image/svg+xmlLiteracia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 1 LITERACIA EM SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA NA ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ALFABETIZACIÓN EN SALUD SEXUAL Y REPRODUCTIVA EN LA ADOLESCENCIA: UNA REVISIÓN INTEGRADORA SEXUAL AND REPRODUCTIVE HEALTH LITERACY IN ADOLESCENCE: AN INTEGRATIVE REVIEW Iraneide Nascimento dos SANTOS1Anila Thais Lucena BARBOSA2Alka Daby Nascimento de SALES3Joana Gabriela Borjes SOARES4Guilherme de Andrade RUELA5RESUMO: Objetivo: Explorar o papel da literacia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência. Método:Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados PubMed, LILACS, SCOPUS e WEB OF SCIENCE, tendo como critérios de inclusão: artigo original, sem filtro de idioma e tempo. Os descritores aplicados foram: Adolescents, Health Literacy e Sexual and Reproductive Health. Resultados:Seis estudos foram selecionados. Em todos houve forte associação entre não receber informações sobre saúde sexual e gravidez na adolescência. Níveis de literácia positivos estiveram associados a viver em área urbana, acesso à internet, escolaridade, ser solteiro, acesso à informação com profissionais de saúde e aulas sobre educação sexual. Conclusão:Maiores níveis de literacia em saúde estão associados a menores índices de gravidez na adolescência, enfatizando a necessidade de abordar o tema em escolas e equipamentos de saúde frequentados por adolescentes.PALAVRAS-CHAVE: Adolescente. Letramento em saúde. Saúde reprodutiva. RESUMEN: Objetivo:Explorar el papel de la alfabetización en salud sexual y reproductiva en la adolescencia. Método:Revisión integradora de la literatura realizada en las bases de datos PubMed, LILACS, SCOPUS y WEB OF SCIENCE, teniendo los siguientes criterios de inclusión: artículo original, sin filtro de idioma y tiempo. Los descriptores aplicados fueron: Adolescents, Health Literacy en Sexual and Reproductive Health.Resultados:Se seleccionaron seis estudios. En todos ellos hubo una fuerte asociación entre no recibir información sobre salud sexual y el embarazo adolescente. Los niveles positivos de alfabetización se asociaron 1Universidade de Pernambuco (UPE), Recife –PE –Brasil. Doutoranda em Hebiatria, Faculdade de Odontologia. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8449-7840. E-mail: iraneide.nascimento@upe.br 2Universidade de Pernambuco (UPE), Recife –PE –Brasil. Mestranda em Hebiatria, Faculdade de Odontologia. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4591-4514. E-mail: anila.thais@upe.br 3Universidade de Pernambuco (UPE), Recife –PE –Brasil. Mestranda em Hebiatria, Faculdade de Odontologia. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8302-7211. E-mail: alka.sales@upe.br 4Universidade de Pernambuco (UPE), Recife –PE –Brasil. Mestranda em Hebiatria, Faculdade de Odontologia. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8052-2527. E-mail: joanagabriela91@hotmail.com 5Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de fora –MG –Brasil. Enfermeiro. Mestrado em Saúde Pública (UFMG). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6976-8710. E-mail: guilherme.ruela1986@gmail.com
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES e Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 2 con vivir en zona urbana, acceso a internet, escolaridad, soltería, acceso a información con profesionales de la salud y clases de educación sexual. Conclusión:Mayores niveles de alfabetización en salud están asociados con menores tasas de embarazo adolescente, lo que enfatiza la necesidad de abordar el problema en las escuelas y los establecimientos de salud atendidos por adolescentes. PALABRAS CLAVE: Adolescente. Alfabetización en salud. Salud reproductiva. ABSTRACT: Objective:To explore the role of sexual and reproductive health literacy in adolescence. Method:Integrative literature review carried out in PubMed, LILACS, SCOPUS and WEB OF SCIENCE databases, with the following inclusion criteria: original article, without language and time filter.The descriptors applied were: Adolescents, Health Literacy and Sexual and Reproductive Health.Results: Six studies were selected. In all of them, there was a strong association between not receiving information about sexual health and teenage pregnancy. Positive literacy levels were associated with living in an urban area, access to the internet, schooling, being single, access to information with health professionals and classes on sex education. Conclusion:Higher levels of health literacy are associated with lower rates of teenage pregnancy, emphasizing the need to address the issue in schools and health facilities attended by adolescents. KEYWORDS: Adolescent. Health literacy.Reproductive health.Introdução Literacia em saúde é entendida como a capacidade para tomar decisões informadas sobre a saúde e de atender às demandas complexas de saúde na sociedade moderna (SVENDSEN et al., 2020), focado nas questões sócio-históricas do fenômeno (TFOUNI, 2006).Esse termo apresenta outros similares mas com significados diferentes, principalmente em países de língua portuguesa, já que dicionários traduzem o termo em inglês literacy, como sinônimo de letramento, ou seja, qualidade de quem é letrado, e no espanhol, literacia é literacía, também é registrada pelos dicionários como sinônimo de alfabetização (PERES; RODRIGUES; SILVA, 2021), por isso, os primeiros estudos realizados no Brasil apresentam as denominações letramento ou alfabetização em saúde (SILVA, 2017). Mas, para além do papel da escolaridade e habilidade de leitura e numeracia para os desfechos da saúde, a literacia tem um caráter multidimensional. Segundo Nutbeam (2008), literacia em saúde apresenta três dimensões: funcional, como a capacidade de ler e entender informações básicas de saúde em um contexto médico; interativa, como habilidades comunicativas e manutenção da saúde no cotidiano; e crítica, como ações tomadas para a saúde própria e de outras pessoas, consciência da influência das normas e práticas sobre a saúde e compreensão dos determinantes sociais da saúde.
image/svg+xmlLiteracia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 3 Adicionalmente, a literacia constituiu-se como a opção cotidiana de decisões de saúde conscientes, a exemplo da saúde sexual e reprodutiva, que é influenciada por uma miríade de fatores sociais, incluindo alfabetização em saúde, normas sociais e culturais, seguro de saúde, nível educacional, nível socioeconômico, sexo, identidade de gênero e orientação sexual e comportamento (STUMBAR; GARBA; HOLDER, 2018), acesso a serviços de informação, prevenção e tratamento que envolvam contracepção, doenças sexualmente transmissíveis, aborto, gravidez, parto e pós-parto (ALVAREZ-NIETOet al.,2015). Os comportamentos sexuais de risco a exemplo do número elevado de parceiros e baixa frequência de uso de preservativo pode resultar em desfechos como Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) e gravidez não planejada (ALVES; ZAPPE; DELL'AGLIO, 2015; MADKOUR et al., 2014). Na adolescência, é importante compreender a vulnerabilidade destes a preditores que os expõem mais fragilmente e que decorre de maiores dificuldades de acesso aos meios preventivos. As situações de vulnerabilidades devem ser vistas pelos componentes individuais, sociais e institucionais e que remetem a perceber três itens em uma mesma situação: quem está exposto, a que está vulnerável e em quais circunstâncias (MEYER et al., 2006). Nos preceitos dos ciclos da vida é de fundamental importância educar a população adolescente sobre saúde sexual e reprodutiva, para mitigar as possíveis disparidades resultantes da falta de conhecimento, assim como, melhorar a saúde dos jovens e de suas comunidades, considerando o contexto em que estão inseridos grupos minoritários como os indivíduos não-brancos e os migrantes. Também, torna-se relevante discutir de maneira interdisciplinar a conexão entre letramento em saúde com os comportamentos sexuais de risco em adolescentes (FLEURY; JOSEPH; PAPPAGIANOPOULOS, 2018), para propor estratégias de enfrentamento e soluções para esta questão complexa no campo da saúde pública. Diante desse contexto, este estudo auxiliará estudantes de graduação e profissionais das áreas da saúde e da educação a compreenderem melhor a importância de a capacidade do adolescente decidir de forma segura e autônoma sobre sua saúde, considerando as peculiaridades deste momento do ciclo da vida. Assim, o objetivo desta revisão foi explorar o papel da literacia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência.
