O Blue (funk) de Derek Jarman
a biotecnovoz como heterotopologia do corpo com HIV
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e18975Palavras-chave:
biotecnovoz, dispositivo da aids, tecnobiopolítica, queer cinema, Derek JarmanResumo
Neste artigo, partindo de uma análise neomaterialista dos discursos, nosso objetivo é analisar a biotecnovoz como heterotopologia do corpo (corpo-vocal) no filme Blue, de Derek Jarman, tomando-a como ponto de problematização da vida gênero dissidente com hiv nos anos noventa do século XX. Interessa-nos, por um lado, pensar o queer e a exceção materializados no cinema e, por outro lado, os modos pelos quais a voz, lida como biotecnovoz, coloca-se no limite entre o corpo, a língua e os processos de subjetivação produzidos no dispositivo da aids. Para dar conta dessa rede de distribuição de agência e de efeitos, nos valemos de breves discussões acerca dos dispositivos, do cinema queer e do conceito de biotecnovoz. Concluímos que, não obstante os esforços de normalização, nem a voz como conceito nem o corpo-vocal da pessoa que vive com hiv podem ser subsumidos a práticas de circunscrição normativa e que, no filme de Jarman, é justamente a heterotopologia que funciona como resistência e invenção.
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