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Práticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CE
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
1
PRÁTICAS E AÇÕES INTEGRADAS SOBRE AS ARBOVIROSES NO CONTEXTO
EDUCACIONAL DE JAGUARIBE-CE
PRÁCTICAS Y ACCIONES INTEGRADAS SOBRE ARBOVIROSIS EN EL CONTEXTO
EDUCATIVO DE JAGUARIBE-CE
PRACTICES AND INTEGRATED ACTIONS ON ARBOVIROSIS IN THE
EDUCATIONAL CONTEXT OF JAGUARIBE-CE
Jones Baroni Ferreira de MENEZES
1
Francisco Eldefábio Freire NUNES
2
RESUMO
: As arboviroses atingem milhares de pessoas, sendo grave problema de saúde
pública. A educação em saúde contribui na sensibilização da população por levar informações
concretas de combate e prevenção para essas doenças. Nessa perspectiva, o trabalho objetivou
averiguar os conhecimentos e as práticas educativas dos professores que lecionam nas escolas
estaduais de ensino médio presentes na sede de Jaguaribe/CE sobre a temática arboviroses. A
pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso, de abordagem qualitativa. A coleta de dados
se deu por meio de questionário
online
e a análise dos dados foi feita por meio análise de
conteúdo de Bardin. A partir disso, constatou-se que a percepção e o conhecimento dos
professores, em relação às arboviroses, ficaram abaixo das expectativas, tornando-se dificultoso
trabalhar um tema tão relevante no cenário local, o que se faz preciso maior e melhor
capacitação/formação docente para correta disseminação das informações.
PALAVRAS-CHAVE
: Educação em saúde. Vírus. Escola. Prática docente.
RESUMEN
:
Las arbovirosis afectan a miles de personas y constituyen un grave problema de
salud pública. La educación sanitaria contribuye a la sensibilización de la población
aportando información concreta para combatir y prevenir estas enfermedades. En esta
perspectiva, el estudio tuvo como objetivo investigar el conocimiento y las prácticas educativas
de los profesores que enseñan en las escuelas secundarias estatales presentes en la base de
Jaguaribe/CE sobre el tema arbovirosis. La investigación se caracterizó como un estudio de
caso, con un enfoque cualitativo. Los datos fueron recolectados a través de un cuestionario en
línea y el análisis de los datos se realizó a través del análisis de contenido de Bardin. A partir
de esto, se encontró que la percepción y el conocimiento de los docentes, en relación con los
arbovirus, estaban por debajo de las expectativas, dificultando el trabajo sobre un tema tan
relevante en el escenario local, lo que hace necesaria una mayor y mejor formación docente
para la correcta difusión de la información.
PALABRAS CLAVE
: Educación para la salud. Virus. Escuela. Práctica docente.
1
Universidade Estadual do Ceará (UECE), Jaguaribe
–
CE
–
Brasil. Professor formador do curso de Ciências
Biológicas a distância. Pós-doutorando no Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e
Comunicação (UFSC). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9193-3994. E-mail: jones.baroni@uece.br
2
Universidade Estadual do Ceará (UECE), Jaguaribe
–
CE
–
Brasil. Graduado em Ciências Biológicas a distância
(BioEaD/UECE). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7028-2977. E-mail: eldefabio.nunes@aluno.uece.br
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Jones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNES
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
2
ABSTRACT
:
Arboviruses affect thousands of people, being a serious public health problem.
Health education contributes to raising awareness among the population by providing concrete
information on combating and preventing these diseases. In this perspective, the work aimed to
investigate the knowledge and educational practices of teachers who teach in state high schools
present at the headquarters of Jaguaribe/CE on the subject of arboviruses. The research was
characterized as a case study, with a qualitative approach. Data collection took place through
an online questionnaire and data analysis was performed using Bardin's content analysis. From
this, it was found that the perception and knowledge of teachers, in relation to arboviruses,
were below expectations, making it difficult to work on such a relevant topic in the local
scenario, which requires greater and better training/training. teacher for the correct
dissemination of information.
KEYWORDS
: Health education. Virus. School. Teaching practice.
Introdução
As doenças transmitidas pelo
Aedes aegypti
têm se transformado em um dos grandes
problemas de saúde pública a nível mundial, tornando-se uma das principais doenças tropicais
das Américas. Tais doenças são popularmente conhecidas como arboviroses.
Para Silva
et al.
(2015, p. 28),
as doenças tropicais podem ser entendidas como aquelas que se destacam em
regiões tropicais ou nos trópicos, e estão ligadas diretamente com o clima da
região, as condições socioeconômicas, ambientais e política.
As doenças tropicais que serão abordadas nesta investigação incluem a Dengue,
Chikungunya e Zika. Embora a febre amarela também esteja inserida nas doenças arboviroses,
ela não será abordada nesse momento, pois o Nordeste não é área endêmica para essa doença.
A palavra arbovirose é derivada do termo arbovírus que, segundo Rosa
et al.
(2000, p.
3),
são vírus transmitidos na natureza, mediante transmissão biológica entre
hospedeiros suscetíveis por meio de artrópodes hematófagos ou de hospedeiro
artrópode a hospedeiro artrópode.
Os autores conceituam arboviroses como sendo “doenças causadas por um grupo de
vírus ecologicamente bem definido chamado arbovírus”.
Assim, todas as doenças que têm um arbovírus como transmissor são chamadas de
arbovirose. No entanto, vamos destacar, no momento, a Dengue (DENV), Chikungunya
(CHIK) e Zika (ZIKV). Elas podem ser transmitidas ao homem através da forma vetorial, mais
comum, através da picada da fêmea do Aedes (vetor), mas, também por meio da transmissão
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Práticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CE
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
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vertical, cuja mãe passa o vírus para seu filho durante a gestação, ou de transfusão de sangue
contaminado (BRASIL, 2019).
Nos últimos anos, as arboviroses têm sido amplamente difundidas, causando impactos
ao Sistema Único de Saúde (SUS) e à sociedade em geral, trazendo muitos transtornos para
aqueles que são infectados, tais como o afastamento do trabalho, falta de leitos em hospitais,
falta de atendimento adequado, no caso de infecção por Zika em mulheres grávidas, o risco de
a criança nascer com microcefalia, dentre outros problemas.
A predominância de focos do mosquito tem maior incidência em imóveis residenciais,
constituindo o maior percentual em depósitos tipo tambores, baldes, tanques, filtros de barro,
potes ou bacias. Portanto, é de suma importância que a educação sanitária chegue à população
por meio dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) e dos Agentes Comunitários de Saúde
(ACS) em suas visitas domiciliares de rotina, com o intuito de sanar essa problemática
recorrente durante anos (BASTOS
et al.,
2019).
Além da educação em saúde levada pelos profissionais de saúde à população em geral,
de modo domiciliar, os profissionais da educação podem e devem também realizar esse papel
com seus educandos, abordando informações relevantes sobre as arboviroses na sala de aula. A
parceria entre educação e saúde precisa acontecer de forma a integralizar as ações dos setores,
levando subsídios adequados para os estudantes e seus familiares, de modo a contribuir na
diminuição de casos das arboviroses no Brasil.
Contudo, é preciso pensar o trabalho em conjunto, saúde e educação como ferramenta
de mudança de comportamentos e de hábitos da sociedade. Destarte, os profissionais de saúde
levam as informações necessárias e importantes e os profissionais da educação realizam a
disseminação das informações para estudantes e familiares, portanto informando a sociedade
de forma geral.
Segundo Silva
et al.
(2015), a educação deve ganhar destaque no enfrentamento e no
controle das arboviroses, para conseguir resultados positivos se faz necessário mudar as práticas
dos envolvidos no processo, nesse caso a população, a mobilização social pode levar o
conhecimento necessário para que essa mudança aconteça de fato. Assim, é importante que se
leve informações importantes para todos os envolvidos, seja professores, estudantes, familiares.
A educação tem um papel fundamental na contribuição no controle e combate às arboviroses a
nível local.
O Programa Saúde na Escola (PSE) realizado através de parcerias entre escolas e
Unidades Básicas de Saúde, onde cada UBS atende as escolas dentro de seu território de
atuação. Os profissionais de saúde participantes desse programa realizam ações com frequência
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Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
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dentro das escolas. Neste ambiente, o enfermeiro, dentista, psicólogo, médico, ACS, ACE
realizam ações de acordo com sua área de atuação, tais como, mobilização social, palestras,
oficinas, escovação, orientação sexual, dentre outras.
A educação em saúde está inserida nos documentos legais da educação brasileira, tais
como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a Base Nacional Comum Curricular
(BNCC).
Nos PCN, a educação em saúde é um tema transversal, e que, segundo Brasil (1997, p.
66), tem o objetivo de “conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábit
os
saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade
em relação à sua saúde e à saúde coletiva”. Mais recentemente, os temas transversais foram
reformulados e, na BNCC, passaram a se chamar de Temas Contemporâneos Transversais
(TCT). Eles tiveram uma ampliação das áreas temáticas, tendo a educação em saúde como uma
delas.
Nesse ínterim, é preponderante conhecer como esse tema está sendo abordado no
contexto educacional, em especial no que tange a temática das arboviroses. Isto posto, a enfoque
dessa temática nas práticas pedagógicas escolares assume uma importante dimensão no
processo de ensino e aprendizagem, de modo que possibilite uma mudança de comportamento
e práticas da comunidade de forma geral, em relação aos cuidados com os criadouros dos
mosquitos.
Diante do exposto, surge a seguinte pergunta: Qual o nível de conhecimento dos
professores e como eles abordam a temática das arboviroses de forma interdisciplinar nas
escolas em que atuam? Assim, objetiva-se, nesta investigação, averiguar os conhecimentos e as
práticas educativas dos professores que lecionam nas escolas estaduais de ensino médio
presentes na sede de Jaguaribe/CE sobre a temática das arboviroses.
Percurso metodológico
O trabalho, quanto aos objetivos, se encaixa em pesquisa descritiva. Segundo Gil (2002,
p. 42),
a pesquisa desse tipo “têm como objetivo primordial a descrição das características de
determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre var
iáveis”.
Já no que tange a abordagem, caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa. Prodanov (2013,
p. 70) “considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo
indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido
em números”.
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A pesquisa foi realizada com docentes de três escolas públicas de ensino médio,
localizadas todas na sede da cidade de Jaguaribe-Ceará, sendo uma de ensino médio
profissionalizante, uma de Ensino médio integral e uma de Ensino médio regular. No geral, são
60 docentes que lecionam no ensino médio na sede da cidade de Jaguaribe, de todas as áreas do
conhecimento, entretanto, destes, 27 responderam ao questionário, o que corresponde a 45%
(n=27) dos docentes. Esses participantes estão na faixa etária que varia entre 26 e 57 anos de
idade. Quanto ao sexo, 74% (n=20) são do sexo feminino e 26% (n=7) masculino. Todos
possuem ensino superior, contudo, 11% (n=3) são mestres e 59% (n=16) são especialistas.
A opção pela coleta de dados foi o questionário
online
, através do
Google Formulários
,
principalmente devido à pandemia de COVID-19. Em um primeiro momento, teve-se contato
com os diretores das escolas, em que eles se prontificaram em socializar o
link
do questionário
no grupo dos professores das escolas, no qual ficou disponível para resposta pelo período de 30
dias. Este questionário (APÊNDICE A) foi composto por 20 questões, sendo 14 questões
objetivas, incluindo caracterização socioeconômica, conhecimentos sobre as arboviroses, como
também quais práticas pedagógicas são utilizadas para trabalhar a temática arboviroses em sala
de aula e 6 questões subjetivas com direcionamento para o tema da pesquisa, que aborda os
conhecimentos prévios dos docentes sobre o que são as arboviroses, se eles passaram por
formação para trabalhar a temática, as dificuldades e estratégias utilizadas, qual a percepção do
docente e o qual o resultado esperado.
Para análise dos dados das questões objetivas utilizou-se o programa da
Microsoft Excel
.
O
software
foi usado na tabulação dos dados e geração de gráficos ou tabelas para um melhor
entendimento do leitor. Já nas questões subjetivas, foi usada a análise de conteúdo baseada na
visão de Laurence Bardin.
Segundo Bardin (2016, p. 39) a análise de conteúdo é
um conjunto de análise das comunicações. Não se trata de um instrumento,
mas de um leque de apetrechos; ou, com maior rigor, será um único
instrumento, mas marcado por uma grande disparidade de formas e adaptável
a um campo de aplicação muito vasto: as comunicações.
Corroborando com a discussão, Janis (1982, p. 53) sintetiza que a análise de conteúdo
fornece meios precisos para descrever o conteúdo de qualquer tipo de
comunicação: jornais, programas de rádio, filmes, conversações cotidianas,
associações livres, verbalizadas, etc. As operações da análise de conteúdo
consistem em classificar os sinais que ocorrem em uma comunicação segundo
um conjunto de categorias apropriadas.
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Jones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNES
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Considerando a existência do sistema dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) e da
Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP),
o
trabalho tem como base ética a resolução
Nº 510, de 07 de abril de 2016, todos os participantes aceitaram participar da pesquisa,
marcando no questionário
online
o aceite ao termo de consentimento livre e esclarecido
(APÊNDICE C), para concordar em participar da pesquisa, baseado no Art. 2º, § V, já no
capítulo II trata dos princípios éticos necessários. Para mais, a
identificação dos nomes dos
professores foi omitida, a fim de preservar suas identidades. Para distinção das falas optou-se
em usar os termos “Professor 1”, “Professor 2”, baseado n
a sequência em que responderam ao
questionário online.
Resultados e Discussão
Nesse tópico, são abordadas e discutidas as respostas dos professores acerca dos saberes
dos docentes da rede estadual de ensino de Jaguaribe/CE sobre os conhecimentos básicos sobre
as arboviroses; sobre a realidade epidemiológica do município; sobre processos formativos para
abordar o tema em sala de aula; se nas escolas que lecionam trabalham projetos voltados ao
tema; quais estratégias pedagógicas utilizam ao abordar a temática; e quais dificuldades
encontram ao trabalhar o tema em sala de aula.
Conhecimento dos professores sobre arboviroses
A primeira parte do questionário é referente ao conhecimento básico dos professores
sobre as arboviroses. Inicialmente, foi questionado quais eram as principais arboviroses, sendo
identificadas a Dengue 100% (n=27), Zika 96% (n=26) e Chikungunya 89% (n=24). Inclusive,
além dessas, pontuaram a febre amarela 63% (n= 17), que não é endêmica de nossa região, mas
também é uma arbovirose.