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES e Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 4 Materiais e Métodos Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, que permite a busca sistematizada, a avaliação crítica e a síntese das evidências disponíveis sobre um tema investigado. Este método tem o objetivo de resumir os resultados adquiridos a partir de pesquisas sobre determinado tema de interesse para a área da saúde, possibilitando a identificação das lacunas do conhecimento (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2019). A pergunta que norteou a pesquisa foi: Qual o papel da literacia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência? Sintetizada pelo acrônimo PVO - Population (População), Variables (Variáveis) e Outcomes (Desfecho), no qual utilizou vocabulários controlados segundo o Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e MeSH (Medical Subject Headings) (Quadro 1). Quadro 1 –Acrônimo PVO para obtenção dos descritoresAcrônimo DeSC/Palavras-chave MeSH População Adolescentes Adolescents Variáveis Literacia em Saúde Health Literacy Desfecho Saúde Sexual e Reprodutiva Sexual and Reproductive Health Fonte: Elaborado pelos autores A estratégia de busca utilizada contendo os descritores e operadores booleanos (AND, OR) foi: (health literacy) AND (sexual and reproductive health) AND (youth OR young OR childhood OR teenager OR adolescent OR adolescence OR adolescents OR student).O levantamento da literatura ocorreu em setembro de 2021 nas seguintes bases de dados: PubMed, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online(SCIELO), SCOPUS e WEB OF SCIENCE. Foram incluídos estudos acerca da alfabetização em saúde sexual e reprodutiva na adolescência sem filtro de idioma e tempo, e excluídas monografias, dissertações, teses e estudos não condizentes com o objetivo. A seleção foi realizada em duas etapas. A primeira etapa da avaliação dos artigos constou da leitura dos títulos e dos resumos, e na segunda, da leitura dos textos completos. Em todas as etapas, a leitura e a análise dos artigos foram realizadas por dois pesquisadores independentes para evitar vieses de seleção. Eventuais discordâncias foram analisadas por um terceiro revisor. As referências foram importadas para o Software Mendeley, através do qual foram excluídos os estudos repetidos nas bases de dados. Após isto, as referências foram transferidas para o Programa Excel-Windows 10, verificando novamente as duplicações.
image/svg+xmlLiteracia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 5 A partir desta leitura dos artigos incluídos na síntese qualitativa, identificaram-se as temáticas dos estudos, a prevalência de alta ou baixa literacia, os preditores dos programas realizados e resultados apresentados e as estratégias para aumentar a literacia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência. Os artigos que não respondiam à pergunta norteadora do estudo foram excluídos. Este processo de seleção está descrito em fluxograma na Figura 1. Figura 1 –Fluxograma de seleção de artigos nas bases de dadosFonte: Elaborado pelos autores Para extração dos dados, foi utilizado um formulário contendo: identificação (número, título, autor, ano de publicação), desenho do estudo/nível de evidência; objetivo; resultados de interesse. Os estudos foram estratificados quanto à evidência em: Nível I - Evidências provenientes de revisão sistemática ou metanálise de todos os ensaios clínicos randomizados controlados ou oriundas de diretrizes clínicas baseadas em revisões sistemáticas de ensaios clínicos randomizados controlados. Nível II - Evidência derivada de pelo menos um ensaio clínico randomizado controlado bem delineado. Nível III - Evidência obtida de ensaios clínicos bem delineados sem randomização. Nível IV - Evidência proveniente de estudos de coorte e de caso-controle bem delineados. Nível V - Evidência proveniente de revisão sistemática de estudos descritivos e qualitativos. Nível VI - Evidência proveniente de um único estudo
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES e Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 6 descritivo ou qualitativo. Nível VII - Opiniões de especialistas, relatos de experiências, consensos, regulamentos e legislações (MELNYK; FINEOUT-OVERHOLT, 2015). Após a extração dos dados, realizou-se a síntese qualitativa dos estudos e apresentação descritiva dos dados extraídos dos relatos. Foram respeitados os direitos autorais ao preservar o conteúdo exposto pelos autores, traduzido conforme o significado de literacia no idioma em que o artigo foi publicado, e ao referenciar as informações extraídas dos artigos disponíveis em domínio público. ResultadosForam selecionados sete artigos, publicados entre 2019 e 2020. Os resultados do presente estudo encontram-se na Tabela 1, na qual apresenta as características encontradas em cada estudo. Tabela 1 –Demonstrativo dos artigos que integram a Revisão Integrativa, Brasil, 2021 Identificação Desenho do estudo/ Nível de evidência Objetivo Resultados de interesse 1.The effect of sexual literacy on adolescent pregnancy in Colombia Alzate et al, 2020 Transversal/ Nível VI Investigar a associação entre o recebimento de informações sobre temas de alfabetização sexual e a probabilidade de vivenciar a gravidez na adolescência; Não receber informações sobre tópicos do quarto ano teve a associação mais forte com a gravidez na adolescência. Esses tópicos foram: mudanças relacionadas à puberdade (razão de prevalência [RP], 2,15; intervalo de confiança de 95% [IC], 1,40-3,30), como os órgãos sexuais funcionam (RP, 1,90; IC 95%, 1,37-2,66) e orientação (RP, 1,84; IC 95%, 1,38-2,44). De fato, as adolescentes que não receberam informações sobre nenhum tema relacionado à sexualidade tiveram aproximadamente 75% mais chances (RP, 1,73; IC 95%, 1,09-2,74) de vivenciar a gravidez na adolescência.
image/svg+xmlLiteracia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 7 2.Influence of sexual and reproductive health literacy on single and recurrent adolescent pregnancy in Latin America Dongarwar; Salihu, 2019 Transversal/ Nível VI Examinar a associação entre alfabetização sexual e reprodutiva e gravidez na adolescência na América Latina A prevalência de gravidez na adolescência para todos os cinco países foi de 19,1%. Houve relação entre analfabetismo em saúde sexual e reprodutiva e gravidez na adolescência: Intervenções eficazes de saúde sexual e reprodutiva em todos os cinco países foram associadas a 147.771 menos gravidezes recorrentes na adolescência. 3.Pregnancy health literacy among teenagers in Kaysone district, Savannakhet Province, Lao PDR Santisouk, Hansana, Thanh Huong, 2020 Transversal/ Nível VI Descrever a literacia em saúde da gravidez e seus fatores relacionados entre adolescentes no distrito de Kaysone. A pontuação geral para Literacia em Saúde da Gravidez na Adolescência - LSGA foi uma média de 27/50. A maioria dos adolescentes apresentou níveis problemáticos de LSGA e apenas 0,4% apresentou níveis excelentes deste. LSGA foi positivo e significativamente associado a viver em área urbana (p = 0,002), ensino superior (p = 0,004), escolaridade (p = 0,018), ser solteiro (p = 0,029) e frequentar aulas com conteúdo de educação sexual (p < 0,001). 4.Sexual and reproductive health literacy of school adolescents in Lao PDR Vongxay et al., Transversal/ Nível VI Medir a alfabetização em saúde sexual e reprodutiva - SRHL em adolescentes que frequentam a escola na República Democrática Popular - RDP do Laos, como um começo para obter informações sobre seu nível atual de alfabetização em saúde sexual e reprodutiva e descobrir como ele está relacionado a fatores sociodemográficos, conhecimento e comportamento sexual, saúde-estilo de vida e alfabetização funcional. A pontuação média geral do SRHL foi de 19,2/50. A maioria dos adolescentes teve escores na faixa de nível 'inadequado' de SRHL. A pontuação média e mediana de SRHL foi significativamente mais alta em escolas em ambiente urbano e com acesso à Internet. A idade e ter um familiar que atua na área da saúde foram marginalmente
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES e Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 8 associados a melhor SRHL (p: 0,049 e p: 0,053). As características de saúde pessoal não mostraram diferença significativa em SRHL. 14% dos adolescentes relataram ter tido relação sexual. De 461 alunos, duas meninas já engravidaram e três meninos já engravidaram meninas. O escore médio de alfabetização funcional dos adolescentes escolares foi de 6,6/10. Grupos com maior conhecimento de SSR e maior alfabetização funcional em preservativos também tiveram pontuações de SRHL significativamente mais altas. Especificamente na seção de conhecimento, as pontuações de SRHL foram significativamente mais altas de adolescentes que aprendem sobre relações de gênero e respeito de outras fontes que não os professores da escola, que frequentam regularmente as aulas de saúde reprodutiva e que têm uma pontuação de conhecimento de saúde sexual e reprodutiva mais alta. 5.Unaprjeđenje zdravstvene pismenosti učenika osmih razreda o reproduktivnom zdravlju–prikaz radionice “Komunikacija, Transversal/ Nível VI Apresentar as experiências das oficinas de melhoria da literacia em saúde e analisar a avaliação do conhecimento sobre comunicação, emoções e saúde sexual de alunos do oitavo ano. Os alunos acreditam possuir conhecimentos muito bons (24,7%) e excelentes (35,3%) sobre sexo, e que são muito bons (42,2%) e excelentes (25,8%) na comunicação. Avaliam seus conhecimentos sobre saúde (37%) e
image/svg+xmlLiteracia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 9 emocije, spolnost” Sorta-Bilajac Turina et al., 2019 DSTs (32,2%) como bons. Os meninos acham que sabem mais sobre sexo do que as meninas (20,6% vs 14,7%, P=0,004). As meninas acham que sabem mais sobre emoções (15,3% vs 3,7%, P=0,003). 6.Contraceptive literacy among school-going adolescents in Botswana Barchi et al., 2019 Transversal/ Nível VI Examinar a alfabetização contraceptiva de adolescentes e o conhecimento sobre preservativos em Botsuana Embora 90% dos estudantes conhecessem uma ou mais formas de contracepção, apenas 67% souberam citar um método para o qual conheciam uma fonte e apenas metade das entrevistadas sexualmente ativas havia usado contraceptivo durante sua última experiência sexual. Os entrevistados relataram que os professores e familiares foram as fontes de informação mais importantes; apenas 8,2% dos entrevistados identificaram profissionais de saúde nessa função. Adolescentes que consultaram enfermeiros tiveram oito vezes mais chances de relatar conhecimento correto sobre o uso do preservativo do que aqueles que consultaram professores. Fonte: Elaborado pelos autores Discussão A gravidez na adolescência afeta o psicossocial das jovens, além de estar associada a piores resultados de saúde para elas e seus filhos, afetando negativamente as oportunidades educacionais e de emprego. A taxa de natalidade da América Latina e do Caribe é de 66,5 por 1000 meninas adolescentes, tornando -se a segunda maior taxa de gravidez na adolescência,
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES e Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 10 atrás apenas da África Subsaariana (ALZATE et al., 2020). A pesquisa Demográfica de Saúde (DHS) na Colômbia, mostrou que a porcentagem de adolescentes grávidas ou que já eram mães está em torno de 17,5% no ano de 2015. De forma semelhante, a pesquisa de Dongarwar e Salihu (2019) constatou prevalência de gravidez na adolescência de 19,1% nos seguintes países latino-americanos: Colômbia, Honduras, Peru, República Dominicana e Guatemala. Observou-se relação dose-resposta positiva entre analfabetismo de saúde sexual e reprodutiva e gravidez na adolescência; adolescente com analfabetismo completo de saúde sexual e reprodutiva apresentou 44% de aumento da prevalência de gravidez em comparação com um adolescente que relatou alfabetização precisa em saúde sexual e reprodutiva. Na República Democrática do Laos, a gravidez na adolescência também foi considerada um problema, visto que 19% das mulheres se tornavam mães antes dos 18 anos, o que era a taxa mais alta no Sudeste Asiático (VONGXAY et al., 2019). É valido lembrar que existem diferenças em relação as que possuem nível educacional menor, e mais pobres, tendo cinco vezes mais chances de engravidar na adolescência em comparação com as meninas mais favorecidas (ALZATE et al., 2020). Assim como também foi visto no estudo de Guanabens et al.(2012), em que afirma que no Brasil mesmo em declínio, a incidência de gravidez na adolescência ainda é alta, sendo mais frequente nas camadas de renda mais baixas, e pontuado no estudo de Aquino et al. (2003), que o menor grau de estudo dessas mães adolescentes é uma das principais causas da gestação nesta faixa etária. Ainda que muitas vezes elas já tenham deixado de estudar, é muito comum que ocorra o abandono escolar nessa situação (MOLINA et al., 2004). No Equador, os dados recebidos dos últimos inquéritos nacionais de saúde também indicam que a gravidez indesejada na adolescência está aumentando, com isso o governo através de programas integrais de educação sexual projeta reduzir cerca de 15% em relação a gravidez na adolescência até o ano de 2030 (CABRERA; IGARTUA, 2016). Pesquisa realizada no distrito de Kaysone, na República Democrática Popular do Laos, localizado no sudoeste asiático, com 262 adolescentes entre 15 e 19 anos, acerca do Literacia em Saúde da Gravidez na Adolescência - LSGA por meio de entrevistas presenciais, constatou-se que o LSGA foi positivo e significativamente associado a viver em área urbana, ensino superior, escolaridade, ser solteiro e frequentar aulas com conteúdo de educação sexual (SANTISOUK; HANSANA; HUONG, 2020). O estudo representando o norte, centro e sul da República Democrática do Laos, mostrou que adolescentes que frequentaram escolas em ambientes urbanos tiveram pontuações
image/svg+xmlLiteracia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 11 de Literacia em Saúde Sexual e Reprodutiva - SRHL significativamente mais altas (VONGXAY et al., 2019), como também, não encontrou associação entre a literacia em saúde e estado civil. Embora outros estudos demonstrem a associação com a variável idade, esta pesquisa em questão não obteve o mesmo desfecho, provavelmente devido a uma faixa etária menor da amostra. Apesar da escolaridade ter sido associada positivamente ao LSGA, é importante destacar que, a literacia corresponde às habilidades para compreender e comunicar informações e interesses de saúde, entretanto, quando considera-se anos de escolaridade pode ser enganoso ao estimar alfabetização e as habilidades de literacia, uma vez que é possível alguém ter um nível elevado de escolaridade com conhecimento limitado de literacia em saúde, ou seja, de tomar decisões informadas sobre sua saúde (PERES; RODRIGUES; SILVA, 2021). Com relação ao conhecimento em saúde sexual e reprodutiva o estudo de Vongxay et al. (2019) obteve resultados em que adolescentes com maior conhecimento de saúde sexual e reprodutiva, bem como maior alfabetização funcional em preservativos, também tiveram pontuações de SRHL significativamente mais altas. Na seção de conhecimento, especificamente, foi encontrado também pontuações mais altas de SRHL que aprendem sobre relações de gênero e respeito de outras fontes que não os professores da escola, a partir de familiares, amigos, internet, etc. As normas sociais que regulam o certo e o errado têm moldado uma série de comportamentos e manifestações que moldam o caráter e a identidade coletiva. As expressões de gênero e sexualidade infantojuvenis têm ocupado um papel importante no conflito entre ideários na sociedade brasileira. Vivencia-se hoje um contexto social e político no qual diferentes moralidades em relação à sexualidade e ao gênero se enfrentam na sociedade e disputam lugares de poder nas estruturas do estado (LEITE, 2019). A escola erguida sob influência dos processos histórico-culturais, é pertencente às relações de poder que foram esboçadas. E os grupos sociais de classe, raça, gênero e sexualidade estão implícitas nessa construção (LOURO, 2003). Portanto, minorias sexuais sofrem com opressão, intolerância, estigma e exclusão que revelam a vulnerabilidade de certos indivíduos e grupos pela não aceitação e sua sexualidade, quando diferentes expressões de orientação e identidade de gênero são consideradas anormais (SILVA et al., 2021). A Literacia em saúde, na forma das habilidades cognitivas e sociais permite o acesso às atividades de promoção da saúde, que é muitas vezes deficiente entre migrantes, em parte devido às barreiras linguísticas e culturais. Por isso, a educação em saúde culturalmente sensível
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES e Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 12 fornece uma estratégia para melhorar a alfabetização em saúde (SVENSSON; CARLZÉN; ANETTE, 2016). Diferente da literacia em saúde, os determinantes estruturais da saúde são mais difíceis de modificar, já a literacia pode ser modificada por meio de intervenções de promoção da saúde, educação em grupo, entrevista motivacional e aconselhamento, aumentando a autonomia na tomada de decisões. As mudanças nos níveis de literacia podem ser medidos com instrumentos validados que são facilmente acessíveis aos pacientes, individual ou coletivamente (DENNIS et al., 2012; SILVA-JÚNIOR; SOUSA; BATISTA, 2020) conforme foi observado na presente revisão. Segundo Nelson et al. (2014) as normas sociais fomentam a “cultura do silêncio”, em que os adolescentes dificilmente podem se expressar sem julgamentos, eles têm receio de receberem críticas dos pais e familiares. A ausência de informação e compreensão é apenas um dos diversos fatores complexos que influenciam o comportamento sexual dos jovens, além da desvantagem socioeconômica e a privação emocional (CABRERA; IGARTUA, 2016). Assim como diz no estudo de Camargo e Ferrari (2009), que as transformações dessa fase fazem com que o adolescente viva intensamente sua sexualidade, manifestando-a muitas vezes por meio de práticas sexuais desprotegidas, podendo se tornar um problema devido à ausência de informação, de diálogo entre os familiares, tabus ou até mesmo pelo fato de ter medo de assumi-la. Apesar dos avanços sobre esta temática, o mesmo ainda é impregnado de mitos, preconceitos e contradições, a ponto de muitas pessoas continuarem afirmando que só deve ser discutido entre adultos, o que é prejudicial para o desenvolvimento e comportamento sexual saudável dos adolescentes (GIR; NOGUEIRA; PELÁ, 2000). O uso de substâncias como drogas e álcool está relacionado ao comportamento sexual de risco, assim como o início precoce da vida sexual ativa (RITCHWOOD et al., 2015). Corroborando com o que Caputo e Bordin (2008), trazem em seu estudo, de que o uso de drogas ilícitas constitui um fator associado a gravidez na adolescência. Em relação à alfabetização midiática, Area-Moreira e Ribeiro-Pessoa (2012) afirmam que ela facilita o trabalho dos comunicadores sociais para que possam atingir seus objetivos, como a mudança de atitude para melhorar a saúde e o bem-estar. As intervenções no campo da comunicação em saúde estão sujeitas a transformações relacionadas às constantes inovações tecnológicas. Hoje os jovens utilizam a internet como recurso de informação sexual, pelo qual podem se expor a informações inexatas (MARQUES et al., 2015). Esta exposição torna-se preocupante tendo em vista a imaturidade dos adolescentes que ainda não tem o mecanismo de filtragem de informação (MARQUES et al., 2015). O acesso à
