Ver em francês acadiano e português brasileiro
codificação de imperativo e saliência textual
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e13711Palavras-chave:
marcador pragmático, verbos de percepção, línguas românicas, gramaticalização, dessemantizaçãoResumo
Este artigo discute construções do português brasileiro (PB) e da fala informal do francês acadiano (FA) nas quais formas equivalentes à do verbo ‘ver’ aparecem em enunciados imperativos contendo um segundo verbo. Nessas construções, ‘ver’ enfatiza a injunção expressa por esse segundo verbo. A construção do PB apresenta também uma leitura adicional, na qual a forma vêimperativo tem o significado de ‘verificar’. O artigo propõe que as construções do PB podem ser associadas a duas estruturas distintas. As construções com o significado de ‘verificar’ são tratadas como estruturas bioracionais nas quais o verbo ‘ver’ seleciona um CP nucleado pelo complementador se. Com relação à análise do significado de ordem enfática associado às construções do PB e do FA, adota-se as propostas de Speas e Tenny (2003) e de Hill (2007, 2014), segundo as quais a pragmática conversacional é codificada na sintaxe com uma estrutura predicativa (uma projeção associada ao Speech Act ‘Ato de Fala’- SAP) acima de CP. Com base nessas propostas, analisam-se as construções de ordem enfática do PB e do FA como estruturas mono-oracionais, em que vê e voir são marcadores pragmáticos injuntivos inseridos diretamente no núcleo SA para codificar uma relação pragmática.
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