúde. In: NOGUEIRA, R. P. (org.). Determinação social da saúde e Reforma sanitária. Rio de Janeiro: CEBES, 2010. AMARANTE, P. Saúde Mental e Atenção Psicossocial. 3. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007. ANDRES, F. C. et al. A utilização da plataforma Google forms em pesquisa acadêmica: Relato de experiência. Research, Society and Development, v. 9, n. 9, e284997174, 2020. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7174. Acesso em: 25 set. 2021. AZANKI, H. C. T. P. et al.Educação permanente e clínica ampliada: Um novo paradigma de cuidado. Brazilian Journal of Development,v. 7, n. 1, p. 4624-4629, 2020. Disponível em: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/23051/18525. Acesso em: 02 out. 2021. AKERMAN, M.; FEUERWERKER, L. Estou me formando (ou me formei) e quero trabalhar: Que oportunidades o sistema de saúde me oferece na saúde coletiva? Onde posso atuar e que competências preciso desenvolver? In: CAMPOS, G. W. S. et al. (org.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009. AKERMAN, M.; ROCHA, D. G. A produção do cuidado: Há espaços para a promoção da saúde? In: SÁ, M. C.; TAVARES, M. F. L.; DE SETA, M. H. (org.). Organização do cuidado e práticas de saúde: Abordagens, pesquisa e experiências em ensino. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2018. BARRETO, A. Terapia Comunitária passo a passo. 4. ed. Fortaleza: LCR, 2010. BARRETO, A. Cuidando do cuidador: Técnicas e vivências para o resgate da autoestima. Fortaleza: LCR, 2017. BARROS, M. E. B.; CESAR, J. M. A saúde em práticas de cuidado: Dialogia e cogestão. In: SÁ, M. C.; TAVARES, M. F. L.; DE SETA, M. H. (org.) Organização do cuidado e práticas de saúde: Abordagens, pesquisa e experiências em ensino [livro eletrônico]. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2018. BITENCOURT, R. R. et al. O processo de formação em saúde: Uma análise dos planos de ensino das atividades curriculares obrigatórias. Saberes Plurais: educação na saúde. Porto
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS e Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620614Alegre, v. 4, n. 1, p. 62-78, ago. 2020. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/saberesplurais/article/view/102022/57926. Acesso em: 01 out. 2021. BRASIL. Portaria n. 1.996, de 20 de agosto de 2007. Dispõe sobre as diretrizes para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2007. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt1996_20_08_2007.html. Acesso em: 12 jan. 2022. BRASIL. Portaria n. 849, de 27 de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0849_28_03_2017.html. Acesso em: 20 jan. 2022. BRASIL. Portaria de Consolidação n. 2, de 28 de setembro de 2017. Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-05/10_portaria_de_consolidacao_n_2_2017_contratualizacao_cosems.pdf. Acesso em: 17 jan. 2022. CARDOZO, P. S. et al. Agir educativo-comunicativo na relação de assistentes sociais com familiares e usuários: A integralidade no cuidado em saúde mental. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 28, n. 4, p. 160-173, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sausoc/v28n4/1984-0470-sausoc-28-04-160.pdf. Acesso em: 01 abr. 2021. CARVALHO, Y. M. C.; CECCIM, R. B. Formação e educação em saúde: Aprendizados com a saúde coletiva. In: CAMPOS, G. W. S. et al.(org.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009. FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FREIRE, P. Conscientização - teoria e prática da libertação: Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3. ed. São Paulo: Centauro, 2006. FLENIK, M. O poder dos cidadãos no paradigma intersubjetivo habermasiano. Revista Brasileira de Filosofia do Direito, Salvador, v. 4, n. 1, p. 19-39, jan./jun. 2018. Disponível em: https://www.indexlaw.org/index.php/filosofiadireito/article/view/4058/pdf. Acesso em: 09 out. 2021. GOMES, D. O. A expansão da Terapia Comunitária Integrativa no Brasil e sua inserção nas políticas públicas nacionais. 2013. Dissertação (Mestrado em Saúde da Família) Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2013. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/26387. Acesso em: 02 abr. 2022.
