Uma análise para os adjetivos em -vel à luz da Morfologia Distribuída
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e11739Palavras-chave:
Morfologia distribuída, Adjetivos em -vel, Modalidade,Resumo
Este artigo apresenta uma análise para os adjetivos em -vel dentro do quadro teórico da Morfologia Distribuída (HALLE; MARANTZ, 1993). A proposta apresentada, desenvolvida com base em Oltra-Massuet (2014), postula que as leituras modais (possibilidade, probabilidade e obrigação) e a não modal (gatilho) associadas aos adjetivos em -vel resultam da presença de diferentes núcleos funcionais que compõem sua estrutura (vo, Asp e Mod). Nessa linha, argumenta-se que /vel/ corresponde a um único item de Vocabulário que realiza o núcleo adjetivizador (aº) na presença de um núcleo funcional ModP e também nos contextos de um traço [causa]. Isso explica os diferentes sentidos que os falantes do PB associam a esses adjetivos. Os adjetivos que licenciam uma interpretação modal têm na sua estrutura a projeção de um núcleo ModP; ao passo que os adjetivos com leitura não modal não projetam esse núcleo. Este artigo propõe uma importante distinção estrutural entre os adjetivos em -vel com leitura modal, qual seja: apenas os que geram uma leitura de possibilidade projetam o núcleo Voz; os demais projetam apenas o núcleo vP, que introduz leitura de evento, mas não licencia a projeção do argumento externo (cf. KRATZER, 1996; ALEXIADOU, 2001). Essa proposta postula ainda um traço [causa] presente no categorizador adjetival, o qual atribui a leitura de gatilho aos adjetivos em -vel com leitura não modal.
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