Internalismo e externalismo em linguística e a neurociência da linguagem

Autores

  • Marcello Modesto USP, Universidade de São Paulo

Palavras-chave:

Linguística, Cognição, Neurociência, Sintaxe,

Resumo

O objetivo principal deste trabalho é discutir a possibilidade de investigação da realidade neurofisiológica da sintaxe das línguas naturais. Para que tal estudo seja possível, linguistas e neurocientistas teriam que achar uma base epistemológica comum. Entretanto, a visão prevalente em neurociência, que assume aprendizado associativo por correlação, não se combina bem com a visão internalista da sintaxe, tomada por linguistas gerativos. Em virtude disso, este trabalho discute as bases epistemológicas das teorias linguísticas mais aceitas atualmente, servindo de guia para neurocientistas que queiram investigar o processamento da linguagem pelo cérebro. Por outro lado, o artigo discute pesquisas desenvolvidas pela neurociência da linguagem para que os linguistas possam avaliar os problemas que surgem na intersecção das duas áreas. Conclui-se que qualquer pesquisador deve ter um entendimento claro dessas questões epistemológicas antes de montar qualquer experimento sobre a linguagem; e que qualquer conclusão acerca da realidade neural da sintaxe é, no presente, difícil de ser mantida.

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Biografia do Autor

Marcello Modesto, USP, Universidade de São Paulo

Departamento de Linguística, sintaxe gerativa.

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Publicado

14/03/2014

Como Citar

MODESTO, M. Internalismo e externalismo em linguística e a neurociência da linguagem. ALFA: Revista de Linguística, São Paulo, v. 58, n. 1, 2014. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/alfa/article/view/5236. Acesso em: 26 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais