Explicando as diferenças semânticas entre <i>ter que</i> e <i>dever</i>: uma proposta em semântica de mundos possíveis

Autores

  • Roberta Pires de Oliveira UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina/Florianópolis - SC
  • Jaqueline Alves Scarduelli UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina/Florianópolis - SC

Palavras-chave:

Semântica formal, Auxiliares modais, Base modal, Fonte de ordenação, Português brasileiro, Necessidade fraca, Necessidade forte,

Resumo

Este artigo investiga as diferenças semânticas entre tem que e deve, dado que ambos são auxiliares modais que expressam necessidade. O quadro teórico é formal e baseiase na proposta de Kratzer (1981, 1991). Tendo como pano de fundo um levantamento de ocorrências desses auxiliares em banco de corpus falado (Varsul e Nurc) e escrito (Folha de S. Paulo), o artigo mostra tem que não admite alternativas, ao passo que deve admite. Assim, a diferença central é: tem que expressa necessidade forte, ao passo que deve uma necessidade fraca. Essa diferença é explicada por meio do conceito de fonte de ordenação. Notamos ainda que tem que se combina apenas com base circunstancial, ao passo que deve combina tanto com base epistêmica quanto circunstancial. Finalmente, tem que admite uma gama maior de ordenações, na medida em que admite uma ordenação “desiderata”, de acordo com os desejos do falante, ausente com deve.

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Publicado

10/06/2009

Como Citar

PIRES DE OLIVEIRA, R.; SCARDUELLI, J. A. Explicando as diferenças semânticas entre <i>ter que</i> e <i>dever</i>: uma proposta em semântica de mundos possíveis. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 52, n. 1, 2009. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/1476. Acesso em: 19 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais