image/svg+xmlPráticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162171 PRÁTICAS E AÇÕES INTEGRADAS SOBRE AS ARBOVIROSES NO CONTEXTO EDUCACIONAL DE JAGUARIBE-CEPRÁCTICAS Y ACCIONES INTEGRADAS SOBRE ARBOVIROSIS EN EL CONTEXTO EDUCATIVO DE JAGUARIBE-CEPRACTICES AND INTEGRATED ACTIONS ON ARBOVIROSIS IN THE EDUCATIONAL CONTEXT OF JAGUARIBE-CEJones Baroni Ferreira de MENEZES1Francisco Eldefábio Freire NUNES2RESUMO: As arboviroses atingem milhares de pessoas, sendo grave problema de saúde pública. A educação em saúde contribui na sensibilização da população por levar informações concretas de combate e prevenção para essas doenças. Nessa perspectiva, o trabalho objetivou averiguar os conhecimentos e as práticas educativas dos professores que lecionam nas escolas estaduais de ensino médio presentes na sede de Jaguaribe/CE sobre a temática arboviroses. A pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso, de abordagem qualitativa. A coleta de dados se deu por meio de questionário onlinee a análise dos dados foi feita por meio análise de conteúdo de Bardin. A partir disso, constatou-se que a percepção e o conhecimento dos professores, em relação às arboviroses, ficaram abaixo das expectativas, tornando-se dificultoso trabalhar um tema tão relevante no cenário local, o que se faz preciso maior e melhor capacitação/formação docente para correta disseminação das informações. PALAVRAS-CHAVE: Educação em saúde. Vírus. Escola. Prática docente. RESUMEN:Las arbovirosis afectan a miles de personas y constituyen un grave problema de salud pública. La educación sanitaria contribuye a la sensibilización de la población aportando información concreta para combatir y prevenir estas enfermedades. En esta perspectiva, el estudio tuvo como objetivo investigar el conocimiento y las prácticas educativas de los profesores que enseñan en las escuelas secundarias estatales presentes en la base de Jaguaribe/CE sobre el tema arbovirosis. La investigación se caracterizó como un estudio de caso, con un enfoque cualitativo. Los datos fueron recolectados a través de un cuestionario en línea y el análisis de los datos se realizó a través del análisis de contenido de Bardin. A partir de esto, se encontró que la percepción y el conocimiento de los docentes, en relación con los arbovirus, estaban por debajo de las expectativas, dificultando el trabajo sobre un tema tan relevante en el escenario local, lo que hace necesaria una mayor y mejor formación docente para la correcta difusión de la información. PALABRAS CLAVE: Educación para la salud. Virus. Escuela. Práctica docente. 1Universidade Estadual do Ceará (UECE), Jaguaribe CE Brasil. Professor formador do curso de Ciências Biológicas a distância. Pós-doutorando no Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação (UFSC). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9193-3994. E-mail: jones.baroni@uece.br 2Universidade Estadual do Ceará (UECE), Jaguaribe CE Brasil. Graduado em Ciências Biológicas a distância (BioEaD/UECE). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7028-2977. E-mail: eldefabio.nunes@aluno.uece.br
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162172 ABSTRACT:Arboviruses affect thousands of people, being a serious public health problem. Health education contributes to raising awareness among the population by providing concrete information on combating and preventing these diseases. In this perspective, the work aimed to investigate the knowledge and educational practices of teachers who teach in state high schools present at the headquarters of Jaguaribe/CE on the subject of arboviruses. The research was characterized as a case study, with a qualitative approach. Data collection took place through an online questionnaire and data analysis was performed using Bardin's content analysis. From this, it was found that the perception and knowledge of teachers, in relation to arboviruses, were below expectations, making it difficult to work on such a relevant topic in the local scenario, which requires greater and better training/training. teacher for the correct dissemination of information.KEYWORDS: Health education. Virus. School. Teaching practice.IntroduçãoAs doenças transmitidas pelo Aedes aegyptitêm se transformado em um dos grandes problemas de saúde pública a nível mundial, tornando-se uma das principais doenças tropicais das Américas. Tais doenças são popularmente conhecidas como arboviroses. Para Silva et al.(2015, p. 28), as doenças tropicais podem ser entendidas como aquelas que se destacam em regiões tropicais ou nos trópicos, e estão ligadas diretamente com o clima da região, as condições socioeconômicas, ambientais e política. As doenças tropicais que serão abordadas nesta investigação incluem a Dengue, Chikungunya e Zika. Embora a febre amarela também esteja inserida nas doenças arboviroses, ela não será abordada nesse momento, pois o Nordeste não é área endêmica para essa doença. A palavra arbovirose é derivada do termo arbovírus que, segundo Rosa et al.(2000, p. 3), são vírus transmitidos na natureza, mediante transmissão biológica entre hospedeiros suscetíveis por meio de artrópodes hematófagos ou de hospedeiro artrópode a hospedeiro artrópode. Os autores conceituam arboviroses como sendo “doenças causadas por um grupo de vírus ecologicamente bem definido chamado arbovírus”. Assim, todas as doenças que têm um arbovírus como transmissor são chamadas de arbovirose. No entanto, vamos destacar, no momento, a Dengue (DENV), Chikungunya (CHIK) e Zika (ZIKV). Elas podem ser transmitidas ao homem através da forma vetorial, mais comum, através da picada da fêmea do Aedes (vetor), mas, também por meio da transmissão
image/svg+xmlPráticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162173 vertical, cuja mãe passa o vírus para seu filho durante a gestação, ou de transfusão de sangue contaminado (BRASIL, 2019). Nos últimos anos, as arboviroses têm sido amplamente difundidas, causando impactos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e à sociedade em geral, trazendo muitos transtornos para aqueles que são infectados, tais como o afastamento do trabalho, falta de leitos em hospitais, falta de atendimento adequado, no caso de infecção por Zika em mulheres grávidas, o risco de a criança nascer com microcefalia, dentre outros problemas. A predominância de focos do mosquito tem maior incidência em imóveis residenciais, constituindo o maior percentual em depósitos tipo tambores, baldes, tanques, filtros de barro, potes ou bacias. Portanto, é de suma importância que a educação sanitária chegue à população por meio dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) e dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em suas visitas domiciliares de rotina, com o intuito de sanar essa problemática recorrente durante anos (BASTOS et al.,2019). Além da educação em saúde levada pelos profissionais de saúde à população em geral, de modo domiciliar, os profissionais da educação podem e devem também realizar esse papel com seus educandos, abordando informações relevantes sobre as arboviroses na sala de aula. A parceria entre educação e saúde precisa acontecer de forma a integralizar as ações dos setores, levando subsídios adequados para os estudantes e seus familiares, de modo a contribuir na diminuição de casos das arboviroses no Brasil. Contudo, é preciso pensar o trabalho em conjunto, saúde e educação como ferramenta de mudança de comportamentos e de hábitos da sociedade. Destarte, os profissionais de saúde levam as informações necessárias e importantes e os profissionais da educação realizam a disseminação das informações para estudantes e familiares, portanto informando a sociedade de forma geral. Segundo Silva et al.(2015), a educação deve ganhar destaque no enfrentamento e no controle das arboviroses, para conseguir resultados positivos se faz necessário mudar as práticas dos envolvidos no processo, nesse caso a população, a mobilização social pode levar o conhecimento necessário para que essa mudança aconteça de fato. Assim, é importante que se leve informações importantes para todos os envolvidos, seja professores, estudantes, familiares. A educação tem um papel fundamental na contribuição no controle e combate às arboviroses a nível local. O Programa Saúde na Escola (PSE) realizado através de parcerias entre escolas e Unidades Básicas de Saúde, onde cada UBS atende as escolas dentro de seu território de atuação. Os profissionais de saúde participantes desse programa realizam ações com frequência
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162174 dentro das escolas. Neste ambiente, o enfermeiro, dentista, psicólogo, médico, ACS, ACE realizam ações de acordo com sua área de atuação, tais como, mobilização social, palestras, oficinas, escovação, orientação sexual, dentre outras. A educação em saúde está inserida nos documentos legais da educação brasileira, tais como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Nos PCN, a educação em saúde é um tema transversal, e que, segundo Brasil (1997, p. 66), tem o objetivo de “conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva”. Mais recentemente, os temas transversais foram reformulados e, na BNCC, passaram a se chamar de Temas Contemporâneos Transversais (TCT). Eles tiveram uma ampliação das áreas temáticas, tendo a educação em saúde como uma delas. Nesse ínterim, é preponderante conhecer como esse tema está sendo abordado no contexto educacional, em especial no que tange a temática das arboviroses. Isto posto, a enfoque dessa temática nas práticas pedagógicas escolares assume uma importante dimensão no processo de ensino e aprendizagem, de modo que possibilite uma mudança de comportamento e práticas da comunidade de forma geral, em relação aos cuidados com os criadouros dos mosquitos. Diante do exposto, surge a seguinte pergunta: Qual o nível de conhecimento dos professores e como eles abordam a temática das arboviroses de forma interdisciplinar nas escolas em que atuam? Assim, objetiva-se, nesta investigação, averiguar os conhecimentos e as práticas educativas dos professores que lecionam nas escolas estaduais de ensino médio presentes na sede de Jaguaribe/CE sobre a temática das arboviroses. Percurso metodológico O trabalho, quanto aos objetivos, se encaixa em pesquisa descritiva. Segundo Gil (2002, p. 42), a pesquisa desse tipo “têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. Já no que tange a abordagem, caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa. Prodanov (2013, p. 70) “considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números”.
image/svg+xmlPráticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162175 A pesquisa foi realizada com docentes de três escolas públicas de ensino médio, localizadas todas na sede da cidade de Jaguaribe-Ceará, sendo uma de ensino médio profissionalizante, uma de Ensino médio integral e uma de Ensino médio regular. No geral, são 60 docentes que lecionam no ensino médio na sede da cidade de Jaguaribe, de todas as áreas do conhecimento, entretanto, destes, 27 responderam ao questionário, o que corresponde a 45% (n=27) dos docentes. Esses participantes estão na faixa etária que varia entre 26 e 57 anos de idade. Quanto ao sexo, 74% (n=20) são do sexo feminino e 26% (n=7) masculino. Todos possuem ensino superior, contudo, 11% (n=3) são mestres e 59% (n=16) são especialistas. A opção pela coleta de dados foi o questionário online, através do Google Formulários, principalmente devido à pandemia de COVID-19. Em um primeiro momento, teve-se contato com os diretores das escolas, em que eles se prontificaram em socializar o linkdo questionário no grupo dos professores das escolas, no qual ficou disponível para resposta pelo período de 30 dias. Este questionário (APÊNDICE A) foi composto por 20 questões, sendo 14 questões objetivas, incluindo caracterização socioeconômica, conhecimentos sobre as arboviroses, como também quais práticas pedagógicas são utilizadas para trabalhar a temática arboviroses em sala de aula e 6 questões subjetivas com direcionamento para o tema da pesquisa, que aborda os conhecimentos prévios dos docentes sobre o que são as arboviroses, se eles passaram por formação para trabalhar a temática, as dificuldades e estratégias utilizadas, qual a percepção do docente e o qual o resultado esperado. Para análise dos dados das questões objetivas utilizou-se o programa da Microsoft Excel. O software foi usado na tabulação dos dados e geração de gráficos ou tabelas para um melhor entendimento do leitor. Já nas questões subjetivas, foi usada a análise de conteúdo baseada na visão de Laurence Bardin. Segundo Bardin (2016, p. 39) a análise de conteúdo é um conjunto de análise das comunicações. Não se trata de um instrumento, mas de um leque de apetrechos; ou, com maior rigor, será um único instrumento, mas marcado por uma grande disparidade de formas e adaptável a um campo de aplicação muito vasto: as comunicações. Corroborando com a discussão, Janis (1982, p. 53) sintetiza que a análise de conteúdo fornece meios precisos para descrever o conteúdo de qualquer tipo de comunicação: jornais, programas de rádio, filmes, conversações cotidianas, associações livres, verbalizadas, etc. As operações da análise de conteúdo consistem em classificar os sinais que ocorrem em uma comunicação segundo um conjunto de categorias apropriadas.
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162176 Considerando a existência do sistema dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), otrabalho tem como base ética a resolução Nº 510, de 07 de abril de 2016, todos os participantes aceitaram participar da pesquisa, marcando no questionário onlineo aceite ao termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE C), para concordar em participar da pesquisa, baseado no Art. 2º, § V, já no capítulo II trata dos princípios éticos necessários. Para mais, aidentificação dos nomes dos professores foi omitida, a fim de preservar suas identidades. Para distinção das falas optou-se em usar os termos “Professor 1”, “Professor 2”, baseado na sequência em que responderam ao questionário online. Resultados e Discussão Nesse tópico, são abordadas e discutidas as respostas dos professores acerca dos saberes dos docentes da rede estadual de ensino de Jaguaribe/CE sobre os conhecimentos básicos sobre as arboviroses; sobre a realidade epidemiológica do município; sobre processos formativos para abordar o tema em sala de aula; se nas escolas que lecionam trabalham projetos voltados ao tema; quais estratégias pedagógicas utilizam ao abordar a temática; e quais dificuldades encontram ao trabalhar o tema em sala de aula. Conhecimento dos professores sobre arboviroses A primeira parte do questionário é referente ao conhecimento básico dos professores sobre as arboviroses. Inicialmente, foi questionado quais eram as principais arboviroses, sendo identificadas a Dengue 100% (n=27), Zika 96% (n=26) e Chikungunya 89% (n=24). Inclusive, além dessas, pontuaram a febre amarela 63% (n= 17), que não é endêmica de nossa região, mas também é uma arbovirose. Quando indagados sobre quais são os mosquitos transmissores das arboviroses no Brasil, os relatos preocupam um pouco pois 48% (n=13) indicaram não saber quis são os mosquitos que transmitem as arboviroses no Brasil. Assim, apesar de ser um tema muito debatido e trabalhado nas escolas, ainda existem professores que desconhecem quem transmite as arboviroses. Fonseca Júnior et al. (2019) citam que o Aedes (Stegomyia) aegypti e Aedes (Stegomyia) albopictus são importantes vetores de vírus causadores de doenças emergentes e reemergentes, como dengue, Zika, chikungunya e febre amarela. Conhecer os mosquitos transmissores das
image/svg+xmlPráticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162177 arboviroses, nas regiões endêmicas é uma necessidade básica que todos deveriam saber, principalmente os docentes que trabalham a temática com seus alunos. Logo, essa desinformação nos faz refletir como esses docentes trabalham a temática com os alunos, sem possuir conhecimentos básicos sobre o tema. Os processos de educação a cada dia se tornam mais complexos diante dos novos saberes e a educação, cada vez mais, assume o processo de construção e compartilhamento de conhecimentos, os quais reproduzem na vida social em diversas áreas, em um processo de interações sociais, por meio da linguagem (RANGEL-S, 2008). Contudo, Rangel-S (2008) alerta que o desconhecimento por parte da população em relação às arboviroses, pode ser produto da falta de comunicação e educação, destinadas à prevenção, que priorizam somente informações simplistas sobre o vetor. Quando abordados sobre quais podem ser possíveis criadouros que os mosquitos podem usar para sua reprodução, a maioria entende que qualquer depósito com água parada pode ser um possível criadouro, tipo pneus em desuso 100% (n=27), baldes 100% (n=27), caixas d’água desprotegidas 96% (n=26), piscinas sem uso 96% (n=26), tambores 96% (n=26), potes 92% (n=25), garrafas desprotegidas 92% (n=25), tinas 88% (n=24), plantas com água 85% (n=23), cacimbão 85% (n=23), tanques descobertos 81% (n=22), lixo 77% (n=21). Os depósitos menos apontados como criadouros foram, cisternas 18% (n=5), o filtro de barro 29% (n=8) e ralos 44% (n=12), bromélias 51% (n=14), estes menos citados também têm seu potencial de risco, e de responsabilidade do responsável pela residência cuidar de seus depósitos que acumulam água. Brasil (2007) descreve o ciclo de vida do mosquito Aedes. Ele está dividido em quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. O mosquito depois de chegar a fase adulta, dura em média 35 dias. Já as fêmeas realizam de 4 a 6 posturas com cerca de 100 ovos por vez. Os ovos são muito resistentes e podem durar até 15 meses secos, até entrar em contato com água para eclodir. Assim, quaisquer depósitos com água parada é um provável criadouro para os mosquitos transmissores das arboviroses, por isso a importância de manter qualquer depósito que possa acumular água, tampado, impossibilitando assim a sua reprodução. Neste sentido, Valle et al.(2015) descrevem que a mais eficiente ação para controle das arboviroses é o combate ao mosquito, removendo focos potenciais de ovos do inseto. Em seguida, quando perguntado se eles conhecem a realidade epidemiológica do município atualmente, as respostas foram surpreendentes, pois apenas 26% (n=7) dos docentes responderam que acompanham os dados epidemiológicos. Esse fato gera uma enorme preocupação, pois, ao longo dos anos, a temática é trabalhada nas escolas e, diante do exposto,
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162178 ainda vemos que falta a integração entre escolas, instituições e programas desenvolvidos dentro do município, como o Programa Saúde na Escola (PSE) que é responsável por estar presente dentro das escolas do município levando as informações e desenvolvendo ações da Secretaria de Saúde nas escolas presente do município. Nessa perspectiva, Assis et al. (2013) cita que é indispensável maior comprometimento do poder público para com as estratégias educativas que constituem as políticas de controle da dengue para que não haja descontinuidade nas ações. Só um processo educativo de qualidade, contínuo e planejado pode manter a prevenção e, de fato, promover impacto para que sejam evitados os picos epidêmicos da doença. Em consonância, quando perguntados se eles já participaram de alguma formação sobre arboviroses, as respostas foram que 78% (n=21) não tiveram formação para tratar a temática em sala de aula, mas na contramão 22% (n=6) apontam que passaram por alguma capacitação, isso mostra que as informações não estão chegando a todos os envolvidos que fazem parte das escolas. Do mesmo modo, quando perguntados se a Secretaria de Educação incentiva/oferece formação para os professores com o tema, 59% (n=16) apontam que nunca participaram de nenhuma formação. Armindo et al.(2011, p. 10) falam que “as ações de prevenção da doença precisam ser compartilhadas, ou seja, produzidas em conjunto com as pessoas a quem se destinam na busca da construção conjunta do conhecimento e de uma aprendizagem mais eficaz e duradoura”. Essas formações devem estimular atualização e capacitação docente acerca da temática, para que os professores possam estar embasados para poder abordar a temática de forma que contribua com a prevenção e o controle das arboviroses locais. É preciso um maior envolvimento entre as instituições, tanto públicas, quanto privadas, para que se possa englobar o maior número de pessoas possíveis para o enfrentamento das arboviroses, não apenas no contexto escolar, mas que envolva toda a sociedade. No município, a cada início de ano letivo, as escolas são convocadas pela Secretaria de Educação a desenvolver projetos voltados a prevenção e o combate das arboviroses locais, seja com palestras, caminhadas e gincanas. Essas ações coincidem com o quadro invernoso, onde há mais depósitos que podem se tornar futuros criadouros para o mosquito, essas ações têm o papel de levar informações aos alunos e a comunidade em torno da escola. Neste cenário, os docentes são os mentores e, em parceria com os alunos e a comunidade em torno da escola, precisam desenvolver práticas pedagógicas relevantes voltadas ao tema, para sensibilizar os alunos e a comunidade a aderir aos projetos desenvolvidos na escola no
image/svg+xmlPráticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162179 combate e controle dessas arboviroses. Essas atividades docentes serão detalhadas no tópico seguinte. Práticas pedagógicas sobre as Arboviroses Compreendendo a importância da escola na prevenção e combate às arboviroses, os participantes da pesquisa foram indagados se na escola em que lecionam são desenvolvidos projetos educacionais em que as arboviroses são contempladas; a resposta foi que 52% não sabem se a escola tem projetos voltados para a temática; os outros 48% apontaram que a escola desenvolve importantes projetos voltados ao tema. Com isso, podemos constatar que os envolvidos nesses projetos são apenas metade dos professores dessas escolas, um número significativamente baixo, já que o tema é trabalhado a cada início de ano letivo. Quando questionados sobre as fontes de informações que utilizam para trabalhar a temática, as respostas mais comuns foram: jornais impressos, telejornais e artigos científicos; conforme apontado no gráfico 1. Gráfico 1 Fontes de informações sobre as arboviroses pontuadas pelos professores da educação básica Fonte: Dados da pesquisa (2021) Pelas respostas, é possível perceber que eles buscam as informações e dados de fontes externas muito abrangentes, o que não é errado. Contudo, deve-se haver a busca de dados mais próximos da realidade em torno da escola e, consequentemente, para o município. Conhecer os dados epidemiológicos locais é de suma importância para se trabalhar as arboviroses, pois a
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621710 escola pode desenvolver ações de acordo com a necessidade do bairro ou da comunidade em que a escola está inserida (CATÃO et al., 2019). Para a abordagem da temática em sala de aula, os professores apontaram como estratégias didáticas: a aula expositiva dialogada 78% (n=21); o ensino com pesquisa 56% (n=15); o estudo de texto 52 (n=14); os seminários 41% (n=11); os grupo de discussão 41% (n=11); o estudo de caso 26% (n=7); a solução de problemas 22% (n=6); o mapa conceitual 22% (n=6); a discussão por meio informatizado 22% (n=6); a oficina/workshop 19% (n=5); o estudo dirigido 15% (n=4); outros 11% (n=3); o painel 11% (n=3); a tempestade cerebral 11% (n=3); a dramatização 11% (n=3); o portfólio 7% (n=2); o fórum 4% (n=1); as palestras/webinário 4% (n=1). Para além das citadas pelos docentes, também podem ser utilizados(as): teatro, palestras, vídeos, aulas de campo, feiras de ciências, fantoches. (MELO; FEITOZA, 2010; VIVEIRO; DINIZ, 2010). Gueterres et al.(2017) descrevem que o aprendizado no ambiente escolar, quando se trata de promoção de saúde integral, tem o papel de desenvolver nos alunos habilidades e competências voltadas para a saúde coletiva. Na abordagem metodológica dos professores aos alunos sobre a temática, para aqueles que tem mais dificuldades como tema, podem solicitar parceria do Programa Saúde na Escola - PSE, que deve estar presente nas escolas tanto estaduais, quanto municipais e as arboviroses são um dos temas a serem trabalhados pelo programa e pelas escolas. Quando indagados se trabalhar essa temática nas escolas, contribui de fato para realizar a prevenção e o controle das arboviroses no município; Em sua totalidade, eles responderam que sim e algumas respostas chamaram a atenção, como as listadas abaixo. Sim, a escola pode servir como vetor de incentivo para estimular que o aluno atue na sua casa e sua comunidade evitando a proliferação dos transmissores das doenças (Professor 2). Sim. Porque com o conhecimento, de fato, o aluno passa a ser agente de mudança em seu bairro, residência e meio social como um todo (Professor 3). Sim, por que medida profilática são realizadas com informação, e toda informação é válida e construtiva, principalmente quando se trata de um tema tão relevante (Professor 23). Diante das colocações apresentadas, vemos que na descrição desses professores, as ações educativas desenvolvidas nas escolas podem estimular as mudanças de comportamentos dos alunos e seus familiares, contribuindo diretamente na prevenção das arboviroses.
image/svg+xmlPráticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621711 Na visão de Amorim et al.(2021, p. 5), a abordagem de temáticas “que englobam a relação saúde e meio ambiente deve incidir diretamente a mudanças de atitudes e comportamentos individuais e coletivos, com o reconhecimento de que esses construtos são onipresentes e, por isso, podem repercutir diretamente na saúde”Pelo demonstrado, vemos que eles acreditam que as ações desenvolvidas nas escolas fortalecem o trabalho na prevenção das arboviroses locais, como também conscientizar a população quanto a problemática dos mosquitos transmissores das arboviroses, de forma a levar as informações que mostram a realidade epidemiológica, tornando, assim, uma comunidade consciente e informada do que deve ser feito para que o trabalho em conjunto com os profissionais de saúde possa ser efetivo, na prevenção e no controle das arboviroses na cidade. Pereira et al.(2021, p. 3) citam que diante da problemática das arboviroses, investimentos voltados à promoção da saúde, como também em ações preventivas, podemos destacar ações voltadas à Educação Ambiental (EA) como aliado ao enfrentamento e à prevenção dessas arboviroses. Por fim, solicitamos que os professores indicassem 3 dificuldades para trabalhar a temática nas escolas. Conforme apontado na Figura 1, os docentes apontaram que falta material didático de qualidade, falta formação sobre a temática para os professores e há o desconhecimento sobre a realidade epidemiológica da cidade. Destarte, esses são os maiores limitadores da abordagem das arboviroses nas escolas. Figura 1 Dificuldades para trabalhar a temática da arboviroses no contexto escolarFonte: Elaborado pelos autores Na concepção de Assis et al. (2013), a elaboração dos materiais impressos deve ser considerada para que as abordagens pedagógicas avancem em relação às concepções de construção de conhecimento pela população, alunos, professores e profissionais de saúde. Isso propicia uma maior integração entre a saúde e educação, pois essa parceria pode render
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621712 melhores frutos, não apenas no combate e controle das arboviroses, como focalizando neste estudo, mas em muitas outras temáticas relevantes para os envolvidos. Na visão de Marteis et al.(2011, p. 2) “as cartilhas são propostas como instrumento facilitador das atividades do educador, atuando como ferramenta mediadora da discussão entre professores e alunos sobre a problemática da Dengue”.É por isso que é necessário o fortalecimento do Programa Saúde na Escola - PSE, conforme já falado anteriormente, de modo a colaborar com mais informações para os professores e a comunidade escolar, por meio de capacitações e materiais didáticos que possam ser usados na sala de aula durante o ano letivo. Outra parceria que pode ser feita é com o setor de endemias, pois os agentes de combate às endemias ACE possuem conhecimento teórico e prático das ações que são desenvolvidas pelo município durante todo o ano e conhecem a realidade epidemiológica municipal, podendo agregar mais conhecimento aos professores, ajudando-os a trabalhar a temática com mais embasamento teórico-prático e contribuir nas ações desenvolvidas pelas escolas. É notório que nos anos de 2020 e 2021, fugiram do controle devido a pandemia de COVID-19, a educação e a saúde foram alguns dos setores que foram bastante atingidos. Desta forma, com as rápidas mudanças do cenário atual, foram exigidas novas competências e um novo perfil dos docentes. Corroborando com a discussão Diesel et al.(2017, p. 2) sugerem a, urgente necessidade de repensar a formação de professores, tendo como ponto de partida a diversidade dos saberes essenciais à sua prática, transpondo, assim, a racionalidade técnica de um fazer instrumental para uma perspectiva que busque ressignificá-la, valorizando os saberes já construídos, com base numa postura reflexiva, investigativa e crítica. É fato que a temática precisa ser mais abordada dentro das escolas, mas não apenas por estar no currículo, mas trabalhar de forma responsável, com qualidade buscando parceiros que agreguem conhecimento para os professores, para a escola, para os alunos e para a comunidade, melhorando os hábitos e comportamentos dos envolvidos.
image/svg+xmlPráticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621713 Considerações finais A percepção e o conhecimento dos professores em relação às arboviroses nas escolas de ensino médio presentes no município de Jaguaribe ficou abaixo das expectativas, pois alguns dos entrevistados sequer conhecem o termo arbovirose, tornando-se dificultoso trabalhar uma temática tão relevante no conhecimento e ações de combate a essas doenças e que deve envolver toda a sociedade. Em relação às estratégias didáticas apontadas, todas podem ser usadas para trabalhar a temática facilmente, mas o que preocupa é como vai ser trabalhado se o professor tem dificuldade de lidar com a temática, já que alguns mencionam que falta material didático, formação adequada, apoio técnico. Portanto, é preciso trabalhar a potencialidade do professor, levando os conhecimentos necessários para que esses profissionais abordem o tema de forma interdisciplinar, para que não fique a espera apenas dos profissionais de saúde. Dentre as dificuldades mencionadas pelos docentes estão a falta de recursos didáticos, o apoio técnico, a formação continuada, o tempo disponível para trabalhar a temática, o desconhecimento da realidade epidemiológica do município. Logo, é fato que se faz uma interação urgente entre as instituições a fim de reparar esse distanciamento de informações, o quanto antes, para que possa sanar essas dificuldades em relação a epidemiologia. Diante do exposto é notório que é preciso tratar a temática de forma integrada com as instituições escolares, a fim de diminuir a discrepância de conhecimento dos professores em relação as arboviroses, para que, de fato, a escola contribua com a mudança de comportamento, iniciando pelo docente, pelos discentes e pela comunidade em geral. Para mais, também pode haver uma maior aproximação com a Secretaria Municipal de Saúde, em especial com o setor de epidemiologia, por meio do Programa Saúde na Escola - PSE, de modo que os integrantes desse programa possam contribuir com uma formação específica sobre arboviroses, bem como produção e distribuição de materiais informativos de qualidade, que possam ser usados no ambiente escolar e nas comunidades locais. AGRADECIMENTOS: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Brasil (CAPES) Código de Financiamento 001.
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621714 REFERÊNCIAS AMORIM, S. A. et al. Percepções de Adolescentes Escolares sobre Saúde e Meio Ambiente para Práticas Sustentáveis e Promotoras de Saúde. New Trends in Qualitative Research, v. 8, p. 323-331, 2021. Disponível em: https://publi.ludomedia.org/index.php/ntqr/article/view/421. Acesso em: 27 out. 2021. ARMINDO, G. L. et al. Materiais educativos impressos sobre Dengue: Análise quali-quantitativa e reflexões sobre comunicação e educação em saúde. Arca Fiocruz, 2011. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16306/ 2/GISELLE_ARMINDO_et_al_CPqRR_2011.pdf. Acesso em: 11 out. 2021. ASSIS, S. S. et al. Materiais impressos sobre dengue: análise crítica e opiniões de profissionais de Saúde e Educação sobre seu Uso. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 13, n. 3, p. 25-51, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec /article/view/4270/2835. Acesso em: 11 out. 2021. BARDIN, L. Análise de conteúdo: Laurence Bardin. São Paulo: Edições 70, 2016. BASTOS, I. B. et al. Georreferenciamento dos imóveis com foco positivo do mosquito Aedes aegypti no município de Sobral (CE). Revista de APS, v. 22, n. 1, p. 137-150, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/16638. Acesso em: 07 out. 2021. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília, DF: MEC; SEF, 1997. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf. Acesso em: 03 jun. 2021. BRASIL. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2007. BRASIL. Guia de Vigilância em Saúde: Volume único. 3. ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2019. CATÃO, C. D. S. et al. Ações de educação em saúde em ambiente escolar sobre arboviroses: relato de experiência. Revista Saúde & Ciência Online, v. 8, n. 3, p. 105-114, 2019.DIESEL, A. et al.Os princípios das metodologias ativas de ensino: Uma abordagem teórica. Revista Thema, v. 14, n. 1, p. 268-288, 2017. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/view/404. Acesso em: 10 set. 2021. FONSECA JÚNIOR, D. P. et al.Vetores de arboviroses no estado de São Paulo: 30 anos de Aedes aegypti e Aedes albopictus. Revista de saúde pública, v. 53, p. 84, p. 1-12, 2019. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsp/a/dYN7GL65ft3CghLjBJ4QT5L/?lang=pt&format=pdf. Acesso em: 08 abr. 2020. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
image/svg+xmlPráticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621715 GUETERRES, E. C. et al. Educação em saúde no contexto escolar: Estudo de revisão integrativa. Enfermería Global, v. 16, n. 2, p. 464-499, 2017. Disponível em: https://revistas.um.es/eglobal/article/view/235801/210231. Acesso em: 11 out. 2021. JANIS, I. L. O problema da validação da análise de conteúdo. In: LASSWELL, H.; KAPLAN, A. A linguagem da política. Brasília, DF: Editora da Universidade de Brasília, 1982. MARTEIS, L. S. et al. Abordagem sobre Dengue na educação básica em Sergipe: Análise de cartilhas educativas. Scientia plena, v. 7, n. 6, p. 1-8, 2011. Disponível em: https://scientiaplena.org.br/sp/article/view/191. Acesso em: 10 jan. 2022. MELO, S. R.; FEITOZA, L. A. Teatro e Biologia: Uma proposta dinâmica para compreender a nutrição dos neurônios e as relações entre os diferentes sistemas envolvidos. Arquivos do MUDI, v. 14, n. 1/2/3, p. 11-18, 2010. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ArqMudi/article/view/20417. Acesso em: 18 set. 2022. PEREIRA, C. V. et al. Educação ambiental e arboviroses no contexto escolar. Rev. enferm. UFPE on line, v. 15, n. 1, p. 1-19, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/view/244683. Acesso em: 11 nov. 2021. PRODANOV, C. C. Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. RANGEL-S, S. M. L. Dengue: Educação, comunicação e mobilização na perspectiva do controle - propostas inovadoras. Interface-Comunicação Saúde Educação, Botucatu, v. 12, n. 25, p. 433-441, jun. 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/k5JQVgY8gTfDjyc5q4QQVcw/abstract/?lang=pt. Acesso em: 09 maio 2022. ROSA, A. P. A. T. et al. Arboviroses. In: TONELLI, E.; FREIRE, L. M. S. Doenças Infecciosas na Infância e Adolescência. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Médica e Científica Ltda., 2000. SILVA, I. B. et al.Estratégias de combate à dengue através da educação em saúde: Uma revisão integrativa. Saúde (Santa Maria), v. 41, n. 2, p. 27-34, jul./dez. 2015. Disponível em: https://periodicos.ufsm.br/index.php/revistasaude/article/view/10955. Acesso em: 02 set. 2022. VALLE, D. et al. Lançando luz sobre a dengue. Ciência e Cultura, v. 67, n. 3, p. 4-5, 2015. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252015000300002. Acesso em: 09 out. 2021. VIVEIRO, A. A.; DINIZ, R. S. Atividades de campo no ensino das ciências e na educação ambiental: Refletindo sobre as potencialidades desta estratégia na prática escolar. Ciência em tela, v. 2, n. 1, p. 1-12, 2009. Disponível em: http://www.cienciaemtela.nutes.ufrj.br/artigos/0109viveiro.pdf. Acesso em: 21 ago. 2022.
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621716 Como referenciar este artigoMENEZES, J. B. F.; NUNES, F. E. F. Práticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CE. Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022. e-ISSN 2526-3471. DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217 Submetido em: 12/07/2022 Revisões requeridas em: 21/08/2022 Aprovado em: 28/09/2022 Publicado em: 30/11/2022 Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlPractices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162171 PRACTICES AND INTEGRATED ACTIONS ON ARBOVIROSIS IN THE EDUCATIONAL CONTEXT OF JAGUARIBE-CE PRÁTICAS E AÇÕES INTEGRADAS SOBRE AS ARBOVIROSES NO CONTEXTO EDUCACIONAL DE JAGUARIBE-CEPRÁCTICAS Y ACCIONES INTEGRADAS SOBRE ARBOVIROSIS EN EL CONTEXTO EDUCATIVO DE JAGUARIBE-CEJones Baroni Ferreira de MENEZES1Francisco Eldefábio Freire NUNES2ABSTRACT: Arboviruses affect thousands of people, being a serious public health problem. Health education contributes to raising awareness among the population by providing concrete information on combating and preventing these diseases. In this perspective, the work aimed to investigate the knowledge and educational practices of teachers who teach in state high schools present at the headquarters of Jaguaribe/CE on the subject of arboviruses. The research was characterized as a case study, with a qualitative approach. Data collection took place through an online questionnaire and data analysis was performed using Bardin's content analysis. From this, it was found that the perception and knowledge of teachers, in relation to arboviruses, were below expectations, making it difficult to work on such a relevant topic in the local scenario, which requires greater and better training/training. teacher for the correct dissemination of information. KEYWORDS: Health education. Virus. School. Teaching practice. RESUMO: As arboviroses atingem milhares de pessoas, sendo grave problema de saúde pública. A educação em saúde contribui na sensibilização da população por levar informações concretas de combate e prevenção para essas doenças. Nessa perspectiva, o trabalho objetivou averiguar os conhecimentos e as práticas educativas dos professores que lecionam nas escolas estaduais de ensino médio presentes na sede de Jaguaribe/CE sobre a temática arboviroses. A pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso, de abordagem qualitativa. A coleta de dados se deu por meio de questionário online e a análise dos dados foi feita por meio análise de conteúdo de Bardin. A partir disso, constatou-se que a percepção e o conhecimento dos professores, em relação às arboviroses, ficaram abaixo das expectativas, tornando-se dificultoso trabalhar um tema tão relevante no cenário local, o que se faz preciso maior e melhor capacitação/formação docente para correta disseminação das informações. PALAVRAS-CHAVE: Educação em saúde. Vírus. Escola. Prática docente.1State University of Ceará (UECE), Jaguaribe CE Brazil. Professor of the course of Biological Sciences at a distance. Post-doctoral student in the Graduate Program in Information and Communication Technologies (UFSC). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9193-3994. E-mail: jones.baroni@uece.br 2State University of Ceará (UECE), Jaguaribe CE Brazil. Graduated in Biological Sciences (Distance Learning) (BioEaD/UECE). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7028-2977. E-mail: eldefabio.nunes@aluno.uece.br
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES and Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162172 RESUMEN:Las arbovirosis afectan a miles de personas y constituyen un grave problema de salud pública. La educación sanitaria contribuye a la sensibilización de la población aportando información concreta para combatir y prevenir estas enfermedades. En esta perspectiva, el estudio tuvo como objetivo investigar el conocimiento y las prácticas educativas de los profesores que enseñan en las escuelas secundarias estatales presentes en la base de Jaguaribe/CE sobre el tema arbovirosis. La investigación se caracterizó como un estudio de caso, con un enfoque cualitativo. Los datos fueron recolectados a través de un cuestionario en línea y el análisis de los datos se realizó a través del análisis de contenido de Bardin. A partir de esto, se encontró que la percepción y el conocimiento de los docentes, en relación con los arbovirus, estaban por debajo de las expectativas, dificultando el trabajo sobre un tema tan relevante en el escenario local, lo que hace necesaria una mayor y mejor formación docente para la correcta difusión de la información. PALABRAS CLAVE: Educación para la salud. Virus. Escuela. Práctica docente.IntroductionDiseases transmitted by Aedes aegyptihave become one of the world's major public health problems, becoming one of the main tropical diseases in the Americas. Such diseases are popularly known as arboviruses. For Silvaet al.(2015, p. 28, our translation), tropical diseases can be understood as those that stand out in tropical regions or in the tropics, and are directly linked to the region's climate, socioeconomic, environmental and political conditions. Tropical diseases that will be addressed in this investigation include Dengue, Chikungunya and Zika. Although yellow fever is also inserted in arbovirus diseases, it will not be addressed at this time, as the Northeast is not an endemic area for this disease. The word arbovirus is derived from the term arbovirus which, according to Rosa et al.(2000, p. 3, our translation), are viruses transmitted in nature, through biological transmission between susceptible hosts by hematophagous arthropods or from arthropod host to arthropod host. The authors conceptualize arboviruses as "diseases caused by a group of ecologically well-defined viruses called arboviruses". Thus, all diseases that have an arbovirus as a transmitter are called arbovirus. However, we will highlight, at the moment, Dengue (DENV), Chikungunya (CHIK) and Zika (ZIKV). They can be transmitted to man through the vector form, more common, through the bite of the
image/svg+xmlPractices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162173 female of Aedes (vector), but also through vertical transmission, whose mother passes the virus to her child during pregnancy, or transfusion of contaminated blood (BRASIL, 2019). In recent years, arboviruses have been widely disseminated, causing the impactsof the Unified Health System (SUS) and society in general, bringing many disorders to those who are infected, such as absence from work, lack of beds in hospitals, lack of adequate care, in the case of Zika infection in pregnant women, the risk of the child being born with microcephaly, among other problems. The predominance of mosquito foci has a higher incidence in residential properties, constituting the highest percentage in deposits such as drums, buckets, tanks, clay filters, pots or basins. Therefore, it is of paramount importance that health education reaches the population through Endemic Agents (ACS) and Community Health Agents (ACE) in their routine home visits, in order to address this recurring problem for years (BASTOS et al.,2019). In addition to the health education carried by health professionals to the population in general, in a home way, education professionals can and should also perform this role with their students, addressing relevant information about arboviruses in the classroom. The partnership between education and health needs to take place in order to unify the actions of the sectors, bringing adequate subsidies for students and their families, in order to contribute to the reduction of cases of arboviruses in Brazil. However, it is necessary to think of working together, health and education as a tool for changing behaviors and habits of society. Thus, health professionals take the necessary and important information and education professionals disseminate the information to students and family members, so it informs society in general. According to Silvaet al.(2015), education must gain prominence in coping and controlling arboviruses, to achieve positive results it is necessary to change the practices of those involved in the process, in this case the population, social mobilization can bring the necessary knowledge for this change to actually happen. Thus, it is important to bring important information to all involved, be it teachers, students, family members. Education plays a key role in contributing to the control and fight against arboviruses at the local level. The School Health Program (PSE) was carried out through partnerships between schools and Basic Health Units, where each UBS serves schools within its territory of operation. The health professionals participating in this program perform actions frequently within the schools. In this environment, nurses, dentists, psychologists, doctors, ACS, ACE perform actions according to their area of activity, such as social mobilization, lectures, workshops, brushing, sexual orientation, among others.
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES and Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162174 Health education is inserted in the legal documents of Brazilian education, such as the National Curriculum Parameters (PCN) and the Common National Curriculum Base (BNCC). In PCN, health education is a cross-cutting theme, which, according to Brazil (1997, p. 66), aims to "know and care for one's own body, valuing and adopting healthy habits as one of the basic aspects of quality of life and acting responsibly in relation to its health and collective health". More recently, the cross-cutting themes have been reformulated and, in the BNCC, they have become the same as Contemporary Transversal Themes (TCT). They had an expansion of the thematic areas, with health education as one of them. In the meantime, it is preponderant to know how this theme is being addressed in the educational context, especially with regard to the theme of arboviruses. This said, the focus of this theme on school pedagogical practices takes on an important dimension in the teaching and learning process, so as to enable a change in behavior and community practices in general, in relation to the care of mosquito breeding sites. In view of the above, the following question arises: What is the level of knowledge of teachers and how do they approach the theme of arboviruses in an interdisciplinary way in the schools in which they operate? Thus, this researchaims to investigate the knowledge and educational practices of teachers who teach in state high schools present at Jaguaribe/CE's base on the theme of arboviruses. Methodological path The work, as for the objectives, fits into descriptive research. According to Gil (2002, p. 42, our translation), the research of this type "has as its primary objective the description of the characteristics of a given population or phenomenon or, then, the establishment of relationships between variables". As far as the approach is, it is characterized as qualitative research. Prodanov (2013, p. 70, our translation) "considers that there is a dynamic relationship between the real world and the subject, that is, an inseparable link between the objective world and the subjectivity of the subject that cannot be translated into numbers". The research was conducted with teachers from three public high schools, located all in the city of Jaguaribe-Cearábeing a vocational high school, one of integral high school and a regular high school. In general, there are 60 teachers who teach in high school at the city of Jaguaribe, from all areas of knowledge, however, of these, 27 answered the questionnaire, which corresponds to 45% (n=27) of teachers. These participants are in the age group ranging from 26 to 57 years of age. Regarding gender, 74% (n=20) are female and 26% (n=7) were
image/svg+xmlPractices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162175 male. All have higher education, however, 11% (n=3) are masters and 59% (n=16) are specialists. The option for data collection was the online questionnaire, through Google Formularies, mainly due to the COVID-19 pandemic. At first, we had contact with the principals of the schools, in which they volunteered to socialize the link of the questionnaire inthe group of teachers of the schools, in which it was available for response for a period of 30 days. This questionnaire (APPENDIX A) was composed of 20 questions, 14 objective questions, including socioeconomic characterization, knowledge about arboviruses, as well as what pedagogical practices are used to work on the arbovirus smear virus in the classroom and 6 subjective questions aimed at the research theme, which addresses the teachers' previous knowledge about what arboviruses are, if they underwent training to work on the theme, the difficulties and strategies used, what is the perception of the teacher and what the expected result. The Microsoft Excel program was used to analyze the data of the objective questions. The software was used in tabulating the data and generating graphs or tables for a better understanding of the reader. On the subject, on the subject, content analysis based on Laurence Bardin's vision was used. According to Bardin (2016, p. 39, our translation) content analysis is a set of communications analysis. It is not an instrument, but a range of paraphernalia; or, more rigorously, it will be a single instrument, but marked by a wide disparity in forms and adaptable to a very wide field of application: communications. Corroborating the discussion, Janis (1982, p. 53, our translation) summarizes that content analysis provides precise means to describe the content of any type of communication: newspapers, radio programs, movies, daily conversations, free associations, verbalized, etc. Content analysis operations consist of classifying signals that occur in communication according to a set of appropriate categories. Considering the existence of the system of the Research Ethics Committees (CEP) and the National Research Ethics Commission (CONEP), the work is ethically based on resolution No. 510 of April 7, 2016, all participants agreed to participate in the research, marking in the online questionnaire the acceptanceof the free and informed consent term (Appendix), to agree to participate in the research, based on Art. 2, § V, already in chapter II deals with the necessary ethical principles. Furthermore, the identification of teachers' names was omitted in order to
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES and Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162176 preserve their identities. To distinguish the statements, we chose to use the terms "Professor 1", "Professor 2", based on the sequence in which they answered the online questionnaire. Results and Discussion In this topic, the teachers' answers about the knowledge of teachers of the Jaguaribe/CE state school system about basic knowledge about arbovirusesare discussed and discussed; about the epidemiological reality of the municipality; on formative processes to address the theme in the classroom;if in the schools that teach work projects focused on the theme;what pedagogical strategies they use when addressing the theme; and what difficulties they encounter when working on the theme in the classroom. Teachers' knowledge of arboviruses The first part of the questionnaire refers to the teachers' basic knowledge about arboviruses. Initially, the main arboviruses were questioned, and 100% Dengue (n=27), Zika 96% (n=26) and Chikungunya 89% (n=24) were identified. In addition to these, yellow fever scored 63% (n= 17), which is not endemic to our region, but is also an arbovirus. When asked about which mosquitoes transmit arboviruses in Brazil, the reports are a little concerned because 48% (n=13) indicated that they did not know what mosquitoes transmit arboviruses in Brazil. Thus, despite being a subject much debated and worked on in schools, there are still teachers who do not know who transmits arboviruses. Fonseca Júnior et al. (2019) mention that Aedes (Stegomyia) aegypti and Aedes (Stegomyia) albopictusare important vectors of viruses causing emerging and reemerging diseases such as dengue, Zika, chikungunya and yellow fever. Knowing the mosquitoes that transmit arboviruses in endemic regions is a basic need that everyone should know, especially teachers who work on the theme with their students. Therefore, this misinformation makes us reflect how these teachers work the theme with the students, without having basic knowledge about the subject. The processes of education every day become complex in the face of new knowledge and education increasingly assumes the process of construction and sharing of knowledge, which they reproduce in social life in several areas, in a process of social interactions, through language (RANGEL-S, 2008).
image/svg+xmlPractices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162177 However, Rangel-S (2008) warns that the lack of knowledge on the part of the population in relation to arboviruses may be a result of the lack of communication and education, aimed at prevention, which prioritize only simplistic information about the vector. When addressed about what can be possible breeding sites that mosquitoes can use for their reproduction, most understand that any tank with still water can be a possible breeding site, type tires in disuse 100% (n=27), buckets 100% (n=27), unprotected water boxes 96% (n=26), unused pools 96% (n=26), drums 96% (n=26), pots 92% (n=25), unprotected bottles 92% (n=25), tinas 88% (n=24), plants with water 85% (n=23), cacimbão85% (n=23), tanks discovered 81% (n=22), garbage 77% (n=21). The deposits less indicated as breeding sites were, cisterns 18% (n=5), the clay filter 29% (n=8) and drains 44% (n=12), bromeliads 51% (n=14), these less cited also have their risk potential, and the responsibility of the responsible for the residence take care of their deposits that accumulate water. Brazil (2007) describes the life cycle of the Aedesmosquito. It is divided into four phases: egg, larva, pupa and adult. The mosquito after reaching adulthood, lasts on average 35 days. Females perform 4 to 6 postures with about 100 eggs at a time. The eggs are very resistant and can last up to 15 months dry until it comes into contact with water to hatch. Thus, any deposits with still water are a probable breeding ground for arbovirus-transmitting mosquitoes, so the importance of maintaining any deposit that can accumulate water, capped, thus making it impossible to reproduce. In this sense, Valleet al.(2015) describe that the most efficient action to control arboviruses is the fight against the mosquito, removing potential foci of eggs from the insect. Then, when asked if they know the epidemiological reality of the municipality today, the answers were surprising, because only 26% (n=7) of the teachers answered that they follow the epidemiological data. This fact generates a huge concern, because, over the years, the theme is worked on in schools and, in view of the above, we still see that there is a lack of integration between schools, institutions and programs developed within the municipality, such as the School Health Program (PSE) which is responsible for being present within the schools of the municipality taking the information and developing actions of the Secretary of Health in the present schools of the municipality. From this perspective, Assiset al. (2013, our translation) cites that greater commitment of the public authorities to the educational strategies that constitute dengue control policies is indispensable so that there is no discontinuity in actions. Only a quality, continuous and planned educational process can maintain prevention and, in fact, promote impact so that epidemic peaks of the disease are avoided.
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES and Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162178 In line, when asked if they have already participated in any training on arboviruses, the answers were that 78% (n=21) did not have training to deal with the theme in the classroom, but in the other hand 22% (n=6) indicate that they have undergone some training, this shows that the information is not reaching all those involved who are part of the schools. Likewise, when asked if the Department of Education encourages/offers training for teachers with the theme, 59% (n=16) point out that they never participated in any training. Armindo et al.(2011, p. 10, our translation) they say that "disease prevention actions need to be shared, that is, produced together with the people to whom they are intended in the search for the joint construction of knowledge and a more effective and lasting learning". These trainings should stimulate updating and teacher training on the theme, so that teachers can be grounded to be able to approach the theme in a way that contributes to the prevention and control of local arboviruses. It is necessary a greater involvement between institutions, both public and private, so that the largest number of people possible to cope with arboviruses can be encompassed, not only in the school context, but involving the whole society. In the municipality, at each beginning of the schoolyear, schools are convened by the Secretariat of Education to develop projects aimed at preventing and combating local arboviruses, whether with lectures, walks and gymkhanas. These actions coincide with the winter framework, where there are more deposits that can become future breeding sites for the mosquito, these actions have the role of bringing information to students and the community around the school. In this scenario, teachers are the mentors and, in partnership with the students and the community around the school, need to develop relevant pedagogical practices focused on the theme, to sensitize students and the community to adhere to the projects developed in the school in combating and controlling these arboviruses. These teaching activities will be detailed in the following topic. Pedagogical practices on Arboviruses Understanding the importance of the school in preventing and combating arboviruses, the research participants were asked whether educational projects in which arboviruses are contemplated are developed in the school in which arboviruses are contemplated;the answer was that 52% do not know if the school has projects focused on the theme;the other 48%
image/svg+xmlPractices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.162179 pointed out that the school develops important projects focused on the theme.This is also thecase, we can see that those involved in these projects are only half of the teachers of these schools, a significantly low number, since the theme is worked on every beginning of the school year. When asked about the sources of information they use to work on the subject, the most common answers were: printed newspapers, television news and scientific articles;as shown in Graph 1. Graph 1 - Sources of information on arboviruses scored by basic education teachers3Source: Survey data (2021) From the answers, it is possible to realize that they seek information and data from very comprehensive external sources, which is not wrong. However, there should be a search for data closer to the reality around the school and, consequently, to the municipality. Knowing the local epidemiological data is of paramount importance to work arboviruses, because the school can develop actions according to the needs of the neighborhood or the community in which the school is inserted (CATÃO et al.,2019). For the approach of the theme in the classroom, the teachers pointed out as didactic strategies: the dialogued exhibition class 78% (n=21); teaching with research 56% (n=15); text study 52 (n=14); seminars 41% (n=11);discussion groups 41% (n=11); case study 26% (n=7); problem solving 22% (n=6); conceptual map 22% (n=6); discussion by computerized means 22% (n=6); workshop/workshop 19% (n=5); the study directed 15% (n=4);another 11% (n=3); 3First bar: Newspaper; Second bar: TV News; Third bar: Scientific articles; Fourth bar: Magazines; Fifth bar: Ministry of Health Website; Sixth bar: State Secretary of Health Website; Seventh: Others; Eighth bar: Textbooks.
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES and Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621710 panel 11% (n=3); brain storm 11% (n=3); dramatization 11% (n=3); portfolio 7% (n=2); forum 4% (n=1); lectures/webinar 4% (n=1). In addition to those mentioned by teachers, they can also be used: theater, lectures, videos, field classes, science fairs, puppets. (MELO; FEITOZA, 2010; VIVEIRO; DINIZ, 2010). Gueterreset al.(2017) describe that learning in the school environment, when it comes to integral health promotion, has the role of developing skills and competencies focused on collective health in students. In the methodological approach of teachers to students on the subject, for those who have more difficulties as a theme, they can request partnership of the School Health Program - PSE, which should be present in both state and municipal schools and arboviruses are one of the themes to be worked on by the program and by schools. When asked if working on this theme in schools, it actually contributes to the prevention and control of arboviruses in the municipality; And in their entirety, they answered yes and some answers caught the eye, like the ones listed below. Yes, the school can serve as an incentive vector to encourage students to act in their home and their community by avoiding the proliferation of disease transmitters (Professor 2, our translation). Yes. Because with knowledge, in fact, the student becomes an agent of change in his neighborhood, residence and social environment as a whole (Professor 3, our translation). Yes, why prophylactic measures are carried out with information, and all information is valid and constructive, especially when it comes to such a relevant topic (Professor 23, our translation). Given the placements presented, we see that in the description of these teachers, the educational actions developed in schools can stimulate the changes in behaviors of students and their families, directly contributing to the prevention of arboviruses. In the view of Amorim et al.(2021, p. 5, our translation), the approach to themes "that encompass the relationship between health and the environment should directly affect changes in individual and collective attitudes and behaviors, with the recognition that these constructs are ubiquitous and, therefore, can directly have repercussions on health".From the demonstrated, we see that they believe that the actions developed in schools strengthen the work in the prevention of local arboviruses, as well as raise awareness of the problem of mosquitoes transmitting arboviruses, in order to take the information that shows the epidemiological reality, thus making it, a community aware and informed of what must be done
image/svg+xmlPractices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621711 so that working together with health professionals can be effective, in the prevention and control of arboviruses in the city. Pereira et al.(2021, p. 3) mentions that in view of the problem of arboviruses, investments aimed at health promotion, as well as preventive actions, we can highlight actions aimed at Environmental Education (As) as an ally to coping with and preventing these arboviruses. Finally, we asked teachers to indicate 3 difficulties to work on the theme in schools. As pointed out in Figure 1, the teachers pointed out that there is a lack of quality didactic material, lack of training on the theme for teachers and lack of knowledge about the epidemiological reality of the city. Thus, these are the major limiters of the approach to arboviruses in schools. Figure 1 - Difficulties in working on arboviruses in the school contextSource: Prepared by the authors In the conception of Assiset al. (2013), the elaboration of printed materials should be considered so that pedagogical approaches advance in relation to the conceptions of knowledge construction by the population, students, teachers and health professionals. This provides a greater integration between health and education, because this partnership can yield better fruits, not only in the fight and control of arboviruses, as focusing on this study, but on many other relevant themes for those involved. In the view of Marteiset al.(2011, p. 2, our translation) "the booklets are proposed as a facilitating instrument for the educator's activities, acting as a mediating tool for the discussion between teachers and students about the problem of Dengue". That is why it is necessary to strengthen the School Health Program - PSE, as previously mentioned, in order to collaborate with more information for teachers and the school community, through training and teaching materials that can be used in the classroom during the school year. Another partnership that can be made is with the endemic sector, because the
image/svg+xmlJones Baroni Ferreira de MENEZES and Francisco Eldefábio Freire NUNESTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621712 agents to combat endemic diseases ACE have theoretical and practical knowledge of the actions that are developed by the municipality throughout the year and know the municipal epidemiological reality, being able to add more knowledge to teachers, helping them to work on the theme with more theoretical and practical basis and contribute to the actions developed by schools. It is notorious that in the years 2020 and 2021, they got out of control due to the COVID-19pandemic, education and health were some of the sectors that were hit hard. Thus, with the rapid changes in the current scenario, new competencies and a new profile of teachers were required. Corroborating the discussion Dieselet al.(2017, p. 2, our translation) suggest that, urgent need to rethink teacher education, having as its starting point the diversity of knowledge essential to its practice, thus transposing the technical rationality of an instrumental doing to a perspective that seeks to resonate it, valuing the knowledge already constructed, based on a reflexive, investigative and critical posture. It is a fact that the theme needs to be more addressed within schools, but not only because of this in the curriculum, but to work responsibly, with quality seeking partners who add knowledge to teachers, for the school, for students and for the community, improving the habits and behaviors of those involved. Final considerations The perception and knowledge of teachers regarding arboviruses in high schools present in the municipality of Jaguaribe was below expectations, because some of the interviewees do not even know the term arbovirus, making it difficult to work on such a relevant theme in knowledge and actions to combat these diseases and that should involve the whole society. In relation to the didactic strategies pointed out, all can be used to work the theme easily, but what worries is how it will be worked if the teacher has difficulty dealing with the theme, since some mention that there is a lack of didactic material, adequate training, technical support. Therefore, it is necessary to work on the potential of the teacher, taking the necessary knowledge for these professionals to approach the theme in an interdisciplinary way, so that it is not only expected of health professionals. Among the difficulties mentioned by the teachers are the lack of didactic resources, technical support, continuing education, the time available to work on the theme, the lack of knowledge of the epidemiological reality of the municipality. Therefore, it is a fact that an
image/svg+xmlPractices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CETemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.1621713 urgent interaction is made between the institutions in order to repair this distancing of information, as soon as possible, so that it can remedy these difficulties in relation to epidemiology. In view of the above, it is clear that it is necessary to treat the theme in an integrated way with the school institutions, in order to reduce the discrepancy of knowledge of teachers in relation to arboviruses, so that, in fact, the school contributes to the change of behavior, starting with the teacher, the students andthe community in general. Furthermore, there may also be a closer relationship with the Municipal Health Department, especially the epidemiology sector, through the School Health Program - PSE, so that the members of this program can contribute to a specific training on arboviruses, as well as production and distribution of quality information materials, which can be used in the school environment and in local communities. ACKNOWLEDGMENTS: This work was carried out with the support of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel - Brazil (CAPES) - Financing Code 001.REFERENCES AMORIM, S. A. et al. Percepções de Adolescentes Escolares sobre Saúde e Meio Ambiente para Práticas Sustentáveis e Promotoras de Saúde. New Trends in Qualitative Research, v. 8, p. 323-331, 2021. Available: https://publi.ludomedia.org/index.php/ntqr/article/view/421. Access: 27 Oct. 2021. ARMINDO, G. L. et al. Materiais educativos impressos sobre Dengue: Análise quali-quantitativa e reflexões sobre comunicação e educação em saúde. Arca Fiocruz, 2011. Available: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/16306/ 2/GISELLE_ARMINDO_et_al_CPqRR_2011.pdf. Access: 11 Oct. 2021. ASSIS, S. S. et al. Materiais impressos sobre dengue: análise crítica e opiniões de profissionais de Saúde e Educação sobre seu Uso. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 13, n. 3, p. 25-51, 2013. Available: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec /article/view/4270/2835. Access: 11 Oct. 2021. BARDIN, L. Análise de conteúdo: Laurence Bardin. São Paulo: Edições 70, 2016. BASTOS, I. B. et al. Georreferenciamento dos imóveis com foco positivo do mosquito Aedes aegypti no município de Sobral (CE). Revista de APS, v. 22, n. 1, p. 137-150, 2019. Available: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/16638. Access: 07 Oct. 2021.
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