A experiência do flâneur como linha de fuga da modernidade
entre a parresia e a fantasmagoria
DOI:
https://doi.org/10.1590/1981-5794-e19402Palavras-chave:
Flâneur, Estudos Discursivos, Parresia, FantasmagoriaResumo
A emergência da figura do flâneur, no nascente projeto artístico e midiático da modernidade no século XIX, é analisada, neste ensaio, enquanto exercício da parresia, na relação entre o que se diz e a vida que se leva, conforme descreve Michel Foucault. Charles Baudelaire personifica a vida de artista, num movimento dialético entre a força poética e a cooptação pelo mercado. Foram mobilizados pressupostos teórico-metodológicos dos estudos discursivos foucaultianos em diálogo com conceitos do filósofo Walter Benjamim, tais como fantasmagoria e imagem dialética. Nossos resultados indicam que a flânerie se configura como um tipo de resistência estética e comportamental que funciona como linha de fuga em relação aos antagonismos entre burgueses e operários, mercadoria e poesia. O flâneur, portanto, é pensado como subjetividade na descontinuidade histórica, representação de um sujeito poético no espaço possível de resistência a uma lógica utilitarista e produtivista. Motivos pelos quais sua revisitação produz sentidos no contemporâneo.
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