image/svg+xmlTerapia comunitária integrativa: Expectativas e motivações de estudantes em relação à formação Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620615HABERMAS, J. La soberanía popular como procedimento. Cuadernos Políticos, México, n. 57, p. 53-69, maio/ago. 1989. Disponível em: http://www.cuadernospoliticos.unam.mx/cuadernos/contenido/CP.57/CP57.7JurgenHabermas.pdf. Acesso em: 22 abr. 2021. HABERMAS. J. Teoria do agir comunicativo: Racionalidade da ação e racionalização social. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2012. MATA, C. C.; OLIVEIRA, F. G.; BARROS, V. A. Experiência, atividade, corpo: Reflexões na confluência da psicossociologia do trabalho e ergologia. Psicologia em Revista, Belo Horizonte, v. 23, n. 1, p. 361-373, jan. 2017. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v23n1/v23n1a21.pdf. Acesso em: 03 out. 2021. MELO, W. V.; BIANCHI, C. S. Discutindo estratégias para a construção de questionários como ferramenta de pesquisa. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, Curitiba, v. 8, n. 3, p. 43-59, maio/ago. 2015. Disponível em: https://periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/1946/2179. Acesso em: 20 set. 2021. MERHY, E. E. et al. Rede básica, campo de forças e micropolítica: Implicações para a gestão e cuidado em saúde. Saúde e Debate, Rio de Janeiro, v. 43, n. esp. 6, p. 70-83, dez. 2019. Disponível em: https://scielosp.org/pdf/sdeb/2019.v43nspe6/70-83/pt. Acesso em: 09 out. 2021. MORAES, R.; GALIAZZI, M. C. Análise textual discursiva. 3. ed. Ijuí: Unijuí, 2016.OLIVEIRA, R. N. C. O agir comunicativo no contexto das práticas de educação em saúde. ServiçoSocialeSociedade, São Paulo, n. 106, p. 267-283, abr./jun. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/sssoc/n106/n106a05.pdf. Acesso em: 10 out. 2021. PERLATTO, F. Habermas, a esfera pública e o Brasil. Estudos Políticos, Rio de Janeiro, v. 3, n. 5, p. 78-94, 2012. Disponível em: https://periodicos.uff.br/revista_estudos_politicos/article/view/38620/22144. Acesso em: 09 abr. 2021. PETTRES, A. A.; DA ROS, M. A. A determinação social da saúde e a promoção da saúde. Arquivos Catarinenses de Medicina, Florianópolis, v. 47, n. 3, p. 183-196, 2018. Disponível em: http://www.acm.org.br/acm/seer/index.php/arquivos/article/view/375/282. Acesso em: 01 out. 2021. SANTANA, L. M.; ASSIS, S. S.; ARAUJO-JORGE, T. C. A Promoção da Saúde e Terapia Comunitária Integrativa: Por uma visão holística sobre o cuidado em saúde na perspectiva dos recursos educacionais. Revista Interdisciplinar em saúde, Cajazeiras, v. 8, n. único, p. 314-332, 2021. Disponível em: http://www.interdisciplinaremsaude.com.br/Volume_29/Trabalho_23_2021.pdf. Acesso em: 01 out. 2021. SCHUBERT, C.; GEDRAT, D. C. Racionalidade comunicativa como meio de promover relações humanizadas no campo da saúde: Um olhar segundo Habermas. Aletheia, v. 49, n. 2,
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS e Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620616p. 64-75, jul./dez. 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/aletheia/v49n2/v49n2a08.pdf. Acesso em: 04 out. 2021. TAVARES, M. F. L.; ROCHA, R. M.; CASTRO, A. M. O cuidado: Uma reflexão crítica à luz dos princípios e valores da promoção da saúde. In: SÁ, M. C.; TAVARES, M. F. L.; DE SETA, M. H. (org.). Organização do cuidado e práticas de saúde: Abordagens, pesquisa e experiências em ensino. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2018. VYGOTSKY, L. S. A construção do pensamento e da linguagem. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Como referenciar este artigo SANTANA, L. M.; ASSIS, S. S.; ARAUJO-JORGE, T. C. Terapia comunitária integrativa: Expectativas e motivações de estudantes em relação à formação. Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN: 2526-3471. DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16206 Submetido em: 09/05/2022 Revisões requeridas em: 11/07/2022 Aprovado em: 28/09/2022 Publicado em: 30/11/2022 Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlIntegrative community therapy: Student expectations and motivations regarding trainingTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162061INTEGRATIVE COMMUNITY THERAPY: STUDENT EXPECTATIONS AND MOTIVATIONS REGARDING TRAINING TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA: EXPECTATIVAS E MOTIVAÇÕES DE ESTUDANTES EM RELAÇÃO À FORMAÇÃO TERAPIA COMUNITARIA INTEGRATIVA: EXPECTATIVAS Y MOTIVACIONES DEL ESTUDIANTE CON RESPECTO A LA FORMACIÓN Lauriane Martins SANTANA1Sheila Soares de ASSIS2Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE3ABSTRACT: Integrative Community Therapy (ICT) is a resource that promotes welcoming listening and personal and community empowerment. In ICT, training is provided for its application and care for students is promoted. This abstract is an excerpt from a research that addresses the formative path and exercise in ICT. Here, we present students' expectations and motivations regarding to training. One questionnaire was used for data collection, analyzed using the Discursive Textual Analysis technique. The results evidenced the search for a technique for collective intervention, aimed at professional improvement in the fields of health and education, with a focus on the mental health of groups and territories. We believe that ICT can contribute to the field of health and education and other contexts, as it contemplates the socio-historical, cultural and economic situation for the production of care. In addition, the practice encourages the exercise of citizenship, personal and collective empowerment. KEYWORDS: Integrative community therapy. Health training. Comprehensiveness in health. Community health services. Health education. RESUMO: Terapia Comunitária Integrativa (TCI) é um recurso que promove escuta acolhedora e empoderamento pessoal e comunitário. Na formação em TCI, o estudante é preparado para o exercício da prática. Visamos identificar as expectativas e motivações dos estudantes em relação à formação em TCI. Foi utilizado para coleta de dados um questionário composto por questões abertas. As respostas foram analisadas por meio da técnica Análise Textual Discursiva (ATD). Os resultados reportaram que os estudantes chegam à formação em TCI buscando uma técnica para intervenção coletiva, visando o aprimoramento profissional nos campos da saúde e educação, com enfoque na saúde mental de grupos e territórios vulneráveis. Consideramos que a TCI pode contribuir para o campo da saúde e educação e 1Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ), Rio de Janeiro RJ Brazil. Master's degree in Science from the Graduate Program in Teaching in Biosciences and Health. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8582-6412. E- mail: laurimartins80@hotmail.com 2Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ), Rio de Janeiro RJ Brazil. Post-doctoral student of the Graduate Program in Teaching in Biosciences and Health. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8459-1642. E-mail: sheila.assisbiouff@gmail.com 3 Oswaldo Cruz Foundation (FIOCRUZ), Rio de Janeiro RJ Brazil. Full Researcher in Public Health. Director of the Oswaldo Cruz Institute. PhD in Science (UFRJ). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8233-5845. E-mail: taniaaraujojorge@gmail.com
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS and Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162062outros contextos, pois contempla a conjuntura sócio-histórica, cultural e econômica para a produção do cuidado. Além disso, a prática fomenta o exercício da cidadania, o empoderamento pessoal e coletivo. PALAVRAS-CHAVE: Terapia comunitária integrativa. Formação em saúde. Integralidade em saúde. Serviços de saúde comunitária. Promoção da saúde. RESUMEN: La Terapia Comunitaria Integrativa (TCI) es un recurso que promueve la escucha acogedora y el empoderamiento personal y comunitario. En la formación en TCI se imparte preparación para su aplicación y se promueve la atención a los estudiantes. Este resumen es un extracto de una investigación de tesis que aborda el camino formativo y el ejercicio en las TCI. A continuación, presentamos las expectativas y motivaciones de los estudiantes en relación con la formación. Para la recolección de datos se utilizó un cuestionario, analizado mediante la técnica de Análisis Textual Discursivo. Los resultados reflejan la búsqueda de una técnica de intervención colectiva, orientada a la superación profesional en los campos de la salud y la educación, con foco en la salud mental de colectivos y territorios. Creemos que la TCI puede contribuir al campo de la salud y la educación y otros contextos, ya que contempla la situación socio-histórica, cultural y económica para la producción de cuidados. Además, la práctica fomenta el ejercicio de la ciudadanía, el empoderamiento personal y colectivo.PALABRAS CLAVE: Terapia comunitaria integrativa. Formación sanitaria. Integralidad en salud. Servicios comunitarios de salud. Promoción de la salud. IntroductionIntegrative Community Therapy (ICT) is a practice included in the National Policy of Integrative and Complementary Practices (PNPIC) of the Unified Health System (SUS) in Brazil. It is defined as a technology of personal and community care that provides the reception, listening and creation of social bonds to the participants, stimulating personal and community empowerment (BARRETO, 2010; BRAZIL, 2017). The training in ICT has programmatic content consisting of five theoretical pillars (systemic thinking, communication theory, pedagogy of Paulo Freire, cultural anthropology and resilience) that are interspersed with exercises and therapeutic experiences (ABRATECOM, 2019; BARRETO, 2010). The interactions, which are meetings between trainers and students held throughout the course, aim at exchanging experiences and clarifying doubts for the improvement of the technique. At these moments, the repercussions related to the emotional dimension of the students are also worked on (GOMES, 2013). Guided by the socio-interactionist and humanist perspectives, the training in ICT emphasizes the interaction
image/svg+xmlIntegrative community therapy: Student expectations and motivations regarding trainingTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162063of the subjects with the sociocultural environment and the development of their protagonism in the learning teaching process (SANTANA; ASSIS; ARAUJO-JORGE, 2021). The interaction between the pairs converges to the construction of a network of meanings mediated by language, producing new meanings in the social environment where they are inserted. Thus, the ethics of care in ICT involves the relationship between trainers, students, community therapists and community. Through the sharing of personal, popular, cultural, community and scientific knowledge, a network is built that promotes bonding, welcoming and recognition, providing empathy, solidarity and personal and social transformation (TAVARES; ROCHA; CASTRO, 2018; VYGOTSKY, 2001). In health work, over the years, light technologies (relational and intersubjective practices) that are able to rescue the dimension of health care, providing the reception, listening and autonomy of users in self-care have been little contemplated (AKERMAN; FEUERWERKER, 2009; MERHY et al., 2019; SCHUBERT; GEDRAT, 2016). Our point of view comprises the use of ICT as a light technology, since it considers the importance of relationality in the encounter, in the intersubjectivity arising from the interactions between trainers and students and community and community therapists (BARROS; CEZAR, 2018; MERHY et al.,2019). It is important to highlight that the daily work in health is crossed by other aspects that strain the way of producing health and form the way health professionals act. Despite the advances in the debate on the training of professionals working in the SUS, fostered by the National Permanent Education Policy (PNEP) and the National Policy of Popular Education in Health (PNEP), through collective spaces for critical-reflexive discussions about professional knowledge and practices, there are still incipient approaches that contemplate interdisciplinarity and interprofessionality in the teaching plans of academic training in the health area (BITENCOURT et al., 2020; BRAZIL, 2007; OLIVEIRA, 2011). Generally, the formations systematize in the learning teaching process the hegemonic biomedical model, which can cause the cooling in the problematizations and reflections derived from the daily work in health in the SUS; and the weakening of interprofessional and interdisciplinary actions and training spaces for SUS workers (BITENCOURT et al., 2020; CARVALHO; CECCIM, 2009). In addition, we understand that health work, within the scope of health promotion actions in the territories, permeates the living and health conditions of the population, being essential to contextualize them to the history of life and work, community relations, society and culture, because these factors influence the health-disease process of the subjects. The provision
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS and Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162064of collective practices in health can be an important strategy in these contexts, as it enables the materiality of the principles of social participation, community empowerment and intersectionality recommended by the National Health Promotion Policy (PNPS) (BRASIL, 2018; PETTRES; DA ROS, 2018). The present study is the clipping of a master's research that proposes an analysis of the formative course and professional practice in ICT. Studies related to these themes are rare. Therefore, in another manuscript in which we present an overview of scientific production in ICT, we emphasize the need to deepen research in the field of training, due to the expansion of practice in the field of PNPIC. The training in ICT consists of the workload of 240 hours/class, being 50 hours/class of theoretical modules, 50 hours/ class of therapeutic experiences, 80 hours/ class of meetings and 60 hours of practical internship, referring to the execution of 30 wheels of ICT. The ICT training centers accredited by ABRATECOM (Brazilian Association of Community Therapy) offer training and practice is exclusive to trained therapists (GOMES, 2013; ABRATECOM, 2019). The aim of the study is to identify the expectations and motivations of students in relation to the educational course in ICT. Health care in the context of training in ICTs: perspectives from Freire and Habermas The contributions of Freire and Habermas' studies to the field of social sciences, humanities and health reflect on the importance of dialogue in human relations. Mediated by language, it is the basis of the processes of autonomy, citizen emancipation and social engagement in the lives of subjects and communities (FREIRE, 2006; HABERMAS, 1989; VYGOTSKY, 2001). The ICT, characterized as a light technology in the production of health care, is carried out as a dialogical and communicative resource. The practice focuses on and prioritizes dialogue in human interactions, establishing reciprocity and mutual respect among the subjects participating in the interaction. Moreover, it seeks consensus, agreements and agreements to prevail mutual understanding (FREIRE, 2006; HABERMAS, 2012; MERHY et al., 2019) It is configured in the scope of the ICT, from the formative path to professional practice, that the production of health care should be based on the idea of intersubjectivity, as it is constructed from the dialogical encounter between trainers, students, community therapists and groups/communities. Through language, shared experiences make sense and cooperation movements emerge between the actors involved (FLENIK, 2018).
image/svg+xmlIntegrative community therapy: Student expectations and motivations regarding trainingTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162065Moreover, the dialogical and communicative perspectives expressed by Freire and Habermas are articulated with the notion of care understood as a relational and intersubjective experience, in which professionals must incorporate the knowledge derived from the experiences of users, which presupposes a constant movement of reformulation of care practices, since they are produced with the other, and based on the problematizations and reflections involved in the daily work in health (BARROS; CEZAR, 2018). Therefore, the association between the two theoretical references highlighted here helps in understanding the scenario related to the formation in ICT, especially in relation to the (re)construction and appropriation of practice as a sus technology. Methodology The study obtained approval from the Research Ethics Committee of the Oswaldo Cruz Institute (CEP/IOC-Fiocruz), under the registration CAAE no. 30803220.9.0000.5248 in September 2020. The research was adapted to the remote modality due to the lack of face-to-face contact and the protocol of social isolation recommended by the official authorities due to the coronavirus pandemic. The recruitment of the subjects was carried out through telephone contact with two trainers of the training course in ICT, taught by the institution Integrated Community Health Movement of Rio de Janeiro (MISC-RJ), from which they made available the students' e-mails, through prior authorization. The participants were enrolled in the training scheduled to start in 2020. However, due to the worsening pandemic, the start of training was postponed to May 2021. A questionnaire was used, a resource composed of a set of questions that generate information that supports the answers to the objectives of a project (MELO; BIANCHI, 2015). The instrument was elaborated through the Google Forms tool and presented innovation and advantages to the search, due to its ability to reach the respondents, versatility, savings in spending and organization in the compilation of data (ANDRES et al., 2020). The invitation to the research participants took place between December 2020 and February 2021, through an email with a brief introduction on the survey and the link to access the form. The initial page of the form contained the Live and Informed Consent Form (TCLE) for the acceptance or refusal to participate in the research and the questionnaire divided into open and closed questions about personal data, professional trajectory and expectations and motivations in relation to training in ICTs. Table 1, which characterizes the students' profile:
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS and Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162066Table 1 -Profile of students participating in the surveySource: Prepared by the authorsIn the second part, we used discursive textual analysis (ATD), which is a technique that passes through discourse analysis and content analysis, allowing a deeper investigation of information and new interpretations of the investigated data (MORAES; GALIAZZI, 2016). Through careful and careful reading of the form, we gather the information and later group it into three categories of analysis with emphasis on the expectations and motivations of the students in relation to the course. Table 2 presents the topics covered in the categories on which the results are based:Table 2 - Topics addressed in the sample investigated IDCategoryAspects AddressedThe Collective intervention It covers reflections on the production of care within the SUS, aspects related to the production of care at the collective level and correlations with THE. B Professional performance contexts It discusses the aspects related to the work context and its consequences for professional performance. C Meanings of health care It relates the conceptions about health care and ICT. Source: Prepared by the authors Results and discussion Collective Intervention Expectations regarding the formation in ICT reverberated on their collective focus and group intervention. The interest aroused in the students turned to the efficiency of the technique for application at the local (groups of employees, users, students) and territorial (communities). The possibilities of group intervention were mainly associated with the care of mental suffering in the field of health and education. Care for primary health care users, with depression and anxiety conditions, and in education, students and teachers of undergraduate, graduate and community courses were highlighted in the health field. StudentAgeGenderEducationTime of professional experienceE122FemalePsychologyGraduated for 04 yearsE262Female(not informed)18 years as a municipal civil servantE332FemalePsychology12 years oldE437MalePsychologyNewly formedE548FemalePsychologyDoes not work in the professionE658FemaleMedicine35 years (medicine) 25 (teaching)E741FemalePhysiotherapy17 years oldE851FemaleNursing30 years old
image/svg+xmlIntegrative community therapy: Student expectations and motivations regarding trainingTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162067In the field of teaching, the ICT was pointed out as a possibility of intervention modality in the training of undergraduate students in medicine and physiotherapy, becoming a teaching tool learning in the territories, transversal to the axes training, internship/internship, community and mental health. In addition, the practice was seen as an opportunity to improve for working in groups with mental health demands. it can add both in the care to users and users of the servicesin which we operate (family clinics and others), as well as in the training ofmedical students and other categories of health who may also participate in the wheels offered in health units (E6, our griffin, our translation). [...] I will be able to facilitate wheels in extensionprojects with the community inside and outside the I. and in the family clinic where I supervise the physiotherapyinternship (E7, our griffin, our translation). The demands for care in the area of mental health in thegroups with which I work made me seek a training capable of offering me more care toolsand the ICT seemed to me a good option (E8, our griffin, our translation). It is worth mentioning that the health care of the population in the territories is crossed by the living and health conditions of the subjects who are determined by the relations of production and work and have repercussions on the health-disease process. This process is multifactorial and is configured from the socio-historical context of a given company, at a specific moment (PETTRES; DA ROS, 2018). However, the training of the health professional focuses on a process of teaching pragmatic, contentious and fragmented learning in areas of knowledge. The professor focuses on a prescriptive protocol when supervising the students, little emphasizes the importance of sharing knowledge and the production of knowledge generated by the experience lived, in the apprehension of the reality captured by them (CARVALHO; CECCIM, 2009). Moreover, interprofessional practices and continuing education within the SUS are still little addressed in the teaching plans of the training of health professionals (BITENCOURTet al., 2020). The hegemonic biomedical model centralizes care in the specialist, fragmenting the bodies and delegating each part to a professional who undergoes protocol and prescriptive care, responding mechanically under the yoke of his structured knowledge. It occurs that this process tends to automatism, when the professional does not critically reflect on the action itself, compromising the quality of care offered (BITENCOURT et al., 2020; CARVALHO; CECCIM, 2009). In this sense, the formation in ICT is opposed to this model, because it adopts a holistic, interdisciplinary and cross-cultural perspective on care, proposing an expanded view on the
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS and Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162068health disease process when reflecting on the indissociability between subjects and the interactional environment, since this interrelationship significantly affects the disease (BARRETO, 2017). The practice reports on family dynamics, social relations, the community context and cultural, political and economic dimensions, bringing a critical-reflexive reading about how these aspects interact and have repercussions on the promotion of health care (BARRETO, 2017; FREIRE, 2006; VYGOTSKY, 2001). Historically, the training of health professionals has been consolidated in the model of individual and hospital-centered care, which understands "health" as the absence of disease (CARVALHO; CECCIM, 2009), decontextualizing the family and community dynamics of the sociocultural, economic and political context in which the subject is inserted. In this sense, we conceive the perspectives of continuing education and the expanded clinic as well appropriate for our discussion, since we consider care a collective construction that involves the elaboration and reformulation of care practices (BARROS; CEZAR, 2018). These perspectives focus on interprofessional, interdisciplinary and intersectoral work for the promotion and prevention of the health of subjects and collectivity. They encourage the autonomy, participation and co-responsibility of users and the community in the implementation of health actions. Among professionals, these perspectives also foster the creation of spaces for dialogue for the exchange of knowledge and development of more effective local strategies (AZANKI et al., 2020; FREIRE, 1967). In view of the intrinsic implications for the world of work in the SUS, we emphasize that the aspects addressed by Permanent Health Education (PHE) and the expanded clinic contribute to our reflections on interventions in the collective sphere, as they stimulate the critical-reflexive actions that culminate in the reinvention of care, in a new look at the work process and new forms of organization and management of care (BARROS; CESAR, 2018; FREIRE, 2006). Thus, the ICT consists of a practice that condenses such issues, from the formative path, with the approach of reciprocity and exchange of knowledge between trainers and students, focusing on dialogue for the elaboration of activities and exercises worked on the course, to the achievement of the ICT wheels, where students will share knowledge, stimulating the exchange of experiences and empowerment resources in the community they work in (FREIRE, 1987). For the ICT, the collective learning aroused in the meetings becomes the central point, since the knowledge of the specialist at that moment needs to be in "suspension" in case of the participants, recognizing the internal resources available to face and overcome daily adversities (BARRETO, 2010; BARROS; CESAR, 2018).
image/svg+xmlIntegrative community therapy: Student expectations and motivations regarding trainingTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162069In a way, we understand that the ICT can initially operate a shift in the student's position, hitherto focused on individual demands and subjectively centered on issues of a personal nature, to a new position, which focuses on collectivize life experiences and stimulate emancipatory processes. From the recognition of one's life, resonated by the history of the other, the paradigm of the intersubjectivity of human interaction is established (FLENIK, 2018). This logic is an important strategy to instill social engagement movements in community contexts. Professional performance contexts The professional performance of ICT students focuses on health, highlighting academic training in psychology. The other professions were medicine, physiotherapy and nursing. We noticed that the search for the application of group-oriented technique was a trend of the students according to the material analyzed. We infer that this data may be related to the need to develop new skills and skills for field work, since the Cartesian vision that dichotomizes mind and body still influences the field of social and human sciences and health. Thus, the learning of care approaches not presented in the academic environment can contribute to the production of new knowledge acquired with experience in new activities (MATA; OLIVEIRA; BARROS, 2017). Among the eight students who answered, six performed their professional activities and two declared to be away from the profession, despite performing work of a community nature. Regarding professional insertion, participants E6, E7, E8 have professional trajectories in teaching in undergraduate courses in higher education institutions (medicine, physiotherapy and nursing). They reported on the experiences in a private practice and in the care and management of primary care services. Participants with a degree in psychology work in the organizational area, in human resources (E4); in the management of social and environmental projects in a non-governmental organization (E3); in the training of agents in communities to support the actions of government agency (E5) and; as a student of the undergraduate course in psychology (E1). Participant E2 works in the municipal civil service and did not inform his/her academic background. Adding the ICT to the work activity was a motivation addressed by the subjects as a resource for the development of new skills and competencies, due to the absence of the approach of group techniques in the undergraduate teaching plan, or the need for a modality of monitoring to users with mental suffering caused by vulnerable situations in the territories; in
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS and Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620610addition, the community empowerment strategy and the listening space in organizational environments were mentioned. because one of the things I miss most in my higher education is techniques and ways to work with groups[...]. ICT would provide me with techniques to work with groups and, thus, more people would have care (E1, our griffin, our translation). I missed a tool that provided a follow-up especially of people who came with varying degrees of suffering, caused by the difficulties of life, relationships, the cultural socioeconomic context and a lot of violence in which we are immersed (E6, our griffin, our translation). he wanted to learn a tool to work mental health that was applicable to rural contexts, taking into account specificities such as little practice in the elaboration of emotions and strengthening the collectivity(E3, our griffin, our translation). Many people are suffering in their work environments, so I would like to help by creating listening spaces(E4, our griffin, our translation). Reflecting on the performance of future community therapists, we refer to the expanded view of the health-disease process, with regard to the socio-historical, cultural and economic condition of the subjects and communities inserted in a social reality. The intertwining of these issues is a conditioning aspect of the situation of illness (ALMEIDA-FILHO, 2010). The production of health care is reformulated from this context, and communicative health actions are needed that promote community co-participation in the implementation of health strategies and actions (HABERMAS, 2012; MERHY et al., 2019). Due to the primacy of dialogue, we understand that awareness can emerge in this process, a concept discussed by Freire (2006), through the process of action-reflection-action that reflects in the transformation of the lived social reality, as it increasingly stimulates critical reflection on oneself and the world. The repositioning of the subjects, whether community therapists or SUS users, takes space and allows a new understanding of their existential condition. Likewise, Habermas proposes that communicative actions be fostered in the world of life instance so that critical reflection on the systemic world provides emancipatory and democratic processes. The space of communicative actions designated as the public sphere promotes debates between social actors and the governmental sphere, in order to mediate interests so that the best argument prevails, that is, the collective will (CARDOZO et al., 2019; PERLATTO, 2012).
image/svg+xmlIntegrative community therapy: Student expectations and motivations regarding trainingTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620611In our debate, the ICT represents the possibility of personal and social transformation and can unsee the issues pointed out, generating possibilities of enunciation and affirmation of life through a dialogical communication that promotes the awareness and encouragement of the masses regarding the challenges encountered in the search for understanding the condition of existence in the world. Senses of caring The participants recorded their perceptions regarding ICT: a practice that enables listening and speech through the sharing of experiences and resources; the formation of Community bonds; mobilization of the potential of subjects, families and communities; personal and community strengthening; promoting resilience. The training was seen as a possibility of responding to the demands related to the care of emotional and mental health issues. Health care consists of the diversity of knowledge and practices that guide professionals in the care of the health needs of subjects and collectivity according to their singularities, in a given context (AKERMAN; ROCHA, 2018). As a dimension that involves human relations, it is based on dialogue through consensual communication for the production of care, with the purpose of forming bonds for the commitment and co-participation of users and professionals in the production of care (OLIVEIRA, 2011). We report to the clinic of psychosocial care and mental health, which is based on care mediated by light technologies, by the encounter between professionals and users demarcated by relationality and novelty. As care practices are not givena priori, they are built dialogically in the midst of negotiations, negotiations, co-participation and commitment (AMARANTE, 2007; MERHY et al., 2019). The great challenge is the promotion of autonomy and participation in self-care so that they become protagonists of their stories. Popular education transversal to the actions of health professionals promotes the participation of subjects in the care plan and in the elaboration and implementation of collective projects for the promotion and improvement of the health conditions of the population (BARROS; CEZAR, 2018; OLIVEIRA, 2011). This is the case in ICT training, which encompasses the socio-interactionist and humanist perspectives in the learning teaching process (FREIRE, 2006; SANTANA; ASSIS; ARAUJO-JORGE, 2021; VYGOTSKY, 2001), and contributes significantly to the qualification of care in the scope of practice and in the daily work of health professionals. The
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS and Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620612intersection of knowledge acquired by professional practice, life histories and experiences and experiences acquired in the formative pathway adds value to the field of knowledge and practices of health care, as they reflect the materiality of the dimension of health care within the Scope of the SUS. Final considerations We believe that ICT can contribute to the exercise of health professionals, as it presents essential elements to the debate in the field of health promotion in the territories. The possibility of speaking and listening to the other provides the exercise of citizenship, positions the subject as enunciator of one's own life and of the world. The promotion of collective actions that produce this effect is increasingly challenging, in the face of constant attacks on democracy, social movements and the whole order of attempts to gather efforts for the benefit of a collective. However, we consider the idea of integrating, aggregating and disseminating knowledge from the popular layers, social movements, community initiatives, so present in the territories, that they teach us in their own way other "knowledge" and "doing" in health. Thus, a new form of relationship is established, strengthened and potentially generating health. Ultimately, we emphasize that this thought can contribute to a closer relationship between academia and society in the vision for the construction of a new paradigm of health care in the formative processes and in the exercise of work activities. We emphasize the need to strengthen actions aimed at training in ICTs and that they are aligned with the expectations and demands of professionals who seek to improve themselves in practice. ACKNOWLEDGMENTS: To the Oswaldo Cruz Institute; Coordination of Improvement of Higher Education Personnel (CAPES); National Council for Scientific and Technological Development (CNPq) and the Post-Graduate Program in Teaching in Biosciences and Health.
image/svg+xmlIntegrative community therapy: Student expectations and motivations regarding trainingTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620613REFERENCES ABRATECOM. Caderno Orientador n. 2: Capacitação em Terapia Comunitária Integrativa e capacitação em Técnicas de Resgate da Autoestima - Cuidando do cuidador. Itálico, 2019. ALMEIDA-FILHO, N. A problemática teórica da determinação social da saúde. In: NOGUEIRA, R. P. (org.). Determinação social da saúde e Reforma sanitária. Rio de Janeiro: CEBES, 2010. AMARANTE, P. Saúde Mental e Atenção Psicossocial. 3. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2007. ANDRES, F. C. et al. A utilização da plataforma Google forms em pesquisa acadêmica: Relato de experiência. Research, Society and Development, v. 9, n. 9, e284997174, 2020. Available: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/7174. Access: 25 Sept. 2021. AZANKI, H. C. T. P. et al.Educação permanente e clínica ampliada: Um novo paradigma de cuidado. Brazilian Journal of Development,v. 7, n. 1, p. 4624-4629, 2020. Available: https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/23051/18525. Access: 02 Oct. 2021. AKERMAN, M.; FEUERWERKER, L. Estou me formando (ou me formei) e quero trabalhar: Que oportunidades o sistema de saúde me oferece na saúde coletiva? Onde posso atuar e que competências preciso desenvolver? In: CAMPOS, G. W. S. et al. (org.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009. AKERMAN, M.; ROCHA, D. G. A produção do cuidado: Há espaços para a promoção da saúde? In: SÁ, M. C.; TAVARES, M. F. L.; DE SETA, M. H. (org.). Organização do cuidado e práticas de saúde: Abordagens, pesquisa e experiências em ensino. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2018. BARRETO, A. Terapia Comunitária passo a passo. 4. ed. Fortaleza: LCR, 2010. BARRETO, A. Cuidando do cuidador: Técnicas e vivências para o resgate da autoestima. Fortaleza: LCR, 2017. BARROS, M. E. B.; CESAR, J. M. A saúde em práticas de cuidado: Dialogia e cogestão. In: SÁ, M. C.; TAVARES, M. F. L.; DE SETA, M. H. (org.) Organização do cuidado e práticas de saúde: Abordagens, pesquisa e experiências em ensino [livro eletrônico]. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2018. BITENCOURT, R. R. et al. O processo de formação em saúde: Uma análise dos planos de ensino das atividades curriculares obrigatórias. Saberes Plurais: educação na saúde, Porto Alegre, v. 4, n. 1, p. 62-78, ago. 2020. Available: https://seer.ufrgs.br/saberesplurais/article/view/102022/57926. Access: 01 Oct. 2021. BRASIL. Portaria n. 1.996, de 20 de agosto de 2007. Dispõe sobre as diretrizes para a implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde.Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2007. Available:
image/svg+xmlLauriane Martins SANTANA; Sheila Soares de ASSIS and Tania Cremonini de ARAUJO-JORGE Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022009, 2022. e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1620614https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt1996_20_08_2007.html. Access: 12 Jan. 2022. BRASIL. Portaria n. 849, de 27 de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017. Available: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0849_28_03_2017.html. Access: 20 Jan. 2022. BRASIL. Portaria de Consolidação n. 2, de 28 de setembro de 2017. Consolidação das normas sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2018. Available: https://www.saude.pr.gov.br/sites/default/arquivos_restritos/files/documento/2020-05/10_portaria_de_consolidacao_n_2_2017_contratualizacao_cosems.pdf. Access: 17 Jan. 2022. CARDOZO, P. S. et al. Agir educativo-comunicativo na relação de assistentes sociais com familiares e usuários: A integralidade no cuidado em saúde mental. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 28, n. 4, p. 160-173, 2019. Available: https://www.scielo.br/pdf/sausoc/v28n4/1984-0470-sausoc-28-04-160.pdf. Access: 01 Apr. 2021. CARVALHO, Y. M. C.; CECCIM, R. B. Formação e educação em saúde: Aprendizados com a saúde coletiva. In: CAMPOS, G. W. S. et al.(org.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2009. FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967. FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. FREIRE, P. Conscientização - teoria e prática da libertação: Uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. 3. ed. São Paulo: Centauro, 2006. FLENIK, M. O poder dos cidadãos no paradigma intersubjetivo habermasiano. Revista Brasileira de Filosofia do Direito, Salvador, v. 4, n. 1, p. 19-39, jan./jun. 2018. Available: https://www.indexlaw.org/index.php/filosofiadireito/article/view/4058/pdf. Access: 09 Oct. 2021. GOMES, D. O. A expansão da Terapia Comunitária Integrativa no Brasil e sua inserção nas políticas públicas nacionais. 2013. Dissertação (Mestrado em Saúde da Família) Universidade Federal do Ceará, Sobral, 2013. Available: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/26387. Access: 02 Apr. 2022. HABERMAS, J. La soberanía popular como procedimento. Cuadernos Políticos, México, n. 57, p. 53-69, maio/ago. 1989. Available: http://www.cuadernospoliticos.unam.mx/cuadernos/contenido/CP.57/CP57.7JurgenHabermas.pdf. Access: 22 Apr. 2021. HABERMAS. J. Teoria do agir comunicativo: Racionalidade da ação e racionalização social. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
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