As figuras de pensamento: estratégia do enunciador para persuadir o enunciatário

Autores

  • José Luiz Fiorin

Palavras-chave:

Figuras de pensamento, contrato enunciativo, processo de comunicação,

Resumo

Este trabalho pretende estudar as figuras de pensamento da retórica clássica como uma das estratégias empregadas pelo enunciador para persuadir o enunciatário, para fazê-lo crer em seu discurso. Essas figuras retóricas dividem-se em dois grupos: as que se constroem a partir de procedimentos da sintaxe discursiva e as que se produzem a partir de mecanismos da semântica discursiva. As primeiras têm sua origem num desacordo entre as instâncias do enunciado e da enunciação, quando, por exemplo, se afirma algo no enunciado e se nega na enunciação, enquanto as segundas resultam de uma combinação, na sucessividade do sintagma, de figuras do discurso em disjunção. Com as figuras de pensamento, o enunciador diz sem ter dito, simula moderação para dizer de maneira enfática, finge ênfase para afirmar de maneira atenuada, apresenta uma nova combinação de figuras do discurso para levar o enunciatário a assumir o que lhe está sendo comunicado.

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Como Citar

FIORIN, J. L. As figuras de pensamento: estratégia do enunciador para persuadir o enunciatário. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 32, 2001. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/3798. Acesso em: 12 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais