Sintaxe, discurso e relativas
e a “semântica” exala paixões
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e18555Palavras-chave:
Sintaxe, Semântica, Discurso, Relativas, Ideologia, AmbiguidadeResumo
Ancorado na defesa de que, a partir da Escola de Port Royal, teria existido uma circularidade pendular entre a Lógica e a Retórica, pautadas, respectivamente, numa teoria universal das ideias ou no subjetivismo individualista, Michel Pêcheux (1995) se vale das orações relativas como fenômeno linguístico para sustentar o desenvolvimento de uma teoria materialista do discurso amparada, sobretudo, na Linguística e no Materialismo Histórico. Para o autor, nem sempre é possível definir se uma relativa é apositiva ou determinativa, uma vez que elas seriam portadoras de uma ambiguidade que se equaciona apenas à luz das condições históricas de seu aparecimento. É sobre o caráter ambíguo de certas relativas que este estudo se desenvolve, tendo como dados casos recolhidos por alunos de pós-graduação na disciplina de Teoria do Discurso e que tocam em questões sociais polêmicas, porque, no limite, por meio delas, pretender-se-ia estabelecer as “melhores” formas de atuação pessoal.
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