Quando indagados sobre quais são os mosquitos transmissores das arboviroses no
Brasil, os relatos preocupam um pouco pois 48% (n=13) indicaram não saber quis são os
mosquitos que transmitem as arboviroses no Brasil. Assim, apesar de ser um tema muito
debatido e trabalhado nas escolas, ainda existem professores que desconhecem quem transmite
as arboviroses.
Fonseca Júnior
et al
. (2019) citam que o
Aedes
(
Stegomyia
)
aegypti
e
Aedes
(
Stegomyia
)
albopictus
são importantes vetores de vírus causadores de doenças emergentes e reemergentes,
como dengue, Zika, chikungunya e febre amarela. Conhecer os mosquitos transmissores das
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arboviroses, nas regiões endêmicas é uma necessidade básica que todos deveriam saber,
principalmente os docentes que trabalham a temática com seus alunos. Logo, essa
desinformação nos faz refletir como esses docentes trabalham a temática com os alunos, sem
possuir conhecimentos básicos sobre o tema.
Os processos de educação a cada dia se tornam mais complexos diante dos novos saberes
e a educação, cada vez mais, assume o processo de construção e compartilhamento de
conhecimentos, os quais reproduzem na vida social em diversas áreas, em um processo de
interações sociais, por meio da linguagem (RANGEL-S, 2008).
Contudo, Rangel-S (2008) alerta que o desconhecimento por parte da população em
relação às arboviroses, pode ser produto da falta de comunicação e educação, destinadas à
prevenção, que priorizam somente informações simplistas sobre o vetor.
Quando abordados sobre quais podem ser possíveis criadouros que os mosquitos podem
usar para sua reprodução, a maioria entende que qualquer depósito com água parada pode ser
um possível criadouro, tipo pneus em desuso 100% (n=27), baldes 100% (n=27), caixas d’
água
desprotegidas 96% (n=26), piscinas sem uso 96% (n=26), tambores 96% (n=26), potes 92%
(n=25), garrafas desprotegidas 92% (n=25), tinas 88% (n=24), plantas com água 85% (n=23),
cacimbão 85% (n=23), tanques descobertos 81% (n=22), lixo 77% (n=21). Os depósitos menos
apontados como criadouros foram, cisternas 18% (n=5), o filtro de barro 29% (n=8) e ralos
44% (n=12), bromélias 51% (n=14), estes menos citados também têm seu potencial de risco, e
de responsabilidade do responsável pela residência cuidar de seus depósitos que acumulam
água.
Brasil (2007) descreve o ciclo de vida do mosquito
Aedes
. Ele está dividido em quatro
fases: ovo, larva, pupa e adulto. O mosquito depois de chegar a fase adulta, dura em média 35
dias. Já as fêmeas realizam de 4 a 6 posturas com cerca de 100 ovos por vez. Os ovos são muito
resistentes e podem durar até 15 meses secos, até entrar em contato com água para eclodir.
Assim, quaisquer depósitos com água parada é um provável criadouro para os mosquitos
transmissores das arboviroses, por isso a importância de manter qualquer depósito que possa
acumular água, tampado, impossibilitando assim a sua reprodução. Neste sentido, Valle
et al.
(2015) descrevem que a mais eficiente ação para controle das arboviroses é o combate ao
mosquito, removendo focos potenciais de ovos do inseto.
Em seguida, quando perguntado se eles conhecem a realidade epidemiológica do
município atualmente, as respostas foram surpreendentes, pois apenas 26% (n=7) dos docentes
responderam que acompanham os dados epidemiológicos. Esse fato gera uma enorme
preocupação, pois, ao longo dos anos, a temática é trabalhada nas escolas e, diante do exposto,
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ainda vemos que falta a integração entre escolas, instituições e programas desenvolvidos dentro
do município, como o Programa Saúde na Escola (PSE) que é responsável por estar presente
dentro das escolas do município levando as informações e desenvolvendo ações da Secretaria
de Saúde nas escolas presente do município.
Nessa perspectiva, Assis
et al.
(2013) cita que
é indispensável maior comprometimento do poder público para com as
estratégias educativas que constituem as políticas de controle da dengue para
que não haja descontinuidade nas ações. Só um processo educativo de
qualidade, contínuo e planejado pode manter a prevenção e, de fato, promover
impacto para que sejam evitados os picos epidêmicos da doença.
Em consonância, quando perguntados se eles já participaram de alguma formação sobre
arboviroses, as respostas foram que 78% (n=21) não tiveram formação para tratar a temática
em sala de aula, mas na contramão 22% (n=6) apontam que passaram por alguma capacitação,
isso mostra que as informações não estão chegando a todos os envolvidos que fazem parte das
escolas. Do mesmo modo, quando perguntados se a Secretaria de Educação incentiva/oferece
formação para os professores com o tema, 59% (n=16) apontam que nunca participaram de
nenhuma formação.
Armindo
et al.
(2011, p. 10) falam que “as ações de prevenção da doença precisam ser
compartilhadas, ou seja, produzidas em conjunto com as pessoas a quem se destinam na busca
da construção conjunta do conhecimento e de uma aprendizagem mais eficaz e duradoura”.
Essas formações devem estimular atualização e capacitação docente acerca da temática, para
que os professores possam estar embasados para poder abordar a temática de forma que
contribua com a prevenção e o controle das arboviroses locais.
É preciso um maior envolvimento entre as instituições, tanto públicas, quanto privadas,
para que se possa englobar o maior número de pessoas possíveis para o enfrentamento das
arboviroses, não apenas no contexto escolar, mas que envolva toda a sociedade.
No município, a cada início de ano letivo, as escolas são convocadas pela Secretaria de
Educação a desenvolver projetos voltados a prevenção e o combate das arboviroses locais, seja
com palestras, caminhadas e gincanas. Essas ações coincidem com o quadro invernoso, onde
há mais depósitos que podem se tornar futuros criadouros para o mosquito, essas ações têm o
papel de levar informações aos alunos e a comunidade em torno da escola.
Neste cenário, os docentes são os mentores e, em parceria com os alunos e a comunidade
em torno da escola, precisam desenvolver práticas pedagógicas relevantes voltadas ao tema,
para sensibilizar os alunos e a comunidade a aderir aos projetos desenvolvidos na escola no
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combate e controle dessas arboviroses. Essas atividades docentes serão detalhadas no tópico
seguinte.
Práticas pedagógicas sobre as Arboviroses
Compreendendo a importância da escola na prevenção e combate às arboviroses, os
participantes da pesquisa foram indagados se na escola em que lecionam são desenvolvidos
projetos educacionais em que as arboviroses são contempladas; a resposta foi que 52% não
sabem se a escola tem projetos voltados para a temática; os outros 48% apontaram que a escola
desenvolve importantes projetos voltados ao tema. Com isso, podemos constatar que os
envolvidos nesses projetos são apenas metade dos professores dessas escolas, um número
significativamente baixo, já que o tema é trabalhado a cada início de ano letivo.
Quando questionados sobre as fontes de informações que utilizam para trabalhar a
temática, as respostas mais comuns foram: jornais impressos, telejornais e artigos científicos;
conforme apontado no gráfico 1.