image/svg+xmlLiteracia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 13 internet sem supervisão dos responsáveis pode permitir que o adolescente se conecte a conteúdos com informações distorcidas sobre sexo e sexualidade (SELOILWE et al., 2015). Isto, aliado a, muitas vezes, a falta de diálogo familiar e educação sexual escolar pode favorecer a exposição a comportamentos sexuais de risco (FURLANETTO; MARIN; GONÇALVES, 2019). Por mais que se tenha ou se adquira um bom conhecimento em saúde e tal fato seja possivelmente reflexo de uma boa atividade na educação, ainda assim o componente educacional ou biológico-anatômico-fisiológico da saúde reprodutiva não é suficiente, necessitando ser complementado por aspectos relevantes (psicológico, social e emocional). Dessa forma, melhorar a literacia em saúde reprodutiva de crianças e jovens requer uma abordagem interdisciplinar (SORTA-BILAJAC TURINA et al., 2019). É fundamental que esse conhecimento comece desde os primórdios, de forma contextualizada e com sentido. Já foi visto que mesmo entre estudantes universitários da área médica o nível de conhecimentos sobre saúde sexual era baixo, podendo representar um despreparo na prática clínica futura (WARNER et al., 2018). Sobre o conhecimento específico relacionado à contracepção, observa-se número baixo de adolescentes adotando e fazendo o uso correto do preservativo (que é o método de mais fácil acesso para essa população) tanto para prevenção de infecções como para controle de natalidade. Há um papel importante, mas subutilizado, que os profissionais de saúde podem desempenhar como recursos de informação efetiva sobre saúde sexual e reprodutiva. Intervenções para reduzir comportamentos de risco para HIV e gravidez indesejada em adolescentes podem ser mais eficazes se envolverem enfermeiros como comunicadores e educadores (BARCHI et al., 2022). Portanto, ainda se vê uma literacia em saúde sexual e reprodutiva inadequada, sobretudo entre adolescentes, o que pode ser considerado ainda pior em relação àqueles que não estão na escola, ensejando assim educação sexual assertiva e abrangente para o empoderamento desse público (VONGXAY et al., 2019). Como um contraponto, limitando por muitas vezes o êxito das ações, o que ainda se vê é uma negação da sexualidade adolescente, um fenômeno histórico, cultural e social (MERTEN; MLOTSHWA; SCHWARZ, 2020), que também pode ser trabalhado pelas escolas e profissionais.
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES e Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 14 Considerações finais O presente estudo concluiu que maiores níveis de literacia em saúde estão associados a menores índices de gravidez na adolescência. Diante da prevalência baixa de alfabetização em saúde sexual e reprodutiva entre adolescentes, necessita-se de uma análise mais aprofundada quanto ao seu valor para a melhoria da saúde do adolescente e, por conseguinte, da saúde dos adultos, haja vista que as ISTs e a gravidez na adolescência ainda são considerados como graves problemas de saúde pública, podendo ser preveníveis através do acesso à informação de qualidade pelos adolescentes –sendo essa suprimida em vários ambientes familiares por questões de paradigmas sociais e pouco abordados em ambientes escolares e de saúde. A escola é um local onde estão concentrados os adolescentes, que permanecem ali a maior parte de seu tempo, favorável para o estímulo e desenvolvimento de habilidades, comportamentos e estilos de vida mais saudáveis. Portanto, é um ambiente de destaque para realização de ações educativas em saúde sexual e reprodutiva, com consequente promoção de desenvolvimento e comportamento sexual saudável na adolescência. Contudo, as políticas públicas educacionais precisam avançar nesta questão, uma vez que o Plano Nacional de Educação 2014-2024 sequer cita as questões de gênero e sexualidade. Além disso, na prática docente, é necessário ocorrer mudanças na formação profissional para haver redefinição de modelos de ensino. O ensino da educação sexual deve ocorrer através do diálogo, sem julgamentos, para que os alunos se sintam acolhidos em uma relação de respeito e confiança, para garantir o acesso ao conhecimento seguro, por meio de uma abordagem multidisciplinar e contextualizada. Adicionalmente, a educação e o aconselhamento abrangentes em saúde sexual e reprodutiva são iniciativas que podem ser tomadas pelo setor saúde, pois têm o poder potencial de evitar um número significativo de gestações na adolescência. Na prática, profissionais de saúde das unidades básicas com formação acadêmica considerando às peculiaridades da adolescência ou capacitação prévia para aprimorar os conhecimentos nessa temática, podem desenvolver ações no serviço que atua ou em escolas de sua área de abrangência. A legislação da educação brasileira garante ao estudante a formação integral por meio do Programa Saúde na Escola (PSE), através de articulação intersetorial. Este programa consiste em ações de promoção, prevenção e atenção à saúde sobre temáticas intrínsecas à adolescência, como a saúde sexual e reprodutiva, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino, ocorrendo na área de abrangência das unidades de saúde. Contudo, na prática, o PSE peca por
image/svg+xmlLiteracia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 15 não abranger as escolas privadas, que fazem parte do território e também carecem de ações de prevenção e promoção à saúde, bem como, na educação continuada aos profissionais de saúde que não dominam a temática da sexualidade.REFERÊNCIAS ALVAREZ-NIETO, C. et al. Sexual and reproductive health beliefs and practices of female immigrants in Spain: A qualitative study. Reproductive Health, v. 12, n. 79, p. 1-10, 2015. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4557225/. Acesso em: 02 set. 2021. ALVES, C. F.; ZAPPE, J. G.; DELL'AGLIO, D. D. Índice de Comportamentos de Risco: Construção e análise das propriedades psicométricas. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 32, p. 371-382, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/estpsi/a/dgBXGCKf3fL8K439VKBmYqJ/abstract/?lang=pt. Acesso em: 02 set. 2021. ALZATE, M. M. et al. The Effect of Sexual Literacy on Adolescent Pregnancy in Colombia. Journal of Pediatric and Adolescent Gynecology, v. 33, n. 1, p. 72-82, 2020. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1083-3188(19)30290-6. Acesso em: 02 set. 2021AQUINO, E. M. L. et al. Adolescência e reprodução no Brasil: A heterogeneidade dos perfis sociais. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 2, p. 377-388, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csp/a/6khBZqPXRp49jJxKLWrGJbJ/abstract/?lang=pt. Acesso em: 03 set. 2021AREA-MOREIRA, M.; RIBEIRO-PESSOA, M. T. From Solid to Liquid: New literacies to the cultural changes of web 2.0. Comunicar, v. 19, n. 38, p. 13-20, 2012. Disponível em: https://www.academia.edu/9238727/From_Solid_to_Liquid_New_Literacies_to_the_Cultural_Changes_of_Web_2_0. Acesso em: 16 set. 2021.BARCHI, F. et al. Contraceptive literacy among school‐going adolescents in Botswana. International nursing review, v. 69, n. 1, p. 86-95, 2022. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/354312671_Contraceptive_literacy_among_school-going_adolescents_in_Botswana. Acesso em: 13 set. 2021. CABRERA, C. G.; IGARTUA, J. J. The narrative and media literacy as influential factors in the efficacy of programs for the prevention of teenage pregnancy. In:INTERNATIONAL CONFERENCE ON TECHNOLOGICAL ECOSYSTEMS FOR ENHANCING MULTICULTURALITY, 4., 2016. Annals[...]. TEEM, 2016. Disponível em: https://dl.acm.org/doi/abs/10.1145/3012430.3012668. Acesso em: 10 set. 2021. CAMARGO, E. A. I.; FERRARI, R. A. P. Adolescentes: Conhecimentos sobre sexualidade antes e após a participação em oficinas de prevenção. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 3, p. 937-946, 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/8kgddtXc5hSsg9bt985zwsj/abstract/?lang=pt. Acesso em: 03 set. 2021.
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image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES e Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 18 n. 2, 1791412, 2020. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7480437/. Acesso em: 15 set. 2021. SELOILWE, E. S. et al. Parent and youth communication patterns on HIV and AIDS, STIs and sexual matters: Opportunities and challenges. Journal of Child and Adolescence Behavior, v. 3, n. 203, p. 1-6, 2015. Disponível em: https://ubrisa.ub.bw/bitstream/handle/10311/1825/Seloilwe_JCAB_2015.pdf?sequence=1. Acesso em: 25 set. 2022. SVENSSON, P.; CARLZÉN, K.; AGARDH, A. Exposure to culturally sensitive sexual health information and impact on health literacy: a qualitative study among newly arrived refugee women in Sweden. Culture, health & sexuality, v. 19, n. 7, p. 752-766, 2017. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/13691058.2016.1259503. Acesso em: 02 set. 2021. SILVA, J. C. P. et al. Diversidade sexual: uma leitura do impacto do estigma e discriminação na adolescência. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, n. 07, p. 2643-2652, 2021. Disponível em: https://academic.oup.com/heapro/article-abstract/36/4/933/6024573?redirectedFrom=fulltext. Acesso em: 10 set. 2021. SILVA-JÚNIOR, M. F.; SOUSA, M. L. R; BATISTA, M. J. Health literacy on oral health practice and condition in an adult and elderly population. Health Promotion International, v. 36, n. 4, p. 933-942, 2020. Disponível em: https://academic.oup.com/heapro/article-abstract/36/4/933/6024573?redirectedFrom=fulltext. Acesso em: 14 set. 2021. SILVA, T. L. Contribuições da Literacia em Saúde (Health Literacy) para o aprimoramento das ações de educação em saúde na Atenção Básica. 2017. Tese (Doutorado) –Fundação Oswaldo Cruz, 2017. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/tes-6983. Acesso em: 16 set. 2021. STUMBAR, S. E.; GARBA, N. A.; HOLDER, C. Let's talk about sex: The social determinants of sexual and reproductive health for second-year medical students. MedEdPORTAL, v. 14, 10772, 2018. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6346481/. Acesso em: 16 set. 2021. SVENDSEN, M. T. et al. Associations of health literacy with socioeconomic position, health risk behavior, and health status: a large national population-based survey among Danish adults. BMC Public Health, v. 20, n. 1, p. 1-12, 2020. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7187482/. Acesso em: 12 set. 2021. TFOUNI, L. V. Adultos não-alfabetizados em uma sociedade letrada. São Paulo: Cortez, 2006. SORTA-BILAJAC TURINA, I. S. B. et al. Unaprjeđenje zdravstvene pismenosti učenika osmih razreda o reproduktivnom zdravlju–prikaz radionice “Komunikacija, emocije, spolnost”. Medicina, v. 55, n. 1, p. 79-88, 2019. Disponível em: https://hrcak.srce.hr/file/315848. Acesso em: 16 set. 2021.
image/svg+xmlLiteracia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 19 VONGXAY, V. et al. Sexual and reproductive health literacy of school adolescents in Lao PDR. PloS One, v. 14, n. 1, e0209675, 2019. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6334956/. Acesso em: 16 set. 2021. WARNER, C. et al. Sexual health knowledge of US medical students: A national survey. The Journal of Sexual Medicine, v. 15, n. 8, p. 1093-1102, 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30017717/. Acesso em: 16 set. 2021. Como referenciar este artigoSANTOS, I. N.; BARBOSA. A. T. L.; SALES, A. D. N.; SOARES, J. G. B.; RUELA, G. A. Literacia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência: Uma revisão integrativa. Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022. e-ISSN: 2526-3471. DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 Submetido em: 16/06/2022 Revisões requeridas em: 03/08/2022 Aprovado em: 28/09/2022 Publicado em: 30/11/2022 Processamento e editoração: Editora Ibero-Americana de Educação.Revisão, formatação, normalização e tradução.
image/svg+xmlSexual and reproductive health literacy in adolescence: An integrative reviewTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 1 SEXUAL AND REPRODUCTIVE HEALTH LITERACY IN ADOLESCENCE: AN INTEGRATIVE REVIEW LITERACIA EM SAÚDE SEXUAL E REPRODUTIVA NA ADOLESCÊNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA ALFABETIZACIÓN EN SALUD SEXUAL Y REPRODUCTIVA EN LA ADOLESCENCIA: UNA REVISIÓN INTEGRADORA Iraneide Nascimento dos SANTOS1Anila Thais Lucena BARBOSA2Alka Daby Nascimento de SALES3Joana Gabriela Borjes SOARES4Guilherme de Andrade RUELA5ABSTRACT: Objective:To explore the role of sexual and reproductive health literacy in adolescence. Method:Integrative literature review carried out in PubMed, LILACS, SCOPUS and WEB OF SCIENCE databases, with the following inclusion criteria: original article, without language and time filter. The descriptors applied were: Adolescents, Health Literacy and Sexual and Reproductive Health. Results: Six studies were selected. In all of them, there was a strong association between not receiving information about sexual health and teenage pregnancy. Positive literacy levels were associated with living in an urban area, access to the internet, schooling, being single, access to information with health professionals and classes on sex education. Conclusion:Higher levels of health literacy are associated with lower rates of teenage pregnancy, emphasizing the need to address the issue in schools and health facilities attended by adolescents. KEYWORDS: Adolescent. Health literacy.Reproductive health. RESUMO: Objetivo: Explorar o papel da literacia em saúde sexual e reprodutiva na adolescência. Método:Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados PubMed, LILACS, SCOPUS e WEB OF SCIENCE, tendo como critérios de inclusão: artigo original, sem filtro de idioma e tempo. Os descritores aplicados foram: Adolescents, Health Literacy e Sexual and Reproductive Health. Resultados:Seis estudos foram selecionados. Em todos houve forte associação entre não receber informações sobre saúde sexual e gravidez na adolescência. 1University of Pernambuco (UPE), Recife - PE - Brazil. PhD student in Hebiatrics School of Dentistry. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8449-7840. E-mail: iraneide.nascimento@upe.br 2University of Pernambuco (UPE), Recife - PE - Brazil. Master's student in Hebiatrics, School of Dentistry. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4591-4514. E-mail: anila.thais@upe.br 3University of Pernambuco (UPE), Recife - PE - Brazil. Master's student in Hebiatrics, School of Dentistry. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8302-7211. E-mail: alka.sales@upe.br 4University of Pernambuco (UPE), Recife - PE - Brazil. Master's student in Hebiatrics, School of Dentistry. ORCID: https://orcid.org/0000-0001-8052-2527. E-mail: joanagabriela91@hotmail.com 5Federal University of Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora - MG - Brazil. Nurse. Master's degree in Public Health (UFMG). ORCID: https://orcid.org/0000-0001-6976-8710. E-mail: guilherme.ruela1986@gmail.com
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES and Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 2 Níveis de literácia positivos estiveram associados a viver em área urbana, acesso à internet, escolaridade, ser solteiro, acesso à informação com profissionais de saúde e aulas sobre educação sexual. Conclusão:Maiores níveis de literacia em saúde estão associados a menores índices de gravidez na adolescência, enfatizando a necessidade de abordar o tema em escolas e equipamentos de saúde frequentados por adolescentes.PALAVRAS-CHAVE: Adolescente. Letramento em saúde. Saúde reprodutiva. RESUMEN: Objetivo:Explorar el papel de la alfabetización en salud sexual y reproductiva en la adolescencia. Método:Revisión integradora de la literatura realizada en las bases de datos PubMed, LILACS, SCOPUS y WEB OF SCIENCE, teniendo los siguientes criterios de inclusión: artículo original, sin filtro de idioma y tiempo. Los descriptores aplicados fueron: Adolescents, Health Literacy en Sexual and Reproductive Health.Resultados:Se seleccionaron seis estudios. En todos ellos hubo una fuerte asociación entre no recibir información sobre salud sexual y el embarazo adolescente. Los niveles positivos de alfabetización se asociaron con vivir en zona urbana, acceso a internet, escolaridad, soltería, acceso a información con profesionales de la salud y clases de educación sexual. Conclusión:Mayores niveles de alfabetización en salud están asociados con menores tasas de embarazo adolescente, lo que enfatiza la necesidad de abordar el problema en las escuelas y los establecimientos de salud atendidos por adolescentes. PALABRAS CLAVE: Adolescente. Alfabetización en salud. Salud reproductiva. Introduction Health literacy is understood as the ability to make informed decisions about health and meet the complex health demands in modern society (SVENDSEN et al., 2020), focused on the socio-historical issues of the phenomenon (TFOUNI, 2006).This term presents similar but with different meanings, especially in Portuguese-speaking countries, since dictionaries translate the term into English literacy, as synonymous with literacy, that is, quality of those who are literate, and in Spanish, literacy is literacy, is also recorded by dictionaries as a synonym for literacy (PERES; RODRIGUES; SILVA, 2021), therefore, the first studies conducted in Brazil have the names literacy or health literacy (SILVA, 2017). But in addition to the role of schooling and reading ability and numeracy for health outcomes, literacy has a multidimensional character. According to Nutbeam (2008), health literacy has three dimensions: functional, such as the ability to read and understand basic health information in a medical context; interactive, such as communicative skills and maintenance of health in everyday life; and critical, such as