Gráfico 1
–
Fontes de informações sobre as arboviroses pontuadas pelos professores da
educação básica
Fonte: Dados da pesquisa (2021)
Pelas respostas, é possível perceber que eles buscam as informações e dados de fontes
externas muito abrangentes, o que não é errado. Contudo, deve-se haver a busca de dados mais
próximos da realidade em torno da escola e, consequentemente, para o município. Conhecer os
dados epidemiológicos locais é de suma importância para se trabalhar as arboviroses, pois a
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escola pode desenvolver ações de acordo com a necessidade do bairro ou da comunidade em
que a escola está inserida (CATÃO
et al.
, 2019).
Para a abordagem da temática em sala de aula, os professores apontaram como
estratégias didáticas: a aula expositiva dialogada 78% (n=21); o ensino com pesquisa 56%
(n=15); o estudo de texto 52 (n=14); os seminários 41% (n=11); os grupo de discussão 41%
(n=11); o estudo de caso 26% (n=7); a solução de problemas 22% (n=6); o mapa conceitual
22% (n=6); a discussão por meio informatizado 22% (n=6); a oficina/workshop 19% (n=5); o
estudo dirigido 15% (n=4); outros 11% (n=3); o painel 11% (n=3); a tempestade cerebral 11%
(n=3); a dramatização 11% (n=3); o portfólio 7% (n=2); o fórum 4% (n=1); as
palestras/webinário 4% (n=1).
Para além das citadas pelos docentes, também podem ser utilizados(as): teatro, palestras,
vídeos, aulas de campo, feiras de ciências, fantoches. (MELO; FEITOZA, 2010; VIVEIRO;
DINIZ, 2010). Gueterres
et al.
(2017) descrevem que o aprendizado no ambiente escolar,
quando se trata de promoção de saúde integral, tem o papel de desenvolver nos alunos
habilidades e competências voltadas para a saúde coletiva.
Na abordagem metodológica dos professores aos alunos sobre a temática, para aqueles
que tem mais dificuldades como tema, podem solicitar parceria do Programa Saúde na Escola
- PSE, que deve estar presente nas escolas tanto estaduais, quanto municipais e as arboviroses
são um dos temas a serem trabalhados pelo programa e pelas escolas.
Quando indagados se trabalhar essa temática nas escolas, contribui de fato para realizar
a prevenção e o controle das arboviroses no município; Em sua totalidade, eles responderam
que sim e algumas respostas chamaram a atenção, como as listadas abaixo.
Sim, a escola pode servir como vetor de incentivo para estimular que o aluno
atue na sua casa e sua comunidade evitando a proliferação dos transmissores
das doenças (Professor 2).
Sim. Porque com o conhecimento, de fato, o aluno passa a ser agente de
mudança em seu bairro, residência e meio social como um todo (Professor 3).
Sim, por que medida profilática são realizadas com informação, e toda
informação é válida e construtiva, principalmente quando se trata de um tema
tão relevante (Professor 23).
Diante das colocações apresentadas, vemos que na descrição desses professores, as
ações educativas desenvolvidas nas escolas podem estimular as mudanças de comportamentos
dos alunos e seus familiares, contribuindo diretamente na prevenção das arboviroses.
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Na visão de Amorim
et al.
(2021, p. 5),
a abordagem de temáticas “que englobam a
relação saúde e meio ambiente deve incidir diretamente a mudanças de atitudes e
comportamentos individuais e coletivos, com o reconhecimento de que esses construtos são
onipresentes e, por isso, podem repercutir diretamente na saúde”
Pelo demonstrado, vemos que eles acreditam que as ações desenvolvidas nas escolas
fortalecem o trabalho na prevenção das arboviroses locais, como também conscientizar a
população quanto a problemática dos mosquitos transmissores das arboviroses, de forma a levar
as informações que mostram a realidade epidemiológica, tornando, assim, uma comunidade
consciente e informada do que deve ser feito para que o trabalho em conjunto com os
profissionais de saúde possa ser efetivo, na prevenção e no controle das arboviroses na cidade.
Pereira
et al.
(2021, p. 3) citam que diante da problemática das arboviroses,
investimentos voltados à promoção da saúde, como também em ações preventivas, podemos
destacar ações voltadas à Educação Ambiental (EA) como aliado ao enfrentamento e à
prevenção dessas arboviroses.
Por fim, solicitamos que os professores indicassem 3 dificuldades para trabalhar a
temática nas escolas. Conforme apontado na Figura 1, os docentes apontaram que falta material
didático de qualidade, falta formação sobre a temática para os professores e há o
desconhecimento sobre a realidade epidemiológica da cidade. Destarte, esses são os maiores
limitadores da abordagem das arboviroses nas escolas.
Figura 1
–
Dificuldades para trabalhar a temática da arboviroses no contexto escolar
Fonte: Elaborado pelos autores
Na concepção de Assis
et al.
(2013), a elaboração dos materiais impressos deve ser
considerada para que as abordagens pedagógicas avancem em relação às concepções de
construção de conhecimento pela população, alunos, professores e profissionais de saúde. Isso
propicia uma maior integração entre a saúde e educação, pois essa parceria pode render
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Jones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNES
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
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melhores frutos, não apenas no combate e controle das arboviroses, como focalizando neste
estudo, mas em muitas outras temáticas relevantes para os envolvidos.
Na visão de Marteis
et al.
(2011, p. 2) “as cartilhas são propostas como instrumento
facilitador das atividades do educador, atuando como ferramenta mediadora da discussão entre
professores e alunos sobre a problemática da Dengue”.
É por isso que é necessário o fortalecimento do Programa Saúde na Escola - PSE,
conforme já falado anteriormente, de modo a colaborar com mais informações para os
professores e a comunidade escolar, por meio de capacitações e materiais didáticos que possam
ser usados na sala de aula durante o ano letivo. Outra parceria que pode ser feita é com o setor
de endemias, pois os agentes de combate às endemias
–
ACE possuem conhecimento teórico e
prático das ações que são desenvolvidas pelo município durante todo o ano e conhecem a
realidade epidemiológica municipal, podendo agregar mais conhecimento aos professores,
ajudando-os a trabalhar a temática com mais embasamento teórico-prático e contribuir nas
ações desenvolvidas pelas escolas.
É notório que nos anos de 2020 e 2021, fugiram do controle devido a pandemia de
COVID-19, a educação e a saúde foram alguns dos setores que foram bastante atingidos. Desta
forma, com as rápidas mudanças do cenário atual, foram exigidas novas competências e um
novo perfil dos docentes.
Corroborando com a discussão Diesel
et al.
(2017, p. 2) sugerem a,
urgente necessidade de repensar a formação de professores, tendo como ponto
de partida a diversidade dos saberes essenciais à sua prática, transpondo,
assim, a racionalidade técnica de um fazer instrumental para uma perspectiva
que busque ressignificá-la, valorizando os saberes já construídos, com base
numa postura reflexiva, investigativa e crítica.
É fato que a temática precisa ser mais abordada dentro das escolas, mas não apenas por
estar no currículo, mas trabalhar de forma responsável, com qualidade buscando parceiros que
agreguem conhecimento para os professores, para a escola, para os alunos e para a comunidade,
melhorando os hábitos e comportamentos dos envolvidos.
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Práticas e ações integradas sobre as arboviroses no contexto educacional de Jaguaribe-CE
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
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Considerações finais
A percepção e o conhecimento dos professores em relação às arboviroses nas escolas de
ensino médio presentes no município de Jaguaribe ficou abaixo das expectativas, pois alguns
dos entrevistados sequer conhecem o termo arbovirose, tornando-se dificultoso trabalhar uma
temática tão relevante no conhecimento e ações de combate a essas doenças e que deve envolver
toda a sociedade.
Em relação às estratégias didáticas apontadas, todas podem ser usadas para trabalhar a
temática facilmente, mas o que preocupa é como vai ser trabalhado se o professor tem
dificuldade de lidar com a temática, já que alguns mencionam que falta material didático,
formação adequada, apoio técnico. Portanto, é preciso trabalhar a potencialidade do professor,
levando os conhecimentos necessários para que esses profissionais abordem o tema de forma
interdisciplinar, para que não fique a espera apenas dos profissionais de saúde.
Dentre as dificuldades mencionadas pelos docentes estão a falta de recursos didáticos,
o apoio técnico, a formação continuada, o tempo disponível para trabalhar a temática, o
desconhecimento da realidade epidemiológica do município. Logo, é fato que se faz uma
interação urgente entre as instituições a fim de reparar esse distanciamento de informações, o
quanto antes, para que possa sanar essas dificuldades em relação a epidemiologia.
Diante do exposto é notório que é preciso tratar a temática de forma integrada com as
instituições escolares, a fim de diminuir a discrepância de conhecimento dos professores em
relação as arboviroses, para que, de fato, a escola contribua com a mudança de comportamento,
iniciando pelo docente, pelos discentes e pela comunidade em geral.
Para mais, também pode haver uma maior aproximação com a Secretaria Municipal de
Saúde, em especial com o setor de epidemiologia, por meio do Programa Saúde na Escola -
PSE, de modo que os integrantes desse programa possam contribuir com uma formação
específica sobre arboviroses, bem como produção e distribuição de materiais informativos de
qualidade, que possam ser usados no ambiente escolar e nas comunidades locais.
AGRADECIMENTOS
: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
–
Brasil (CAPES)
–
Código de Financiamento
001.
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Jones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNES
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
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Jones Baroni Ferreira de MENEZES e Francisco Eldefábio Freire NUNES
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
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Como referenciar este artigo
MENEZES, J. B. F.; NUNES, F. E. F. Práticas e ações integradas sobre as arboviroses no
contexto educacional de Jaguaribe-CE.
Temas em Educ. e Saúde
, Araraquara, v. 18, n. 00,
e022010, 2022. e-ISSN 2526-3471. DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
Submetido em
: 12/07/2022
Revisões requeridas em
: 21/08/2022
Aprovado em
: 28/09/2022
Publicado em
: 30/11/2022
Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.
Revisão, formatação, normalização e tradução.
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Practices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CE
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
1
PRACTICES AND INTEGRATED ACTIONS ON ARBOVIROSIS IN THE
EDUCATIONAL CONTEXT OF JAGUARIBE-CE
PRÁTICAS E AÇÕES INTEGRADAS SOBRE AS ARBOVIROSES NO CONTEXTO
EDUCACIONAL DE JAGUARIBE-CE
PRÁCTICAS Y ACCIONES INTEGRADAS SOBRE ARBOVIROSIS EN EL CONTEXTO
EDUCATIVO DE JAGUARIBE-CE
Jones Baroni Ferreira de MENEZES
1
Francisco Eldefábio Freire NUNES
2
ABSTRACT
: Arboviruses affect thousands of people, being a serious public health problem.
Health education contributes to raising awareness among the population by providing concrete
information on combating and preventing these diseases. In this perspective, the work aimed to
investigate the knowledge and educational practices of teachers who teach in state high schools
present at the headquarters of Jaguaribe/CE on the subject of arboviruses. The research was
characterized as a case study, with a qualitative approach. Data collection took place through
an online questionnaire and data analysis was performed using Bardin's content analysis. From
this, it was found that the perception and knowledge of teachers, in relation to arboviruses, were
below expectations, making it difficult to work on such a relevant topic in the local scenario,
which requires greater and better training/training. teacher for the correct dissemination of
information.
KEYWORDS
: Health education. Virus. School. Teaching practice.
RESUMO
: As arboviroses atingem milhares de pessoas, sendo grave problema de saúde
pública. A educação em saúde contribui na sensibilização da população por levar informações
concretas de combate e prevenção para essas doenças. Nessa perspectiva, o trabalho objetivou
averiguar os conhecimentos e as práticas educativas dos professores que lecionam nas escolas
estaduais de ensino médio presentes na sede de Jaguaribe/CE sobre a temática arboviroses. A
pesquisa caracterizou-se como um estudo de caso, de abordagem qualitativa. A coleta de dados
se deu por meio de questionário online e a análise dos dados foi feita por meio análise de
conteúdo de Bardin. A partir disso, constatou-se que a percepção e o conhecimento dos
professores, em relação às arboviroses, ficaram abaixo das expectativas, tornando-se
dificultoso trabalhar um tema tão relevante no cenário local, o que se faz preciso maior e
melhor capacitação/formação docente para correta disseminação das informações.
PALAVRAS-CHAVE
: Educação em saúde. Vírus. Escola. Prática docente.
1
State University of Ceará (UECE), Jaguaribe
–
CE
–
Brazil. Professor of the course of Biological Sciences at a
distance. Post-doctoral student in the Graduate Program in Information and Communication Technologies (UFSC).
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-9193-3994. E-mail: jones.baroni@uece.br
2
State University of Ceará (UECE), Jaguaribe
–
CE
–
Brazil. Graduated in Biological Sciences (Distance
Learning) (BioEaD/UECE). ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7028-2977. E-mail:
eldefabio.nunes@aluno.uece.br
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Jones Baroni Ferreira de MENEZES and Francisco Eldefábio Freire NUNES
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
2
RESUMEN
:
Las arbovirosis afectan a miles de personas y constituyen un grave problema de
salud pública. La educación sanitaria contribuye a la sensibilización de la población
aportando información concreta para combatir y prevenir estas enfermedades. En esta
perspectiva, el estudio tuvo como objetivo investigar el conocimiento y las prácticas educativas
de los profesores que enseñan en las escuelas secundarias estatales presentes en la base de
Jaguaribe/CE sobre el tema arbovirosis. La investigación se caracterizó como un estudio de
caso, con un enfoque cualitativo. Los datos fueron recolectados a través de un cuestionario en
línea y el análisis de los datos se realizó a través del análisis de contenido de Bardin. A partir
de esto, se encontró que la percepción y el conocimiento de los docentes, en relación con los
arbovirus, estaban por debajo de las expectativas, dificultando el trabajo sobre un tema tan
relevante en el escenario local, lo que hace necesaria una mayor y mejor formación docente
para la correcta difusión de la información.
PALABRAS CLAVE
: Educación para la salud. Virus. Escuela. Práctica docente.
Introduction
Diseases transmitted by
Aedes aegypti
have become one of the world's major public
health problems, becoming one of the main tropical diseases in the Americas. Such diseases are
popularly known as arboviruses.
For Silva
et al.
(2015, p. 28, our translation),
tropical diseases can be understood as those that stand out in tropical regions
or in the tropics, and are directly linked to the region's climate, socioeconomic,
environmental and political conditions.
Tropical diseases that will be addressed in this investigation include Dengue,
Chikungunya and Zika. Although yellow fever is also inserted in arbovirus diseases, it will not
be addressed at this time, as the Northeast is not an endemic area for this disease.
The word arbovirus is derived from the term arbovirus which, according to Rosa
et al.
(2000, p. 3, our translation),
are viruses transmitted in nature, through biological transmission between
susceptible hosts by hematophagous arthropods or from arthropod host to
arthropod host.
The authors conceptualize arboviruses as "diseases caused by a group of ecologically
well-defined viruses called arboviruses".
Thus, all diseases that have an arbovirus as a transmitter are called arbovirus. However,
we will highlight, at the moment, Dengue (DENV), Chikungunya (CHIK) and Zika (ZIKV).
They can be transmitted to man through the vector form, more common, through the bite of the
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Practices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CE
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
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female of Aedes (vector), but also through vertical transmission, whose mother passes the virus
to her child during pregnancy, or transfusion of contaminated blood (BRASIL, 2019).
In recent years, arboviruses have been widely disseminated, causing the impacts
of
the
Unified Health System (SUS) and society in general, bringing many disorders to those who are
infected, such as absence from work, lack of beds in hospitals, lack of adequate care, in the case
of Zika infection in pregnant women, the risk of the child being born with microcephaly, among
other problems.
The predominance of mosquito foci has a higher incidence in residential properties,
constituting the highest percentage in deposits such as drums, buckets, tanks, clay filters, pots
or basins. Therefore, it is of paramount importance that health education reaches the population
through Endemic Agents (ACS) and Community Health Agents (ACE) in their routine home
visits, in order to address this recurring problem for years (BASTOS
et al.,
2019).
In addition to the health education carried by health professionals to the population in
general, in a home way, education professionals can and should also perform this role with their
students, addressing relevant information about arboviruses in the classroom. The partnership
between education and health needs to take place in order to unify the actions of the sectors,
bringing adequate subsidies for students and their families, in order to contribute to the
reduction of cases of arboviruses in Brazil.
However, it is necessary to think of working together, health and education as a tool for
changing behaviors and habits of society. Thus, health professionals take the necessary and
important information and education professionals disseminate the information to students and
family members, so it informs society in general.
According to Silva
et al.
(2015), education must gain prominence in coping and
controlling arboviruses, to achieve positive results it is necessary to change the practices of
those involved in the process, in this case the population, social mobilization can bring the
necessary knowledge for this change to actually happen. Thus, it is important to bring important
information to all involved, be it teachers, students, family members. Education plays a key
role in contributing to the control and fight against arboviruses at the local level.
The School Health Program (PSE) was carried out through partnerships between schools
and Basic Health Units, where each UBS serves schools within its territory of operation. The
health professionals participating in this program perform actions frequently within the schools.
In this environment, nurses, dentists, psychologists, doctors, ACS, ACE perform actions
according to their area of activity, such as social mobilization, lectures, workshops, brushing,
sexual orientation, among others.
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Jones Baroni Ferreira de MENEZES and Francisco Eldefábio Freire NUNES
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
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Health education is inserted in the legal documents of Brazilian education, such as the
National Curriculum Parameters (PCN) and the Common National Curriculum Base (BNCC).
In PCN, health education is a cross-cutting theme, which, according to Brazil (1997, p.
66), aims to "know and care for one's own body, valuing and adopting healthy habits as one of
the basic aspects of quality of life and acting responsibly in relation to its health and collective
health". More recently, the cross-cutting themes have been reformulated and, in the BNCC,
they have become the same as Contemporary Transversal Themes (TCT). They had an
expansion of the thematic areas, with health education as one of them.
In the meantime, it is preponderant to know how this theme is being addressed in the
educational context, especially with regard to the theme of arboviruses. This said, the focus of
this theme on school pedagogical practices takes on an important dimension in the teaching and
learning process, so as to enable a change in behavior and community practices in general, in
relation to the care of mosquito breeding sites.
In view of the above, the following question arises: What is the level of knowledge of
teachers and how do they approach the theme of arboviruses in an interdisciplinary way in the
schools in which they operate? Thus, this research
aims to investigate the knowledge and
educational practices of teachers who teach in state high schools present at Jaguaribe/CE's base
on the theme of arboviruses.
Methodological path
The work, as for the objectives, fits into descriptive research. According to Gil (2002,
p. 42, our translation), the research of this type "has as its primary objective the description of
the characteristics of a given population or phenomenon or, then, the establishment of
relationships between variables". As far as the approach is, it is characterized as qualitative
research. Prodanov (2013, p. 70, our translation) "considers that there is a dynamic relationship
between the real world and the subject, that is, an inseparable link between the objective world
and the subjectivity of the subject that cannot be translated into numbers".
The research was conducted with teachers from three public high schools, located all in
the city of Jaguaribe-Ceará
being a vocational high school, one of integral high school and a
regular high school. In general, there are 60 teachers who teach in high school at the city of
Jaguaribe, from all areas of knowledge, however, of these, 27 answered the questionnaire,
which corresponds to 45% (n=27) of teachers. These participants are in the age group ranging
from 26 to 57 years of age. Regarding gender, 74% (n=20) are female and 26% (n=7) were
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Practices and integrated actions on arbovirosis in the educational context of Jaguaribe-CE
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
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male. All have higher education, however, 11% (n=3) are masters and 59% (n=16) are
specialists.
The option for data collection was the
online questionnaire
, through
Google
Formularies
, mainly due to the COVID-19 pandemic. At first, we had contact with the
principals of the schools, in which they volunteered to socialize
the link of the questionnaire in
the group of teachers of the schools, in which it was available for response for a period of 30
days. This questionnaire (APPENDIX A) was composed of 20 questions, 14 objective
questions, including socioeconomic characterization, knowledge about arboviruses, as well as
what pedagogical practices are used to work on the arbovirus smear virus in the classroom and
6 subjective questions aimed at the research theme, which addresses the teachers' previous
knowledge about what arboviruses are, if they underwent training to work on the theme, the
difficulties and strategies used, what is the perception of the teacher and what the expected
result.
The Microsoft Excel program was used to analyze the data
of the objective questions
.
The
software
was used in tabulating the data and generating graphs or tables for a better
understanding of the reader. On the subject, on the subject, content analysis based on Laurence
Bardin's vision was used.
According to Bardin (2016, p. 39, our translation) content analysis is
a set of communications analysis. It is not an instrument, but a range of
paraphernalia; or, more rigorously, it will be a single instrument, but marked
by a wide disparity in forms and adaptable to a very wide field of application:
communications.
Corroborating the discussion, Janis (1982, p. 53, our translation) summarizes that
content analysis
provides precise means to describe the content of any type of communication:
newspapers, radio programs, movies, daily conversations, free associations,
verbalized, etc. Content analysis operations consist of classifying signals that
occur in communication according to a set of appropriate categories.
Considering the existence of the system of the Research Ethics Committees (CEP) and
the National Research Ethics Commission (CONEP), the work is ethically based on resolution
No. 510 of April 7, 2016, all participants agreed to participate in the research, marking
in the
online questionnaire the acceptance
of the free and informed consent term (Appendix), to agree
to participate in the research, based on Art. 2, § V, already in chapter II deals with the necessary
ethical principles. Furthermore, the identification of teachers' names was omitted in order to
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preserve their identities. To distinguish the statements, we chose to use the terms "Professor 1",
"Professor 2", based on the sequence in which they answered the online questionnaire.
Results and Discussion
In this topic, the teachers' answers about the knowledge of teachers of the Jaguaribe/CE
state school system about basic knowledge about arboviruses
are discussed and discussed; about
the epidemiological reality of the municipality; on formative processes to address the theme in
the classroom;
if in the schools that teach work projects focused on the theme;
what pedagogical
strategies they use when addressing the theme; and what difficulties they encounter when
working on the theme in the classroom.
Teachers' knowledge of arboviruses
The first part of the questionnaire refers to the teachers' basic knowledge about
arboviruses. Initially, the main arboviruses were questioned, and 100% Dengue (n=27), Zika
96% (n=26) and Chikungunya 89% (n=24) were identified. In addition to these, yellow fever
scored 63% (n= 17), which is not endemic to our region, but is also an arbovirus.
When asked about which mosquitoes transmit arboviruses in Brazil, the reports are a
little concerned because 48% (n=13) indicated that they did not know what mosquitoes transmit
arboviruses in Brazil. Thus, despite being a subject much debated and worked on in schools,
there are still teachers who do not know who transmits arboviruses.
Fonseca Júnior
et al
. (2019) mention that
Aedes
(
Stegomyia
)
aegypti
and
Aedes
(
Stegomyia
)
albopictus
are important vectors of viruses causing emerging and reemerging
diseases such as dengue, Zika, chikungunya and yellow fever. Knowing the mosquitoes that
transmit arboviruses in endemic regions is a basic need that everyone should know, especially
teachers who work on the theme with their students. Therefore, this misinformation makes us
reflect how these teachers work the theme with the students, without having basic knowledge
about the subject.
The processes of education every day become complex in the face of new knowledge
and education increasingly assumes the process of construction and sharing of knowledge,
which they reproduce in social life in several areas, in a process of social interactions, through
language (RANGEL-S, 2008).
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However, Rangel-S (2008) warns that the lack of knowledge on the part of the
population in relation to arboviruses may be a result of the lack of communication and
education, aimed at prevention, which prioritize only simplistic information about the vector.
When addressed about what can be possible breeding sites that mosquitoes can use for
their reproduction, most understand that any tank with still water can be a possible breeding
site, type tires in disuse 100% (n=27), buckets 100% (n=27), unprotected water boxes 96%
(n=26), unused pools 96% (n=26), drums 96% (n=26), pots 92% (n=25), unprotected bottles
92% (n=25), tinas 88% (n=24), plants with water 85% (n=23),
cacimbão
85% (n=23), tanks
discovered 81% (n=22), garbage 77% (n=21). The deposits less indicated as breeding sites
were, cisterns 18% (n=5), the clay filter 29% (n=8) and drains 44% (n=12), bromeliads 51%
(n=14), these less cited also have their risk potential, and the responsibility of the responsible
for the residence take care of their deposits that accumulate water.
Brazil (2007) describes the life cycle of the
Aedes
mosquito. It is divided into four
phases: egg, larva, pupa and adult. The mosquito after reaching adulthood, lasts on average 35
days. Females perform 4 to 6 postures with about 100 eggs at a time. The eggs are very resistant
and can last up to 15 months dry until it comes into contact with water to hatch. Thus, any
deposits with still water are a probable breeding ground for arbovirus-transmitting mosquitoes,
so the importance of maintaining any deposit that can accumulate water, capped, thus making
it impossible to reproduce. In this sense, Valle
et al.
(2015) describe that the most efficient
action to control arboviruses is the fight against the mosquito, removing potential foci of eggs
from the insect.
Then, when asked if they know the epidemiological reality of the municipality today,
the answers were surprising, because only 26% (n=7) of the teachers answered that they follow
the epidemiological data. This fact generates a huge concern, because, over the years, the theme
is worked on in schools and, in view of the above, we still see that there is a lack of integration
between schools, institutions and programs developed within the municipality, such as the
School Health Program (PSE) which is responsible for being present within the schools of the
municipality taking the information and developing actions of the Secretary of Health in the
present schools of the municipality.
From this perspective, Assis
et al.
(2013, our translation) cites that
greater commitment of the public authorities to the educational strategies that
constitute dengue control policies is indispensable so that there is no
discontinuity in actions. Only a quality, continuous and planned educational
process can maintain prevention and, in fact, promote impact so that epidemic
peaks of the disease are avoided.
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In line, when asked if they have already participated in any training on arboviruses, the
answers were that 78% (n=21) did not have training to deal with the theme in the classroom,
but in the other hand 22% (n=6) indicate that they have undergone some training, this shows
that the information is not reaching all those involved who are part of the schools. Likewise,
when asked if the Department of Education encourages/offers training for teachers with the
theme, 59% (n=16) point out that they never participated in any training.
Armindo
et al.
(2011, p. 10, our translation) they say that "disease prevention actions
need to be shared, that is, produced together with the people to whom they are intended in the
search for the joint construction of knowledge and a more effective and lasting learning". These
trainings should stimulate updating and teacher training on the theme, so that teachers can be
grounded to be able to approach the theme in a way that contributes to the prevention and
control of local arboviruses.
It is necessary a greater involvement between institutions, both public and private, so
that the largest number of people possible to cope with arboviruses can be encompassed, not
only in the school context, but involving the whole society.
In the municipality, at each beginning of the school
year
, schools are convened by the
Secretariat of Education to develop projects aimed at preventing and combating local
arboviruses, whether with lectures, walks and gymkhanas. These actions coincide with the
winter framework, where there are more deposits that can become future breeding sites for the
mosquito, these actions have the role of bringing information to students and the community
around the school.
In this scenario, teachers are the mentors and, in partnership with the students and the
community around the school, need to develop relevant pedagogical practices focused on the
theme, to sensitize students and the community to adhere to the projects developed in the school
in combating and controlling these arboviruses. These teaching activities will be detailed in the
following topic.
Pedagogical practices on Arboviruses
Understanding the importance of the school in preventing and combating arboviruses,
the research participants were asked whether educational projects in which arboviruses are
contemplated are developed in the school in which arboviruses are contemplated;
the answer
was that 52% do not know if the school has projects focused on the theme;
the other 48%
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pointed out that the school develops important projects focused on the theme.
This is also the
case, we can see that those involved in these projects are only half of the teachers of these
schools, a significantly low number, since the theme is worked on every beginning of the school
year.
When asked about the sources of information they use to work on the subject, the most
common answers were: printed newspapers, television news and scientific articles;
as shown in
Graph 1.
Graph 1 -
Sources of information on arboviruses scored by basic education teachers
3
Source: Survey data (2021)
From the answers, it is possible to realize that they seek information and data from very
comprehensive external sources, which is not wrong. However, there should be a search for
data closer to the reality around the school and, consequently, to the municipality. Knowing the
local epidemiological data is of paramount importance to work arboviruses, because the school
can develop actions according to the needs of the neighborhood or the community in which the
school is inserted (CATÃO
et al.
,
2019).
For the approach of the theme in the classroom, the teachers pointed out as didactic
strategies: the dialogued exhibition class 78% (n=21); teaching with research 56% (n=15); text
study 52 (n=14); seminars 41% (n=11);
discussion
groups 41% (n=11); case study 26% (n=7);
problem solving 22% (n=6); conceptual map 22% (n=6); discussion by computerized means
22% (n=6); workshop/workshop 19% (n=5); the study directed 15% (n=4);
another 11% (n=3);
3
First bar: Newspaper; Second bar: TV News; Third bar: Scientific articles; Fourth bar: Magazines; Fifth bar:
Ministry of Health Website; Sixth bar: State Secretary of Health Website; Seventh: Others; Eighth bar: Textbooks.
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panel 11% (n=3); brain storm 11% (n=3); dramatization 11% (n=3); portfolio 7% (n=2); forum
4% (n=1); lectures/webinar 4% (n=1).
In addition to those mentioned by teachers, they can also be used: theater, lectures,
videos, field classes, science fairs, puppets. (MELO; FEITOZA, 2010; VIVEIRO; DINIZ,
2010). Gueterres
et al.
(2017) describe that learning in the school environment, when it comes
to integral health promotion, has the role of developing skills and competencies focused on
collective health in students.
In the methodological approach of teachers to students on the subject, for those who
have more difficulties as a theme, they can request partnership of the School Health Program -
PSE, which should be present in both state and municipal schools and arboviruses are one of
the themes to be worked on by the program and by schools.
When asked if working on this theme in schools, it actually contributes to the prevention
and control of arboviruses in the municipality; And in their entirety, they answered yes and
some answers caught the eye, like the ones listed below.
Yes, the school can serve as an incentive vector to encourage students to act
in their home and their community by avoiding the proliferation of disease
transmitters (Professor 2, our translation).
Yes. Because with knowledge, in fact, the student becomes an agent of change
in his neighborhood, residence and social environment as a whole (Professor
3, our translation).
Yes, why prophylactic measures are carried out with information, and all
information is valid and constructive, especially when it comes to such a
relevant topic (Professor 23, our translation).
Given the placements presented, we see that in the description of these teachers, the
educational actions developed in schools can stimulate the changes in behaviors of students and
their families, directly contributing to the prevention of arboviruses.
In the view of Amorim
et al.
(2021, p. 5, our translation), the approach to themes "that
encompass the relationship between health and the environment should directly affect changes
in individual and collective attitudes and behaviors, with the recognition that these constructs
are ubiquitous and, therefore, can directly have repercussions on health".
From the demonstrated, we see that they believe that the actions developed in schools
strengthen the work in the prevention of local arboviruses, as well as raise awareness of the
problem of mosquitoes transmitting arboviruses, in order to take the information that shows the
epidemiological reality, thus making it, a community aware and informed of what must be done
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so that working together with health professionals can be effective, in the prevention and control
of arboviruses in the city.
Pereira
et al.
(2021, p. 3) mentions that in view of the problem of arboviruses,
investments aimed at health promotion, as well as preventive actions, we can highlight actions
aimed at Environmental Education (As) as an ally to coping with and preventing these
arboviruses.
Finally, we asked teachers to indicate 3 difficulties to work on the theme in schools. As
pointed out in Figure 1, the teachers pointed out that there is a lack of quality didactic material,
lack of training on the theme for teachers and lack of knowledge about the epidemiological
reality of the city. Thus, these are the major limiters of the approach to arboviruses in schools.
Figure 1 -
Difficulties in working on arboviruses in the school context
Source: Prepared by the authors
In the conception of Assis
et al.
(2013), the elaboration of printed materials should be
considered so that pedagogical approaches advance in relation to the conceptions of knowledge
construction by the population, students, teachers and health professionals. This provides a
greater integration between health and education, because this partnership can yield better
fruits, not only in the fight and control of arboviruses, as focusing on this study, but on many
other relevant themes for those involved.
In the view of Marteis
et al.
(2011, p. 2, our translation) "the booklets are proposed as a
facilitating instrument for the educator's activities, acting as a mediating tool for the discussion
between teachers and students about the problem of Dengue".
That is why it is necessary to strengthen the School Health Program - PSE, as previously
mentioned, in order to collaborate with more information for teachers and the school
community, through training and teaching materials that can be used in the classroom during
the school year. Another partnership that can be made is with the endemic sector, because the
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agents to combat endemic diseases
–
ACE have theoretical and practical knowledge of the
actions that are developed by the municipality throughout the year and know the municipal
epidemiological reality, being able to add more knowledge to teachers, helping them to work
on the theme with more theoretical and practical basis and contribute to the actions developed
by schools.
It is notorious that in the years 2020 and 2021, they got out of control due to the COVID-
19
pandemic, education and health were some of the sectors that were hit hard. Thus, with the
rapid changes in the current scenario, new competencies and a new profile of teachers were
required.
Corroborating the discussion Diesel
et al.
(2017, p. 2, our translation) suggest that,
urgent need to rethink teacher education, having as its starting point the
diversity of knowledge essential to its practice, thus transposing the technical
rationality of an instrumental doing to a perspective that seeks to resonate it,
valuing the knowledge already constructed, based on a reflexive, investigative
and critical posture.
It is a fact that the theme needs to be more addressed within schools, but not only
because of this in the curriculum, but to work responsibly, with quality seeking partners who
add knowledge to teachers, for the school, for students and for the community, improving the
habits and behaviors of those involved.
Final considerations
The perception and knowledge of teachers regarding arboviruses in high schools present
in the municipality of Jaguaribe was below expectations, because some of the interviewees do
not even know the term arbovirus, making it difficult to work on such a relevant theme in
knowledge and actions to combat these diseases and that should involve the whole society.
In relation to the didactic strategies pointed out, all can be used to work the theme easily,
but what worries is how it will be worked if the teacher has difficulty dealing with the theme,
since some mention that there is a lack of didactic material, adequate training, technical support.
Therefore, it is necessary to work on the potential of the teacher, taking the necessary
knowledge for these professionals to approach the theme in an interdisciplinary way, so that it
is not only expected of health professionals.
Among the difficulties mentioned by the teachers are the lack of didactic resources,
technical support, continuing education, the time available to work on the theme, the lack of
knowledge of the epidemiological reality of the municipality. Therefore, it is a fact that an
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urgent interaction is made between the institutions in order to repair this distancing of
information, as soon as possible, so that it can remedy these difficulties in relation to
epidemiology.
In view of the above, it is clear that it is necessary to treat the theme in an integrated
way with the school institutions, in order to reduce the discrepancy of knowledge of teachers
in relation to arboviruses, so that, in fact, the school contributes to the change of behavior,
starting with the teacher, the students and
the community in general.
Furthermore, there may also be a closer relationship with the Municipal Health
Department, especially the epidemiology sector, through the School Health Program - PSE, so
that the members of this program can contribute to a specific training on arboviruses, as well
as production and distribution of quality information materials, which can be used in the school
environment and in local communities.
ACKNOWLEDGMENTS
: This work was carried out with the support of the Coordination
for the Improvement of Higher Education Personnel - Brazil (CAPES) - Financing Code 001
.
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Jones Baroni Ferreira de MENEZES and Francisco Eldefábio Freire NUNES
Temas em Educ. e Saúde,
Araraquara, v. 18, n. 00, e022010, 2022 e-ISSN 2526-3471
DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
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How to refer to this article
MENEZES, J. B. F.; NUNES, F. E. F. Practices and integrated actions on arbovirosis in the
educational context of Jaguaribe-CE.
Temas em Educ. e Saúde
, Araraquara, v. 18, n. 00,
e022010, 2022. e-ISSN 2526-3471. DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16217
Submitted
: 12/07/2022
Revisions required
: 21/08/2022
Approved
: 28/09/2022
Published
: 30/11/2022
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