image/svg+xmlSexual and reproductive health literacy in adolescence: An integrative reviewTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 3 actions taken for the health of one's own and other people, awareness of the influence of norms and practices on health and understanding of the social determinants of health. In addition, literacy was the daily choice of conscious health decisions, such as sexual and reproductive health, which is influenced by a myriad of social factors, including health literacy, social and cultural norms, health insurance, educational level, socioeconomic status, gender, gender identity and sexual orientation and behavior (STUMBAR; GARBA; HOLDER, 2018), access to information, prevention and treatment services involving contraception, sexually transmitted diseases, abortion, pregnancy, childbirth and postpartum (ALVAREZ-NIETOet al.,2015). Risky sexual behaviors such as the high number of partners and low frequency of condom use may result in outcomes such as Sexually Transmitted Infections (STIs) and unplanned pregnancy (ALVES; ZAPPE; DELL'AGLIO, 2015; MADKOUR et al., 2014). In adolescence, it is important to understand their vulnerability to predictors that expose them and result from greater difficulties in accessing preventive means. The situations of vulnerabilities should be seen by the individual, social and institutional components that refer to the perceive three items in the same situation: who is exposed, to which they are vulnerable and in what circumstances (MEYER et al., 2006). In the precepts of life cycles, it is of fundamental importance to educate the adolescent population about sexual and reproductive health, to mitigate the possible disparities resulting from lack of knowledge, as well as to improve the health of young people and their communities, considering the context in which minority groups such as non-white individuals and migrants are inserted. It is also relevant to discuss in an interdisciplinary way the connection between health literacy with risky sexual behaviors in adolescents (FLEURY; JOSEPH; PAPPAGIANOPOULOS, 2018), to propose coping strategies and solutions to this complex issue in the field of public health. In this context, this study will help undergraduate students and health and education professionals to better understand the importance of the adolescent's ability to decide safely and autonomously about their health, considering the peculiarities of this moment of the life cycle. Thus, the aim of this review was to explore the role of literacy in sexual and reproductive health in adolescence.
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES and Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 4 Materials and Methods This is an integrative review of the literature, which allows the systematic search, critical evaluation and synthesis of the available evidence on an investigated theme. This method aims to summarize the results acquired from research on a given theme of interest for the health area, enabling the identification of knowledge gaps (MENDES; SILVEIRA; GALVÃO, 2019). The question that guided the research was: What is the role of sexual and reproductive health literacy in adolescence? Synthesized by the acronym PVO - Population, Variables and Outcomes (Outcome), in which he used vocabularies controlled according to the Descriptors in Health Sciences (DeCS) and MeSH (Medical Subject Headings) (Chart 1). Table 1 -PVO acronym for obtaining descriptorsAcronym DeSC/Keywords Mesh Population Adolescents Adolescents Variables Health Literacy Health Literacy Denouement Sexual and Reproductive Health Sexual and Reproductive Health Source: Prepared by the authors The search strategy used to contain the Boolean descriptors and operators (AND, OR) was: (health literacy) AND (sexual and reproductive health) AND (youth OR young OR childhood OR adolescent OR adolescent OR adolescents OR student).The literature survey took place in September 2021 in the following databases: PubMed, Latin American and Caribbean Literature on Health Sciences (LILACS), Scientific Electronic Library Online(SCIELO), SCOPUS and WEB OF SCIENCE. Studies on sexual and reproductive health literacy in adolescence without language and time filtering were included, and monographs, dissertations, theses and studies not consistent with the objective were excluded. The selection was made in two stages. The first stage of the evaluation of the articles consisted of reading the titles and abstracts, and in the second, the reading of the complete texts. In all stages, the reading and analysis of the articles were performed by two independent researchers to avoid selection biases. Any disagreements were analyzed by a third reviewer. The references were imported into the Mendeley Software, through which repeated studies in the databases were excluded. After this, the references were transferred to the Excel-Windows 10 Program, rechecking the duplicates. From this reading of the articles included in the qualitative synthesis, we identified the themes of the studies, the prevalence of high or low literacy, the predictors of the programs and results presented and the strategies to increase the literacy in sexual and reproductive health in
image/svg+xmlSexual and reproductive health literacy in adolescence: An integrative reviewTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 5 adolescence. Articles that did not answer the follower question of the study were excluded. This selection process is described in flowchart in Figure 1. Figure 1 - Article selection flowchart in databasesSource: Elaborated by the authors For data extraction, a form containing: identification (number, title, author, year of publication), study design/level of evidence was used; goal; results of interest. The studies were stratified as to the evidence in: Level I - Evidence from systematic review or meta-analysis of all randomized controlled trials or from clinical guidelines based on systematic reviews of randomized controlled trials. Level II - Evidence derived from at least one well-designed randomized controlled trial. Level III - Evidence obtained from well-delineated clinical trials without randomization. Level IV - Evidence from well-delineated cohort and case-control studies. Level V - Evidence from a systematic review of descriptive and qualitative studies. Level VI - Evidence from a single descriptive or qualitative study. Level VII - Expert opinions, experience reports, consensus, regulations and legislation (MELNYK; FINEOUT-OVERHOLT, 2015). After data extraction, a qualitative synthesis of the studies and descriptive presentation of the data extracted from the reports were performed. Copyright was respected by preserving the content exposed by the authors, translated according to the meaning of literacy in the
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES and Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 6 language in which the article was published, and by referencing the information extracted from articles available in the public domain. FindingsSeven articles were selected, published between 2019 and 2020. The results of the present study are found in Table 1, in which it presents the characteristics found in each study. Table 1 -Statement of the articles that are part of the Integrative Review, Brazil, 2021 Identification Study design/ Level of evidence Goal Results of interest 1.The effect of sexual literacy on adolescent pregnancy in Colombia Alzateet al, 2020 Cross/Level VI Investigate the association between receiving information on sexual literacy topics and the probability of experiencing teenage pregnancy; Not receiving information on fourth-year topics had the strongest association with teenage pregnancy. These topics were: changes related to puberty (prevalence ratio [PR], 2.15; 95% confidence interval [CI], 1.40-3.30), how sexual organs work (PR, 1.90; 95% CI, 1.37-2.66) and orientation (PR, 1.84; CI 95%, 1.38-2.44). In fact, adolescents who did not receive information on any topic related to sexuality were approximately 75% more likely (PR, 1.73; 95% CI, 1.09-2.74) of experiencing teenage pregnancy. 2.Influence of sexual and reproductive health literacy on single and recurrent adolescent pregnancy in Latin America Dongarwar; Salihu, 2019 Cross/Level VI Examine the association between sexual and reproductive literacy and teenage pregnancy in Latin America The prevalence of teenage pregnancy for all five countries was 19.1%. There was a relationship between illiteracy in sexual and reproductive health and teenage pregnancy: Effective sexual and reproductive health interventions in all five countries were associated with 147,771 fewer
image/svg+xmlSexual and reproductive health literacy in adolescence: An integrative reviewTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 7 recurrent pregnancies in adolescence. 3.Pregnancy health literacy among teenagers in Kaysone district, Savannakhet Province, Lao PDR Santisouk, Hansana, Thanh Huong, 2020 Cross/Level VI Describe pregnancy health literacy and its related factors among adolescents in Kaysone district. The overall score for Teen Pregnancy Health Literacy - LSGA was an average of 27/50. Most adolescents had problematic LSGA levels and only 0.4% had excellent levels of LSGA. LSGA was positive and significantly associated with living in urban areas (p = 0.002), higher education (p = 0.004), schooling (p = 0.018), being single (p = 0.029) and attending classes with sex education content (p < 0.001). 4.Sexual and reproductive health literacy of school adolescents in Lao PDR Vongxay et al., Cross/Level VI Measuring literacy in sexual and reproductive health - SRHL in adolescents attending school in the Democratic People's Republic - RDP of Laos, as a start to obtain information about their current level of literacy in sexual and reproductive health and find out how it is related to sociodemographic factors, sexual knowledge and behavior, health-lifestyle and functional literacy. The overall average SRHL score was 19.2/50. Most adolescents had scores in the 'inadequate' SRHL level range. The mean and median SRHL score was significantly higher in schools in urban environments and with Internet access. Age and having a family member working in the health area were marginally associated with better SRHL (p: 0.049 and p: 0.053). Personal health characteristics showed no significant difference in SRHL. 14% of the adolescents reported having had sexual intercourse. Of 461 students, two girls have already become pregnant and three boys have already impregnated girls. The mean functional literacy score of school adolescents was 6.6/10. Groups with higher knowledge of
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES and Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 8 SRS and higher functional literacy in condoms also had significantly higher SRHL scores. Specifically in the knowledge section, SRHL scores were significantly higher for adolescents learning about gender relationships and respect from sources other than school teachers, who regularly attend reproductive health classes and who have a higher sexual and reproductive health knowledge score. 5.Unaprjeđenje zdravstvene pismenosti učenika osmih razreda o reproduktivnom zdravlju–prikaz radionice "Komunikacija, emocije, spolnost" Sorta-Bilajac Turinaet al., 2019 Cross/Level VI Present the experiences of health literacy improvement workshops and analyze the assessment of knowledge about communication, emotions and sexual health of eighth graders. Students believe they have very good (24.7%) and excellent knowledge (35.3%) about sex, and that they are very good (42.2%) and excellent (25.8%) in communication. They evaluate their knowledge about health (37%) and STDs (32.2%) as good. Boys think they know more about sex than girls (20.6% vs 14.7%, P=0.004). Girls think they know more about emotions (15.3% vs. 3.7%, P=0.003). 6.Contraceptive literacy among school-going adolescents in Botswana Barchiet al.,2019 Cross/Level VI Examine adolescent contraceptive literacy and knowledge about condoms in Botswana Although 90% of the students knew one or more forms of contraception, only 67% knew how to cite a method for which they knew a source and only half of the sexually active interviewees had used contraceptives during their last sexual experience. The interviewees reported that teachers and family members were the most important sources of information; only
image/svg+xmlSexual and reproductive health literacy in adolescence: An integrative reviewTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 9 8.2% of the interviewees identified health professionals in this function. Adolescents who consulted nurses were eight times more likely to report correct knowledge about condom use than those who consulted teachers. Source: Prepared by the authors Discussion Teenage pregnancy affects the psychosocial of young women, besides being associated with worse health outcomes for them and their children, negatively affecting educational and employment opportunities. The birth rate in Latin America and the Caribbean is 66.5 per 1,000 adolescent girls, making it the second highest rate of teenage pregnancy, behind only sub-Saharan Africa (ALZATEet al., 2020). The Demographic Health Survey (DHS) in Colombia showed that the percentage of adolescents who were pregnant or already mothers is around 17.5% in 2015. Similarly, the survey by Dongarwar and Salihu (2019) found a prevalence of teenage pregnancy of 19.1% in the following Latin American countries: Colombia, Honduras, Peru, Dominican Republic and Guatemala. A positive dose-response relationship was observed between illiteracy of sexual and reproductive health and pregnancy in adolescence; adolescent with complete illiteracy of sexual and reproductive health presented 44% increase in the prevalence of pregnancy compared to a teenager who reported accurate literacy in sexual and reproductive health. In the Democratic Republic of Laos, teenage pregnancy was also considered a problem, since 19% of women became mothers before the age of 18, which was the highest rate in Southeast Asia (VONGXAY et al., 2019). It is worth remembering that there are differences in relation to those with a lower educational level, and poorer, being five times more likely to become pregnant in adolescence compared to the most favored girls (ALZATE et al., 2020). As was also seen in the study by Guanabenset al.(2012), in which it states that in Brazil even in decline, the incidence of teenage pregnancy is still high, being more frequent in the lower income classes, and scored in the study by Aquino et al. (2003), that the lowest degree of study of these adolescent mothers is one of the main causes of pregnancy in this age group.
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES and Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 10 Although they have often stopped studying, it is very common for school dropout to occur in this situation (MOLINAet al., 2004). In Ecuador, data received from the latest national health surveys also indicate that unwanted teenage pregnancy is increasing, with this the government through comprehensive sex education programs projecting to reduce about 15% in relation to teenage pregnancy by the year 2030 (CABRERA; IGARTUA, 2016). A study conducted in the Kaysone district of the Laos People's Democratic Republic, located in South-West Asia, with 262 adolescents between 15 and 19 years of age, on Adolescent Pregnancy Health Literacy - LSGA through face-to-face interviews, found that the LSGA was positively and significantly associated with living in urban areas, higher education, schooling, being single and attending classes with sex education content (SANTISOUK; HANSANA; HUONG, 2020). The study representing the north, center and south of the Democratic Republic of Laos, showed that adolescents who attended schools in urban environments had significantly higher scores of Literacy in Sexual and Reproductive Health - SRHL (VONGXAYet al., 2019), as well as found no association between health literacy and marital status. Although other studies show the association with the age variable, this study in question did not obtain the same outcome, probably due to a smaller age group of the sample. Although schooling has been positively associated with LSGA, it is important to highlight that literacy corresponds to the skills to understand and communicate health information and interests, however, when considering years of schooling it can be misleading to estimate literacy and literacy skills, since it is possible for someone to have a high level of education with limited knowledge of health literacy, that is, to make informed decisions about your health (PERES; RODRIGUES; SILVA, 2021). Regarding knowledge in sexual and reproductive health, the study by Vongxayet al. (2019) obtained results in which adolescents with greater knowledge of sexual and reproductive health, as well as higher functional literacy in condoms, also had significantly higher SRHL scores. In the knowledge section, specifically, it was also found higher scores of SRHL that learn about gender relations and respect from sources other than school teachers, from family, friends, internet, etc. The social norms that regulate right and wrong have shaped a series of behaviors and manifestations that shape the character and collective identity. The expressions of gender and sexuality of children and adolescents have played an important role in the conflict between different peoples in Brazilian society. Today, there is a social and political context in which
image/svg+xmlSexual and reproductive health literacy in adolescence: An integrative reviewTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 11 different moralities in relation to sexuality and gender face each other in society and dispute places of power in the structures of the state (LEITE, 2019). The school erected under the influence of historical-cultural processes, is belonging to the power relations that were sketched. And social groups of class, race, gender and sexuality are implicit in this construction (LOURO, 2003). Therefore, sexual minorities suffer from oppression, intolerance, stigma and exclusion that reveal the vulnerability of certain individuals and groups due to non-acceptance and their sexuality, when different expressions of orientation and gender identity are considered abnormal (SILVA et al., 2021). Health literacy in the form of cognitive and social skills allows access to health promotion activities, which is often deficient among migrants, partly due to language and cultural barriers. Therefore, culturally sensitive health education provides a strategy to improve health literacy (SVENSSON; CARLZÉN; ANETTE, 2016). Unlike health literacy, the structural determinants of health are more difficult to modify, while literacy can be modified through interventions of health promotion, group education, motivational interview and counseling, increasing autonomy in decision-making. Changes in literacy levels can be measured with validated instruments that are easily accessible to patients, individually or collectively (DENNIS et al., 2012; SILVA-JUNIOR; SOUZA; BATISTA, 2020) as observed in the present review. According to Nelson et al. (2014) social norms foster the "culture of silence", in which adolescents can hardly express themselves without judgment, they are afraid of receiving criticism from their parents and family members. The lack of information and understanding is only one of several complex factors that influence the sexual behavior of young people, in addition to socioeconomic disadvantage and emotional deprivation (CABRERA; IGARTUA, 2016). As in Camargo and Ferrari's study (2009), the transformations of this phase cause adolescents to live their sexuality intensely, often manifesting it through unprotected sexual practices, which can become a problem due to the absence of information, dialogue among family members, taboos or even because they are afraid to assume it. Despite advances on this theme, it is still impregnated with myths, prejudices and contradictions, to the point that many people continue to affirm that it should only be discussed among adults, which is harmful to the development and healthy sexual behavior of adolescents (GIR; NOGUEIRA; PELÁ, 2000). The use of substances such as drugs and alcohol are related to risky sexual behavior, as well as the early onset of active sexual life (RITCHWOOD et al., 2015). Corroborating what
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES and Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 12 Caputo and Bordin (2008) bring in their study, that the use of illicit drugs is a factor associated with teenage pregnancy. Regarding media literacy, Area-Moreira and Ribeiro-Pessoa (2012) state that it facilitates the work of social communicators so that they can achieve their goals, such as changing attitudes to improve health and well-being. Interventions in the field of health communication are subject to transformations related to constant technological innovations. Today, young people use the internet as a resource for sexual information, through which they can expose themselves to inaccurate information (MARQUES et al., 2015). This exposure becomes worrisome in view of the immaturity of adolescents who do not yet have the mechanism of information filtering (MARQUES et al., 2015). Internet access without supervision of guardians may allow adolescents to connect to content with distorted information about sex and sexuality (SELOILWE et al., 2015). This, together with the lack of family dialogue and school sex education, can favor exposure to risky sexual behaviors (FURLANETTO; MARIN; GONÇALVES, 2019). As much as a good knowledge of health is acquired or acquired and this fact is possibly a reflection of a good activity in education, the educational or biological-anatomical-physiological component of reproductive health is not enough, needing to be complemented by relevant aspects (psychological, social and emotional). Thus, improving reproductive health literacy in children and young people requires an interdisciplinary approach (SORTA-BILAJAC TURINA et al., 2019). It is essential that this knowledge begins from the beginning, in a contextualized and sensed way. It has already been seen that even among medical university students the level of knowledge about sexual health was low, and may represent an unpreparedness in future clinical practice (WARNER et al., 2018). On the specific knowledge related to contraception, there is a low number of adolescents adopting and making the correct use of condoms (which is the easiest method of access for this population) both for infection prevention and for birth control. There is an important but underutilized role that health professionals can play as resources for effective information on sexual and reproductive health. Interventions to reduce risk behaviors for HIV and unwanted pregnancy in adolescents may be more effective if nurses are involved as communicators and educators (BARCHI et al., 2022). Therefore, there is still inadequate sexual and reproductive health literacy, especially among adolescents, which can be considered even worse in relation to those who are not in school, thus focusing on assertive and comprehensive sexual education for the empowerment of this public (VONGXAY et al., 2019). As a counterpoint, limiting often the success of actions,
image/svg+xmlSexual and reproductive health literacy in adolescence: An integrative reviewTemas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 13 what is still seen is a denial of adolescent sexuality, a historical, cultural and social phenomenon (MERTEN; MLOTSHWA; SCHWARZ, 2020), which can also be worked by schools and professionals. Final considerations The present study concluded that higher levels of health literacy are associated with lower rates of teenage pregnancy. Given the low prevalence of literacy in sexual and reproductive health among adolescents, a more in-depth analysis is needed as to its value for improving the health of adolescents and, consequently, of adult health, given that STIs and teenage pregnancy are still considered as serious public health problems, it can be preventable through access to quality information by adolescents –which is suppressed in several family environments due to social paradigm issues and little addressed in school and health environments. The school is a place where adolescents are concentrated, who remain there most of their time, favorable for the stimulation and development of healthier skills, behaviors and lifestyles. Therefore, it is a prominent environment for educational actions in sexual and reproductive health, with consequent promotion of development and healthy sexual behavior in adolescence. However, public educational policies need to advance this issue, since the National Education Plan 2014-2024 does not even mention gender and sexuality issues. In addition, in teaching practice, it is necessary to have changes in professional training in order to redeem teaching models. The teaching of sex education must take place through dialogue, without judgments, so that students feel welcomed in a relationship of respect and trust, to ensure access to safe knowledge, through a multidisciplinary and contextualized approach. In addition, comprehensive education and counseling in sexual and reproductive health are initiatives that can be taken by the health sector, as they have the potential power to avoid a significant number of teenage pregnancies. In practice, health professionals of basic units with academic training considering the peculiarities of adolescence or previous training to improve knowledge in this theme, can develop actions in the service that operates or in schools in its area of coverage. The Brazilian education legislation guarantees the student full training through the School Health Program (PSE), through intersectoral articulation. This program consists of actions to promote, prevent and care for health on themes intrinsic to adolescence, such as
image/svg+xmlIraneide Nascimento dos SANTOS; Anila Thais Lucena BARBOSA; Alka Daby Nascimento de SALES; Joana Gabriela Borjes SOARES and Guilherme de Andrade RUELA Temas em Educ. e Saúde, Araraquara, v. 18, n. 00, e022017, 2022 e-ISSN 2526-3471 DOI: https://doi.org/10.26673/tes.v18i00.16969 14 sexual and reproductive health, with a view to coping with vulnerabilities that compromise the full development of children and young people from the public school system, occurring in the area covered by health units. However, in practice, the PSE sins because it does not cover private schools, which are part of the territory and also lack actions to prevent and promote health, as well as in continuing education for health professionals who do not master the theme of sexuality.REFERENCES ALVAREZ-NIETO, C. et al. Sexual and reproductive health beliefs and practices of female immigrants in Spain: A qualitative study. Reproductive Health, v. 12, n. 79, p. 1-10, 2015. Available: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4557225/. Access: 02 Sept. 2021. ALVES, C. F.; ZAPPE, J. G.; DELL'AGLIO, D. D. Índice de Comportamentos de Risco: Construção e análise das propriedades psicométricas. Estudos de Psicologia, Campinas, v. 32, p. 371-382, 2015. Available: https://www.scielo.br/j/estpsi/a/dgBXGCKf3fL8K439VKBmYqJ/abstract/?lang=pt. Access: 02 Sept. 2021. ALZATE, M. M. et al. The Effect of Sexual Literacy on Adolescent Pregnancy in Colombia. Journal of Pediatric and Adolescent Gynecology, v. 33, n. 1, p. 72-82, 2020. Available: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S1083-3188(19)30290-6. Access: 02 Sept. 2021AQUINO, E. M. L. et al. Adolescência e reprodução no Brasil: A heterogeneidade dos perfis sociais. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 2, p. 377-388, 2003. Available: https://www.scielo.br/j/csp/a/6khBZqPXRp49jJxKLWrGJbJ/abstract/?lang=pt. Access: 03 Sept. 2021AREA-MOREIRA, M.; RIBEIRO-PESSOA, M. T. From Solid to Liquid: New literacies to the cultural changes of web 2.0. Comunicar, v. 19, n. 38, p. 13-20, 2012. Available: https://www.academia.edu/9238727/From_Solid_to_Liquid_New_Literacies_to_the_Cultural_Changes_of_Web_2_0. Access: 16 Sept. 2021.BARCHI, F. et al. Contraceptive literacy among school‐going adolescents in Botswana. International nursing review, v. 69, n. 1, p. 86-95, 2022. Available: https://www.researchgate.net/publication/354312671_Contraceptive_literacy_among_school-going_adolescents_in_Botswana. Access: 13 Sept. 2021. CABRERA, C. G.; IGARTUA, J. J. The narrative and media literacy as influential factors in the efficacy of programs for the prevention of teenage pregnancy. In:INTERNATIONAL CONFERENCE ON TECHNOLOGICAL ECOSYSTEMS FOR ENHANCING MULTICULTURALITY, 4., 2016. Annals[...]. TEEM, 2016. Available: https://dl.acm.org/doi/abs/10.1145/3012430.3012668. Access: 10 Sept. 2021. CAMARGO, E. A. I.; FERRARI, R. A. P. Adolescentes: Conhecimentos sobre sexualidade antes e após a participação em oficinas de prevenção. Ciência & Saúde Coletiva, v. 14, n. 3, p. 937-946, 2009. Available:
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